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INSTITUTO DE ENSINO SUPERIOR DE BRASÍLIA - IESB

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA
DISCIPLINA: FÍSICA GERAL II (Noturno)
PROFESSOR: MSc. Li Exequiel E. López

Lista de Exercícios do Cap. 21 [ Ref. Fundamentos de Física Halliday 4a . Ed. Vol. 2 – 3, 5, 9, 11, 13,
15, 19, 23, 71, 73, 74, 75, 79, 80, 83 ]

Notas de Aula: Cap. 21 : Teoria Cinética dos Gases

Número de Avogadro (N A)

• O mol é uma das sete unidades básicas do SI.


• O mol é uma unidade que serve para comparar amostras com o mesmo número de
moléculas.
• O mol é definido como: “Número de átomos em uma amostra de 12 g de carbono-12”.

NA = 6,02 x 1023 mol-1 (número de Avogadro)

Amadeo Avogadro (1776-1856) foi o primeiro a sugerir que todos os gases contêm o
mesmo número de moléculas ou átomos, quando ocupam o mesmo volume, sob as mesmas
condições de temperatura e pressão.
O número de moles contidos numa amostra de qualquer substância é dado por

N
n=
NA

onde N é o número de moléculas da amostra. Também:

M am M am
n= =
M mN A

Mam → massa da amostra (em gramas → g ).


M → massa molar (em gramas/mol → g/mol).
m → massa de uma molécula (em gramas → g).

Lei dos Gases Ideais

Um gás é ideal quando suas propriedades macroscópicas são governadas pela relação

pV = nRT (Eq. dos Gases Ideais)

A Equação anterior é chamada também de equação de estado de um gás ideal; onde,


p → pressão absoluta (e não manométrica)
n → número de moles do gás
R → constante universal dos gases (R = 8,31 J/mol.K)
T → temperatura em unidades absolutas (K)

Observações:
1. Se T = cte. (processo isotérmico) ⇒ pV= cte. ⇒ p1V1 = p 2V2 (Lei de Boyle).
p1 p 2
2. Se V = cte. (processo isocórico) ⇒ = (Lei de Charles e Gay-Lussac).
T1 T2
3. A densidades suficientemente baixas, todo gás real tenderá a obedecer a Lei dos
Gases Ideais.
4. Condições Normais de Temperatura e Pressão (CNTP): T = 0o C, p = 1 atm.

Processo de Expansão Isotérmica (T=cte.) de um Gás Ideal

“n” moles de um gás em um cilindro vão de Vi → Vf a T = constante, então


Vf

W = ∫ pdV . Como o gás é ideal,


Vi
Vf f V
nRT dV
W =∫ dV = nRT ∫
Vi
V Vi
V

Vf
ð W = nRTLn
Vi

“Resolver” os exemplos 21-1 e 21-2 do livro.

Expansão Adiabática de um Gás Ideal

Podemos nos assegurar que Q = 0 executando o processo muito rapidamente (como no


caso das ondas sonoras) ou executando-o lentamente, em um ambiente isolado.
O cilindro com paredes isolantes contém um gás
ideal. Retirando alguns pesos de cima do pistão,
podemos permitir que o gás expanda
adiabáticamente (Q = 0). Se V aumenta ⇒ p e T
adiabático:
Figura 21-14(a) e (b)
pV γ = cons tan te

onde, γ = C p / CV , a razão entre os calores


específicos molares para o gás. A Figura 21-
14(b) mostra como o processo ocorre ao longo
de uma linha (chamada de adiabática) que é a
representação gráfica da equação
p = (cons tan te) / V .
γ
Quando o gás vai de um estado inicial i para um estado final f

p i Vi γ = p f V fγ

Ou, usando a equação dos gases ideais (pV = nRT)

 nRT V γ = cons tan te


 
 V 

Como n e R são constantes, podemos escrever

TV γ −1 = cons tan te

Quando o gás vai de um estado inicial i até um estado final f,

Ti Vi γ −1 = T f V fγ −1 (processo adiabático)

A partir da teoria cinética dos gases

CV = 
f  R = 4,16 f J / mol.K

2 

f → número de graus de liberdade do sistema; corresponde aos modos independentes pelos


quais ela pode armazenar energia

A previsão de CV dada pela equação anterior concorda com a experiência para gases
monoatômicos (f = 3) e diatômicos (f = 5), mas este valor é muito baixo para o caso de
gases poliatômicos.
Também, da teoria cinética, Cp – CV = R

1
R + fR
R + CV
Cp 2 2
⇒ γ= = = = 1+
CV CV 1 f
fR
2

Este resultado concorda bem com a experiência no caso de gases monoatômicos (γ = 1,67)
e de gases diatômicos (γ = 1,40).

“Resolver” o exemplo 21-12 do livro.


INSTITUTO DE ENSINO SUPERIOR DE BRASÍLIA - IESB
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA
DISCIPLINA: FÍSICA GERAL II (Noturno)
PROFESSOR: MSc. Li Exequiel E. López

Lista de Exercícios do Cap. 22 [ Ref. Fundamentos de Física Halliday 4a . Ed. Vol. 2 – 3, 5, 6, 7, 9, 11,
17, 21, 27, 31, 39, 41, 43, 45, 47 ]

Notas de Aula: Cap. 22: Entropia e a Segunda Lei da Termodinâmica

Segunda Lei da Termodinâmica

1. Primeira Forma:

“Não é possível transformar calor completamente em trabalho, com nenhuma outra


mudança ocorrendo no ambiente”.
Suponha que o gás ideal da Figura 22-1(a) recebe calor (Q≠0) do reservatório à
temperatura T. Removendo gradualmente o peso (esferas metálicas) do pistão, o gás se
expande a temperatura constante (⇒ ∆Eint=0). A energia interna Eint de um gás ideal
depende somente de T. Da primeira lei da termodinâmica, ∆Eint = Q – W mais ∆Eint = 0
⇒ W é exatamente igual a Q extraído do reservatório.
De fato transformamos calor completamente em trabalho, mas não cumprimos o
requisito essencial “com nenhuma outra mudança ocorrendo”.
Ocorrem mudanças: o volume do gás mudou e também sua pressão.

Figura 22-1

Máquinas Térmicas

São dispositivos que transformam calor em trabalho, são chamados também de


máquinas ou motores.

Figura 22-2

Como a máquina opera em um ciclo ⇒ ∆Eint = 0 e Q = W, escrevemos isso como

W = QH − QC

Eficiência Térmica (e)

O objetivo de uma máquina térmica é transformar tanto quanto possível, calor extraído
QH em trabalho
W QH − QC
e= =
QH QH

e = 1 (ou, 100%) se QC = 0, isto é, se nenhum calor for transferido para o reservatório à


baixa temperatura [máquina perfeita → Figura 22-2(b)].

Observação: uma outra maneira de expressar a segunda lei da termodinâmica (primeira


forma) é: “não existem máquinas térmicas perfeitas”. Exemplos: reatores nucleares,
motores de carros, etc.

“Resolver” o exemplo 22-1 e 22-2 do livro.

2. Segunda Forma da Segunda Lei

“Não é possível que o calor seja transmitido de um corpo para outro, que esteja à
temperatura mais alta, sem que outra mudança ocorra no ambiente”.

Refrigeradores

São dispositivos que transferem energia como calor de um local frio para um quente.

Figura 22-6

(TC < TH) QC é absorvido de TC ; W é feito sobre o sistema por um agente externo. QH é
o calor descarregado no reservatório de maior temperatura.
O objetivo do refrigerador e do condicionador de ar é transferir energia na forma de
calor do reservatório de baixa temperatura para o reservatório de alta temperatura,
realizando o menor trabalho possível sobre o sistema.

Coeficiente de Performance (K)

No caso de um refrigerador, K é definido como sendo,

QC QC
K= =
W QH − QC

Engenheiros que projetam refrigeradores e todos que pagam tarifas de energia elétrica
desejam que K seja o maior possível. Um valor de 5 é típico para um refrigerador caseiro, e
um entre 2 e 3 é mais comum para os condicionadores de ar.

Observação: outra maneira de expressar a segunda lei da termodinâmica (na sua segunda
forma) é: não existem refrigeradores perfeitos.
Conclusão: da primeira e da segunda lei da termodinâmica pode-se concluir que não
existem máquinas perfeitas. Isto é nenhuma máquina real tem uma eficiência de 100%.

Ciclo de Carnot
Para descrever o ciclo pelo qual irá passar o gás ideal que constitui a substância de
trabalho de nossa máquina ideal reversível escolhemos um ciclo de Carnot que consiste
em dois processos isotérmicos e dois adiabáticos. A Figura 22-8 sugere a sua mecânica. A
Figura 22-9 mostra o ciclo em um gráfico p-V.

Figura 22-8

Figura 22-9

A propriedade especial da máquina de Carnot é –como pode ser observado- sua


eficiência térmica, que pode ser escrita como

TH − TC
eCar =
TH

Assim, a eficiência da máquina de Carnot depende somente das temperaturas dos dois
reservatórios entre os quais ela opera.
Uma máquina de Carnot – por ser reversível - pode ser operada de modo inverso, como
um refrigerador de Carnot. Seu coeficiente de performance é dado por

TC
K Car =
TH − TC

Entropia

Cada uma das três leis da termodinâmica está associada a uma variável termodinâmica
específica. Para a Lei Zero (Cap. 19) a variável é a temperatura T. Para a Primeira Lei (Cap.
20) é a energia interna Eint . Para a Segunda Lei, a variável é uma que nunca foi definida
antes; é chamada de entropia S.

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