PMSB Produto C

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MUNICÍPIO DA LAPA

Estado do Paraná

PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO

PRODUTO C
DIAGNÓSTICO DOS SISTEMAS

Lapa, julho de 2015.


PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO
PRODUTO C
DIAGNÓSTICO DOS SISTEMAS
MÊS DE JULHO DE 2015

Prefeitura Municipal da Lapa


Rua Nossa Senhora de Fátima, 563
CEP: 83750-000
Fone: (041) 3622-9930
www.lapa.pr.gov.br

Ampla Assessoria e Planejamento Ltda.


Av. Hercílio Luz, 639, Sala 503, Centro
Florianópolis/SC
CEP: 88.020-000
www.consultoriaampla.com.br
ampla@consultoriaampla.com.br
Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB
Lapa – Paraná

Município: Lapa/PR

Objeto: Elaboração do Plano Municipal de Saneamento Básico


Empresa: Ampla Assessoria e Planejamento Ltda.
Contrato Público Administrativo nº: 025/2015

Equipe Técnica:

Ênio Salgado Turri – Engenheiro Civil;


Paulo Inácio Vila Filho – Engenheiro Sanitarista e Ambiental;
Cristiane Tarouco Folzke – Engenheira Sanitarista e Ambiental;
Nadine Lory Bortolotto – Engenheira Sanitarista e Ambiental;
Paulo César Mência – Advogado;
Gustavo Henrique Serpa – Advogado;
Oliva Rech Silva – Assistente Social;
Eduardo Nathan Antunes – Bacharel em Ciências da Computação;
Fabiana Teresinha da Silva – Assistente Administrativa;
Vinicius Augusto Belatto – Estagiário de Engenharia Sanitária e Ambiental;
Rafael Nicolazi Silveira – Estagiário de Engenharia Sanitária e Ambiental.
Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB
Lapa – Paraná
Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB
Lapa – Paraná

SUMÁRIO

A – CARACTERIZAÇÃO GERAL DO MUNICÍPIO .................................................... 1


1. HISTÓRICO ........................................................................................................... 1
2. LOCALIZAÇÃO E ACESSOS ............................................................................... 2
2.1. LOCALIZAÇÃO .............................................................................................. 2
2.2. PRINCIPAIS ACESSOS ................................................................................. 3
3. CARACTERÍSTICAS FÍSICAS .............................................................................. 4
3.1. GEOLOGIA .................................................................................................... 4
3.1.1. Solos .............................................................................................................. 7
3.2. CLIMATOLOGIA ............................................................................................ 9
3.3. HIDROGRAFIA ............................................................................................ 12
3.4. VEGETAÇÃO ............................................................................................... 14
4. INFRAESTRUTURA ............................................................................................ 17
4.1. LEGISLAÇÃO .............................................................................................. 17
4.1.1. Política Municipal de Saneamento ............................................................... 17
4.1.2. Plano Diretor do Município ........................................................................... 17
4.1.3. Zonas Especiais de Interesse Social............................................................ 18
4.2. AVALIAÇÃO SISTEMÁTICA DOS SERVIÇOS PRESTADOS ..................... 18
4.3. HABITAÇÃO ................................................................................................ 19
4.4. ENERGIA ELÉTRICA................................................................................... 19
4.5. TRANSPORTE ............................................................................................. 20
4.6. PAVIMENTAÇÃO ......................................................................................... 21
4.7. COMUNICAÇÃO .......................................................................................... 21
4.8. ESTRUTURA COMUNITÁRIA ..................................................................... 22
4.8.1. Cemitérios .................................................................................................... 22
4.8.2. Escolas......................................................................................................... 22
4.8.3. Áreas de Lazer e Esporte ............................................................................. 24
4.8.4. Igrejas e Templos ......................................................................................... 25
4.8.5. Estabelecimentos de Saúde ......................................................................... 25
4.8.6. Taxa de Natalidade ...................................................................................... 25
4.8.7. Taxa de Mortalidade Infantil ......................................................................... 26
4.8.8. Esperança de Vida ao Nascer ...................................................................... 26
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4.8.9. Taxa de Fecundidade .................................................................................. 27


4.8.10. Estrutura ................................................................................................... 27
4.8.11. Descrição de Práticas de Saúde e Saneamento ...................................... 29
4.8.12. Índice Nutricional da População Infantil de 0 a 2 Anos ............................ 30
4.9. EDUCAÇÃO ................................................................................................ 30
4.9.1. Taxa de Analfabetismo ................................................................................ 32
4.9.2. Avaliação da Capacidade do Sistema Educacional ..................................... 33
5. CARACTERIZAÇÃO SOCIOECONÔMICA ........................................................ 33
5.1. ÍNDICE DE DESENVOLVIMENTO HUMANO - IDH.................................... 33
5.2. ÍNDICES DE DESIGUALDADE ................................................................... 34
5.2.1. Renda, Pobreza e Desigualdade ................................................................. 34
5.3. MOVIMENTAÇÃO ECONOMICA ................................................................ 35
5.4. PRODUTO INTERNO BRUTO - PIB ........................................................... 36
5.5. PORCENTAGEM DE RENDA APROPRIADA POR EXTRATO DA
POPULAÇÃO ........................................................................................................... 37
5.6. ORGANIZAÇÃO SOCIAL DA COMUNIDADE ............................................. 38
6. CARACTERIZAÇÃO SANITÁRIA E EPIDEMIOLÓGICA .................................. 39
6.1. INDICADORES AMBIENTAIS ..................................................................... 39
6.1.1. Cobertura do Abastecimento de Água Potável e Esgotamento Sanitário .... 40
6.1.2. Cobertura da Coleta e Tratamento dos Resíduos Sólidos Domiciliares ...... 40
6.1.3. Cobertura do Sistema de Drenagem e Manejo de Águas Pluviais Urbanas 41
6.2. INDICADORES EPIDEMIOLÓGICOS ......................................................... 41
6.2.1. Mortalidade .................................................................................................. 41
6.2.2. Cobertura Vacinal ........................................................................................ 43
6.2.3. Morbidade .................................................................................................... 45
B – ESTUDO POPULACIONAL ............................................................................... 47
1. PROJEÇÃO DEMOGRÁFICA .............................................................................. 47
1.1. ANÁLISE DOS DADOS-BASE .......................................................................... 47
1.1.1. Pirâmide Etária ............................................................................................... 48
1.2. PROJEÇÃO DA POPULAÇÃO URBANA DO MUNICÍPIO DA LAPA ................ 51
1.2.1. Processo Aritmético ........................................................................................ 52
1.2.2. Processo Geométrico ..................................................................................... 55
1.2.3. Processo da Regressão Parabólica ................................................................ 58
1.2.4. Taxa Média (TM) Anual .................................................................................. 61
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1.2.5. Função Previsão ............................................................................................. 63


1.2.6. Função Crescimento ....................................................................................... 65
1.2.7. Definição da Projeção Populacional Urbana ................................................... 67
1.3. PROJEÇÃO DA POPULAÇÃO RURAL DO MUNICÍPIO DA LAPA ................... 70
1.3.1. Definição da Projeção Populacional Rural ...................................................... 70
1.4. PROJEÇÃO DA POPULAÇÃO TOTAL DO MUNICÍPIO DA LAPA .................... 74
C – SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA .................................................... 77
1. ASPECTOS GERAIS DO SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA ............. 77
1.1. MANANCIAL ...................................................................................................... 77
1.2. CAPTAÇÃO........................................................................................................ 79
1.3. ADUÇÃO ............................................................................................................ 80
1.4. ESTAÇÕES ELEVATÓRIAS .............................................................................. 80
1.5. ESTAÇÕES DE TRATAMENTO ........................................................................ 80
1.6. RESERVAÇÃO .................................................................................................. 81
1.7. REDE DE DISTRIBUIÇÃO ................................................................................. 82
2. LEGISLAÇÃO E NORMAS TÉCNICAS ............................................................... 84
2.1. LEIS, DECRETOS, PORTARIAS E RESOLUÇÕES .......................................... 84
2.2. NORMAS TÉCNICAS - ABNT ............................................................................ 85
3. LEVANTAMENTO E DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO ATUAL ............................ 85
3.1. OPERADOR DO SISTEMA ................................................................................ 87
3.2. AGÊNCIA REGULADORA ................................................................................. 88
3.3. SISTEMA LAPA SEDE ....................................................................................... 88
3.3.1. Captação e Adução de Água Bruta ................................................................. 90
3.3.2. Estação de Tratamento de Água – ETA .......................................................... 98
3.3.3. Reservatórios ................................................................................................ 103
3.3.4. Estações de Recalque de Água Tratada (ERAT) .......................................... 110
3.3.5. Adução de Água Tratada............................................................................... 117
3.3.6. Rede de Distribuição ..................................................................................... 117
3.3.7. Macromedição ............................................................................................... 118
3.3.8. Micromedição ................................................................................................ 119
3.3.9. Serviços de Manutenção ............................................................................... 119
3.3.10. Cadastro Técnico ........................................................................................ 120
3.3.11. Controle da Operação ................................................................................. 120
3.3.12. Perdas ......................................................................................................... 120
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3.3.13. Consumo Per Capita................................................................................... 122


3.3.14. Balanço Entre Consumos e Demandas ...................................................... 123
3.3.15. Projetos Existentes ..................................................................................... 123
3.4. SISTEMA MARIENTAL.................................................................................... 126
3.4.1. Captação e Adução da Água Bruta............................................................... 128
3.4.2. Tratamento ................................................................................................... 131
3.4.3. Reservação ................................................................................................... 133
3.4.4. Adução de Água Tratada e Macromedição ................................................... 135
3.4.5. Rede de Distribuição..................................................................................... 136
3.4.6. Micromedição................................................................................................ 137
3.4.7. Serviços de Manutenção .............................................................................. 137
3.4.8. Índice de Perdas ........................................................................................... 138
3.4.9. Consumo Per Capita..................................................................................... 139
3.4.10. Projetos Existentes ..................................................................................... 139
3.5. SISTEMAS RURAIS ISOLADOS DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA .............. 140
3.5.1. Sistemas isolados operados pela SANEPAR ............................................... 144
3.5.2. Sistemas isolados operados pela comunidade ............................................. 162
3.5.3. Projetos Existentes ....................................................................................... 185
3.6. CONSIDERAÇÕES FINAIS DO SAA .............................................................. 186
D - SISTEMA DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO .................................................. 189
1. ASPECTOS GERAIS DE UM SISTEMA DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO .... 189
1.1. SOLUÇÕES EXISTENTES PARA O ESGOTAMENTO SANITÁRIO .............. 190
1.1.1. Soluções Individuais ..................................................................................... 190
1.1.1 Sistemas Coletivos .................................................................................... 191
1.1.2 Sistema Unitário ou Combinado ................................................................ 191
1.1.3 Sistema Separador Absoluto ..................................................................... 192
1.1.4 Tratamento dos Esgotos ............................................................................ 193
2. LEGISLAÇÃO E NORMAS TÉCNICAS ............................................................. 194
2.1. LEGISLAÇÃO FEDERAL, DECRETOS E RESOLUÇÕES .............................. 194
2.2. LEGISLAÇÃO ESTADUAL, DECRETOS E RESOLUÇÕES ........................... 195
2.3. NORMAS TÉCNICAS - ABNT ......................................................................... 196
3. DIAGNÓSTICO DO SISTEMA DE ESGOTOS SANITÁRIOS EXISTENTE ....... 197
3.1. CONCEPÇÃO DO SISTEMA EXISTENTE ...................................................... 197
3.2. LIGAÇÕES PREDIAIS E ECONOMIAS DE ESGOTO .................................... 199
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3.3. ATENDIMENTO DA POPULAÇÃO .................................................................. 200


3.4. REDE COLETORA ........................................................................................... 201
3.5. ESTAÇÕES ELEVATÓRIAS E LINHAS DE RECALQUE ................................ 202
3.5.1. Estação Elevatória de Esgoto do Monge....................................................... 202
3.5.2. Estação Elevatória de Esgoto Alto da Cruz ................................................... 204
3.5.3. Estação Elevatória de Esgoto São Benedito ................................................. 207
3.5.4. Estação Elevatória de Esgoto Santa Rita ...................................................... 209
3.5.5. Estação Elevatória de Esgoto Xisto .............................................................. 212
3.6. ETE RODOVIA DO XISTO ............................................................................... 214
3.7. CORPO RECEPTOR ....................................................................................... 220
3.8. CONTROLE DE QUALIDADE LABORATORIAL ............................................. 221
3.9. ÁREAS DE RISCO DE CONTAMINAÇÃO ....................................................... 221
3.10. GERAÇÃO DE ESGOTO PER CAPITA ......................................................... 222
3.11. BALANÇO ENTRE A GERAÇÃO DE ESGOTO E A CAPACIDADE
INSTALADA ............................................................................................................ 223
3.12. SISTEMA SUPERVISÓRIO ........................................................................... 224
3.13. SERVIÇOS DE MANUTENÇÃO NA REDE COLETORA E NOS RAMAIS
PREDIAIS................................................................................................................ 226
3.14. CONSIDERAÇÕES FINAIS DO SES ............................................................. 226
E – SISTEMA DE GESTÃO DOS SERVIÇOS DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E
ESGOTAMENTO SANITÁRIO ................................................................................ 229
1. LEVANTAMENTO DO SISTEMA DE GESTÃO DOS SERVIÇOS ..................... 229
1.1. Estrutura Tarifária ............................................................................................. 229
3.15.2. Histograma de Consumo ............................................................................. 231
3.15.3. Aspectos Financeiros .................................................................................. 234
3.15.4. Organograma da Concessionária ................................................................ 235
3.15.5. Aspectos Administrativos da Concessionária .............................................. 236
3.15.6. Indicadores .................................................................................................. 237
F – SISTEMA DE LIMPEZA URBANA E MANEJO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS .. 241
1. RESÍDUOS SÓLIDOS E LIMPEZA URBANA: ASPECTOS GERAIS .............. 241
1.1. RESÍDUOS SÓLIDOS: CLASSIFICAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO .................. 241
1.2. ACONDICIONAMENTO, COLETA E TRANSPORTE ...................................... 245
1.3. DESTINAÇÂO E DISPOSIÇÃO FINAL AMBIENTALMENTE ADEQUADA ...... 246
2. LEGISLAÇÕES, RESOLUÇÕES E NORMAS TÉCNICAS ................................ 247
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2.1. LEGISLAÇÃO FEDERAL ................................................................................. 247


2.2. LEGISLAÇÃO ESTADUAL .............................................................................. 248
2.3. RESOLUÇÕES ................................................................................................ 249
2.4. NORMAS TÉCNICAS ...................................................................................... 251
3. DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS ........................... 253
3.1. RESPONSABILIDADES .................................................................................. 254
3.2. GESTÃO MUNICIPAL DOS RESÍDUOS SOLIDOS ........................................ 255
3.2.1. Serviços Executados .................................................................................... 255
3.2.2. Organograma do prestador dos serviços ...................................................... 256
3.3. PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS EXISTENTE ....... 261
3.4. RESÍDUOS SÓLIDOS DOMICILIARES........................................................... 262
3.4.1. Acondicionamento e Armazenamento .......................................................... 263
3.4.2. Coleta Domiciliar Convencional .................................................................... 264
3.4.3. Coleta Seletiva .............................................................................................. 268
3.4.4. Aterro Sanitário Municipal ............................................................................. 272
3.4.5. Associação de Catadores de Materiais Recicláveis da Lapa - RECILAPA ... 283
3.4.6. Galpão de Triagem dos Materiais Recicláveis .............................................. 285
3.5. PROGRAMAS DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL ................................................ 290
3.6. ESTUDO GRAVIMÉTRICO ............................................................................. 294
3.6.1. Metodologia Empregada ............................................................................... 294
3.6.2. Resultados Obtidos....................................................................................... 300
3.7. GERAÇÃO DE RESIDUOS SÓLIDOS DOMICILIARES .................................. 302
3.7.1. Quantitativo da Coleta Domiciliar: Convencional e Seletiva ......................... 303
3.7.2. Geração Per capita de Resíduos Domiciliares ............................................. 305
3.8. SERVIÇOS DE LIMPEZA PÚBLICA ................................................................ 305
3.8.1. Varrição ........................................................................................................ 305
3.8.2. Roçada e Capina .......................................................................................... 308
3.8.3. Coleta de Galhos e Entulhos ........................................................................ 310
3.8.4. Jardinagem, retirada de Plantas Rasteiras e Poda ....................................... 311
3.9. RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL - RCC ................................................ 312
3.10. RESÍDUOS DOS SERVIÇOS DE SAÚDE (RSS) .......................................... 316
3.11. GERADORES SUJEITOS A ELABORAÇÃO DO PLANO DE
GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS ...................................................... 320
3.12. RESÍDUOS COM LOGÍSTICA REVERSA OBRIGATÓRIA ........................... 329
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3.13. ASPECTOS FINANCEIROS ......................................................................... 333


3.13.1. Forma de Cobrança..................................................................................... 333
3.13.2. Custos Operacionais ................................................................................... 334
3.14. INDICADORES OPERACIONAIS, ECONOMICO-FINANCEIROS E DE
QUALIDADE DOS SERVIÇOS ............................................................................... 335
3.15. CONSIDERAÇÕES FINAIS DO DIAGNÓSTICO DO SISTEMA DE LIMPEZA
URBANA E MANEJO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS ................................................. 340
G - DRENAGEM E MANEJO DAS ÁGUAS PLUVIAIS URBANAS ....................... 343
1. DRENAGEM E MANEJO DE ÁGUAS PLUVIAIS URBANAS: ASPECTOS
GERAIS................................................................................................................... 343
1.1. SISTEMA DE DRENAGEM .............................................................................. 344
1.1.1. Microdrenagem ............................................................................................. 345
1.1.2. Macrodrenagem ............................................................................................ 346
1.2. MEDIDAS DE CONTROLE .............................................................................. 347
1.2.1. Medidas Estruturais ....................................................................................... 347
1.2.2. Medidas Não Estruturais ............................................................................... 348
1.3. A URBANIZAÇÃO E A DRENAGEM – ASPECTOS GERAIS .......................... 349
1.3.1. Diagnóstico de Ocorrências em Lapa............................................................ 351
2. LEGISLAÇÃO EXISTENTE ............................................................................... 354
2.1. O PLANO DIRETOR DO MUNICÍPIO DA LAPA .............................................. 366
2.2. REVISÃO DO PLANO DIRETOR MUNICIPAL DA LAPA ................................ 368
3. LEVANTAMENTO E DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO ATUAL .......................... 371
3.1. CARACTERIZAÇÃO DAS BACIAS HIDROGRÁFICAS: ASPECTOS GERAIS371
3.1.1. A Bacia hidrográfica com Ênfase a Unidade de Planejamento ..................... 371
3.2. O MUNICÍPIO DA LAPA EM RELAÇÃO ÀS BACIAS HIDROGRÁFICAS....... 374
3.2.1. Regiões Hidrográficas Brasileiras ................................................................. 374
3.2.1.1. Região Hidrográfica Paraná ....................................................................... 375
3.2.1.2. Regiões Hidrográficas do Estado do Paraná .............................................. 376
3.2.1.3. O Comitê de Bacias Hidrográficas.............................................................. 378
3.2.2. Bacias Hidrográficas e Fundos de Vale do Município da Lapa ..................... 378
3.3. GESTÃO DO SISTEMA DE MANEJO DE ÁGUAS PLUVIAIS URBANAS ....... 383
3.3.1. Responsabilidades e Atribuições .................................................................. 383
3.3.2. Técnicas e Tecnologias Adotadas ................................................................. 392
3.3.3. Cobertura do Sistema de Drenagem Urbana ................................................ 395
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3.3.4. Sistema de Drenagem Urbana versus Sistema de Esgotamento Sanitário .. 398


3.3.5. Manutenção do Sistema de Drenagem ......................................................... 400
3.3.6. Programas, Projetos, Ações e Obras Desenvolvidas ................................... 400
3.4. PROBLEMAS E DEFICIÊNCIAS DO SISTEMA DE MANEJO DE ÁGUAS
PLUVIAIS URBANAS ............................................................................................. 403
3.4.1. Outros problemas identificados .................................................................... 410
3.5. ASPECTOS GERAIS DO DIAGNÓSTICO DO SISTEMA DE MANEJO DE
ÁGUAS PLUVIAIS E DRENAGEM URBANA ......................................................... 411
ANEXO ................................................................................................................... 415
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...................................................................... 419
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LISTA DE FIGURAS

Figura 1: Localização da Lapa. ................................................................................... 3


Figura 2: Mapa Geológico do Paraná. ......................................................................... 5
Figura 3: Mapa Geológico da Lapa. ............................................................................ 6
Figura 4: Mapa Pedológico da Lapa............................................................................ 8
Figura 5: Classificação de Köppen – Estado do Paraná. .......................................... 10
Figura 6: Climatologia da Lapa.................................................................................. 11
Figura 7: Hidrografia do Município da Lapa .............................................................. 13
Figura 8: Regiões Fitogeográficas do Paraná. .......................................................... 15
Figura 9: Regiões Fitogeográficas da Lapa. .............................................................. 16
Figura 10: Causas de óbitos...................................................................................... 43
Figura 11: População Segundo IBGE. ...................................................................... 47
Figura 12: Pirâmide Etária (2010). ............................................................................ 50
Figura 13: Retas do Processo Aritmético da Projeção da População Urbana. ......... 54
Figura 14: Curvas Obtidas na Projeção pelo Método Geométrico. ........................... 57
Figura 15: Projeção da População Urbana pelo Método da Regressão Parabólica. . 60
Figura 16: Curva da Projeção Populacional pelo Método da Taxa de Crescimento
Anual. ........................................................................................................................ 62
Figura 17: Curva da Projeção Populacional pelo Método da Função Previsão. ........ 64
Figura 18: Curva da Projeção Populacional pelo Método da Função Crescimento... 66
Figura 19: Projeções da População Residente Urbana Pelos Métodos Analisados. . 68
Figura 20: Projeções da População Rural Pelos Métodos Analisados. ..................... 72
Figura 21: Projeção Total da População da Lapa. .................................................... 75
Figura 22: Fluxograma do Sistema Lapa Sede. ........................................................ 87
Figura 23: Equipamentos Operacionais do SAA – Lapa Sede .................................. 89
Figura 24: Captação de Água Bruta no Rio Stinglin. ................................................. 90
Figura 25: Poço de Sucção. ...................................................................................... 91
Figura 26: CMB do Recalque de Água Bruta. ........................................................... 92
Figura 27: Acionamento dos CMB. ............................................................................ 92
Figura 28: Poço 05. ................................................................................................... 93
Figura 29: Macromedidor de Água Bruta – Poço 05. ................................................ 94
Figura 30: Poço 01. ................................................................................................... 94
Figura 31: Macromedidor do Poço 01. ...................................................................... 95
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Figura 32: Poço 02. .................................................................................................. 95


Figura 33: Macromedidor do Poço 02. ...................................................................... 96
Figura 34: Poço 03. .................................................................................................. 97
Figura 35: Macromedidor do Poço 03. ...................................................................... 97
Figura 36: ETA Lapa Sede ....................................................................................... 98
Figura 37: Aplicação do PAC. ................................................................................... 99
Figura 38: Decantadores. ......................................................................................... 99
Figura 39: Filtro da ETA. ......................................................................................... 100
Figura 40: Tanques de Preparação de Soluções. ................................................... 100
Figura 41: Bombas Dosadoras ............................................................................... 101
Figura 42: Casa de Química. .................................................................................. 101
Figura 43: Laboratório da ETA. ............................................................................... 103
Figura 44: Zonas de Pressão do Sistema Lapa Sede. ........................................... 105
Figura 45: REN 02 e REN 03.................................................................................. 107
Figura 46: REN 01. ................................................................................................. 107
Figura 47: REL 01. .................................................................................................. 108
Figura 48: SER 01 - Monge. ................................................................................... 108
Figura 49: RAP 01 - Marafigo. ................................................................................ 109
Figura 50: Recalque do Centro de Reservação. ..................................................... 111
Figura 51: Acionamento por Inversor de Frequência. ............................................. 111
Figura 52: CMB da ERAT 03. ................................................................................. 112
Figura 53: Quadro de Comando da EET 03. .......................................................... 113
Figura 54: Booster BR 476 - Sanatório ................................................................... 114
Figura 55: Booster São José .................................................................................. 115
Figura 56: Booster Sergipe ..................................................................................... 115
Figura 57: Booster Duque de Caxias ...................................................................... 116
Figura 58: Booster Ângelo Caos ............................................................................. 117
Figura 59: Macromedidor da Adutora de Água Tratada. ......................................... 119
Figura 60: Fluxograma do SAA Mariental ............................................................... 126
Figura 61: Equipamentos Operacionais do SAA Mariental ..................................... 127
Figura 62: Captação de Água Bruta – Poço 02. ..................................................... 128
Figura 63: Captação de Água Bruta – Poço 05. ..................................................... 128
Figura 64: Poço P5. ................................................................................................ 129
Figura 65: Macromedidor do Poço P5 .................................................................... 129
Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB
Lapa – Paraná

Figura 66: Poço 02. ................................................................................................. 130


Figura 67: Macromedidor do Poço P2 ..................................................................... 130
Figura 68: Cloração e Fluoretação na Chegada a ETA ........................................... 131
Figura 69: Bomba Dosadora de Cloro. .................................................................... 131
Figura 70: Módulos de Filtração .............................................................................. 132
Figura 71: Laboratório da ETA Mariental ................................................................ 132
Figura 72: Quadro de Comando .............................................................................. 133
Figura 73: Reservatório apoiado, tipo retangular e fabricado em concreto. ............ 134
Figura 74: Reservatório elevado, tipo cilíndrico e fabricado em fibra. ..................... 134
Figura 75: Reservatório elevado, tipo cilíndrico e fabricado em fibra. ..................... 135
Figura 76: Linhas de Adução................................................................................... 136
Figura 77: Macromedidor de Saída ......................................................................... 136
Figura 78: Novas Bombas Dosadoras ..................................................................... 140
Figura 79: Município da Lapa .................................................................................. 142
Figura 80: Equipamentos Operacionais dos Sistemas Isolados.............................. 143
Figura 81: Captação de Água Bruta. ....................................................................... 144
Figura 82: Poço P1. ................................................................................................. 145
Figura 83: Filtro Russo. ........................................................................................... 145
Figura 84: Casa de Química.................................................................................... 146
Figura 85: Macromedidor de Água Bruta. ............................................................... 146
Figura 86: Reservatório em Local de Difícil Acesso. ............................................... 147
Figura 87: Captação de Água Bruta. ....................................................................... 150
Figura 88: Poço P1. ................................................................................................. 150
Figura 89: Filtro Russo. ........................................................................................... 151
Figura 90: Casa de Química.................................................................................... 152
Figura 91: Macromedidor de Água Bruta. ............................................................... 152
Figura 92: Reservatório Elevado. ............................................................................ 154
Figura 93: Captação de Água Bruta. ....................................................................... 157
Figura 94: Poço P1. ................................................................................................. 157
Figura 95: Quadro de Comando. ............................................................................. 158
Figura 96: Macromedidor de Água Bruta. ............................................................... 158
Figura 97: Reservatório Elevado. ............................................................................ 160
Figura 98: Captação de Água Bruta. ....................................................................... 163
Figura 99: Reservatório Elevado. ............................................................................ 163
Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB
Lapa – Paraná

Figura 100: Captação de Água Bruta. .................................................................... 164


Figura 101: Poço de Captação de Água Bruta. ...................................................... 165
Figura 102: Reservatório Elevado. ......................................................................... 165
Figura 103: Captação de Água Bruta. .................................................................... 166
Figura 104: Poço de Captação de Água Bruta. ...................................................... 167
Figura 105: Reservatório Elevado. ......................................................................... 167
Figura 106: Poço Perfurado para Captação de Água Bruta.................................... 168
Figura 107: Sistema de Reservação. ...................................................................... 169
Figura 108: Captação de Água Bruta. .................................................................... 170
Figura 109: Poço de Captação. .............................................................................. 170
Figura 110: Reservatório Elevado. ......................................................................... 171
Figura 111: Captação de Água Bruta. .................................................................... 172
Figura 112: Poço de Captação. .............................................................................. 173
Figura 113: Reservatório Elevado. ......................................................................... 173
Figura 114: Captação de Água Bruta. .................................................................... 174
Figura 115: Reservatório Elevado. ......................................................................... 175
Figura 116: Captação de Água Bruta. .................................................................... 176
Figura 117: Poço de Captação. .............................................................................. 177
Figura 118: Reservatório Elevado. ......................................................................... 177
Figura 119: Captação de Água Bruta. .................................................................... 178
Figura 120: Poço de Captação. .............................................................................. 179
Figura 121: Reservatório Elevado. ......................................................................... 179
Figura 122: Reservatório Elevado. ......................................................................... 181
Figura 123: Poço Perfurado. ................................................................................... 182
Figura 124: Reservatório Elevado. ......................................................................... 183
Figura 125: Captação de Água Bruta. .................................................................... 183
Figura 126: Poço de Captação. .............................................................................. 184
Figura 127: Reservatório Elevado. ......................................................................... 185
Figura 128: Localização das unidades operacionais do sistema de esgotamento
sanitário. ................................................................................................................. 198
Figura 129: Modelo Padrão de Ligação Predial de Esgoto Adotado pela SANEPAR.
................................................................................................................................ 200
Figura 130: Área externa da EEE do Monge. ......................................................... 202
Figura 131: Gradeamento da EEE do Monge. ........................................................ 203
Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB
Lapa – Paraná

Figura 132: Poço de recalque da EEE do Monge. .................................................. 203


Figura 133: Acionamento da EEE do Monge. ......................................................... 204
Figura 134: EEE do Monge. .................................................................................... 204
Figura 135: Área externa da EEE Alto da Cruz. ...................................................... 205
Figura 136: Gradeamento da EEE Alto da Cruz. ..................................................... 205
Figura 137: Acionamento da EEE Alto da Cruz. ...................................................... 206
Figura 138: EEE Alto da Cruz. ................................................................................ 206
Figura 139: Macromedidor da EEE Alto da Cruz. .................................................... 207
Figura 140: Área externa da EEE São Benedito. .................................................... 207
Figura 141: Gradeamento da EEE São Benedito. ................................................... 208
Figura 142: Acionamento da EEE São Benedito. .................................................... 209
Figura 143: EEE São Benedito................................................................................ 209
Figura 144: Área externa da EEE Santa Rita. ......................................................... 210
Figura 145: Gradeamento da EEE Santa Rita......................................................... 210
Figura 146: Acionamento da EEE Santa Rita.......................................................... 211
Figura 147: EEE Santa Rita. ................................................................................... 211
Figura 148: Gradeamento da EEE Final. ................................................................ 212
Figura 149: Poço de sucção da EEE Final. ............................................................. 213
Figura 150: Acionamento dos conjuntos moto bomba. ........................................... 213
Figura 151: Material da limpeza do poço de sucção. .............................................. 214
Figura 152: Gradeamento manual do tanque de chegada e desarenador. ............. 216
Figura 153: Calha parshall com macromedidor ultrassônico. .................................. 216
Figura 154: RALF antigo. ........................................................................................ 217
Figura 155: Ralf novo. ............................................................................................. 217
Figura 156: Processo de cloração do efluente. ....................................................... 218
Figura 157: Filtros biológicos................................................................................... 218
Figura 158: Decantadores Secundários. ................................................................. 219
Figura 159: Leitos de secagem da ETE Rodovia do Xisto. ..................................... 219
Figura 160: Ponto de lançamento do efluente no Rio Capivari. .............................. 220
Figura 161: Laboratório da ETE Rodovia do Xisto. ................................................. 221
Figura 162: Fundos de Vale. ................................................................................... 225
Figura 163: Organograma da SANEPAR. ............................................................... 236
Figura 164: Principais Resíduos Sólidos Gerados nas Cidades com ênfase na
PNRS. ..................................................................................................................... 253
Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB
Lapa – Paraná

Figura 165: Organograma da Secretaria de Agricultura e Meio Ambiente.............. 259


Figura 166: Organograma da Secretaria de Infraestrutura, Obras Públicas e
Transporte. ............................................................................................................. 260
Figura 167: Esquema do gerenciamento dos resíduos domiciliares em Lapa. ....... 262
Figura 168: Imagens dos contêineres disponibilizados. ......................................... 263
Figura 169: Caminhão compactadores que realiza a Coleta Convencional na Lapa.
................................................................................................................................ 267
Figura 170: Coleta Convencional sendo executada. .............................................. 268
Figura 171: Caminhões compactadores que realizam a Coleta Seletiva. ............... 271
Figura 172: Coleta seletiva sendo executada. ........................................................ 272
Figura 173: Mapa de localização do aterro sanitário da Lapa. ............................... 273
Figura 174: Nova base do aterro sanitário inaugurada em junho de 2014. ............ 275
Figura 175: Imagem esquemática da evolução da área onde situa-se o aterro
sanitário. ................................................................................................................. 275
Figura 176: Entrada do aterro sanitário da Lapa. ................................................... 278
Figura 177: Guarita e balança rodoviária. ............................................................... 278
Figura 178: Instalação de apoio (escritório). ........................................................... 279
Figura 179: Vista geral da Célula já encerrada. ...................................................... 279
Figura 180: Célula atual utilizada para disposição dos resíduos domiciliares. ....... 280
Figura 181: Material para cobertura dos resíduos. ................................................. 280
Figura 182: Sistema de lagoas para tratamento do chorume. ................................ 281
Figura 183: Vista da área que foi utilizada como lixão. ........................................... 281
Figura 184: Imagem esquemática da área de bota-fora e armazenamento temporário
de resíduos da construção civil. .............................................................................. 282
Figura 185: Quantitativo da entrada de resíduos no aterro sanitário da Lapa. ....... 283
Figura 186: Imagem da localização atual do galpão de triagem da Recilapa. ........ 285
Figura 187: Vista externa geral do galpão de triagem. ........................................... 286
Figura 188: Caminhões coletores descarregando os materiais recicláveis. ........... 287
Figura 189: triagem sendo executada e material separado, respectivamente. ....... 288
Figura 190: Prensas................................................................................................ 288
Figura 191: Material enfardado e sendo comercializado, respectivamente. ........... 289
Figura 192: Vista geral das baias de classificação e armazenamento. .................. 289
Figura 193: Unidades de apoio: Refeitório e banheiro, respectivamente................ 290
Figura 194: Material informativo do Projeto Recicla Lapa. Frente. ......................... 292
Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB
Lapa – Paraná

Figura 195: Material informativo do Projeto Recicla Lapa. Verso. ........................... 292
Figura 196: Material informativo do Projeto Recicla Lapa. Interior. ......................... 293
Figura 197: Fluxograma de Metodologia utilizada. .................................................. 297
Figura 198: Resíduos sendo despejados do caminhão coletor. .............................. 297
Figura 199: Escolha da amostra.............................................................................. 298
Figura 200: Homogeneização da amostra (abertura dos sacos e mistura). ............ 298
Figura 201: Divisão das amostras iniciais (960 l) para obtenção da amostra final (240
l). Quarteamento. .................................................................................................... 299
Figura 202: Separação da amostra final no galpão de triagem da RECILAPA. ...... 299
Figura 203: Amostra final separada por fração de resíduo. .................................... 299
Figura 204: Pesagem das distintas frações de resíduos. ........................................ 300
Figura 205: Resultados da amostra 1. .................................................................... 301
Figura 206: Resultados da amostra 2. .................................................................... 301
Figura 207: Resultado final...................................................................................... 301
Figura 208: Resultado final por fração reciclável seco, orgânico e rejeito. .............. 302
Figura 209: Percentual e desvio de materiais recicláveis do aterro sanitário
considerando o total gerado. ................................................................................... 304
Figura 210: Serviço de varrição sendo executado. ................................................. 306
Figura 211: Mapeamento das ruas atendidas pelo serviço de varrição. ................. 307
Figura 212: Execução da capina manual e retirada de areia de meio fio. ............... 309
Figura 213: Execução do serviço de roçada. .......................................................... 309
Figura 214: Material informativo sobre os procedimentos referentes ao manejo dos
entulhos de construção. .......................................................................................... 313
Figura 215: Resíduos da construção civil dispostos em caçambas particulares. .... 314
Figura 216: Imagem esquemática da área de armazenamento temporário de
resíduos da construção civil. ................................................................................... 315
Figura 217: Descarte irregular de entulhos e RCC. ................................................. 316
Figura 218: Veículo utilizado para a coleta de RSS municipais. ............................. 318
Figura 219: Local de armazenamento externo dos RSS municipais na UPA 24 horas
(vista Externa). ........................................................................................................ 318
Figura 220: Local de armazenamento externo dos RSS municipais na UPA 24 horas
(vista Interna). ......................................................................................................... 319
Figura 221: Armazenamento dos resíduos de óleos usados................................... 330
Figura 222: Pneus armazenados na Recilapa......................................................... 331
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Figura 223: Reaproveitamento de pneus inservíveis em Bueiros no interior do


município. ............................................................................................................... 332
Figura 224: Regiões Hidrográficas do Brasil destacando a RH do rio Paraná, área de
estudo. .................................................................................................................... 375
Figura 225: Unidades Hidrográficas do Paraná destacando a localização da Lapa na
Unidade 02 – Alto Iguaçu........................................................................................ 377
Figura 226: Bacias hidrográficas do município da Lapa/PR. .................................. 379
Figura 227: Fundos de vale da hidrográfica urbana do município da Lapa (Córregos
Passo dos Neves e Passo da Ronda e afluente pela margem esquerda do Rio Passa
Dois). ...................................................................................................................... 382
Figura 228: Esquema localização Córrego Passo dos Neves à direita e Córrego
Passo do Ronda à esquerda. ................................................................................. 383
Figura 229: Organograma Poder Executivo Municipal da Lapa.............................. 386
Figura 230: Organograma da Secretaria Municipal de Infraestrutura, Obras Públicas
e Transportes (SIOPT)............................................................................................ 387
Figura 231: Sistema de Drenagem Urbana da Lapa – Modelo Empregado. .......... 393
Figura 232: Exemplos de estruturas de microdrenagem empregadas no perímetro
urbano da Lapa. Destaque para bocas-de-lobo de concreto e meio fio delimitado
(obras recentes realizadas). ................................................................................... 394
Figura 233: Exemplos de estruturas de microdrenagem empregadas no perímetro
urbano da Lapa. Destaque para bocas-de-lobo de concreto. ................................. 394
Figura 234: Exemplos de estruturas de microdrenagem – lombadas para segurar
escoamento pluvial. Rua Noel Braz Felizardo. ....................................................... 395
Figura 235: Levantamento gráfico (%) da cobertura de drenagem urbana na sede
municipal................................................................................................................. 396
Figura 236: Cobertura do sistema de microdrenagem pluvial da Lapa. .................. 397
Figura 237: Aspectos do Parque Linear ao longo do Córrego Passo dos Neves
(início do trecho canalizado - Rua Barão dos Campos Gerais). ............................. 402
Figura 238: Aspectos do Parque Linear ao longo do Córrego Passo dos Neves –
final do trecho próximo a BR 476. ........................................................................... 402
Figura 239: Obras de pavimentação e drenagem pluvial no B. Barcelona em 2014.
................................................................................................................................ 403
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Figura 240: Danos na pavimentação causados pelo escoamento da água da chuva


sem estruturas adequadas de drenagem urbana – Rua Otávio José Kuss e
imediações – Bairro Tamanqueiro........................................................................... 404
Figura 241: Rua Miguel Pedro – B. Tamanqueiro. Ponto de alagamento devido
insuficiência do sistema pluvial existente. Microdrenagens passam dentro dos lotes.
................................................................................................................................ 404
Figura 242: Fundo de vale Córrego Passo da Ronda – Rua Eduardo Correia –
ocupações irregulares, lançamento de esgotos na macrodrenagem. ..................... 405
Figura 243: Rua Hipólito Alves de Araújo – fundo de vale do Córrego da Ronda.
Local de alagamentos frequentes, lançamento de esgotos, construções irregulares.
................................................................................................................................ 405
Figura 244: Rua Cândida da Costa e imediações – Vila Esperança – Ocupações
irregulares, alagamentos, erosões. Fundo de vale de afluente do Córrego Passo da
Ronda. ..................................................................................................................... 406
Figura 245: Imediações da Rua Duque de Caxias – Vila Esperança. Ocupações
irregulares, sem infraestrutura de drenagem. Local de alagamentos localizados. .. 406
Figura 246: Rua Conselheiro Alves de Araújo – macrodrenagem Passo da Ronda,
ocupações irregulares fundo de vale. Lançamento de esgotos. ............................. 407
Figura 247: Rua Luciano Lacerda – local de erosão/danos devido velocidade
escoamento água pluvial. ........................................................................................ 407
Figura 248: Rua Carlos Ganzer – fundo de vale Córrego Ronda – local de
alagamentos frequentes. ......................................................................................... 407
Figura 249: Distrito Mariental – Rua Alexandre Hornung e imediações. Insuficiência
de drenagem urbana. .............................................................................................. 408
Figura 250: Vila São Cristóvão e imediações – ausência de drenagem – erosões. 409
Figura 251: Localização esquemática pontos problemáticos. ................................. 410
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LISTA DE QUADROS

Quadro 1: Distâncias da Lapa às Principais Cidades. 4


Quadro 2: Quadro Climático do Município da Lapa 11
Quadro 3: Número de Domicílios 19
Quadro 4: Consumo e Consumidores de Energia em Lapa 19
Quadro 5: Distância da Lapa aos Principais Portos e Aeroportos do Paraná. 20
Quadro 6: Evolução do Número de Veículos a Motor 20
Quadro 7: Escolas Municipais 23
Quadro 8: Taxa Bruta de Natalidade por 1.000 Habitantes. 25
Quadro 9: Mortalidade Infantil por 1.000 Nascidos Vivos. 26
Quadro 10: Esperança de Vida ao Nascer (em anos). 27
Quadro 11: Taxa de Fecundidade. 27
Quadro 12: Quadro de Funcionários do Sistema de Saúde. 28
Quadro 13: Número de Estabelecimentos de Saúde por Tipo de Prestador. 28
Quadro 14: Orçamento Anual para o Sistema de Saúde. 29
Quadro 15: Número de Matrículas. 30
Quadro 16: Número de Docentes. 31
Quadro 17: Número de Estabelecimentos 31
Quadro 18: Índice de Reprovação 31
Quadro 19: Índice de Abandono. 32
Quadro 20: Índice de Aprovação. 32
Quadro 21: Taxa de Analfabetismo. 32
Quadro 22: IDH - Índice de Desenvolvimento Humano. 34
Quadro 23: Indicadores de Renda, Pobreza e Desigualdade 35
Quadro 24: Movimentação Econômica. 35
Quadro 25: Principais Cultivos. 35
Quadro 26: Dados da Pecuária. 36
Quadro 27: Produto Interno Bruto – PIB. 37
Quadro 28: Porcentagem de Renda Apropriada por Extrato da População. 38
Quadro 29: Total de Óbitos no Município da Lapa. 42
Quadro 30: Cobertura Vacinal por Tipo Imunobiológico. 44
Quadro 31: Distribuição Percentual das Internações por Grupo e Faixa Etária. 46
Quadro 32: População Segundo IBGE. 47
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Quadro 33: Dados Populacionais por Faixa Etária (2010). 49


Quadro 34: Composição das Retas. 52
Quadro 35: Valores por ano da Reta Ari 3 da População Urbana do Processo
Aritmético. 55
Quadro 36: Tabela dados de Entrada. 56
Quadro 37: Valores da População Urbana pelo Processo Geométrico – GEO 2. 58
Quadro 38: Montagem do Sistema para Calcular a Equação que Irá Definir a
Parábola da Estimativa Populacional Urbana. 58
Quadro 39: Valores da População Urbana Utilizando o Método da Regressão
Parabólica. 59
Quadro 40: Valores Correspondentes a Aplicação da Taxa Média (TM) Anual. 61
Quadro 41: Valores da População Urbana Utilizando a Função Previsão. 63
Quadro 42: Valores da População Urbana Utilizando a Função Crescimento. 65
Quadro 43: Estimativa da População Futura Urbana dos Métodos Analisados. 67
Quadro 44: Valores por Ano da População Urbana pelo Método Geométrico. 69
Quadro 45: Estimativa da População Futura Rural dos Métodos Analisados. 70
Quadro 46: Valores por Ano da População Rural pelo método Taxa Média (TM)
Anual. 73
Quadro 47: Projeção Populacional. 74
Quadro 48: Perdas no Processo. 102
Quadro 49: Reservatórios do Sistema Lapa Sede. 106
Quadro 50: Reservatórios do Centro de Reservação. 106
Quadro 51: Extensão da Rede de Distribuição por Diâmetro e Material. 117
Quadro 52: Número de Economias. 119
Quadro 53: Índice de Perdas. 120
Quadro 54: Índice de Perdas de Faturamento. 121
Quadro 55: Consumo Per Capita. 122
Quadro 56: Extensão de Rede por Diâmetro e Material 125
Quadro 57: Extensão de Rede por Diâmetro e Material 137
Quadro 58: Número de Economias. 137
Quadro 59: Índice de Perdas. 138
Quadro 60: Consumo Per Capita. 139
Quadro 61: Extensão de Rede por Diâmetro e Material 147
Quadro 62: Número de Economias. 148
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Quadro 63: Índice de Perdas. 148


Quadro 64: Consumo Per Capita de Água Azul. 149
Quadro 65: Extensão de Rede por Diâmetro e Material 153
Quadro 66: Número de Economias. 154
Quadro 67: Índice de Perdas. 154
Quadro 68: Consumo Per Capita de Johannesdorff. 155
Quadro 69: Extensão de Rede por Diâmetro e Material 159
Quadro 70: Número de Economias. 160
Quadro 71: Índice de Perdas. 160
Quadro 72: Consumo Per Capita de Johannesdorff. 161
Quadro 73: Relação dos Elementos Presentes no Esgoto Bruto e as Consequências
Provocadas pelo seu Lançamento em Corpos de Água. 189
Quadro 74: Leis Federais, Decretos e Resoluções Aplicadas ao Saneamento. 194
Quadro 75: Leis Estaduais, Decretos e Resoluções Aplicadas ao Saneamento. 195
Quadro 76: Normas Técnicas Aplicáveis. 196
Quadro 77: Número de ligações e economias de esgoto por classe de consumo. 199
Quadro 78: Extensão de rede por diâmetros e materiais. 201
Quadro 79: Vazão tratada na ETE Rodovia do Xisto. 214
Quadro 80: Volume de lodo encaminhado ao aterro sanitário. 219
Quadro 81: Vazão de entrada da ETE do Rodovia do Xisto. 222
Quadro 82: Serviços de manutenção do sistema de esgotamento sanitário. 226
Quadro 83: Sistema Tarifário da SANEPAR. 230
Quadro 84: Histograma de Consumo da Lapa Sede. 231
Quadro 85: Histograma de Consumo de Mariental. 231
Quadro 86: Histograma de Consumo de Johannesdorff. 232
Quadro 87: Histograma de Consumo de Água Azul. 233
Quadro 88: Histograma de Consumo de Canoeiro. 233
Quadro 89: Receitas 234
Quadro 90: Custos e Despesas. 234
Quadro 91: Investimentos. 235
Quadro 92: Indicadores Operacionais. 237
Quadro 93: Indicadores Econômicos. 238
Quadro 94: Indicadores Administrativos. 238
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Quadro 95: Responsabilidade pelo Gerenciamento dos Resíduos (Fonte: Lei n0


12.305/210) 254
Quadro 96: Serviços referentes ao manejo dos resíduos sólidos executados no
município. 255
Quadro 97: Localização e quantidade disponibilizada de contêineres para
armazenamento dos resíduos domiciliares para a coleta. 264
Quadro 98: Roteiros da coleta convencional. 265
Quadro 99: Especificações dos caminhões coletores da coleta convencional. 267
Quadro 100: Relação de funcionários que executam a coleta convencional. 268
Quadro 101: Roteiros da coleta seletiva. 269
Quadro 102: Especificações dos caminhões coletores da coleta convencional. 270
Quadro 103: Relação de funcionários que executam a coleta convencional. 271
Quadro 104: Operacional alocado no aterro sanitário da empresa Transresíduos. 277
Quadro 105: Quantitativo da entrada de resíduos no aterro sanitário da Lapa. 282
Quadro 106: Resultados obtidos no estudo gravimétrico realizado com os resíduos
domiciliares da Lapa em 2015. 300
Quadro 107: Quantitativos da geração de resíduos sólidos domiciliares. 303
Quadro 108: Geração Per Capita de resíduos sólidos domiciliares - RSD. 305
Quadro 109: Especificações do serviço de varrição. 306
Quadro 110: Especificações do serviço de roçada e capina. 308
Quadro 111: Medição da área atendida pelo serviço de capina em fevereiro de 2015.
310
Quadro 112: Especificações do serviço de coleta de galhos e entulhos. 311
Quadro 113: Especificações do serviço de jardinagem. 311
Quadro 114: Especificações do serviço de retirada de plantas rasteiras e poda. 312
Quadro 115: Relação de geradores municipais de RSS. 317
Quadro 116: Quantitativo dos resíduos dos serviços de saúde municipais coletados
pela Transresíduos. 319
Quadro 117: Situação dos estabelecimentos passíveis a elaboração do PGRS. 321
Quadro 118: Relação de atividades odontológicas registradas na secretaria da
Fazenda Municipal. 322
Quadro 119: Relação de dentistas registrados na secretaria da Fazenda Municipal.
322
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Quadro 120: Relação de atividades veterinárias registradas na secretaria da


Fazenda Municipal. 323
Quadro 121: Relação de médicos registrados na secretaria da Fazenda Municipal.
323
Quadro 122: Relação de atividades médica ambulatorial registrada na secretaria da
Fazenda Municipal. 324
Quadro 123: Relação de atividades de remoção de caliças e entulhos registrada na
secretaria da Fazenda Municipal. 324
Quadro 124: Relação de Serviços relativos a engenharia, arquitetura, geologia,
urbanismo, construção civil, manutenção, limpeza, meio ambiente, saneamento e
congêneres registrados na secretaria da Fazenda Municipal. 324
Quadro 125: Relação de atividades de remoção de caliças e entulhos registrada na
secretaria da Fazenda Municipal. 326
Quadro 126: Relação de Serviços de manutenção e reparação mecânica em
veículos automotores registrados na secretaria da Fazenda Municipal. 326
Quadro 127: Relação de Serviços de borracharia para veículos automotores
registrados na secretaria da Fazenda Municipal. 328
Quadro 128: Calendário de coleta de embalagens de agrotóxicos 332
Quadro 129: Custos com os serviços terceirizados com a empresa Transresíduos.
334
Quadro 130: Custos com os serviços terceirizados com a empresa Barreiras 334
Quadro 131: SNIS- Resíduos Sólidos- Lapa. 336
Quadro 132: Categorias das Medidas Não Estruturais. 349
Quadro 133: Principais causas e efeitos da urbanização sobre as inundações
urbanas. 350
Quadro 134: Ocorrências de Desastres Naturais – Síntese Geral. 353
Quadro 135: Funcionários da SIOPT – Geral. 389
Quadro 136: Levantamento da cobertura de drenagem urbana na sede municipal.
395
Quadro 137: Obras executadas na drenagem urbana. 400
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A – CARACTERIZAÇÃO GERAL DO MUNICÍPIO

1. HISTÓRICO

A Lapa teve início como povoado no tempo dos tropeiros, por volta de 1731, quando
passavam e faziam pouso os homens responsáveis pelo comércio animal do país,
compondo o Caminho das Tropas ou Caminho de Viamão. No entanto, há registros
de que já em 1541 andou por estas terras o primeiro desbravador.

No século XVII, por consequência das atividades de mineração, o povoamento do


território paranaense se restringia principalmente ao litoral e à região de Curitiba. Em
função do mercado forte em Minas Gerais, as fazendas do Rio Grande do Sul
passaram a suprir o mercado mineiro. Na inexistência de estradas para a subida das
tropas de gado, o governo de São Paulo determinou a abertura de uma estrada que
ligasse o Rio Grande do Sul até a região dos Campos Gerais.

Após expedições de bandeirantes que vieram do Norte e do Sul para essa região
abrindo estradas, Manoel Rodrigues da Mota refez a estrada. Por seus esforços,
aquela estrada passou a se chamar Estrada do Mota, que mais tarde teve o nome
alterado para Estrada da Mata. Esse trecho de estrada fazia parte do que viria a ser
chamado de Caminho do Viamão, que ligava o Rio Grande do Sul a Sorocaba, em
São Paulo.

Ao longo da estrada foram se estabelecendo vários locais apropriados para a


engorda do gado antes de prosseguir viagem. Esses fatores, fundamentais para o
povoamento, atraíram os primeiros habitantes da Lapa - João Pereira Braga e sua
mulher, Josefa Gonçalves da Silva. A presença, na margem ocidental do Rio Iguaçu,
do Registro de Curitiba, posto construído para cobrança de direitos sobre a
passagem de animais, fazia com que os tropeiros permanecessem mais tempo,
criando condições para o início do povoamento.

Em 1768, moradores solicitaram uma sesmaria (concessão de terras no Brasil pelo


governo português) para o patrimônio de uma igreja e foram atendidos. No dia 13 de

1
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Lapa – Paraná

junho de 1769, o Padre João da Silva Reis tomou posse deste patrimônio, instalando
a Freguesia de Santo Antônio de Lisboa.

Elevado à condição de cidade com a denominação da Lapa, pela Lei Estadual n.º
293, de 07/03/1872.

2. LOCALIZAÇÃO E ACESSOS

2.1. LOCALIZAÇÃO

A Lapa é sede da Microrregião de mesmo nome, que abrange ainda o município de


Porto Amazonas, fazendo parte da Mesorregião Geográfica Metropolitana de
Curitiba, como pode ser visto na Figura 1. O Município integra a Associação dos
Municípios da Região Suleste do Paraná (AMSULEP) e, mais recentemente,
também a Associação dos Municípios da Região Metropolitana de Curitiba
(ASSOMEC), tendo sido incorporado à Região Metropolitana de Curitiba (RMC),
através da Lei Estadual nº 13.512/2002.

O município da Lapa faz divisa com: Palmeira, Porto Amazonas, Balsa Nova,
Contenda, Quitandinha, Campo do Tenente, Rio Negro, Mafra (SC), Antônio Olinto e
São João do Triunfo.

2
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Lapa – Paraná

Figura 1: Localização da Lapa.

Fonte: COMEC, 2015.

2.2. PRINCIPAIS ACESSOS

O Município conta com boa acessibilidade através da malha rodoferroviária regional


e nacional, distando a sede municipal aproximadamente 72 km da capital Curitiba. A
sede municipal é cortada pela rodovia federal BR-476 (Rodovia do Xisto), bem como
pela rodovia estadual PR-427, sendo ambas asfaltadas.

A rodovia federal BR-476 promove a ligação com Curitiba, em sentido leste, e com
União da Vitória e Santa Catarina, em sentido oeste. Já a rodovia estadual PR-427
faz a ligação com Campo do Tenente e a rodovia BR-116, ao sul, e com Palmeira e
a rodovia BR-277, ao norte.

O Quadro 1 apresenta as distâncias por vias terrestres entre Lapa e outros


municípios e capitais importantes.

3
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Quadro 1: Distâncias da Lapa às Principais Cidades.


Cidade - UF Distância em km
Foz do Iguaçu - PR 611
Curitiba - PR 20
Paranaguá - PR 152
Londrina - PR 375
Maringá - PR 412
São Paulo - SP 479
Fonte: Google Maps, 2015.

3. CARACTERÍSTICAS FÍSICAS

3.1. GEOLOGIA

As rochas do Paraná formam compartimentos distintos e abrangem um extenso


intervalo do tempo geológico, com idades de 2,8 bilhões de anos até o presente. Na
baixada litorânea, Serra do Mar e Primeiro Planalto, encontram-se rochas
magmáticas e metamórficas mais antigas, recobertas parcialmente por sedimentos
recentes de origem marinha e continental. O Segundo Planalto constitui a faixa de
afloramento dos sedimentos paleozóicos da Bacia do Paraná. Sobrepostas a estes
sedimentos ocorrem as rochas vulcânicas de idade mesozóica do Grupo Serra
Geral, formando o Terceiro Planalto, recobertas por sedimentos cretáceos no
noroeste do Estado. Sedimentos recentes ocorrem em todas as regiões,
principalmente nos vales dos rios, além de outros tipos de depósitos inconsolidados.

As principais unidades litoestratigráficas que compõem o território municipal


correspondem aos sedimentos paleozóicos da Bacia do Paraná, Grupo Itararé,
compreendendo em sua maior parte siltitos, folhelhos, varvitos e conglomerados,
além de arenitos na região da Escarpa. O município também apresenta sedimentos
aluvionares do Quaternário, contendo areias, siltes, argilas e cascalhos,
predominantemente junto ao Rio Iguaçu, no extremo norte do território municipal, e
ao Rio da Várzea, no extremo sul. Abaixo está apresentado o mapa geológico do
Estado do Paraná, na Figura 2 e na Figura 3 o mapa geológico da Lapa.

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Figura 2: Mapa Geológico do Paraná.

Fonte: MINEROPAR, 2015.

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Figura 3: Mapa Geológico da Lapa.

Fonte: PDM, 2015.

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Lapa – Paraná

3.1.1. Solos

De acordo com o agrônomo russo Dokoutchaev, o solo é resultante das ações de


climas e organismos sobre a rocha e o relevo; e que a maior evolução destes solos
está relacionada com o tempo geológico. A doutrina especializada demonstra vários
métodos analíticos voltados à pedologia para caracterizar as propriedades dos solos.
Nakashima (1999) diz que a abordagem, baseada nas relações solos versus fatores
de meio deu aos estudos do solo uma característica mais atualista.

As relações entre topografia, geologia, clima, vegetação e tempo de evolução


resultam em diversos tipos de solos. Existe o predomínio no município do
Cambissolo, conforme Figura 4.

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Figura 4: Mapa Pedológico da Lapa.

Fonte: PDM, 2015.

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3.2. CLIMATOLOGIA

O clima paranaense é predominantemente subtropical úmido. A temperatura varia


entre 14ºC e 22ºC, e o clima é mais frio na porção sul dos planaltos do interior. Os
índices pluviométricos variam entre 1.500mm a 2.500 mm anuais, sendo que os
menores acumulados de chuvas distribuem-se pelo extremo noroeste, norte e
nordeste do Estado, enquanto as maiores no litoral, junto às serras, nos planaltos do
centro-sul e do leste paranaense. De acordo com a classificação Köppen (1948), o
Estado do Paraná apresenta climas do tipo C (Mesotérmico) e do tipo A (Tropical
Chuvoso), subdivididos da seguinte forma (SANTO JR, 2008):

Aft – Clima Tropical Superúmido (Tropical Chuvoso). Com média do mês mais
quente acima de 22ºC e do mês mais frio superior a 18ºC, sem estação seca e
isento de geadas. Aparece em todo o litoral e na porção oriental da Serra do Mar.

Cfa – Clima Subtropical Úmido (Mesotérmico). Com média do mês mais quente
superior a 22ºC e no mês mais frio inferior a 18ºC, sem estação seca definida, verão
quente e geadas menos frequentes. Distribuindo-se pelo Norte, Centro, Oeste e
Sudoeste do Estado, como também pelo vale do Rio Ribeira.

Cfb – Clima Subtropical Úmido (Mesotérmico). Com média do mês mais quente
inferior a 22ºC e do mês mais frio inferior a 18ºC, não apresenta estação seca, verão
brando e geadas severas e frequentes. Distribui-se pelas terras mais altas dos
planaltos e das áreas serranas (Planaltos de Curitiba, Campos Gerais, Guarapuava,
etc.).

A Figura 5 apresenta o Estado do Paraná segundo a classificação de Köppen.

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Figura 5: Classificação de Köppen – Estado do Paraná.

Fonte: SEMA, 2015.

O município da Lapa é caracterizado por possuir clima subtropical úmido do tipo Cfb.

A Figura 6 apresenta a caracterização climatológica do município da Lapa, onde se


observam as máximas e mínimas de temperatura, assim como a precipitação em
todos os meses do ano. A base destes dados é uma média realizada entre os anos
de 1961 e 1990.

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Figura 6: Climatologia da Lapa

Fonte: INMET, 2015.

No Quadro 2 observam-se os dados referentes aos apresentados na Figura 7.

Quadro 2: Quadro Climático do Município da Lapa


Temperatura Mínima Temperatura Máxima
Mês Precipitação (mm)
(ºC) (ºC)

Janeiro 17 23° 177


Fevereiro 17° 23° 151
Março 16° 23° 116
Abril 15° 21° 95
Maio 11° 18° 120
Junho 11° 18° 103
Julho 10° 17° 114
Agosto 11° 19° 84
Setembro 12° 19° 142
Outubro 14° 21° 147
Novembro 15° 22° 120
Dezembro 16° 23° 151
Fonte: INMET, 2015.

De acordo com os dados apresentados, o clima do município da Lapa apresenta


temperatura média anual de 17,7°C, sendo a média das máximas de 21,58°C e a
média das mínimas de 13,83°C. A precipitação anual média do município da Lapa é
de 126,66 mm/mês.

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Lapa – Paraná

3.3. HIDROGRAFIA

Os principais afluentes do Rio Iguaçu no município são o Rio Água Amarela, que
perfaz a divisa com Antônio Olinto, e os rios da Água Azul, do Palmital, Passa Dois,
São Francisco, Santa Clara e Capivari, esse último tendo suas nascentes na área
urbana da Lapa. A parte sul do território é delimitada pelo Rio Negro e por dois de
seus afluentes, o Rio da Água Vermelha e o Rio da Várzea. Este último perfaz a
divisa com os municípios de Quitandinha, Campo do Tenente e Rio Negro, e seus
principais contribuintes na Lapa são os rios, da Areia, da Anta Gorda, do França, dos
Patos, Calixto, Claro, da Estiva e São João.

Na Figura 7 está apresentada a hidrografia do município da Lapa.

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Figura 7: Hidrografia do Município da Lapa

Fonte: PDM, 2015.

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3.4. VEGETAÇÃO

O Estado do Paraná apresenta algumas regiões fitogeográficas, onde predominam


determinado tipo de vegetação. A Figura 8 apresenta as regiões fitogeográficas
existentes no Estado do Paraná.

Com um clima subtropical úmido mesotérmico(cbf), e altitudes superiores a 800m, foi


propício o desenvolvimento de uma cobertura vegetal exuberante presente no
município, formada por florestas subtropicais perenifólias e subperenifólias.

Originalmente, ocorre vegetação rasteira de várzea, em pequenas inclusões. Em


algumas reservas, encontram-se matas da Lapa, Araucaria angustifolia, ainda
preservadas, porém com pouca expressão, estas, sempre representam a área de
maior importância para a indústria madeireira, tendo sustentado esse tipo de
economia durante aproximadamente 150 anos, até 1960, quando começou o
declínio por escassez de matéria-prima.

A Araucaria angustifolia, mais conhecida como Pinheiro do Paraná, é conhecida


como símbolo do Estado do Paraná, por ser a árvore dominante desta região,
caracterizando sua paisagem.

Na sequência, na Figura 9, estão apresentadas as regiões fitogeográficas do


município da Lapa.

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Figura 8: Regiões Fitogeográficas do Paraná.

Fonte: ITCG, 2015.

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Figura 9: Regiões Fitogeográficas da Lapa.

Fonte: PDM, 2015.

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4. INFRAESTRUTURA

4.1. LEGISLAÇÃO

As legislações vigentes no Município da Lapa, nas esferas Federal, Estadual e


Municipal, relacionadas ao saneamento, serão destacadas em cada Diagnóstico dos
respectivos sistemas de saneamento.

4.1.1. Política Municipal de Saneamento

O Município da Lapa, até o presente momento, não possui uma Política Municipal de
Saneamento implementada por lei.

4.1.2. Plano Diretor do Município

O Plano Diretor é uma lei municipal que estabelece diretrizes para a ocupação da
cidade. Ele identifica e analisa as características físicas, as atividades
predominantes e as vocações da cidade, os problemas e as potencialidades. É um
conjunto de regras básicas que determinam o que pode e o que não pode ser feito
em cada parte da cidade. É um processo de discussão pública que analisa e avalia a
cidade para depois formular a cidade que a sociedade deseja. Desta forma, a
prefeitura em conjunto com a sociedade, busca direcionar a forma de crescimento,
conforme uma visão de cidade coletivamente construída e tendo como princípios
uma melhor qualidade de vida e a preservação dos recursos naturais. O Plano
Diretor deve, portanto, ser discutido e aprovado pela Câmara de Vereadores e
sancionado pelo prefeito. O resultado, formalizado como Lei Municipal, é a
expressão do pacto firmado entre a sociedade e os poderes Executivo e Legislativo.

O Plano Diretor Municipal da Lapa tem por objetivo a proposição de estratégias,


medidas e ações para orientar a gestão e o ordenamento do território municipal,
segundo os objetivos da Política de Desenvolvimento Urbano e Regional para o
Estado do Paraná.
No ano de 2003 foi aprovado e no ano de 2004 foi aplicado o atual Plano Diretor
Municipal, tendo vigência de 10 anos, seguindo as orientações do Ministério das

17
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Lapa – Paraná

Cidades. Dessa forma, a Prefeitura da Lapa/PR formou um Núcleo Gestor do Plano


Diretor no ano de 2013 para debater e idealizar um novo Plano Diretor Municipal,
analisando as estratégias de desenvolvimento e propostas para o Município, tanto
aquelas de caráter institucional, econômico e social, quanto de âmbito físico-
territorial. Há em seu conteúdo a proposição de uma série de obras, programas,
projetos, atividades e aquisições, definidas com base nas análises efetuadas no
diagnóstico e das demandas apresentadas pela população em audiência pública, as
quais se julgam necessárias à consecução dos objetivos do Plano Diretor.

4.1.3. Zonas Especiais de Interesse Social

As ZEIS têm como objetivos:

 Permitir a inclusão urbana de parcelas da população que se encontra à


margem do mercado legal de terras;

 Possibilitar a extensão dos serviços e da infraestrutura urbana nas regiões não


atendidas;

 Garantira melhoria da qualidade de vida e equidade social entre as ocupações


urbanas.

4.2. AVALIAÇÃO SISTEMÁTICA DOS SERVIÇOS PRESTADOS

Um dos primeiros mecanismos de participação e controle social na gestão política de


saneamento básico faz parte do próprio Plano Diretor do Município da Lapa.

Demais instrumentos como cadastros técnicos, sistemas de informações e controle


social dos sistemas de saneamento, serão implementados a partir deste Plano
Municipal de Saneamento Básico.

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Lapa – Paraná

4.3. HABITAÇÃO

Os domicílios são classificados como particulares quando destinados à habitação de


uma pessoa ou de um grupo de pessoas cujo relacionamento é ditado por laços de
parentesco, dependência doméstica ou, ainda, normas de convivência.

Os dados existentes relativos ao setor habitacional são os levantados nos últimos 3


censos demográficos (1991, 2000 e 2010). No Quadro 3 estão apresentados estes
dados relativos ao número de domicílios particulares permanentes do município da
Lapa

Quadro 3: Número de Domicílios


1991 2000 2010
Domicílios - Particulares 11.141 13.318 16.538
Domicílios - Particulares Ocupados 9.705 11.384 14.114
Domicílios - Particulares Não Ocupados 1.436 1.934 2.424
Domicílios - Total 11.155 13.339 16.556
Fonte: IPARDES

4.4. ENERGIA ELÉTRICA

A Companhia Paranaense de Energia Elétrica – COPEL é a companhia responsável


pela distribuição energética no município da Lapa, assim como em grande parte do
Estado do Paraná.

No município da Lapa houve um aumento no consumo total de energia na ordem de


18,39% do ano 2011 para o ano de 2014, assim como o número de ligações de
energia elétrica, que teve um aumento de 12,27%.

A evolução do consumo de energia bem como a evolução dos consumidores estão


apresentados no Quadro 4.

Quadro 4: Consumo e Consumidores de Energia em Lapa


Consumo (Mwh) Consumidores (Mwh)
Classe
2011 2012 2013 2014 2011 2012 2013 2014
Residencial 16.961 17.599 19.073 20.185 9.831 10.369 10.991 11.636
Setor Secundário 43.580 47.647 49.503 52.865 199 195 193 196

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Lapa – Paraná

Consumo (Mwh) Consumidores (Mwh)


Classe
2011 2012 2013 2014 2011 2012 2013 2014
Setor Comercial 10.155 10.570 11.084 12.421 818 852 889 952
Rural 16.329 16.956 17.096 17.965 4.733 4.735 4.733 4.708
Outras Classes 7.428 7.814 7.955 8.393 219 228 236 247
Total 94.453 100.585 104.710 111.828 15.800 16.379 17.042 17.739
Fonte: IPARDES

4.5. TRANSPORTE

A cidade da Lapa, não possui portos e aeroportos. Logo, o transporte terrestre é o


principal tipo de transporte utilizado. Para obter acesso aos principais portos e
aeroportos da região, devem ser percorridas distâncias por via terrestre. O Quadro 5
apresenta as distâncias da Lapa aos principais portos aeroportos do Paraná.

Quadro 5: Distância da Lapa aos Principais Portos e Aeroportos do Paraná.


Aeroporto/Cidade Distância em km

Aeroporto Internacional Afonso Pena - Curitiba 74,9


Porto de Paranaguá - Paranaguá 153

No Quadro 6 será apresentada a evolução do número de veículos a motor no


município da Lapa entre os anos de 2009 e 2012.

Quadro 6: Evolução do Número de Veículos a Motor


Tipo 2011 2012 2013 2014
Automóvel 10.510 11.549 12.418 13.116
Caminhão 1.161 1.201 1.253 1.270
Caminhão trator 264 296 345 376
Caminhonete 1.098 1.334 1.608 1.836
Camioneta 665 676 688 725
Ciclomotor 12 12 12 13
Micro-ônibus 104 120 130 134
Motocicleta 3.498 3.714 3.832 3.921
Motoneta 467 496 514 524
Ônibus 149 155 161 179
Reboque 208 256 302 363
Semi-Reboque 280 314 380 399
Trator de Rodas 3 4 5 3
Triciclo 1 - - 1
Utilitário 50 70 75 79

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Tipo 2011 2012 2013 2014


Outros 3 3 4 3
Total 18.473 20.200 21.727 22.942
Fonte: PARDES

De acordo com o Quadro 6 observa-se um crescimento percentual de 245% quanto


ao número de veículos no município da Lapa entre os anos de 2011 e 2014.
Segundo dados do IBGE, a população da Lapa em 2010 era de 44.932 habitantes,
com média de 1 veículo para aproximadamente cada 2,5 habitantes do município.

Esta é uma tendência de crescimento pertinente a muitos municípios brasileiros, pois


devido às dificuldades encontradas nos sistemas de transporte público, a solução
adotada pela população no que diz respeito à mobilidade urbana, é a aquisição de
veículos particulares devido principalmente as facilidades atuais para se comprar um
veículo.

4.6. PAVIMENTAÇÃO

Como pode ser visto durante visita técnica ao município da Lapa, a maior parte de
suas ruas pavimentadas e sob boas condições de usos. As vias não pavimentadas
concentram-se na periferia do município e são ruas de menor circulação de
automóveis. De acordo com informações do PDM de 2003, não existe uma largura
padrão das pistas de rolamento, as quais variam de 5,00 m a 8,00 m.

4.7. COMUNICAÇÃO

O Município conta com antena repetidora de quatro canais de televisão (RPC, SBT,
CNT e RIC TV) e três operadoras de TV por assinatura (SKY, Oi TV e Claro TV).
Dentre as empresas de telefonia fixa, o município possui atendimento apenas da Oi,
a qual conta com cerca de 4.500 linhas, além de 259 telefones públicos e 27 postos
telefônicos, conforme o PDM. A telefonia móvel, por sua vez, é prestada por quatro
operadoras (Claro, Oi, Tim e Vivo). Quanto ao serviço de correspondência, existe
uma agência dos Correios na Cidade e 29 agencias comunitárias no interior.

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Lapa – Paraná

4.8. ESTRUTURA COMUNITÁRIA

Serão apresentados nos itens a seguir, os equipamentos que compõe a estrutura


comunitária da Lapa, conforme dados repassados pela Prefeitura Municipal e
dispostos no Plano Diretor Municipal da Lapa.

4.8.1. Cemitérios

Os cemitérios fazem parte da história da humanidade e da história das cidades. A


presença de cemitérios nas imediações ou no interior das cidades gera impactos
psicológicos e físicos. Os impactos psicológicos podem se resumir no medo da
morte e superstições diversas que afastam as pessoas de quererem residir em
locais próximos a cemitérios. O impacto físico mais significativo é o risco de
contaminação das águas superficiais e subterrâneas por microorganismos que se
proliferam no decorrer da decomposição dos corpos.

Para prevenir os riscos de contaminação ambiental, o Conselho Nacional do Meio


Ambiente – CONAMA elaborou a Resolução nº 335/03 que dispõe sobre o
licenciamento ambiental de cemitérios. Os instrumentos de Política Nacional do Meio
Ambiente, Estudo Prévio de Impacto Ambiental – EPIA e o seu respectivo Relatório
de Impacto Ambiental – RIMA, estabelecidos pela Lei Federal nº 6.938/81, e
regulados pela Resolução nº 001/86 são obrigatórios em empreendimentos que
causem degradação ambiental como é o caso dos cemitérios.

A sede municipal conta com dois cemitérios públicos, ambos do tipo tradicional,
sendo o Cemitério Municipal o mais antigo, localizado próximo ao Centro Histórico, e
o Cemitério Pastor Widmer, situado na porção oeste da Cidade e construído mais
recentemente. As demais comunidades têm seus cemitérios próprios, e exemplo de
Mariental, cujo cemitério se situa no centro de sua sede.

4.8.2. Escolas

A seguir, no Quadro 7, a relação dos estabelecimentos de ensino públicos


municipais do Município da Lapa.

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Lapa – Paraná

Quadro 7: Escolas Municipais


NÍVEIS DE ENSINO
NOME DA ESCOLA BAIRRO
OFERTADOS
ÁREA URBANA
ENSINO FUND.
E. M. ABIGAIL CORTES CENTRO
SÉRIES INICIAIS
ENSINO FUND.
E. M. DR. MANOEL PEDRO CENTRO SÉRIES INICIAIS –
EJA
ENSINO FUND.
E. M. PEDRO F. CAVALIN COHAPAR
SÉRIES INICIAIS
ENSINO FUND.
E. M. DR. PEDRO PASSOS LEONI ENGENHO
SÉRIES INICIAIS
ENSINO FUND.
E. M. PROFª. SYBILLA W. DE LACERDA ESTAÇÃO
SÉRIES INICIAIS

SÃO LUCAS – ENSINO FUND.


E. M. PROFª. ELOAH D’AMICO RYCHWA
NOSSO CHÃO SÉRIES INICIAIS

VILA DO ENSINO FUND.


E. M. PRO.º DAVID DA S.CARNEIRO
PRÍNCIPE SÉRIES INICIAIS

VILA ENSINO FUND.


E. M. LAURO M. MONTENEGRO
ESPERANÇA SÉRIES INICIAIS

ENSINO FUND.
E. M. EMÍLIA M. F. DO AMARAL VILA SÃO JOSE
SÉRIES INICIAIS

WILSON ENSINO FUND.


E. M. SERAFIM FERREIRA DO AMARAL
MONTENEGRO SÉRIES INICIAIS

ÁREA RURAL
ENSINO FUND.
E. M. IRMÃ SANTA RITA ÁGUA AZUL
SÉRIES INICIAIS

ALVES ENSINO FUND.


E. M. DR. ALOÍSIO LEONI
CARDOSOS SÉRIES INICIAIS

ASSENT. ENSINO FUND.


E. M. CONTESTADO
CONTESTADO SÉRIES INICIAIS

ENSINO FUND.
E. M. DEP. JOÃO L. JACOMEL CANOEIRO
SÉRIES INICIAIS

FAXINAL DOS ENSINO FUND.


E. M. BRASILINO F. DE ALMEIDA
CORRÊAS SÉRIES INICIAIS

ENSINO FUND.
E. M. MARTIN HAMMERSCHMIDT FEIXO
SÉRIES INICIAIS

FEIXO/ ENSINO FUND.


E. M. DIRCEU BATISTA DA LUZ-TISIU
BOTIATUVA SÉRIES INICIAIS

23
Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB
Lapa – Paraná

NÍVEIS DE ENSINO
NOME DA ESCOLA BAIRRO
OFERTADOS

I FAXINAL DOS ENSINO FUND.


E. M. GUSTAVO KUSS
CASTILHOS SÉRIES INICIAIS

II FAXINAL DOS ENSINO FUND.


E. M. IMACULADO CORAÇÃO DE MARIA
CASTILHOS SÉRIES INICIAIS

ENSINO FUND.
E. M. PADRE FEIJÓ JOHANNESDORF
SÉRIES INICIAIS

MATO PRETO ENSINO FUND.


E. M. OSVALDO CRUZ
DOS MACHADOS SÉRIES INICIAIS

MATO PRETO ENSINO FUND.


E. M. MAL.CÂNDIDO RONDON
POVINHO SÉRIES INICIAIS

ENSINO FUND.
E. M. GETÚLIO VARGAS PALMITAL
SÉRIES INICIAIS
ENSINO FUND.
E. M. SÃO MIGUEL PASSA DOIS
SÉRIES INICIAIS
ENSINO FUND.
E. M. DR. VICENTE MACHADO RIO DA AREIA
SÉRIES INICIAIS
ENSINO FUND.
E. M. NOSSA SENHORA DE LOURDES SÃO BENTO
SÉRIES INICIAIS
Fonte: PDM, 2015.

4.8.3. Áreas de Lazer e Esporte

O lazer é uma necessidade biológica do ser humano, só agora difundida entre nossa
sociedade. O Poder Público Municipal deve se preocupar em oferecer estes serviços
à comunidade, através da criação de espaços livres, novos parques e incentivo às
competições esportivas (MEIRELLES, 2001).
Os principais equipamentos públicos de lazer da Lapa são as praças e parques, com
bastantes espaços livres para a prática de esportes e recreação.

A zona rural não em opção para áreas públicas de lazer, ficando restrito a alguns
campos de futebol, em estado ruim de conservação. Algumas propriedades
possuem campos de futebol, no entanto não possuem iluminação, impedindo
práticas esportivas à noite.

24
Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB
Lapa – Paraná

4.8.4. Igrejas e Templos

Lapa apresenta igrejas e templos por toda a extensão urbana, encontrando vários
templos evangélicos na periferia. Na zona rural encontram-se várias capelas,
algumas abandonadas, porém, a maior parte delas é ativa, ocorrendo
frequentemente missas, celebrações e cultos.

A Igreja Matriz da Lapa chama-se Paróquia Santo Antônio, em localização


estratégica no centro do município.

4.8.5. Estabelecimentos de Saúde

Na área urbana existem três UBS, todas instaladas em prédios públicos adaptados e
com dimensões reduzidas, necessitando de melhores condições para atendimento à
demanda.

Na área rural existem 19 postos de saúde, a maioria de pequena dimensão, os quais


são visitados periodicamente pelas quatro equipes do Programa Saúde da Família
que percorrem as várias comunidades na área rural.

4.8.6. Taxa de Natalidade

A taxa bruta de natalidade representa o número de nascidos vivos, por mil


habitantes, na população residente em um determinado espaço geográfico, no ano
considerado.
Em 2010, a taxa bruta de natalidade da Lapa foi de 14,33 nascidos vivos por mil
habitantes, Quadro 8. Ao longo dos anos seguintes esta taxa teve uma diminuição
de 8%. No mesmo período, o Paraná apresentou um aumento de 3% da taxa de
natalidade.

Quadro 8: Taxa Bruta de Natalidade por 1.000 Habitantes.


Ano Lapa Paraná
2010 14,33 17,54
2011 13,8 18,58
2012 15,55 18,6

25
Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB
Lapa – Paraná

Ano Lapa Paraná


2013 13,29 18,08
Fonte: PARDES

4.8.7. Taxa de Mortalidade Infantil

A taxa de mortalidade infantil é o número de óbitos de menores de um ano de idade,


por mil nascidos vivos, considerando a população residente em determinado espaço
geográfico, no ano considerado.

Em 2013, a taxa de mortalidade infantil do município era de 6,4 óbitos para cada
1.000 nascidos vivos, enquanto que a média do Estado do Paraná ficou em 13,57
óbitos para cada 1.000 nascidos vivos, conforme demonstra o Quadro 9.

Quadro 9: Mortalidade Infantil por 1.000 Nascidos Vivos.


Ano Lapa Paraná
2010 15,53 11,44
2011 19,26 10,53
2012 14,18 14,67
2013 6,4 13,57
Fonte: IPARDES

4.8.8. Esperança de Vida ao Nascer

Esperança de vida ao nascer é um importante indicador utilizado inclusive pela ONU


(Organização das Nações Unidas) e mostra o número médio de anos de vida
esperados para um recém-nascido, conforme o padrão de mortalidade existente na
população residente, em determinado espaço geográfico, no ano considerado.

De acordo com o Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil, em 2010, a


expectativa de vida na Lapa era de 75,9 anos. No Quadro 10 é exposta a evolução
da esperança de vida ao nascer do município comparativamente à média
paranaense e a nacional. Verifica-se um crescimento deste indicador ao longo dos
anos.

26
Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB
Lapa – Paraná

Quadro 10: Esperança de Vida ao Nascer (em anos).


Ano Lapa Paraná Brasil
1991 66,73 65,71 64,70
2000 71,14 69,83 68,60
2010 75,9 75,3 73,76
Fonte: PNUD

4.8.9. Taxa de Fecundidade

Segundo o IBGE a taxa de fecundidade total é o número médio de filhos que teria
uma mulher de uma coorte hipotética (15 e 49 anos de idade) ao final de seu
período reprodutivo. O Quadro 11 apresenta esta taxa para Lapa e o Estado do
Paraná nos anos de 1991, 2000 e 2010.

Quadro 11: Taxa de Fecundidade.


Ano Lapa Paraná
1991 3 2,62
2000 2,7 2,30
2010 1,9 1,9
Fonte: PNUD

4.8.10. Estrutura

Segundo dados do DATASUS apresentados no Quadro 12, referentes ao mês de


abril de 2010, o sistema de saúde do município da Lapa possuía o seguinte quadro
de funcionários.

27
Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB
Lapa – Paraná

Quadro 12: Quadro de Funcionários do Sistema de Saúde.


Recursos Humanos (vínculos) segundo categorias selecionadas
Dez/2009
Não Prof
Atende ao atende ao Prof/1.000 SUS/1.000
Categoria Total SUS SUS hab hab
Médicos 85 66 19 2,0 1,5
.. Anestesista 8 8 - 0,2 0,2
.. Cirurgião Geral 5 5 - 0,1 0,1
.. Clínico Geral 21 19 2 0,5 0,4
.. Gineco Obstetra 17 13 4 0,4 0,3
.. Médico de Família 6 6 - 0,1 0,1
.. Pediatra 12 9 3 0,3 0,2
.. Psiquiatra 2 2 - 0,0 0,0
.. Radiologista 1 1 - 0,0 0,0
Cirurgião dentista 30 19 11 0,7 0,4
Enfermeiro 27 27 - 0,6 0,6
Fisioterapeuta 17 9 8 0,4 0,2
Fonoaudiólogo 7 5 2 0,2 0,1
Nutricionista 12 11 1 0,3 0,3
Farmacêutico 23 15 8 0,5 0,3
Assistente social 4 4 - 0,1 0,1
Psicólogo 8 7 1 0,2 0,2
Auxiliar de Enfermagem 104 103 1 2,4 2,4
Técnico de Enfermagem 39 39 - 0,9 0,9
Fonte: DATASUS

Quanto aos dados apresentados no Quadro 12, pode-se destacar o número de


médicos por 1.000 habitantes, 2 para cada 1.000 habitantes. Este é considerado
baixo quando em comparação com o Estado do Paraná, que considerando o mesmo
período foi de 4,8 profissionais por 1.000 habitantes.

Ressalta-se que isoladamente, o indicador não é suficiente para avaliar a adequação


da oferta de médicos. A jornada de trabalho médico, as especialidades médicas
disponíveis, assim como as necessidades da população podem variar de acordo
com a região ou município. Por isso, não existe uma concentração ideal de médicos.

No Quadro 13 é apresentado o número de estabelecimentos de saúde segundo o


tipo de prestador do serviço, conforme o DATASUS.

Quadro 13: Número de Estabelecimentos de Saúde por Tipo de Prestador.


Tipo de Estabelecimento Público Filantrópico Privado Total
Centro de Atenção Psicosocial 1 0 0 1
Clínica Especializada/Ambulatório Especializado 4 0 2 6
Consultório Isolado 0 0 25 25
Hospital Especializado 1 0 0 1

28
Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB
Lapa – Paraná

Tipo de Estabelecimento Público Filantrópico Privado Total


Hospital Geral 1 0 0 1
Policlínica 0 0 1 1
Posto de Saúde 17 0 0 17
Pronto Socorro 1 0 0 1
Unidade de Serviço de Apoio de Diagnose e Terapia 0 0 4 4
Total 25 0 32 57
Fonte: DATASUS

Em relação ao número de estabelecimentos do setor de saúde é de se destacar a


homogeneidade nos números de estabelecimentos de saúde públicos e privados. O
município possui uma média de 4,7 leitos para cada 1.000 habitantes no Sistema
Único de Saúde - SUS, média esta, superior à média estadual (2,0).

No Quadro 14 serão apresentados os dados do orçamento com o sistema de saúde


pública no município da Lapa entre os anos de 2006 e 2009.

Quadro 14: Orçamento Anual para o Sistema de Saúde.


Dados e Indicadores 2006 2007 2008 2009
Despesa total com saúde por habitante (R$) 169,99 188,43 220,35 248,65
Despesa com recursos próprios por habitante 135,51 146,26 147,20 175,12
Transferências SUS por habitante 45,09 40,99 58,61 49,98

% despesa com pessoal/despesa total 75,1 76,7 69,0 62,0


% despesa com investimentos/despesa total 1,3 4,9 1,4 0,5
% transferências SUS/despesa total com saúde 26,5 21,8 26,6 20,1
% de recursos próprios aplicados em saúde (EC 29) 21,5 19,1 17,7 20,3
% despesa com serv. terceiros - pessoa jurídica /despesa total 13,7 9,9 20,0 24,9

Despesa total com saúde 7.679.113,07 7.853.631,30 9.454.213,15 10.675.315,38


Despesa com recursos próprios 6.121.848,60 6.095.806,82 6.315.698,58 7.518.335,03
Receita de impostos e transferências constitucionais legais 28.545.510,57 31.990.464,37 35.636.550,53 36.979.587,56
Transferências SUS 2.037.087,91 1.708.312,74 2.514.610,77 2.145.853,70
Despesa com pessoal 5.763.443,17 6.022.419,35 6.527.390,37 6.615.169,98
Fonte: DATASUS

4.8.11. Descrição de Práticas de Saúde e Saneamento

O município, por meio do conselho municipal de saúde, desenvolve atividades de


prevenção e promoção do bem estar social por meio da ação de agentes de saúde
municipais, que visitam as residências regularmente para se informar sobre a
situação de saúde familiar, nutrição de menores e condições de idosos.

A vigilância sanitária municipal está encarregada da fiscalização e promoção de


práticas adequadas de saneamento, atuando sobre à fabricação, distribuição e
comercialização de produtos e serviços que porventura venham a causar danos à

29
Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB
Lapa – Paraná

saúde da população. Além disso, a concessionária do serviço de água e esgoto


promove ações de infraestrutura de saneamento que visam melhorar as condições
ambientais e sanitárias das localidades do município.

4.8.12. Índice Nutricional da População Infantil de 0 a 2 Anos

De acordo com o Relatório de Acompanhamento Municipal dos Objetivos de


Desenvolvimento do Milênio, em 2014, o número de crianças menores de 2 anos
pesadas pelo Programa Saúde da Família era de 90,7%; destas, 0,4% estavam
desnutridas.

4.9. EDUCAÇÃO

Em relação ao sistema de educação existente na Lapa, serão apresentados os


dados de número de alunos matriculados conforme nível de escolaridade, número
de docentes, número de estabelecimentos de ensino e dados referentes ao ensino
superior.

Referentes ao número de alunos matriculados e efetivamente frequentando o ensino


regular (creche, pré-escola, fundamental, médio ou profissional) na Lapa, serão
apresentados dados dos anos de 2011 a 2014 conforme pesquisa no IPARDES.

Quadro 15: Número de Matrículas.


Tipo de Estabelecimento 2011 2012 2013 2014
Rede Federal - - - -
Rede Estadual 5.391 5.128 5.027 5.007
Rede Municipal 4.123 4.158 4.096 4.324
Rede Particular 584 563 559 587
Total 10.098 9.849 9.682 9.918
Fonte: IPARDES

Ao total para o ano de 2014 estão matriculados 9.918 alunos desde a creche até o
ensino médio e profissional.

30
Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB
Lapa – Paraná

O número de docentes presentes em Lapa será apresentado do Quadro 16


conforme pesquisa ao IPARDES. Ressalta-se um aumento geral de 20% quando
comparado os anos de 2009 e 2012.

Quadro 16: Número de Docentes.


Docentes 2009 2010 2011 2012
Rede Federal - - - -
Rede Estadual 196 212 221 214
Rede Municipal 184 184 196 244
Rede Particular 53 56 66 64
Total 408 429 450 490
Fonte: IPARDES

Com relação aos dados referentes ao número de estabelecimentos existentes na


Lapa, os mesmos estão presentes no Quadro 17, conforme o IPARDES.

Quadro 17: Número de Estabelecimentos


Tipo de Estabelecimento 2011 2012 2013 2014
Rede Federal - - - -
Rede Estadual 11 12 12 12
Rede Municipal 33 33 32 32
Rede Particular 5 4 4 4
Total 49 49 48 48
Fonte: IPARDES

Na estrutura física do sistema de educação do município da Lapa há uma


predominância de escolas Rede Municipal, representando 66% das instituições de
ensino no ano de 2014.

Abaixo podemos ver os índices de reprovação e abandono. Estes índices são


detalhados respectivamente nos Quadros 18 e 19, assim como o índice de
aprovação no Quadro 20.

Quadro 18: Índice de Reprovação


Taxa Estimada de Reprovação (%) 2011 2012 2013 2014
Ensino Fundamental (%) 7,8 6,1 5,6 5,8
Ensino Fundamental - Anos Iniciais (%) 6,3 4,1 4,5 4,3
Ensino Fundamental - Anos Finais (%) 9,5 8,4 6,9 7,5
Ensino Médio (%) 10,1 10,2 11,4 12
Fonte: IPARDES

31
Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB
Lapa – Paraná

Quadro 19: Índice de Abandono.


Taxa Estimada de Abandono (%) 2011 2012 2013 2014
Ensino Fundamental (%) 1,4 1,8 1,3 1,4
Ensino Fundamental - Anos Iniciais (%) 0,2 0,1 - -
Ensino Fundamental - Anos Finais (%) 2,5 3,7 2,8 3,1
Ensino Médio (%) 8,7 4,7 2,1 2,7
Fonte: IPARDES

Quadro 20: Índice de Aprovação.


Taxa Estimada de Aprovação 2011 2012 2013 2014
Ensino Fundamental (%) 90,8 92,1 93,1 92,8
Ensino Fundamental - Anos Iniciais (%) 93,5 95,8 95,5 95,7
Ensino Fundamental - Anos Finais (%) 88 87,9 90,3 89,4
Ensino Médio (%) 81,2 85,1 86,5 85,3
Fonte: IPARDES

4.9.1. Taxa de Analfabetismo

O Quadro 21 apresenta as taxas de analfabetismo por faixa etária da população da


Lapa e do Estado do Paraná.

Quadro 21: Taxa de Analfabetismo.


Taxa de Analfabetismo Lapa Paraná
Taxa de Analfabetismo de 15 anos ou mais (%) 5,67 6,28
Taxa de Analfabetismo de 15 a 19 anos (%) 0,94 0,88
Taxa de Analfabetismo de 20 a 24 anos (%) 1,39 1
Taxa de Analfabetismo de 25 a 29 anos (%) 1,45 1,42
Taxa de Analfabetismo de 30 a 39 anos (%) 2,43 2,65
Taxa de Analfabetismo de 40 a 49 anos (%) 4,52 5,16
Taxa de Analfabetismo de 50 anos e mais (%) 14,01 15,89
Fonte: IPARDES

Segundo o Quadro 38, o índice de analfabetismo (15 anos ou mais) do município era
de 5,67% no ano 2010, valor este inferior à média estadual para o mesmo ano que
girava em torno de 6,28%. De acordo com os dados encontrados tem-se uma
tendência a redução da taxa de analfabetismo, entre 15 e 39 anos observa-se uma
taxa média de 1,5%.

32
Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB
Lapa – Paraná

4.9.2. Avaliação da Capacidade do Sistema Educacional

Segundo os dados apresentados no diagnóstico e caracterização da educação no


município da Lapa, considera-se o sistema educacional uma boa ferramenta para o
desenvolvimento e promoção da saúde, qualidade de vida e salubridade do
município.

Uma vez que a base educacional é estruturada de uma forma em que a população
receba as informações e diretrizes adequadas com relação à saúde ou ao
saneamento básico de uma forma geral, há reflexos diretos na qualidade de vida
destas pessoas e na salubridade do município, cenário este que foi diagnosticado na
Lapa.

5. CARACTERIZAÇÃO SOCIOECONÔMICA

5.1. ÍNDICE DE DESENVOLVIMENTO HUMANO - IDH

O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) é uma medida comparativa de pobreza,


alfabetização, educação, esperança de vida, natalidade e outros fatores para as
diversas regiões, podendo ser aplicadas entre países, estados e municípios.

É uma maneira padronizada de avaliação e medida do bem-estar de uma


população, especialmente do bem-estar infantil. O índice varia de zero (nenhum
desenvolvimento humano) até 1 (desenvolvimento humano total), sendo
classificados da seguinte forma: quando o IDH está entre 0 e 0,499, este é
considerado baixo; quando o IDH está entre 0,500 e 0,799, é considerado médio;
quando o IDH está entre 0,800 e 1, é considerado alto.

O IDH pode ser realizado somente com os seus quesitos de comparação, ou seja,
envolvendo as questões de renda, longevidade e educação e através de uma média
aritmética simples desses quesitos é obtido o valor municipal.

De acordo com o Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil, o IDH da Lapa no


ano de 2010 era de 0,706, o que caracteriza o município com um índice de

33
Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB
Lapa – Paraná

desenvolvimento humano de nível alto. No Quadro 22 podemos observar todos os


índices que compõem o IDH.

Quadro 22: IDH - Índice de Desenvolvimento Humano.


IDHM e componentes 1991 2000 2010
IDHM Educação 0,228 0,459 0,595
% de 18 anos ou mais com ensino fundamental
19,2 32,61 44,77
completo
% de 5 a 6 anos na escola 33,84 62,43 79,36

% de 11 a 13 anos nos anos finais do fundamental


36,01 74,03 89,28
ou com fundamental completo

% de 15 a 17 anos com fundamental completo 17,71 54,54 62,37

% de 18 a 20 anos com médio completo 11,77 26,76 42,84

IDHM Longevidade 0,696 0,769 0,848

Esperança de vida ao nascer (em anos) 66,73 71,14 75,9

IDHM Renda 0,573 0,655 0,696


Renda per capita 282,49 471,62 608,6
Fonte: Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil

5.2. ÍNDICES DE DESIGUALDADE

5.2.1. Renda, Pobreza e Desigualdade

A renda per capita média da Lapa cresceu 215% nas últimas duas décadas,
passando de R$ 282,49 em 1991 para R$ 608,60 em 2010. A extrema pobreza
(medida pela proporção de pessoas com renda domiciliar per capita inferior a R$
70,00, em reais de agosto de 2010) passou de 17,37% em 1991 para 12,4% em
2000 e para 3,68% em 2010.

O índice de Gini mede o grau de desigualdade existente na distribuição de


indivíduos segundo a renda domiciliar per capita.

Seu valor varia de 0, quando não há desigualdade (a renda de todos os indivíduos


tem o mesmo valor), a 1, quando a desigualdade é máxima (apenas um indivíduo
detém toda a renda da sociedade e a renda de todos os outros indivíduos é nula).

34
Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB
Lapa – Paraná

Para o município da Lapa o Índice de Gini é apresentado no Quadro 23 abaixo:

Quadro 23: Indicadores de Renda, Pobreza e Desigualdade


Indicadores 1991 2000 2010
Renda per capita 282,49 471,62 608,6
% de extremamente pobres 17,37 12,4 3,68
% de pobres 44,63 28,49 10,59
Índice de Gini 0,54 0,61 0,49
Fonte: Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil

5.3. MOVIMENTAÇÃO ECONOMICA

Estão apresentados no Quadro 24, os valores correspondentes a movimentação


econômica do município da Lapa.

Quadro 24: Movimentação Econômica.


2009 2010 2011 2012

Setor Valor Valor Valor Valor


Adicionado (R$ x Adicionado (R$ x Adicionado (R$ x Adicionado (R$ x
1.000,00) 1.000,00) 1.000,00) 1.000,00)

Agropecuária 107.433 172.878 158.453 170.281


Indústria 116.085 162.325 181.687 186.528
Serviços 325.253 387.036 472.423 490.804
Total 548.770 722.240 812.562 847.614
Fonte: IPARDES

Conforme o Quadro 24 percebe-se que na Lapa grande parte da economia está


representada pelo setor de serviços, com uma participação de 57% para o ano de
2010. O setor primário se caracteriza conforme o Quadro 25

Quadro 25: Principais Cultivos.


2012
Cultura
Área Produção Rend.
(HA) (TON) (KG/HA)

ARROZ DE SEQ. 15 24 1.600

FEIJÃO DAS ÁGUAS 6.000 12.600 2.100

35
Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB
Lapa – Paraná

2012
Cultura
Área Produção Rend.
(HA) (TON) (KG/HA)

FEIJÃO DAS SECAS 3.500 7.000 2.000

MILHO S. NORMAL 13.200 99.000 7.500

SOJA 33.500 106.530 3.180


TRIGO 1.350 4.050 3.000
FUMO 643 1.414 2.200

BATATA DAS ÁGUAS 1.000 25.000 25.000

BATATA DAS SECAS 700 14.000 20.000

CEBOLA 240 4.560 19.000

FRUTICULTURA 687 18.940 27.500

TOTAL 60.835 - -
Fonte: PDM, 2015.

Conforme Quadro 26, na pecuária destaca-se a criação de aves, bovinos e suínos,


considerada fonte expressiva de renda do município.

Quadro 26: Dados da Pecuária.


Ano Δ%
Rebanho
2006 2012 Rebanho
APICULTURA(*) 3.500 3.200 -8,6
AVICULTURA DE CORTE 1.259.856 1.310.400 4
BOVINOCULTURA DE CORTE 42.320 38.300 -9,5
BOVINOCULTURA DE LEITE 3.500 4.500 28,6
BOVINOCULTURA MISTA 3.500 3.800 8,6
CAPRINOCULTURA 2.800 2.000 -28,6
OVINOCULTURA 3.500 3.500 0
SUINOCULTURA 20.100 10.200 -49,3
CUNICULTURA 3.500 3.000 -14,3
TOTAL 1.342.576 1.378.900 2,7
Fonte: PDM, 2015.

5.4. PRODUTO INTERNO BRUTO - PIB

O Produto Interno Bruto per capita indica o nível médio de renda da população em
um país ou território, e sua variação é uma medida do ritmo do crescimento

36
Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB
Lapa – Paraná

econômico daquela região. É definido pela razão entre o Produto Interno Bruto - PIB
e a população residente.

O crescimento da produção de bens e serviços é uma informação básica do


comportamento de uma economia. O PIB per capita, por sua definição, resulta num
sinalizador do estágio de desenvolvimento econômico de uma região. A análise da
sua variação ao longo do tempo faz revelações do desempenho daquela economia.

Habitualmente, o PIB per capita é utilizado como indicador-síntese do nível de


desenvolvimento de uma localidade, ainda que insuficiente para expressar, por si só,
o grau de bem-estar da população, especialmente em circunstâncias nas quais
esteja ocorrendo forte desigualdade na distribuição da renda.

No Quadro 27 é apresentado o valor do PIB do município e do Estado do Paraná.

Quadro 27: Produto Interno Bruto – PIB.


PIB (R$) x (1.000) PIB Per Capita (R$)
Ano 2010 2011 2012 2010 2011 2012
Lapa 779.394 885.924 925.270 17.346 19.627 20.410
Paraná 217.289.681 239.366.011 255.926.609 20.804 22.770 24.195
Fonte: IPARDES

Ressalta-se a representatividade do PIB da Lapa referente ao PIB Estadual, 0,36%,


com R$ 925.270.000,00 e o seu PIB per capita, o PIB dividido entre todos os
habitantes é de R$ 20.410,00, este sendo menor do que o PIB estadual.

5.5. PORCENTAGEM DE RENDA APROPRIADA POR EXTRATO DA


POPULAÇÃO

O Quadro 28 mostra a porcentagem de renda apropriada por extrato da população


para o município da Lapa.

37
Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB
Lapa – Paraná

Quadro 28: Porcentagem de Renda Apropriada por Extrato da População.


Extrato da População 1991 2000 2010

20% mais pobres 4 4,6 5,1

40% mais pobres 8,7 9,2 9,5

60% mais pobres 13,4 13,7 13,8


80% mais pobres 20,1 20,6 19,9
20% mais ricos 53,8 51,8 51,6
Fonte: Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil

5.6. ORGANIZAÇÃO SOCIAL DA COMUNIDADE

Dentre as tradições folclóricas do município, a mais representativa é a Congada da


Lapa, com 100 anos de história, ainda em atividade. A Lapa preserva também a
origem tropeiro, através da Associação União dos Tropeiro da Lapa e de diversos
grupos de CTG, que mantêm suas tradições de origem gauchesca. Há também
outros clubes e associações culturais na Cidade, tais como a Associação Literária
Lapeana, a Associação dos Amigos do Grupo General Sisson (ASISSON) e o Grupo
de Contadores de História Ser do Bem. Dentre os clubes recreativos destacam-se o
Clube Sete de Setembro, o Clube Congresso Recreativo da Lapa e o Clube
Lapeano.

No que diz respeito às datas comemorativas, destacam-se o Aniversário do


Município, no dia 13 de Junho, realizado juntamente com a Festa do Padroeiro
Santo Antônio. Relembra-se também anualmente o episódio do Cerco da Lapa, no
dia nove de fevereiro, mediante a realização de cerimônia militar, cívica e cultural.

Outras festas tradicionais são o Carnaval de Rua, o Dia do Tropeiro, comemorado


no dia 27 de abril, e o feriado em homenagem a São Benedito, no dia 26 de
dezembro. As datas religiosas costumam ser festejadas durante vários dias, com
shows e missas.

38
Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB
Lapa – Paraná

6. CARACTERIZAÇÃO SANITÁRIA E EPIDEMIOLÓGICA

6.1. INDICADORES AMBIENTAIS

Os indicadores podem ser definidos como índices estatísticos que refletem uma
determinada situação num dado momento, sua abrangência depende da finalidade
para qual se deseja executar a medição / diagnóstico.

Os indicadores são estabelecidos com o objetivo de sinalizar o estado, ou seja,


como se encontra um aspecto ou a condição de uma variável, comparando as
diferenças observadas no tempo e no espaço. Podem ser empregados para avaliar
políticas públicas, ou para comunicar ideias entre gestores e o público em geral, de
forma direta e simples.

Em síntese, os indicadores são abstrações simplificadas de modelos e contribuem


para a percepção dos progressos alcançados visando despertar a consciência da
população.

Os indicadores ambientais procuram denotar o estado do meio ambiente e as


tensões nele instaladas, bem como a distância em que este se encontra de uma
condição de desenvolvimento sustentável.

Como indicadores ambientais voltados para os recursos hídricos são utilizados os


índices de qualidade das águas. Destacam-se os parâmetros de teor de oxigênio
dissolvido, demanda biológica de oxigênio, teor de nitrogênio e de fósforo, além dos
diferentes índices de qualidade de água, estabelecidos de acordo com os interesses
dos seus proponentes.

Como indicadores ambientais, também devem ser apontados os graus de cobertura


de serviços de abastecimento de água potável, coleta e tratamento de esgoto e
coleta e tratamento dos resíduos sólidos, podendo ser interpretado como as
condições de saneamento existentes.

39
Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB
Lapa – Paraná

6.1.1. Cobertura do Abastecimento de Água Potável e Esgotamento Sanitário

Este indicador é composto pela parcela da população com acesso adequado ao


abastecimento de água e correta destinação e tratamento de esgoto sanitário. Por
se tratar do objeto de Diagnóstico dos Sistemas de Água e Esgotamento Sanitário,
este item será trabalhado de forma detalhada posteriormente no presente Plano
Municipal de Saneamento Básico.

6.1.2. Cobertura da Coleta e Tratamento dos Resíduos Sólidos Domiciliares

Informações sobre a quantidade de resíduos sólidos domiciliares produzida e a


quantidade coletada são de extrema relevância, fornecendo um indicador que pode
ser associado tanto à saúde da população quanto à proteção do ambiente, pois
resíduos não coletados ou dispostos em locais inadequados acarretam a
proliferação de vetores de doenças e, ainda, podem contaminar, o solo e corpos
d’água.

O índice de coleta de resíduos expressa a parcela da população atendida pelos


serviços de coleta de resíduos sólidos domiciliares em um determinado território.

Considera-se um destino adequado dos resíduos sólidos domiciliares a sua


disposição final em aterros sanitários; sua destinação a estações de triagem,
reciclagem e compostagem; e sua incineração através de equipamentos e
procedimentos próprios para este fim.

Por destino final inadequado compreende-se seu lançamento, em bruto, em


vazadouros a céu aberto, vazadouros em áreas alagadas, locais não fixos e outros
destinos, como a queima a céu aberto sem nenhum tipo de equipamento. A
disposição dos resíduos em aterros controlados também é considerada inadequada,
principalmente pelo potencial poluidor representado pelo chorume que não é
controlado neste tipo de destino.

40
Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB
Lapa – Paraná

Por se tratar do objeto de Diagnóstico do Sistema de Manejo dos Resíduos Sólidos,


este item será trabalhado de forma detalhada posteriormente no presente Plano
Municipal de Saneamento Básico.

6.1.3. Cobertura do Sistema de Drenagem e Manejo de Águas Pluviais Urbanas

Este índice demonstra a parcela da população que é atendida por sistemas de


manejo e drenagem das águas pluviais urbanas. Por se tratar do objeto de
Diagnóstico dos Sistemas de Drenagem e Manejo de Águas Pluviais Urbanas, este
item será trabalhado de forma detalhada posteriormente no presente Plano
Municipal de Saneamento Básico.

6.2. INDICADORES EPIDEMIOLÓGICOS

Os indicadores epidemiológicos são importantes para representar os efeitos das


ações de saneamento - ou da sua insuficiência - na saúde humana e constituem,
portanto, ferramentas fundamentais para a vigilância ambiental em saúde e para
orientar programas e planos de alocação de recursos em saneamento ambiental. A
seguir serão apresentados os principais indicadores epidemiológicos de interesse no
presente trabalho.

6.2.1. Mortalidade

A taxa de mortalidade ou coeficiente de mortalidade é o dado demográfico do


número de óbitos para cada mil habitantes, em uma dada região em um período de
um ano. A taxa de mortalidade pode ser tida como um forte indicador social, já que,
quanto piores as condições de vida, maior a taxa de mortalidade e menor a
esperança de vida. No entanto, pode ser fortemente afetada pela longevidade da
população, perdendo a sensibilidade para acompanhamento demográfico.

A taxa de mortalidade infantil indica o risco de morte infantil através da frequência de


óbitos de menores de um ano de idade na população de nascidos vivos. Este
indicador utiliza informações sobre o número de óbitos de crianças menores de um

41
Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB
Lapa – Paraná

ano de idade, em um determinado ano, e o conjunto de nascidos vivos, relativos ao


mesmo ano civil.

Pode-se relacionar a taxa de mortalidade infantil com a renda familiar, ao tamanho


da família, a educação das mães, a nutrição e a disponibilidade de saneamento
básico. Este indicador também contribui para uma avaliação da disponibilidade e
acesso aos serviços e recursos relacionados à saúde, especialmente ao pré-natal e
seu acompanhamento.

O Quadro 29 apresenta os dados relativos ao total de óbitos indiferentemente de sua


faixa etária e o total de óbitos infantis no municipio da Lapa. Ressalta-se que a taxa
de mortalidade infantil é um indice bastante significativo, pois têm forte correlação
com as condições de vida em geral.

Quadro 29: Total de Óbitos no Município da Lapa.


Outros Indicadores de Mortalidade 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008
Total de óbitos 298 310 293 292 259 287 286
Nº de óbitos por 1.000 habitantes 7,0 7,2 6,8 6,5 5,7 6,3 6,7
% óbitos por causas mal definidas 18,1 20,6 18,4 15,1 11,6 13,9 14,0
Total de óbitos infantis 21 11 11 8 9 16 15
Nº de óbitos infantis por causas mal definidas - 2 - 1 - - 2
% de óbitos infantis no total de óbitos * 7,0 3,5 3,8 2,7 3,5 5,6 5,2
% de óbitos infantis por causas mal definidas - 18,2 - 12,5 - - 13,3
Mortalidade infantil por 1.000 nascidos-vivos ** 26,0 14,7 16,1 11,6 13,5 24,6 21,1
Fonte: DATASUS

Apresentam-se na Figura 10 percentuais do município da Lapa referentes a causas


de óbitos, sendo que nas fontes de pesquisa consultadas (Caderno de Informações
de Saúde / DATASUS) não foi possível identificar a mortalidade com relação as
doenças de veiculação hídrica.

42
Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB
Lapa – Paraná

Figura 10: Causas de óbitos

Fonte: DATASUS

6.2.2. Cobertura Vacinal

O município da Lapa apresenta uma cobertura vacinal para menores de um ano de


idade e por tipo Imunobiológico, que pode ser visualizada no Quadro 30.

43
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Lapa – Paraná

Quadro 30: Cobertura Vacinal por Tipo Imunobiológico.


Imunobiológicos 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009
BCG (BCG) 98,9 90,1 102,5 99,9 103,5 101,7 99,6 76,9 96,4 96,2
Contra Febre Amarela (FA) - - - - - - 45,5 82,6 60,1 78,7
Contra Haemophilus influenzae tipo b (Hib) 88,2 109,4 38,2 - - - - - - -
Contra Hepatite B (HB) 130,1 107,4 97,2 102,1 95,6 103,8 94,5 99,9 85,5 85,1
Contra Influenza (Campanha) (INF) 55,1 55,8 71,2 89,8 92,5 80,4 77,6 63,0 90,1 128,7
Contra Sarampo 122,1 97,5 96,8 - - - - - - -
Dupla Viral (SR) - - - - - - - - - -
Oral Contra Poliomielite (VOP) 115,6 104,2 98,4 103,7 102,3 101,2 96,3 81,5 83,6 88,6
Oral Contra Poliomielite (Campanha 1ª etapa) (VOP) 116,2 107,6 101,4 121,6 104,1 102,5 89,4 109,8 101,9 122,6
Oral Contra Poliomielite (Campanha 2ª etapa) (VOP) 104,0 121,4 106,3 109,9 109,2 112,1 99,4 95,2 81,2 143,3
Oral de Rotavírus Humano (RR) - - - - - - 64,1 85,5 81,7 81,5
Tetravalente (DTP/Hib) (TETRA) - - 59,7 103,7 95,2 101,6 96,7 96,3 83,7 89,8
Tríplice Bacteriana (DTP) 115,6 104,6 38,7 - 0,4 0,6 - - - -
Tríplice Viral (SCR) 97,9 103,9 94,8 99,4 102,0 102,1 94,5 105,5 90,2 87,9
Tríplice Viral (campanha) (SCR) - - - - 13,2 - - - - -
Totais das vacinas contra tuberculose - - - - - - 99,6 76,9 96,4 96,2
Totais das vacinas contra hepatite B - - - - - - 94,5 99,9 85,5 85,1
Totais das vacinas contra poliomielite - - - - - - 96,3 81,5 83,6 88,6
Totais das vacinas Tetra + Penta + Hexavanlente - - - - - - 96,7 96,3 83,7 89,8
Totais das vacinas contra sarampo e rubéola - - - - - - 94,5 105,5 90,2 87,9
Totais das vacinas contra difteria e tétano - - - - - - 96,7 96,3 83,7 89,8
Fonte: DATASUS

44
Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB
Lapa – Paraná

6.2.3. Morbidade

Em epidemiologia, quando se fala em morbidade, pensa-se nos indivíduos de um


determinado território (país, estado, município, distrito municipal, bairro) que
adoeceram num dado intervalo do tempo neste território e/ou que passaram por
internações.

O Quadro 31 apresenta os resultados para o município da Lapa. A categoria de


classificação de destaque nesta ocasião são as internações por doenças infecciosas
parasitárias, pois muitas doenças parasitárias são decorrentes da falta de
saneamento básico.

45
Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB
Lapa – Paraná

Quadro 31: Distribuição Percentual das Internações por Grupo e Faixa Etária.
Mortalidade Proporcional (%) por Faixa Etária Segundo Grupo de Causas - CID10
2008
Grupo de Causas Menor 1 1a4 5a9 10 a 14 15 a 19 20 a 49 50 a 64 65 e mais 60 e mais Total
I. Algumas doenças infecciosas e parasitárias - - - - - - 8,8 2,2 2,0 3,3
II. Neoplasias (tumores) - - - - - 17,9 22,8 20,1 20,7 19,1
IX. Doenças do aparelho circulatório - - - - - 17,9 35,1 30,6 32,0 27,6
X. Doenças do aparelho respiratório - - - - - - - 23,9 21,3 13,0
XVI. Algumas afec originadas no período perinatal 53,8 - - - - - - - - 2,8
XX. Causas externas de morbidade e mortalidade 7,7 - - - 100,0 51,3 10,5 3,0 3,3 13,4
Demais causas definidas 38,5 - 100,0 - - 12,8 22,8 20,1 20,7 20,7
Total 100,0 - 100,0 - 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0
Fonte: DATASUS

46
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Lapa – Paraná

B – ESTUDO POPULACIONAL

1. PROJEÇÃO DEMOGRÁFICA

1.1. ANÁLISE DOS DADOS-BASE

Para obtenção dos dados-base populacionais do Município da Lapa/PR, foi


consultado o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE, estando os
valores obtidos apresentados no Quadro 32 e uma representação gráfica na Figura
1.

Quadro 32: População Segundo IBGE.


Taxa Taxa Taxa de
Pop. Urbana Pop. Rural Pop. Total
Ano Crescimento Crescimento Crescimento
(hab) (hab) (hab)
Anual (%) Anual (%) Anual (%)
1991 19.472 - 20.678 - 40.150 -
2000 24.070 2,624 17.768 -1,564 41.838 0,467
2007 24.847 0,461 16.832 -0,753 41.679 -0,054
2010 27.222 3,186 17.710 1,739 44.932 2,602
Média Anual 2,095 -0,755 0,627

Figura 11: População Segundo IBGE.

47
Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB
Lapa – Paraná

Analisando os dados apresentados no Quadro 32, tem-se que para o ano de 2010 a
população urbana da Lapa era de 27.222 habitantes e a população do meio rural era
de 17.710 habitantes, dividindo de maneira desigual a população que reside em área
urbana e a residente da área rural.

Entre os censos de 2000 e 2010 houve a contagem de 2007 em que a população da


Lapa foi estimada pelo IBGE. Com relação à população rural entre 1991 e 2010
houve um decréscimo de, aproximadamente, 0,75% ao ano e já a população
residente na área urbana cresceu a uma taxa de, aproximadamente, 2% ao ano.

No geral, entre 1991 e 2010, a população da Lapa apresentou um crescimento de


0,63% ao ano.

1.1.1. Pirâmide Etária

Conforme o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), uma pirâmide


etária é definida como a representação gráfica da distribuição de uma população,
segundo idade e sexo. A forma geral da pirâmide indica a tendência demográfica do
país, estado ou cidade e permite compará-la no tempo e no espaço. É uma forma
gráfica de avaliar uma determinada população e o seu nível desenvolvimento.

A análise de uma pirâmide etária e seus indicadores ajuda a definir a situação


socioeconômica em que determinada localidade insere-se. Os indicadores
analisados serão discutidos a seguir:

 Razão de Masculinidade (RM)

É o quociente entre os efetivos populacionais do sexo feminino e os do sexo


masculino:

Onde: H = número de homens e M = número de mulheres.

48
Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB
Lapa – Paraná

 Índice de Envelhecimento (IE)

É o quociente entre a população idosa e a população jovem:

 Razão de Dependência (RD)

É a relação entre a população jovem e idosa, e a população em idade ativa. Pode


ser dividida em Razão de Dependência Total (RDT), Razão de Dependência Idosa
(RDI) e Razão de Dependência Juvenil (RDJ):

O Quadro 33 mostra os dados da população por faixa etária, a partir destes dados
obteve-se o valor dos indicadores citados e a pirâmide etária para Lapa (Figura 12).

Quadro 33: Dados Populacionais por Faixa Etária (2010).


QUANTIDADE PORCENTAGEM
Faixa Etária
Homens Mulheres Total Homens Mulheres Total
0a4 1.607 1.530 3.137 7,10% 6,87% 6,98%
5a9 1.787 1.792 3.579 7,89% 8,04% 7,97%
10 a 14 2.140 1.979 4.119 9,45% 8,88% 9,17%
15 a 19 2.035 1.883 3.918 8,99% 8,45% 8,72%
20 a 24 1.921 1.832 3.753 8,48% 8,22% 8,35%
25 a 29 1.896 1.829 3.725 8,37% 8,21% 8,29%
30 a 34 1.747 1.828 3.575 7,71% 8,20% 7,96%
35 a 39 1.732 1.661 3.393 7,65% 7,45% 7,55%

49
Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB
Lapa – Paraná

QUANTIDADE PORCENTAGEM
Faixa Etária
Homens Mulheres Total Homens Mulheres Total
40 a 44 1.664 1.530 3.194 7,35% 6,87% 7,11%
45 a 49 1.459 1.504 2.963 6,44% 6,75% 6,59%
50 a 54 1.266 1.249 2.515 5,59% 5,60% 5,60%
55 a 59 1.058 1.043 2.101 4,67% 4,68% 4,68%
60 a 64 804 824 1.628 3,55% 3,70% 3,62%
65 a 69 606 635 1.241 2,68% 2,85% 2,76%
70 a 74 412 485 897 1,82% 2,18% 2,00%
75 a 79 288 336 624 1,27% 1,51% 1,39%
80 a 84 146 214 360 0,64% 0,96% 0,80%
85 a 89 56 98 154 0,25% 0,44% 0,34%
90 a 94 17 29 46 0,08% 0,13% 0,10%
95 a 99 3 5 8 0,01% 0,02% 0,02%
>100 2 0 2 0,01% 0,00% 0,00%
Total 22.646 22.286 44.932 100,00% 100,00% 100,00%

 Razão de Masculinidade (RM) = 101,62%


 Índice de Envelhecimento (IE) = 30,75%
 Razão de Dependência Total (RDT) = 46,05%
 Razão de Dependência Idosa (RDI) = 10,83%
 Razão de Dependência Juvenil (RDJ) = 35,22%

Figura 12: Pirâmide Etária (2010).

50
Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB
Lapa – Paraná

A pirâmide do município da Lapa apresenta sua base achatada, alargando-se para o


centro e o seu restante vai diminuindo gradativamente a partir da faixa etária dos 50
aos 54 anos. Este cenário é característico de locais desenvolvidos onde o fenômeno
de transição demográfica já está ocorrendo.

A razão de masculinidade é de 101,62%, ou seja, existem aproximadamente o


mesmo número de homens e mulheres. O número de homens é predominante até a
faixa etária de 50 anos quando então as mulheres passam a predominar. Ou seja,
nascem mais homens em Lapa, no entanto a mulheres tem maior longevidade,
principalmente devido aos cuidados com saúde que são maiores entre elas.

A razão de dependência é igual a 46,05%, indicando que a população


potencialmente ativa é maior em relação à população potencialmente inativa, ou
seja, é maior o número de pessoas não-dependentes economicamente. A razão de
dependência juvenil (35,22%) é maior do que a razão de dependência idosa
(10,83%), indicando que a maior parte dos dependentes apresenta faixa etária de 0
a 14 anos.

O índice de envelhecimento é igual a 18,26%, o que significa que existem


aproximadamente 18 idosos para cada grupo de 100 pessoas com até 15 anos,
número que condiz com a característica da Lapa ser um local considerado
desenvolvido.

1.2. PROJEÇÃO DA POPULAÇÃO URBANA DO MUNICÍPIO DA LAPA

O Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB terá um horizonte de


planejamento de 20 anos, tendo como Ano 1 de planejamento o ano de 2016 e
considerando a população urbana e rural do Município da Lapa/PR.

Para obter a evolução populacional foram utilizados seis processos estatísticos:

a) Processo Aritmético;
b) Processo Geométrico;

51
Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB
Lapa – Paraná

c) Regressão Parabólica;
d) Taxa Média (TM) Anual Fixada;
e) Função Previsão;
f) Função Crescimento.

Com as informações geradas a partir dos seis métodos citados, serão analisados os
resultados obtidos, definindo assim o método mais apropriado e consequentemente
a evolução da população ano a ano, até o final de plano.

1.2.1. Processo Aritmético

Neste processo são realizadas interpolações entre todos os anos, gerando várias
retas com os dados populacionais ao longo do tempo, conforme o Quadro 34.

Fórmulas utilizadas:
r = (P1 – P0) / (t1 – t0)
P = P0 + r . (ti – t0),

Onde:

r = razão (hab/ano)
P = População futura (hab) / Pi = população no ano 1 / P0 = população no ano 0
ti = ano 1 / t0 = ano 0

Quadro 34: Composição das Retas.


Reta t0 P0 t1 P1 r
Ari 1 1991 19472 2000 24070 511
Ari 2 1991 19472 2007 24847 336
Ari 3 1991 19472 2010 27222 408
Ari 4 2000 24070 2007 24847 111
Ari 5 2000 24070 2010 27222 315
Ari 6 2007 24847 2010 27222 792

Como exemplo, será realizado a obtenção de um valor de população para o ano de


2015, através da reta ARI 1, apenas para demonstrar a sistemática de
funcionamento do método:

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P = P0 + r * (ti – t0)
P (2015) = 19.472 + 511 * (2015-1991)
P (2014) = 31.733

Assim, realiza-se este procedimento através de uma planilha eletrônica para todos
os anos e com todas as retas, obtendo a população corresponde a cada ano. Os
dados do Quadro 34 geraram o gráfico apresentado na Figura 13 com as retas a
serem analisadas.

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Figura 13: Retas do Processo Aritmético da Projeção da População Urbana.

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Entende-se que o crescimento do município ao longo dos próximos anos, se dará de


forma similar ao cenário da ultima década (anos 2000), Com isto, não foram
consideradas as projeções mais otimistas de crescimento populacional, descartando
também as mais pessimistas pelo fato de poderem resultar em um sistema
subdimensionado no período de planejamento.

Sendo assim, será adotada a reta ARI 3 por se tratar de uma tendência de
crescimento do município referente a última década e estar compatível com o
crescimento do município ao longo dos próximos 20 anos analisados.

A evolução populacional urbana projetada pelo método aritmético – ARI 3 está


apresentada no Quadro 35.

Quadro 35: Valores por ano da Reta Ari 3 da População Urbana do Processo Aritmético.
Ano 2015 2020 2025 2030 2035
População (hab.) 29.261 31.301 33.340 35.380 37.419

1.2.2. Processo Geométrico

Nesse processo admite-se que o município cresça conforme uma progressão


geométrica, não considerando o decréscimo da população e admitindo um
crescimento ilimitado.

As interações são feitas tendo como base os dados dos últimos censos e contagem.

Conhecendo-se dois dados de população, P0 e P1, correspondentes respectivamente


aos anos t0 e t1, pode-se calcular o crescimento geométrico, no período conhecido
(q). As expressões gerais do método geométrico será dada pelas seguintes
equações:

q = ln (P1) - ln (P0) / (t1 – t0)

P = P0 * e q (t – t0)

55
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Quadro 36: Tabela dados de Entrada.


Reta t0 P0 t1 P1 q
GEO 1 1991 19472 2010 27222 0,0176
GEO 2 2000 24070 2010 27222 0,0123
GEO 3 2007 24847 2010 27222 0,0304

Como exemplo, será realizado a obtenção de um valor de população para o ano de


2015, através da reta GEO 1, apenas para demonstrar a sistemática de
funcionamento do método:

P1 = P0*e q * (t1 – t0)


P (2015) = 19.472 * e(0,0176*(2015-1991))
P (2015) = 29.731

As retas elaboradas a partir da projeção geométrica podem ser analisadas para a


escolha da melhor reta na Figura 14.

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Figura 14: Curvas Obtidas na Projeção pelo Método Geométrico.

57
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A melhor reta adotada por esta consultoria foi a GEO 2 por estar mais próxima da
realidade do município da Lapa. A evolução populacional urbana projetada pelo
método geométrico está apresentada no Quadro 37.

Quadro 37: Valores da População Urbana pelo Processo Geométrico – GEO 2.


Ano 2015 2020 2025 2030 2035
População (hab.) 28.950 30.787 32.741 34.818 37.028

1.2.3. Processo da Regressão Parabólica

É a relação entre as variáveis disponíveis até o valor mais atual. Possui um modelo
matemático onde através de uma matriz se obtém a equação de segundo grau da
parábola. Nesta equação a variável anual é denominada X e a variável populacional
denominada Y.

Para achar o valor da população de determinado ano, substitui-se na variável X a


diferença entre o ano mais presente e o ano a ser obtido o resultado.

Com a posse das variáveis anuais (X) e populacionais (Y) obtém-se o Quadro 38
que formará a matriz definidora dos valores de A, B e C da seguinte equação
parabólica:

Y = A + BX + CX²

Quadro 38: Montagem do Sistema para Calcular a Equação que Irá Definir a Parábola da
Estimativa Populacional Urbana.

População 2 3 4 2
Ano X Y X X X X.Y X .Y
Urbana

1991 19.472 -19 19.472 361 -6859 130321 -369968 7029392


2000 24.070 -10 24.070 100 -1000 10000 -240700 2407000
2007 24.847 -3 24.847 9 -27 81 -74541 223623
2010 27.222 0 27.222 0 0 0 0 0
Somatório -32 95611 470 -7886 140402 -685209 9660015

Dos dados obtém-se o seguinte sistema:

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4a - 32b + 470c = 95.611


- 32a + 470b - 7.886c = - 685.209
470a -7.886b + 140.402c = 9.660.015

O resultado do sistema acima gera a seguinte equação:

Y = 26632,998+ 241,984.X – 6,76065.X2

Substituindo os valores de x pela diferença entre o ano base (2010) e o ano que se
busca obter o valor da população têm-se o Quadro 39.

Quadro 39: Valores da População Urbana Utilizando o Método da Regressão Parabólica.


Ano 2015 2020 2025 2030 2035
População (hab.) 27.674 28.377 28.742 28.768 28.457

Pode-se visualizar a evolução populacional com o método da regressão parabólica


na Figura 15.

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Figura 15: Projeção da População Urbana pelo Método da Regressão Parabólica.

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1.2.4. Taxa Média (TM) Anual

Neste item é utilizada a taxa média de crescimento anual da população urbana


fixada em 2,095% a.a., correspondente ao crescimento médio obtido nos censos e
contagens considerados entre os anos de 1991 e 2010, que será aplicada ao longo
dos 20 anos estipulados para o Plano.

No Quadro 40 pode-se observar a população estimada com a aplicação da taxa a


partir do ano de 2015, sendo a curva do crescimento populacional apresentada na
Figura 16.

Quadro 40: Valores Correspondentes a Aplicação da Taxa Média (TM) Anual.


Ano 2015 2020 2025 2030 2035
População
30.195 33.493 37.151 41.209 45.710
(hab.)

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Figura 16: Curva da Projeção Populacional pelo Método da Taxa de Crescimento Anual.

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1.2.5. Função Previsão

A Função Previsão do Software Excel, é uma função que calcula, ou prevê, um valor
futuro usando valores existentes. No caso de um estudo populacional, o valor
previsto é o valor do número de habitantes para um determinado ano.

Com a base de dados populacional do IBGE mostrada anteriormente, consegue-se


então, obter através desta função, o número de habitantes para os anos futuros do
município.

Aplicando a Função Previsão para o município da Lapa obtém-se a seguinte


evolução populacional urbana, como mostram o Quadro 41 e a Figura 17.

Quadro 41: Valores da População Urbana Utilizando a Função Previsão.


Ano 2015 2020 2025 2030 2035
População
28.743 30.605 32.466 34.328 36.190
(hab.)

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Figura 17: Curva da Projeção Populacional pelo Método da Função Previsão.

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1.2.6. Função Crescimento

A Função Crescimento do Software Excel, calcula o crescimento exponencial


previsto usando dados existentes. Se utilizada para um estudo populacional, a
função calcula o crescimento da população através de uma base de dados dos
censos populacionais.

Utilizando a base de dados do IBGE, mostrada anteriormente, consegue-se obter


através desta função a evolução populacional em um período de estudo estipulado.

Aplicando a Função Crescimento para o município da Lapa obtém-se a seguinte


evolução populacional urbana, mostrada no Quadro 42 e na Figura 18.

Quadro 42: Valores da População Urbana Utilizando a Função Crescimento.


Ano 2015 2020 2025 2030 2035
População
29.306 31.785 34.473 37.389 40.551
(hab.)

65
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Figura 18: Curva da Projeção Populacional pelo Método da Função Crescimento.

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1.2.7. Definição da Projeção Populacional Urbana

Para obter a população residente final para o Plano serão analisados as melhores
alternativas para cada um dos seis métodos analisados, estando os resultados
resumidos dos métodos analisados anteriormente no Quadro 43 e Figura 19.

Quadro 43: Estimativa da População Futura Urbana dos Métodos Analisados.


MÉTODO/ANO 2015 2020 2025 2030 2035
ARITMÉTICO 29.261 31.301 33.340 35.380 37.419
GEOMÉTRICO 28.950 30.787 32.741 34.818 37.028
REG. PARABÓLICA 27.674 28.377 28.742 28.768 28.457
CRESC. ANUAL 30.195 33.493 37.151 41.209 45.710
PREVISÃO 28.743 30.605 32.466 34.328 36.190
CRESCIMENTO 29.306 31.785 34.473 37.389 40.551

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Figura 19: Projeções da População Residente Urbana Pelos Métodos Analisados.

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As linhas de tendência obtidas, a partir dos dados do IBGE, apresentam duas


tendências:

 Uma natural, onde o crescimento ocorrerá de forma relativamente linear, e


neste caso muito próximo ao crescimento apontado nas projeções aritmética, e
pelo método previsão.

 Uma otimista, onde o crescimento populacional ocorrerá em uma velocidade


superior ao ocorrido nos 20 anos analisados para a projeção.

Conforme consulta a diversos setores da administração municipal, o município da


Lapa foi escolhido para a instalação de uma fábrica da Electrolux, a terceira da
empresa no estado do Paraná e a primeira fora de Curitiba. A nova unidade
começará a ser construída em dezembro deste ano (2015) e iniciará a produção no
segundo semestre de 2016. A previsão é de que a fábrica gere 800 empregos
diretos e 2.000 indiretos, logo considerou-se um crescimento levemente mais
agressivo do que a média.

Pelo exposto propõe-se que sejam adotados os resultados anuais gerados pelo
Método Crescimento, estando os mesmos apresentados no Quadro 44.

Quadro 44: Valores por Ano da População Urbana pelo Método Geométrico.
ANO POPULAÇÃO URBANA ANO POPULAÇÃO URBANA

2025 34.473
2015 29.306
2026 35.038

2016 29.786 2027 35.611

2017 30.273 2028 36.194

2018 30.769 2029 36.787

2019 31.273 2030 37.389

2020 31.785 2031 38.001

2021 32.305 2032 38.623

2022 32.834 2033 39.256

2023 33.371 2034 39.898

2024 33.918 2035 40.551

69
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A exigência da Lei 11.445/07, de se efetuar revisões do Plano a cada 4 anos, exigirá


uma avaliação periódica das projeções efetuadas e se estas estão apontando
populações dentro do previsto nesse estudo; recomenda-se que as datas das
revisões, sempre que possível, sejam efetuadas quando ocorrerem censos e
contagens do IBGE.

1.3. PROJEÇÃO DA POPULAÇÃO RURAL DO MUNICÍPIO DA LAPA

Para a estimativa da população rural do Município da Lapa, foram utilizados os


mesmos métodos estatísticos aplicados na elaboração da projeção urbana, sendo
estes a seguir:

a) Aritmético;
b) Processo Geométrico;
c) Regressão Parabólica;
d) Taxa Média (TM) Anual fixada;
e) Função Previsão;
f) Função Crescimento.

O processo metodológico aplicado para a obtenção da população rural utilizado foi o


mesmo desenvolvido anteriormente, ou seja, considerou-se o horizonte do Plano
como 20 anos sendo iniciado no Ano de 2016 (Ano 1) até Ano de 2035 (Ano 2).

1.3.1. Definição da Projeção Populacional Rural

Para obter a população rural final para o Plano foram analisados as melhores
alternativas para cada um dos seis métodos analisados, estando os resultados
resumidos dos métodos analisados anteriormente no Quadro 45 e a Figura 20.

Quadro 45: Estimativa da População Futura Rural dos Métodos Analisados.


MÉTODO/ANO 2015 2020 2025 2030 2035
ARITMÉTICO 16.929 16.148 15.367 14.586 13.805
GEOMÉTRICO 17.681 17.652 17.623 17.595 17.566

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MÉTODO/ANO 2015 2020 2025 2030 2035


REG. PARABÓLICA 18.818 21.015 24.106 28.092 32.971
CRESC. ANUAL 17.051 16.417 15.806 15.218 14.652
PREVISÃO 15.990 15.122 14.254 13.386 12.691
CRESCIMENTO 16.145 15.420 14.728 14.067 13.560

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Lapa – Paraná

Figura 20: Projeções da População Rural Pelos Métodos Analisados.

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As linhas de tendência obtidas no software utilizado, a partir dos dados do IBGE,


apresentam: tendências de decrescimento para o município da Lapa, as quais
podem ser divididas em:

 Decrescimento contínuo, onde o decrescimento ocorrerá de forma suave,


apresentando uma população rural que tende a se manter em um número de
habitantes próximo ao atual.

 Decrescimento natural, onde o decrescimento se dará de forma mais


acelerada, e a população irá decrescer conforme o passar dos anos.

 Evasão total da população rural, onde o município reduziria todo o seu número
de habitantes no meio rural, porém não existem fatores que possam levar esta
possibilidade em consideração.

Conforme consulta a diversos setores da administração municipal, o município não


possui no presente momento nenhum panorama de que possa haver alguma forma
de incentivo para que haja um grande aumento da população no campo ou para que
haja êxodo da população rural de forma significativa. Logo, adotou-se a tendência de
decrescimento contínuo para a evolução da população rural, sendo adotada a reta
resultante do Crescimento Anual. O resultado da projeção populacional está
apresentado no Quadro 46.

Quadro 46: Valores por Ano da População Rural pelo método Taxa Média (TM) Anual.
Ano 2015 2020 2025 2030 2035

População
17.051 16.417 15.806 15.218 14.652
(hab.)

Conforme mencionado anteriormente, a exigência da Lei 11.445/07, de se efetuar


revisões do Plano a cada 4 anos, exigirá uma avaliação periódica das projeções
efetuadas e se estas estão apontando populações dentro do previsto nesse estudo;
recomenda-se que as datas das revisões, sempre que possível, sejam efetuadas
quando ocorrerem censos e contagens do IBGE.

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Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB
Lapa – Paraná

1.4. PROJEÇÃO DA POPULAÇÃO TOTAL DO MUNICÍPIO DA LAPA

Para obter a evolução populacional do município ano a ano foi feita uma composição
entre os valores de habitantes obtidos anteriormente, tanto para área urbana como
para área rural. Os resultados estão apresentados no Quadro 47 e na Figura 21.

Quadro 47: Projeção Populacional.


População
Ano
Urbana¹ Rural² Total
1991 19.472 20.678 40.150
2000 24.070 17.768 41.838
2007 24.847 16.832 41.679
2010 27.222 17.710 44.932
2011 27.463 17.576 45.039
2012 27.912 17.443 45.356
2013 28.369 17.312 45.681
2014 28.834 17.181 46.015
0 2015 29.306 17.051 46.357
1 2016 29.786 16.922 46.708
2 2017 30.273 16.794 47.068
3 2018 30.769 16.668 47.436
4 2019 31.273 16.542 47.814
5 2020 31.785 16.417 48.201
6 2021 32.305 16.293 48.598
7 2022 32.834 16.170 49.004
8 2023 33.371 16.047 49.419
9 2024 33.918 15.926 49.844
10 2025 34.473 15.806 50.279
11 2026 35.038 15.686 50.724
12 2027 35.611 15.568 51.179
13 2028 36.194 15.450 51.645
14 2029 36.787 15.334 52.120
15 2030 37.389 15.218 52.607
16 2031 38.001 15.103 53.104
17 2032 38.623 14.989 53.612
18 2033 39.256 14.876 54.131
19 2034 39.898 14.763 54.661
20 2035 40.551 14.652 55.203
¹Projeção Crescimento
² Projeção Crescimento Anua

74
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Figura 21: Projeção Total da População da Lapa.

75
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76
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C – SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA

1. ASPECTOS GERAIS DO SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA

A água é um elemento necessário em quantidade suficiente e qualidade adequada


proteção da saúde humana, à consecução de suas atividades corriqueiras e ao
desenvolvimento econômico. Com o intuito de obtê-la, o usuário pode valer-se tanto
de soluções individuais quanto de soluções coletivas. Entretanto, em ambos os
casos, o usuário deverá vincular-se a entidade responsável pelo abastecimento
cabendo a essa a fiscalização desse vínculo.

O sistema de abastecimento de água é uma solução coletiva que apresenta as


seguintes vantagens: maior facilidade na proteção do manancial que abastece a
população, já que só há um ponto de distribuição de água, ainda que oriunda de
vários locais de captação desse manancial; maior facilidade na manutenção e
supervisão das unidades que compõem o sistema; e maior controle da qualidade da
água consumida e por último, ganhos de escala.

As unidades que compõem o sistema de abastecimento de água são manancial,


captação, adução, tratamento, reservação, rede de distribuição e alguns casos de
estações elevatórias de recalque.

1.1. MANANCIAL

É toda fonte de onde se retira a água utilizada para abastecimento residencial,


comercial, industrial e outros fins. De maneira geral, quanto à origem, os mananciais
são classificados em:

Manancial Superficial: é toda parte de um manancial que escoa na superfície


terrestre, compreendendo os córregos, rios, lagos, represas e os reservatórios
artificialmente construídos com a finalidade de reter o volume necessário para
proteção de captações ou garantir o abastecimento em épocas de estiagem;

77
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Lapa – Paraná

Manancial Subterrâneo: é aquele cuja água vem do subsolo, podendo aflorar à


superfície (nascentes, minas etc.) ou ser elevado à superfície por meio de obras de
captação (poços rasos, poços profundos, galerias de infiltração etc.).

As reservas de água subterrânea provêm de dois tipos de lençol d’água ou aquífero:

Lençol freático: é aquele em que a água encontra-se livre, com sua superfície sob a
ação da pressão atmosférica. Em um poço perfurado nesse tipo de aquífero, a água,
no seu interior terá o nível coincidente com o nível do lençol, ficando mais suscetível
à contaminação.

Lençol confinado: é aquele em que a água encontra-se confinada por camadas


impermeáveis e sujeita a uma pressão maior que a pressão atmosférica. Em um
poço profundo que atinge esse lençol, a água subirá acima do nível do lençol.
Poderá, às vezes, atingir a boca do poço e produzir uma descarga contínua e
jorrante.
A escolha do manancial se constitui na decisão mais importante na implantação de
um sistema de abastecimento de água, seja ele de caráter individual ou coletivo.

Havendo mais de uma opção, sua definição deverá levar em conta, além da
predisposição da comunidade em aceitar as águas do manancial a ser adotado, os
seguintes critérios (Manual FUNASA, 2004):

1° Critério: previamente é indispensável à realização de análises do manancial


segundo os limites da resolução CONAMA N. 357/2005;

2° Critério: vazão mínima do manancial, necessária para atender a demanda por um


determinado período de anos;

3° Critério: mananciais que dispensam tratamento incluem águas subterrâneas não


sujeitas a qualquer possibilidade de contaminação;

78
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Lapa – Paraná

4° Critério: mananciais que exigem apenas desinfecção: inclui as águas


subterrâneas e certas águas de superfície bem protegidas, sujeita a baixo grau de
contaminação.

Ainda existe a possibilidade de se utilizar água das chuvas. Ela pode ser utilizada
como manancial abastecedor, sendo armazenada em cacimbas. As cacimbas são
reservatórios que acumulam a água da chuva captada na superfície dos telhados e
prédios, ou a que escoa pelo terreno.

A cacimba tem sua aplicação em áreas de grande pluviosidade, ou em casos


extremos, em áreas de seca, onde se procura acumular a água da época de chuva
para a época de seca.

A qualidade quer dos mananciais superficiais e subterrâneos, quer das águas das
chuvas está sujeita a inúmeros fatores, como as condições da atmosfera no
momento da precipitação, a limpeza das vias públicas, a qualidade do solo em que
essa água escoa, o lançamento de esgoto sem o devido tratamento, a prática de
atividades potencialmente poluidoras e outros.

1.2. CAPTAÇÃO

A captação é o conjunto de equipamentos e instalações utilizados para a retirada de


água do manancial. Independentemente do tipo de manancial, alguns cuidados são
universais. Em primeiro lugar, a captação dever estar num ponto em que, mesmo
nos períodos de maior estiagem, ainda seja possível a retirada de água em
quantidade e qualidade satisfatórias. Em segundo lugar, devem-se construir
aparelhos que impeçam a danificação e obstrução da captação. Em terceiro lugar,
as obras devem ser realizadas sempre com o escopo de favorecer a economia nas
instalações e a facilidade de operação e manutenção ao longo do tempo. Atentando,
ainda, às obras construídas próximo ou dentro da água, já que sua operação,
manutenção e suas ampliações são custosas e complicadas.

79
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Lapa – Paraná

1.3. ADUÇÃO

A adução é o nome dado ao transporte de água, podendo ser de água bruta, ou


seja, sem tratamento, que ocorre entre a captação e a Estação de Tratamento de
Água (ETA), ou ainda, de água tratada, entre a ETA e os reservatórios.

O transporte da água pode dar-se de duas formas: utilizando energia elétrica ou


energia potencial (gravidade). A utilização de uma ou de outra forma está
intrinsecamente ligada ao relevo da região onde se encontra a captação, a ETA e os
reservatórios. Sempre que possível irá se optar pelo transporte pela gravidade.
Assim, caso a captação ou a ETA estejam em uma cota superior aos reservatórios,
far-se-á uso da gravidade para o transporte. Já, nos casos em que a ETA ou os
reservatórios encontrem-se em uma cota acima da captação ou da ETA, é
necessário o emprego de equipamento de recalque (conjunto motor-bomba e
acessórios). Ainda existe a possibilidade, devido ao relevo, da necessidade de
utilização de adutoras mistas, ou seja, até determinado ponto se utiliza à força da
gravidade e, daí em diante, emprega-se equipamentos de recalque.

1.4. ESTAÇÕES ELEVATÓRIAS

As estações elevatórias são instrumentos utilizados nos sistemas de abastecimento


de água para captar a água de superfície ou de poços; recalcar a água a pontos
distantes ou elevados e reforçar a capacidade de adução. A utilização desses
equipamentos, embora geralmente necessária, eleva as despesas com custos de
operação devido aos gastos com energia elétrica.

1.5. ESTAÇÕES DE TRATAMENTO

Por melhor que seja a qualidade da água bruta, aquela captada no manancial, ainda
assim ela necessita de alguma espécie de tratamento para se tornar apta ao
consumo humano. Um dos principais objetivos do tratamento da água é adequá-la
aos padrões de potabilidade prescritos na Portaria nº. 518, de 25 de março de 2004,
80
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do Ministério da Saúde. Além da potabilidade, o tratamento visa a prevenir o


aparecimento de doenças de vinculação hídrica, o aparecimento da cárie dentária –
por meio de fluoretação – e ainda proteger o sistema de abastecimento dos efeitos
da corrosão e do encrustamento.

O processo de tratamento de água é composto pelas seguintes etapas: clarificação,


com o objetivo de remover os sólidos presentes na água; desinfecção, para
eliminação dos micro-organismos que provocam doenças; e fluoretação, para
prevenção das cáries e controle de corrosão. No entanto, nem todas essas fases de
tratamento são sempre requeridas. Na prática, são as características de cada água
que irão determinar quais processos serão necessários para que se obtenha um
efluente final de qualidade. As águas superficiais, usualmente encontradas, em
geral, não atendem aos padrões de potabilidade. Já as águas subterrâneas,
geralmente, dispensam, devido à baixa turbidez, o processo de clarificação.

Apesar de haver certa maleabilidade quanto aos processos empregados, a


Resolução CONAMA 357/05, quando trata do abastecimento humano, impõe
obrigatoriamente, mesmo para as águas de melhor qualidade, as de classe especial,
o processo de desinfecção.

1.6. RESERVAÇÃO

A reservação, materializada pelos reservatórios, tem por finalidades:

 Armazenamento para atender às variações de consumo;


 Permite um escoamento com diâmetro uniforme na adutora, possibilitando a
adoção de diâmetros menores;
 Proporciona uma economia no dimensionamento da rede de distribuição;
 Armazenamento para atender às demandas de emergência;
 Evita interrupções no fornecimento de água, no caso de acidentes no sistema
da adução, na estação de tratamento ou mesmo em certos trechos do sistema
de distribuição;
 Armazenamento para dar combate ao fogo;
81
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 Melhoria das condições de pressão da água na rede de distribuição;


 Possibilitam melhor distribuição da água aos consumidores e melhores
pressões nos hidrantes (principalmente quando localizados junto às áreas de
máximo consumo);
 Permite uma melhoria na distribuição de pressões sobre a rede, por constituir
fonte distinta de alimentação durante a demanda máxima, quando localizado à
jusante dos condutos de recalque;
 Garante uma altura manométrica constante para as bombas, permitindo o seu
dimensionamento na eficiência máxima, quando alimentado diretamente pela
adutora de recalque.

1.7. REDE DE DISTRIBUIÇÃO

Entende-se por rede de distribuição o conjunto de peças especiais destinadas a


conduzir a água até os pontos de tomada das instalações prediais, ou os pontos de
consumo público, sempre de forma contínua e segura.

Destacam-se as tubulações - troncos, mestras ou principais, alimentadas


diretamente pelo reservatório de montante ou pela adutora em conjunto com o
reservatório de jusante, das quais partem as tubulações que se distribuem pelas
diversas artérias da cidade.

As redes são consideradas pelo sentido de escoamento da água nas tubulações


secundárias (ramificadas ou malhadas). Podem situar-se em níveis diferentes nas
cidades acidentadas, bem como possuir duas tubulações nas ruas largas ou tráfego
intenso.

Na rede de distribuição distinguem-se dois tipos de condutos:


Condutos Principais - também chamados tronco ou mestres, são as canalizações de
maior diâmetro, responsáveis pela alimentação dos condutos secundários. A eles
interessa, portanto, o abastecimento de extensas áreas da cidade.

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Condutos Secundários - de menor diâmetro, são os que estão intimamente em


contato com os prédios a abastecer e cuja alimentação depende diretamente deles.
A área servida por um conduto desse tipo é restrita e está nas suas vizinhanças.

OBSERVAÇÕES: O traçado dos condutores principais deve tomar em consideração:

 Ruas sem pavimentação;


 Ruas com pavimentação menos onerosa;
 Ruas de menor intensidade de trânsito;
 Proximidade de grandes consumidores;
 Proximidade das áreas e de edifícios que devem ser protegidos contra
incêndio.

Em geral podem ser definidos três tipos principais de redes de distribuição, conforme
a disposição dos seus condutos principais.

 Rede em “espinha de peixe” - em que os condutos principais são traçados, a


partir de um conduto principal central, com uma disposição ramificada que faz
jus aquela denominação. É um sistema típico de cidades que apresentam
desenvolvimento linear pronunciado.

 Rede em “grelha” - em que os condutos principais são sensivelmente paralelos,


ligam-se em uma extremidade a um conduto principal e têm os seus diâmetros
decrescendo para a outra extremidade.

 Rede em anel (malhada) ® em que os condutos principais formam circuitos


fechados nas zonas principais a serem abastecidas: resulta a rede de
distribuição tipicamente malhada. É um tipo de rede que geralmente apresenta
uma eficiência superior aos dois anteriores.
Nos dois tipos de redes, a circulação da água nos condutos principais faz-se
praticamente em um único sentido. Uma interrupção acidental em um conduto
mestre prejudica sensivelmente as áreas situadas à jusante da seção onde ocorre o
acidente. Na rede em que os condutos principais formam circuitos ou anéis, a
eventual interrupção do escoamento em um trecho não ocasionará transtornos de
83
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manter o abastecimento das áreas à jusante, pois a água efetuará um


caminhamento diferente através de outros condutos principais.

2. LEGISLAÇÃO E NORMAS TÉCNICAS

A seguir listam-se algumas legislações e normas técnicas pertinentes ao sistema de


abastecimento de água.

2.1. LEIS, DECRETOS, PORTARIAS E RESOLUÇÕES

 Portaria Federal N° 1.469 de 29/12/2000, estabelece os procedimentos e


responsabilidades relativos ao controle e vigilância da qualidade da água para
consumo humano e seu padrão de potabilidade, e da outras providências;
 Portaria N° 518 do Ministério da Saúde de 25 de Março de 2004 (substitui a
portaria federal N° 1.469), estabelece os procedimentos e responsabilidades
relativos ao controle e vigilância da qualidade da água para consumo humano e
seu padrão de potabilidade, e dá outras providências;
 Lei Federal N° 9.984 de 17/07/2000, dispõe sobre a criação da Agência
Nacional de Água – ANA;
 Lei Federal N° 9.433 de 08/01/1997, institui a política de recursos hídricos, cria
o Sistema de Gerenciamento de Recursos Hídricos;
 Lei Federal N° 6.050 de 24/05/1974, dispõe sobre a fluoretação da água em
sistema de abastecimento quando existir \estação de \tratamento;
 Lei Federal N° 6.938 de 31/08/1981, cria o CONAMA (Conselho Nacional do
Meio Ambiente);
 Resolução Conama N° 357 de 17/03/2005, dispõe sobre a classificação dos
corpos de água e diretrizes ambientais para o seu enquadramento, bem como
estabelece as condições e padrões de lançamento de efluentes, e dá outras
providências;
 Resolução Conama Nº 274 de 29/11/2000, Define a classificação das águas
doces, salobras e salinas essencial à defesa dos níveis de qualidade, avaliados
por parâmetros e indicadores específicos;

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Lapa – Paraná

2.2. NORMAS TÉCNICAS - ABNT

 ABNT/NBR 10560/1988, determinação de nitrogênio amoniacal na água;


 ABNT/NBR 10561/1988, determinação de resíduo sedimentáveis na água;
 ABNT/NBR 10559/1988, determinação de oxigênio dissolvido na água;
 ABNT/NBR 10739/1989, determinação de oxigênio consumido na água;
 ABNT/NBR 12614/1992, determinação da demanda bioquímica de oxigênio
(DBO) na água;
 ABNT/NBR 12619/1992, determinação de nitrito na água;
 ABNT/NBR 12620/1992, determinação de nitrato na água;
 ABNT/NBR 12642/1992, determinação de cianeto total na água;
 ABNT/NBR 12621/1992, determinação de dureza total na água;
 ABNT/NBR 13404/1995, determinação de resíduos de pesticidas
organoclorados na água;
 ABNT/NBR 13405/1995, determinação de resíduos de pesticidas
organofosforados na água;
 ABNT/NBR 13406/1995, determinação de resíduos de fenoxiácidos clorados na
água;
 ABNT/NBR 13407/1995, determinação de tri-halometanos na água;
 ABNT/NBR 12213, projeto de adutora de água para abastecimento público;
 ABNT/NBR 12216, projeto de estação de tratamento de água para
abastecimento público;
 ABNT/NBR 12212, projeto para captação de água subterrânea;
 ABNT/NBR 12214, projeto de sistema de bombeamento de água para
abastecimento público;
 ABNT/NBR 12217, projeto de reservatório de distribuição de água para
abastecimento público;

3. LEVANTAMENTO E DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO ATUAL

O município da Lapa é abastecido por 17 sistemas de abastecimento de água


independentes. Um sistema que abastece toda a área central do município, outro
sistema que abastece o distrito urbano de Mariental e a localidade do Feixo e outros
15 sistemas isolados que atendem algumas localidades rurais da Lapa.
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Lapa – Paraná

A concepção do sistema de abastecimento de água da sede da Lapa é composta


por captação em mananciais subterrâneos e superficiais. A água é recalcada das
captações superficiais e subterrâneas diretamente ao único centro de reservação,
onde recebe o devido tratamento e é reservada, com exceção de uma captação
subterrânea, que recebe soluções de cloro e flúor na captação e já é distribuída em
marcha, antes de chegar ao centro de reservação. Do centro de reservação saem 3
linhas de distribuição em marcha, duas por recalque que abastecem as zonas altas
e uma por gravidade que abastece as zonas baixas do município, conforme
demonstrado na Figura 22.

A concepção dos sistemas de abastecimento isolados é basicamente a mesma, com


captação em manancial subterrâneo e tratamento no próprio poço de sucção,
distribuição em marcha da água tratada e um reservatório de jusante que recebe o
excedente. Já o sistema do distrito urbano Mariental, apesar de captar água de
mananciais subterrâneos, possui uma ETA para o tratamento da água que possui
traços elevados de Ferro e Manganês.

Na zona rural do município, a população que não é atendida pelos sistemas de


abastecimento geridos por associações de moradores, é abastecida por soluções
alternativas individuais e coletivas.

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Figura 22: Fluxograma do Sistema Lapa Sede.

Fonte: Adaptado SANEPAR

Segundo informações da SANEPAR, concessionária do sistema de abastecimento


de água, o atendimento acontece em 100% da população na sede da Lapa e no
distrito de Mariental e comunidade do Feixo, assim como nos três sistemas rurais
operados pela concessionária, que abastecem as localidades de Água Azul,
Canoeiro e Johannesdorff.

3.1. OPERADOR DO SISTEMA

A operação do sistema de abastecimento de água potável Lapa é concessionado à


Companhia Paranaense de Saneamento – SANEPAR, por meio do contrato válido
até o ano de 2042, cujo objeto é a concessão, com exclusividade, a exploração dos
serviços públicos de saneamento básico de água e de esgotos sanitários,
compreendendo a produção de água para abastecimento, sua distribuição,
operação, conservação, manutenção, coleta e tratamento e remoção de esgotos.

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3.2. AGÊNCIA REGULADORA

Conforme informado pela Administração Municipal, o município da Lapa não possui


convênio com nenhuma agência reguladora para a regulação dos serviços de
saneamento.

3.3. SISTEMA LAPA SEDE

Na Figura 23, pode-se analisar a disposição geográfica dos equipamentos


operacionais integrantes do sistema de abastecimento de água Lapa Sede.

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Figura 23: Equipamentos Operacionais do SAA – Lapa Sede

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3.3.1. Captação e Adução de Água Bruta

A captação de água bruta que abastece o sistema Lapa Sede é composta por 2
captações superficiais e 4 captações subterrâneas. As captações superficiais são
feitas no Rio Stinglin e Rio Peripau, localizados ao Sul da zona urbana da Lapa.
Junto às captações superficiais, está o Poço 05, umas das captações subterrâneas
do sistema. Os outros 3 poços do sistema Lapa Sede estão localizados ao Norte da
zona urbana do município.

3.3.1.1. Captação Superficial

O local da captação possui cercas e guarda-corpos adequados de proteção e como


pode ser visto nas Figuras 24, apresentam-se em bom estado de conservação.
Durante visita técnica, constatou-se elevada eutrofização da água, próximo ao poço
de captação.

Figura 24: Captação de Água Bruta no Rio Stinglin.

A vazão atual captada no Rio Stinglin é de 108 m³/h (30 L/s) e no Rio Peripau, esta
vazão é de 34,92 m³/h (9,7 L/s), totalizando 142,92 m³/h (39,7 L/s). Toda a água
captada nos dois rios é concentrada na Estação de Recalque de Água Bruta
localizada próximo às captações.

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Lapa – Paraná

A água captada é enviada para um poço de sucção, que funciona como um tanque
pulmão dos conjuntos moto bomba - CMB para então ser recalcada ao centro de
reservação. Pode-se observar a necessidade de manutenção no exterior do poço de
sucção, na Figura 25.

Figura 25: Poço de Sucção.

No sistema de recalque estão instalados 2 CMB, 1 operando e 1 reserva com


funcionamento médio de 11,7 h/dia. Os conjuntos moto bomba são do tipo eixo
horizontal, motores WEG e Bufalo com potência de 75 cv e 3.550 rpm de velocidade.
As Bombas são da marca KSB, modelo WK 80/2, com vazão nominal de 84,96 m³/h
(23,6 L/s) e altura monométrica de 136 mca.

Os CMB apesar de serem antigos e de baixa eficiência energética, encontram-se em


bom estado de conservação, como pode ser visto na Figura 26. O acionamento dos
CMB, demonstrado na Figura 27, é realizado por sistema soft start, o que resulta em
menos desgaste aos CMB.

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Figura 26: CMB do Recalque de Água Bruta.

Figura 27: Acionamento dos CMB.

A água recalcada é então aduzida até a ETA por uma linha de adução de ferro com
2.722 metros de extensão, com diâmetro nominal de 200 mm. A vazão atual
recalcada é de 81,72 m³/h (22,7 L/s).

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3.3.1.2. Captação Subterrânea

A captação CSB 05 é realizada no Aquífero Paleozóico por meio de poço profundo,


demonstrado na Figura 28. Este poço tem uma profundidade de 138 metros e a
profundidade da bomba é de 78 metros. O conjunto moto bomba – CMB instalado
operou no ano de 2014 em média 20 h/dia com uma vazão de 39,6 m³/h (11 L/s),
totalizando 792 m³/dia (9,17 L/s).

Figura 28: Poço 05.

O Poço 05 é o único do sistema Lapa Sede que apresenta traços elevados de Ferro
e Manganês, sendo necessária a filtração da água captada, além da cloração e
fluoretação. Então, para o devido tratamento antes da distribuição, a água bruta é
aduzida até a ETA, por uma linha de adução virgem de 150 mm de diâmetro nominal
e aproximadamente 2.700 metros de extensão. A água captada no Poço 05 é
macromedida na chegada da ETA, demonstrado na Figura 29, com um
macromedidor eletromagnético de 100 mm de diâmetro nominal.

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Figura 29: Macromedidor de Água Bruta – Poço 05.

A captação CSB 01 é realizada no Aquífero Itararé por meio de poço profundo,


demonstrado na Figura 30. Este poço tem uma profundidade de 192 metros e a
profundidade da bomba é de 156 metros. O conjunto moto bomba – CMB instalado
operou no ano de 2014 em média 18,5 h/dia com uma vazão de 45 m³/h (12,5 L/s),
totalizando 832,5 m³/dia (9,63 L/s). O acionamento do CMB é realizado por inversor
de frequência, reduzindo gastos com energia elétrica e aumentado a vida útil do
equipamento.

Figura 30: Poço 01.

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O tratamento simplificado da água captada é realizado na própria captação,


localizada junto a Estação de Tratamento de Esgoto do município, às margens da
Rodovia do Xisto. A água captada é medida pelo macromedidor eletromagnético
logo após o tratamento, como pode ser visto na Figura 31, e então, distribuída em
marcha.

Figura 31: Macromedidor do Poço 01.

A captação CSB 02 é realizada no Aquífero Itararé por meio de poço profundo,


demonstrado na Figura 32. Este poço tem uma profundidade de 175 metros e a
profundidade da bomba é de 66 metros.

Figura 32: Poço 02.

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O conjunto moto bomba – CMB instalado operou no ano de 2014 em média 20 h/dia
com uma vazão de 49,68 m³/h (13,8 L/s), totalizando 993,6 m³/h (11,5 L/s). O
acionamento do CMB é realizado por sistema soft start.

A água bruta é aduzida por uma linha de adução virgem até o centro de reservação
do sistema, onde no tanque de contato da ETA, irá receber o tratamento simplificado
para ser distribuída. A água captada é medida por macromedidor eletromagnético na
própria captação, como pode ser visto na Figura 33. As informações coletadas são
transmitidas via rádio para o operador.

Figura 33: Macromedidor do Poço 02.

A captação CSB 03 é realizada no Aquífero Itararé por meio de poço profundo,


demonstrado na Figura 33. Este poço tem uma profundidade de 134 metros e a
profundidade da bomba é de 78 metros. O conjunto moto bomba – CMB instalado
operou no ano de 2014 em média 20 h/dia com uma vazão de 90 m³/h (25 L/s). O
acionamento do CMB é realizado sistema soft start.

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Lapa – Paraná

Figura 34: Poço 03.

A água bruta é aduzida por uma linha de adução virgem até o centro de reservação
do sistema, onde no tanque de contato da ETA, irá receber o tratamento simplificado
para ser distribuída. A água captada é macromedida na própria captação, como
pode ser visto na Figura 35. As informações coletadas são transmitidas via rádio
para o operador.

Figura 35: Macromedidor do Poço 03.

Ressalta-se que as adutoras que transportam a água captada no Poço 02 e Poço


03, juntam-se em apenas uma linha de adução antes de chegar à ETA. Esta adutora
de PVC F°Fº com 200 mm de diâmetro nominal, passa por macromedidor
eletromagnético na chegada à estação, desta forma, é possível avaliar perdas na
adução de água bruta destes poços.
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3.3.2. Estação de Tratamento de Água – ETA

A ETA Lapa Sede está localizada na Rua Rui Barbosa, no centro da Lapa, e recebe
água bruta captada dos Rios Stinglin e Peripau, assim como dos Poços 05, 02 e 03.
Destacando que a água proveniente dos poços 02 e 03 recebem apenas um
tratamento simplificado, uma vez que se trata de uma água bruta de boa qualidade
proveniente do Aquífero Itararé, há a necessidade de realizar apenas um tratamento
simplificado, o qual consiste na adição de cloro e flúor para respeitar os padrões de
qualidade exigidos pela Portaria N° 2.914 do Ministério da Saúde.

O tratamento adotado da água dos mananciais superficiais e do Poço 05 é do tipo


convencional com um período médio de funcionamento de 10 horas por dia da ETA.
A vazão média de tratamento é de 23,05 L/s (83 m³/h), apesar da ETA ser projetada
para operar a uma vazão de até 38,89 L/s (140 m³/h).

A ETA é composta de dois módulos, como pode ser visto na Figura 36, onde em um
módulo é tratada parte da água proveniente dos mananciais superficiais e no outro
módulo, é tratada a parte da água dos mananciais e do Poço 05.

Figura 36: ETA Lapa Sede

Na chegada da água bruta é realizada a aplicação de policloreto de alumínio - PAC,


como pode ser visto na Figura 37. Não há uma calha Parshall para medição de
vazão na entrada do sistema de tratamento, prejudicando a mistura do produto

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químico com a água bruta.

Figura 37: Aplicação do PAC.

O sistema de floculação é do tipo mecanizado composto de apenas uma câmara de


floculação por módulo, e por gravidade, a água passa para o processo de
decantação, composto por 4 decantadores tubulares de alta taxa de fluxo
ascendente, com funcionamento em paralelo. Conforme verificado na visita técnica,
as placas dos decantadores são de amianto, sendo necessária a substituição por
outro material. A Figura 38 mostra um dos decantadores da ETA.

Figura 38: Decantadores.

A água é então direcionada por gravidade para o sistema de filtração, composto de 4


filtros de fluxo descendente, cujas carreiras de filtração média são de 80 a 120 horas

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e o leito de material filtrante é composto por areia carvão e antracito. Esta unidade
encontrava-se em pleno funcionamento, sem qualquer problema operacional, como
pode ser visto na Figura 39.

Figura 39: Filtro da ETA.

Por fim, após o processo de filtração a água vai para o tanque de contato onde é
feita a desinfecção e a fluoretação. A Figura 40 apresenta a preparação das
soluções de Hipocal e Fluorsilicato de Sódio. O abrigo apresentava-se em boas
condições estruturais, arejado e com equipamentos de segurança adequados.

Figura 40: Tanques de Preparação de Soluções.

Na sequência, na Figura 41, apresenta-se as bombas dosadoras das soluções


aplicadas na água já filtrada.

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Figura 41: Bombas Dosadoras

Quanto à armazenagem dos produtos químicos para o tratamento, encontra-se em


local adequado, sobre estrado de madeira e bem ventilado, como mostrado na
Figura 42.

Figura 42: Casa de Química.

No ano de 2014, segundo informações da SANEPAR, houve um consumo médio


mensal no processo de tratamento e nas instalações da ETA de 2015 m³ de água,
ou seja, em média, 67 m³ por dia de operação, como pode ser visto no Quadro 48.

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Quadro 48: Perdas no Processo.


Volume Mensal - Sistema Lapa Sede
Mês/Ano
Captado (m³) Produzido (m³) Processo (m³) Processo (%)

jan/14 143.746 140.115 3.631 2,53


fev/14 131.324 128.274 3.050 2,32
mar/14 136.330 133.446 2.884 2,12
abr/14 135.039 132.811 2.228 1,65
mai/14 138.020 136.028 1.992 1,44
jun/14 132.262 130.358 1.904 1,44
jul/14 137.743 136.334 1.409 1,02
ago/14 131.220 129.692 1.528 1,16
set/14 119.525 117.947 1.578 1,32
out/14 130.324 129.108 1.216 0,93
nov/14 135.243 133.749 1.494 1,10
dez/14 153.466 152.197 1.269 0,83
Fonte: SANEPAR, 2015

A partir do volume gasto no processo de produção de água, com relação ao volume


captado, tem-se em média, 1,45% de perda, para o ano de 2014, valor inferior ao
indicado pelas boas técnicas, como uma faixa aceitável de perdas no processo, para
tratamentos convencionais.

Para garantir uma redução no consumo de energia, a concessionária paralisa os


principais equipamentos na Faixa Verde, desligando os equipamentos da captação
entre as 18 e 21 horas.

3.3.2.1. Controle Laboratorial

A ETA possui laboratório próprio, onde são realizadas as análises diárias


necessárias, como pode ser visto na Figura 43. Somente as análises de maior
complexidade são enviadas para a Matriz em Curitiba.

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Figura 43: Laboratório da ETA.

3.3.3. Reservatórios

No Sistema Lapa Sede, a rede de distribuição do município da Lapa é dividida em 9


zonas de pressão para o abastecimento, como pode ser visto na Figura 44,
abrangendo os seguintes bairros por zona de pressão:

 1ª Zona: Jd. Barcelona Jd. Santo Antônio, Bairro Dom Pedro II, Vila do
Príncipe, Conjunto Mons Henrique, Bairro Wilson Montenegro, Vila Serafim do
Amaral, Vila Rosário, Jd, Montreal, Bairro do Engenho e Vila Lacerda;

 2ª Zona: Vila Lacerda, Bairro Baixo da Lapa e Bairro Ronda;

 3ª Zona: Bairro Alto da Cruz, Cj. Hab. Olaria, Cj. Res. Dib Mane, Cj. Novo
Horizonte, Bairro Tranqueiro, Bairro Cascata, Vila Santa Zélia, Vila Magalhães,
Centro Histórico, Centro, Vila Santo Antônio, Bairro da Lapa;

 4ª Zona: Cj. Hab. Olaria, Cj. Res. Dib Mane, Bairro Esplanada, Bairro Dom
Pedro II, Cj. Pousada do Sol, Bairro Olaria, Bairro Alto da Cruz;

 5ª Zona: Parque do Monge;

 6ª Zona: Bairro Baixo da Lapa;


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 7ª Zona: Bairro Engenho, Vila São Lucas, Bairro Ronda e Jd. Esplanada;

 8ª Zona: Cj. Pousada do Sol, Bairro Dom Pedro II, Jd. Cidade Nova, Vila do
Príncipe, Bairro Boqueirão, Bairro Wilson Montenegro, Vila São José II, Vila
São José I e Bairro Ronda.

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Lapa – Paraná

Figura 44: Zonas de Pressão do Sistema Lapa Sede.

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Ao todo, o Sistema Lapa Sede conta com 7 reservatórios, sendo 4 deles localizados
no centro de reservação, anexo à ETA e os demais, distribuídos pela zona urbana
do município, conforme apresentado no Quadro 49.

Quadro 49: Reservatórios do Sistema Lapa Sede.


Reservatório Tipo Capacidade (m³) Localização
REN 01 Enterrado 600 Rua Rui Barbosa
REN 02 Enterrado 300 Rua Rui Barbosa
REN 03 Enterrado 161 Rua Rui Barbosa
REL 01 Elevado 100 Rua Rui Barbosa
RSE 01 - Monge Semienterrado 11,4 Av. Getúlio Vargas
RAP 01 - Marafigo Apoiado 21 Rua 01
REL 02 - Monge Elevado 6,5 Parque do Monge
TOTAL 1.199,9 -
Fonte: SANEPAR, 2015

3.3.3.1. Centro de Reservação

O centro de reservação do Sistema Lapa Sede, localizado na Rua Rui Barbosa e


anexo à ETA, é composto por 4 reservatórios, distribuídos conforme demonstra o
Quadro 50.

Quadro 50: Reservatórios do Centro de Reservação.


Reservatório Tipo Capacidade (m³)
REN 01 Enterrado 600
REN 02 Enterrado 300
REN 03 Enterrado 161
REL 01 Elevado 100
TOTAL 1.161
Fonte: SANEPAR, 2015

Os reservatórios REN 01, REN 02 e REN 03, demonstrados nas Figuras 45 e 46 são
reservatórios enterrados em concreto com formato retangular, conectados entre si e
cuja função é a de abastecer a zona baixa por gravidade e a zona alta da cidade por
meio do recalque instalado. Pôde-se observar, durante visita técnica, que estes
reservatórios encontram-se em bom estado de conservação e em pleno
funcionamento.

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Figura 45: REN 02 e REN 03.

Figura 46: REN 01.

O REL 01, demonstrado na Figura 47 é um reservatório elevado em concreto com


formato circular, cuja função é abastecer a zona alta da cidade, além de auxiliar na
operação da ETA com a água utilizada para a limpeza das unidades operacionais.
Observa-se que este reservatório, apesar de estar em perfeito estado de
funcionamento, necessita manutenção na parte exterior.

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Figura 47: REL 01.

3.3.3.2. Reservatório RSE 01 – Monge

O reservatório RSE 01 – Monge está localizado na Av. Getúlio Vargas e é anexo à


ERAT 03. Como pode ser visto na Figura 48, é um reservatório semienterrado,
construído em concreto na forma retangular, com capacidade de armazenamento de
11,4 m³.

A ERAT 03 recalca a água reservada à rede de distribuição, ou seja, além da função


de reservatório, o RSE 01 funciona como um tanque pulmão dos CMB instalados na
estação de recalque de água tratada.

Figura 48: SER 01 - Monge.

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Pôde-se observar durante a visita técnica, que o reservatório RSE 01, assim como a
própria ERAT 03, encontram-se em bom estado de conservação.

3.3.3.3. Reservatório RAP 01 – Marafigo

O reservatório RAP 01 – Marafigo está localizado na Rua 01 e é um reservatório do


tipo apoiado, como pode ser visto na Figura 49. Construído em concreto e na forma
retangular, ele conta com uma capacidade de armazenamento útil de 21 m³.

Figura 49: RAP 01 - Marafigo.

Pode-se observar, na Figura 49, que o RAP 01 está alocado em um terreno de difícil
acesso e que não se encontra em um bom estado de conservação.

3.3.3.4. Análise da Capacidade de Reservação do Sistema Lapa Sede

A capacidade de reservação de um sistema de abastecimento de água deve suprir a


demanda de consumo de 1/3 do dia de maior consumo do ano.

Para estimar o dia de maior consumo, utilizou-se o consumo total de água no ano de
2014, 1.615.471 m³, distribuindo-o nos 365 dias do ano. Com o consumo médio
diário obtido e aplicando o coeficiente de vazão máxima diária K1 igual a 1,2 para
estimar o volume do dia de maior consumo do ano, resultou-se no consumo de
5.311 m³ no dia de maior consumo.

109
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Lapa – Paraná

Portanto, a reservação necessária para o município da Lapa é de 1.770 m³, ou seja,


como existe uma reservação total no sistema de 1.199, há um déficit estimado em
571 m³.

3.3.4. Estações de Recalque de Água Tratada (ERAT)

O Sistema Lapa Sede tem, atualmente em operação, 3 Estações de Recalque de


Água Tratada, sendo duas, EET 01 e 02, localizadas no Centro de Reservação e a
EET 03 localizada na Av. Getúlio Vargas. Além de 5 Boosters para recalque da água
tratada na própria rede de distribuição.

3.3.4.1. EET 01 e EET 02 – Centro de Reservação

Os recalques do centro de reservação têm a função de abastecer a zona alta do


município da Lapa, além de enviar água para o reservatório elevado REL 01. No
centro de reservação, há duas ERAT, compostas por 2 conjuntos moto bomba –
CMB e 1 CMB, respectivamente EET 02 e EET 01.

Os CMB da EET 02 são do tipo eixo horizontal, assim como o CMB da EET 01,
como pode ser visto na Figura 50 e apresentam-se em pleno estado de
funcionamento.

As bombas da EET 02 são da marca KSB, modelo 50-160R e os motores são da


WEG, com potência de 20 CV, trabalhando a 3540 rpm.

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Figura 50: Recalque do Centro de Reservação.

Na Figura 50, apresentada acima, é possível visualizar o CMB da EET 01 (canto


inferior da figura). Este CMB conta com uma bomba da marca KSB, modelo 65/26,
altura manométrica de 27 metros e vazão nominal de 58,5 L/s (210,6 m³/h). Já o
motor é da marca WEG, com potência de 15 CV e velocidade de 1.760 rpm.

Os dois recalques de água tratada operam em média 20 horas diárias. O


acionamento dos CMB é feito por inversor de frequência, como pode ser visto na
Figura 51 Ressalta-se que em visita técnica, constatou-se a falta de equipamentos
reservas para os recalques de água tratada no centro de reservação.

Figura 51: Acionamento por Inversor de Frequência.

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3.3.4.2. EET 03

O Sistema Lapa Sede ainda conta com mais uma Estação de Recalque de Água
Tratada, a EET 03, que recalca a água do RSE 01, distribuindo em marcha até o
Reservatório do Monge. Esta, por sua vez, conta com dois conjuntos moto bomba –
CMB, sendo um para operação e outro de reserva, como pode ser visto da Figura
52.

Figura 52: CMB da ERAT 03.

As bombas são da marca ABS, modelo 40-4, com altura manométrica de 98 metros
e vazão de 0,23 L/s (0,83 m³/h). Já os motores são da marca WEG, modelo 132-S,
com potência de 10 CV e 3.520 rpm. O acionamento do CMB é feito por inversor de
frequência. Destaca-se a necessidade de revezamento do inversor de frequência,
uma vez que há apenas um equipamento instalado no quadro de comando da
ERAT, como pode ser visto na Figura 53. O mesmo está programado para operar
com 90 mca de recalque, conforme verificado na visita técnica.

112
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Figura 53: Quadro de Comando da EET 03.

A unidade operacional não encontra-se em bom estado de conservação, porém não


existem problemas operacionais contínuos.

3.3.4.3. Booster BR 476 – Sanatório

O Booster BR 476 – Sanatório está localizado às margens da Rodovia do Xisto. Este


Booster está conectado à rede de distribuição alimentada pela captação no Poço 01
e recalca a água basicamente para um hotel próximo, o Hospital Sanatório e o
Colégio Agrícola do município da Lapa.

Como pode ser visto na Figura 54, o acionamento do CMB é feito com inversor de
frequência e o recalque, conforme visto em visita técnica, opera com uma pressão
de entrada de 17 mca e é programado para recalcar a 45 mca.

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Figura 54: Booster BR 476 - Sanatório

O motor do CMB é da marca WEG com 20 CV de potência e opera a uma


velocidade de 3.370 rpm.

A unidade operacional encontra-se em bom estado de conservação e


funcionamento.

3.3.4.4. Booster São José

O Booster São José está localizado no bairro São José e conforme visita técnica,
opera com uma pressão de chegada de 23 mca e está programado para recalcar a
35 mca.

O CMB do Booster São José, como pode ser visto na Figura 55, é acionado por
inversor de frequência. O motor do CMB é da marca WEG, modelo W 22, com 3 CV
de potência, operando a uma velocidade de 3.460 rpm. Já a bomba é da marca
KSB, modelo 25-150R, de altura manométrica de 23 mca e vazão nominal de 11
m³/h (3,05 L/s).

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Figura 55: Booster São José

A unidade encontra-se em bom estado de conservação e funcionamento.

3.3.4.5. Booster Sergipe

O Booster Sergipe, conforme verificado em visita técnica, opera com uma pressão
de chegada de 27 mca e está programado para recalcar a 58,5 mca. O CMB do
Booster Sergipe, como pode ser visto na Figura 56, é acionado por inversor de
frequência.

Figura 56: Booster Sergipe

A unidade operacional encontra-se em bom estado de conservação e


funcionamento.
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3.3.4.6. Booster Duque de Caxias

O Booster Duque de Caxias, conforme visita técnica, opera com uma pressão de
chegada de 16 mca e está programado para recalcar a 51 mca.

O CMB do Booster Duque de Caxias, como pode ser visto na Figura 57, é acionado
por inversor de frequência. O motor do CMB é da marca WEG, modelo W 22, com 3
CV de potência, operando a uma velocidade de 3.460 rpm.

Figura 57: Booster Duque de Caxias

A unidade encontra-se em bom estado de conservação e funcionamento.

3.3.4.7. Booster Ângelo Caos

O Booster Ângelo Caos, conforme visita técnica, opera com uma pressão de
chegada de 15,5 mca e está programado para recalcar a 63 mca.

O CMB do Booster Ângelo Caos, como pode ser visto na Figura 58, é acionado por
inversor de frequência. O motor do CMB é da marca WEG, modelo W 22, com 12,5
CV de potência, operando a uma velocidade de 3.515 rpm. Já a bomba é da marca
KSB, modelo 40-160R, de altura manométrica de 50 mca e vazão nominal de 35
m³/h (9,72 L/s).

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Figura 58: Booster Ângelo Caos

A unidade encontra-se em bom estado de conservação e funcionamento.

3.3.5. Adução de Água Tratada

A agua tratada já sai para a rede com distribuição em marcha no Sistema Lapa
Sede, não se verificando a existência de adutora de água tratada.

3.3.6. Rede de Distribuição

Segundo informações repassadas pela SANEPAR em maio de 2015, o Sistema


Lapa Sede possui uma extensão de 182.191,30 metros distribuídos entre os
diâmetros de 25 mm e 250 mm em material de PVC, FD, F°F° e DeF°F°, PEAD e
outros, conforme apresentado no Quadro 51.

Quadro 51: Extensão da Rede de Distribuição por Diâmetro e Material.

Diâmetro Extensão Material da Rede


(mm) Total (m)
PVC FD F°F° DeF°F° PEAD Outros
25 8.330,25 8.330,25 - - - - -
32 21.749,35 21.707,35 - - - 42,00 -
40 17.053,55 17.053,55 - - - - -
50 81.750,14 81.500,29 - 182,89 - 6,96 60,00
60 2.662,28 - - 2.662,28 - - -
65 4.188,13 4.188,13 - - - - -
75 16.649,70 15.984,34 15,02 650,34 - - -

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Lapa – Paraná

Diâmetro Extensão Material da Rede


(mm) Total (m)
PVC FD F°F° DeF°F° PEAD Outros
100 15.439,55 14.343,89 - 1.095,66 - - -
125 957,73 728,00 - 229,73 - - -
150 3.964,90 808,02 - 834,20 2.322,68 - -
180 772,87 772,87 - - - - -
200 8.394,02 1.789,00 - 2.110,50 4.434,52 60,00 -
250 278,84 - 278,84 - - - -
TOTAL 182.191,30 167.205,70 293,86 7.765,59 6.757,20 108,96 60,00
Fonte: SANEPAR, 2015

No Quadro 51, pode-se observar que na rede de distribuição de água deste sistema,
utiliza-se, em 25,87% da rede, diâmetros inferiores a 50 mm, indo contra as normas
técnicas aplicáveis à instalação de redes públicas de distribuição de água.

A utilização de redes com diâmetros inferiores a 50 mm ocasiona uma excessiva


perda de carga no sistema de distribuição de água, elevando as pressões na rede e
aumentando os riscos de perdas físicas.

3.3.7. Macromedição

O sistema de abastecimento de água da sede do município da Lapa é provido de


medidores de vazão em todas as saídas de unidades do sistema, desde as
captações de água bruta, até o ponto de saída da ETA, o qual está apresentado na
Figura 59.

118
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Figura 59: Macromedidor da Adutora de Água Tratada.

3.3.8. Micromedição

Segundo informações repassadas pela SANEPAR, o sistema de abastecimento de


água da Seda Lapa é composto de 9.501 ligações de água, 100% hidrometradas, as
quais resultam em 10.673 economias ativas de água, distribuídas por classe de
consumo, conforme demonstrado no Quadro 52.

Quadro 52: Número de Economias.


Utilidade Poder
Tipo Residencial Comercial Industrial Total
Pública Público
Economias 9.733 742 10 69 119 10.673
Fonte: SANEPAR, 2015

3.3.9. Serviços de Manutenção

Durante o ano de 2014 foram realizados 292 serviços de manutenção na rede de


distribuição, outros 340 em ramais, 856 em cavaletes, 481 serviços de manutenção
em hidrômetros e ainda, 1 manutenção em adutora, totalizando 1.970 serviços de
manutenção realizados ao longo do ano de 2014, uma média diária de 5,4 serviços
por dia..

119
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Lapa – Paraná

3.3.10. Cadastro Técnico

O sistema de abastecimento de água do município da Lapa contém cadastro técnico


digitalizado, seja ele de unidades lineares e também das localizadas. Quanto à
atualização deste cadastro, segundo informações da operadora encontra-se bem
atualizado.

3.3.11. Controle da Operação

O sistema de abastecimento de água da Lapa, operado pela SANEPAR, não possui


um centro de controle operacional – CCO, para que seja possível supervisionar as
unidades operacionais em tempo real.

A montagem de um CCO é essencial, pois se melhora consideravelmente o


gerenciamento das variáveis hidráulicas e elétricas, o comando de liga/desliga dos
conjuntos moto bombas, a abertura e fechamento de válvulas (principalmente as
localizadas na entrada dos reservatórios) permitindo uma modulação da vazão para
um melhor equilíbrio e balanço hidráulico do sistema de abastecimento de água,
assim como controle da pressão na rede.

3.3.12. Perdas

O Quadro 53 apresentado em sequência demonstra os índices mensais de perdas


totais no sistema de abastecimento de água da Sede da Lapa, a partir de
informações da SANEPAR.

Quadro 53: Índice de Perdas.


Volume Volume Número Perda por
Volume Perdido Índice de
Período Macromedido Micromedido de Ligação
(m³) Perdas (%)
(m³) (m³) Ligações (L/lig.dia)
jan/14 143.175 110.900 32.275 22,54% 9.200 113,17
fev/14 131.324 106.978 24.346 18,54% 9.224 94,26
mar/14 136.330 95.526 40.804 29,93% 9.234 142,54
abr/14 135.039 92.170 42.869 31,75% 9.255 154,40
mai/14 121.034 98.226 22.808 18,84% 9.280 79,28
jun/14 132.262 89.235 43.027 32,53% 9.287 154,43
jul/14 137.743 91.510 46.233 33,56% 9.312 160,16
120
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Lapa – Paraná

Volume Volume Número Perda por


Volume Perdido Índice de
Período Macromedido Micromedido de Ligação
(m³) Perdas (%)
(m³) (m³) Ligações (L/lig.dia)
ago/14 130.979 94.400 36.579 27,93% 9.346 126,25
set/14 119.525 93.736 25.789 21,58% 4.366 196,89
out/14 139.351 96.588 42.763 30,69% 9.387 146,95
nov/14 135.243 103.726 31.517 23,30% 9.432 111,38
dez/14 153.466 94.133 59.333 38,66% 9.501 201,45
Fonte: SANEPAR, 2015

De acordo com as informações obtidas com a SANEPAR, o índice médio de perdas


durante o ano de 2014 foi de 27,49%, atingindo máximos de 38,66% no mês de
dezembro. Já os melhores índices verificados ocorreram nos meses de fevereiro e
maio, atingindo a marca de 18,54% e 18,84% de perdas, respectivamente.

A média do índice de perda no sistema de abastecimento de água da Lapa é uma


informação bastante confiável devido à existência de macromedidores em todas as
unidades operacionais do sistema.

No Quadro 54, estão apresentadas as perdas de faturamento no ano de 2014.


Observa-se que em alguns meses, o índice de perdas de faturamento foi negativo,
ou seja, o volume faturado pela SANEPAR foi maior do que o captado.

Quadro 54: Índice de Perdas de Faturamento.


Volume Mensal (m³) - Sistema Lapa Sede
Mês/ Índice de
Ano Consum. Faturado Perdas de
Captado Produzido Processo Distribuído
Medido Medido Faturamento
(%)
jan/14 143.746 140.115 3.631 140.115 114.203 137.088 4,63
fev/14 131.324 128.274 3.050 128.274 110.412 135.168 -2,93
mar/14 136.330 133.446 2.884 133.446 99.133 127.777 6,27
abr/14 135.039 132.811 2.228 132.811 95.664 126.637 6,22
mai/14 138.020 136.028 1.992 136.028 102.266 130.315 5,58
jun/14 132.262 130.358 1.904 130.358 92.927 125.198 5,34
jul/14 137.743 136.334 1.409 136.334 95.353 126.809 7,94
ago/14 131.220 129.692 1.528 129.692 98.542 129.274 1,48
set/14 119.525 117.947 1.578 117.947 97.613 128.045 -7,13
out/14 130.324 129.108 1.216 129.108 100.774 130.410 -0,07
nov/14 135.243 133.749 1.494 133.749 108.316 135.128 0,09
dez/14 153.466 152.197 1.269 152.197 98.450 130.094 15,23
Fonte: SANEPAR, 2015

121
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Lapa – Paraná

3.3.13. Consumo Per Capita

No Quadro 55 estão apresentados os volumes distribuídos mensalmente para o


município da Lapa e como o sistema de abastecimento de água atende 100% da
população, foi subtraída a população do distrito urbano de Mariental, estimada em
3.323 habitantes para o ano de 2014, podendo assim, obter o consumo per capita
mensal da sede da Lapa, com base em informações do IBGE. A população atendida
no SAA da Lapa foi estimada a partir da população projetada para o ano de 2014,
com base nos dados fornecidos pelo IBGE no Censo de 2010.

Quadro 55: Consumo Per Capita.

Consumo per Capita


Mês População Atendida Volume Micromedido (m³)
(l/hab. x dia)

Janeiro 25.511 110.900 144,90


Fevereiro 25.511 106.978 139,78
Março 25.511 95.526 124,82
Abril 25.511 92.170 120,43
Maio 25.511 98.226 128,34
Junho 25.511 89.235 116,60
Julho 25.511 91.510 119,57
Agosto 25.511 94.400 123,34
Setembro 25.511 93.736 122,48
Outubro 25.511 96.588 126,20
Novembro 25.511 103.726 135,53
Dezembro 25.511 94.133 123,00
MÈDIA 97.261 127,08
Fonte: SANEPAR, 2015

Ao analisar o Quadro 55, tem-se uma média de consumo per capita de 127,08
L/hab.dia na sede do município da Lapa.

No entanto, como fator de projeção, o sistema deve ser capaz de suprir a demanda
do dia de maior consumo do ano, portanto, será adotado o maior per capita mensal,
neste caso o do mês de janeiro, o qual resultou em 144,90 L/hab.dia.

122
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Lapa – Paraná

3.3.14. Balanço Entre Consumos e Demandas

Em visita técnica realizada no sistema de abastecimento de água do município da


Lapa não foram observadas situações de falta de água recorrentes no sistema de
abastecimento de água, ou seja, a disponibilidade existente no manancial é
suficiente para suprir o consumo da população.

A população estimada a ser atendida em 2016, ano 1 do período de planejamento,


pelo sistema de abastecimento de água na sede do município da Lapa é de 26.361
habitantes. O consumo médio diário no sistema de abastecimento de água no
município da Lapa gera um consumo per capita de 127,08 L/hab.dia.

A vazão média do sistema de abastecimento de água em 2016 está estimada em


123,69 m³/h (34,36 L/s), quando considerado o índice de perdas média, esta vazão
sobe para 157,62 m³/h (43,78 L/s). A capacidade máxima de adução do sistema é
estimada em aproximadamente 400 m³/h (1.440 L/s), quando considerado a vazão
máxima de captação nos poços 01, 02, 03 e 04, com 20 horas de funcionamento,
assim como a adução nos mananciais superficiais.

Conclui-se que os mananciais, as captações e as estações de tratamento da água


tem capacidade para suprir toda a demanda do sistema de abastecimento de água
com folga no ano 1 do período de planejamento.

3.3.15. Projetos Existentes

Já existe um projeto de ampliação do Sistema de Abastecimento de Água da Lapa


que visa o aumento da capacidade de vazão do sistema de abastecimento em 25
L/s (90 m³/h), através de elevatórias, adutoras, sistema de tratamento, reservatório
apoiado e rede de distribuição, conforme o Anexo.

 Estação Elevatória EEEB01 / CSB01

Substituição de uma unidade de conjunto moto-bomba submersas, com as seguintes


características: Q=45 m3/h; HM=203,25 mca; Potência= 45 cv;
123
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Lapa – Paraná

 Estação Elevatória EET 008 – BOOSTER

Execução da elevatória EET08, operando o recalque com injeção diretamente na


RDA na Lapa. Conta com dois conjuntos moto-bombas submersos, sendo um
reserva, instaladas em poço falso padrão Sanepar. Com as seguintes
características: Q=45,00m3/h ; HM=32,00 mca; Potência=10,00 cv.

 Estação Elevatória EET 009 – BOOSTER

Execução da elevatória EET09, operando o recalque com injeção diretamente na


RDA na Lapa. Conta com dois conjuntos moto-bombas submersos, sendo um
reserva, instaladas em poço falso padrão Sanepar. Com as seguintes
características: Q=87,00m3/h; HM=35,50 mca; Potência=15,00 cv.

 Adutora de Água Bruta AAB03

Execução de adutora de água bruta que ligará o poço existente CSB 02 ao novo
reservatório RAP02 – 1.000 m3 a implantar na região norte do município, através de
2.703,24 metros de tubulação em PVC JEI DEFOFO NBR 7665/07 DN 150 mm e
1.100,97m de tubo PEAD PE 100 PN 10 DE 160, totalizando 3.804,21m de adutora.

 Adutora de Água Bruta AAB05

Execução de adutora de água bruta que ligará o poço existente CSB 03 ao novo
reservatório RAP02 – 1.000 m3 a implantar na região norte do município, através de
1.048,30 metros de tubulação em PEAD PE 100 PN 10 DE 225.

 Adutora de Água Bruta AAB06

Execução de prolongamento da adutora de água bruta que isolará a ligação do poço


existente CSB 01 aos reservatórios existentes REN 01,02 e 03, através de 144,21
metros de tubulação em PVC JEI DEFOFO NBR 7665/07 DN 150 mm e sendo 18,00
m de travessia aérea com tubo camisa em tubo FD DN 300.

124
Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB
Lapa – Paraná

 Casa de Química

Execução de uma casa de química com área de 59,64m² na área do RAP 02, para
tratamento da água. Execução de Urbanização na área da casa de química,
instalações prediais (água e esgoto), instalações elétricas e caixas de gordura e
demais acessórios.

 Reservatório Apoiado RAP02 de 1.000 m³

Execução na área norte do município do reservatório apoiado em aço de


1000m³. Execução da urbanização da área do reservatório.

 Rede de Distribuição

Execução de 8.008,79 m de rede de distribuição sendo distribuído conforme


Quadro 56.

Quadro 56: Extensão de Rede por Diâmetro e Material


Descrição material Extensão (m)
PVC JEI PBA CL 20 NBR 5647 DN 50 113,03
PVC JEI PBA CL 20 NBR 5647 DN 75 1681,70
PVC JEI PBA CL 20 NBR 5647 DN 100 3325,66
PVC JEI DEFOFO NBR 7665/07 DN 150 1110,16
PVC JEI DEFOFO NBR 7665/07 DN 200 669,10
PVC JEI DEFOFO NBR 7665/07 DN 250 856,22
TRAVESSIA NÃO DESTRUTIVA MND Navigator PVC DN 50 26,57
TRAVESSIA NÃO DESTRUTIVA MND Navigator PVC DN 100 35,00
TRAVESSIA NÃO DESTRUTIVA MND Navigator PVC DN 250 6,00
TRAVESSIA NÃO DESTRUTIVA MND Navigator PEAD DE 225 55,35
TRAVESSIA FD DN 100 27,00
TRAVESSIA FD DN 200 15,00
TRAVESSIA SOB RODOVIA Km 196 C/ TUBO CAMISA AÇO DN 400 e TUBO
88,00
CONDUTOR PVC DN 250
Extensão total a executar 8008,79
Fonte: SANEPAR, 2015

O custo total previsto da obra é de R$ 4.680.556,45 e a data prevista para início da


execução é junho de 2015. Estima-se um ano e meio de prazo de execução da obra.

125
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Lapa – Paraná

3.4. SISTEMA MARIENTAL

O sistema de abastecimento de água Mariental atende aproximadamente 3.466


habitantes do distrito urbano de Mariental e da localidade do Feixo, distando
aproximadamente 10 quilômetros do centro urbano da Lapa, conforme o fluxograma
apresentado na Figura 60.

Figura 60: Fluxograma do SAA Mariental

Fonte: Adaptado SANEPAR

Abaixo, na Figura 61, estão demonstrados os equipamentos operacionais do


Sistema Mariental, que é composto por dois poços de captação subterrânea (Poço
02 e Poço 05), uma estação de tratamento/centro de reservação e um reservatório
elevado, este último, atendendo apenas a comunidade do Feixo.

126
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Lapa – Paraná

Figura 61: Equipamentos Operacionais do SAA Mariental

127
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Lapa – Paraná

3.4.1. Captação e Adução da Água Bruta

O sistema de abastecimento de água Mariental é operado pela SANEPAR. São


utilizados dois poços para captação de água bruta. Os locais da captação possuem
cercas adequadas de proteção e como pode ser visto nas Figuras 62 e 63 abaixo,
apresentam-se em bom estado de conservação.

Figura 62: Captação de Água Bruta – Poço 02.

Figura 63: Captação de Água Bruta – Poço 05.

A captação de água bruta pelo Poço 05 é realizada no Aquífero Itareré, com


profundida de 200 metros e com bomba instalada a 90 metros, demonstrado na
Figura 64. Este poço opera com uma vazão de até 5,74 m³/h (6,38 L/s), trabalhando
numa média diária de 20 horas.
128
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Figura 64: Poço P5.

A água captada pelo Poço 05 é aduzida através de uma linha de adução de Ferro e
PVC com 7 quilômetros de extensão, sendo 400 metros de 200mm e 6.600 metros
de 100 mm de diâmetro nominal. No barrilete do poço está instalado um
macromedidor mecânico, conforme Figura 65.

Figura 65: Macromedidor do Poço P5

A captação de água bruta pelo Poço 02 é realizada no Aquífero Cristalino, com


profundida de 144 metros e com bomba instalada a 81 metros, demonstrado na
Figura 66. Este poço opera com uma vazão de até 3,24 m³/h (3,6 L/s), trabalhando
numa média diária de 16 horas.

129
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Figura 66: Poço 02.

A água captada pelo Poço 02 é aduzida através de duas linhas de adução de 75 mm


de diâmetro nominal com 4,67 quilômetros de extensão, sendo metade em Ferro e a
outra metade em PVC. No barrilete do poço está instalado macromedidor mecânico,
conforme Figura 67.

Figura 67: Macromedidor do Poço P2

O acionamento das bombas dos poços, demonstrados acima, é feito por sistema
soft starter.

130
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Lapa – Paraná

3.4.2. Tratamento

O tratamento simplificado da água captada pelo Poço 02 é realizado diretamente na


chegada à Estação de Tratamento de Água Mariental, vide a Figura 68, com a
adição de solução de cloro e flúor por meio de bomba dosadora, mostrada na Figura
69.

Figura 68: Cloração e Fluoretação na Chegada a ETA

Figura 69: Bomba Dosadora de Cloro.

A água captada pelo Poço 05 apresenta traços de Ferro e Manganês, sendo


necessária, além da cloração e fluoretação, a filtração desta água. A filtração é feita
na ETA Mariental, uma estação de tratamento convencional com 2 módulos. Como

131
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Lapa – Paraná

pode ser visto na Figura 70, a ETA Mariental se encontra em razoável estado de
conservação, por se tratar de uma estrutura já bastante antiga.

Figura 70: Módulos de Filtração

Ressalta-se a existência, na ETA Mariental, de um laboratório para análises físico-


químicas da água. Como pode ser visto na Figura 71, encontra-se em bom estado
de conservação.

Figura 71: Laboratório da ETA Mariental

A operação dos Conjuntos Moto-Bombas – CMB da ETA Mariental é feita pelo


quadro de comando apresentado abaixo na Figura 72. Como pode ser visto, o
sistema opera com inversores de frequência, diminuindo custos energéticos e
aumentando a vida útil dos CMB.
132
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Lapa – Paraná

Figura 72: Quadro de Comando

3.4.3. Reservação

O Sistema Mariental conta com três equipamentos operacionais de reservação,


conforme as Figuras 73, 74 e 75. A capacidade destes reservatórios é de 50 m³, 25
m³ e 60 m³, respectivamente.

133
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Figura 73: Reservatório apoiado, tipo retangular e fabricado em concreto.

Figura 74: Reservatório elevado, tipo cilíndrico e fabricado em fibra.

134
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Figura 75: Reservatório elevado, tipo cilíndrico e fabricado em fibra.

O reservatório apresentado acima na Figura 75 atende apenas a localidade do


Feixo, sendo este um reservatório de ponta do sistema, auxiliando nos momentos de
maior consumo.

A capacidade de reservação de um sistema de abastecimento de água deve suprir a


demanda de consumo de 1/3 do dia de maior consumo do ano.

Como foi possível a obtenção somente do volume consumido no mês de maior


consumo do ano de 2014, cujo volume foi de 11.668 m³ no mês de janeiro, será
considerado o coeficiente de vazão máxima diária K1 igual a 1,2 para estimar o
volume do dia de maior consumo do ano, resultando no consumo 452 m³ no dia de
maior consumo.

Portanto, a reservação necessária para o Sistema Mariental é de 151 m³, ou seja,


como existe uma reservação total de 135 m³, o sistema já opera com um déficit de
16m³.

3.4.4. Adução de Água Tratada e Macromedição

A água tratada é então distribuída em marcha por meio de 2 linhas de adução,


conforme Figura 76. A linha de adução à direita, abastece a localidade do Feixo e a
linha de adução à esquerda, abastece o distrito urbano de Mariental.

135
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Figura 76: Linhas de Adução

A distribuição de água tratada ocorre em marcha desde a saída da ETA, por este
motivo não há adutora de água tratada no sistema. Ressalta-se que toda a água
distribuída passa por um macromedidor mecânico antes da distribuição, conforme
Figura 77.

Figura 77: Macromedidor de Saída

3.4.5. Rede de Distribuição

A rede de distribuição do Sistema Mariental conta atualmente com uma extensão de


43.943,38 metros, distribuídos por diâmetro e material conforme apresentado no
Quadro 57.

136
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Quadro 57: Extensão de Rede por Diâmetro e Material


Material da Rede
Diâmetro (mm) Extensão (m)
PVC F°F° DeF°F° PEAD Outros
20 652,64 652,64 - - - -
25 11.199,01 11.199,01 - - - -
32 4.464,47 4.464,47 - - - -
40 3.906,20 3.906,20 - - - -
50 10.022,41 10.022,41 - - - -
75 13.698,65 13.698,65 - - - -
TOTAL 43.943,38 43.943,38 - - - -
Fonte: SANEPAR, 2015

No Quadro 57, pode-se observar que na rede de distribuição de água deste sistema,
utiliza-se, em 46,01% da rede, diâmetros inferiores a 50 mm, indo contra as normas
técnicas aplicáveis à instalação de redes públicas de distribuição de água.

A utilização de redes com diâmetros inferiores a 50 mm ocasiona uma excessiva


perda de carga no sistema de distribuição de água, elevando as pressões na rede e
aumentando os riscos de perdas físicas.

3.4.6. Micromedição

Segundo informações repassadas pela SANEPAR, o sistema de abastecimento de


água Mariental é composto de 1.087 ligações de água 100% hidrometradas, as
quais resultam em 1.139 economias ativas de água, distribuídas por classe de
consumo, conforme demonstrado no Quadro 58.

Quadro 58: Número de Economias.


Utilidade Poder
Tipo Residencial Comercial Industrial Total
Pública Público

Economias 1.092 31 2 11 3 1.139


Fonte: SANEPAR, 2015

3.4.7. Serviços de Manutenção

Durante o ano de 2014 foram realizados 53 serviços de manutenção na rede de


distribuição, 31 em ramais, 92 em cavaletes e outras 96 manutenções em

137
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hidrômetros, totalizando 272 serviços de manutenção no ano, resultando numa


média mensal de 22,67 serviços por mês.

3.4.8. Índice de Perdas

O Quadro 59 apresentado em sequência demonstra os índices mensais de perdas


totais no sistema de abastecimento de água do Sistema Mariental, a partir de
informações da SANEPAR.

Quadro 59: Índice de Perdas.

Volume Volume Volume Índice de Perda por


Número de
Período Macromedido Micromedido Perdido Perdas Ligação
Ligações
(m³) (m³) (m³) (%) (L/lig.dia)

jan/14 15.493 11.668 3.825 24,69% 984 125,39


fev/14 14.359 11.181 3.178 22,13% 999 113,61
mar/14 14.826 9.774 5.052 34,08% 1.008 161,67
abr/14 14.046 9.177 4.869 34,66% 1.016 159,74
mai/14 14.313 10.428 3.885 27,14% 1.043 120,16
jun/14 12.953 8.898 4.055 31,31% 1.052 128,49
jul/14 13.278 10.475 2.803 21,11% 1.053 85,87
ago/14 13.998 9.742 4.256 30,40% 1.053 130,38
set/14 13.611 11.311 2.300 16,90% 1.057 72,53
out/14 16.153 10.514 5.639 34,91% 1.068 170,32
nov/14 15.426 10.894 4.532 29,38% 1.071 141,05
dez/14 16.219 10.042 6.177 38,08% 1.087 183,31
Fonte: SANEPAR, 2015

De acordo com as informações obtidas com a SANEPAR, o índice médio de perdas


durante o ano de 2014 foi de 28,73%, atingindo máximos de 38,08% no mês de
dezembro. Já o melhor índice verificado ocorreu no mês de julho, atingindo a marca
de 21,11%.

A média do índice de perda no sistema de abastecimento de água é uma informação


bastante confiável devido à existência de macromedidor na saída para distribuição e
hidrometração em todas as ligações.

138
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Lapa – Paraná

3.4.9. Consumo Per Capita

No Quadro 60 estão apresentados os volumes consumidos mensalmente para os


3.323 habitantes atendidos pelo sistema de abastecimento de água Mariental,
podendo assim, obter o consumo per capita mensal. A população do distrito de
Mariental foi estimada a partir da população projetada para o ano de 2014, com base
nos dados fornecidos pelo IBGE no Censo de 2010.

Quadro 60: Consumo Per Capita.

Volume Micromedido Consumo per Capita


Mês População Atendida
(m³) (l/hab. x dia)

Janeiro 3.323 11.668 117,05


Fevereiro 3.323 11.181 112,17
Março 3.323 9.774 98,05
Abril 3.323 9.177 92,06
Maio 3.323 10.428 104,61
Junho 3.323 8.898 89,26
Julho 3.323 10.475 105,08
Agosto 3.323 9.742 97,73
Setembro 3.323 11.311 113,47
Outubro 3.323 10.514 105,47
Novembro 3.323 10.894 109,29
Dezembro 3.323 10.042 100,74
MÈDIA 10.342 103,75
Fonte: SANEPAR, 2015

Ao analisar o Quadro 60, tem-se uma média de consumo per capita de 103,75
L/hab.dia, no entanto, como fator de projeção, o sistema deve ser capaz de suprir a
demanda do dia de maior consumo do ano, portanto, será adotado o maior per
capita mensal, neste caso o do mês de janeiro, o qual resultou em 117,05 L/hab.dia.

3.4.10. Projetos Existentes

Em visita técnica, constatou-se como melhoria para o Sistema Mariental, a


instalação de novas bombas dosadoras de Cloro e Flúor na ETA, como pode ser
visto na Figura 78.

139
Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB
Lapa – Paraná

Figura 78: Novas Bombas Dosadoras

3.5. SISTEMAS RURAIS ISOLADOS DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA

O município da Lapa, segundo o Censo 2010 do IBGE, conta com uma população
de 17.710 habitantes na zona rural. A população está distribuída em cerca de 75
comunidades rurais interligadas por, aproximadamente, 3.000 km de estradas em
uma área de 2.080,22 km². Na Figura 79 é apresentado o município da Lapa.

Apenas 16 comunidades rurais contam com sistema de abastecimento de água


coletivo, sendo que 3 destes sistemas são operados pela concessionária SANEPAR,
as demais são operadas pela própria comunidade.

As localidades Johanesdorff, Água Azul e Canoeiro são abastecidas por sistemas


operados pela SANEPAR. Já as localidades Carqueja, km 112, Faxinal dos Dias,
Rio da Areia, São Bento, Rio da Várzea, Colônia Municipal, Faxinal dos Pretos,
Passa Dois, Faxinal dos Alves, Faxinal dos Correias, Colônia São Carlos e
Contestado têm seus sistemas isolados de abastecimento de água operados pela
própria comunidade. As demais localidades rurais do município da Lapa são
abastecidas por Soluções Alternativas Individuais ou Coletivas.

140
Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB
Lapa – Paraná

Na Figura 79, está apresentada toda a área territorial do município da Lapa e na


Figura 80 é possível observarmos os equipamentos operacionais de cada sistema
isolado e sua distribuição geográfica pelo município da Lapa.

141
Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB
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Figura 79: Município da Lapa

Fonte: Prefeitura Municipal da Lapa

142
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Figura 80: Equipamentos Operacionais dos Sistemas Isolados

143
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3.5.1. Sistemas isolados operados pela SANEPAR

3.5.1.1. Sistema Água Azul

A localidade de Água Azul está localizado ao Oeste da área urbana da Lapa,


distando aproximadamente 40 km e a população atendida pelo sistema público de
abastecimento de água é de cerca de 287 habitantes.

O sistema de abastecimento de água de Água Azul é operado pela SANEPAR. O


local da captação possui cercas adequadas de proteção e como pode ser visto na
Figura 81, apresenta-se em bom estado de conservação.

Figura 81: Captação de Água Bruta.

A captação de água bruta é realizada no Aquífero Itararé por meio de poço com
profundidade de 100 metros e com bomba instalada a 28 metros, demonstrado na
Figura 82. Este poço opera com uma vazão de até 3,6 m³/h (1 L/s), trabalhando
numa média diária de 7,38 horas.

144
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Figura 82: Poço P1.

A água captada no poço é encaminhada a um filtro de fluxo ascendente, conhecido


como “filtro russo” (Figura 83), pois a água bruta apresenta traços elevados de Ferro
e Manganês, sendo necessária a filtragem, a fim de garantir os parâmetros de
potabilidade exigidos pela Portaria Nº 2.914, de 12 de dezembro de 2011.

Figura 83: Filtro Russo.

O tratamento simplificado da água captada é realizado diretamente na saída da


filtração, com a adição de solução de cloro e flúor por meio de bomba dosadora. O
sistema de tratamento apresenta-se em bom estado de conservação, como pode ser
visto na Figura 84.

145
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Lapa – Paraná

Figura 84: Casa de Química.

O acionamento da bomba do poço é feito por partida direta, desligando quando o


reservatório elevado encontra-se cheio e religando quando este apresenta
decrescimento do nível de água.

A água captada no Poço de Água Azul é macromedida por macromedidor mecânico


com diâmetro nominal de 50 mm, demonstrado na Figura 85.

Figura 85: Macromedidor de Água Bruta.

A água tratada é então distribuída em marcha. A rede de distribuição da localidade


de Água Azul conta atualmente com uma extensão de 7.059,58 metros, distribuídos
por diâmetro e material conforme apresentado no Quadro 61.

146
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Quadro 61: Extensão de Rede por Diâmetro e Material


Material da Rede
Diâmetro (mm) Extensão (m)
PVC F°F° DeF°F° PEAD Outros
25 1.515,38 1.515,38 - - - -
32 307,72 307,72 - - - -
40 2.706,57 2.706,57 - - - -
50 2.514,96 2.514,96 - - - -
75 14,95 - 14,95 - - -
TOTAL 7.059,58 7.044,63 14,95 - - -
Fonte: SANEPAR, 2015

No Quadro 61, pode-se observar que na rede de distribuição de água deste sistema,
utiliza-se, em 64,16% da rede, diâmetros inferiores a 50 mm, indo contra as normas
técnicas aplicáveis à instalação de redes públicas de distribuição de água.

A utilização de redes com diâmetros inferiores a 50 mm ocasiona uma excessiva


perda de carga no sistema de distribuição de água, elevando as pressões na rede e
aumentando os riscos de perdas físicas.

Nos horários de baixo consumo, a sobra de água é enviada para um reservatório


apoiado de jusante, demonstrado na Figura 86, com capacidade de 30 m³ de
reservação, o qual auxilia na demanda de distribuição nos horários de pico de
consumo.

Figura 86: Reservatório em Local de Difícil Acesso.

Segundo informações repassadas pela SANEPAR, o sistema de abastecimento de


água da Localidade de Água Azul é composto de 90 ligações de água 100%

147
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Lapa – Paraná

hidrometradas, as quais resultam em 91 economias ativas de água, distribuídas por


classe de consumo, conforme demonstrado no Quadro 62.

Quadro 62: Número de Economias.


Utilidade Poder
Tipo Residencial Comercial Industrial Total
Pública Público
Economias 85 - - 4 2 91
Fonte: SANEPAR, 2015

Durante o ano de 2014 foram realizados 10 serviços de manutenção na rede de


distribuição, 4 em ramais e 1 colocação de hidrômetro novo.

O Quadro 63 apresentado em sequência demonstra os índices mensais de perdas


totais no sistema de abastecimento de água na localidade de Água Azul, a partir de
informações da SANEPAR.

Quadro 63: Índice de Perdas.

Volume Volume Volume Índice de Perda por


Número de
Período Macromedido Micromedido Perdido Perdas Ligação
Ligações
(m³) (m³) (m³) (%) (L/lig.dia)

jan/14 1.170 1.017 153 13,08% 87 56,73


fev/14 1.093 738 355 32,48% 88 144,07
mar/14 1.130 619 511 45,22% 88 187,32
abr/14 1.067 701 366 34,30% 88 138,64
mai/14 747 630 117 15,66% 89 42,41
jun/14 764 552 212 27,75% 89 79,40
jul/14 991 597 394 39,76% 89 142,81
ago/14 967 655 312 32,26% 89 113,08
set/14 945 742 203 21,48% 89 76,03
out/14 988 672 316 31,98% 90 113,26
nov/14 983 855 128 13,02% 90 47,41
dez/14 1.026 675 351 34,21% 90 125,81
Fonte: SANEPAR, 2015

De acordo com as informações obtidas com a SANEPAR, o índice médio de perdas


durante o ano de 2014 foi de 28,43%, atingindo máximos de 45,22% no mês de
março. Já o melhor índice verificado ocorreu no mês de novembro, atingindo a
marca de 13%.

A média do índice de perda no sistema de abastecimento de água do sistema é uma


informação bastante confiável devido à existência de macromedidor na saída para
distribuição e hidrometração em todas as ligações.

148
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Lapa – Paraná

No Quadro 64 estão apresentados os volumes consumidos mensalmente para os


287 habitantes atendidos pelo sistema de abastecimento de água na localidade de
Água Azul, podendo assim, obter o consumo per capita mensal.

Quadro 64: Consumo Per Capita de Água Azul.

Consumo per
Volume Micromedido
Mês População Atendida Capita
(m³)
(l/hab. x dia)

Janeiro 277 1.017 122,22


Fevereiro 281 738 87,68
Março 281 619 73,54
Abril 281 701 83,29
Maio 284 630 74,01
Junho 284 552 64,85
Julho 284 597 70,13
Agosto 284 655 76,95
Setembro 284 742 87,17
Outubro 287 672 78,07
Novembro 287 855 99,33
Dezembro 287 675 78,42
MÈDIA 704 82,97
Fonte: SANEPAR, 2015

Ao analisar o Quadro 64, tem-se uma média de consumo per capita de 85,97
L/hab.dia na localidade de Água Azul, no entanto, como fator de projeção, o sistema
deve ser capaz de suprir a demanda do dia de maior consumo do ano, portanto,
será adotado o maior per capita mensal, neste caso o do mês de janeiro, o qual
resultou em 122,22 L/hab.dia.

Não existem projetos básicos ou executivos de ampliação ou de melhorias do


sistema de abastecimento de água de Água Azul.

3.5.1.2. Sistema Johannerdorff

A localidade de Johannesdorff está localizada ao Norte da área urbana da Lapa,


distando aproximadamente 10 km. A população atendida pelo sistema público de
abastecimento de água é de cerca de 450 habitantes.

149
Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB
Lapa – Paraná

O sistema de abastecimento de água de Johannesdorff é operado pela SANEPAR.


O local da captação possui cercas adequadas de proteção e como pode ser visto na
Figura 87, apresenta-se em bom estado de conservação.

Figura 87: Captação de Água Bruta.

A captação de água bruta é realizada no Aquífero Itararé por meio de poço com
profundidade de 60,75 metros e com bomba instalada a 42 metros, demonstrado na
Figura 88. Este poço opera com uma vazão de até 6,37 m³/h (1,77 L/s).

Figura 88: Poço P1.

A água captada no poço é encaminhada a um filtro de fluxo ascendente, conhecido


como “filtro russo” (Figura 89), pois a água bruta apresenta traços elevados de Ferro

150
Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB
Lapa – Paraná

e Manganês, sendo necessária a filtragem, a fim de garantir os parâmetros de


potabilidade exigidos pela Portaria Nº 2.914, de 12 de dezembro de 2011.

Figura 89: Filtro Russo.

O tratamento simplificado da água captada é realizado diretamente na saída da


filtração, com a adição de solução de cloro e flúor por meio de bomba dosadora. O
sistema de tratamento apresenta-se em bom estado de conservação, como pode ser
visto na Figura 90.

151
Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB
Lapa – Paraná

Figura 90: Casa de Química.

O acionamento da bomba do poço é feito por partida direta, e funciona com auxílio
de um pressostato, que detecta variações de pressão na rede, ligando e desligando
a bomba conforme necessidade.

A água captada no Poço de Johannesdorff é macromedida por macromedidor com


diâmetro nominal de 50 mm, demonstrado na Figura 91.

Figura 91: Macromedidor de Água Bruta.

A água tratada é então recalcada do reservatório apoiado, localizado junto ao


sistema de filtração que tem função de tanque de contato, para o reservatório
elevado do sistema Johannesdorff. Ressalta-se, que a água produzida já é

152
Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB
Lapa – Paraná

distribuída em marcha enquanto é recalcada ao reservatório elevado, que por sua


vez, trabalha como um reservatório de jusante.

A rede de distribuição da localidade de Johannesdorff conta atualmente com uma


extensão de 10.708,95 metros, distribuídos por diâmetro e material conforme
apresentado no Quadro 65.

Quadro 65: Extensão de Rede por Diâmetro e Material


Material da Rede
Diâmetro (mm) Extensão (m)
PVC F°F° DeF°F° PEAD Outros
25 1.613,99 1.613,99 - - - -
32 1.913,51 1.913,51 - - - -
40 1.885,00 1.885,00 - - - -
50 2.938,23 2.897,24 40,99 - - -
75 2.358,22 2.358,22 - - - -
TOTAL 10.708,95 10.667,96 40,99 - - -
Fonte: SANEPAR, 2015

No Quadro 65, pode-se observar que na rede de distribuição de água deste sistema,
utiliza-se, em 50,54% da rede, diâmetros inferiores a 50 mm, indo contra as normas
técnicas aplicáveis à instalação de redes públicas de distribuição de água.

A utilização de redes com diâmetros inferiores a 50 mm ocasiona uma excessiva


perda de carga no sistema de distribuição de água, elevando as pressões na rede e
aumentando os riscos de perdas físicas.

Nos horários de baixo consumo, a sobra de água é enviada para um reservatório


elevado de jusante, demonstrado na Figura 92, com capacidade de 40 m³ de
reservação, o qual auxilia na demanda de distribuição nos horários de pico de
consumo.

153
Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB
Lapa – Paraná

Figura 92: Reservatório Elevado.

Segundo informações repassadas pela SANEPAR, o sistema de abastecimento de


água de Johannesdorff é composto de 142 ligações de água 100% hidrometradas,
as quais resultam em 154 economias ativas de água, distribuídas por classe de
consumo, conforme demonstrado no Quadro 66.

Quadro 66: Número de Economias.


Utilidade Poder
Tipo Residencial Comercial Industrial Total
Pública Público

Economias 148 4 - 2 - 154


Fonte: SANEPAR, 2015

Durante o ano de 2014 foram realizados 5 serviços de manutenção na rede de


distribuição, 1 em ramais, 10 serviços em cavaletes e 8 colocações de hidrômetros
novos.

O Quadro 67 apresentado em sequência demonstra os índices mensais de perdas


totais no sistema de abastecimento de água na localidade de Johannesdorff, a partir
de informações da SANEPAR.

Quadro 67: Índice de Perdas.

Volume Volume Índice de Número Perda por


Volume
Período Macromedido Micromedido Perdas de Ligação
Perdido (m³)
(m³) (m³) (%) Ligações (L/lig.dia)

jan/14 1.993 1.842 151 7,58% 135 36,08


fev/14 1.684 1.577 107 6,35% 138 27,69

154
Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB
Lapa – Paraná

Volume Volume Índice de Número Perda por


Volume
Período Macromedido Micromedido Perdas de Ligação
Perdido (m³)
(m³) (m³) (%) Ligações (L/lig.dia)

mar/14 1.888 1.495 393 20,82% 139 91,20


abr/14 1.721 1.638 83 4,82% 140 19,76
mai/14 1.652 1.361 291 17,62% 141 66,58
jun/14 1.496 1.302 194 12,97% 141 45,86
jul/14 1.616 1.305 311 19,25% 141 71,15
ago/14 1.739 1.286 453 26,05% 141 103,64
set/14 1.729 1.532 197 11,39% 141 46,57
out/14 2.156 1.401 755 35,02% 141 172,73
nov/14 2.079 1.496 583 28,04% 141 137,83
dez/14 2.337 1.456 881 37,70% 142 200,14
Fonte: SANEPAR, 2015

De acordo com as informações obtidas com a SANEPAR, o índice médio de perdas


durante o ano de 2014 foi de 18,97%, atingindo máximos de 37,70% no mês de
dezembro. Já o melhor índice verificado ocorreu no mês de abril, atingindo a marca
de 4,82%.

A média do índice de perda no sistema de abastecimento de água do sistema é uma


informação bastante confiável devido à existência de macromedidor na saída para
distribuição e hidrometração em todas as ligações.

No Quadro 68 estão apresentados os volumes consumidos mensalmente para os


453 habitantes atendidos pelo sistema de abastecimento de água na localidade de
Johannesdorff, podendo assim, obter o consumo per capita mensal.

Quadro 68: Consumo Per Capita de Johannesdorff.

Mês População Atendida Volume Micromedido (m³) Consumo per Capita (l/hab. x dia)

Janeiro 430 1.842 142,66


Fevereiro 440 1.577 119,48
Março 443 1.495 112,45
Abril 446 1.638 122,33
Maio 450 1.361 100,92
Junho 450 1.302 96,55
Julho 450 1.305 96,77

155
Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB
Lapa – Paraná

Mês População Atendida Volume Micromedido (m³) Consumo per Capita (l/hab. x dia)

Agosto 450 1.286 95,36


Setembro 450 1.532 113,60
Outubro 450 1.401 103,89
Novembro 450 1.496 110,93
Dezembro 453 1.456 107,21
MÈDIA 1.474 110,18
Fonte: SANEPAR, 2015

Ao analisar o Quadro 68, tem-se uma média de consumo per capita de 110,18
L/hab.dia na localidade de Johannesdorff, no entanto, como fator de projeção, o
sistema deve ser capaz de suprir a demanda do dia de maior consumo do ano,
portanto, será adotado o maior per capita mensal, neste caso o do mês de janeiro, o
qual resultou em 142,66 L/hab.dia.

Não existem projetos básicos ou executivos de ampliação ou de melhorias do


sistema de abastecimento de água de Johannesdorff.

3.5.1.3. Sistema Canoeiro

A localidade de Canoeiro está localizada a Oeste da área urbana da Lapa, distando


aproximadamente 45 km. A população atendida pelo sistema público de
abastecimento de água é de cerca de 494 habitantes.

O sistema de abastecimento de água de Canoeiro é operado pela SANEPAR. O


local da captação possui cercas adequadas de proteção e como pode ser visto na
Figura 93, apresenta-se em bom estado de conservação.

156
Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB
Lapa – Paraná

Figura 93: Captação de Água Bruta.

A captação de água bruta é realizada no Aquífero Itararé por meio de poço com
profundidade de 100 metros e com bomba instalada a 50 metros, demonstrado na
Figura 94. Este poço opera com uma vazão de até 3,24m³/h (0,90 L/s).

Figura 94: Poço P1.

O tratamento simplificado da água captada é realizado diretamente na saída da


filtração, com a adição de solução de cloro e flúor por meio de bomba dosadora. Por
se tratar de água subterrânea, as mesmas são classificadas como Classe Especial
pela Resolução N° 396/2008 do CONAMA e, portanto necessitam apenas de
tratamento simplificado.

157
Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB
Lapa – Paraná

O acionamento da bomba do poço, demonstrado na Figura 95, é feito por inversor


de frequência, e funciona com auxílio de um pressostato, que detecta variações de
pressão na rede, modulando a frequência do CMB conforme necessidade.

Figura 95: Quadro de Comando.

A água bruta captada é macromedida por macromedidor mecânico com diâmetro


nominal de 50 mm, demonstrado na Figura 96.

Figura 96: Macromedidor de Água Bruta.

A água produzida já é distribuída em marcha enquanto é recalcada ao reservatório


apoiado, que por sua vez, trabalha como um reservatório de jusante.

158
Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB
Lapa – Paraná

A rede de distribuição da localidade de Canoeiro conta atualmente com uma


extensão de 11.629,97 metros, distribuídos por diâmetro e material conforme
apresentado no Quadro 69.

Quadro 69: Extensão de Rede por Diâmetro e Material


Material da Rede
Diâmetro (mm) Extensão (m)
PVC F°F° DeF°F° PEAD Outros
25 6.832,89 6.832,89 - - - -
32 1.721,92 1.721,92 - - - -
40 396,01 396,01 - - - -
50 2.679,15 2.679,15 - - - -
TOTAL 11.629,97 11.629,97 - - - -
Fonte: SANEPAR, 2015

No Quadro 69, pode-se observar que na rede de distribuição de água deste sistema,
utiliza-se, em 76,96% da rede, diâmetros inferiores a 50 mm, indo contra as normas
técnicas aplicáveis à instalação de redes públicas de distribuição de água.

A utilização de redes com diâmetros inferiores a 50 mm ocasiona uma excessiva


perda de carga no sistema de distribuição de água, elevando as pressões na rede e
aumentando os riscos de perdas físicas.

Nos horários de baixo consumo, a sobra de água é enviada para um reservatório


apoiado de jusante, demonstrado na Figura 97, com capacidade de 20 m³ de
reservação, o qual auxilia na demanda de distribuição nos horários de pico de
consumo.

159
Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB
Lapa – Paraná

Figura 97: Reservatório Elevado.

Segundo informações repassadas pela SANEPAR, o sistema de abastecimento de


água de Canoeiro é composto de 155 ligações de água 100% hidrometradas, as
quais resultam em 155 economias ativas de água, distribuídas por classe de
consumo, conforme demonstrado no Quadro 70.

Quadro 70: Número de Economias.


Utilidade Poder
Tipo Residencial Comercial Industrial Total
Pública Público
Economias 150 1 - 1 3 155
Fonte: SANEPAR, 2015

Durante o ano de 2014 foram realizados 6 serviços de manutenção na rede de


distribuição, 1 em ramais, 2 serviços em cavaletes e 11 colocações de hidrômetros
novos.

O Quadro 71 apresentado em sequência demonstra os índices mensais de perdas


totais no sistema de abastecimento de água na localidade de Canoeiro, a partir de
informações da SANEPAR.

Quadro 71: Índice de Perdas.

Volume Volume Índice de Número Perda por


Volume
Período Macromedido Micromedido Perdas de Ligação
Perdido (m³)
(m³) (m³) (%) Ligações (L/lig.dia)

jan/14 1.894 1.642 252 13,31% 149 54,56


fev/14 1.492 1.344 148 9,92% 149 35,47

160
Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB
Lapa – Paraná

Volume Volume Índice de Número Perda por


Volume
Período Macromedido Micromedido Perdas de Ligação
Perdido (m³)
(m³) (m³) (%) Ligações (L/lig.dia)

mar/14 1.301 1.117 184 14,14% 149 39,84


abr/14 1.360 1.292 68 5,00% 149 15,21
mai/14 1.070 999 71 6,64% 149 15,37
jun/14 1.377 982 395 28,69% 146 90,18
jul/14 1.208 1.119 89 7,37% 146 19,66
ago/14 1.360 1.023 337 24,78% 146 74,46
set/14 1.348 1.395 -47 -3,49% 147 -10,66
out/14 1.484 1.224 260 17,52% 148 56,67
nov/14 1.363 1.279 84 6,16% 149 18,79
dez/14 1.435 1.142 293 20,42% 155 60,98
Fonte: SANEPAR, 2015

De acordo com as informações obtidas com a SANEPAR, o índice médio de perdas


durante o ano de 2014 foi de 13,99%, atingindo máximos de 28,69% no mês de
dezembro. Já o melhor índice verificado ocorreu no mês de abril, atingindo a marca
de 5,00%. Ressalta-se, que no mês de setembro há um volume macromedido menor
do que o volume micromedido, provavelmente decorrente de um erro operacional na
coleta de dados. Logo, para o cálculo do índice de perdas médio, desconsiderou-se
o mês de setembro.

A média do índice de perda no sistema de abastecimento de água do sistema é uma


informação bastante confiável devido à existência de macromedidor na saída para
distribuição e hidrometração em todas as ligações.

No Quadro 72 estão apresentados os volumes consumidos mensalmente para os


494 habitantes atendidos pelo sistema de abastecimento de água na localidade de
Canoeiro, podendo assim, obter o consumo per capita mensal.

Quadro 72: Consumo Per Capita de Johannesdorff.


Volume Micromedido Consumo per Capita
Mês População Atendida
(m³) (l/hab. x dia)

Janeiro 475 1.642 115,22


Fevereiro 475 1.344 94,31
Março 475 1.117 78,38
Abril 475 1.292 90,66
Maio 475 999 70,10

161
Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB
Lapa – Paraná

Volume Micromedido Consumo per Capita


Mês População Atendida
(m³) (l/hab. x dia)

Junho 465 982 70,32


Julho 465 1.119 80,13
Agosto 465 1.023 73,26
Setembro 469 1.395 99,22
Outubro 472 1.224 86,47
Novembro 475 1.279 89,75
Dezembro 494 1.142 77,03
MÈDIA 1.213 85,41
Fonte: SANEPAR, 2015

Ao analisar o Quadro 72, tem-se uma média de consumo per capita de 85,41
L/hab.dia na localidade de Canoeiro, no entanto, como fator de projeção, o sistema
deve ser capaz de suprir a demanda do dia de maior consumo do ano, portanto,
será adotado o maior per capita mensal, neste caso o do mês de janeiro, o qual
resultou em 115,22 L/hab.dia.

Não existem projetos básicos ou executivos de ampliação ou de melhorias do


sistema de abastecimento de água de Canoeiro.

3.5.2. Sistemas isolados operados pela comunidade

3.5.2.1. Sistema Isolado Contestado

A localidade do Contestado está localizada ao Norte da área urbana da Lapa,


distando aproximadamente 25 km do centro urbano e possui aproximadamente 440
habitantes e 110 ligações de água, segundo dados da Prefeitura.

O sistema de abastecimento de água da localidade do Contestado é operado pela


própria comunidade. Ele é composto por um poço de captação e este local de
captação possui cercas adequadas de proteção e como pode ser visto na Figura 98,
não há uma manutenção periódica do local.

162
Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB
Lapa – Paraná

Figura 98: Captação de Água Bruta.

Por se tratar de água subterrânea, as mesmas são classificadas como Classe


Especial pela Resolução N° 396/2008 do CONAMA e, portanto necessitam apenas
de tratamento simplificado, que neste caso, não é realizado.

O acionamento da bomba do poço é feito por partida direta, desligando quando o


reservatório elevado encontra-se cheio e religando quando este apresenta
decrescimento do nível de água. O reservatório elevado tem capacidade de 20 m³ e
é um reservatório de ponta. O mesmo está apresentado na Figura 99.

Figura 99: Reservatório Elevado.

Segundo dados repassados pela Vigilância Sanitária do município da Lapa, a última


análise realizada na água distribuída no Sistema ocorreu no mês de julho de 2014,

163
Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB
Lapa – Paraná

apresentando como satisfatória a qualidade da água, segundo os ensaios de


Bactérias Heterotróficas, Coliformes Totais, Escherichia Colli e Pseudomonas
Aeruginosa.

Porém, como não é realizado o tratamento simplificado, como exige a Portaria Nº


2.914, de 12 de dezembro de 2011, a água captada não apresenta as condições
mínimas para o consumo humano, quando distribuída coletivamente.

3.5.2.2. Sistema Isolado Colônia São Carlos

A localidade Colônia São Carlos está localizada ao Norte da área urbana da Lapa,
distando aproximadamente 10 km do centro urbano e possui aproximadamente 250
habitantes e 54 ligações de água, segundo dados da Prefeitura.

O sistema de abastecimento de água da Colônia São Carlos é operado pela própria


comunidade. Ele é composto por um poço de captação e este local de captação
possui cercas adequadas de proteção e como pode ser visto na Figura 100, o local
apresenta boas condições de manutenção.

Figura 100: Captação de Água Bruta.

A captação de água bruta é realizada por meio de poço, demonstrado na Figura 101
e por se tratar de água subterrânea, as mesmas são classificadas como Classe

164
Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB
Lapa – Paraná

Especial pela Resolução N° 396/2008 do CONAMA e, portanto necessitam apenas


de tratamento simplificado.

Figura 101: Poço de Captação de Água Bruta.

O tratamento simplificado da água captada não é realizado, logo não atendendo a


Portaria Nº 2.914, de 12 de dezembro de 2011.

O acionamento da bomba de captação é feito por partida direta, desligando quando


o reservatório elevado encontra-se cheio e religando quando este apresenta
decrescimento do nível de água. O reservatório elevado tem capacidade de
armazenamento de 15 m³ e está apresentado na Figura 102.

Figura 102: Reservatório Elevado.

165
Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB
Lapa – Paraná

Segundo dados repassados pela Vigilância Sanitária do município da Lapa, a última


análise realizada na água distribuída no Sistema ocorreu no mês de julho de 2014,
apresentando como satisfatória a qualidade da água, segundo os ensaios de
Coliformes Totais e Escherichia Colli.

Porém, como não é realizado o tratamento simplificado, como exige a Portaria Nº


2.914, de 12 de dezembro de 2011, a água captada não apresenta as condições
mínimas para o consumo humano, quando distribuída coletivamente.

3.5.2.3. Sistema Isolado Faxinal dos Alves

A localidade Faxinal dos Alves está localizada a Sudeste da área urbana da Lapa,
distando aproximadamente 20 km do centro urbano e possui aproximadamente 280
habitantes e 65 ligações de água, segundo dados da Prefeitura.

O sistema de abastecimento de água de Faxinal dos Alves é operado pela própria


comunidade. Ele é composto por um poço de captação onde não há cercas
adequadas de proteção da área, como pode ser visto na Figura 103.

Figura 103: Captação de Água Bruta.

A captação de água bruta é realizada por meio de poço, demonstrado na Figura 104
e por se tratar de água subterrânea, as mesmas são classificadas como Classe

166
Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB
Lapa – Paraná

Especial pela Resolução N° 396/2008 do CONAMA e, portanto necessitam apenas


de tratamento simplificado.

Figura 104: Poço de Captação de Água Bruta.

O tratamento simplificado da água captada não é realizado, logo não atendendo a


Portaria Nº 2.914, de 12 de dezembro de 2011.

O acionamento da bomba de captação é feito por partida direta, desligando quando


o reservatório elevado encontra-se cheio e religando quando este apresenta
decrescimento do nível de água. O reservatório elevado tem capacidade de
armazenamento de 10 m³ e está apresentado na Figura 105, onde se pode notar um
precário estado de conservação.

Figura 105: Reservatório Elevado.

167
Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB
Lapa – Paraná

Segundo dados repassados pela Vigilância Sanitária do município da Lapa, as


últimas três análises realizadas na água distribuída no Sistema Faxinal dos Alves,
nos meses de março, julho e dezembro de 2014, apresentando como satisfatória a
qualidade da água, segundo os ensaios de Coliformes Totais e Escherichia Colli.

Porém, como não é realizado o tratamento simplificado, como exige a Portaria Nº


2.914, de 12 de dezembro de 2011, a água captada não apresenta as condições
mínimas para o consumo humano, quando distribuída coletivamente.

3.5.2.4. Sistema Isolado Passa Dois

A localidade Passa Dois está localizada a Sudoeste da área urbana da Lapa,


distando aproximadamente 10 km do centro urbano e possui aproximadamente 760
habitantes e 190 ligações de água, segundo dados da Prefeitura, a espera do
funcionamento do sistema.

O sistema de abastecimento de água do Passa Dois será operado pela própria


comunidade. Já foi perfurado o poço de captação de água, como pode ser visto na
Figura 106, porém ainda não está em funcionamento, pois não há energia elétrica no
local. Situação esta que depende da concessionária de energia elétrica resolver. O
local apresenta cercas adequadas de proteção da área de captação e apresenta-se
em bom estado de conservação.

Figura 106: Poço Perfurado para Captação de Água Bruta.

168
Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB
Lapa – Paraná

Já foi construído junto ao poço o local onde será instalada a casa de química, onde
serão armazenados e dosados os produtos utilizados para cloração e fluoretação da
água captada e na sequência, distribuída.

Já há instalados na localidade, aproximadamente, 17 quilômetros de rede, segundo


técnicos da Prefeitura Municipal da Lapa. Já com relação à reservação do sistema,
este já conta com dois reservatórios apoiados, um com capacidade de 20 m³ e outro
de 15m³, como pode ser visto na Figura 107. Foi implantado um sistema de
acionamento da bomba por timer, onde o operador define os períodos que o poço irá
captar água e alimentar o sistema de distribuição de água.

Figura 107: Sistema de Reservação.

3.5.2.5. Sistema Isolado Colônia Municipal e Faxinal dos Pretos

As localidades Faxinal dos Pretos e Colônia Municipal estão localizadas ao Sul da


área urbana da Lapa, distando aproximadamente 20 km do centro urbano e
possuem juntas aproximadamente 583 habitantes e 114 ligações de água, segundo
dados da Prefeitura.

O sistema de abastecimento de água é operado pela própria comunidade. Ele é


composto por um poço de captação onde há cercas adequadas de proteção da área,
como pode ser visto na Figura 108.

169
Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB
Lapa – Paraná

Figura 108: Captação de Água Bruta.

A captação de água bruta é realizada por meio de poço com macromedidor


mecânico instalado no barrilete, conforme demonstrado na Figura 109 e por se tratar
de água subterrânea, as mesmas são classificadas como Classe Especial pela
Resolução N° 396/2008 do CONAMA e, portanto necessitam apenas de tratamento
simplificado.

Figura 109: Poço de Captação.

O tratamento simplificado da água captada é realizado diretamente na saída do poço


com a aplicação de Hipoclorito de Sódio por meio de bomba dosadora, porém de
forma intermitente.

170
Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB
Lapa – Paraná

O poço está localizado entre as duas comunidades, sendo que a água captada é
distribuída em marcha para o Faxinal dos Pretos, e o mesmo acontece no sentido da
Colônia Municipal, onde há um reservatório elevado com capacidade de 20 m³,
como pode ser visto na Figura 110.

Figura 110: Reservatório Elevado.

Foi relatado por técnicos da Prefeitura da Lapa que algumas residências na Colônia
Municipal, atendidas pelo sistema de abastecimento de água, sofrem com falta de
água, pois a mesma não chega às residências por falta de pressão na rede.

Segundo dados repassados pela Vigilância Sanitária do município da Lapa, a última


análise realizada na água distribuída no Sistema ocorreu no mês de maio de 2014,
apresentando como satisfatória a qualidade da água, respeitando os parâmetros
exigidos pela Portaria Nº 2.914, de 12 de dezembro de 2011.

3.5.2.6. Sistema Isolado Rio da Várzea

A localidade do Rio da Várzea está localizada ao Sul da área urbana da Lapa,


distando aproximadamente 35 km do centro urbano e possui aproximadamente 448
habitantes e 112 ligações de água, segundo dados da Prefeitura.

O sistema de abastecimento de água da localidade é operado pela própria


comunidade. Ele é composto por um poço de captação e este local de captação

171
Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB
Lapa – Paraná

possui cercas adequadas de proteção e como pode ser visto na Figura 111, o local
se apresenta em bom estado de conservação.

Figura 111: Captação de Água Bruta.

Por se tratar de água subterrânea, as mesmas são classificadas como Classe


Especial pela Resolução N° 396/2008 do CONAMA e, portanto necessitam apenas
de tratamento simplificado.

O tratamento simplificado da água captada não é realizado, logo não atendendo a


Portaria Nº 2.914, de 12 de dezembro de 2011.

O acionamento da bomba do poço é feito por partida direta, desligando quando o


reservatório elevado encontra-se cheio e religando quando este apresenta
decrescimento do nível de água. Na Figura 112, pode-se observar o poço.

172
Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB
Lapa – Paraná

Figura 112: Poço de Captação.

O reservatório elevado tem capacidade de 20 m³ e é um reservatório de ponta do


sistema. O mesmo está apresentado na Figura 113, onde se pode observar o
péssimo estado de conservação.

Figura 113: Reservatório Elevado.

Segundo dados repassados pela Vigilância Sanitária do município da Lapa, as


últimas duas análises realizadas na água distribuída no Sistema Comunidade Rio da
Várzea, nos meses de maio e dezembro de 2014, apresentando como satisfatória a
qualidade da água, segundo os ensaios de Coliformes Totais e Escherichia Colli.

173
Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB
Lapa – Paraná

Porém, como não é realizado o tratamento simplificado, como exige a Portaria Nº


2.914, de 12 de dezembro de 2011, a água captada não apresenta as condições
mínimas para o consumo humano, quando distribuída coletivamente.

3.5.2.7. Comunidade São Bento

A localidade do São Bento está localizada ao Sul da área urbana da Lapa, distando
aproximadamente 35 km do centro urbano e possui aproximadamente 925
habitantes e 185 ligações de água, segundo dados da Prefeitura.

O sistema de abastecimento de água da localidade do São Bento é operado pela


própria comunidade. Ele é composto por um poço de captação, onde há cercas
adequadas para captação e como pode ser visto na Figura 114, o local está em bom
estado de conservação.

Figura 114: Captação de Água Bruta.

Por se tratar de água subterrânea, as mesmas são classificadas como Classe


Especial pela Resolução N° 396/2008 do CONAMA e, portanto necessitam apenas
de tratamento simplificado.

O tratamento simplificado da água captada não é realizado, logo não atendendo a


Portaria Nº 2.914, de 12 de dezembro de 2011.

174
Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB
Lapa – Paraná

O acionamento da bomba do poço é feito por partida direta, desligando quando o


reservatório elevado encontra-se cheio e religando quando este apresenta
decrescimento do nível de água. O reservatório elevado tem capacidade de 15 m³ e
é um reservatório de ponta. O mesmo está apresentado na Figura 115.

Figura 115: Reservatório Elevado.

Segundo dados repassados pela Vigilância Sanitária do município da Lapa, as


últimas três análises realizadas na água distribuída no Sistema São Bento, nos
meses de maio, agosto e dezembro de 2014, apresentando como satisfatória a
qualidade da água, segundo os ensaios de Coliformes Totais e Escherichia Colli.

Porém, como não é realizado o tratamento simplificado, como exige a Portaria Nº


2.914, de 12 de dezembro de 2011, a água captada não apresenta as condições
mínimas para o consumo humano, quando distribuída coletivamente.

3.5.2.8. Sistema Isolado Faxinal dos Correias

A localidade do Faxinal dos Correias está localizada a Noroeste da área urbana da


Lapa, distando aproximadamente 30 km do centro urbano.

O sistema de abastecimento de água da localidade do Faxinal dos Correias é


operado pela própria comunidade. Ele é composto por um poço de captação,
localizado no terreno de uma Escola Rural, onde há cercas adequadas para

175
Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB
Lapa – Paraná

proteção da área e como pode ser visto na Figura 116, o local está em bom estado
de conservação.

Figura 116: Captação de Água Bruta.

Por se tratar de água subterrânea, as mesmas são classificadas como Classe


Especial pela Resolução N° 396/2008 do CONAMA e, portanto necessitam apenas
de tratamento simplificado.

O tratamento simplificado da água captada não é realizado, logo não atendendo a


Portaria Nº 2.914, de 12 de dezembro de 2011.

O acionamento da bomba do poço é feito por partida direta, desligando quando o


reservatório elevado encontra-se cheio e religando quando este apresenta
decrescimento do nível de água. Na Figura 117, pode-se observar o poço.

176
Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB
Lapa – Paraná

Figura 117: Poço de Captação.

O reservatório elevado tem capacidade de 15 m³ e é um reservatório de ponta. O


mesmo está apresentado na Figura 118.

Figura 118: Reservatório Elevado.

3.5.2.9. Sistema Isolado Faxinal dos Dias

A localidade do Faxinal dos Dias está localizada ao Sudoeste da área urbana da


Lapa, distando aproximadamente 30 km do centro urbano e possui 610 habitantes e
122 ligações de água, segundo dados da Prefeitura.

O sistema de abastecimento de água da localidade é operado pela própria


comunidade. Ele é composto por um poço de captação e este local de captação

177
Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB
Lapa – Paraná

possui cercas adequadas de proteção e como pode ser visto na Figura 119, o local
se apresenta em bom estado de conservação.

Figura 119: Captação de Água Bruta.

Por se tratar de água subterrânea, as mesmas são classificadas como Classe


Especial pela Resolução N° 396/2008 do CONAMA e, portanto necessitam apenas
de tratamento simplificado.

O tratamento simplificado da água captada não é realizado, logo não atendendo a


Portaria Nº 2.914, de 12 de dezembro de 2011.

Foi relatado pelos técnicos da Prefeitura Municipal que a água captada e distribuída
pelo sistema do Faxinal dos Dias contem traços de Coliformes Totais, em
decorrência de possíveis contaminações no lençol freático da região.

O acionamento da bomba do poço é feito por partida direta, desligando quando o


reservatório elevado encontra-se cheio e religando quando este apresenta
decrescimento do nível de água. Na Figura 120, pode-se observar o poço.

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Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB
Lapa – Paraná

Figura 120: Poço de Captação.

O reservatório elevado tem capacidade de 15 m³ e é um reservatório de ponta do


sistema. O mesmo está apresentado na Figura 121.

Figura 121: Reservatório Elevado.

3.5.2.10. Sistema Isolado Rio da Areia

A localidade do Rio da Areia está localizada ao Sudoeste da área urbana da Lapa,


distando aproximadamente 40 km do centro urbano e possui 60 habitantes e 10
ligações de água, segundo dados da Prefeitura.

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Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB
Lapa – Paraná

O sistema de abastecimento de água da localidade é operado pela própria


comunidade. Ele é composto por um poço de captação, localizado dentro do terreno
de uma residência.

Por se tratar de água subterrânea, as mesmas são classificadas como Classe


Especial pela Resolução N° 396/2008 do CONAMA e, portanto necessitam apenas
de tratamento simplificado.

O tratamento simplificado da água captada não é realizado, logo não atendendo a


Portaria Nº 2.914, de 12 de dezembro de 2011.

Foi relatado pelos técnicos da Prefeitura Municipal que a água captada e distribuída
pelo sistema do Rio da Areia contem traços de Escherichia coli, em decorrência de
possíveis contaminações no lençol freático da região pelo esgotamento sanitário da
própria população.

O acionamento da bomba do poço é feito manualmente pelo operador, que desliga a


bomba quando o reservatório elevado encontra-se cheio e a religa quando este
apresenta decrescimento do nível de água, baseado nos horários de maior
consumo.

O reservatório elevado tem capacidade de 5 m³ e é um reservatório de ponta do


sistema. O mesmo está apresentado na Figura 122.

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Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB
Lapa – Paraná

Figura 122: Reservatório Elevado.

Segundo dados repassados pela Vigilância Sanitária do município da Lapa, as


últimas duas análises realizadas na água distribuída no Sistema Comunidade Rio da
Areia, nos meses de fevereiro e agosto de 2014, apresentaram como insatisfatória a
qualidade da água, pois apresentaram traços de Escerichia Colli, não respeitando os
parâmetros exigidos pela Portaria Nº 2.914, de 12 de dezembro de 2011 e
classificando a água como imprópria para o consumo humano.

3.5.2.11. Sistema Isolado Comunidade km 112

A localidade do Km 112 está localizada ao Oeste da área urbana da Lapa, distando


aproximadamente 45 km do centro urbano e possui 280 habitantes e 56 ligações de
água, segundo dados da Prefeitura.

O sistema de abastecimento de água da localidade é operado pela própria


comunidade. Ele é composto por uma mina de captação, em local de difícil acesso.

Por se tratar de água subterrânea, as mesmas são classificadas como Classe


Especial pela Resolução N° 396/2008 do CONAMA e, portanto necessitam apenas
de tratamento simplificado.

O tratamento simplificado da água captada é realizado com Tricloro, na saída da


mina, atendendo a Portaria Nº 2.914, de 12 de dezembro de 2011.

181
Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB
Lapa – Paraná

Foi relatado pelos técnicos da Prefeitura Municipal que a água captada e distribuída
pelo sistema do Km 112 apresenta altos níveis de turbidez, logo, não participam do
programa de análise da qualidade da água, feito pela Vigilância Sanitária do
município.

Já foi perfurado um poço para captação de água, que será utilizado para abastecer a
comunidade do Km 112 e a comunidade Santos Reis, ampliando o sistema. Na
Figura 123 é possível visualizar o poço já perfurado.

Figura 123: Poço Perfurado.

O acionamento da bomba da mina é feito por partida direta, que desliga a bomba
quando o reservatório elevado encontra-se cheio e a religa quando este apresenta
decrescimento do nível de água. A água, assim que captada, já é distribuída em
marcha até chegar ao reservatório.

O reservatório elevado tem capacidade de 10 m³ e está apresentado na Figura 124.

182
Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB
Lapa – Paraná

Figura 124: Reservatório Elevado.

3.5.2.12. Sistema Isolado Comunidade Carqueja

A localidade Carqueja está localizada a Oeste da área urbana da Lapa, distando


aproximadamente 35 km do centro urbano e possui 300 habitantes e 60 ligações de
água, segundo dados da Prefeitura.

O sistema de abastecimento de água da localidade é operado pela própria


comunidade. Ele é composto por um poço de captação e este local de captação
possui cercas adequadas de proteção, como pode ser visto na Figura 125.

Figura 125: Captação de Água Bruta.

183
Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB
Lapa – Paraná

Por se tratar de água subterrânea, as mesmas são classificadas como Classe


Especial pela Resolução N° 396/2008 do CONAMA e, portanto necessitam apenas
de tratamento simplificado.

O tratamento simplificado da água captada não é realizado, logo não atendendo a


Portaria Nº 2.914, de 12 de dezembro de 2011.

O acionamento da bomba do poço é feito por partida direta, desligando quando o


reservatório elevado encontra-se cheio e religando quando este apresenta
decrescimento do nível de água. Na Figura 126, pode-se observar o poço.

Figura 126: Poço de Captação.

O reservatório elevado tem capacidade de 10 m³ e é um reservatório de ponta do


sistema. O mesmo está apresentado na Figura 127.

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Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB
Lapa – Paraná

Figura 127: Reservatório Elevado.

Segundo dados repassados pela Vigilância Sanitária do município da Lapa, as


últimas duas análises realizadas na água distribuída no Sistema Comunidade
Carqueja, nos meses de fevereiro e setembro de 2014, apresentaram resultados
satisfatórios para os parâmetros analisados, no entanto, ainda está em desacordo
com a Portaria Nº 2.914, de 12 de dezembro de 2011 pela inexistência de
tratamento simplificado.

3.5.3. Projetos Existentes

Com o aumento de problemas causados pelo consumo de água sem


acompanhamento e tratamento adequados, bem como sua escassez, surge a
necessidade de disponibilizar mecanismos que possibilitem o fornecimento de água
em condições de ser consumida pela população.

Segundo levantamento da Secretaria Municipal de Viação, Obras e Urbanismo do


Município, há necessidade de instalação de poços artesianos nas Comunidades de:
Rio da Areia, Butiá, Campina das Dores, Mato Queimado, Campina da Lagoa Gorda
e Capão Bonito, onde vivem centenas de pessoas.

Dentre essas, a maioria pertence à agricultura familiar, a qual depende de água em


abundância, pois exploram atividades como: olericultura, avicultura de corte e

185
Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB
Lapa – Paraná

postura, bovinocultura de corte e de leite, caprino cultura, ovinocultura, entre outras


atividades que dependem de água em todos os dias do ano, sem interrupção.

Atualmente o que preocupa a população dessas comunidades, é a sazonalidade das


chuvas, que hora vem em abundância, hora é escassa, trazendo grandes prejuízos
econômicos e sociais nessas localidades.

A prefeitura já possui convênio com Ministério da Integração Nacional, o qual


destinou recursos ao município da Lapa no mês de janeiro do presente ano, para a
perfuração de poços artesianos nas localidades de Rio da Areia, Butiá, Campina das
Dores, Mato Queimado, Campina da Lagoa Gorda e Capão Bonito.

3.6. CONSIDERAÇÕES FINAIS DO SAA

Como pode ser verificado no decorrer do diagnóstico, muitos são os aspectos


positivos do sistema de abastecimento de água do município da Lapa, dentre os
quais se pode destacar:

 Mananciais superficiais e subterrâneos com água de qualidade;


 Capacidade de captação e adução de água bruta superior à demanda;
 Macromedição nas captações e nas saídas das unidades operacionais;
 100% de hidrometração;
 Regular índice de perdas ao longo dos últimos 12 meses;
 Existência de projeto de ampliação do sistema e cronograma de execução;
 Existência de cadastro técnico atualizado;
 Existência de convênio para perfuração de novos poços rurais;

Já no que se refere aos pontos fracos do sistema de abastecimento de água da


Lapa pode-se destacar:

 Falta de CMB reserva nas EET 01 e 02;

186
Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB
Lapa – Paraná

 Inexistência de Distritos de Medição e Controle;


 Déficit de reservação no sistema Lapa Sede;
 Existência de redes inadequadas de distribuição;
 Necessidade de melhorias na ETA;
 Necessidade de melhorias na unidade operacional EET 03;
 Inexistência de Centro de Controle Operacional – CCO;
 Inexistência de macromedição em diversas comunidades rurais;
 Falta de tratamento na água distribuída das localidades Colônia São Carlos,
Faxinal dos Alves, Rio da Várzea, São Bento, Faxinal dos Correias, Faxinal dos
Dias e Rio da Areia.

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Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB
Lapa – Paraná

188
Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB
Lapa – Paraná

D - SISTEMA DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO

1. ASPECTOS GERAIS DE UM SISTEMA DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO

A existência de sistema de esgotos sanitários eficiente tem grande reflexo na


melhoria das condições sanitárias, na conservação dos recursos naturais, na
eliminação de focos de poluição e de contaminação, na redução das doenças de
veiculação hídrica, na redução dos recursos aplicados no tratamento de doenças,
uma vez que grande parte delas está relacionada com a falta de saneamento, na
diminuição dos custos de tratamento da água para abastecimento público, dentre
outros.

A má qualidade, e em alguns casos, a total deterioração das águas dos mananciais


superficiais tem tido como causa principal o lançamento nestes de grandes volumes
de esgoto bruto. O Quadro 73 apresentado a seguir relaciona os elementos
presentes no esgoto bruto e as consequências do seu lançamento nos corpos de
água.

Quadro 73: Relação dos Elementos Presentes no Esgoto Bruto e as Consequências


Provocadas pelo seu Lançamento em Corpos de Água.
Elemento Consequência
Matéria orgânica solúvel Causa a depleção do oxigênio dissolvido nos rios e estuários, e
produz gostos e odores às fontes de abastecimento de água.
Matérias tóxicas e íons de metais Apresentam problemas de toxidez e de transferência da cadeia
pesados alimentar.
Cor e turbidez Indesejáveis no ponto de vista estético. Exigem trabalhos
maiores às estações de tratamento de água.
Nutrientes Nitrogênio e Fósforo aumentam a eutrofização dos lagos.
Inaceitáveis nas áreas de lazer e recreação.
Materiais refratários Formam espumas nos rios.
Óleo e matérias flutuantes Indesejáveis esteticamente e interferem com a decomposição
biológica.
Ácidos e Álcalis Interferem com a decomposição biológica e com a vida
aquática.
Matérias em suspensão Formam bancos de lama nos rios.
Sulfetos e gás sulfídrico Produzem odores na atmosfera.

189
Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB
Lapa – Paraná

Elemento Consequência
Temperatura Poluição térmica conduzindo ao esgotamento do oxigênio
dissolvido.

Microrganismos Patogênicos Causam doenças como: febre tifóide, paratifóide, cólera,


desinteria bacilar, desinteria amebiana, hepatite infecciosa,
poliomelite, etc...

Fonte: PACHECO. J. Eduardo.

1.1. SOLUÇÕES EXISTENTES PARA O ESGOTAMENTO SANITÁRIO

As soluções para o esgotamento sanitário podem ser individuais ou coletivas.

1.1.1. Soluções Individuais

As soluções individuais são aquelas adotadas para atendimento unifamiliar.


Consistem, usualmente, no lançamento dos esgotos domésticos gerados em uma
unidade habitacional em fossa séptica, seguida de dispositivo de infiltração no solo
(sumidouro, irrigação sub-superficial).

Tais sistemas podem funcionar satisfatória e economicamente se as habitações


forem esparsas (grandes lotes com elevada porcentagem de área livre e/ou em meio
rural), e se o solo apresentar boas condições de infiltração e, ainda, se o nível de
água subterrânea encontrar-se a uma profundidade adequada, de forma a evitar o
risco de contaminação desta por microrganismos transmissores de doenças
presentes nos efluentes da fossa séptica.

A fossa séptica é um dispositivo de tratamento de esgoto destinado a receber a


contribuição de um ou mais domicílios, e com capacidade de dar aos esgotos um
grau de tratamento compatível com a sua simplicidade e custo. São câmaras
convenientemente construídas para reter os despejos por um período de tempo
especificamente determinado, de modo a permitir a sedimentação dos sólidos e
retenção do material graxo contido nos esgotos, transformando-os,
bioquimicamente, em substâncias e compostos mais simples e estáveis.

190
Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB
Lapa – Paraná

O dimensionamento das fossas sépticas deve atender aos preceitos contidos na


Norma Técnica Brasileira NBR 7229/93, que fixa as condições exigíveis para projeto,
construção e operação de sistemas de tanques sépticos, incluindo o tratamento e a
disposição de efluentes e do lodo sedimentado.

A municipalidade dispõe de instrumentos legais para orientar a elaboração do


projeto de solução individual, bem como para a fiscalização de sua correta
implantação. Os dispositivos legais municipais aplicáveis serão descritos adiante.

1.1.1 Sistemas Coletivos

Os sistemas coletivos consistem em canalizações assentadas nos arruamentos que


recebem os esgotos brutos dos imóveis, transportando-os até uma unidade de
tratamento, e finalizando com uma destinação final sanitariamente adequada para o
efluente líquido e para o lodo gerado no processo de tratamento. Em áreas urbanas,
a solução coletiva mais indicada para a coleta dos esgotos pode ter as seguintes
variantes:

1.1.2 Sistema Unitário ou Combinado

Neste sistema os esgotos sanitários e as águas da chuva são conduzidos ao seu


destino final, numa mesma canalização. No Brasil este sistema não tem sido
recomendado devido aos seguintes inconvenientes:

 O regime de chuvas torrenciais no país demanda tubulações de grandes


diâmetros, com capacidade ociosa no período seco;
 Custos iniciais elevados;
 Riscos de refluxo do esgoto sanitário para o interior das residências por
ocasião das cheias; e
 As estações de tratamento não podem ser dimensionadas para tratar toda a
vazão que é gerada no período de chuvas. Assim, uma parcela de esgotos
sanitários não tratados que se encontram diluídos nas águas pluviais será
extravasada para o corpo receptor, sem sofrer tratamento, provocando

191
Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB
Lapa – Paraná

ocorrência do mau cheiro proveniente de bocas de lobo e demais pontos do


sistema.

1.1.3 Sistema Separador Absoluto

Os esgotos sanitários e as águas da chuva neste sistema são conduzidos ao seu


destino final, em canalizações independentes. No Brasil, adota-se basicamente o
sistema separador absoluto devido às vantagens relacionadas a seguir:

 O afastamento das águas pluviais é facilitado, pois, pode ter diversos


lançamentos ao longo do curso de água, sem necessidade de seu transporte a
longas distâncias;
 Menores dimensões das canalizações de coleta e afastamento das águas
residuárias;
 Possibilidade do emprego de diversos materiais para as tubulações de
esgotos, tais como: tubos cerâmicos, concreto, PVC, e em casos especiais,
também ferro fundido (normalmente emissários);
 Redução dos custos e prazos de construção;
 Possível planejamento de execução das obras por partes, considerando a
importância para a comunidade e as disponibilidades de recursos;
 Melhores condições para o tratamento dos esgotos sanitários; e
 Não-ocorrência de transbordo dos esgotos nos períodos de chuva intensa,
reduzindo-se a possibilidade da poluição dos corpos de água.

O sistema separador absoluto possui, no Brasil, duas modalidades principais:

a) Sistema Convencional

É a solução de esgotamento sanitário mais frequentemente utilizada, onde as


unidades componentes são:

 Canalizações: rede coletora, interceptores e emissários;


 Estações elevatórias;
 Órgãos complementares e acessórios;

192
Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB
Lapa – Paraná

 Estações de tratamento (ETE);


 Disposição final do efluente líquido tratado e do lodo gerado na ETE; e
 Obras especiais.

b) Sistema Condominial

O sistema condominial de esgotos tem sido apresentado como uma alternativa a


mais no elenco de opções disponíveis ao projetista, para que ele faça a escolha
quando do desenvolvimento do projeto. Este sistema constitui uma nova relação
entre a população e o poder público, tendo como características uma importante
cessão de poder e a ampliação da participação popular, alterando, destarte, a forma
tradicional de atendimento à comunidade.

1.1.4 Tratamento dos Esgotos

No tratamento de esgoto, o grau da remoção dos poluentes está associado aos


conceitos de nível e eficiência do tratamento, de forma a adequar o lançamento do
efluente a uma qualidade desejada ou ao padrão vigente. Usualmente, consideram-
se os seguintes níveis:

 Tratamento preliminar: objetiva apenas a remoção dos sólidos grosseiros e


areia;
 Tratamento primário: visa à remoção de sólidos sedimentáveis e parte da
matéria orgânica;
 Tratamento secundário: predominam mecanismos biológicos, cujo objetivo é
principalmente a remoção de matéria orgânica, e eventualmente nutrientes
(nitrogênio e fósforo).

Uma estação de tratamento de esgoto conterá os níveis necessários para o


tratamento do efluente de acordo com o tipo e quantidade de poluentes encontrados
nele. O padrão da qualidade do efluente que deve sair da estação de tratamento de
esgoto está regulamentado pela Resolução CONAMA no 357/2005.
Os mecanismos que são utilizados para a remoção dos poluentes em uma estação
de tratamento do esgoto, são os seguintes:

193
Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB
Lapa – Paraná

 Para remoção dos sólidos: gradeamento (retenção de sólidos grosseiros),


desarenação (retenção da areia presente no esgoto bruto), sedimentação
(separação de partículas com densidade superior à do esgoto) e absorção
(retenção na superfície de aglomerados de bactérias ou biomassa);
 Para remoção da matéria orgânica: sedimentação (separação de partículas
com densidade superior à do esgoto); absorção (retenção na superfície de
aglomerados de bactérias ou biomassa); estabilização (utilização pelas
bactérias como alimento, com conversão a gases, água e outros compostos
inertes); e

 Para remoção de organismos transmissores de doenças: radiação


ultravioleta, radiação do sol ou artificial (condições ambientais adversas, pH,
falta de alimento, competição com outras espécies); desinfecção (adição de
algum agente desinfetante).

2. LEGISLAÇÃO E NORMAS TÉCNICAS

Dentre os instrumentos legais aplicáveis ao Setor de Esgotamento Sanitário, são


listadas a seguir aquelas de maior relevância, quais sejam, apresentadas nos
quadros seguintes:

2.1. LEGISLAÇÃO FEDERAL, DECRETOS E RESOLUÇÕES

Quadro 74: Leis Federais, Decretos e Resoluções Aplicadas ao Saneamento.


Lei nº 9.433 de 8 de janeiro de 1997 Institui a Política Nacional de Recursos Hídricos;

Dispõe sobre as sanções penais e administrativas


derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio
Lei nº 9.605 de 12 de Fevereiro de 1998
ambiente, e dá outras providências (Seção III, Da Poluição
e outros crimes ambientais, Art. 54, Incisos III, IV e V);
Estabelece diretrizes nacionais para o saneamento básico
Lei nº 11.445 de 5 de janeiro de 2007
e para a política federal de saneamento básico;
Res. CONAMA nº 05 de 15 de Junho de 1988 Trata do licenciamento de obras de saneamento;
Define as atividades ou empreendimentos sujeitos ao
Res. CONAMA nº 237 de 19 de Dezembro de 1997
licenciamento ambiental;
Define a classificação das águas doces, salobras e salinas
Res. CONAMA nº 274 de 29 de Novembro de 2000 essencial à defesa dos níveis de qualidade, avaliados por
parâmetros e indicadores específicos (condições de

194
Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB
Lapa – Paraná

balneabilidade);

Dispõe sobre a classificação dos corpos de água e


diretrizes ambientais para o seu enquadramento, bem
Res. CONAMA nº 357 de 17/03/2005
como estabelece as condições e padrões de lançamento
de efluentes, e dá outras providências;
Define critérios e procedimentos para o uso agrícola de
lodos de esgoto gerados em estações de tratamento de
Res. CONAMA nº 375 de 29 de Agosto de 2006
esgoto sanitário e seus produtos derivados, e dá outras
providências;

Dispõe sobre licenciamento ambiental simplificado de


Res. CONAMA nº 377 de 09 de Outubro de 2006
Sistema de Esgotamento Sanitário;

Altera o Inciso II do §4º e a Tabela X do § 5º, ambos do


Res. CONAMA nº 397 de 03 de Abril de 2008
Art. 34º da Resolução CONAMA No357/2005

Complementa e altera a Resolução nº 357/2005.


Dispõe sobre as condições e padrões de
lançamento
Res. CONAMA n° 430 de 13 de maio de 2011
de efluentes, complementa e altera a Resolução
n° 357, de 17 de março de 2005, do Conselho
Nacional do Meio Ambiente-CONAMA.
Dispõe sobre as infrações e sanções administrativas ao
meio ambiente, estabelece o processo administrativo
Decreto nº 6.514/2008
federal para apuração destas infrações e dá outras
providências;

2.2. LEGISLAÇÃO ESTADUAL, DECRETOS E RESOLUÇÕES

Quadro 75: Leis Estaduais, Decretos e Resoluções Aplicadas ao Saneamento.


Institui a Política Estadual de Recursos Hídricos, e dá outras
Lei nº 12.726 de 26 de Novembro de 1999
providências.
Dispõe sobre a organização, regulamentação, fiscalização e
Lei nº 13331 de 23 de Novembro de 2009 controle das ações dos serviços de saúde no Estado do
Paraná.
Lei nº 16.242 de 13 de Outubro de 2009 Cria o Instituto das Águas do Paraná – IAP
Dispõe sobre o regime de outorga de direito de uso de
Decreto nº 4.646 de 31 de Agosto de 2001
recursos hídricos, e dá outras providências;
Define os instrumentos de cobrança pelo direito de uso de
Decreto nº 5.361 de 26 de Fevereiro de 2002
recursos hídricos, e dá outras providências;
Regula a organização, e o funcionamento do Sistema Único de
Saúde no âmbito do Estado do Paraná, estabelece normas de
Decreto nº 5.711 de 05 de Maio de 2002
promoção, proteção e recuperação da saúde e dispõe sobre as
infrações sanitárias e respectivo processo administrativo.

Dispõe sobre licenciamento ambiental, estabelece condições e


Res. SEMA nº 21 de 22 de Abril de 2007
padrões ambientais para empreendimentos de saneamento, e

195
Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB
Lapa – Paraná

dá outras providências;

Acrescenta os parágrafos 1o e 2o ao Artigo 8º da Resolução


Res. SEMA nº 53 de 16 de Novembro de 2009
SEMA nº 021 de 22/04/2007.

2.3. NORMAS TÉCNICAS - ABNT

Quadro 76: Normas Técnicas Aplicáveis.


ABNT/NBR 9648/1986 Estudo de concepção de sistemas de esgoto sanitário;
ABNT/NBR 9649/1986 Projeto de redes coletoras de esgoto sanitário;
Critérios para lançamento de efluentes líquidos industriais no sistema
ABNT/NBR 9800/1987
coletor público de esgoto sanitário;
ABNT/NBR 9814/1987 Execução de rede coletora de esgoto sanitário;

ABNT/NBR 9897/1987 Planejamento de amostragem de efluentes líquidos e corpos receptores;

Preservação e técnicas de amostragem de efluentes líquidos e corpos


ABNT/NBR 9898/1987
receptores;
ABNT/NBR 12207/1992 Projeto de interceptores de esgoto sanitário;
ABNT/NBR 12208/1992 Projeto de estações elevatórias de esgoto sanitário;
ABNT/NBR 12209/1992 Projeto de estações de tratamento de esgoto sanitário;
Projeto e execução de valas para assentamento de tubulação de água,
ABNT/NBR 12266/1992
esgoto ou drenagem urbana;
ABNT/NBR 7229 Projeto, construção e operação de sistemas de tanques sépticos;
Tanques sépticos – Unidades de tratamento complementar e disposição
ABNT/NBR 13969/1997
final dos efluentes líquidos – Projeto, construção e operação;
Tubo de concreto, de seção circular, para águas pluviais e esgotos
ABNT/NBR 8890/2003
sanitários – Requisitos e métodos de ensaio;
Sistemas enterrados para condução de esgoto, Parte 1: Requisitos
ABNT/NBR 7362-1/2005
para tubos de PVC com junta elástica;
Sistemas enterrados para condução de esgoto, Parte 2: Requisitos para
ABNT/NBR 7362-2/1999
tubos de PVC com junta maciça;
Sistemas enterrados para condução de esgoto, Parte 3: Requisitos para
ABNT/NBR 7362-3/2005
tubos de PVC com dupla parede; e
Sistemas enterrados para condução de esgoto, Parte 4: Requisitos para
ABNT/NBR 7362-4/2005
tubos de PVC com parede de núcleo celular.

196
Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB
Lapa – Paraná

3. DIAGNÓSTICO DO SISTEMA DE ESGOTOS SANITÁRIOS EXISTENTE

3.1. CONCEPÇÃO DO SISTEMA EXISTENTE

Para o atendimento do sistema de esgotamento sanitário do município da Lapa, há a


necessidade de implantação de estações elevatórias de esgoto, desde a coleta até a
estação de tratamento de esgoto para suprir o obstáculo do relevo.

O Sistema de esgotamento sanitário existente é constituído de quatro estações


elevatórias ao longo da rede coletora, além de uma elevatória final, localizada no
mesmo terreno da ETE, onde ocorre o devido tratamento antes do lançamento em
corpo hídrico receptor.

Na Figura 128 tem-se a localização das unidades operacionais do sistema de


esgotamento sanitário da Lapa.

197
Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB
Lapa – Paraná

Figura 128: Localização das unidades operacionais do sistema de esgotamento sanitário.

198
Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB
Lapa – Paraná

3.2. LIGAÇÕES PREDIAIS E ECONOMIAS DE ESGOTO

O sistema de esgotamento sanitário do município da Lapa possui atualmente um


total de 8.154 ligações prediais de esgoto (dado de dezembro de 2014). Estas
ligações resultam num total de 9.219 economias, as quais estão distribuídas por
classe de consumo conforme demonstrado no Quadro 77.

Quadro 77: Número de ligações e economias de esgoto por classe de consumo.


Categoria Ligações Economias
Residencial 7.454 8.404
Comercial 564 669
Industrial 4 4
Utilidade Pública 55 56
Poder Público 87 86
Total 8.154 9.219

As economias de esgoto para a classe de usuário residencial predominam,


representando em setembro de 2014, 91,16% do total. Em seguida estão as
economias comerciais com 7,26%, as economias públicas com 1,54% e as
industriais com 0,04%.

Na Figura 129 apresentada a seguir é mostrado o padrão de ligação predial de


esgoto adotado pela SANEPAR.

199
Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB
Lapa – Paraná

Figura 129: Modelo Padrão de Ligação Predial de Esgoto Adotado pela SANEPAR.

3.3. ATENDIMENTO DA POPULAÇÃO

O sistema de abastecimento de água atende 100% da população urbana da Lapa e


segundo informações da SANEPAR, o sistema de esgotamento sanitário atende um
total de 9.219 economias de esgoto, desta forma, calcula-se o índice de atendimento
de esgoto:

 Número de economias de água = 10.673 unidades.


 Número de economias de esgoto = 9.219 unidades

Atendimento de Esgoto = 100 * (N° de economias de esgoto / N° de economias de


água)
Atendimento de Esgoto = 100 * (9.219 / 10.673)
Atendimento de Esgoto = 86,38%
Importante salientar que todo o esgoto coletado no município da Lapa é
encaminhado para a estação de tratamento de esgoto.

200
Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB
Lapa – Paraná

Este índice de atendimento é superior à média no Estado de Paraná, que segundo o


Instituto Trata Brasil tem um atendimento de 87,36% na coleta de esgoto, sendo
apenas 53,34% devidamente tratado.

Este índice é ainda mais superior quando comparado ao nível nacional, onde
segundo a mesma fonte, o Brasil tem um atendimento de 48,6% na coleta do
esgoto, sendo apenas 39% devidamente tratado.

3.4. REDE COLETORA

Segundo informações repassadas pela SANEPAR do município da Lapa, a extensão


de rede coletora de esgoto no ano de 2015 é de 121.494 metros, extensão dividida
por diferentes diâmetros e materiais, conforme demonstra o Quadro 78.

Quadro 78: Extensão de rede por diâmetros e materiais.


Diâmetro Extensão
Material
(mm) (metros)
150 64.848 Cerâmica
150 46.214 PVC
300 1.715 Cerâmica
75 1.821 PEAD
400 261 Concreto Armado
400 2.842 Concreto Armado
150 265 PVC
300 75 PVC
200 229 PVC
200 669 Cerâmica
350 418 PVC
150 12 FD
300 18 FD
110 362 PEAD
90 713 PEAD
100 9 PVC
300 285 PVC
738
Soma 121.494

201
Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB
Lapa – Paraná

Destaca-se sobre este item o fato de existirem 2.905 metros de rede coletora de
esgoto com diâmetro inferior à 150 mm, estando em desacordo com as normas
técnicas de sistemas de esgotamento sanitário, cuja exigência é de rede coletora
com diâmetro mínimo de 150 mm.

3.5. ESTAÇÕES ELEVATÓRIAS E LINHAS DE RECALQUE

O Sistema de esgotamento sanitário do município da Lapa é composto de 5


estações elevatórias, cujas descrições serão apresentadas nos itens a seguir.

3.5.1. Estação Elevatória de Esgoto do Monge

A estação elevatória de esgoto do Monge está localizada no Parque Estadual do


Monge, sendo devidamente cercada e identificada, como pode ser verificado na
Figura 130.

Figura 130: Área externa da EEE do Monge.

A elevatória recebe os esgotos oriundos do Parque do Monge. A estrutura é


composta de gradeamento, vide a Figura 131, antes da chegada ao poço de
recalque demonstrado na Figura 132.

202
Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB
Lapa – Paraná

Figura 131: Gradeamento da EEE do Monge.

Figura 132: Poço de recalque da EEE do Monge.

A unidade operacional é composta de 2 conjuntos moto bomba, sendo um operando


e um reserva. Os conjuntos moto bomba instalados tem potência de 1,8 cv e
capacidade de recalcar até 1,5 L/s a uma altura manométrica de 26 mca. O volume
do poço de sucção é de 0,79 m³ e o funcionamento médio diário da unidade
operacional é de apenas 1,1 horas.

O acionamento das bombas afogadas em poço de sucção ocorre por sistema de


partida direta, vide a Figura 133, e a unidade operacional encontra-se em adequado
estado de conservação, conforme demonstra a Figura 134.

203
Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB
Lapa – Paraná

Figura 133: Acionamento da EEE do Monge.

Figura 134: EEE do Monge.

A linha de recalque do Monge é composta de material PEAD com 90 mm de


diâmetro e extensão de 717,73 metros.

3.5.2. Estação Elevatória de Esgoto Alto da Cruz

A estação elevatória de esgoto Alto da Cruz está localizada na Rua Passa Dois,
sendo devidamente cercada e identificada, como pode ser verificado na Figura 135.

204
Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB
Lapa – Paraná

Figura 135: Área externa da EEE Alto da Cruz.

A elevatória recebe os esgotos oriundos do Conjunto Habitacional Olaria, Bairro Alto


da Cruz. A estrutura é composta de gradeamento antes da chegada ao poço de
recalque, conforme demonstrado na Figura 136.

Figura 136: Gradeamento da EEE Alto da Cruz.

A unidade operacional é composta de 2 conjuntos moto bomba, sendo um operando


e um reserva. O acionamento das bombas afogadas em poço de sucção ocorre por
sistema de partida soft starter, vide a Figura 137, e a unidade operacional encontra-
se em adequado estado de conservação conforme demonstra a Figura 138.

205
Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB
Lapa – Paraná

Figura 137: Acionamento da EEE Alto da Cruz.

Figura 138: EEE Alto da Cruz.

Esta unidade operacional conta ainda com macromedidor eletromagnético de vazão


de entrada de esgoto, permitindo o adequado controle da vazão de chegada à EEE.
O receptor do macromedidor está demonstrado na Figura 139.

206
Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB
Lapa – Paraná

Figura 139: Macromedidor da EEE Alto da Cruz.

A linha de recalque do Alto da Cruz é composta de material PEAD com 74 mm de


diâmetro e extensão de 1.291,50 metros.

3.5.3. Estação Elevatória de Esgoto São Benedito

A estação elevatória de esgoto São Benedito está localizada na Rua Honestálio


Alves Guimarães, sendo devidamente cercada e identificada, como pode ser
verificado na Figura 140.

Figura 140: Área externa da EEE São Benedito.

207
Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB
Lapa – Paraná

A elevatória recebe os esgotos oriundos da Vila Santo Antônio. A estrutura é


composta de gradeamento antes da chegada ao poço de recalque, conforme
demonstrado na Figura 141.

Figura 141: Gradeamento da EEE São Benedito.

A unidade operacional é composta de 2 conjuntos moto bomba, sendo um operando


e um reserva. Os conjuntos moto bomba instalados tem potência de 6 cv e
capacidade de recalcar até 1,55 L/s a uma altura manométrica de 30,10 mca. O
volume do poço de sucção é de 1,25 m³ e o período médio diário de funcionamento
é de 5,7 horas.

O acionamento das bombas afogadas em poço de sucção ocorre por sistema de


partida direta, vide a Figura 142, e a unidade operacional encontra-se em razoável
estado de conservação, necessitando de melhorias, conforme demonstra a Figura
143.

208
Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB
Lapa – Paraná

Figura 142: Acionamento da EEE São Benedito.

Figura 143: EEE São Benedito.

A linha de recalque São Benedito é composta de material F°F° com 75 mm de


diâmetro e extensão de 506 metros.

3.5.4. Estação Elevatória de Esgoto Santa Rita

A estação elevatória de esgoto Santa Rita está localizada na Rua Floriano Melher
Zarur, sendo devidamente cercada e identificada, como pode ser verificado na
Figura 144.

209
Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB
Lapa – Paraná

Figura 144: Área externa da EEE Santa Rita.

A elevatória recebe os esgotos oriundos do Conjunto Novo Horizonte do Bairro


Tamanqueiro. A estrutura é composta de gradeamento antes da chegada ao poço
de recalque, conforme demonstrado na Figura 145.

Figura 145: Gradeamento da EEE Santa Rita.

Verificando a figura do gradeamento, pode-se concluir que há necessidade de


melhorias na manutenção da unidade operacional, pois o gradeamento já
encontrava-se praticamente afogado devido à falta de limpeza da grade retentora de
resíduos grosseiros.

A unidade operacional é composta de 2 conjuntos moto bomba, sendo um operando


e um reserva. Os conjuntos moto bomba instalados tem potência de 20 cv e

210
Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB
Lapa – Paraná

capacidade de recalcar até 2,5 L/s a uma altura manométrica de 75 mca. O volume
útil do poço de sucção é de 0,68 m³ e o período médio diário de funcionamento é de
4,4 horas.

O acionamento das bombas afogadas em poço de sucção ocorre por sistema de


partida direta, vide a Figura 146, e a unidade operacional encontra-se em razoável
estado de conservação, necessitando de melhorias, conforme demonstra a Figura
147.

Figura 146: Acionamento da EEE Santa Rita.

Figura 147: EEE Santa Rita.

A linha de recalque do monge é composta de material F°F° com 100 mm de


diâmetro e extensão de 298 metros.

211
Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB
Lapa – Paraná

3.5.5. Estação Elevatória de Esgoto Xisto

A estação elevatória de esgoto 10 está localizada na Rodovia do Xisto, dentro do


mesmo terreno da ETE Xisto, sendo devidamente cercada e identificada.

A elevatória recebe todos os esgotos gerados no município da Lapa. A estrutura é


composta de gradeamento, antes da chegada ao poço de recalque, conforme
demonstrado nas Figuras 148 e 149.

Figura 148: Gradeamento da EEE Final.

O gradeamento encontrava-se praticamente afogado no dia da visita técnica, o que


demonstra a falta de manutenção adequada na unidade operacional.

212
Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB
Lapa – Paraná

Figura 149: Poço de sucção da EEE Final.

A unidade operacional é composta de 3 conjuntos moto bomba de eixo vertical e


afogados, sendo até 2 operando e um reserva.

O acionamento dos conjuntos moto bomba é realizado por sistema de inversor de


frequência, vide a Figura 150, o que permite a modulação da vazão de recalque e
elevando a vida útil dos equipamentos.

Figura 150: Acionamento dos conjuntos moto bomba.

A limpeza do poço de sucção é realizada a cada 15 dias e resulta na retirada


aproximada de 5 m³ por mês de sujeira, o qual é disposto em caçamba antes do
envio ao aterro sanitário.

213
Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB
Lapa – Paraná

Figura 151: Material da limpeza do poço de sucção.

Toda a unidade operacional encontra-se em adequado estado de conservação, não


necessitando de melhorias emergenciais.

3.6. ETE RODOVIA DO XISTO

A Estação de Tratamento de Esgotos está situada na Rodovia do Xisto 1860 e


recebe os efluentes oriundos do município da Lapa.

A ETE foi recentemente ampliada para uma capacidade nominal de tratamento de


90 L/s, no entanto, a vazão média operacional em 2014 foi de 31,98 L/s, ou seja,
35,53% da capacidade máxima, conforme mostrado no Quadro 79.

Quadro 79: Vazão tratada na ETE Rodovia do Xisto.


Volume de
Vazão
Mês Esgoto
(L/s)
Tratado (m³)
Jan 93.122 34,77
Fev 90.025 37,21
Mar 79.943 29,85
Abr 78.127 30,14
Mai 83.265 31,09
Jun 77.735 29,99
Jul 80.141 29,92
Ago 83.058 31,01
Set 81.781 31,55

214
Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB
Lapa – Paraná

Volume de
Vazão
Mês Esgoto
(L/s)
Tratado (m³)
Out 84.382 31,50
Nov 91.938 35,47
Dez 83.837 31,30
Média 83.946 31,98

Trata-se de uma ETE composta de tratamento primário por Reatores Anaeróbios de


Leito Fluidizado – RALF, seguido de tratamento secundário por meio de Filtros
Anaeróbios e tratamento terciário por meio de decantador secundário, finalizando
com o lançamento no Rio Capivari. O lodo proveniente do tratamento é
encaminhado para a unidade gerenciadora de lodo de Curitiba.

A SANEPAR possui licença de operação da ETE Xisto fornecida pelo Instituto


Ambiental do Paraná - IAP. Trata-se da Licença de Operação nº 5832, cuja validade
vai até 01 de junho de 2017.

A estrutura física da ETE Rodovia do Xisto foi ampliada recentemente e se


apresenta bem conservada, sem trincas ou rachadura, identificação externa e conta
com a presença de itens básicos tais como guarita, abrigo, banheiro, vestiário,
escritório, laboratório e boas condições de acessibilidade, mesmo em períodos de
chuva.

A chegada do esgoto bruto é realizada através de um tanque de chegada, com


gradeamento grosseiro de limpeza manual, e desarenador em estrutura
demonstrada na Figura 152.

215
Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB
Lapa – Paraná

Figura 152: Gradeamento manual do tanque de chegada e desarenador.

Após o processo de pré tratamento, o efluente passa por uma calha parshall com
macromedidor de vazão ultrassônico, como pode ser verificado na Figura 153.

Figura 153: Calha parshall com macromedidor ultrassônico.

Importante salientar que as unidades de pré tratamento são compostas de duas


unidades cada, as quais trabalham em paralelo no tratamento dos efluentes que
chegam à ETE Rodovia do Xisto.

Após o processo de tratamento, o efluente é encaminhado ao RALF, cuja função é a


decomposição anaeróbica do efluente. Esta etapa é composta de 3 unidades, sendo
uma antiga, demonstrada na Figura 154 e outras duas unidades recentemente
inauguradas, demonstradas na Figura 155.

216
Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB
Lapa – Paraná

Figura 154: RALF antigo.

Figura 155: Ralf novo.

Após o tratamento anaeróbio o efluente passa pelo processo de cloração com a


aplicação de gás cloro, conforme demonstrado na Figura 156.

217
Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB
Lapa – Paraná

Figura 156: Processo de cloração do efluente.

No momento da realização da visita técnica (Outubro/2014), já estava em processo


de finalização a obra de implantação de tratamento secundário da ETE.

O tratamento secundário é composto de dois filtros biológicos, os quais estão


apresentados na Figura 157.

Figura 157: Filtros biológicos.

O sistema é composto ainda de duas unidades de decantadores secundários, os


quais estão apresentados na Figura 158.

218
Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB
Lapa – Paraná

Figura 158: Decantadores Secundários.

O lodo do processo de decantação secundária terá uma parcela destinada a


recirculação, sendo encaminhado aos reatores anaeróbios e aos filtros biológicos, a
fim de aumentar a atividade biológica na etapa de tratamento.

A parcela não recirculada do lodo é encaminhada às 15 unidades de leitos de


secagem apresentadas na Figura 159.

Figura 159: Leitos de secagem da ETE Rodovia do Xisto.

A geração de lodo ao longo do ano de 2014 foi de 1.670 m³, o que representa uma
média diária de 4,58 m³. O volume mensalmente encaminhado ao aterro sanitário
está demonstrado no Quadro 80, cuja média foi de 139 m³/mês.

Quadro 80: Volume de lodo encaminhado ao aterro sanitário.


Volume de
Mês Lodo Gerado
(m³)
Jan 0
Fev 0
Mar 0
Abr 200

219
Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB
Lapa – Paraná

Volume de
Mês Lodo Gerado
(m³)
Mai 0
Jun 0
Jul 382
Ago 0
Set 275
Out 233
Nov 380
Dez 200

O efluente tratado é encaminhado ao Rio Capivari por meio de emissário final em


material PVC com diâmetro de 300 mm e extensão de 31 metros.

3.7. CORPO RECEPTOR

O lançamento do esgoto tratado é realizado no Rio Capivari, conforme demonstrado


na Figura 160.

Figura 160: Ponto de lançamento do efluente no Rio Capivari.

Segundo a Resolução 04/2013 do COALIAR Comitê de Bacias do Alto Iguaçu e Alto


Ribeira, o Rio Capivari é classificado como um Rio Classe 4 no Município da Lapa.

A vazão mínima de estiagem no ponto de lançamento do efluente Q 95 é de 54,07


L/s.

220
Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB
Lapa – Paraná

3.8. CONTROLE DE QUALIDADE LABORATORIAL

A SANEPAR dispõe de um equipado para realizar as análises diárias da ETE


Rodovia do Xisto, segundo rotina operacional exigida pelos órgãos ambientais,
conforme pode ser verificado na Figura 161.

Figura 161: Laboratório da ETE Rodovia do Xisto.

No laboratório situado no município são realizadas todas as análises diárias exigidas


pela Portaria 2.914 do Ministério da Saúde, sendo as de maior complexidade
encaminhadas para a Regional de Curitiba.

3.9. ÁREAS DE RISCO DE CONTAMINAÇÃO

Na realização da visita técnica não foram verificados locais pontuais de risco de


contaminação da população no município da Lapa, visto que o atendimento do
sistema público de esgotamento sanitário é superior a 86% da população, sendo os
demais habitantes da área urbana obrigados a utilizar de sistema de tratamento
individual.

No entanto, a SANEPAR realizou vistoria em todos os domicílios do município,


resultando na seguinte situação demonstrada a seguir:

221
Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB
Lapa – Paraná

 237 ligações de água pluvial na rede de esgoto, aumento a taxa de infiltração


e prejudicando o tratamento na ETE Rod. Xisto.

 6 ligações de fossa séptica na rede de esgoto, situação que não prejudica o


funcionamento do sistema.

 106 ligações de esgoto na rede de galeria pluvial, prejudicando a saúde


ambiental no que se refere a possível proliferação de odores no município.

 5.620 ligações de esgoto sem caixa de gordura, gerando constantes


entupimentos na rede coletora de esgoto, como pode ser verificado no item
3.13, onde 578 dos 740 serviços de manutenção realizados foram para
desobstrução de redes e ramais.

 29 ligações com ramal interno obstruído provavelmente pela falta de caixa de


gordura na instalação predial.

3.10. GERAÇÃO DE ESGOTO PER CAPITA

A geração de esgoto per capita é calculada pela divisão entre o volume


macromedido na entrada da ETE Xisto e a população atendida pelo sistema de
esgotamento sanitário no município da Lapa.

Quadro 81: Vazão de entrada da ETE do Rodovia do Xisto.

Volume de Geração Per


População
Mês Esgoto Tratado Capita
(hab.)
(m³) (L/hab.dia)

Jan 93.122 136,32


Fev 90.025 145,91
Mar 79.943 117,03
Abr 78.127 118,18
22.036
Mai 83.265 121,89
Jun 77.735 117,59
Jul 80.141 117,32
Ago 83.058 121,59

222
Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB
Lapa – Paraná

Volume de Geração Per


População
Mês Esgoto Tratado Capita
(hab.)
(m³) (L/hab.dia)

Set 81.781 123,71


Out 84.382 123,53
Nov 91.938 139,07
Dez 83.837 122,73
Média 125,40

Considerando a metodologia adotada, tem-se uma geração média de esgoto per


capita de 125,4 L/hab.dia, havendo picos nos meses de maior consumo de 145,91
no mês de fevereiro, ou seja, um aumento de aproximadamente 16,36%.

3.11. BALANÇO ENTRE A GERAÇÃO DE ESGOTO E A CAPACIDADE


INSTALADA

Conforme demonstrado no item Geração de Esgoto Per Capita, para o mês de maior
consumo, tem-se uma geração per capita de 145,91 L/hab.dia de esgotos no
município.

A população da Sede da Lapa está estimada para o ano 1 de planejamento, ano de


2016, em 29.786 habitantes, considerando o atendimento de 86,38% da população,
tem-se uma população atendida estimada em 25.729 habitantes.

Desta forma, estima-se uma geração de esgoto de 43,45 L/s. Como pode ser
verificado ao longo do diagnóstico do sistema de esgotamento sanitário, a ETE Xisto
tem capacidade de tratar até 90 L/s, no entanto, vem operando com uma vazão
média de 31,98 L/s.
Sendo assim, conclui-se que a capacidade de tratamento do sistema é suficiente
para atender a demanda atual de geração de esgoto do município da Lapa.

223
Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB
Lapa – Paraná

3.12. SISTEMA SUPERVISÓRIO

Não há sistema supervisório das unidades operacionais localizadas no município da


Lapa, impossibilitando os comandos de liga/desliga de cada uma das unidades das
estações elevatórias, assim como o controle da altura do efluente no poço, da
frequência e amperagem dos CMB ligados e da altura manométrica nas linhas de
recalque.

3.13. FUNDOS DE VALE

Conceitualmente, os fundos de vale fazem parte do conceito de bacias de


esgotamento, sendo formados pelos pontos de elevação mais baixa do terreno,
pelos quais escoam os efluentes domésticos. Em outras palavras podem ser
entendidos como sinônimos dos talvegues, que quando secos levam a denominação
“fundo de vale”.

Os fundos de vale, em geral, estão associados aos rios, córregos e demais corpos
hídricos, especialmente em regiões densamente drenadas. Quando não drenados
são utilizados comumente para orientar projetos de esgotamento sanitários, cujos
coletores e interceptores, em geral, são concebidos e locados nessas porções do
relevo, facilitando o escoamento por gravidade.

Analisando a Figura 162, a qual demonstra os fundos de vale na área urbana do


município, pode-se verificar que a ocupação urbana encontra-se principalmente em
áreas elevadas, sendo os fundos de vale existentes, locados nas áreas mais
periféricas do perímetro urbano, excetuando-se neste caso apenas os Córregos
Passo das Neves e Passo do Ronda.

224
Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB
Lapa – Paraná

Figura 162: Fundos de Vale.

225
Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB
Lapa – Paraná

3.13. SERVIÇOS DE MANUTENÇÃO NA REDE COLETORA E NOS RAMAIS


PREDIAIS

Dentre os diversos serviços de manutenção realizados, há de se destacar a grande


quantidade de serviços de desobstrução de redes e ramais, os quais juntos, somam
ao longo do ano de 2014 um total de 578 serviços, o que representa 78,11% dos
serviços de manutenção executados.

No Quadro 82 estão apresentados os serviços de manutenção no sistema de


esgotamento sanitário realizados mensalmente ao longo do ano de 2014.

Quadro 82: Serviços de manutenção do sistema de esgotamento sanitário.


Serviço Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Total
Conserto de ramal 11 8 8 5 5 12 9 7 4 11 8 9 97
Desobstrução de ramal com caminhão 6 1 2 3 5 3 4 11 6 6 47
Desobstrução de ramal com mola 16 3 9 16 9 17 13 11 20 22 15 10 161
Conserto de rede 3 7 6 1 3 6 7 3 4 5 6 3 54
Conserto de rede Exposta 1 1 2 4
Desobstrução de rede com varetas 13 7 14 14 12 26 14 13 12 10 6 12 153
Desobstrução de rede com caminhão 38 7 7 20 6 20 12 31 31 12 33 217
Verificação de refluxo 1 1 1 1 1 2 7
TOTAL 43 69 46 44 52 70 69 49 76 90 55 77 740

3.14. CONSIDERAÇÕES FINAIS DO SES

Como aspectos positivos do sistema de esgotamento sanitário da Lapa, pode-se


destacar:

 Atendimento de 86,38% da população urbana;


 Estação de tratamento com capacidade suficiente para receber os efluentes
gerados;
 Todo o esgoto coletado é 100% tratado;
 Inexistência de áreas de risco de contaminação;
 Adequado estado de conservação das unidades operacionais.

Como aspectos negativos do sistema de esgotamento sanitário, pode-se destacar:

226
Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB
Lapa – Paraná

 Os quadros de acionamento das elevatórias do Monge, São Benedito e Santa


Rita são de baixa eficiência energética;
 Existência de 2.905 metros de rede coletora com diâmetro inferior a 150 mm;
 Inexistência de um sistema supervisório;
 Elevada geração de esgoto per capita.

227
Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB
Lapa – Paraná

228
Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB
Lapa – Paraná

E – SISTEMA DE GESTÃO DOS SERVIÇOS DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E


ESGOTAMENTO SANITÁRIO

1. LEVANTAMENTO DO SISTEMA DE GESTÃO DOS SERVIÇOS

1.1. ESTRUTURA TARIFÁRIA

No Quadro 83 está apresentada a Tarifa cobrada pela SANEPAR para a prestação


dos serviços de abastecimento de água e esgotamento sanitário.

229
Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB
Lapa – Paraná

Quadro 83: Sistema Tarifário da SANEPAR.


Até 10 m³ R$ + R$/m³ Excedente a 10m³
Água 7,43 6,20 + 0,74/m³
Tarifa Social
Esgoto – 50% 3,72 3,72 + 0,37/m³
Água e Esgoto 11,15 11,15 + 1,11 /m³
Até 10 m³ R$ + R$/m³ Excedente a 10m³ R$/m³ Excedente a 30m³
Água 28,28 28,28 + 4,24/m³ 7,23/m³
Tarifa
Residencial Esgoto 22,62 22,62 + 3,39/m³ 5,78/m³
Normal
Água e Esgoto 50,90 50,90 + 7,63/m³ 13,01/m³
Até 10 m³ R$ + R$/m³ Excedente a 10m³
Micro e Água 28,28 28,28 + 5,73/m³
Tarifa
Pequeno Esgoto 22,62 22,62 + 4,57/m³
Normal
Comércio Água e Esgoto 50,90 50,90 + 10,30/m³
Até 10 m³ R$ + R$/m³ Excedente a 10m³
Comercial / Água 50,84 50,84 + 5,73/m³
Tarifa Industrial/ Esgoto 40,67 40,67 + 4,57/m³
Normal Utilidade
Pública Água e Esgoto 91,51 91,51 + 10,30/m³
Fonte: SANEPAR, 2015

230
Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB
Lapa – Paraná

3.15.2. Histograma de Consumo

Os Histogramas de consumo do município da Lapa e do distrito de Mariental e das


localidades rurais Johannesdorff, Água Azul e Canoeiro estão apresentados nos
Quadros 84, 85, 86, 87 e 88.

No histograma de consumo é possível realizar uma análise pelas classes de


consumo, sejam elas residenciais, comerciais, industriais ou públicas, neste caso,
todas somadas a um único valor. No entanto, não é possível realizar uma análise
quanto à forma de utilização, se humano, animal, turismo, irrigação, etc.

Quadro 84: Histograma de Consumo da Lapa Sede.


Histograma de Consumo - Sistema Lapa Sede
Mês / 6-10 11-15 16-20 21-25 26-30 31-40 41-50 51-100 101-500 501-1000
0-5 m³
Ano m³ m³ m³ m³ m³ m³ m³ m³ m³ m³
jan/14 5.700 21.771 28.678 20.647 11.572 6.636 5.449 2.742 3.442 4.263
fev/14 6.265 23.885 27.055 18.787 9.421 5.890 4.262 2.161 3.701 4.595 956
mar/14 7.298 26.254 25.087 13.812 6.932 3.649 3.417 1.497 3.920 3.660
abr/14 7.827 27.166 23.023 12.358 6.321 3.269 2.736 1.899 3.407 4.164
mai/14 6.994 25.998 25.671 14.254 8.407 3.564 4.092 1.248 3.518 4.480
jun/14 8.404 27.116 22.010 12.214 5.864 2.736 2.273 1.479 3.273 3.155 711
jul/14 7.991 26.715 23.311 13.132 6.220 3.668 2.552 1.298 3.215 2.646 762
ago/14 7.366 25.205 22.490 12.348 6.264 3.638 2.583 1.393 2.920 3.624 883
set/14 7.822 27.061 24.225 13.793 6.406 3.133 2.661 1.752 3.194 3.689
out/14 7.322 27.489 24.632 14.230 6.858 3.735 3.215 968 3.678 4.461
nov/14 6.461 24.050 25.328 15.617 7.797 4.700 3.752 1.626 2.992 4.403
dez/14 7.802 28.263 22.938 13.891 6.574 3.258 2.557 1.520 2.892 4.438
Fonte: SANEPAR, 2015

Ao analisar o histograma de consumo da sede do Sistema Lapa Sede, tem-se que


34% das economias apresentam consumo inferior ao consumo mínimo cobrado, fato
este que reduz as perdas de faturamento. Ao considerar a faixa de consumo até 20
m³, tem-se 75% do volume de água consumido no ano de 2014.

Quadro 85: Histograma de Consumo de Mariental.


Histograma de Consumo - Sistema Mariental
0-5 6-10 11-15 16-20 21-25 26-30 31-40 41-50 51-100 101-500
Mês/Ano
m³ m³ m³ m³ m³ m³ m³ m³ m³ m³
jan/14 680 2.509 2.977 2.024 900 361 388 42 55
fev/14 712 2.842 2.992 1.274 613 225 438 94 54
mar/14 919 3.193 2.237 1.008 406 223 62 175 63
1.08
abr/14 2.922 2.085 906 344 136 104 253
8
mai/14 855 2.994 2.697 1.274 381 219 247 148

231
Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB
Lapa – Paraná

Histograma de Consumo - Sistema Mariental


0-5 6-10 11-15 16-20 21-25 26-30 31-40 41-50 51-100 101-500
Mês/Ano
m³ m³ m³ m³ m³ m³ m³ m³ m³ m³
1.11
jun/14 2.954 2.005 787 387 109 37 219
9
jul/14 972 2.841 2.660 1.130 614 142 76 46 194
1.06
ago/14 3.073 2.143 985 317 142 100 130 189
5
set/14 855 3.249 2.420 1.291 619 249 103 45 99 766
out/14 876 3.014 2.820 1.203 658 191 97 152
nov/14 812 3.157 2.750 1.357 578 326 72 44 257
dez/14 995 3.128 2.417 1.121 453 191 97 175 67
Fonte: SANEPAR, 2015

Ao analisar o histograma de consumo do Sistema Mariental, tem-se que 44% das


economias apresentam consumo inferior ao consumo mínimo cobrado, fato este que
reduz as perdas de faturamento. Ao considerar a faixa de consumo até 20 m³, tem-
se 86% do volume de água consumido no ano de 2014.

Quadro 86: Histograma de Consumo de Johannesdorff.


Histograma de Consumo - Sistema Johannesdorff

Mês/An 0-5 6-10 11-15 16-20 21-25 26-30 31-40 41-50 51-100 501-1000
o m³ m³ m³ m³ m³ m³ m³ m³ m³ m³

jan/14 53 211 419 465 249 138 200 45 58


fev/14 83 344 439 251 177 139 39 79
mar/14 80 432 362 232 113 30 74 49 56
abr/14 104 400 338 216 89 28 133 89 218
mai/14 95 404 353 225 138 56 70
jun/14 128 397 369 155 111 53 73
jul/14 142 441 268 184 112 30 65 52
ago/14 105 455 357 102 157 56 38
set/14 69 358 504 211 89 82 104 41 52
out/14 97 449 307 197 156 84 35 53
nov/14 80 416 395 255 66 29 164 66
dez/14 98 401 450 168 67 109 136
Fonte: SANEPAR, 2015

Ao analisar o histograma de consumo do Sistema Johannesdorff, tem-se que 34%


das economias apresentam consumo inferior ao consumo mínimo cobrado, fato este
que reduz as perdas de faturamento. Ao considerar a faixa de consumo até 20 m³,
tem-se 75% do volume de água consumido no ano de 2014.

232
Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB
Lapa – Paraná

Quadro 87: Histograma de Consumo de Água Azul.


Histograma de Consumo - Sistema Água Azul
Mês/Ano 0-5 m³ 6-10 m³ 11-15 m³ 16-20 m³ 21-25 m³ 26-30 m³ 31-40 m³ 41-50 m³ 51-100 m³
jan/14 77 136 286 141 181 143 143 53
fev/14 65 248 156 88 89 57 35 57
mar/14 65 283 203 32 36
abr/14 72 318 142 52 21 73
mai/14 91 244 192 70 23
jun/14 90 300 133 26 29
jul/14 107 217 184 89
ago/14 99 235 156 141 24
set/14 79 239 127 162 135
out/14 112 265 181 51 23 39
nov/14 76 203 322 126 44 80
dez/14 87 322 113 122 31
Fonte: SANEPAR, 2015

Ao analisar o histograma de consumo do Sistema Água Azul, tem-se que 47% das
economias apresentam consumo inferior ao consumo mínimo cobrado, fato este que
reduz as perdas de faturamento. Ao considerar a faixa de consumo até 20 m³, tem-
se 85% do volume de água consumido no ano de 2014.

Quadro 88: Histograma de Consumo de Canoeiro.


Histograma de Consumo - Sistema Canoeiro
Mês/Ano 0-5 m³ 6-10 m³ 11-15 m³ 16-20 m³ 21-25 m³ 26-30 m³ 31-40 m³ 41-50 m³ 51-100 m³
jan/14 124 382 378 243 96 85 70 69
fev/14 133 381 282 269 112 56 67 44
mar/14 170 430 300 119 72 26
abr/14 151 450 210 175 26 31 89
mai/14 189 469 205 136
jun/14 201 461 132 35 23
jul/14 158 387 278 143 45 56
ago/14 209 436 267 65 46
set/14 133 386 206 207 189 112 52
out/14 152 426 270 141 116 33 86
nov/14 151 379 337 210 66 28 32 76
dez/14 178 445 312 51 93 63
Fonte: SANEPAR, 2015

Ao analisar o histograma de consumo do Sistema Canoeiro, tem-se que 50% das


economias apresentam consumo inferior ao consumo mínimo cobrado, fato este que
reduz as perdas de faturamento. Ao considerar a faixa de consumo até 20 m³, tem-
se 86% do volume de água consumido no ano de 2014.

233
Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB
Lapa – Paraná

É importante ressaltar que o setor industrial, assim como o setor agrícola,


normalmente utiliza-se de mananciais alternativos, seja fontes ou nascentes, visando
a redução dos custos na produção

3.15.3. Aspectos Financeiros

Nos Quadros 89 e 90estão apresentadas as receitas, custos e despesas anuais,


para os anos de 2011 a 2014, referentes à prestação dos serviços de abastecimento
de água, coleta e tratamento de esgotos sanitários e dos serviços complementares.

Quadro 89: Receitas


Período 2011 2012 2013 2014 Total
Água 3.319.297,96 4.190.029,71 4.625.377,35 5.030.022,32 17.164.727,34

Esgoto 1.752.635,87 2.146.482,31 2.496.610,87 2.777.850,29 9.173.579,34

Serviços 187.122,09 194.162,11 195.475,83 317.614,89 894.374,92


Administrativas e 678.729,53
0,00 10,88 6,36 678.712,29
Eventuais
Total de Receitas 5.259.055,92 6.530.685,01 7.317.470,41 8.804.199,79 27.911.411,13
Fonte: SANEPAR, 2015

Quadro 90: Custos e Despesas.


Período 2011 2012 2013 2014 Total
Pessoal 1.491.722,62 1.726.242,37 2.023.814,52 2.281.619,13 7.523.398,64
Materiais 325.122,32 397.517,32 397.702,91 386.338,23 1.506.680,78
Serviços de Terceiros 990.862,27 1.636.360,78 1.972.109,10 2.788.510,67 7.387.842,82
Gerais e Tributárias 444.798,51 1.678.465,39 984.226,07 844.307,54 3.951.797,51
Depreciações e
332.345,70 334.175,67 414.136,98 491.263,84 1.571.922,19
Amortizações
Serviços Internos 1.280.852,48 758.888,72 991.328,75 1.347.615,14 4.378.685,09
Juros e Encargos de
81.603,28 121.022,19 185.384,27 252.844,90 640.854,64
Financiamentos
Variações Monetárias
7.188,66 1.882,31 2.000,22 13.182,47 24.253,66
Financiamentos
Outros Encargos Financeiros
0,00 0,00 2.941,68 0,00 2.941,68
e Fiscais
Outras Despesas
14.068,98 14.367,02 33.604,23 64.106,38 126.146,61
Operacionais
Totais Custos e Despesas 4.968.564,82 6.668.921,77 7.007.248,73 8.469.788,30 27.114.523,62
Fonte: SANEPAR, 2015

234
Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB
Lapa – Paraná

Conforme apresentado nos Quadros 89 e 90, com exceção do ano de 2011, os


demais exercícios apresentaram um balanço negativo entre receitas e despesas,
gerando prejuízo à concessionária.

No entanto, cabe ressaltar a existência de um custo médio anual de R$ 1.094.671


referente a custos internos não explicados no referido balanço, resultando assim,
num resultado negativo.

A seguir, está apresentado o Quadro 91, os investimentos feitos pela


concessionária, entre os anos de 2011 a 2014, nos sistemas de abastecimento de
água, coleta e tratamento de esgotos sanitários e na administração. Observa-se, que
no ano de 2014, foram gastos aproximadamente 50% do total investido nos últimos
4 anos.

Quadro 91: Investimentos.

Período 2011 2012 2013 2014 Total


Sistema de Água 297.452,91 1.878.750,54 1.869.350,00 3.071.395,86 7.116.949,31
Sistema de Esgoto 1.197.617,69 4.368.632,33 1.198.615,59 7.026.880,08 13.791.745,69
Administração e Outros 2.282,07 6.935,65 30.880,73 13.722,85 53.821,30
Totais 1.497.352,67 6.254.318,52 3.098.846,32 10.111.998,79 20.962.516,30
Fonte: SANEPAR, 2015

Ao longo dos últimos anos a SANEPAR vem investindo na ampliação do sistema de


esgotamento sanitário do município, resultando em investimentos na ordem de 13,7
milhões de reais, o que representa aproximadamente 65,5% dos investimentos
realizados.

3.15.4. Organograma da Concessionária

O Organograma é a representação gráfica da estrutura organizacional, revelando as


unidades componentes e as relações de interdependência entre elas. Destacam-se
no organograma da SANEPAR a Assembleia de Acionistas, o Conselho Fiscal e de
Administração, a Diretoria Executiva, formada pela Diretoria da Presidência e pelas
demais: Administrativa, Comercial, Financeira, Investimentos, Jurídica, Meio

235
Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB
Lapa – Paraná

Ambiente e Ação Social, Operações e de Relações com Investidores. Clique sobre


os links no organograma para visualizar os integrantes de cada diretoria.

Na Figura 163 está apresentado o organograma da SANEPAR, Concessionária dos


Serviços de Água e Esgoto no município.

Figura 163: Organograma da SANEPAR.

Fonte: SANEPAR, 2015

3.15.5. Aspectos Administrativos da Concessionária

Para o atendimento do sistema de abastecimento de água do município da Lapa


(Sede), além do sistema de esgotamento sanitário e dos sistemas de abastecimento
de água do distrito de Mariental, assim como das localidades rurais de
Johannesdorff, Água Azul e Canoeiro, a SANEPAR conta com 7 funcionários que
trabalham no setor comercial e outros 2 na operação dos sistemas. Vale ressaltar a
inexistência de um engenheiro na operação e manutenção do sistema de
abastecimento de água do município.

Como estrutura de transporte, a atual concessionária possui 7 veículos, sendo, para


a operação do sistema de abastecimento de água, um Volkswagem Saveiro (ano
2004 e outro ano 2008/2009), um Fiat Strada, ano 2012/2013 (locada), um Novo

236
Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB
Lapa – Paraná

Uno, ano 2012/2013 (locado) e uma moto Honda, ano 2013. Para uso do comercial
da concessionária são duas motos Honda, ano 2006/2007 e 2013.

3.15.6. Indicadores

Nos Quadros 92, 93 e 94 estão apresentados os indicadores operacionais,


econômicos e administrativos respectivamente. Os resultados destes indicadores
foram obtidos no Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento – SNIS
referente ao ano de 2003.

Quadro 92: Indicadores Operacionais.


Indicador Unidade Resultado
Índice de atendimento total de água Percentual 71,86
Índice de atendimento urbano de água Percentual 100,00
Densidade de economias de água por ligação Econ./lig. 1,11
Participação das economias residenciais de água no total das economias
de água Percentual 91,99
Índice de macromedição Percentual 100,00
Índice de hidrometração Percentual 100,00
Índice de micromedição relativo ao volume disponibilizado Percentual 74,25
Índice de micromedição relativo ao consumo Percentual 100,00
Índice de fluoretação de água Percentual 100,00
Índice de consumo de água Percentual 74,25
Volume de água disponibilizado por economia m³/mês/econ. 13,31
Consumo médio de água por economia m³/mês/econ. 9,76
Consumo micromedido por economia m³/mês/econ. 9,76
Consumo de água faturado por economia m³/mês/econ. 12,56
Consumo médio percapita de água l/hab./dia 109,72
Índice de consumo de energia elétrica em sistemas de abastecimento de
água kWh/m³ 1,22
Extensão da rede de água por ligação m/lig. 19,66
Índice de faturamento de água Percentual 95,54
Índice de perdas faturamento Percentual 4,46
Índice de perdas na distribuição Percentual 25,75
Índice bruto de perdas lineares m³/dia/Km 5,65
Índice de perdas por ligação l/dia/lig. 123,33

O índice de atendimento total de água está em apenas 71,86%, pois o atendimento


de parte da zona rural do município não é de responsabilidade da SANEPAR, porém
são atendidos por sistemas coletivos de água ou sistemas unifamiliares.

237
Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB
Lapa – Paraná

Quadro 93: Indicadores Econômicos.


Indicador Unidade Resultado
Despesa total com os serviços por m³ faturado R$/m³ 2,79
Despesa de exploração por m³ faturado R$/m³ 2,35
R$/ano/ec
Despesa de exploração por economia 350,39
on.
Tarifa média praticada R$/m³ 2,43
Tarifa média de água R$/m³ 2,70
Tarifa média de esgoto R$/m³ 2,05
Indicador de desempenho financeiro Percentual 86,91
Índice de evasão de receitas Percentual 1,88
Incidência da despesa de pessoal e de terceirizados nas despesas totais Percentual 59,91
Despesa média anual por empregado R$/empr. 108.596,02
Margem da despesa de exploração Percentual 96,75
Margem da despesa com pessoal próprio Percentual 45,74
Margem da despesa com pessoal total Percentual 68,93
Margem do serviço da divida Percentual 3,08
Margem das outras despesas de exploração Percentual 8,48
Participação da despesa com pessoal próprio nas despesas de exploração Percentual 47,28
Participação da despesa com pessoal total nas despesas de exploração Percentual 71,24
Participação da despesa com energia elétrica nas despesas de exploração Percentual 8,15
Participação da despesa com produtos químicos nas despesas de
Percentual 3,91
exploração
Participação das outras despesas na despesa de exploração Percentual 8,76
Participação da receita operacional direta de água na receita operacional
Percentual 63,21
total
Participação da receita operacional direta de esgoto na receita operacional
Percentual 34,12
total
Participação da receita operacional indireta na receita operacional total Percentual 2,67
Dias de faturamento comprometidos com contas a receber Dias 55,65

Nos indicadores econômicos pode-se destacar o valor inferior na tarifa média


praticada em relação ao custo dos serviços por m³ faturado, resultando num balanço
negativo entre faturamento e custo.

Quadro 94: Indicadores Administrativos.


Resulta
Indicador Unidade
do
Quantidade equivalente de pessoal total empregado 45,20
Índice de produtividade: economias ativas por pessoal total econ./empreg. 435,03
Índice de produtividade de pessoal total percentual 390,47
Índice de produtividade: empregados próprios por 1000 ligações de água + empreg./mil
1,70
esgoto lig.
Índice de produtividade: economias ativas por pessoal próprio econ./empreg. 655,52
empreg./mil
Índice de produtividade: empregados próprios por 1000 ligações de água 2,92
lig.

238
Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB
Lapa – Paraná

Resulta
Indicador Unidade
do
Índice de suficiência de caixa percentual 100,98
Índice de despesas por consumo de energia elétrica nos sistemas de água
kWh/m³ 0,25
e esgotos

239
Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB
Lapa – Paraná

240
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Lapa – Paraná

F – SISTEMA DE LIMPEZA URBANA E MANEJO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS

1. RESÍDUOS SÓLIDOS E LIMPEZA URBANA: ASPECTOS GERAIS

Nesse item faz-se uma introdução aos conceitos utilizados no Sistema de Limpeza
Urbana e Manejo dos Resíduos Sólidos, com o objetivo de facilitar a compreensão
das etapas subsequentes de Diagnóstico e Prognóstico do sistema.

1.1. RESÍDUOS SÓLIDOS: CLASSIFICAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO

De acordo com a Associação Brasileira de Normas Técnicas ABNT NBR 1004/2004,


os Resíduos Sólidos são definidos como sendo: “Resíduos nos estados sólido e
semi-sólido, que resultam de atividades de origem industrial, doméstica, hospitalar,
comercial, agrícola, de serviços e de varrição. Ficam incluídos nesta definição os
lodos provenientes de sistemas de tratamento de água, aqueles gerados em
equipamentos e instalações de controle de poluição, bem como determinados
líquidos cujas particularidades tornem inviável o seu lançamento na rede pública de
esgotos ou corpos de água, ou exijam para isso soluções técnica e economicamente
inviáveis em face à melhor tecnologia disponível”.

Percebe-se de acordo com esta definição uma complexidade em torno do assunto


“resíduos sólidos”, tornando esta denominação bastante ampla.

Outra definição, comumente utilizada diz respeito à palavra “lixo”, que segundo
ABNT são "restos das atividades humanas, considerados pelos geradores como
inúteis, indesejáveis ou descartáveis, podendo-se apresentar no estado sólido, semi-
sólido, ou líquido, desde que não seja passível de tratamento convencional."

Vale ressaltar a importância de se reciclar e reutilizar os materiais, haja vista que o


que não tem mais importância para uma pessoa pode ter para outra. Diversos
materiais podem ser empregados inúmeras vezes em diferentes usos, como por
exemplo, garrafas, potes de vidro e/ou plástico e embalagens em geral.

Os resíduos sólidos podem ser classificados com base em diferentes critérios.

241
Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB
Lapa – Paraná

Segundo a norma NBR 10.004/2004 a classificação de resíduos sólidos envolve a


identificação do processo ou atividade que lhes deu origem, de seus constituintes e
características, e a comparação destes constituintes com listagens de resíduos e
substâncias cujo impacto à saúde e ao meio ambiente é conhecido.

A segregação dos resíduos na fonte geradora e a identificação da sua origem são


partes integrantes dos laudos de classificação, sendo a identificação dos
constituintes a serem avaliados na caracterização do resíduo estabelecida de acordo
com as matérias-primas, os insumos e o processo que lhe deu origem.

Ainda segundo a mesma norma, os resíduos sólidos são classificados em:

a) RESÍDUOS CLASSE I - Perigosos;


b) RESÍDUOS CLASSE II – Não perigosos;
– resíduos classe II A – Não inertes.
– resíduos classe II B – Inertes.

Resíduos Classe I - Perigosos: Aqueles que apresentam periculosidade, ou seja,


em função de suas propriedades físicas, químicas ou infectocontagiosas, podem
apresentar:

- riscos à saúde pública, provocando mortalidade, incidência de doenças ou


acentuando seus índices;

- riscos ao meio ambiente, quando o resíduo for gerenciado de forma inadequada.


Os Resíduos Classe 1 – Perigosos, podem ainda apresentar as seguintes
características: Inflamabilidade, Corrosividade, Reatividade, Toxicidade e/ou
Patogenicidade, ou ainda as que constam nos anexos A ou B da NBR 10004.

Classe II A – Não inertes: Aqueles que não se enquadram na classificação de


resíduos Classe I ou resíduos Classe II B.

Classe II B – Inertes: - Quando amostrados de forma representativa, conforme


NBR 10.007, e submetidos aos procedimentos da NBR 10.006, não tiverem nenhum

242
Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB
Lapa – Paraná

de seus constituintes solubilizados a concentrações superiores aos padrões de


potabilidade da água, excetuando-se aspecto, turbidez, dureza e sabor.

De acordo com as características quali-quantitativas, os resíduos sólidos se


diferenciam entre diferentes comunidades, podendo variar em função de vários
aspectos, como os sociais, econômicos, culturais, geográficos e climáticos. Em
relação aos aspectos biológicos, os resíduos orgânicos podem ser metabolizados
por vários microrganismos decompositores, como fungos e bactérias, aeróbios e/ou
anaeróbios, cujo desenvolvimento dependerá das condições ambientais existentes.

Além desses microrganismos, os resíduos sólidos podem apresentar


microrganismos patogênicos, como os resíduos contaminados por dejetos humanos
ou de animais domésticos, ou certos tipos de resíduos de serviços de saúde.

O conhecimento das características químicas dos resíduos possibilita a seleção de


processos de tratamento e técnicas de disposição final adequada. Algumas das
características básicas de interesse são: poder calorífico, pH, composição química
(nitrogênio, fósforo, potássio, enxofre e carbono) e relação teor de
carbono/nitrogênio, sólidos totais fixos, sólidos voláteis e teor de umidade.

A determinação da composição gravimétrica, ou seja, o percentual de cada


componente em relação ao peso total do lixo é outro dado essencial. No caso dos
resíduos de origem domiciliar e comercial, normalmente dispostos em aterros, os
componentes comumente discriminados na composição gravimétrica são: matéria
orgânica putrescível, metais ferrosos, metais não ferrosos, papel, papelão, plásticos,
trapos, vidro, borracha, couro, madeira, entre outros.

A seguir apresenta-se outra classificação para os resíduos, fixada na Política


Nacional de Resíduos Sólidos, através da Lei 12.305/2010, que estabelece a
diferenciação em relação à geração e periculosidade:

243
Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB
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I - quanto à origem:

a) resíduos domiciliares: os originários de atividades domésticas em residências


urbanas;
b) resíduos de limpeza urbana: os originários da varrição, limpeza de logradouros e
vias públicas e outros serviços de limpeza urbana;
c) resíduos sólidos urbanos: os englobados nas alíneas "a" e "b";
d) resíduos de estabelecimentos comerciais e prestadores de serviços: os gerados
nessas atividades, excetuados os referidos nas alíneas "b", "e", "g", "h" e "j";
e) resíduos dos serviços públicos de saneamento básico: os gerados nessas
atividades, excetuados os referidos na alínea "c";
f) resíduos industriais: os gerados nos processos produtivos e instalações industriais;
g) resíduos de serviços de saúde: os gerados nos serviços de saúde, conforme
definido em regulamento ou em normas estabelecidas pelos órgãos do Sisnama e
do SNVS;
h) resíduos da construção civil: os gerados nas construções, reformas, reparos e
demolições de obras de construção civil, incluídos os resultantes da preparação e
escavação de terrenos para obras civis;
i) resíduos agrossilvopastoris: os gerados nas atividades agropecuárias e
silviculturais, incluídos os relacionados a insumos utilizados nessas atividades;
j) resíduos de serviços de transportes: os originários de portos, aeroportos, terminais
alfandegários, rodoviários e ferroviários e passagens de fronteira;
k) resíduos de mineração: os gerados na atividade de pesquisa, extração ou
beneficiamento de minérios.

II - quanto à periculosidade:

a) resíduos perigosos: aqueles que, em razão de suas características de


inflamabilidade, corrosividade, reatividade, toxicidade, patogenicidade,
carcinogenicidade, teratogenicidade e mutagenicidade, apresentam significativo
risco à saúde pública ou à qualidade ambiental, de acordo com lei, regulamento ou
norma técnica;
b) resíduos não perigosos: aqueles não enquadrados na alínea "a ".

244
Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB
Lapa – Paraná

1.2. ACONDICIONAMENTO, COLETA E TRANSPORTE

O acondicionamento adequado dos resíduos sólidos, o sistema de coleta e


transporte planejado e os diversos serviços complementares de limpeza urbana
devem ser realizados com qualidade e produtividade, a mínimo custo.

Acondicionamento

Os resíduos sólidos devem ser acondicionados em embalagens que atendam aos


requisitos de acondicionamento local e estático do lixo. O correto acondicionamento
do lixo é de responsabilidade do gerador, porém a administração municipal deve
exercer funções de regulamentação, educação e fiscalização.

O correto acondicionamento dos resíduos sólidos ajuda a evitar acidentes com


materiais infectantes e cortantes, proliferação de insetos e animais indesejáveis e
perigosos e ainda impacto visual e olfativo.

Os resíduos, para serem coletados, devem ser colocados em um recipiente que


permita o manuseio de certa quantidade acumulada, sendo a forma de
acondicionamento determinada pela quantidade, composição, tipo de coleta e
frequência.

Coleta e Transporte

Segundo a norma NBR 12980 (ABNT, 1993) os diferentes tipos de coleta do lixo são
definidos da seguinte maneira:

 Coleta domiciliar (convencional e seletiva) consiste na coleta dos resíduos


gerados em residências, estabelecimentos comerciais, industriais, públicos e
de prestação de serviço, cujos volumes e características sejam compatíveis
com a legislação municipal vigente;
 Coleta de resíduos provenientes de varrição de ruas, praças, calçadas e
demais equipamentos públicos;
 Coleta de feiras e praias;

245
Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB
Lapa – Paraná

 Coleta de resíduos dos serviços de saúde, compreendendo hospitais,


ambulatórios, postos de saúde, laboratórios, clinica veterinária, etc.

A coleta especial consiste em recolher os resíduos que não são recolhidos


regularmente, tais como, entulhos, animais mortos e podas de jardins. Ela deve ser
programada para onde e quando houverem resíduos a serem removidos.

A coleta seletiva dos resíduos é um sistema de recolhimento de matérias recicláveis,


tais como papel, vidro, metal e plástico e materiais “orgânicos”, previamente
separados na fonte geradora. As quatro modalidades de coleta seletiva são:
domiciliar (porta-a-porta), postos de entrega voluntária, postos de troca e catadores.

A coleta dos resíduos sólidos urbanos e seu transporte para as áreas de tratamento
ou destinação final são ações do poder público municipal de grande visibilidade para
a população, pois impedem o desenvolvimento de vetores transmissores de
doenças. Para que o envolvimento ocorra de forma satisfatória o poder público deve
garantir a regularidade da coleta, ou seja, os veículos coletores devem passar
regularmente nos mesmos dias, locais e horários.

1.3. DESTINAÇÂO E DISPOSIÇÃO FINAL AMBIENTALMENTE ADEQUADA

De acordo com a Política Nacional de Resíduos Sólidos, Lei 12.305/2010, a


destinação e disposição final ambientalmente adequada dos resíduos sólidos,
podem ser entendidas como:

Destinação final ambientalmente adequada: destinação de resíduos que inclui a


reutilização, a reciclagem, a compostagem, a recuperação e o aproveitamento
energético ou outras destinações admitidas pelos órgãos competentes do Sisnama,
do SNVS e do Suasa, entre elas a disposição final, observando normas operacionais
específicas de modo a evitar danos ou riscos à saúde pública e à segurança e a
minimizar os impactos ambientais adversos;
Disposição final ambientalmente adequada: distribuição ordenada de rejeitos em
aterros, observando normas operacionais específicas de modo a evitar danos ou

246
Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB
Lapa – Paraná

riscos à saúde pública e à segurança e a minimizar os impactos ambientais


adversos.

2. LEGISLAÇÕES, RESOLUÇÕES E NORMAS TÉCNICAS

A gestão integrada do sistema de limpeza urbana no município pressupõe o


envolvimento da população e o exercício político sistemático junto às instituições
vinculadas a todas as esferas dos governos municipais, estaduais e federal que
possam nele atuar.

Com relação aos resíduos sólidos, existe um grande arcabouço legislativo que trata
deste tema. A seguir encontram-se algumas legislações, resoluções e normas
técnicas pertinentes ao assunto.

2.1. LEGISLAÇÃO FEDERAL

 Lei nº 12.305, de 02/08/2010. Institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos;


altera a Lei 9605, de 12 de fevereiro de 1998; e dá outras providências.
 Decreto Nº 7.404, de 23/12/2010. Regulamenta a Lei 12.305, de 2 de agosto
de 2010, que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos, cria o Comitê
Interministerial da Política Nacional de Resíduos Sólidos e o Comitê orientador
para a Implantação dos Sistemas de Logística Reversa, e dá outras
providências.
 Decreto nº 7.405, de 23/12/ 2010. Institui o programa Pró-Catador.
 Decreto nº 5.940/10/2006. Institui a separação dos resíduos recicláveis
descartados pelos órgãos e entidades da administração pública federal direta e
indireta, na fonte geradora, e a sua destinação às associações e cooperativas
dos catadores de materiais recicláveis, e dá outras providências.
 Lei nº 11.445, de 5/01/2007. Estabelece diretrizes nacionais para o
saneamento básico e dá outras providências.
 Decreto nº 7.217, de 21/06/2010. Regulamenta a Lei 11.445, de 5 de janeiro de
2007, que estabelece diretrizes nacionais para o saneamento básico, e dá
outras providências.

247
Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB
Lapa – Paraná

 Lei n° 10.308, de 20/11/2001, dispõe sobre a seleção de locais, a construção, o


licenciamento, a operação, a fiscalização, os custos, a indenização, a
responsabilidade civil e as garantias referentes aos depósitos de rejeitos
radioativos, e dá outras providências.
 Lei nº 6.938, de 31/08/1981. Dispõe sobre a Política Nacional do Meio
Ambiente, seus fins e mecanismos de formulação e aplicação, e dá outras
providências.
 Decreto nº 99.274, de 6/06/1990. Regulamenta a Lei nº 6.902, de 27 de abril de
1981, e a Lei nº 6.938, de 31 de agosto de 1981, que dispõem,
respectivamente sobre a criação de Estações Ecológicas e Áreas de Proteção
Ambiental e sobre a Política Nacional do Meio Ambiente, e dá outras
providências.
 Lei nº 9.605, de 12/02/1998. Dispõe sobre as sanções penais e administrativas
derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente, e dá outras
providências.
 Decreto nº 6.514, de 22/07/2008. Dispõe sobre as infrações e sanções
administrativas ao meio ambiente, estabelece o processo administrativo federal
para apuração destas infrações, e dá outras providências.
 Lei nº 12.187 de 29/12/2009. Institui a Política Nacional sobre Mudança do
Clima (PNMC) e dá outras providências.
 Lei nº 9.795, de 27/04/1999. Dispõe sobre a educação ambiental, institui a
Política Nacional de Educação Ambiental e dá outras providências.
 Decreto nº 4.281, de 25/06/2002. Regulamenta a Lei 9.795, de 27 de abril de
1999, que institui a Política Nacional de Educação Ambiental, e dá outras
providências.

2.2. LEGISLAÇÃO ESTADUAL

 Lei N.º 12.493, de 1999. Aprovada e Regulamentada pelo Decreto Estadual N.º
6.674 de 2002. Estabelece princípios, procedimentos, normas e critérios
referentes à geração, acondicionamento, armazenamento, coleta, transporte e
destinação final dos resíduos sólidos no Estado do Paraná, visando controle da

248
Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB
Lapa – Paraná

poluição, da contaminação e a minimização de seus impactos ambientais e


adota outras providências.
 Lei N.º 13.039, de 2001. Dispõe sobre a responsabilidade das indústrias
farmacêuticas e das empresas de distribuição de medicamentos, dar
destinação adequada a medicamentos com prazos de validade vencidos.
 LEI N.º 7.827 de 1983. Regulamenta a questão dos agrotóxicos e destino das
respectivas embalagens, que devem ser observadas pelas autoridades municipais,
particulares, proprietários rurais, enfim, todos envolvidos.
 Resolução Conjunta N.º 002 de 2005. Considerando que o Plano de
Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde – PGRSS é documento
integrante do processo de licenciamento ambiental;
 Portaria IAP N.º 224 de 2007. Estabelece os critérios para exigência e emissão
de Autorizações Ambientais para as Atividades de Gerenciamento de Resíduos
Sólidos.
 Lei N.º 15.851 de 2008. Dispõe que as empresas produtoras, distribuidoras e
que comercializam equipamentos de informática, instaladas no Estado do
Paraná, ficam obrigadas a criar e manter o Programa de Recolhimento,
Reciclagem ou Destruição de Equipamentos de Informática, sem causar
poluição ambiental.
 Lei Nº 16.075 de 2009. Proíbe o descarte de pilhas, lâmpadas fluorescentes,
baterias de telefone celular e demais artefatos que contenham mercúrio
metálico em lixo doméstico ou comercial, conforme especifica e adota outras
providências.
 Lei N.º 16.393 de 2010. Institui, no Estado do Paraná, o Programa de Incentivo
à reciclagem do óleo de cozinha para a produção de Biodiesel, através da
desoneração progressiva no pagamento de impostos estaduais, conforme
especifica.

2.3. RESOLUÇÕES

 Resolução CONAMA n° 303, de 29/10/2002, dispõe sobre o Inventário


Nacional de Resíduos Sólidos Industriais.

249
Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB
Lapa – Paraná

 Resolução CONAMA n° 307, de 05/07/2002, estabelece diretrizes, critérios e


procedimentos para a gestão dos resíduos da construção civil, disciplinando as
ações necessárias de forma a minimizar os impactos ambientais.
 Resolução CONAMA n° 23, de 12/12/1996, regulamenta, no território brasileiro,
a aplicação das disposições da Convenção da Basiléia, definindo os resíduos
cuja importação e/ou exportação são permitidas ou proibidas, bem como as
condições para que estas se realizem.
 Resolução CONAMA n° 316, de 29/10/2002, disciplina os processos de
tratamento térmico de resíduos e cadáveres, estabelecendo procedimentos
operacionais, limites de emissão e critérios de desempenho, controle,
tratamento e disposição final de efluentes, de modo a minimizar os impactos ao
meio ambiente e à saúde pública, resultantes destas atividades.
 Resolução da Agência Nacional de Transportes Terrestres ANTT-MT n° 420,
de 12/02/2004, aprova as Instruções Complementares para Fiscalização de
Transporte Rodoviário de Produtos Perigosos no Âmbito Nacional.
 RDC ANVISA 306, de 25/11/2004, dispõe sobre o regulamento técnico para o
gerenciamento de resíduos de serviços de saúde.
 Resolução CONAMA nº 275, de 25/04/2001, estabelece código de cores para
diferentes tipos de resíduos na coleta seletiva.
 Resolução CONAMA nº 257, de 30/06/99, disciplina o descarte e o
gerenciamento ambientalmente adequado de pilhas e baterias usadas, no que
tange à coleta, reutilização, reciclagem, tratamento ou disposição final.
 Resolução CONAMA nº 258, de 26/08/99, determina que as empresas
fabricantes e as importadoras de pneumáticos ficam obrigadas a coletar e dar
destinação final, ambientalmente adequada, aos pneus inservíveis existentes
no território nacional.
 Resolução CONAMA nº 316, de 29/10/2002, dispõe sobre procedimentos e
critérios para o funcionamento de sistemas de tratamento térmico de resíduos.
 Resolução CONAMA nº 308, de 21/03/2002, dispõe sobre o Licenciamento
Ambiental de sistemas de disposição final dos resíduos sólidos urbanos
gerados em municípios de pequeno porte.
 Resolução CONAMA nº 005 de 05/08/1993, estabelece definições,
classificação e procedimentos mínimos para o gerenciamento de resíduos

250
Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB
Lapa – Paraná

sólidos oriundos de serviços de saúde, portos e aeroportos, terminais


ferroviários e rodoviários.
 Resolução CONAMA nº 283 de 12/07/2001 dispõe sobre o tratamento e a
destinação final dos resíduos dos serviços de saúde
 Resolução - RDC nº 33, de 25/02/2003, aprova o Regulamento Técnico para o
Gerenciamento de Resíduos de serviços de saúde.
 Resolução CONAMA nº 334 de 03/03/2003, dispõe sobre os procedimentos de
licenciamento ambiental de estabelecimentos destinados ao recebimento de
embalagens vazias de agrotóxicos.

2.4. NORMAS TÉCNICAS

 ABNT NBR 1006 – Resíduos Sólidos - Classificação


 ABNT NBR 10005 - Procedimento para obtenção de extrato lixiviado de
resíduos sólidos
 ABNT NBR 10006 - Procedimento para obtenção de extrato solubilizado de
resíduos sólidos
 ABNT NBR 10007 - Amostragem de resíduos sólidos
 ABNT NBR 12808 - Resíduos de serviço de saúde – Classificação
 ABNT/NBR 10007 - Fixa os requisitos exigíveis para amostragem de resíduos
sólidos.
 ABNT/NBR 7500 - Símbolos de risco e manuseio para o transporte e
armazenamento de material.
 ABNT/NBR 9191 - Especificação. Sacos plásticos para acondicionamento.
 ABNT/NBR 9195 - Métodos de ensaio. Sacos plásticos para acondicionamento.
 ABNT/NBR 9196 - Determinação de resistência a pressão do ar.
 ABNT/NBR 9197 - Determinação de resistência ao impacto de esfera. Saco
plástico para acondicionamento de lixo - determinação de resistência ao
impacto de esfera.
 ABNT/NBR 13055 - Determinação da capacidade volumétrica. Saco plástico
para acondicionamento - determinação da capacidade volumétrica.

251
Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB
Lapa – Paraná

 ABNT/NBR 13056 - Verificação de transparência. Filmes plásticos para sacos


para acondicionamento - verificação de transparência.
 ABNT/NBR 13853 - Requisitos e métodos de ensaio para coletores para
resíduos de serviços de saúde perfurantes ou cortantes.
 ABNT/NBR 12980 - Define termos utilizados na coleta, varrição e
acondicionamento de resíduos sólidos urbanos.
 ABNT/NBR 13221 - Especifica os requisitos para o transporte terrestre de
resíduos, de modo a evitar danos ao meio ambiente e a proteger a saúde
pública.
 ABNT/NBR 13332 - Define os termos relativos ao coletor-compactador de
resíduos sólidos, acoplado ao chassi de um veículo rodoviário, e seus
principais componentes.
 ABNT/NBR 13463 - Classifica a coleta de resíduos sólidos urbanos dos
equipamentos destinados a esta coleta, dos tipos de sistema de trabalho, do
acondicionamento destes resíduos e das estações de transbordo.
 ABNT/NBR 11174 - Fixa as condições exigíveis para obtenção das condições
mínimas necessárias ao armazenamento de resíduos classes II-não inertes e
III-inertes, de forma a proteger a saúde pública e o meio ambiente.
 ABNT/NBR 14619 - Estabelece os critérios de incompatibilidade química a
serem considerados no transporte terrestre de produtos perigosos.
 ABNT/NBR 12810 - Fixa os procedimentos exigíveis para coleta interna e
externa dos resíduos de serviços de saúde, sob condições de higiene e
segurança.
 ABNT/NBR 14652 - Estabelece os requisitos mínimos de construção e de
inspeção dos coletores e transportadores rodoviários de resíduos de serviços
de saúde do grupo A.
 ABNT/NBR 12235 - Fixa as condições exigíveis para o armazenamento de
resíduos sólidos perigosos de forma a proteger a saúde pública e o meio
ambiente.
 ABNT/NBR 15051 - Estabelece as especificações para o gerenciamento dos
resíduos gerados em laboratório clínico.
 ABNT/NBR 14725 - Ficha de Informações de Segurança de Produtos Químicos
- FISPQ.

252
Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB
Lapa – Paraná

 ABNT/NBR 13896 - Fixa as condições mínimas exigíveis para projeto,


implantação e operação de aterros de resíduos não perigosos.

3. DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS

Este item do trabalho irá contemplar o levantamento e diagnóstico da situação atual


do Sistema de Limpeza Urbana e Manejo dos Resíduos Sólidos do município da
Lapa - SP, sob o ponto de vista administrativo, técnico/operacional, financeiro, legal
e ambiental.

O enfoque do diagnóstico será o manejo dos resíduos gerados na cidade, Figura


164, conforme a Política Nacional de Resíduos Sólidos PNRS (Lei 12.305/2010).

Figura 164: Principais Resíduos Sólidos Gerados nas Cidades com ênfase na PNRS.

As informações apresentadas foram obtidas juntamente com a Administração


Municipal através de documentos oficiais e dados obtidos in loco em visita técnica
realizada no município em março de 2015.

253
Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB
Lapa – Paraná

3.1. RESPONSABILIDADES

Apresenta-se, no Quadro 95, um resumo introdutório das responsabilidades para a


gestão dos resíduos sólidos em termos da Política Nacional de Resíduos Sólidos,
Lei n° 12.305/2010:

Quadro 95: Responsabilidade pelo Gerenciamento dos Resíduos (Fonte: Lei n0 12.305/210)
Responsabilidade/Gerenciamento
Resíduos Domiciliares
Administração Resíduos Comerciais (características similares aos domiciliares)
Municipal Resíduos da Limpeza Urbana (originários da varrição, limpeza de
logradouros e vias públicas)
Resíduos Industriais
Resíduos da Construção Civil – RCC
Geradores Resíduos de Serviços de Saúde - RSS
Específicos* Resíduos Agrossilvopastoris
Resíduos da Mineração
Resíduos dos Serviços de Transporte
Produtos eletroeletrônicos
Pilhas e baterias
Compartilhada - Lâmpadas fluorescentes
Logística Reversa Pneus
Agrotóxicos (resíduos e embalagens)
Óleos lubrificantes (resíduos e embalagens)
*Público ou Privado

Logística reversa: instrumento de desenvolvimento econômico e social


caracterizado por um conjunto de ações, procedimentos e meios destinados a
viabilizar a coleta e a restituição dos resíduos sólidos ao setor empresarial, para
reaproveitamento, em seu ciclo ou em outros ciclos produtivos, ou outra destinação
final ambientalmente adequada.

Responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos: conjunto de


atribuições individualizadas e encadeadas dos fabricantes, importadores,
distribuidores e comerciantes, dos consumidores e dos titulares dos serviços
públicos de limpeza urbana e de manejo dos resíduos sólidos, para minimizar o
volume de resíduos sólidos e rejeitos gerados, bem como para reduzir os impactos
causados à saúde humana e à qualidade ambiental decorrentes do ciclo de vida dos
produtos, nos termos desta Lei.

254
Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB
Lapa – Paraná

3.2. GESTÃO MUNICIPAL DOS RESÍDUOS SOLIDOS

3.2.1. Serviços Executados

O gerenciamento dos resíduos sólidos, apesar do envolvimento de diversas esferas,


possui responsabilidades específicas delegadas à Administração Municipal, que
poderá realizar os serviços direta ou indiretamente, conforme mencionado na
Política Nacional de Resíduos Sólidos, Lei n0 12.305/210 em seu Art. 26.

“Art. 26. O titular dos serviços públicos de limpeza


urbana e de manejo de resíduos sólidos é responsável
pela organização e prestação direta ou indireta
desses serviços ...”

Vale mencionar que o código de Posturas Municipal, Lei 1783/2004 estabelece:

“Art. 47. A limpeza dos logradouros e vias públicas e a


coleta do lixo domiciliar são serviços públicos executados
diretamente pela Prefeitura ou por empresa privada
mediante concessão”.

Em Lapa os serviços cuja competência é da municipalidade são executados de


forma indireta, através da contratação de empresa especializada, conforme pode-se
visualizar no Quadro 96.

Quadro 96: Serviços referentes ao manejo dos resíduos sólidos executados no município.
Execução das etapas do gerenciamento dos resíduos sólidos municipais

Etapa Prestador de Serviço

Empresa terceirizada -
Coleta Domiciliar Convencional (urbana e rural)
Transresíduos
Operação do Aterro Sanitário Municipal Empresa terceirizada - Transresíduos
Empresa terceirizada -
Coleta Seletiva (urbana e rural)
Transresíduos
Associação dos Catadores de
Processamento dos Materiais Recicláveis Materiais Recicláveis da Lapa -
Recilapa
Serviços de Limpeza de Logradouros Públicos Empresa terceirizada – Barreiras

255
Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB
Lapa – Paraná

Execução das etapas do gerenciamento dos resíduos sólidos municipais

Etapa Prestador de Serviço


(varrição, capina, pintura de meio-fio, limpeza de
bueiro e poda)
Coleta, transporte, transbordo, destinação e
Empresa terceirizada -
disposição final dos resíduos gerados nos
Transresíduos
estabelecimentos de saúde municipais

Vale lembrar que cabe à Administração Municipal a fiscalização dos serviços


executados de forma indireta.

3.2.2. Organograma do prestador dos serviços

Os órgãos municipais que atuam com o manejo dos resíduos sólidos e a limpeza
pública em Lapa são: Secretaria de Agricultura e Meio Ambiente e Secretaria de
Infraestrutura, Obras Públicas e Transporte e.

Compete à Secretaria de Agricultura e Meio Ambiente no tocante ao manejo dos


resíduos sólidos e limpeza urbana:

 O zelo pelas questões inerentes ao meio ambiente, de tal forma que o


município possa crescer economicamente, em harmonia com a preservação
ambiental, propiciando à população um bom nível de qualidade de vida;
 A promoção, a busca, o incentivo e organização da participação da população
(especialmente do meio rural), nas diversas etapas de atuação da Secretaria,
tais como planejamento, desenvolvimento e avaliação;
 A promoção das medidas normativas e executivas de defesa, preservação e
exploração econômica dos recursos naturais;
 A realização da integração com a política estadual do meio ambiente;
 O exercício do poder de polícia e a inspeção ambiental;
 O cumprimento das leis federais, estaduais e municipais relativas ao meio
ambiente e de posturas, assim como estabelecer a cooperação técnica e
científica com instituições nacionais de defesa e proteção do meio ambiente;

256
Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB
Lapa – Paraná

 O desenvolvimento de pesquisas referentes à fauna e à flora, bem como a


manutenção, administração e fiscalização das reservas naturais urbanas;
 O combate permanente à poluição ambiental, visual e sonora;
 A coordenação e execução da política dos serviços de utilidade pública,
reciclagem e disposição final do lixo e resíduos industriais, por
administração direta ou através de terceiros;
 A assessoraria da Prefeita Municipal nos assuntos de sua competência e que
nesta condição lhe forem cometidos e o fornecimento de dados e informações
a fim de subsidiar o processo decisório;
 A gestão, em conjunto com a Secretaria de Administração, dos contratos
pertinentes às suas atividades.

Compete à Secretaria de Infraestrutura, obras públicas e transporte no tocante ao


saneamento básico, mais especificamente ao manejo dos resíduos sólidos e limpeza
urbana:

 Programar, coordenar e executar a política de obras públicas do Município;


 Manter a rede de galerias pluviais, prover a implantação de obras públicas em
geral e reparo dos próprios municipais;
 A análise, aprovação e fiscalização de projetos de obras e edificações;
 Conservação, pavimentação e calçamento de ruas, avenidas e logradouros
públicos;
 Manutenção, conservação e guarda dos equipamentos rodoviários e da frota
de veículos leves e pesados;
 A fiscalização de contratos que se relacionem com os serviços de sua
competência, bem como outras atividades correlatas;
 Planejamento urbano do Município, visando ao desenvolvimento físico e social;
 Efetuar o planejamento global da infra-estrutura do Município;
 Implantação, programação, coordenação e execução da política urbanística;
 O cumprimento do plano diretor e desenvolvimento integrado e a obediência do
código de posturas, de obras, de ocupação, uso do solo e de zoneamento;

257
Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB
Lapa – Paraná

 A fiscalização e aprovação de loteamentos, a regularização de


desmembramentos, retificações, inclusões, unificações, bem como tomar todas
as medidas necessárias a esse fim;
 Análise técnica dos processos referentes ao uso e parcelamento do solo;
 Coibir as construções e os loteamentos clandestinos;
 Proceder aos estudos, diretrizes e fiscalização da política municipal de
parcelamento e uso do solo;
 O geoprocessamento;
 Subsidiar informações para elaboração do plano plurianual, da lei de diretrizes
orçamentárias e da proposta orçamentária anual;
 Orientação e coordenação das atividades públicas e privadas com vistas ao
desenvolvimento harmônico do Município;
 Coordenar e executar a política dos serviços de utilidade pública, a
limpeza urbana, os serviços de coleta de entulhos e resíduos sólidos e
orgânicos, por administração direta ou através de terceiros, a
conservação e o controle de terrenos no perímetro urbano;
 O assessoramento à Prefeita Municipal e aos demais órgãos da administração
superior, direta e descentralizada, em assuntos de sua competência e que
nesta condição lhe forem cometidos e o fornecimento de dados e informações
a fim de subsidiar o processo decisório.
 Promover a conservação das estradas rurais e a execução do saneamento;
 Gerir, em conjunto com a Secretaria de Administração, os contratos pertinentes
às suas atividades.

O organograma da Secretaria de Agricultura e Meio Ambiente e Secretaria de


Infraestrutura, Obras Públicas e Transporte apresentam-se nas Figuras 165 e 166.
Pode-se observar que a Sec. De Agricultura e Meio Ambiente possui uma Divisão de
Resíduos e a Sec. de Infraestrutura, obras públicas e transporte possui um
Departamento de Saneamento Ambiental.

258
Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB
Lapa – Paraná

Figura 165: Organograma da Secretaria de Agricultura e Meio Ambiente.

259
Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB
Lapa – Paraná

Figura 166: Organograma da Secretaria de Infraestrutura, Obras Públicas e Transporte.

260
Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB
Lapa – Paraná

3.3. PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS EXISTENTE

O município da Lapa elaborou em 2003 o “Plano de Gestão Integrada de Resíduos


Sólidos da Lapa” através da contratação da empresa Ambienge Engenharia
Sanitária e Ambiental Ltda, com sede em Curitiba.

Na época o PGIRS foi elaborado em conformidade com as disposições da Lei


Estadual 12.493, de 22 de janeiro de 1999: “Lei de Resíduos Sólidos” – estabelece
princípios, procedimentos, normas e critérios referentes a geração,
acondicionamento, armazenamento, coleta, transporte, tratamento e destinação final
dos resíduos sólidos no Estado do Paraná, visando controle da poluição, da
contaminação e a minimização de seus impactos ambientais “.

Para e elaboração do PGIRS da Lapa realizaram-se levantamentos e análises dos


tipos de resíduos, do modo de geração, formas de acondicionamento na fonte,
coleta, transporte, processamento, recuperação e forma de disposição final utilizada.

Considerando a época de elaboração do PGIRS (2003) da Lapa, este não


contempla alguns aspectos que vieram com a Política Nacional de Saneamento
Básico, Lei n0 1.445/2007 e Política Nacional de Resíduos Sólidos, Lei n 0
12.305/2010, como por exemplo questões relacionadas à logística reversa e
elaboração dos Planos de Gerenciamento de Resíduos Sólidos de alguns geradores
específicos. Neste sentido, visando atender a Política Nacional de Resíduos Sólidos,
Lei N0 12.305/2010, o atual “Plano de Saneamento Básico, na modalidade
Resíduos Sólidos- complementado pelo Plano de Gestão Integrada de
Resíduos Sólidos” será um documento completo que norteará o município no
manejo dos resíduos para os próximos 20 anos, no entanto, conforme prevê a Lei
11.445/2007, o mesmo deverá ser revisado num prazo não superior a 4 anos.

261
Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB
Lapa – Paraná

3.4. RESÍDUOS SÓLIDOS DOMICILIARES

A gestão dos resíduos sólidos domiciliares engloba as etapas de acondicionamento,


coleta (convencional e seletiva), transporte, destinação e disposição final.

Com relação aos resíduos domiciliares seu gerenciamento apresenta-se detalhado


na Figura 167.

Figura 167: Esquema do gerenciamento dos resíduos domiciliares em Lapa.

Elaborado por Ampla Consultoria.

262
Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB
Lapa – Paraná

3.4.1. Acondicionamento e Armazenamento

A qualidade do serviço de coleta de resíduos depende do correto e adequado


acondicionamento dos resíduos por parte do gerador, pois faz com que sejam
evitados acidentes com as pessoas envolvidas no processo de coleta e destinação
final, evita a proliferação de vetores e minimiza efeitos visuais e olfativos
desagradáveis.

Além do acondicionamento em recipiente adequado é preciso que o gerador faça o


armazenamento e a colocação dos recipientes no local, dia e horário previsto para a
coleta, que deverão ser informados através de campanhas informativas e/ou
ambientais executadas pela Administração Municipal. Neste sentido o município da
Lapa realiza campanhas informativas e ambientais disciplinando a população, sendo
tais campanhas descritas posteriormente em item especifico.

Ainda, para auxiliar no armazenamento dos resíduos domiciliares e facilitar a etapa


de coleta domiciliar convencional, o município, através da empresa contratada para
a realização da coleta, disponibiliza contêineres em locais estratégicos, Figura 168,
conforme localização apresentada no Quadro 97.

Figura 168: Imagens dos contêineres disponibilizados.

263
Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB
Lapa – Paraná

Quadro 97: Localização e quantidade disponibilizada de contêineres para armazenamento dos


resíduos domiciliares para a coleta.
Disponibilização de Contêineres
Local Quantidade
Rua: Barão do Rio Branco em frente a Caixa Econômica 1
Rua: Barão do Rio Branco em frente ao Colégio São José 1
Av: Manoel Pedro próximo à Pizzaria Hellyu’s 1
Dentro do Pátio da Rodoviária 1
Av: Manoel Pedro no Posto do Marcão 1
Final da Avenida próximo ao parquinho 1
Parque do Monge 2
Ao lado do Colégio General Carneiro, em frente a Gráfica 1
Pátio da RECILAPA 1
Alto da Lapa 1
Localidade de Piripau 3
Parque de Exposições 1
Próximo a saída da estrada do Cerene 1
Rodovia do Xisto ao lado da Borracharia próximo a Igreja da Estação 1
Localidade de Boqueirão 2
Total 18

A utilização dos contêineres é uma atividade complementar ao serviço de coleta,


sendo alocados em locais estratégicos, conforme já mencionado. Deste modo,
considera-se que o quantitativo é adequado para esta demanda, devendo sempre
que necessário ser verificada a necessidade de realocá-los e/ou ampliar o número
instalado. Sobre a manutenção, a equipe de coleta realiza a limpeza dos contêineres
e ao seu redor, sempre que necessário.

3.4.2. Coleta Domiciliar Convencional

A coleta domiciliar convencional consiste no recolhimento dos resíduos sólidos


domiciliares sem uma prévia separação na fonte geradora através do sistema porta-
a-porta. Esta coleta é conhecida pela municipalidade como coleta de orgânicos,
porém observa-se não só este tipo de resíduo sendo coletado, mas também rejeitos,
materiais recicláveis e outros de forma misturada.

264
Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB
Lapa – Paraná

Para a realização da coleta convencional, o município da Lapa possui Contrato de


Prestação de Serviços N0 029/2014 com a empresa Transresíduos Transportes de
Resíduos Industriais Ltda.

Conforme estabelecido no Contrato de Prestação de Serviço N 0 029/2014: “a coleta


regular consiste no recolhimento, em todo o município, de forma manual ou
mecanizada, dos resíduos sólidos gerados nos domicílios, em estabelecimentos
comerciais e congêneres, devidamente acondicionados em sacos plásticos ou
recipientes aprovados pela Prefeitura, e descarregados no local de destinação final
definido pelo município”.

 Abrangência, Setores e Frequência

A coleta domiciliar convencional é realizada em todo município, variando a


frequência de acordo com a localidade, conforme apresentado no Quadro 98.

Quadro 98: Roteiros da coleta convencional.


Roteiros da Coleta Convencional
Setor Dia Horário Local Bairro
Coleta Diurna
Vila São José I e II, Jardim Cidade Nova,
Bairro Dom
Conjunto Monsenhor Henrique, Vila do Príncipe,
Pedro II
Conjunto Pousada do Sol
Segunda,
Inicio às Jardim Barcelona, Antena Bairro Olaria
1 Quarta e
07h30 Bairro
Sexta Conjunto Novo Horizonte
Tamanqueiro
Bairro
Estação Nova
Esplanada
Vilas Santo Antônio, Vila Cristo Rei, Vila Bairro Baixo da
Esperança, Vila Lacerda, Lapa
Vila São Lucas Bairro Engenho
Terça, Quinta Inicio às
2 Vila Rosário, Jardim Montreal, Cohapar, Jardim
e sábado 07h30
Esplanada ----
Bairro Wilson
Serafim do Amaral
Montenegro
Inicio às
3 Segunda Colônia Johannesdorf Interior
10h30

265
Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB
Lapa – Paraná

Inicio às
4 Quinta- Feira Colônia Mariental Interior
10h30
Coleta Noturna
Ruas Nossa Srª do Rocio, Jorge Montenegro,
Octávio José Kuss, Joaquim Linhares de
Lacerda, Abigail Cortes, Gustavo Kuss,
Marechal Floriano Peixoto, José Lacerda, Av.
Dr Manoel Pedro, Floriano M. Zarur, Sen. Feijó,
Tenente Henrique dos Santos, Desembargador
Westphalen, Praça Mirazinha Braga, Cel. João
Antonio Ramalho,Alameda David Carneiro, Duca
Lacerda, Rua da Fonte, Av. Caetano Munhoz da
1 Segunda a Inicio às Rocha, Hipólito A. de Araújo, Duque de Caxias,
Centro
(diário) Sábado 17h00 Conselheiro A. de Araújo, Carlos Gomes, Prof.
Raimundo, Francisco Teixeira Coelho, Ernesto
de Oliveira, Senador Souza Naves, XV de
Novembro, Rui Barbosa, Dr Antonio Cardoso de
Gusmão, Francisco Vidal, Travessa da Amizade,
Da Fraternidade, Frederico Virmond, do
Expedicionário, Treze de Maio, Clementino
Paraná, D. Otília C. Marcassi, Carlos Gomes,
Duque de Caxias, Francisco Teixeira Coelho,
Amintas de Barros.
Segunda,
Inicio às
2 Quarta e Cascata e Beco do Carrano ----
22h30
Sexta

Terça, Quinta Inicio as Bairro Wilson


3 Serafim do Amaral
e sábado 22h30 Montenegro

Considera-se adequada a frequência diária na área central do município e alternada


nas demais áreas, salvo em localidades mais afastadas onde é realizada
semanalmente.

 Veículos

A coleta convencional é realizada utilizando caminhões coletores compactadores,


conforme especificação apresentada no Quadro 99.

266
Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB
Lapa – Paraná

Quadro 99: Especificações dos caminhões coletores da coleta convencional.


VEÍCULO COLETA DOMICILIAR
PLACA ANO TIPO MARCA/MODELO CAPACIDADE
Caminhão equipado com
AXA 0289 2013/2013 equipamento de compactação Ford/Cargo/1723 16 T
(USIMECA)
Caminhão equipado com
AHL 0466* 1997/1997 equipamento de compactação M. Benz L1218 16 T
(USIMECA)
*Veículo Reserva.

Os veículos coletores são equipados com dispositivos de compactação mecânica


com plataforma de carregamento traseira e basculamento mecânico à descarga.
Através de prensa hidráulica, os resíduos sólidos são compactados no interior do
compartimento de carga, de forma a reduzir seu volume.

O veículo utilizado para a coleta convencional apresenta-se novo e em bom estado


de conservação, Figura 169. O veículo mais antigo é utilizado como reserva e/ou
para evitar eventuais transtornos operacionais, como atraso na coleta no turno da
manhã e/ou quebra de veículo.

Figura 169: Caminhão compactadores que realiza a Coleta Convencional na Lapa.

 Mão-de-obra envolvida

Para execução da coleta convencional são utilizados os funcionários próprios da


empresa contratada conforme apresentado no Quadro 100.

267
Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB
Lapa – Paraná

Quadro 100: Relação de funcionários que executam a coleta convencional.


Funcionários: Transresíduos
Função Quantidade
Motorista 2
Coletores 8
Fiscal 1

A coleta convencional é realizada em 02 turnos de trabalho, sendo cada equipe


composta por 01 motorista e 04 coletores. Considera-se alto o numero de coletores,
sendo usualmente utilizado 03 por guarnição.

O turno diurno é das 07:30 às 15:50 (intervalo das 11:10 – 12:10) e o turno noturno é
das 17:00 às 01:20, se não ocorre intervalo o turno termina por volta das 23 horas.

 Execução da Coleta Domiciliar Convencional

No que se refere a execução do serviços, verificou-se que os funcionários utilizam


uniformes caracterizando o serviço, bem como utilizam Equipamentos de Proteção
Individual - EPI`s como luvas e sapatos resistentes, conforme se visualiza na Figura
170.

Figura 170: Coleta Convencional sendo executada.

3.4.3. Coleta Seletiva

A coleta seletiva consiste no recolhimento dos materiais recicláveis secos (como


papel, plástico, metal, vidro) na fonte geradora através do sistema porta-a-porta,

268
Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB
Lapa – Paraná

para posterior envio à Associação de Catadores da Lapa, Recilapa, que fará a


triagem dos materiais coletados.

 Abrangência, Setores e Frequência

A coleta seletiva é realizada em todo município, variando a frequência de acordo


com a localidade, conforme apresentado no Quadro 101.

Quadro 101: Roteiros da coleta seletiva.


Roteiros da Coleta Seletiva - Transresíduos
Setor Dia Horário Local Bairro
Coleta Diurna

Centro Comercial entre as Ruas Manoel Pedro e


Coronel Dulcídio.
1 Segunda à Inicio às Centro
Av. Caetano Munhoz da Rocha até o Quartel
(diário) sábado 13:30h Comercial
Av. Aloísio Leoni
Av. Juscelino K. De Oliveira

Cascata ----

Vila Cristo Rei


Vila Esperança Bairro Baixo da
Segunda e Inicio às Vila Lacerda Lapa
2
Sexta-feira 07h30 Vila Santo Antônio

Vila São Lucas Bairro Engenho

Vila São José I e II, Jardim Cidade Nova,


Bairro Dom
Conjunto Monsenhor Henrique, Vila do Príncipe,
Pedro II
Conjunto Pousada do Sol
Terça e Inicio às Jardim Barcelona, Antena Bairro Olaria
3
quinta-feira 07h30 Bairro
Jardim primavera
Tamanqueiro
Bairro
Estação Nova
Esplanada
Centro Comercial - Entre as Ruas Souza Naves
Quarta- Feira Centro
4 e Otávio José Kuss; Rui Barbosa e Duque de
e sábado Comercial
Caxias.
Inicio às Bairro Wilson
Serafim do Amaral
7 h 30 Montenegro

Conjunto Habitacional Olaria (Próx. Br 476)


5 Quarta- Feira ----
Colônia Marafigo -----

Considera-se a frequência da coleta seletiva, diária na área central e demais áreas


de duas vezes por semana, bastante satisfatória, sendo que na maioria dos

269
Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB
Lapa – Paraná

municípios brasileiros que possuem coleta seletiva implantada, a mesma é realizada


semanalmente.

Na área rural é realizada somente a coleta seletiva, uma vez que os resíduos
orgânicos são utilizados e/ou tratados na própria propriedade, quer seja para
alimentar animais ou realização da compostagem.

Comunidades atendidas na área rural:

 Johanesdorf, Lara, Núcleo Leiteiro, Santo Amaro, Vista Alegre, Faxinal dos
Correias, Espigão Branco, Campina das Dores, Fazenda Lagoa Dourada,
Pedra Lisa, Paiquerê, Floresta São João, Palmital de Cima, Palmital de Baixo,
Mato Queimado, Canoeiro, Imbuial, Água Azul de Baixo, Água Azul de Cima,
Carqueja, Praça Santos, Reis, Bonito, I Faxinal, II Faxinal, Faxinal dos Dias,
Fazenda Vovó Naná, Colônia Municipal, Fazenda Santa Madalena, Fazenda
Roseira, Lapinha, Faxinal do Pretos, São Bento, São Bento I, São Bento II, Rio
da Várzea, Mato Preto Paiol, Mato Preto, Povinho, Assentamento Contestado,
Feixo, Porteiras, Lagoão, Bom Sucesso, Pavão.

 Veículos

A coleta seletiva é realizada utilizando um caminhão com carroceria fechada


conforme especificação apresentada no Quadro 102.

Quadro 102: Especificações dos caminhões coletores da coleta convencional.


VEÍCULO COLETA SELETIVA - TRANSRESÏDUOS
PLACA ANO TIPO MARCA/MODELO CAPACIDADE
Caminhão com carroceria
AVK 6469 2011/2012 VW 9115 9T
fechada

O veiculo utilizado para a coleta seletiva pela Transresíduos apresenta-se novo, em


bom estado de conservação e apresenta identificação visual do serviço de coleta
seletiva, Figura 171.

270
Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB
Lapa – Paraná

Figura 171: Caminhões compactadores que realizam a Coleta Seletiva.

A coleta seletiva é realizada na área rural pela Prefeitura em parceria com a


Transresíduos, sendo o veículo e motorista disponibilizado pela Administração
Municipal e 02 coletores disponibilizados pela Transresíduos.

 Mão-de-obra envolvida

Para execução da coleta seletiva são utilizados os funcionários próprios da empresa


contratada Transresíduos, conforme apresentado no Quadro 103.

Quadro 103: Relação de funcionários que executam a coleta convencional.


Funcionários: Transresíduos área Urbana
Função Quantidade
Motorista 1
Servidor Geral (coletor) 4
Fiscal 1

 Execução da Coleta Seletiva

No que se refere a execução do serviços, verificou-se que os funcionários utilizam


uniformes caracterizando o serviço, bem como utilizam Equipamentos de Proteção
Individual - EPI`s como luvas e sapatos resistentes, conforme se visualiza na Figura
172.

271
Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB
Lapa – Paraná

Figura 172: Coleta seletiva sendo executada.

As informações serão atualizadas com informações sobre o veiculo e mão-de-obra


da Prefeitura que realiza a coleta seletiva na zona rural do município.

3.4.4. Aterro Sanitário Municipal

Os resíduos sólidos urbanos coletados na Lapa são enviados para um aterro


sanitário municipal, o qual possui Licença Ambiental de Operação N0 11364 emitida
pelo Instituto Ambiental do Paraná - IAP com validade até setembro de 2016.

O aterro sanitário está localizado na Localidade de Passa Dois, Conforme


mapeamento apresentado na Figura 173.

272
Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB
Lapa – Paraná

Figura 173: Mapa de localização do aterro sanitário da Lapa.

273
Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB
Lapa – Paraná

 Breve Histórico

O processo de implantação do aterro sanitário iniciou em 2001, através do


lançamento de edital do Ministério do Meio Ambiente – MMA para implantação de
aterros sanitários da região sul. O município da Lapa, através da Secretaria de
Agricultura e Meio Ambiente, se candidatou e obteve recurso junto à Caixa
Econômica para a construção do aterro sanitário, sendo um município pioneiro no
Estado do Paraná a possuir aterro sanitário próprio.

O projeto de implantação do aterro sanitário foi elaborado pela empresa AMBIENGE


– Engenharia Sanitária e Ambiental Ltda, de Curitiba, em 25/10/2002. O início da
operação deu-se em 2003, sendo executada por empresa terceirizada contratada
pela Prefeitura Municipal.

O aterro sanitário iniciou sua operação em 2003, sua localização é adjacente à área
utilizada até então pelo município para receber os resíduos sólidos urbanos, sem
nenhum tipo de controle ambiental, sendo denominado como “lixão”.

De acordo com o projeto do aterro o mesmo possui as seguintes áreas:

 Área Total: 1.329.744 m2;


 Lixão: 71.270 m2;
 Aterro projetado: 78.112 m2.

Em 2012 foi contrata a empresa HABITAT ECOLÓGICO Ltda para elaboração do


projeto de ampliação do aterro sanitário (20 etapa). O projeto de ampliação teve sua
concepção em continuidade ao projeto inicial elaborado em 2002.

O projeto de ampliação culminou em obras como impermeabilização da nova base


do aterro sanitário. A obra exigiu investimento de mais de R$ 650 mil, e ampliou o
aterro em 12 mil m². Com esta melhoria o local terá uma vida útil de mais 15 anos,
dependendo do índice de reciclagem praticado durante o período. Na Figura 174
pode-se visualizar a nova base do aterro sanitário inaugurada em junho de 2014.

274
Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB
Lapa – Paraná

Figura 174: Nova base do aterro sanitário inaugurada em junho de 2014.

Fonte:http://lapa.pr.gov.br/noticia/608/prefeitura-inaugura-nova-base-do-aterro-sanitario.

Na imagem esquemática abaixo, Figura 175, pode-se visualizar a evolução da


utilização da área onde situa-se o aterro sanitário.

Figura 175: Imagem esquemática da evolução da área onde situa-se o aterro sanitário.

275
Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB
Lapa – Paraná

Elaborado por AMPLA Consultoria. Fonte: Adaptado do Google Earth.

 Situação Atual

A operação do aterro sanitário é realizada pela empresa Transresíduos, através do


Contrato de Prestação de Serviços N0 242/2014 cujo objeto é: “prestação do serviço

276
Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB
Lapa – Paraná

de operação e manutenção do aterro sanitário municipal, de acordo com as


especificações técnicas do projeto básico”.

Para a operação ficam alocados no aterro sanitário os seguintes funcionários e


equipamentos, Quadro 104.

Quadro 104: Operacional alocado no aterro sanitário da empresa Transresíduos.


Relação de Funcionários
Função Quantidade
Vigia 2
Operacional 2
Relação de Maquinário
Equipamento Quantidade
Caminhão Caçamba 1
Trator Esteira 1
Retroescavadeira 1

Considera-se adequado operacional alocado no aterro sanitário considerando o


estado de conservação e manutenção observado em visita técnica.

A seguir serão apresentadas imagens da visita técnica realizada no aterro sanitário


em março de 2015 para o presente Plano de Saneamento Básico - PMSB
(complementado pelo Plano de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos - PMGIRS) e
descrição sucinta das etapas realizadas.

Na Figura 176 pode-se visualizar imagem da entrada do local onde situa-se o aterro
sanitário. Pode-se observar que a área é cercada e possui identificação, visando
evitar a entrada de pessoas não autorizadas.

277
Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB
Lapa – Paraná

Figura 176: Entrada do aterro sanitário da Lapa.

Após a entrada situa-se a guarita e balança para controle quantitativo dos resíduos
que chegam ao aterro, Figura 177. Deste modo, todos os caminhões são pesados e
identificados pela empresa operadora do aterro sanitário. O aterro sanitário possui
também um escritório como instalação de apoio, Figura 178.

Figura 177: Guarita e balança rodoviária.

278
Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB
Lapa – Paraná

Figura 178: Instalação de apoio (escritório).

Nas Figuras a seguir podemos observar a primeira célula (1 0 etapa) do aterro


sanitário já encerrada e em processo de recuperação ambiental através de
recobrimento com cobertura vegetal e dispositivos de controle ambiental para
captação de chorume, drenagem pluvial e queimador de gases.

Figura 179: Vista geral da Célula já encerrada.

279
Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB
Lapa – Paraná

Com relação à frente de trabalho atual, Figura 180, esta ocorre na 20 Célula que
iniciou operação recente. A operação consiste no descarregamento dos resíduos
dos caminhões coletores e após a compactação e revestimento com material de
cobertura. Neste caso, o material utilizado é o próprio material advindo da abertura
da célula, que fica armazenado no local, Figura 181.

Figura 180: Célula atual utilizada para disposição dos resíduos domiciliares.

Figura 181: Material para cobertura dos resíduos.

O aterro sanitário possui sistema de lagoas, Figura 182, para tratamento do chorume
gerado pela decomposição dos resíduos. O efluente tratado é lançado no rio Passa
Dois.

280
Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB
Lapa – Paraná

Figura 182: Sistema de lagoas para tratamento do chorume.

A empresa que opera o aterro sanitário realiza semestralmente monitoramento


ambiental, conforme estabelecido na licença ambiental emitida pelo IAP, referentes
à: água subterrânea (3 poços de monitoramento), águas superficiais (1 ponto à
montante e 1 ponto à jusante), e efluente (chorume). A avaliação da eficiência do
tratamento de chorume é realizada pela Prefeitura com subsidio de empresa
contratada pela operação do aterro sanitário, sendo a fiscalização realizada pelo
IAP, através de analises dos laudos enviados.

Ainda, na Figura 183 podemos observar a área que foi utilizada no passado como
lixão, já em avançado processo de recuperação.

Figura 183: Vista da área que foi utilizada como lixão.

281
Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB
Lapa – Paraná

Ainda, existe na área do aterro sanitário local destinado para bota fora de resíduos
vegetais, e área para armazenamento temporário de resíduos da construção civil e
entulhos, conforme apresenta-se na imagem esquemática a seguir, Figura 184.

Figura 184: Imagem esquemática da área de bota-fora e armazenamento temporário de


resíduos da construção civil.

Elaborado por AMPLA Consultoria. Fonte: Adaptado do Google Earth.

 Quantitativos de Entrada de Resíduos no Aterro Sanitário da Lapa

Os dados quantitativos de entrada de resíduos no aterro sanitário da Lapa,


registrados na balança de pesagem, apresentam-se no Quadro 105 e Figura 185.

Quadro 105: Quantitativo da entrada de resíduos no aterro sanitário da Lapa.


Entrada Aterro Sanitário (t/mês)
Mês 2013 2014 2015
Resíduos Vegetais Resíduos Vegetais Resíduos Vegetais
Janeiro 995.520 58.900 982.180 73.868 1.111.650 50.810
Fevereiro 679.390 74.290 929.220 72.990 908.120 66.230
Março 800.790 11.110 802.890 43.980
Abril 809.290 930.370 74.180
Maio 793.146 962.160 38.830
Junho 783.900 832.350 71.590
Julho 844.730 149.290 5.700
Agosto 792.250 979.560 62.120
Setembro 712.730 244.380
Outubro 619.980 96.850 983.590 45.560
Novembro 736.530 164.730 737.240 29.930

282
Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB
Lapa – Paraná

Entrada Aterro Sanitário (t/mês)


Mês 2013 2014 2015
Resíduos Vegetais Resíduos Vegetais Resíduos Vegetais
Dezembro 783.560 72.450 1.126.290 46.870

Figura 185: Quantitativo da entrada de resíduos no aterro sanitário da Lapa.

Deve-se ressaltar que estes quantitativos de entrada não são somente referentes
aos resíduos sólidos urbanos da Lapa. Estão inseridos resíduos de empresas
particulares municipais e de municípios vizinhos. Pode-se observar um aumento na
quantidade disposta ao longo dos anos.

3.4.5. Associação de Catadores de Materiais Recicláveis da Lapa - RECILAPA

A partir da implantação do aterro sanitário no município da Lapa, em 2003, e da


elaboração do Plano de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos – PGIRS, no mesmo
ano, surgiram ações de organização dos catadores do município, fomentadas pela
Administração Municipal, através da Secretaria de Agricultura e Meio Ambiente e
Secretaria de Ação Social. As ações culminaram na formação de uma associação de
catadores e implantação da coleta seletiva municipal.

Sobre a Associação de Catadores de Materiais Recicláveis da Lapa – Recilapa, seu


estatuto estabelece:

283
Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB
Lapa – Paraná

0
“Art. 1 A Associação dos Catadores de Materiais Recicláveis
da Lapa, fundada em 16 de dezembro de 2002, é uma
sociedade civil de direito privado sem fins lucrativos, que
objetiva promover a unidade dos catadores lapeanos em
defesa dos seus direitos sociais e econômicos, sem distinção
de sexo, raça, credo, cor e partido político, com sede na rua
0
Marechal Floriano Peixoto n 138, Centro – Cidade da Lapa, e
foro jurídico da Comarca da lapa, Estado do Paraná”.

A Recilapa hoje atua na triagem e comercialização dos materiais recicláveis


coletados pelo programa de coleta seletiva municipal. Deste modo o município
presta auxílio dando toda a infra-estrutura necessária para a triagem bem como o
material a ser triado. Para realização das atividades a associação conta atualmente
(julho de 2015) com 20 associados.

A relação entre o município da Lapa e a Associação Recilapa é norteada através de


um Termo de Cooperação Técnica, firmado entre a Secretaria de Agricultura e Meio
Ambiente e a Associação. Merece destaque no Termo de Cooperação Técnica:

 Compete ao município a oferta de infra-estrutura física, equipamentos,


uniforme e EPI`s, treinamento quanto à segurança e higiene no trabalho,
quanto ao relacionamento com a comunidade, com a separação e
comercialização dos resíduos e outros aspectos relacionados ao objeto do
Convênio.

Atualmente, a sede da Recilapa é no galpão de triagem localizado na Avenida


Otávio José Kuss, n0 728, conforme localização apresentada na Figura 186.

284
Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB
Lapa – Paraná

Figura 186: Imagem da localização atual do galpão de triagem da Recilapa.

Fonte: Google Earth.

3.4.6. Galpão de Triagem dos Materiais Recicláveis

O Galpão de Triagem dos Materiais Recicláveis é operado pela Associação de


Catadores da Lapa – Recilapa que possui auxílio no gerenciamento do local da
Secretaria de Agricultura e Meio Ambiente, através da disponibilização de um
funcionário específico para acompanhamento diário no galpão. No galpão a Recilapa
recebe os materiais provenientes do programa de coleta seletiva municipal, realiza a
triagem das diferentes frações de resíduos, prensagem e enfardamento, para
posterior comercialização dos mesmos. O valor arrecadado com a venda dos
materiais é rateado entre os membros da associação.

O galpão de triagem possui Licença Ambiental de Operação N 0 22798 emitida pelo


Instituto Ambiental do Paraná – IAP, com validade até janeiro de 2019. A referida
licença é referente à atividade de “Centro de Recepção de Material Reciclável”, a
qual, entre outros pontos, estabelece que:

 O material a ser triado deverá ser estocado exclusivamente em área fechada e


coberta;

285
Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB
Lapa – Paraná

 Proibido o recebimento de Resíduos Classe I regidos pela legislação


pertinente, nem os contemplados pela logística reversa, como embalagens de
agrotóxicos, óleos lubrificantes, lâmpadas, pilhas e baterias, entre outros;
 Não deverá ser recebido material além da capacidade de armazenagem,
triagem e expedição.

O galpão de triagem possui área destinada ao processamento dos materiais


recicláveis e unidades auxiliares, dividas em:

 Área destinada a recepção e triagem dos materiais;


 Área destinada as prensas para enfardamento dos materiais;
 Baias para armazenamento dos materiais separados;
 Unidades auxiliares: Refeitório, banheiros e vestiários.

A seguir apresentam-se imagens do galpão de triagem.

Figura 187: Vista externa geral do galpão de triagem.

286
Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB
Lapa – Paraná

A seguir será descrito o processo operacional no galpão de triagem.

Inicialmente, os coletores com auxílio dos associados retiram toda a carga de


materiais recicláveis do caminhão utilizando bag`s, Figura 188. Após o
descarregamento os bag`s são encaminhados para perto da mesa de triagem, onde
ocorre a separação manual dos materiais recicláveis pelos associados.

Figura 188: Caminhões coletores descarregando os materiais recicláveis.

A etapa de triagem manual ocorre em 02 mesas existentes no galpão. Na mesa de


triagem os catadores realizam a separação por tipo de material Figura 189. Nesta
linha cada trabalhador é responsável pela separação de um material específico. Ao
final da triagem os materiais que não foram separados (rejeitos) são pelo caminhão
que realiza a coleta convencional, sendo encaminhados para aterro sanitário.

287
Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB
Lapa – Paraná

Figura 189: triagem sendo executada e material separado, respectivamente.

Mesa de Triagem

Mesa de Triagem

Após a triagem, os materiais como papel, papelão, plástico, embalagens tetra pack,
e outros, armazenados em bags são prensados e enfardados para posterior
comercialização, Figura 190. Os materiais enfardados são comercializados para
empresas da região, que geralmente realizam a busca dos materiais no próprio
galpão uma vez por mês, Figura 191. O custo de transporte até o processamento é
de responsabilidade dos compradores regionais.

Figura 190: Prensas.

288
Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB
Lapa – Paraná

Figura 191: Material enfardado e sendo comercializado, respectivamente.

Sobre os equipamentos a Recilapa dispõe de 02 prensas e 01 balança.

Outros materiais como os resíduos eletrônicos e as sucatas em geral, são


classificados nas baias destinadas a retriagem e armazenamento de materiais,
Figura 192.

Figura 192: Vista geral das baias de classificação e armazenamento.

Os associados recebem auxílio alimentação, através da disponibilização de alguns


produtos alimentícios pela Administração Municipal. Uma associada fica responsável
pelas refeições, desta maneira, os associados almoçam no refeitório do galpão de
triagem. Na Figura 193 apresenta-se imagens das instalações de apoio como
refeitório e banheiros.

289
Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB
Lapa – Paraná

Figura 193: Unidades de apoio: Refeitório e banheiro, respectivamente.

Os quantitativos comercializados serão apresentados posteriormente em item


especifico. Deve-se ressaltar a não existência de dados quantitativos de chegada de
materiais (coletado pela coleta seletiva) uma vez que o galpão não dispõe de
balança rodoviária para pesagem do caminhão coletor.

3.5. PROGRAMAS DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL

A educação ambiental é dividida em duas esferas. A formal é realizada nas escolas


e visa integrar o conteúdo ao lecionado na escola de forma transversal. Nas escolas
municipais o Plano Pedagógico inclui a Educação Ambiental a partir do 50 ano, onde
aborda-se questões da área de meio ambiente, incluindo saneamento básico e, logo,
resíduos sólidos. Também são realizadas palestras para os alunos através da
Secretaria de Educação e Secretaria de Agricultura e Meio Ambiente, onde realiza-
se também visitas guiadas ao aterro sanitário e ao galpão de reciclagem da
Recilapa.

O processo de educação informal consiste em esclarecer a população em geral


sobre o programa de coleta seletiva, a existência de uma associação de catadores e
os benefícios gerais a serem alcançados. Esse tipo de interação com a população
recebe este nome por não estar ligada diretamente aos conceitos pedagógicos
aplicados nas escolas, mas sim diretamente à população.

290
Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB
Lapa – Paraná

Lapa realiza este tipo de educação através de material escrito, rádio e propaganda
ambulante. O importante é que a população receba essa informação de locais
diferentes, já que cada pessoa tem afinidade maior com um tipo de mídia.

O material escrito é feito através de folheto e mídia local. Os folhetos são utilizados
principalmente para esclarecer a população sobre diversos temas como: óleo de
cozinha usado, quais resíduos separar, a forma de acondicionamento e as datas e
horários de coleta, conforme visualiza-se nas Figuras 194, 195 e 196.

Estas duas formas de aplicação da educação ambiental se completam, uma vez que
os ensinamentos absorvidos na escola são repassados para os pais, avós e todos
que tem contato com os estudantes. Desta forma é possível abranger todas as áreas
de interesse para a educação ambiental de forma eficaz e balizada nos conceitos
das Políticas Nacional e Estadual de Resíduos.

291
Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB
Lapa – Paraná

Figura 194: Material informativo do Projeto Recicla Lapa. Frente.

Figura 195: Material informativo do Projeto Recicla Lapa. Verso.

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Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB
Lapa – Paraná

Figura 196: Material informativo do Projeto Recicla Lapa. Interior.

293
Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB
Lapa – Paraná

3.6. ESTUDO GRAVIMÉTRICO

Para compor o Plano Municipal de Saneamento Básico, complementado com o


Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos – PMGIRS, foi realizado
estudo da composição gravimétrica dos resíduos sólidos coletados pela coleta
convencional do município da Lapa - PR. O estudo foi realizado em abril de 2015.
Deste modo, objetivou-se conhecer o potencial de materiais recicláveis que estão
sendo encaminhados para disposição final através do aterro sanitário.

3.6.1. Metodologia Empregada

 Infra-Estrutura e Logística Utilizada

Para o desenvolvimento da pesquisa foi necessária a utilização de logística e


infraestrutura adequada para a realização da coleta da amostra de resíduos (aterro
sanitário) e triagem (associação) sem gerar problemas operacionais para os
mesmos.

 Locais para realização da pesquisa:

 Coleta da Amostra: Área de descarregamento dos caminhões coletores


compactadores no aterro sanitário da Lapa;
 Separação e Pesagem das Amostras: Parceria com a Recilapa (Galpão de
Triagem);
 Elaboração e Tratamento dos Dados – Escritório da empresa Ampla
Consultoria e Planejamento.

Equipamentos utilizados:

 4 contentores de 240 litros cada para definição da amostra;


 2 Lonas 4 x 4 metros para disposição, coleta, homogeneização e
quarteamento da amostra da carga de resíduos do caminhão coletor;
 2 pás para a homogeneização da amostra;
 Sacos plásticos para separação dos materiais;

294
Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB
Lapa – Paraná

 EPI’s (luvas, máscaras e sapatos resistentes);


 1 Balança de precisão de 1 grama até 5 kg;
 1 balança de precisão de 5 gramas para pesos superiores à 5 kg.

 Metodologia de Coleta da Amostra

Na literatura são apresentados diferentes métodos para realizar a composição


gravimétrica dos resíduos sólidos, a maior parte com base no quarteamento da
amostra, conforme determina a NBR 10.007/2004.

Para a caracterização gravimétrica dos resíduos sólidos do município da Lapa foi


utilizada metodologia similar, cujos passos são demonstrados a seguir:

1. Descarregar o caminhão da coleta convencional sobre a lona em área


delimitada do aterro sanitário;

2. Coletar quatro amostras de 240 litros cada, três na base e laterais, e uma no
topo da caçamba. Resultando no volume final de 960 litros que será
considerada a amostra inicial.

3. Depositar os resíduos da amostra inicial sobre lona resistente.

4. Romper os sacos plásticos e homogeneizar a amostra de resíduos com o


auxílio de pás para obtenção da amostra inicial;

5. Realizar o quarteamento, ou seja, separar quatro amostras de 240 litros cada.

6. Duas das partes obtidas pelo quarteamento, e localizadas em posição


diametralmente opostas são descartadas. Resultando numa amostra parcial de
480 litros.

7. Homogeneizar os resíduos da amostra parcial com o auxílio de pás;

295
Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB
Lapa – Paraná

8. Realizar o quarteamento, ou seja, separar quatro amostras de 120 litros cada;

9. Duas das partes obtidas pelo quarteamento, e localizadas em posição


diametralmente opostas deverão ser descartadas. Resultando numa amostra
final de 240 litros;

10. Separar cada um dos materiais presentes na amostra final;

11. Pesar separadamente os materiais, anotar os valores em uma planilha e


calcular os percentuais de cada material em relação ao peso total da amostra.

Na Figura 197 apresenta-se fluxograma da metodologia utilizada.

296
Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB
Lapa – Paraná

Figura 197: Fluxograma de Metodologia utilizada.

Nas imagens a seguir pode-se visualizar as etapas realizadas do estudo


gravimétrico realizado no aterro sanitário em abril de 2015.

Figura 198: Resíduos sendo despejados do caminhão coletor.

297
Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB
Lapa – Paraná

Figura 199: Escolha da amostra.

Figura 200: Homogeneização da amostra (abertura dos sacos e mistura).

298
Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB
Lapa – Paraná

Figura 201: Divisão das amostras iniciais (960 l) para obtenção da amostra final (240 l).
Quarteamento.

Figura 202: Separação da amostra final no galpão de triagem da RECILAPA.

Figura 203: Amostra final separada por fração de resíduo.

299
Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB
Lapa – Paraná

Figura 204: Pesagem das distintas frações de resíduos.

3.6.2. Resultados Obtidos

O estudo gravimétrico realizado com os resíduos domiciliares da Lapa foi realizado


em duplicata, para obtenção de 02 amostras finais de 240 litros, as quais as frações
de resíduos foram triadas separadamente. Os resultados aqui apresentados são
referentes à estas duas amostras, sendo o resultado final a média obtida. Os
resultados obtidos apresentam-se no Quadro 106 e nas Figuras 205, 206 e 207.

Quadro 106: Resultados obtidos no estudo gravimétrico realizado com os resíduos


domiciliares da Lapa em 2015.
Estudo Gravimétrico - Lapa (2015)
Peso (Kg) Percentual
Material Amostra 1 Amostra 2 Média Amostra 1 Amostra 2 Média
Sanitário 9,930 16,470 13,200 11,33% 19,08% 15,17%
Rejeito 4,340 3,650 3,995 4,95% 4,23% 4,59%
Plástico mole 8,010 8,340 8,175 9,14% 9,66% 9,40%
Orgânico 44,130 36,000 40,065 50,34% 41,70% 46,05%
Papel misto 9,010 6,260 7,635 10,28% 7,25% 8,78%
Tecido 6,650 5,630 6,140 7,59% 6,52% 7,06%
Metal 0,800 1,960 1,380 0,91% 2,27% 1,59%
Alumínio 0,340 0,640 0,490 0,39% 0,74% 0,56%
Eletrônicos e pilhas 0,350 0,810 0,580 0,40% 0,94% 0,67%
Vidro 0,400 2,640 1,520 0,46% 3,06% 1,75%
Plástico PP 0,990 0,980 0,985 1,13% 1,14% 1,13%
Plástico duro 1,820 2,330 2,075 2,08% 2,70% 2,39%
Tetrapack 0,900 0,620 0,760 1,03% 0,72% 0,87%
Total 87,670 86,330 87,000 100,00% 100,00% 100,00%

300
Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB
Lapa – Paraná

Figura 205: Resultados da amostra 1.

Figura 206: Resultados da amostra 2.

Figura 207: Resultado final.

301
Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB
Lapa – Paraná

Na Figura 208 apresenta-se o resumo dos dados apresentados anteriormente


considerando as principais frações presentes nos resíduos enviados para o aterro
sanitário.

Figura 208: Resultado final por fração reciclável seco, orgânico e rejeito.

*Rejeitos: resíduos sanitário, rejeito, eletronicos, pilhas e tecido.

Deste modo para o município da Lapa em 2015 tem-se que 46% dos resíduos
domiciliares são compostos de material orgânico, passível de compostagem. Os
rejeitos (parcela que não é possível reciclar, compostos por fraldas, resíduos de
banheiro, papel higiênico, etc) representam 28%. Os materiais recicláveis secos
(papel/papelão, vidro, sucata, embalagens tetrapack, alumínio, plástico e PET)
correspondem a 26%, sendo que estes materiais poderiam ser separados nas
residências e coletados pela coleta seletiva e enviados para a Recilapa.

3.7. GERAÇÃO DE RESIDUOS SÓLIDOS DOMICILIARES

A geração de resíduos pode variar de acordo com as características de cada região,


macro ou micro região, estado, ou ainda, podem variar em função de aspectos
sociais, econômicos, culturais, geográficos e climáticos, ou seja, os mesmos fatores
que também diferenciam as comunidades entre si.

302
Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB
Lapa – Paraná

A geração per capita de resíduos sólidos municipais ou urbanos pode variar ainda
segundo o tamanho do núcleo populacional. Nos núcleos populacionais grandes
(mais de 201.000 habitantes), a média regional ponderada para os resíduos
domésticos é de 0,88 kg/hab/dia e a geração de resíduos municipais é de 1,09
kg/hab/dia. Nos núcleos médios (de 51.000 a 200.000 habitantes) os valores
correspondentes são de 0,58 kg/hab/dia e 0,75 kg/hab/dia, respectivamente, e nos
núcleos populacionais pequenos (até 50.000 habitantes), de 0,54 kg/habitante/dia e
0,52 kg/hab/dia. Os valores médios são de 0,79 kg/hab/dia e 0,91 kg/ /hab/dia,
respectivamente (Fonte: OPAS (2007) – Organização Pan-Americana da Saúde nas Américas,
Publicação Científica e Técnica, n. 622).

3.7.1. Quantitativo da Coleta Domiciliar: Convencional e Seletiva

A seguir, Quadro 107, apresentam-se os dados quantitativos dos resíduos coletados


pela coleta domiciliar, obtidos através da pesagem dos caminhões coletores no
aterro sanitário e os dados de comercialização dos materiais recicláveis pela
Recilapa (não existem dados de pesagem dos caminhões da coleta seletiva). Deste
modo temos o total de resíduos sólidos domiciliares gerados e o percentual do
desvio da coleta seletiva considerando a geração total.

Quadro 107: Quantitativos da geração de resíduos sólidos domiciliares.


Resíduos Domiciliares % Desviado pela Coleta
Mês/Ano
Convencional Seletiva* Total Seletiva
jan/14 528.790 60.193,80 588.984 10%
fev/14 482.670 51.210,20 533.880 10%
mar/14 496.700 52.408,30 549.108 10%
abr/14 454.650 44.163,30 498.813 9%
mai/14 476.430 33.197,40 509.627 7%
jun/14 473.250 50.746,60 523.997 10%
jul/14 489.270 64.506,30 553.776 12%
ago/14 446.470 43.934,95 490.405 9%
set/14 487.750 34.107,13 521.857 7%
out/14 512.690 40.802,90 553.493 7%
nov/14 443.450 55.541,30 498.991 11%
Media 481.102 48.256 529.357 9%
jan/15 559.500 -- -- --
fev/15 465.210 -- -- --
*Valores referentes à comercialização dos materiais recicláveis pela Recilapa.

303
Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB
Lapa – Paraná

De acordo com os valores apresentados, Lapa apresenta uma média de desvio do


aterro sanitário pelo programa de coleta seletiva em torno de 9% do total gerado,
Figura 209, índice este considerado bastante satisfatório.

Figura 209: Percentual e desvio de materiais recicláveis do aterro sanitário considerando o


total gerado.

Utilizando os dados do estudo gravimétrico de que 26% dos resíduos coletados pela
coleta convencional e dispostos no aterro sanitário são potencialmente materiais
recicláveis secos, e somados ao 9% de desvio proveniente da coleta seletiva, temos
um potencial de reciclagem dos resíduos domiciliares gerados (coleta convencional
+ coleta seletiva) de 35%.

Considerando as metas nacionais de reciclagem dos resíduos secos estabelecidas


pelo Plano Nacional de Resíduos Sólidos - PLANARES (a ser apresentada na etapa
de prognóstico) que considera o desvio de materiais recicláveis secos do aterro
sanitário com base em estudo gravimétrico, pode-se considerar que Lapa desvia
em torno de 26% dos residuos secos gerados no município. Este índice
encontra-se abaixo da meta estabelecida para 2015 pelo PLANARES para a região
Sul, que determina o desvio de 43% dos resíduos secos do aterro sanitario com
base na caracterização nacional.

304
Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB
Lapa – Paraná

3.7.2. Geração Per capita de Resíduos Domiciliares

Com base nos dados da quantidade de resíduos sólidos domiciliares gerados,


calculou-se a geração per capita (kg/hab-dia) de resíduos sólidos domiciliares para
Lapa, apresentada no Quadro 108.

Quadro 108: Geração Per Capita de resíduos sólidos domiciliares - RSD.


Dados/ano
População Urbana (hab) (2014*) 28.834
Resíduos Sólidos Domiciliares (t/mês) (2014) 530
Geração Per capita
Per capita (kg/hab-dia) 0,61
* Projeção Populacional realizada para o presente PMSB.

Utilizou-se os dados da população urbana tendo em vista que a coleta convencional


que possui maior representatividade no total coletado é referente somente a esta
área, sendo na área rural realizada a coleta seletiva.

3.8. SERVIÇOS DE LIMPEZA PÚBLICA

Além do gerenciamento dos resíduos sólidos domiciliares, através da coleta,


destinação e disposição final dos mesmos, existem outros serviços de limpeza
pública executados no município, tais como: varrição, capina, poda e recolhimento
de galhos. Estes serviços são executados através de contratação de empresa
terceirizada Barreiras Prestadora de Serviços Ltda ME.

Os serviços são executados com veículos, maquinários e funcionários próprios da


empresa contratada, ficando a fiscalização e o monitoramento dos serviços a cargo
de um fiscal específico da Secretaria de Infraestrutura, obras públicas e transporte.

3.8.1. Varrição

Os serviços de varrição, Figura 210, são executados conforme especificações


apresentadas no Quadro 109.

305
Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB
Lapa – Paraná

Quadro 109: Especificações do serviço de varrição.


Varrição
Quant.
Item Unidade Especificação
(ano)
Prestação de Serviços de varrição de ruas e calçadas, raspagem
de areia acumulada nas ruas, meio fios e sarjetas e limpeza de
lixeiras e recolhimento de resíduos e destinação final adequada
dos resíduos resultantes destes serviços.
Equipamentos necessários:
• 10 unidades de pás de sapar (pá de gari);
• 10 unidades de rastelos;
• 10 unidades de vassourão de nylon;
• 10 unidades de carrinhos de gari;
1 m² 7.200.000
• 10 pás;
• 10 enxadas para raspagem de areia;
• 30 pares de luvas de algodão;
• 36.000 sacos plásticos de 100 litros.
Funcionários necessários para o desempenho dos serviços:
• 1 encarregado;
• 10 varredores;
• 5 ajudantes.

Figura 210: Serviço de varrição sendo executado.

O serviço de varrição possui cobertura em torno de 24% das vias pavimentadas


atendidas, conforme mapeamento apresentado na Figura 211.

306
Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB
Lapa – Paraná

Figura 211: Mapeamento das ruas atendidas pelo serviço de varrição.

307
Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB
Lapa – Paraná

3.8.2. Roçada e Capina

Os serviços de roçada e capina, Figura 212, são executados conforme


especificações apresentadas no Quadro 110.

Quadro 110: Especificações do serviço de roçada e capina.


Roçada e Capina
Quant.
Item Unidade Especificação
(ano)
Roçada Leve
Prestação de serviços de roçada, varrição e rastelamento da área
roçada e destinação final adequada dos resíduos resultantes
destes serviços.
Equipamentos necessários:
• 10 unidades de roçadeiras laterais a gasolina;
• 2 unidades de roçadeiras reservas;
• 36.000 unidades de sacos plásticos para resíduos;
• 1 unidade de soprador;
1 m² 4.263.000
• 8 unidades de rastelo;
• 4 unidades de vassourão em nylon;
• 1 unidade de foice.
Funcionários necessários:
• 1 encarregado;
• 10 operadores de roçadeiras;
• 5 ajudantes de limpeza (Varrição, rastelo, tela e recolhimento do
material).

Roçada Pesada
Prestação de serviços de roçada em taludes, barrancos e de
vegetação com mais de 70 cm de atura com a retirada do capim
com fornecimento plantio de mudas de Arachis sp. (amendoim
forrageiro) e destinação final adequada dos resíduos resultantes
destes serviços.
Equipamentos necessários:
• 5 unidades de roçadeiras laterais a gasolina;
• 2 unidades de roçadeiras reservas;
2 m² 50.000
• 1.000 unidades de sacos plásticos para resíduos;;
• 5 unidades de rastelo;
• 5 unidades de foice.
Funcionários necessários:
• 1 encarregado;
• 10 operadores de roçadeiras;
• 5 ajudantes de limpeza (Varrição, rastelo, tela e recolhimento do
material).

308
Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB
Lapa – Paraná

Roçada e Capina
Quant.
Item Unidade Especificação
(ano)
Capina manual
Prestação de serviços de capina manual e retirada de areia de
meio fios, calçadas e ruas pavimentadas com lajotas sextavas,
peivers e/ou paralelepípedos.
Equipamentos necessários:
• 5 unidades de enxadas para capina;
3 m² 240.000
• 3 unidades de rastelo;
• 3 unidades de vassourão de nylon;
• 2 unidades de lima.
Funcionários necessários:
• 5 capinadores.

Figura 212: Execução da capina manual e retirada de areia de meio fio.

Figura 213: Execução do serviço de roçada.

A Secretaria de Infraestrutura, obras públicas e transporte fiscaliza os serviços e


realiza a medição mensal das áreas atendidas, para exemplificar tem-se no Quadro
111 as áreas onde realizou-se os serviço de capina em fevereiro de 2015.

309
Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB
Lapa – Paraná

Quadro 111: Medição da área atendida pelo serviço de capina em fevereiro de 2015.
Medidas Referentes à Capina – Fevereiro (2015)
Área Capinada
Local
(m²)
Rua Barão do Rio Branco 7.037
Rua XV de Novembro 3.539
Alameda David Carneiro 6.104
Rua Monsenhor Lamartine 960
Rua José Lacerda 480
Rua Tenente Henrique dos Santos 672
Rua Sete de Setembro 1.408
Praça General Carneiro 704
Rua Joaquim Linhares de Lacerda 640
Rua Barão dos Campos Gerais 644
Rua Francisco Braga 308
Rua Frederico Westphallen 424
Rua Hipólito Alves de Araújo 302
Rua Eufrásio Cortes 1.950
Rua Rui Barbosa 900
Rua Antônio Carvalho de Gusmão 824
Rua Nossa Senhora do Rocio 2.280
Rua Abigail Cortes 824
TOTAL 30.000

3.8.3. Coleta de Galhos e Entulhos

O gerenciamento dos Resíduos da Construção Civil - RCC e entulhos será


apresentado posteriormente, em item específico. Vale mencionar que os serviços
contratados, Quadro 112, são referentes a limpeza de terrenos públicos onde há o
descarte irregular de entulhos por parte da população. No entanto, esta prática de
coleta por parte da municipalidade está sendo revista, uma vez que a
responsabilidade pelo gerenciamento dos RCC e entulhos é do gerador destes
resíduos.

Os serviços de coleta de galhos e entulhos são executados conforme especificações


apresentadas no Quadro 112.

310
Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB
Lapa – Paraná

Quadro 112: Especificações do serviço de coleta de galhos e entulhos.


Coleta de Galhos e Entulhos
Quant.
Item Unidade Especificação
(ano)
Coleta de galhos e entulhos
(Caliças, restos de materiais de construção, materiais inertes) de vias
públicas deixados pela população, com destinação final adequada dos
resíduos resultantes deste serviços.
Equipamentos necessários:
• 1 Caminhão truck com carroceria de 8 metros de comprimento;
1 horas 2.500 • 1 Retroescavadeira com tração 4x4 motor a diesel com 110 HP.
Funcionários necessários:
• 1 motorista com habilitação de categorias C ou D;
• 2 ajudantes;
• 1 operador de máquina com habilitação de categorias C ou D, com
treinamento para operar o equipamento.

3.8.4. Jardinagem, retirada de Plantas Rasteiras e Poda

Ainda, outros serviços complementares de limpeza pública são executados como os


serviços de jardinagem, retirada de plantas rasteiras e poda, sendo executados
conforme especificações apresentadas nos Quadro 113 e 114.

Quadro 113: Especificações do serviço de jardinagem.


Jardinagem
Quant.
Item Unidade Especificação
(ano)
Prestação de Serviços de implantação e manutenção de
Paisagismo e Jardinagem em parque e com fornecimento de
equipamento, flores da época, mudas de árvores e mão-de-obra.
Os serviços compreendem:
• Poda;
• Replantio;
• Roçada;
• Capina;
• Corte de arbustos;
• Aplicação de adubos e correção de solo;
• Destinação final adequada dos resíduos sólidos resultantes
destes serviços.
1 m² 120.000 Ferramentas necessárias:
• 5 unidades de pá de ferro;
• 3 unidades de pá de sapar (Pá de gari);
• 2400 sacos de lixo plástico de 100 litros;
• 2 unidades de foice;
• 5 unidades de garfo;
• 3 unidades de vassourão de nylon;
• 3 unidades de enxada de jardinagem;
• 1 unidade de roçadeira lateral a gasolina.
Funcionários necessários para o desempenho dos serviços
diariamente:
• 3 jardineiros.

311
Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB
Lapa – Paraná

Quadro 114: Especificações do serviço de retirada de plantas rasteiras e poda.


Retirada de plantas rasteiras e poda
Quant.
Item Unidade Especificação
(ano)
O serviço consiste, basicamente, na retirada de todas as "ervas de
passarinho" (Struthanthus flexicaulis) que parasitam as árvores, bem
como na poda e retirada de seus galhos secos, doentes, quebrados ou
mal localizados, que possam representar algum risco. A retirada das
ervas parasitas deve ser feita, tanto quanto possível, evitando-se a
retirada de galhos. Caso seja necessário podar os galhos para a
1 und 350 retirada das parasitas, a parte destes a ser retirada deve ser a mínima
possível. Há que ter-se, também, com o cuidado necessário para que
não reste nenhuma raiz de planta hospedeira sobre qualquer parte da
planta. O material removido deve ser transportado e depositado em
área da prefeitura municipal da Lapa, próxima do aterro sanitário
municipal.

3.9. RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL - RCC

Os Resíduos da Construção Civil - RCC são os provenientes de construções,


reformas, reparos e demolições de obras de construção civil, também chamados de
entulhos de obras e/ou caliças. A responsabilidade pelo gerenciamento destes
resíduos é do gerador.

Em Lapa, a Administração Municipal atua de forma corretiva coletando os entulhos e


caliças dispostos irregularmente pela população em áreas públicas, através da
contratação de empresa para a realização desta coleta, conforme mencionado em
item anterior sobre a limpeza pública. No entanto, desde o início do ano de 2015 a
Prefeitura vem atuando para disciplinar os geradores de RCC e entulhos quanto sua
responsabilidade, em cumprimento à Lei Municipal 1.783, de 19/05/2004 que institui
o Código de Posturas, o qual estabelece:

“Art. 50. Ficam os donos ou empreiteiros de obras obrigados à


pronta remoção dos restos de materiais ou quaisquer objeto
deixados nas vias públicas”.

Segundo a Lei, a responsabilidade pelo recolhimento e transporte dos restos de


construção é do proprietário ou empreiteiro da obra. Assim, quando está
acontecendo uma obra, o morador deve contratar uma empresa para recolher e

312
Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB
Lapa – Paraná

transportar o material até a área adequada. A licença para que isso ocorra deve ser
retirada gratuitamente pelo proprietário da obra na Secretaria de Agropecuária e
Meio Ambiente. Estes procedimentos estão descritos em material informativo e de
divulgação disponibilizado pela Secretaria de Agricultura e Meio Ambiente conforme
apresentado na Figura 214.

Figura 214: Material informativo sobre os procedimentos referentes ao manejo dos entulhos de
construção.

Deste modo, na Lapa, os entulhos e resíduos da construção civil deverão ser


coletados por empresas particulares que realizam o serviço de coleta de entulhos

313
Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB
Lapa – Paraná

através da contratação dos serviços de caçambas, conforme exemplificam-se na


Figura 215.

Figura 215: Resíduos da construção civil dispostos em caçambas particulares.

Com relação ao destino dado a estes materiais coletados, no final de 2014, após
longo trabalho coordenado pelo Departamento de Meio Ambiente, a Prefeitura da
Lapa conseguiu junto ao Instituto Ambiental do Paraná (IAP), a regularização de
uma área próxima ao Aterro Sanitário, para depositar restos de construção civil,
Figura 216 (este local já foi apresentado no item que trata da descrição do aterro
sanitário municipal).

Atualmente as empresas de caçambas podem depositar os resíduos nesta área sem


custo, porém esta pratica deverá ser revista, considerando que as empresas são
responsáveis pela coleta e destinação final dos resíduos coletados, sendo cobrado
ao munícipe este serviço.

314
Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB
Lapa – Paraná

Figura 216: Imagem esquemática da área de armazenamento temporário de resíduos da


construção civil.

Elaborado por AMPLA Consultoria. Fonte: Adaptado do Google Earth.

No local, todos os restos de construção são depositados separados dos resíduos


comuns, o que atende as leis ambientais e aumenta ainda mais a vida útil do aterro
sanitário, já que este não recebe materiais irregulares.

Muito do material também é reaproveitado: os restos de tijolos e telhas podem ser


utilizados na recuperação de estradas, peças de ferro vão para a Recilapa e as
madeiras são enviadas para olarias e algumas em bom estado são repassadas para
a Secretaria de Inclusão e Ação Social para doação.

Apesar da proibição do descarte irregular de Resíduos da Construção Civil e


entulhos em vias e terrenos, ainda pode-se observar esta prática por parte de alguns
munícipes em Lapa, Figura 217.

315
Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB
Lapa – Paraná

Figura 217: Descarte irregular de entulhos e RCC.

3.10. RESÍDUOS DOS SERVIÇOS DE SAÚDE (RSS)

O gerenciamento dos resíduos dos serviços de saúde é de responsabilidade do


gerador, cabendo ao Poder Público Municipal o gerenciamento quando ele próprio
for o gerador e, realizar a fiscalização dos geradores privados.

Para realizar a gestão dos RSS gerados pelo município a Administração Municipal
possui contrato de prestação de serviço N0 029/2014 com a empresa Transresíduos
transportes de Resíduos Industriais Ltda, cujo objeto inclui a coleta regular,
transporte e disposição final dos resíduos sólidos domiciliares e:

 COLETA, TRANSPORTE, TRATAMENTO E DISPOSIÇÃO FINAL DE


RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE, estimado em 1200 kg/mês – que
consiste na coleta, transporte, armazenamento, tratamento e disposição final
de resíduos oriundos de serviços de saúde, classificados como GRUPO A, B e
E, exceto os caracterizados como grupo C e D pela resolução CONAMA nº
358/2005 e RDC ANVISA 306/2004, gerados nos estabelecimentos de saúde,
pertencentes à rede municipal de saúde, devidamente acondicionados em
sacos plásticos e/ou em recipientes aprovados pela CONTRATANTE,
respeitando sempre as determinações legais vigentes.

 COLETA, TRANSPORTE, ARMAZENAMENTO, TRATAMENTO E


DISPOSIÇÃO FINAL DE CARCAÇAS DE ANIMAIS, estimado em 500 kg/mês,

316
Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB
Lapa – Paraná

que consiste no recolhimento, em todo o Município, de forma manual e/ou


mecanizada, dos resíduos de carcaça de animal de pequeno, médio ou grande
porte, respeitadas as determinações legais vigentes, e o seu transporte em
veículos apropriados, do ponto de coleta até sua descarga em local de
destinação final adequada.

Com relação aos geradores de Resíduos de Saúde municipais, a empresa


Transresíduos realiza a coleta nas unidades apresentadas no Quadro 115.

Quadro 115: Relação de geradores municipais de RSS.


Unidades de Saúde municipais
Local Endereço
Clínica Odontológica João Lacerda Braga Rua Vereador Oswaldo Montenegro, s/n°
Unidade de Saúde Vila São José Rua Guanabara, s/n° Vila São José
Nucleo Integrado de Saúde Dr. Eugenio
Rua Marechal Floriano Peixoto, 191
Guimarães
Maternidade Municipal Gumberto Carrano Rua Marechal Floriano Peixoto, 458
Clínica da Mulher Rua Marechal Floriano Peixoto, 458
Aloísio Leoni e Puericultura Rua Marechal Floriano
Central Pediáterica
Peixoto, 191
UPA 24HS Av. Jucelino K. de Oliveira
Centro de Saúde Dr Eugenio Alves
Rua Marechal Floriano Peixoto, 191
Guimarães
Unidade de Saúde Caic Rua Arthur Virmond de Lacerda, s/n°
Décimo Quinto GACAP - Quartel Rua Westephalen, 266
Cemitério Municipal Centro
Posto de Saúde Mariental Rodovia do Xisto- BR 467
Posto de Saúde Leonor Virgínia Dalsenter Rua sebastião Furiati s/n

Na Figura 218 podemos visualizar o veículo utilizado pela empresa contratada, o


veículo possui certificado do INMETRO, estando dentro dos padrões estabelecidos
pela Norma Técnica Brasileira – NBR – 12.810, NBR - 14.652 e pela Prefeitura.

317
Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB
Lapa – Paraná

Figura 218: Veículo utilizado para a coleta de RSS municipais.

Na Figura 219 pode-se visualizar, a título de exemplificação, local de


armazenamento externo dos RSS (na UPA 24 horas) e a coleta sendo executada. O
local utilizado nesta unidade é adequado para o armazenamento dos RSS, sendo
fechado (construção em alvenaria com ventilação) deste modo evitando o contato de
pessoas com os resíduos infectantes.

Figura 219: Local de armazenamento externo dos RSS municipais na UPA 24 horas (vista
Externa).

318
Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB
Lapa – Paraná

Figura 220: Local de armazenamento externo dos RSS municipais na UPA 24 horas (vista
Interna).

A seguir, no Quadro 116, apresentam-se os quantitativos referentes aos resíduos


coletados na rede municipal de saúde pela empresa Transresíduos.

Quadro 116: Quantitativo dos resíduos dos serviços de saúde municipais coletados pela
Transresíduos.
Quantitativo RSS (kg)
Mês/Ano Hospitalar Carcaça Total
jan/14 1.075,60 1.075,60
fev/14 1378,7 1.378,70
mar/14 1.292,40 1.292,40
abr/14 1.058,20 109,2 1.167,40
mai/14 1.037,90 50,4 1.088,30
jun/14 952,60 48,2 1.000,80
jul/14 1.230,75 86,2 1.316,95
ago/14 1.122,30 1.122,30
set/14 1.114,80 159,6 1.274,40
out/14 964,70 182,6 1.147,30
nov/14 988,20 143,7 1.131,90

319
Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB
Lapa – Paraná

Quantitativo RSS (kg)


Mês/Ano Hospitalar Carcaça Total
dez/14 73,00 113,2 186,20
jan/15 1.089,90 203,5 1.293,40
fev/15 874,80 106,6 981,40
Total 14.253,85 1.203,20 15.457,05

Com relação aos geradores privados é cobrado pela Vigilância Sanitária o “Plano de
Gerenciamento dos Resíduos dos Serviços de Saúde” - PGRSS quando da
emissão/renovação da licença da vigilância sanitária. Deste modo, estes geradores
possuem contrato próprio com empresa especializada para a coleta, transporte,
tratamento e destinação final dos RSS. A relação destes estabelecimentos será
apresentada posteriormente em item a seguir sobre “Geradores sujeitos à
elaboração do plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos”.

3.11. GERADORES SUJEITOS A ELABORAÇÃO DO PLANO DE


GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS

A Política Nacional de Resíduos Sólidos estabelece que estão sujeitos a elaboração


de Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos (PGRS) os responsáveis por:

 Estabelecimentos de Serviços de Saúde;


 Empresas da Construção Civil;
 Serviços Públicos de Saneamento Básico;
 Empresas e terminais de transporte;
 Atividades Industriais;
 Mineradoras;
 Estabelecimentos comerciais e de prestação de serviços que gerem resíduos
perigosos ou não compatíveis aos resíduos domiciliares.

O Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos é parte integrante do processo de


licenciamento ambiental, conforme estabelecido no Art. 24 da Lei N0 12.305/2010,
sendo o Instituto Ambiental do Paraná- IAP o órgão licenciador para as atividades de
maiores impactos ambientais.

320
Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB
Lapa – Paraná

É importante o município possuir cadastro dos geradores sujeitos a elaboração de


PGRS, pois a partir deste cadastro poderá ser efetuada a fiscalização destes
geradores no que tange a elaboração do PGRS. No entanto, a Política Nacional de
Resíduos Sólidos é uma lei recente, sendo a partir do presente estudo – Plano de
Saneamento Básico/Plano de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos - na etapa de
Prognóstico, serão identificadas as ações pertinentes por parte da administração
municipal que visam enquadrar os geradores sujeitos a elaboração de PGRS na Lei
N0 12.305/2010.

O município da Lapa possui cadastro dos estabelecimentos por atividade através da


Secretaria da Fazenda, no entanto este cadastro não é referente à elaboração dos
Planos de Gerenciamento de Resíduos Sólidos.

Apresenta-se, no Quadro 117, a situação dos resíduos dos estabelecimentos


passíveis a elaboração do PGRS.

Quadro 117: Situação dos estabelecimentos passíveis a elaboração do PGRS.


Estabelecimentos que devem elaborar PGRS Situação do Resíduo Gerado
Resíduos coletados por empresa contratada pela
Administração Municipal – Cobrado o PGRSS de
Estabelecimentos de Serviços de Saúde*
estabelecimentos privados, pela Vigilância
Sanitária.

Empresas da Construção Civil Não é cobrado o PGRS

SANEPAR executa o gerenciamento dos


Serviços Públicos de Saneamento Básico resíduos gerados nas unidades. ETE
devidamente licenciada pelo IAP.
Terminal rodoviário gera resíduos coletados pela
Empresas e terminais de transporte coleta convencional e enviados para aterro
sanitário– Não é cobrado o PGRS.
O PGRS é parte integrante do processo de
Atividades Industriais
licenciamento ambiental do IAP.

Mineradoras Não existem indústrias instaladas no município.

Estabelecimentos comerciais e de prestação de


Coletados pela coleta convencional executada
serviços que gerem resíduos perigosos ou não
pela prefeitura e enviados para o aterro sanitário.
compatíveis aos resíduos domiciliares

* Detalhado anteriormente

321
Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB
Lapa – Paraná

A seguir, nos Quadros 118 a 127 apresenta-se relação dos possíveis


estabelecimentos sujeitos à elaboração dos Planos de Gerenciamento de Resíduos
Sólidos, com base em informações repassadas pela Secretaria da Fazenda.

 Estabelecimentos de Serviços de Saúde Particulares

Quadro 118: Relação de atividades odontológicas registradas na secretaria da Fazenda


Municipal.
Atividade odontológica
Nome Fantasia Endereço Bairro
Clínica de Saúde Bucal Santo
Rua Mal. Floriano Peixoto, 98 Centro
Antônio
Odontoexcellence Av. Caetano Munhoz da Rocha, 570 W. Montenegro
Vargas Radiologia
Av. Dr Manoel Pedro, 2421 Centro
Odontologia
Odonto Imagem Rua Mal. Floriano Peixoto, 114 Centro
Unisorriso Rua Mal. Floriano Peixoto, 114 Centro

Quadro 119: Relação de dentistas registrados na secretaria da Fazenda Municipal.


Dentista (fixo)
Nome Fantasia Endereço Bairro
Jonny Pelusch Manhaes Av. Dr Manoel Pedro, 1826 Centro
Evandro Teixeira de Souza Av. Caetano Munhoz da Rocha, 1639 Centro
Sabrina Batista Bruzamolin Rua Barão do Rio Branco, 2005 Centro
Samira Cavina Passarelli Querubin Rua Mal. Floriano Peixoto, 98 Centro
Rodrigo Dal Zotto Querubin Rua Mal. Floriano Peixoto, 98 Centro
Wendel Carvalho Fonseca Rua Amintas de Barros, 19 Centro
Waldinez Bianchini Meira Trzaskos Rua Mal. Floriano Peixoto, 131 Centro
Fabiany Azambuja Brunosi Rua Mal. Floriano Peixoto, 458 Centro
João Tiago Marques Demeterko Rua Mal. Floriano Peixoto, 1925 Centro
Márcio André Kugeratski Av. Dr Aloisio Leoni, 489 Centro
Christiano de Alencar Siebra Av. Caetano Munhoz da Rocha, 1536 Centro
Rosecleide Horning do Vale Rua XV de Novembro, 632 Centro
Raul Brunosi Rua Mal. Floriano Peixoto, 85 Centro
Jocely Aparecida Tom Baggio Rua Barão do Rio Branco, 1178 Centro
Luciane Barboza Hoffmann Martins Rua Joaquim Linhares de Lacerda, 78 Centro
Jocirley de Fátima da Silveira Tom Rua Barão do Rio Branco, 1178 Centro
Silvana Cremonez Marcassi Rua Octavio Jose Kuss, 882 Olaria
Ana Luiza de Oliveira Tauchen Rua Nossa Senhora do Rocio, 635 Centro
Roberta Fernandes Batista Rua Barão do Rio Branco, 2005 Centro

322
Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB
Lapa – Paraná

Dentista (fixo)
Nome Fantasia Endereço Bairro
Francisco Bujardão Martins Junior Rua Duque de Caxias, 185 Centro
Julio Cesar Maurer dos Santos Rua Sete de Setembro, 125 Centro
Emerson Luiz Vassao Junior Rua Barão do Rio Branco, 1640 Centro
Meridiane Kais Rua Mal. Floriano Peixoto, 98 Centro

Quadro 120: Relação de atividades veterinárias registradas na secretaria da Fazenda


Municipal.
Atividades veterinárias
Nome Fantasia Endereço Bairro
Comercial Ribas Assessoria Rua Mal. Floriano Peixoto, 138 Centro
Clínica Veterinária Haroldo Suplicy
Rua Amintas de Barros, 79 Centro
Filho
Gatinha. Cao Rua Des. Westphallen, 57 Centro

Quadro 121: Relação de médicos registrados na secretaria da Fazenda Municipal.


Médico (fixo)
Nome Fantasia Endereço Bairro
Sheyla Maris Nicareta Rua Francisco Teixeira Coelho, 166 Centro
Luiz Avelino Paquet de Lacerda Av. Dr Manoel Pedro, 2573 Centro
Jose Alberto Rossi de Carvalho Rua Senador Souza Naves, 1843 Centro
Ary Ferreira Junior Rua Mal. Floriano Peixoto, 141 Centro
Francisco Bujardão Martins Rua Duque de Caxias, 185 Centro
Luiz Lauro Lacks Rua Mal. Floriano Peixoto, 157 Centro
Alfredo Vidal Moreira Rua Nossa Senhora do Rocio, 0 Centro
Arno Rubens Pamplona Rua Barão do Rio Branco, 1508 Centro
Manoel Francisco Moreira Vidal Rua XV de Novembro, 49 Centro
Antonio Correa de Lacerda Rua Des. Westphallen, 318 Centro
Rosane Maria Baggio Rua Mal. Floriano Peixoto, 502 Centro
Cristina Maria Lamers Rua Francisco Teixeira Coelho, 166 Centro
Claudia Mara Moreno Vaz Rua Des. Westphallen, 313 Centro
Marcio Antonio Camargo de Melo Rua Des. Westphallen, 313 Centro
Simone Zanardo Gonzales Av. Dr Manoel Pedro, 2158 Centro
Alexandre Yoshiharu Shiomi Av. Dr Manoel Pedro, 2573 Centro
Luiz Augusto Arana Av. Dr Manoel Pedro, 2573 Centro
Giorgio Barbosa Fabiani Av. Dr Manoel Pedro, 2573 Centro
Pierre Fonseca da Costa Av. Dr Manoel Pedro, 2573 Centro
Adriano Reimann Av. Dr Manoel Pedro, 2573 Centro
Juliana Janz Laibida Av. Dr Manoel Pedro, 2573 Centro
Marcio Leiria dos Reis Av. Dr Manoel Pedro, 2573 Centro
Rodrigo Bruel da Silveira Av. Dr Manoel Pedro, 2573 Centro
Jonas Lenzi de Araujo Av. Dr Manoel Pedro, 2573 Centro

323
Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB
Lapa – Paraná

Quadro 122: Relação de atividades médica ambulatorial registrada na secretaria da Fazenda


Municipal.
Atividade médica ambulatorial restrita a consultas
Nome Fantasia Endereço Bairro
Clinica de Fisioterapia Rua Mal. Floriano Peixoto, 157 Centro
Medimagem Rua Nossa Senhora do Rocio, 608 Centro
Lapinha Localidade Lavrinha Zona Rural
Hospital Hipolito e Amelia Alves
de Araujo Praça Gal. Carneiro, 344 Centro
Laborcon Laboratório de Análises
Clínicas Rua Barão do Rio Branco, 1609 Centro
Laboratório de Análises Clínicas
Becker Praça Gal. Carneiro, 36 Centro
Laboratório de Análises Clínicas
Visão Rua Amintas de Barros Centro
Fisiocenter Rua Mal. Floriano Peixoto, 394 Centro
Clínica Sermed Rua Francisco Braga, 310 Centro
Unimed Curitiba Rua Barão do Rio Branco, 1678 Centro
Clínica Cruz Azul Av. Dr Manoel Pedro, 1944 Centro
Silvana Ganzert Pierin Rua Treze de Maio, 964 Centro
Tecniplan Rua Nossa Senhora do Rocio, 307 Centro
Clinicenter Vidaclin Rua Mal. Floriano Peixoto, 141 Centro
Laboratório Volpi e Biancardi Rua Francisco Braga, 229 Centro
Andrea Rezende Cherubini Rua Nossa Senhora do Rocio, 635 Centro
Instituto de Nutrição e
Metabolismo Av. Dr Manoel Pedro, 2573 Centro
Cassia Marins Pinto Tv. Boleslau Tyrka Centro
Clayton Schifter Santos Rua Nossa Senhora do Rocio, 635 Centro

 Empresas da Construção Civil

Quadro 123: Relação de atividades de remoção de caliças e entulhos registrada na secretaria


da Fazenda Municipal.
Remoção de caliças e entulhos - (Fixo)
Nome Fantasia Endereço Bairro
João Maria de Lima Guimarães Rua Nossa Senhora do Rocio, 231 Centro

Quadro 124: Relação de Serviços relativos a engenharia, arquitetura, geologia, urbanismo,


construção civil, manutenção, limpeza, meio ambiente, saneamento e congêneres registrados
na secretaria da Fazenda Municipal.
Serviços relativos a engenharia, arquitetura, geologia, urbanismo, construção civil,
manutenção, limpeza, meio ambiente, saneamento e congêneres
Nome Fantasia Endereço Bairro
Antonio Rodrigues Pinturas Rua Saboia Cortes, 226 Centro
Benedito Hamilton Dias da Silva Rua Eduardo Correa, 596 Baixo da Lapa
Juarez Chaves Cordeiro Rua Daniel Guimarães, 460 Boqueirão

324
Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB
Lapa – Paraná

Serviços relativos a engenharia, arquitetura, geologia, urbanismo, construção civil,


manutenção, limpeza, meio ambiente, saneamento e congêneres
Nome Fantasia Endereço Bairro
Comércio e Extração de Minérios
Estrada Balsa Nova, 3 Lagoão
Balsa Nova
Agroflorestal 24 de Maio Rua Treze de Maio, 879 Centro
Colônia
Cerealista Mariental Rodovia do Xisto - BR-476, Km 54
Mariental
Magazine Isabell Rua Barão do Rio Branco, 2012 Centro
S.P. Construção Civil Localidade Capão Bonito Zona Rural
Maurício Lemos Rua Ricardo Ganzert, 109 Ronda
LS Ambiental Rodovia do Xisto - BR-476, 434 Boqueirão
Reina Transportes e Prestação de
Rua Cônego João Evangelista Braga, 531 Olaria
Serviços
Mikterplan Rua Antônio Cunha, 311 Olaria
Nelson dos Santos Corte de Árvores Rua Pedro Mendes Camargo, 63 Dom Pedro II
Alexandre Vieira de Oliveira Rua Cândida Correa Costa, 114 Baixo da Lapa
Eterpa Participações Av. Dr Aloisio Leoni, 118 Centro
Transresiduos Transportes de
Rua Eufrasio Cortes, 319 Centro
Resíduos
CRG Engenharia Av. Dr Manoel Pedro, 1963 Centro
Geplan - Planejamento, Projetos e
Rua Barão do Rio Branco, 1498 Centro
Gerenciamento de Obras
Maximiliano Scandelari Arquitetura Rua Barão do Rio Branco, 1609 Centro
Areal Água Azul Distrito Água Azul Zona Rural
Extimpragas Sarnick Rua Cel. Dulcídio Pereira, 19 Centro
Engelapa Construções Civis Av. Dr Manoel Pedro, 2306 Centro
Olivaldo da Silva Tv. Marcelino Nogueira, 16 Ronda
Excelencia Acabamentos da
Rua Carlos Gomes, 325 Centro
Construção Civil
Master Grãos Comércio, Importação e
Rodovia do Xisto - BR-476, Km 201 Zona Rural
Exportação
Renova Florestal Rodovia do Xisto - BR-476, Km 226,5 Zona Rural
F.F. Ramos Construção Civil Rua Joaquim Linhares de Lacerda, 640 Centro
José Aluizio Pierin Rua Barão do Rio Branco, 628 W. Montenegro
Konpik & Ramos Localidade Marafigo Marafigo
Mazzi Service Rua Des. Octávio Ferreira do Amaral, 123 W. Montenegro
Siqueira & Agottani Consultores
Rua Mal. Floriano Peixoto, 474 Centro
Associados
Ampliato Rua Barão do Rio Branco, 62 Centro
Manutenção WK Localidade Núcelo Leiteiro Bacia Leiteira
Transdurau Localidade Estrada de Balsa Nova, Km 4 Zona Rural
Transportadora Pingo D'água Rua Mal. Floriano Peixoto, 634 Centro

Hammer Construções e Incorporações Rua Senador Souza Naves, 569 Engenho

Britamix Av. Dr Aloisio Leoni, 118 Centro

Benedito Claudio Padilha Augustinhaki Rua Osvaldo Moreira Montenegro, 458 Dom Pedro II

325
Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB
Lapa – Paraná

Serviços relativos a engenharia, arquitetura, geologia, urbanismo, construção civil,


manutenção, limpeza, meio ambiente, saneamento e congêneres
Nome Fantasia Endereço Bairro
Charles Vieira dos Santos Rua da Saudade, 148 Esplanada
Domingos Alves dos Santos Filho Rua Cons. Alves de Araújo, 950 Centro
João Maria de Lima Guimarães Rua Nossa Senhora do Rocio, 231 Centro
Angelo Eduardo Grein Localidade Feixo Zona Rural
Marcelo Andrigo Vieira dos Santos Rua da Saudade, 195 Esplanada
Josney Hemples Charane Localidade São Bento Zona Rural
Sidney Roberto Leineker Pedroso Rua Cons. Alves de Araújo, 1448 Baixo da Lapa
Henedu Elétrica Rua Des. Octávio Ferreira do Amaral, 399 Centro
Domus Incorporadora Av. Caetano Munhoz da Rocha, 1242 Centro
Delta Construção Civil Av. Caetano Munhoz da Rocha, 1250 Centro

 Estabelecimentos comerciais e de prestação de serviços que gerem


resíduos perigosos ou não compatíveis aos resíduos domiciliares

Quadro 125: Relação de atividades de remoção de caliças e entulhos registrada na secretaria


da Fazenda Municipal.
Comércio varejista de combustíveis para veículos automotores
Nome Fantasia Endereço Bairro
Posto São Cristóvão Rodovia do Xisto - BR-476, 55 Dom Pedro II
Posto Mariental 50 Rodovia do Xisto - BR-476, Km 184 Colônia Mariental
Auto Posto Cristina Av. Caetano Munhoz da Rocha, 600 W. Montenegro
Posto Avenida Av. Dr Manoel Pedro, 1726 Centro
Auto Posto 54 Rodovia do Xisto - BR-476, Km 188 Colônia Mariental
Teider & Teider Av. Dr. Aloisio Leoni, 1218 Dom Pedro II
Posto Safra Rodovia do Xisto - BR-476 Colônia Mariental
Posto Avenida Av. Dr Manoel Pedro, 2213 Centro
Posto Mariental 2 Rodovia do Xisto - BR-476, Km 228 Mato Preto
Posto Avenida Av. Dr Manoel Pedro, 2192 Centro

Quadro 126: Relação de Serviços de manutenção e reparação mecânica em veículos


automotores registrados na secretaria da Fazenda Municipal.
Serviços de manutenção e reparação mecânica em veículos automotores
Nome Fantasia Endereço Bairro
Amaury Carli Carlin Distrito Colonia Mariental Colônia Mariental
Lapa Molas Rodovia do Xisto - BR-476 Esplanada
Distribuidora de Peças para Veículos
Av. Dr Aloisio Leoni, 276 Dom Pedro II
Lapeana
Paranatrator Rua Affonso Hammerschimidt, 261 Dom Pedro II
Sass Auto Peças Av. Caetano Munhoz da Rocha, 582 W. Montenegro
Auto Elétrica Ceccato Rodovia do Xisto - BR-476, Km 184 Colônia Mariental
Lincoln Motos Rua XV de Novembro, 649 Centro

326
Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB
Lapa – Paraná

Serviços de manutenção e reparação mecânica em veículos automotores


Nome Fantasia Endereço Bairro
Auto Mecânica Lapa Rua Rio Grande do Sul, 120 Boqueirão
Auto Mecânica Tecnocar Rua Affonso Hammerschimidt, 129 Dom Pedro II
Comercial Ron-Van Rodovia do Xisto - BR-476, 140 Boqueirão
Auto Mecânica Hedel Rua Des. Francisco de Paula Xavier, 130 Dom Pedro II
Auto Elétrica Estacão Rua José Berberino dos Santos, 47 Esplanada
Mekanlapa Mecânica Rua Rio Grande do Sul, 134 Boqueirão

Francisco Pompeu Pereira Cabral Rodovia do Xisto - BR-476, Km 196 Dom Pedro II

Riceto Peças Rua Guanabara, 366 Dom Pedro II


Borracharia Rota 196 Rodovia do Xisto - BR-476, 145 Dom Pedro II
Carlos Marques de Lima Rua Treze de Maio, 183 Centro
Auto Elétrica Eletro Car Av. Caetano Munhoz da Rocha, 1258 Centro
Marcio's Motopeças e Oficina Rua Eduarda Santos Lima, 571 Centro
Auto Mecânica e Elétrica Paraná Rodovia do Xisto - BR-476, Km 229 Zona Rural
Irmãos Lassig Rua do Príncipe, 300 Dom Pedro II

Mecanserv Mecânica e Manutenção Rodovia do Xisto - BR-476, Km 196 Boqueirão

Posto de Molas e Escapamentos


Rodovia do Xisto - BR-476, Km 200 Zona Rural
Kiko
Luiz Carlos Rodrigues de Lima Av. Getúlio Vargas, 838 Baixo da Lapa
Auto Mecânica Brasil Rodovia do Xisto - BR-476, Km 228 2º Faxinal
Rodocímetro Rodovia do Xisto - BR-476, Km 184 Colonia Mariental
Lapa Diesel Rua Guanabara, 378 Dom Pedro II
Juliano Freitas de Amorim Rodovia do Xisto - BR-476 Água Azul
Auto Mecânica e Transportes 476 Rua Affonso Hammerschmidt, 109 Dom Pedro II
Osvaldo Juzwiak Localidade Pavão Zona Rural

Auto Center e Auto Peças Borinsom Rua Mal. Floriano Peixoto, 97 Centro

Jordano Brandenburg Rua Eugênio Alves Guimarães, 289 Dom Pedro II


Eloir Pedro Figura Rodovia do Xisto - BR-476, Km 236 Bonito
Masterrad Radiadores Rodovia do Xisto - BR-476, Km 196 Dom Pedro II
Auto Elétrica Ritter Av. Dr Aloisio Leoni, 1012 Dom Pedro II
Sidney Luis Gomes Wille Rua Frederico Virmond, 413 Centro
Centro Automotivo Tupa Rua Joaquim Linhares de Lacerda, 53 Alto da Cruz
João Antônio Kowalski Rua Frederico Virmond, 413 Centro
Gio Car Rua Cons. Alves de Araújo, 1266 Baixo da Lapa
Mecânica Auto Sport Rua Octávio José Kuss, 1071 Olaria
Ebenezer Ozias Ferreira Rua São Cristóvão, 141 Colônia Mariental
Paulo Cezar Morowis Amaral Rua B, 361 Tamanqueiro
Transportes e Turismo Italy Rua Clementino da Silveira Batista, 93 Centro

Tornearia 2 Amigos Rua Maestro João Francisco Mariano , 237 Dom Pedro II

João Rodrigo Teixeira de Carvalho Rua Tenente João Rodrigues, 73 Olaria


Mega Pneus Av. Dr Aloisio Leoni, 474 Dom Pedro II

327
Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB
Lapa – Paraná

Serviços de manutenção e reparação mecânica em veículos automotores


Nome Fantasia Endereço Bairro
Tagliano Dalke Rodovia do Xisto - BR-476, Km 63 Esplanada
Salo Bueno dos Santos Rua Pedro Mendes Camargo, 325 Dom Pedro II
Ivo Augusto Kossovski Rua Joaquim Linhares de Lacerda, 53 Alto da Cruz
Moacir Spancerski Rodovia do Xisto - BR-476 Zona Rural
Atair Krainski Sass Junior Av. Caetano Munhoz da Rocha, 378 W. Montenegro
Tratorac Rua Alfredo Moreira Ribas, 245 Dom Pedro II
ML Centro Automotivo Av. Dr Aloisio Leoni Dom Pedro II
Bruno Laertes Ramos Ganzert Rua Mal. Floriano Peixoto, 81 Ronda
Katvel Manutenção Estacionamento
Rua Clementino Paraná, 187 Centro
de Veículos
Oficina Mecânica DGW Rodovia do Xisto - BR-476, Km 184 Zona Rural
Posto de Molas A & R Rodovia do Xisto - BR-476, Km 195 Ronda

J.D. Mecânica Rua Cônego João Evangelista Braga, 220 Dom Pedro II

Thiago Barbosa Garcia Rua Fenelon Weinhardt Moreira, 286 Ronda


Mecânica Pelicano Rua Mato Grosso, 120 Boqueirão
Autoelétrica SS Rodovia do Xisto BR-476, Km 228 Zona Rural
Restinga Molas Rodovia do Xisto - BR-476, Km 188 Zona Rural
Willy Boldt Localidade Bacia Leiteira Zona Rural
Ultra's Soluções Rua Dep. Ivan Ferreira do Amaral, 500 Dom Pedro II

Robson Samuel da Cruz Guimarães Rua Joaquim Linhares de Lacerda, 53 Alto da Cruz

Auto Mecânica Miltinho Rua Rio Grande do Sul, 146 Boqueirão


Retifica J.J. Rodovia do Xisto - BR-476, Km 195 Ronda
Mecância Diesel Amos Rodovia do Xisto - BR-476 Colônia Mariental
R.K. Centro Automotivo Rua Antônio Cunha, 195 Olaria
Marcos Roberto Favaro de Lima Localidade São Bento Zona Rural
José Juarez Mendes do Valle Rua Cons. Alves de Araújo, 802 Baixo da Lapa

Quadro 127: Relação de Serviços de borracharia para veículos automotores registrados na


secretaria da Fazenda Municipal.
Serviços de borracharia para veículos automotores
Nome Fantasia Endereço Bairro
Adilson Ferreira Santos Rodovia do Xisto - BR-476 Colônia Mariental
Aldo Bernardo Localidade Passa Dois Zona Rural
Gesuel Dias Micalovski Rodovia do Xisto - BR-476, 230 Mato Preto
Borracharia Pontarolo Av. Dr Aloisio Leoni, 1094 Dom Pedro II
Rodolapa Rodovia do Xisto - BR-476, 259 Dom Pedro II
Auto Mecânica Lapa Rua Rio Grande do Sul, 120 Boqueirão
Borracharia Rota 196 Rodovia do Xisto - BR-476, 145 Dom Pedro II
Bar e Borracharia Água Azul Rodovia do Xisto - BR-476, Km 244 Água Azul
Posto Safra Rodovia do Xisto - BR-476 Colônia Mariental
Lourival de Jesus dos Santos Mayer Rodovia do Xisto - BR-476, Km 228 Mato Preto
Dernis Antônio Soares Rodovia do Xisto - BR-476, Km 232 Mato Preto

328
Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB
Lapa – Paraná

Serviços de borracharia para veículos automotores


Nome Fantasia Endereço Bairro
Juliano Freitas de Amorim Rodovia do Xisto - BR-476 Água Azul
Antonio Bento de Toledo Filho Av. Dr Manoel Pedro, 1726 Centro
Vanderlei Campestrini Rodovia do Xisto - BR-476 Colônia Mariental
Borracharia do Isac Av. Dr Manoel Pedro, 2213 Centro
Lauro Batista dos Santos Localidade Carqueja Carqueja
Juliano Maico Chiafitela Rodovia do Xisto - BR-476, Km 222 Mato Preto
Allyson Pneus Av. Caetano Munhoz da Rocha, 662 W. Montenegro
M&S Pneus Rodovia do Xisto - BR-476, Km 198 Esplanada
Vulcanizadora Mafrense Rodovia do Xisto - BR-476, Km 201 Zona Rural
Marcos Roberto de Favaro de Lima Localidade São Bento Zona Rural

3.12. RESÍDUOS COM LOGÍSTICA REVERSA OBRIGATÓRIA

A Logística Reversa de acordo com a Política Nacional de Resíduos Sólidos, Lei n 0


12.305/2010, “é um instrumento de desenvolvimento econômico e social
caracterizado por um conjunto de ações, procedimentos e meios destinados a
viabilizar a coleta e a restituição dos resíduos sólidos ao setor empresarial, para
reaproveitamento, em seu ciclo ou em outros ciclos produtivos, ou outra destinação
final ambientalmente adequada”.

Os resíduos com logística reversa obrigatória são constituídos por produtos


eletroeletrônicos; pilhas e baterias; pneus; lâmpadas fluorescentes (vapor de sódio,
mercúrio e de luz mista); óleos lubrificantes (seus resíduos e embalagens) e os
agrotóxicos (seus resíduos e embalagens). Sendo que, de acordo com o Art. 33 da
lei n0 12.305/2010, estabelece que “são obrigados a estruturar e implementar
sistemas de logística reversa, mediante retorno dos produtos após o uso pelo
consumidor, de forma independente do serviço público de limpeza urbana e de
manejo dos resíduos sólidos, os fabricantes, importadores e comerciantes”.

No entanto, para que o sistema de logística reversa seja efetivamente implantado


torna-se necessária a participação da Administração Municipal no que tange a
divulgação do sistema para os usuários e fiscalização da efetivação da prática da
logística reversa por parte dos comerciantes e fabricantes.

329
Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB
Lapa – Paraná

Considerando o exposto acima, podemos destacar que município tem realizado


algumas ações relativas à sistemática da logística reversa de alguns dos resíduos
em que é obrigatória. A ideia é procurar viabilizá-la à realidade do município.
Salienta-se que se trata de iniciativas preliminares, iniciantes as quais visam facilitar,
favorecer, conscientizar, viabilizar, informar os envolvidos no município sobre o
tema, ou seja, consumidores, comerciantes e fabricantes.

Outras empresas do município também já realizam ações dessa natureza. Aspectos


sobre o tema diagnosticados na Lapa são apresentados a seguir.

 Coleta de Óleo de cozinha usado e óleos lubrificantes

Os óleos de cozinha usados e óleos lubrificantes são recolhidos pelo caminhão da


coleta seletiva pelo programa municipal, e encaminhados para o galpão de triagem
da Recilapa. A recomendação da Prefeitura é que esse óleo seja colocado em
garrafas Pet, e espere a coleta do caminhão, para então receber um destino
adequado, evitando danos ao meio ambiente. Na Figura 221 pode-se visualizar o
local de armazenamento destes resíduos na Recilapa.

Figura 221: Armazenamento dos resíduos de óleos usados.

330
Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB
Lapa – Paraná

 Pneus

O município não possui convênio firmado com a RECICLANIP, entidade criada em


2007 pelos fabricantes de pneus novos Bridgestone, Goodyear, Michelin e Pirelli e,
em 2010, a Continental juntou-se à entidade. O projeto teve início em 1999, com o
Programa Nacional de Coleta e Destinação de Pneus Inservíveis implantado pela
Anip (Associação Nacional da Indústria de Pneumáticos), entidade que representa
os fabricantes de pneus novos no Brasil.

A relação dos geradores de pneus, como borracharias e oficinas já foi apresentada


no item “Geradores sujeitos à elaboração do Plano de Gerenciamento de Resíduos
Sólidos”. Não há um programa municipal especifico que discipline o gerenciamento
dos pneus, através da logística reversa, implantado no município.

Os pneus gerados estão sendo armazenados na Recilapa, Figura 222 e,


eventualmente são reutilizados para outro fim, como o exemplo apresentado na
Figura 223.

Figura 222: Pneus armazenados na Recilapa.

331
Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB
Lapa – Paraná

Figura 223: Reaproveitamento de pneus inservíveis em Bueiros no interior do município.

Fonte: http://lapa.pr.gov.br/noticia/102/prefeitura-recupera-estragos-provocados-pelas-chuvas-
nas-estradas

 Embalagens de Agrotóxico

Com relação às embalagens de agrotóxicos, a Prefeitura, através da Secretaria de


Agricultura e Meio Ambiente, realiza a logística da coleta de agrotóxico, através da
divulgação de calendário especifico por localidade, sendo a coleta executada pela
Associação dos Revendedores de Insumos Agropecuários da Região Metropolitana
de Curitiba – ASSIPAR.

Quadro 128: Calendário de coleta de embalagens de agrotóxicos


Calendário Coleta de Embalagens de Agrotóxicos (2015)
Comunidade Data Horário Local
Mato Queimado 06/julho 09:00 Igreja
Canoeiro 06/julho 10:30 Igreja
Água Azul 07/julho 09:00 Igreja
Amaro 07/julho 10:30 Igreja
Palmital de Baixo 08/julho 09:00 Igreja
Palmital de Cima 08/julho 10:30 Igreja
Água Azul 246 09:00 Igreja
09/julho
Mato Preto Santa Regina 10:30 Igreja
09/julho
Bonito 13:00 Igreja
Mato Preto Machado 10/julho 09:00 Igreja
Mato Preto Povinho 10/julho 10:30 Igreja
Mato Preto Paiol 10/julho 13:00 Escola
Campina Vermelha 13/julho 09:00 Igreja
Butá 13/julho 10:30 Escola
Barra dos Mellos 14/julho 09:00 Igreja
Rio da Areia 14/julho 10:30 Igreja

332
Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB
Lapa – Paraná

Calendário Coleta de Embalagens de Agrotóxicos (2015)


Comunidade Data Horário Local
Floresta São João 15/julho 09:00 Igreja
Paiquere 15/julho 10:30 Igreja
Pedra Lisa 15/julho 13:00 Igreja
Campina das Dores 16/julho 09:00 Igreja
Vista Alegre 16/julho 10:30 Igreja
Faxinal dos Correas 17/julho 09:00 Igreja
Santo Amaro 17/julho 10:30 Igreja
Feixo 20/julho 09:00 Igreja
Pavão 20/julho 10:30 Igreja
São Bento 21/julho 09:00 Igreja
Passa Dois 22/julho 09:00 Igreja
Lagoa Gorda 22/julho 14:00 Igreja
Colônia Municipal 23/julho 09:00 Igreja
Capão Bonito 23/julho 10:30 Igreja
Campina da Lagoa Gorda 03/agosto 09:00 Escola
São João Caíva 03/agosto 10:30 Igreja
II Faxinal 04/agosto 09:00 Igreja
Caracol 04/agosto 10:30 Igreja
Campina dos Dias 05/agosto 09:00 Igreja
I Faxinal 05/agosto 10:30 Igreja
Rio dos Patos 06/agosto 09:00 Igreja
Santos Reis 07/agosto 09:00 Igreja

Sobre a quantidade de embalagens de agrotóxicos coletadas, em 2013 a campanha


coletou 51.816 embalagens e em 2014 um total de 42.297 embalagens.

3.13. ASPECTOS FINANCEIROS

3.13.1. Forma de Cobrança

No município da Lapa não é realiza a cobrança pela execução dos serviços de


limpeza urbana e manejo dos resíduos sólidos, através de taxa específica.

No entanto, existe no município o Projeto de Lei N0 090, de 01 de dezembro de 2014


que na súmula prevê a que o município institua a Taxa de Coleta de Lixo, conforme
previsto no Artigo 30 da Lei Complementar N0 03/2011 (Código Tributário Municipal).

333
Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB
Lapa – Paraná

3.13.2. Custos Operacionais

O custo dos serviços de coleta, transporte e disposição final de resíduos é referente


ao valor pago à empresa Transresíduos, sendo este custo fixo mensal referente à
contratação de 02 equipes, e não por quantidade coletada, deste modo os valores
pagos apresentam-se no Quadro 129. Ainda apresenta-se no Quadro 129 os custos
referentes ao gerenciamento dos resíduos gerados nos estabelecimentos de saúde
e coleta de carcaças de animais.

Quadro 129: Custos com os serviços terceirizados com a empresa Transresíduos.


QUANTITATIVOS
Valor
Valor Valor Anual
Serviços Unidade Qtd Mensal Mensal
Unit (R$) (R$)
(R$)
1. Coleta e Transporte de
Equipe 2 35.000 70.000 840.000
Resíduos Sólidos Domiciliares
2. Coleta, Transporte, Tratamento
e Disposição Final de Resíduos de Kg 1.200 8,30 9.960 119.520
Serviços de Saúde
3. Coleta, Transporte, Tratamento
e Disposição Final de Carcaça de Kg 500 12,45 6.225 74.700
Animais
TOTAL 86.185 1.034.220

Ainda serão levantados os custos com o contrato de operação do aterro sanitário

Os custos com os demais serviços de limpeza pública referente as medições do


contrato com a empresa Barreiras apresentam-se no Quadro 130.

Quadro 130: Custos com os serviços terceirizados com a empresa Barreiras


Limpeza Pública
Valor Gasto (R$)
Mês
/Ano Limpeza Parque Coleta de
Varrição Capina Roçada Total
Linear Entulho
fev/14 17.702,00 13.617,60 6.828,80 2.172,00 17.243,20 57.563,60
mar/14 17.702,00 13.617,60 6.828,80 2.172,00 17.243,20 57.563,60
abr/14 17.702,00 13.617,60 6.828,80 2.172,00 17.243,20 57.563,60
mai/14 19.068,00 15.254,40 7.627,20 2.172,00 18.440,80 62.562,40
jun/14 17.252,00 13.801,60 6.900,80 2.172,00 17.351,20 57.477,60
jul/14 20.745,40 16.707,20 8.353,60 2.172,00 19.530,40 67.508,60
ago/14 18.141,76 14.809,60 7.404,80 2.172,00 18.107,20 60.635,36
set/14 20.311,20 16.473,60 8.236,80 2.172,00 19.355,20 66.548,80

334
Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB
Lapa – Paraná

Limpeza Pública
Valor Gasto (R$)
Mês
/Ano Limpeza Parque Coleta de
Varrição Capina Roçada Total
Linear Entulho
out/14 21.528,00 17.222,40 8.611,20 2.172,00 19.916,80 69.450,40
nov/14 18.532,80 14.976,00 7.488,00 2.172,00 18.232,00 61.400,80
dez/14 19.375,20 7.488,00 5.616,00 2.172,00 15.424 50.075,20
jan/15 19.656,00 14.976,00 7.488,00 2.172,00 18.232,00 62.524,00
fev/15 40.164,00 22.500,00 28.000,00 2.172,00 17.108,80 109.944,80
Total 267.880,36 195.061,6 116.212,80 28.236,00 233.428,00 840.818,76

3.14. INDICADORES OPERACIONAIS, ECONOMICO-FINANCEIROS E DE


QUALIDADE DOS SERVIÇOS

Em 1996, foi criado em nível Nacional, o Sistema de Informações sobre o


Saneamento Básico – SNIS, vinculado ao Ministério das Cidades, com o objetivo de
disponibilizar e compilar informações acerca de aspectos institucionais,
administrativos, operacionais, gerenciais, econômico-financeiros e de qualidade
sobre os serviços de saneamento básico. No âmbito dos sistemas de água e esgoto
as informações dos municípios são coletados desde 1995, já no âmbito do manejo
de resíduos sólidos desde o ano de 2002.

Anualmente, o portal público do SNIS, divulga resultados dos diagnósticos dos


sistemas de água, esgoto e resíduos sólidos para que possa ser consultada e
utilizada para os mais diversos fins políticos, técnicos e de pesquisa. Os dados
podem ser acessados gratuitamente através do site: www.snis.gov.br.

No caso do manejo de resíduos sólidos, o SNIS contém 54 indicadores distribuídos


em 5 grandes áreas, que são: Indicadores Gerais, Indicadores sobre Coleta de
Resíduos Sólidos Domiciliares e Públicos, Indicadores sobre Coleta Seletiva e
Triagem, Indicadores sobre Coleta de Resíduos Sólidos de Serviços da Saúde,
Indicadores sobre Serviços de Varrição e os Indicadores sobre Serviços de Capina e
Roçada.

Os municípios são orientados a fornecerem as informações sobre o sistema de


forma a alimentar o SNIS e os indicadores, viabilizando o desenvolvimento um

335
Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB
Lapa – Paraná

diagnóstico que serve de instrumento para a tomada de decisão, para o


encaminhamento de recursos financeiros e para fins de compilação de dados que
podem ser utilizados para fins técnicos e de desenvolvimento de pesquisas.

No caso da Lapa, o portal de informações do SNIS foi consultado como forma de


apresentar os resultados para o município dos indicadores do sistema de manejo de
resíduos sólidos urbanos, conforme apresentado no Quadro 131.

Quadro 131: SNIS- Resíduos Sólidos- Lapa.


SNIS - LAPA PR
Ano
Ident. Descrição Unidade
2009 2010 2011 2012 2013
Taxa de
Empregados/
empregados em
I001 1.000 1,9 1,65 1,37
relação à pop.
habitantes
Urbana;
Despesa média
por empregado
R$/empregad 30.090,9 30724,5 31987,6
I002 alocado nos
o 4 1 9
serviços de
(1).
manejo de RSU
Incidência das
despesas com o
manejo de RSU
I003 % 3,2 2,91 2,9 2,59 1,56
nas despesas
correntes da
Prefeitura.
Incidência das
despesas com
Indicadores Gerais

empresas
contratadas para
I004 % 79,7 89,58 73,88 73,66 100
execução de
serviços de
manejo RSU nas
despesas da Pref.
Autossuficiência
financeira da
I005 % 0,0
Prefeitura com
manejo de RSU;
Despesa per
capita com manejo
I006 de RSU em R$/habitante 57,61 50,79 59,3 62,38 43,79
relação à pop.
Urbana;
Incidência de
empregados
I007 próprios no total % 36,7 31,11 0
de empregados no
manejo de RSU;
Incidência de
empregados de
I008 % 63,3 68,89 100
empresas
contratadas no

336
Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB
Lapa – Paraná

SNIS - LAPA PR
Ano
Ident. Descrição Unidade
2009 2010 2011 2012 2013
total de
empregados no
manejo de RSU;
Incidência de
empregados
gerenciais e
I010 administrativos no % 6,67 2,56
total de
empregados no
manejo de RSU;
Receita
arrecadada per
capita com taxas
ou outras formas R$/habitante/
I011 0,00
de cobrança pela ano
prestação de
serviços de
manejo de RSU;
Taxa de cobertura
do serviço de
(2)
coleta de RDO
I015 % 60,3 64,8 64,6 68,7 66,24
em relação à pop.
Total (urbana +
rural)
Taxa de cobertura
do serviço de
I016 coleta de RDO em % 100,0 100 99,91 100 96,41
relação à pop.
Urbana;
Indicadores sobre coleta de resíduos

Taxa de
terceirização do
serviço de coleta
(3)
I017 de RDO + RPU % 90,0 91 90,04 89,79 85,96
em relação a
quantidade
coletada.
Produtividade
média dos
empregados na
coleta (coletadores Kg/empregad 1497,8 1733,2
I018 2027,88 2900,96
+ motoristas) na o/dia 4 3
coleta (RDO +
RPU) em relação à
massa coletada.
Taxa de
empregados
(coletadores + Empregados/
I019 motoristas) na 1000 0,4 0,62 0,58 0,35
coleta (RDO + habitantes
RPU) em relação a
população urbana;
Massa coletada
(RDO + RPU) per
I021 Kg/hab./dia 0,7 0,71 0,8 0,87 0,88
capita em relação
à pop. Urbana.

337
Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB
Lapa – Paraná

SNIS - LAPA PR
Ano
Ident. Descrição Unidade
2009 2010 2011 2012 2013
Massa (RDO)
coletada per capita
I022 em relação à pop. Kg/hab./dia 0,6 0,63 0,72 0,73 0,69
Atendida com
serviço de coleta.
Custo unitário
médio do serviço
I023 R$/tonelada 155,31 167,74 163,78 92,13
de coleta (RDO +
RPU)
Incidência do
custo do serviço
de coleta (RDO +
I024 % 79,11 83,06 83,31 67,33
RPU) no custo
total do manejo de
RSU.
Incidência de
(coletadores +
motoristas) na
I025 % 24,44 42,5 44,44 25,64
quantidade total de
empregados no
manejo de RSU
Taxa de resíduos
sólidos na
construção civil
(4)
(RCC ) coletada
I026 pela Pref. Em % 4,7 1,7 2,09 2,48 14,04
relação à
quantidade total
coletada de RDO +
RPU;
Taxa da
quantidade total
coletada de res.
púb. (RPU) em
I027 relação à % 5,9 5,77 4,83 4,43 16,33
quantidade total
coletada de
resíduos sólidos
dom. (RDO);
Massa de Res.
Dom. e púb. (RDO
+ RPU) coletada
per capita em Kg/habitante/
I028 0,7 0,66 0,76 0,77 0,8
relação à pop. dia
Total (urbana e
rural) atendida
pelo serviço.
Massa de RCC per
Kg/habitante/
I029 capita em relação 39,8
dia
à pop. Urbana;
Taxa de
sobre Coleta
Indicadores

recuperação de
Seletiva e
Triagem

materiais
I031 recicláveis (exceto % 0,0 0 8,19 8,6 8,43
orgânica e rejeitos)
em relação à
quantidade total

338
Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB
Lapa – Paraná

SNIS - LAPA PR
Ano
Ident. Descrição Unidade
2009 2010 2011 2012 2013
(RDO + RPU)
coletada;

Massa recuperada
per capita de
materiais
recicláveis (exceto Kg/habitante/
I032 0,0 0 24,06 27,31 26,99
matéria orgânica e ano
rejeitos) em
relação à pop.
Urbana;
Incidência de
papel e papelão no
I034 % 27,36 30 31,21
total de material
recuperado.
Incidência de
plásticos no total
I035 % 18,24 19,73 19,51
de material
recuperado;
Incidência de
metais no total de
I038 % 16,41 20 19,64
material
recuperado;
Incidência de
vidros no total de
I039 % 22,8 12,93 12,74
material
recuperado;
Incidência de
outros materiais
(exceto papel,
I040 plástico, metais e % 15,2 17,33 16,91
vidros) no total d
material
recuperado.
Taxa de material
recolhido pela
coleta seletiva
(exceto orgânico)
I053 em relação à % 5,5 9,16 9,92 9,42 10,56
quant. total
coletada de
resíduos sólidos
domésticos.
Massa per capita
de materiais
Kg/habitante/
I054 recicláveis 13,1 22,4 27,79 28,62 29,06
ano
recolhidos via
coleta seletiva.
Massa de RSS
coletada per capita Kg/1000/hab.
(2)

I036 13,6
em relação à pop. /dia
Ind. RSS

Urbana;
Taxa de RSS
I037 coletada em % 2,0
relação à

339
Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB
Lapa – Paraná

SNIS - LAPA PR
Ano
Ident. Descrição Unidade
2009 2010 2011 2012 2013
quantidade total
coletada.
Taxa de
I041 terceirização dos % 50,0 100
serviços.
Taxa de
I042 terceirização da % 62,5 44,83
extensão varrida.
Custo unitário
médio do serviço
I043 de varrição (Pref. + R$/km 87,22 8,43 10,85 11,34
empresas
contratadas);
Produtividade
média dos
Km/emprega
I044 varredores (Pref. + 1,3
Ind. Varrição

dos/dia
empresas
contratadas);
Taxa de
varredores em Empregado/1
I045 0,6 0,33 0 0 0
relação à pop. 000 hab.
Urbana.
Incidência do
custo do serviço
I046 de varrição no % 33,1 3,54 3,92 3,88 23,09
custo total com
manejo de RSU;
Incidência de
varredores no total
I047 % 28,6 20 0 0 0
de empregados no
manejo de RSU;
Extensão total
I048 anual varrida per Km/hab./ano 0,2 0,21 0,21 0,21
capita.
Taxa de
Ind. Capina Poda

capinadores em Empregado/1
I051 0,9 0,4 0,22 0,15 0,81
relação à pop. 000 hab.
Urbana;
Incidência de
capinadores no
I052 total de % 49,0 26,7 15 11,11 58,97
empregados no
manejo de RSU;

3.15. CONSIDERAÇÕES FINAIS DO DIAGNÓSTICO DO SISTEMA DE LIMPEZA


URBANA E MANEJO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS

Nos dias atuais, buscando atingir a sustentabilidade sanitária e ambiental, é


necessária uma mudança de atitude em relação aos Resíduos Sólidos, devendo-se

340
Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB
Lapa – Paraná

repensar as práticas de produção e consumo. São objetivos da Política Nacional de


Resíduos Sólidos, através da Lei N°12305/2010: Não geração, redução, reutilização,
reciclagem e tratamento dos Resíduos Sólidos, bem como disposição final
ambientalmente adequada aos rejeitos.

A partir das considerações gerais pode-se considerar como aspectos os


apresentados a seguir:

Aspectos Positivos:

 Universalização dos serviços de coleta domiciliar convencional e seletiva na


área urbana do município;
 Coleta domiciliar executada com frequência satisfatória, utilizando veículos
adequados para a atividade;
 Pioneirismo na implantação de um aterro sanitário municipal;
 Aterro sanitário operando de maneira satisfatória;
 Abrangência dos Serviços de Limpeza Pública;
 Apoio dado a Associação de Catadores de Materiais Recicláveis da Lapa -
Recilapa;
 Manejo adequado dos Resíduos gerados nos estabelecimentos de saúde;
 Atual gerenciamento dos resíduos da construção civil por parte da
Administração Municipal, através de local adequado para armazenamento
temporário dos resíduos e cobrança das responsabilidades do gerenciamento
por parte do gerador;
 Campanhas de Educação Ambiental e Campanhas de coleta de
eletroeletrônicos.

Aspectos Negativos:

Com relação aos aspectos negativos podemos citar:


 Não reaproveitamento da fração orgânica dos resíduos domiciliares, através da
prática da compostagem;

341
Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB
Lapa – Paraná

 Índice de desvio dos resíduos secos do aterro sanitário de 26% (considerando


o total de resíduos secos gerados com base na caracterização gravimétrica)
abaixo do estabelecido pelo PLANARES de 43% em 2015 para a região Sul;
 Inexistência de programas municipais visando a logística reversa de resíduos
obrigatórios (exceto para embalagens de agrotóxicos e óleos);
 Inexistência de cobrança de taxa especifica pela execução dos serviços,
conforme estabelece a Política de Saneamento Básico, Lei 11.445/2010 e a Lei
Complementar N0 03/2011 (Código Tributário Municipal).
 Inexistência da cobrança do Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos.

342
Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB
Lapa – Paraná

G - DRENAGEM E MANEJO DAS ÁGUAS PLUVIAIS URBANAS

Este item do Plano Municipal de Saneamento Básico aborda o levantamento e


diagnóstico da situação atual do sistema de drenagem e manejo de águas pluviais
existentes no município da Lapa (PR).

Para melhor compreensão do desenvolvimento do presente trabalho, apresentam-se


de forma inicial os aspectos gerais envolvidos, de forma a sintetizar a terminologia e
os conceitos referentes à drenagem e manejo das águas pluviais urbanas utilizados.

1. DRENAGEM E MANEJO DE ÁGUAS PLUVIAIS URBANAS: ASPECTOS


GERAIS

Drenagem e manejo das águas pluviais urbanas, de acordo com a Lei N° 11.445/07,
é definido como “o conjunto de atividades, infraestrutura e instalações operacionais
de drenagem urbana de águas pluviais, de transporte, detenção ou retenção para o
amortecimento de vazões de cheias, tratamento de disposição final das águas
pluviais drenadas nas áreas urbanas”.

No presente trabalho será adotado o termo “Drenagem” substituindo “Drenagem e


Manejo das Águas Pluviais Urbanas” na designação das instalações destinadas ao
escoamento do excesso de água e também na designação do conjunto de todas as
medidas a serem tomadas que visem à atenuação dos riscos e dos prejuízos
decorrentes de inundações, aos quais a sociedade está sujeita.

Existe uma distinção conceitual entre os termos enchente e inundação. A diferença


fundamental é que o primeiro termo refere-se a uma ocorrência natural, que
normalmente não afeta diretamente a população, tendo em vista sua ciclicidade.
Trata-se do aumento temporário do nível da água no canal de drenagem devido ao
aumento de vazão, contudo sem a ocorrência do transbordamento do rio, atingindo
apenas as áreas ribeirinhas, ou seja, as áreas de inundação natural. Os problemas
que possam ocorrer devido às enchentes são decorrentes da ocupação inadequada
das áreas de risco.

343
Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB
Lapa – Paraná

Já as inundações são decorrentes da urbanização e das modificações no uso do


solo e podem provocar danos de grandes proporções.

Outra classificação é apresentada pela publicação “Atlas Brasileiro de Desastres


Naturais – Volume Paraná”, (2011), entre inundações bruscas e alagamenos e
inundações graduais.

Inundações bruscas (enxurradas) e alagamentos são eventos de desastres naturais


com o incremento das precipitações concentradas em locais de relevo acidentado ou
mesmo plano caracterizando-se por rápidas e violentas elevações dos níveis de
águas as quais escoam com rapidez e intensidade. Os alagamentos caracterizam-se
pelas águas acumuladas no leito de ruas e nos perímetros urbanos decorrentes de
fortes precipitações pluviométricas em municípios com sistema de escoamento
pluvial deficientes podendo ou não ter relação com esses eventos fluviais.

As inundações graduais (enchentes) estão relacionadas ao incremento das


precipitações hídricas e com as inundações. É o transbordamento dos rios atingindo
a planície de inundação. Quando as inundações graduais extravasam a cota máxima
do canal passam a ser chamadas de inundações podendo atingir moradias
construídas próximas às margens.

1.1. SISTEMA DE DRENAGEM

O sistema de drenagem constitui-se em um conjunto de melhoramentos públicos


existentes em uma área urbana, sendo basicamente as instalações destinadas a
escoar o excesso de água das chuvas, compreendendo também as medidas a
serem tomadas para atenuação dos riscos e dos prejuízos decorrentes de
inundações.

Pode-se exemplificar o processo da drenagem urbana da seguinte forma: as


torrentes originadas pela precipitação direta sobre as vias públicas desembocam nos
bueiros situados nas sarjetas. Estas torrentes (somadas à água da rede pública
proveniente dos coletores localizados nos pátios e das calhas situadas nos topos
das edificações) são escoadas pelas tubulações que alimentam os condutos

344
Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB
Lapa – Paraná

secundários, a partir do qual atingem o fundo do vale, onde o escoamento é


topograficamente bem definido, mesmo que não haja um curso d’água perene.

O escoamento no fundo do vale é o que determina o chamado sistema de


macrodrenagem. O sistema responsável pela captação da água pluvial e sua
condução até o sistema de macrodrenagem é denominado sistema de
microdrenagem.

De maneira geral, as águas decorrentes da chuva (coletadas nas vias públicas por
meio de bocas-de-lobo e descarregadas em condutos subterrâneos) são lançadas
em cursos d’água naturais, no oceano, em lagos ou, no caso de solos bastante
permeáveis, esparramadas sobre o terreno por onde infiltram no subsolo.

A escolha do destino das águas pluviais deve ser feita segundo critérios éticos,
técnicos e econômicos, após análise cuidadosa das opções existentes considerando
as peculiaridades de cada região e município.

Recomenda-se que o sistema de drenagem seja tal que o percurso da água entre
sua origem e seu destino seja o mínimo possível. Além disso, é conveniente que
esta água seja escoada por gravidade, contudo em baixas velocidades para evitar
problemas secundários como a erosão do solo.

1.1.1. Microdrenagem

Microdrenagem é a parte integrante da drenagem urbana formada pela rede de


coletores, o seja o conjunto de canalizações e dispositivos que assegura o
transporte das águas pluviais desde os dispositivos de coleta até um ponto de
lançamento no sistema de macrodrenagem. Alguns dispositivos e componentes são:

Meio-fio: blocos de concreto ou rocha, situados entre a via pública e o passeio, com
a face superior nivelada com o passeio formando uma faixa paralela ao eixo da via e
face inferior nivelada com a face lateral da via formando um desnível.

345
Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB
Lapa – Paraná

Sarjetas: localizadas às margens das vias públicas, encontro da lateral da via com a
face inferior do meio-fio, formando uma calha, a qual coleta e conduz as águas
pluviais oriundas dos terrenos, passeios e ruas.

Boca-de-lobo: dispositivos de captação, colocados em pontos devidamente


planejados no sistema, para coletarem as águas pluviais oriundas das sarjetas.

Poço de visita: dispositivos colocados em pontos convenientes do sistema, para


permitir sua manutenção e acesso ao sistema.

Galerias: canalizações públicas destinadas a escoar as águas pluviais oriundas das


ligações privadas e das bocas-de-lobo.

Condutos forçados e estações de bombeamento: dispositivos utilizados quando


não há condições de escoamento por gravidade para a retirada da água de um canal
de drenagem ou galeria.

Sarjetões: formados pela própria pavimentação nos cruzamentos das vias públicas,
formando calhas que servem para orientar o fluxo das águas que escoam pelas
sarjetas.

Tubulação de drenagem: tubos, em geral de concreto, mas podem ser de diversos


outros materiais, com diâmetros variáveis a partir de 200 mm, utilizados para
conduzirem as águas pluviais coletadas pelas sarjetas e bocas-de-lobo.

1.1.2. Macrodrenagem

Macrodrenagem é a forma de condução das águas pluviais provenientes dos


sistemas de microdrenagem coletadas a partir do excesso escoado superficialmente
pela infraestrutura urbana (sarjetas, boca-de-lobo, etc.). Em geral, a macrodrenagem
é definida pelos canais naturais ou artificiais de escoamento do excesso de água da
chuva.

346
Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB
Lapa – Paraná

Várias soluções de engenharia podem ser adotadas nos sistemas macrodrenagem,


tais como construção de reservatórios de detenção, canais, galerias, canalizações,
estações elevatórias de bombeamento, sistemas de comportas, etc. Em geral, são
obras onerosas e exigem grandes recursos financeiros, os quais podem inviabilizar
os projetos.

Entretanto, ao longo do tempo, o conceito de drenagem urbana evoluiu sendo que,


atualmente, entende-se que a melhor solução é investir na microdrenagem para
garantir que as obras necessárias em macrodrenagem sejam minimizadas, de forma
a retardar o escoamento superficial, diminuir as velocidades de escoamento e evitar
a transferência da água em excesso à jusante.

1.2. MEDIDAS DE CONTROLE

Quando o desenvolvimento do espaço urbano não é planejado e ocorre de maneira


desordenada e intensificado pode haver a ocorrência de inundações em função da
inexistência ou ineficiência dos sistemas de drenagem. As medidas de prevenção
visam minimizar os danos causados pelas inundações e são classificados de acordo
com sua natureza em medidas estruturais e não estruturais.

As medidas estruturais correspondem às obras que podem ser implantadas visando


à correção e/ou prevenção das inundações. Já as medidas não estruturais são
aquelas que podem reduzir os danos provocados por inundações através da
“convivência” com o ciclo do rio com a implantação de programas, normas,
regulamentos e sistemas de alerta que tenham por objetivo conscientizar e dar
diretrizes à população sobre os usos e ocupações do solo, manutenção dos
dispositivos de drenagem e, de forma geral, organizar o espaço do município. Em
geral as medidas não estruturais são concebidas em nível de bacias hidrográficas.

1.2.1. Medidas Estruturais

As medidas estruturais compreendem a execução de obras de engenharia que se


caracterizam como medidas intensivas e extensivas. As medidas intensivas, de

347
Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB
Lapa – Paraná

acordo com seu objetivo podem ser basicamente de quatro tipos: de aceleração de
escoamento (canalização e obras correlatas), de retardamento do fluxo (reservatório,
bacias de detenção/ retenção, restauração de calhas naturais), desvio de
escoamento (túneis de derivação e canais de desvio) e por fim, as que englobem a
introdução de ações individuais visando tornar as edificações à prova de enchentes.
Já as medidas extensivas correspondem aos pequenos armazenamentos
disseminados na bacia, à recomposição de cobertura vegetal e ao controle de
erosão do solo, ao longo da bacia de drenagem.

1.2.2. Medidas Não Estruturais

As medidas não estruturais procuram disciplinar a ocupação territorial de forma a


planejar, organizar e minimizar os impactos ocasionados pela ocorrência de
inundações. Desta forma, visam diminuir os efeitos negativos da urbanização sobre
a ocupação do solo e sobre o regime dos rios. As ações não estruturais podem ser
eficazes e ter custos mais baixos com horizontes mais longos de atuação, pois
visam o planejamento. Em geral, baseiam as diretrizes dos planos diretores
municipais.

Estas medidas podem ser preventivas ou corretivas, sendo as preventivas:


regulamentação do uso e ocupação do solo, preservação das áreas ribeirinhas,
manutenção da zona de mata ciliar e de enchente natural, manutenção de áreas
verdes no espaço urbano, criação de programas de educação e conscientização
ambiental, sistemas de alertas para inundações, controle e manutenção dos
sistemas de água e esgotos, zoneamento e ordenação do espaço urbano,
concepção de diretrizes e legislação normativa no tema, entre outros. As corretivas
podem ser, por exemplo, a desocupação das áreas de risco de inundações, ajustes
de conduta e de ocupação gradativa do espaço urbano, legislação aplicável, entre
outras.
Outras medidas são também classificadas entre as não-estruturais como a adoção
de medidas de tratamento das águas de drenagem visando a não poluição dos
corpos receptores destas águas drenadas e, também promover o reuso das águas
pluviais. O Quadro 132 exemplifica as medidas não estruturais e mostra as
categorias em que podem se enquadrar.

348
Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB
Lapa – Paraná

Quadro 132: Categorias das Medidas Não Estruturais.


Principais Categorias Medidas Não Estruturais
Educação Pública e disseminação do
Educação Pública
conhecimento.
 Equipe técnica capacitada;
 Superfícies com vegetação;
Planejamento e Manejo da Água  Áreas impermeáveis desconectadas;
 Telhados verdes;
 Urbanização de pequeno impacto.
 Uso de produtos alternativos não
poluentes;
Uso de materiais e produtos químicos
 Práticas de manuseio e de
armazenamento adequadas.
 Varrição de ruas;
 Coleta de resíduos sólidos;
Manutenção dos dispositivos de infiltração nas  Limpeza dos sistemas de infiltração;
vias  Manutenção das vias e dos dispositivos;
 Manutenção dos canais de cursos de
água.
 Medidas de prevenção contra conexão
ilegal.
Controle de conexão ilegal de esgoto  Fiscalização: detecção, retirada e multa;
 Controle do sistema de coleta de esgotos
e tanques sépticos;
 Jardinagem e lavagem de veículos;
Reuso da Água Pluvial  Sistema Predial;
 Fontes e lagos.
Fonte: Adaptado do Livro PROSAB – Manejo de Águas Pluviais Urbanas (2009).

1.3. A URBANIZAÇÃO E A DRENAGEM – ASPECTOS GERAIS

O termo urbanização, designando “a ação sobre a urbi”, ou ainda, “o processo de


transformar em cidade”, representa uma das mais significativas manifestações da
atividade humana.

Esta ocupação do espaço urbano, sem considerar suas limitações, tem causado
efeitos diretos sobre os recursos hídricos e, em maior extensão, sobre as demais
esferas dos recursos naturais. O desmatamento, a substituição da cobertura vegetal
natural, a instalação de redes de drenagem artificial, a ocupação das áreas de
inundação, a impermeabilização das superfícies, a redução dos tempos de
concentração e o aumento dos deflúvios superficiais, vistos sob um enfoque
“imediatista” da ocupação do solo, refletem-se diretamente sobre o processo
hidrológico urbano, com alterações drásticas de funcionamento dos sistemas de
drenagem urbanos.

349
Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB
Lapa – Paraná

A expansão das áreas urbanas, caracterizada principalmente pela


impermeabilização da bacia, provoca a diminuição da capacidade de infiltração e,
consequentemente, o aumento do escoamento superficial, fator de grande influência
no incremento de inundações no meio urbano. O Quadro 133 apresenta algumas
causas e efeitos da urbanização sobre as inundações urbanas.

Quadro 133: Principais causas e efeitos da urbanização sobre as inundações urbanas.


Causas Efeitos
Impermeabilização Maiores picos de vazões
Redes de drenagem Maiores picos a jusante
Entupimento de galerias e degradação da
Resíduos Sólidos Urbanos
qualidade das águas.
Degradação da qualidade das águas e doenças
Redes de esgotos sanitários deficientes
de veiculação hídrica
Maiores picos e volumes; maior erosão e
Desmatamento e desenvolvimento indisciplinado
assoreamento.
Maiores picos de vazão, maiores prejuízos e
Ocupação das várzeas e fundos de vale
doenças de veiculação hídrica.
Fonte: adaptado da publicação: “Orientações Básicas para Drenagem Urbana”. Fundação
Estadual do Meio Ambiente de Minas Gerais – FEAM, 2006.

Percebe-se que os sistemas tradicionais de drenagem são pouco flexíveis e


adaptáveis as mudanças que rapidamente ocorrem nas cidades, frequentes aos
processos intensos de urbanização. Revelam-se onerosos e de rápida
obsolescência, requerendo pesados investimentos do setor público em reconstrução,
em particular quando se trata de novas intervenções em espaços já construídos.
Esse tipo de intervenção, muitas vezes feito em caráter de emergência, após a
ocorrência de eventos graves de inundação, tende a conduzir ao emprego de
soluções localizadas e parciais, adotadas a partir de estudos de diagnóstico e de
alternativas elaborados de forma apressada e simplista.

A partir dos anos de 1970, uma abordagem alternativa para tratar a questão da
urbanização sobre a drenagem urbana vem sendo desenvolvida, notando-se um
maior acúmulo de experiências em alguns países da Europa, na América do Norte,
na Austrália e no Japão. Trata-se do conceito de tecnologias alternativas ou
compensatórias de drenagem pluvial. O termo compensatório faz referência ao

350
Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB
Lapa – Paraná

propósito central de tais técnicas de procurar compensar ou minorar os impactos da


urbanização sobre o ciclo hidrológico.

Inicialmente, essas soluções focaram-se no controle de escoamentos por meio de


estruturas de armazenamento de águas pluviais, resultando no amortecimento das
cheias ou na infiltração de águas pluviais, promovendo a redução dos volumes de
escoamento superficial, ou ainda soluções combinadas de armazenamento e de
infiltração. A experiência adquirida com o tempo na aplicação dessas técnicas
permitiu constatar seu desempenho também na redução da poluição difusa de
origem pluvial.

Na atualidade, existe uma grande diversidade de técnicas compensatórias em


drenagem pluvial. Em grande parte, essas técnicas centram-se em processos de
armazenamento e de infiltração de águas pluviais no ambiente urbano. Porém, há
também soluções que promovem a intercepção e a evapotranspiração, como os
telhados ou coberturas verdes, e o manejo de áreas verdes, com o foco na redução
de escoamentos de origem pluvial (Adaptado de Prosab 5 – Tema 4 – Manejo de
Águas Pluviais Urbanas – 2009).

1.3.1. Diagnóstico de Ocorrências em Lapa

Desastres naturais são eventos climáticos e/ou de origem geológico-geotécnicos de


intensidade extrema que são assim considerados quando passam a afetar a
população humana, causando prejuízos e danos socioeconômicos e até mesmo
mortes. A temática da drenagem urbana está intimamente ligada à questão de
ocorrência de desastres naturais.

O manejo das águas pluviais realizado de maneira adequada, considerando a bacia


hidrográfica como unidade de planejamento, com premissas técnicas apropriadas,
legislações estabelecidas e fiscalização fortalecida, entre outras ações podem evitar
a ocorrência desses eventos e na forma que afetam a população.

No Brasil os principais eventos adversos incidentes classificam-se em 12 principais


grupos de desastres naturais, classificação essa baseada pela Codificação de

351
Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB
Lapa – Paraná

Desastres, Ameaças e Riscos (CODAR), desenvolvida pela Defesa Civil Nacional


quanto à origem dos eventos.

Trata-se de eventos como: Estiagem e seca, Inundação brusca e alagamento,


Inundação Gradual, Granizo, Geada, Vendaval, Ciclone, Tornado, Incêndio Florestal,
Movimento de Massa, Erosão Linear, Fluvial ou Marinha. As publicações base para
as informações apresentadas no presente Plano são o Atlas Brasileiro de Desastres
Naturais – 1991 a 2010 – Volume Brasil e o Volume Paraná (CEPED – UFSC, 2011).

Para o presente Plano são relevantes alguns dos desastres mencionados ocorrentes
no Brasil, sendo: as inundações bruscas e alagamentos, inundações graduais,
vendavais e tempestades, trombas d’água, movimentos de massa, erosão linear,
erosão fluvial.

O Atlas Brasileiro, considerando o total de afetados pelos Desastres Naturais no


período considerado, menciona que o as estiagens e secas são os desastres que
mais afetam a população brasileira (50,64%) e ainda por ser a mais recorrente.
Contudo são as inundações bruscas, com 29,56% de afetados brasileiros, que
causam o maior número de mortes (43,19%).

As inundações bruscas correspondem a 6.771 registros correspondendo a 21% de


todos os tipos de desastres catalogados no país, ocorridos nos últimos 20 anos,
sendo a segunda categoria de maior ocorrência, após as estiagens e secas.

As inundações graduais, ligadas às cheias de rios, é a terceira tipologia mais


observada no país e relacionam-se com períodos longos de chuvas continuas.
Correspondem a 3.673 eventos equivalentes a 12% dos registros de desastres
naturais. Esse afetam mais diretamente as populações ribeirinhas que vivem às
margens dos rios e ocupam as planícies de inundação.

As regiões Sul e Sudeste são as que detêm o maior numero de mortes, isto porque
são as regiões mais populosas do país, ou seja, um desastre natural atingirá
possivelmente com maior intensidade um maior número de pessoas. Quanto à

352
Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB
Lapa – Paraná

temporalidade, na região Sul, os desastres catalogados pelo banco de dados têm


seus picos nos meses de janeiro, fevereiro e setembro a dezembro.

De todas as ocorrências catalogadas a nível nacional referente a inundações


bruscas e alagamentos no período de 1991 a 2000, 36,57% corresponde a eventos
ocorridos na Região Sul. Já inundações graduais correspondem a 22,65% dos
eventos. Dos vendavais e/ou ciclones ocorridos no Brasil, 80,48% ocorreram na
região Sul. Os movimentos de massa são mais expressivos na região Sudeste
(81,72% dos eventos catalogados); na região Sul 12,33% foi eventos registrados.

A erosão fluvial é mais expressiva na região Nordeste, correspondendo a 64,71%


dos desastres desse tipo catalogados, no período, de acordo com o Atlas. A
ocorrência de erosões lineares é comum na região Centro-Oeste (41,60%), seguida
da região Norte (24,00%). A região Sul tem 12,80% das ocorrências nacionais.

O Quadro 134 apresenta alguns dados referentes a esses desastres naturais,


observados no Brasil, região Sul e Estado do Paraná.

Quadro 134: Ocorrências de Desastres Naturais – Síntese Geral.


Tipo de Desastre Natural PR RS SC Região Sul Brasil
Inundação Brusca e Alag. 389 832 1255 2476 6771
Inundação Gradual 138 371 323 832 3673
Vendavais/Tempestades 589 654 567 1810 2249
Movimentos Massa 27 5 24 56 454
Erosão Fluvial 2 1 2 5 85
Erosão Linear 16 0 0 16 125
Adaptado de: Atlas Brasileiro de Desastres Naturais – 1991 a 2010 – Volume Brasil (CEPED,
2011).

No Atlas de Desastres Naturais – Volume Paraná (CEPED, 2011) foi observado


informação para Lapa, do período de 1991 a 2010, no que diz respeito a:

 Inundações Bruscas: 1 eventos catalogados – ano de 2010.


 Inundações Graduais: 1 evento em 1992.

353
Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB
Lapa – Paraná

2. LEGISLAÇÃO EXISTENTE

No presente tópico são abordadas as principais legislações existentes na esfera


nacional, estadual e municipal de interesse com foco especial a drenagem urbana e
manejo das águas pluviais.

 LEI FEDERAL Nº 11.445/07

A Lei Federal Nº 11.445, de 05 de janeiro de 2007, estabelece diretrizes nacionais


para o saneamento básico; altera as Leis Nº. 6.766 de 19 de dezembro de 1979, Nº
8.036 de 11 de maio de 1990, Nº 8.666 de 21 de junho de 1993, Nº 8.987 de 13 de
fevereiro de 1995; revoga a Lei Nº 6.528 de 11 de maio de 1978; e dá outras
providências.

Em seu Cap. I, art. 2º, item IV, a lei prevê a disponibilidade, em todas as áreas
urbanas, de serviços de drenagem e de manejo das águas pluviais adequados à
saúde pública e à segurança da vida e do patrimônio público e privado.

Com relação aos objetivos da regulação dos serviços, no Cap. V, art. 22, item IV, a
Lei menciona: “definir tarifas que assegurem tanto o equilíbrio econômico e
financeiro dos contratos como a modicidade tarifária, mediante mecanismos que
induzam a eficiência e eficácia dos serviços e que permitam a apropriação social dos
ganhos de produtividade”.

A Lei prevê a sustentabilidade econômico-financeira do manejo de águas


pluviais urbanas mediante remuneração pela cobrança dos serviços, na forma
de tributos, inclusive taxas, em conformidade com o regime de prestação do serviço
ou de suas atividades, descrita no Cap. VI, art. 29, item III.

No Cap. VI, Art. 29°, parágrafo 1º, define diretrizes para a instituição de tarifas
preços públicos e taxas para os serviços de saneamento básico.

No Cap. VI, Art. 29°, parágrafo 2º, permite subsídios à população de baixa renda.

354
Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB
Lapa – Paraná

No Cap. VI, Art. 30°, define diretrizes para a estrutura de remuneração e cobrança
dos serviços de saneamento básico.

No Cap. VI, Art. 36°, determina que a forma de cobrança pela prestação do serviço
público de drenagem deve levar em conta nos lotes urbanos, os percentuais de
impermeabilização e a existência de dispositivos de amortecimento ou retenção de
água de chuva; Inciso I, podendo considerar o nível de renda da população da área
atendida; Inciso II, podendo considerar as características dos lotes urbanos e as
áreas que podem ser neles edificadas.

 LEI FEDERAL Nº 12.727/12

A Lei Federal n° 12.727, de 17 de outubro de 2012, alterou a Lei nº 12.651, de 25 de


maio de 2012, que dispõe sobre a proteção da vegetação nativa; alterou as Leis nºs
6.938, de 31 de agosto de 1981, 9.393, de 19 de dezembro de 1996, e 11.428, de 22
de dezembro de 2006; e revogou as Leis nºs 4.771, de 15 de setembro de 1965, e
7.754, de 14 de abril de 1989, a Medida Provisória nº 2.166- 67, de 24 de agosto de
2001, o item 22 do inciso II do art. 167 da Lei nº 6.015, de 31 de dezembro de 1973,
e o § 2º do art. 4º da Lei nº 12.651, de 25 de maio de 2012.
O processo de aprovação do Novo Código Florestal Brasileiro dividiu interesses
entre protecionistas e ecologistas e a parcela de agropecuaristas brasileiros. Esse
Novo Código trata de assuntos que necessitavam de legislação mais adequada, em
especial, envolvendo as mudanças político-sociais que vivemos no período em que a
temática ficou sem revisão.

Um dos pontos mais relevantes foi a adoção de instrumentos econômicos que visam
estimular a proteção ambiental com incentivos a práticas sustentáveis entre
produção econômica e preservação dos ecossistemas. Na temática em que o
presente plano está inserido, os principais pontos são mencionados a seguir:

Art. 1°. Esta Lei estabelece normas gerais sobre a proteção da vegetação, Áreas de
Preservação Permanente e as áreas de Reserva Legal; a exploração florestal, o
suprimento de matéria-prima florestal, o controle da origem dos produtos florestais e

355
Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB
Lapa – Paraná

o controle e prevenção dos incêndios florestais, e prevê instrumentos econômicos e


financeiros para o alcance de seus objetivos.

Em seu Cap. II, Seção I, sobre a delimitação das áreas de preservação


permanente em zonas rurais e urbanas, Art. 4°, menciona que são essas áreas:

I – As faixas marginais de qualquer curso de água natural perene ou intermitente,


excluídos os efêmeros, desde a borda da calha de leito regular, em largura mínima
de:
(a) 30 m para cursos de água de menos de 10 metros de largura;
(b) 50 m para os cursos de água que tenham de 10 a 50 m de largura;
(c) 100 m para os cursos de agua que tenham de 50 a 200 m de largura;
(d) 200 m para os cursos de água de tenham de 200 a 600 m de largura;
(e) 500 m para os cursos de agua que tenham largura superior a 600 m de
largura.

IV – as áreas no entorno das nascentes e dos olhos de água perenes, qualquer que
seja sua situação topográfica, no raio mínimo de 50 m.
V – As encostas ou partes destas com declividade superior a 45° equivalente a
100% na linha de maior declive.
(...)
IX – no topo de morros, montes, montanhas e serras com altura mínima de 100 m e
inclinação média maior que 25°, as áreas delimitadas a partir da curva de nível
correspondente a 2/3 (dois terços) da altura mínima da elevação sempre em relação
à base (...)

Inciso 5°: “É admitido para a pequena propriedade ou posso rural familiar, (...), o
plantio de culturas temporárias e sazonais de vazante de ciclo curto na faixa de terra
que fica exposta no período de vazante dos rios ou lagos, desde não implique
supressão de novas áreas de vegetação nativa, seja conservada a qualidade da
água e do solo e seja protegida a fauna silvestre”.

Em seu Art. 6° considera ainda área de preservação permanente as áreas que


tiverem as seguintes finalidades:

356
Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB
Lapa – Paraná

I – conter a erosão do solo e mitigar os riscos de enchentes e deslizamentos de terra


e de rocha;

VII – assegurar condições de bem-estar público;

Art. 7°: A vegetação situada em Área de Preservação Permanente deverá ser


mantida pelo proprietário da área, possuidor ou ocupante a qualquer título, pessoa
física ou jurídica (...);

§1° - Tendo ocorrido supressão de vegetação situada em APP, o proprietário da


área, possuidor ou ocupante (...) é obrigado a promover a recomposição da
vegetação, ressalvados os usos autorizados na referida Lei.

Capítulo X – sobre o programa de apoio e incentivo à preservação e recuperação do


meio ambiente:

I – pagamento ou incentivo a serviços ambientais como retribuição, monetária ou


não, às atividades de conservação e melhoria dos ecossistemas e que gerem
serviços ambientais, tais como, isolada ou cumulativamente: (...)
(d) a conservação das águas e dos serviços hídricos; (...)
(g) a conservação e o melhoramento do solo;
(h) A manutenção de Áreas de Preservação Permanente, de Reserva Legal e de
uso restrito;

 LEI FEDERAL N° 6.938/1981.

Lei Federal que dispõe sobre a Politica Nacional do Meio Ambiente, seus fins e
mecanismos de formulação e aplicação e outras providências. De 31 de agosto de
1981.

Em seu Art. 2° menciona o objetivo da Politica Nacional do Meio Ambiente, ou seja,


“a preservação, melhoria e recuperação da qualidade ambiental propícia à vida,
visando assegurar no País condições ao desenvolvimento socioeconômico aos
interesses da segurança nacional e à proteção da dignidade da vida humana”.

357
Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB
Lapa – Paraná

Tem como princípios, podendo-se citar:


(...)
II – racionalização do uso do solo, do subsolo, da água, e do ar;
III – planejamento e fiscalização do uso dos recursos ambientais;
IV – proteção aos ecossistemas (...);
VII – acompanhamento do estado da qualidade ambiental;
(...)
X – educação ambiental a todos os níveis de ensino, inclusive a educação da
comunidade.

Em seu Art. 4° menciona seus objetivos, sendo:


(...)
III – ao estabelecimento de critérios e padrões de qualidade ambiental e de normas
relativas ao uso e manejos dos recursos ambientais;
(...)
V – a difusão de tecnologias de manejo do meio ambiente, à divulgação de dados e
informações ambientais e à formação de uma consciência publica sobre a
necessidade de preservação da qualidade ambiental e do equilíbrio ecológico.

Em seu Art. 6° menciona sobre o Sistema Nacional de Meio Ambiente – SISNAMA e


dá sua estruturação.

 LEI FEDERAL Nº 9.433/97

A Lei Federal 9.433, de 8 de janeiro de 1997, instituiu a Política Nacional de


Recursos Hídricos e criou o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos
Hídricos.

O capítulo I, Art. 1º, item IV fundamenta que “a bacia hidrográfica é a unidade


territorial para implementação da Política Nacional de Recursos Hídricos e atuação
do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos”. O Art. 2º, item III,
revela o objetivo de “prevenção e a defesa contra eventos hidrológicos críticos de
origem natural ou decorrentes do uso inadequado dos recursos naturais.”

358
Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB
Lapa – Paraná

Como diretrizes gerais de ação, a lei tem a articulação do planejamento de recursos


hídricos com o dos setores usuários e com os planejamentos regional, estadual e
nacional; e a articulação da gestão de recursos hídricos com a do uso do solo.

Para tal, um dos instrumentos da “Lei das Águas” são os Planos de Recursos
Hídricos que são planos diretores que visam a fundamentar e orientar a
implementação da Política Nacional de Recursos Hídricos e o gerenciamento dos
recursos hídricos, sendo estes de longo prazo, com horizonte de planejamento
compatível com o período de implantação de seus programas e projetos (art. 6º e
7º).

 LEI FEDERAL N° 9.795/1999.

Essa Lei Federal dispõe sobre a Educação Ambiental e institui a Politica Nacional de
Educação Ambiental e dá outras providências. De 27 de abril de 1999.

Art. 1°: Entende-se por Educação Ambiental os processos por meio doa quais o
individuo e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades,
atitudes e competências voltadas para a conservação do meio ambiente, bem de
uso comum do povo, essencial a sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade.

Art. 2°: A educação ambiental é um componente essencial e permanente da


educação nacional, devendo estar presente, de forma articulada, em todos os
níveis e modalidades do processo educativo, em caráter formal e informal.

Art. 4°: São princípios básicos da Educação Ambiental:


I – enfoque humanista, holístico, democrático e participativo.
II – concepção do meio ambiente em sua totalidade, considerando a
interdependência entre o meio natura, o socioeconômico e o cultural, sob enfoque
da sustentabilidade.
(...)
V – garantia de continuidade e permanência do processo educativo;
VII – abordagem articulada das questões ambientais locais, regionais, nacionais e
globais.

359
Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB
Lapa – Paraná

Art. 5°: São objetivos da Educação Ambiental:

I – o desenvolvimento de uma compreensão integrada do meio ambiente em suas


múltiplas e complexas relações, envolvendo aspectos ecológicos, psicológicos,
legais, políticos, sociais, econômicos, científicos, culturais e éticos;

II – garantia da democratização das informações ambientais;


(...)

IV – incentivo à participação individual e coletiva, permanente e responsável,


na preservação do equilíbrio do meio ambiente, entendendo-se a defesa da
qualidade ambiental como um valor inseparável do exercício da cidadania.

Em seu Art. 6° ficou instituída a Politica Nacional de Educação Ambiental.

 Lei Federal N° 10.257/2001.

Lei Federal que regulamenta os Art. 182° e 183° da Constituição Federal,


estabelecendo diretrizes gerais da Politica Urbana e outras providências, de 10 de
julho de 2001.

A referida Lei apresenta como Paragrafo único do Art. 1° que: Para todos os efeitos,
esta Lei, denominada Estatuto das Cidades, estabelece normas de ordem pública e
interesse social que regulam o uso da propriedade urbana em prol do bem
coletivo, da segurança e do bem estar dos cidadãos, bem como do equilíbrio
ambiental.

Em seu Art. 2° menciona que tem por objetivo ordenar o pleno desenvolvimento das
funções sociais da cidade e da propriedade urbana, mediante diretrizes gerais, entre
elas, podendo-se citar:
I – garantida do direito a cidades sustentáveis, entendido como o direito a terra
urbana, à moradia, ao saneamento ambiental, à infraestrutura urbana, ao
transporte e aos serviços públicos (...), para as presentes e futuras gerações.

360
Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB
Lapa – Paraná

II – gestão democrática e por meio da participação da população (...), na


formulação, execução e acompanhamento de planos, programas e projetos de
desenvolvimento urbano.
(...)
V – Oferta de equipamentos urbanos e comunitários, transporte e serviços públicos
adequados aos interesses e necessidades da população e às características locais.
VI – Ordenação e controle do uso do solo, de forma a evitar:
(...)
g) a poluição e a degradação ambiental.
h) a exposição da população a riscos de desastres.

 LEI ESTADUAL N° 12.726/1999.

Lei Estadual do Paraná que instituiu a Política Estadual de Recursos Hídricos e


outras providências (de 26 de novembro de 1999).

Em seu Art. 2° baseou-se em alguns fundamentos, podendo-se citar:


I – a água é um bem de domínio público;
II – a água é um patrimônio natural limitado dotado de valor econômico, social e
ambiental.
(...)
V – a bacia hidrográfica é a unidade territorial para implementação da Politica
Estadual de Recursos Hídricos e atuação do Sistema Estadual de Gerenciamento de
Recursos Hídricos.
VI – A gestão dos recursos hídricos deve ser descentralizada e contar com a
participação do Poder Público, dos usuários e das comunidades.

Em seu Art. 3° menciona os seus objetivos, sendo assegurara às gerações a


disponibilidade de águas necessárias em padrões de qualidade adequados aos seus
usos; a utilização racional e integradas dos recursos hídricos e a prevenção e a
defesa contra eventos hidrológicos críticos de origem natural ou decorrentes do uso
inadequado dos recursos naturais.

361
Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB
Lapa – Paraná

 LEI ESTADUAL N° 17.505/2013

Lei Estadual do Paraná que instituiu a Politica Estadual de Educação Ambiental e o


Sistema de Educação Ambiental e deu outras providências. De 11 de janeiro de
2013.

A referida Lei foi criada em conformidade com os princípios e objetivos da Politica


Nacional de Educação Ambiental (Lei Federal N° 9.795), e do Programa Nacional de
Educação Ambiental, articulada com o sistema de meio ambiente e educação em
âmbito federal, estadual e municipal.

 LEI ESTADUAL N° 11.054/1995

Essa dispõe sobre a Lei Florestal do Estado do Paraná.

Em seu Art. 1° menciona que as florestas existentes no território Paranaense e as


demais formações vegetais reconhecidas de utilidade às terras que revestem, são
bens de interesse comum a todos os habitantes do Estado.
Classificam, em seu Art. 5°, as florestas e formações vegetais para efeitos da Lei,
sendo:
I – áreas de preservação permanente;
(...);
Em seu Art. 6° menciona que as de preservação permanente no âmbito do Estado
do Paraná, as florestas e demais formas de vegetação são aquelas especificadas no
código florestal brasileiro.

 LEI ESTADUAL N° 10.066/1992

Lei Estadual que criou a Secretaria de Estado do Meio Ambiente – SEMA (Art. 1°),
passando a integrar essa Secretaria o Conselho Estadual do Meio Ambiente –
CEMA e o Conselho de Cartografia do Estado do Paraná – CCEP (Art. 2°);
Em seu Art. 5° criou o Instituto Ambiental do Paraná – IAP, entidade autárquica, com
personalidade jurídica de direito publico e autonomia administrativa, financeiro e
patrimonial, vinculado a SEMA.

362
Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB
Lapa – Paraná

No Art. 6 ° menciona objetivos do IAP, entre eles:


I – propor, coordenar, executar e acompanhar políticas de meio ambiente, recursos
hídricos (...);
II – fazer cumprir a legislação ambiental, exercendo para tanto o poder de polícia
administrativa, controle, licenciamento e fiscalização;
(...)
VII – elaborar, executar e controlar planos e programas de proteção e preservação
da biodiversidade, preservando e restaurando os processos ecológicos essenciais
(...);
IX – executar e fazer executar a recuperação florestal de áreas de preservação
permanente degradadas e de Unidades de Conservação (...);
(...)
XI – executar e promover a educação ambiental formal e não formal;
XII – executar o monitoramento ambiental, em especial da quantidade e qualidade
dos recursos hídricos superficiais e subterrâneos, do ar e do solo;
XIII – promover gerenciamento dos recursos hídricos e outorgar concessões (...);
(...)
XXVI – executar e fazer executar a coleta de dados estatísticos sistemáticos sobre o
meio ambiente;
(...)
XXIX – executar o monitoramento quantitativo e qualitativo dos recursos hídricos
superficiais e subterrâneos através de redes climatológica, pluviométrica,
fluviométrica, sedimentométrica, piezométrica e de qualidade das águas.

 RESOLUÇÃO SEMA N°52/2009, de 06 de novembro de 2009.

Essa Resolução estabelece parâmetros quantitativos para qualificação como


insignificantes os usos de recursos hídricos referentes ao lançamento concentrado
de águas pluviais em cursos de água.

A referida Resolução da Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídrica estabelece


em seu Art. 1° o entendimento de:

363
Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB
Lapa – Paraná

Drenagem: remoção de água superficial ou subterrânea de uma área determinada


por bombeamento ou por gravidade;
Microdrenagem Urbana: é o sistema de condutos pluviais utilizados no âmbito de
arruamentos que propicia a ocupação do espaço urbano por uma forma artificial de
drenagem, adaptando-se ao sistema de circulação viária;
Macrodrenagem: é o conjunto de obras que recebem o escoamento da
microdrenagem e visam adequar as condições de vazão de forma a atenuar os
problemas de erosões, assoreamento, e inundações ao longo dos principais
talvegues;
Talvegues: linha mais ou menos sinuosa no fundo de um vale pela qual se dirigem
as águas constituindo a interseção de duas encostas;
Vazão: volume líquido de fluido que passa, na unidade de tempo, através de uma
superfície; (...).

No Art. 2° menciona que considera como de uso insignificante, entendidos como


usos de recursos hídricos independentes de outorga, os lançamentos concentrados
de águas pluviais realizados através de:

I – Microdrenagem urbanas que escoem para macrodrenagens ou emissários com


outorga de direito de uso de recursos hídricos vigentes e emitidas pelo Poder
Público Outorgante.

II – Redes de drenagem de águas pluviais com diâmetro de até 0,80 metros e cujo
lançamento final em corpo de água se faça com vazão de até 1,5 m³/s.

§2° Para fins do disposto neste artigo, os quantitativos dos lançamentos


concentrados de águas pluviais considerados insignificantes poderão ser revistos
pelos Comitês de Bacias e propostos novos valores para serem estabelecidos pelo
Instituto das Águas do Paraná.

Quanto às Leis municipais que discutem sobre o tema de recursos hídricos e


drenagem pluvial urbana, bem como saneamento básico e meio ambiente em geral,
tem-se as apresentadas a seguir, pesquisadas como sendo as principais.

364
Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB
Lapa – Paraná

 Lei Municipal n° 773, de 09 de julho de 1982, que autorizou o poder executivo em


firmar convênio com a Companhia de Saneamento do Paraná – SANEPAR.

 Lei Municipal n° 779, de 18 de outubro de 1982, que autorizou o poder executivo


a conceder com exclusividade à Companhia de Saneamento do Paraná a
exploração e operação dos sistemas de abastecimento de água potável e coleta
e remoção de esgotos sanitários municipais e dá outras providências. Alterada
pela Lei Municipal n° 869/1985, de 27 de agosto de 1985.

 Lei Municipal n° 375, de 24 de novembro de 1967, criou o Fundo Municipal de


Saneamento Básico e dá outras providências.

 Lei Municipal n° 1.077, de 02 de maio de 1991, estabelece normas sobre


arborização, preservação e conservação de áreas verdes e de preservação
permanente – APP.

 Lei Municipal n° 1.402, de 23 de junho de 1998, que tornou obrigatória a inclusão


de programas de educação ambiental no currículo escolar da rede municipal de
ensino e dá outras providências.

 Lei Municipal n° 1.174 de 23 de dezembro de 1992, a qual concede estímulo


fiscal à preservação nativa no perímetro urbano da cidade da Lapa e dá outras
providências.

 Lei Municipal n° n° 269, de 14 de dezembro de 1961, a qual dispõe sobre o


imposto territorial predial urbano.

 Lei Municipal n° 1.806, de 27 de dezembro de 2004, dispõe sobre o código de


obras do município da Lapa e deu outras providências. Alterada pela Lei n°
2.567/2011; Lei n° 2.202/2008 e Lei n° 1.943/2006.

365
Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB
Lapa – Paraná

 Lei Municipal n° 2.984, de 18 de junho de 2014, alterou as leis n° 1.832/1943 e


revogou a lei n° 2.202/2008 que tratam sobre o código de obras do município da
Lapa e deu outras providências.

 Lei Municipal n° 1.783, de 19 de maio de 2004, dispõe sobre o Código municipal


de Posturas e dá outras providências. Revogada parcialmente pela Lei n°
2.681/2011; Alterada pela Lei n° 2.586/2011; Alterada pela Lei n° 2.526/2010;
Pela Lei n° 2.379/2009 e Lei n° 1.914/2005.

 Lei Municipal n° 1.763 de 29 de dezembro de 2003, a qual dispõe sobre o


zoneamento do uso e da ocupação do solo do município da Lapa. Alterada pela
Lei n° 2.726/2012; Alterada pela Lei n° 2.625/2011; Pela Lei n° 2.378/2009; Pela
Lei n° 2.083/2007 e Lei n° 1.945/2006. Regulamentada pela Lei n° 1.822/2004.

2.1. O PLANO DIRETOR DO MUNICÍPIO DA LAPA

O Plano Diretor Municipal da Lapa é instituído através da Lei Municipal n° 1.758, de


29 de dezembro de 2003, estabelecendo objetivos, instrumentos e diretrizes para as
ações de planejamento do município da Lapa e dá outras providências.

Teve como base a Lei Federal n° 10.257/2001, conhecida como Estatuto das
Cidades e, ainda o Art. 182° da Constituição Federal. Foi elaborada também sob as
diretrizes da Lei Orgânica do Município.

O Plano Diretor do município trata-se da principal lei diretriz ao planejamento e o


ordenamento da cidade para fins de melhoria e/ou garantia de qualidade de vida da
população garantindo o desenvolvimento urbano sustentável do município. É o
primeiro passo para que haja o discernimento do conceito e de ações de
planejamento no município.
Compreende a junção de uma série de outras legislações (Art. 3°):
I. Zoneamento de Uso e Ocupação do Solo (Lei nº 1.763/2003);
II. Sistema Viário (Lei nº 1.764/2003);
III. Parcelamento do Solo Urbano (Lei nº 1.765/2003);
IV. Código de Obras (Lei nº 1.832/2004);

366
Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB
Lapa – Paraná

V. Perímetro Urbano (Lei nº 2.336/2009);


VI. Código de Posturas (Lei nº 2.586/2011);

Abaixo, estão apresentados alguns pontos da referida lei da Lapa, interessantes


e/ou relevantes para a elaboração do presente Plano de Saneamento Básico, os
quais devem ser levados em consideração.

Art. 6º - A função social da cidade da Lapa se dará pelo pleno exercício de todos ao
direito à cidade, entendido este como direito à terra, aos meios de subsistência, ao
trabalho, à saúde, à educação, à cultura, à moradia, à proteção social, à segurança,
ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, ao saneamento, ao transporte
público, ao lazer, à informação, e demais direitos assegurados pela legislação
vigente.

No Art. 18 têm-se os objetivos do Plano Diretor Municipal.

São consideradas Macrozonas de Preservação Permanente – APP: os fundos de


vale; florestas em estágio médio e avançado de sucessão e as áreas com
declividades superiores a 45%.

Na Lei Municipal n° 1.763/2003, a qual dispõe sobre o zoneamento urbano do


município da Lapa, considera como equipamento urbano aqueles equipamentos
públicos de abastecimento de água, esgoto, energia elétrica, coleta de água pluvial e
rede telefônica (item e, Art. 4°).

A infraestrutura básica a ser considerada por todo o município compõe-se de


equipamentos urbanos e de escoamento de águas pluviais, iluminação pública,
redes de esgoto sanitário, de abastecimento de água potável, de energia elétrica
pública e domiciliar, vias de circulação e pavimentação (item j, Art. 4°).

O Art. 21 menciona quanto ao Zoneamento da Zona de Proteção Ambiental – ZPA


como aquela compreendida pelas áreas enquadradas como de preservação
permanente de acordo com o Código Florestal Brasileiro (instituído pela Lei n°
12.051/2012 e Resolução CONAMA N° 302/2002).

367
Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB
Lapa – Paraná

Nessas áreas têm-se como objetivos:


(...)
II – proibição do parcelamento do solo;
III – integrar as faixas de fundos de vale em projetos de áreas especiais de lazer e
desenvolvimento de programas de proteção e reconstrução da mata ciliar. (...);

O Art. 29 da referida Lei ainda menciona que para proteção dos recursos hídricos do
município ficam definidas as faixas de preservação ao longo dos cursos de água ou
dos fundos de vale de acordo com o Código Florestal, de forma a garantir o perfeito
escoamento das águas pluviais das bacias hidrográficas e preservação de áreas
verdes.

O Art. 31 menciona sobre as áreas de preservação permanente, sendo


consideradas:

a) Faixa territorial de fundo de vale dos cursos de água do município; (...)

O Art. 32 denomina como área de preservação de fundo de vale a faixa de 30 m


para cada lado das margens dos rios e córregos e de 50 m no entorno de nascentes.

Ainda, em Parágrafo Único, menciona que APP de Fundo de vales compreende


áreas não edificáveis e/ou de preservação permanente, as quais podem ser
computadas como de espaços livres em loteamento, como unidades de
conservação, como reserva florestal, como áreas verdes ou para transferência do
potencial construtivo.

2.2. REVISÃO DO PLANO DIRETOR MUNICIPAL DA LAPA

O município da Lapa está no período de revisão do seu Plano Diretor Municipal


iniciado pelo Poder Público Executivo, entidades e sociedade civil como um todo no
ano de 2013.

368
Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB
Lapa – Paraná

Tal revisão é prevista em Lei através do Estatuto das Cidades (Lei Federal n°
10.257/2001), definida para ocorrer no âmbito municipal no período de até 10 anos.
O objetivo da revisão do Plano é propor novas estratégias, medidas e ações para
orientar a gestão e o ordenamento do território municipal, segundo as Políticas de
Desenvolvimento Urbano e Regional do Estado do Paraná, garantindo cenários
positivos ao futuro da Lapa.

Foram elencadas por esses envolvidos como necessidades municipais Obras no


âmbito do Desenvolvimento Físico e Territorial, por exemplo, entre as quais incluem
ações em temas como obras de infraestrutura e saneamento, voltadas à melhoria da
qualidade ambiental e urbana no município. Entre as relevantes e correlatas ao tema
de drenagem urbana, o município pretende alcançar com a revisão do Plano Diretor:

a) Alargamento, readequação e pavimentação de estradas rurais:


compreendendo ainda a construções de pontes, bueiros e pontilhões;
b) Abertura, alargamento, readequação e pavimentação de vias urbanas:
compreende que todas as obras de pavimentação devem ser acompanhadas
de obras de drenagem, meio-fio, passeio.
c) Ampliação e melhoria do sistema de abastecimento de água;
d) Ampliação e melhoria do sistema de coleta e tratamento de esgoto;
e) Dragagem e despoluição de rios e córregos: contemplando a preservação e
recuperação de matas ciliares, com ênfase nos mananciais de abastecimento
de água.
f) Implantação e readequação de parques e praças municipais;
g) Entre outros.

Entre os diversos Programas, projetos e ações, podem ser citados como de


interesse e correlatos ao presente Plano de Saneamento:

a) Aperfeiçoamento do sistema de planejamento e gestão territorial;


b) Aperfeiçoamento do sistema de fiscalização;
c) Readequação da estrutura organizacional da Prefeitura;
d) Capacitação continuada de servidores municipais;
e) Implantação de Sistema Municipal de Gestão Municipal;

369
Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB
Lapa – Paraná

f) Implantação do Sistema municipal de Proteção e Defesa Civil;


g) Aperfeiçoamento do sistema de tecnologia da informação;
h) Apoio e fomento à educação ambiental;
i) Ampliação dos programas de regularização fundiária;
j) Aquisições de caminhões e equipamentos;
k) Criação e definição de mecanismos de planejamento, tais como indicadores
de monitoramento do desenvolvimento e de ações.

A revisão do Plano Diretor em andamento prevê a readequação de leis e normativas


municipais trazendo a tona a discussão de assuntos relacionados a drenagem
urbana e manejo de águas pluviais.

Podem-se destacar as diretrizes a seguir, as quais serão consideradas pelo


município nas minutas de proposta de Lei que comporão o Plano Diretor municipal
(revisão) e seus códigos:

 É expressamente proibido lançar águas pluviais provenientes do lote


diretamente em passeios e logradouros públicos (Art. 141, Minuta proposta de
Lei Código Municipal de Obras).
 É expressamente proibido ligar os condutores de águas pluviais à rede coletora
de esgotos (Art. 142, Minuta proposta de Lei Código Municipal de Obras);
 Será obrigatória a implantação de reservatórios de retenção com o objetivo de
conter os excedentes hídricos resultantes de chuvas intensas (Art. 144, Minuta
proposta de Lei Código Municipal de Obras);
 Os reservatórios de retenção terão volume estipulado em função da taxa de
permeabilidade do empreendimento, segundo critérios técnicos (Art. 145,
Minuta proposta de Lei Código Municipal de Obras);
 É expressamente proibido lançar águas servidas bem como ligar a canalização
de esgotos nas sarjetas ou na rede de drenagem pluvial.
 É expressamente proibido lançar águas servidas provenientes do lote
diretamente sobre os passeios e logradouros públicos, bem como nos cursos
de água, valetas, poços, chafarizes ou terrenos baldios (Art. 92, Minuta
proposta de Lei Código Municipal de Obras).

370
Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB
Lapa – Paraná

 É expressamente proibido o lançamento de águas servidas na rede de


drenagem pluvial (§3°, Art. 92, Minuta proposta de Lei Código Municipal de
Obras).
 Nos projetos de loteamento o proprietário se obriga a executar as seguintes
obras e/ou serviços: II – implantação de rede de escoamento das águas
pluviais de acordo com as normas do órgão municipal competente (Art. 15,
Minuta proposta Código de Parcelamento do solo urbano).
 É expressamente proibido o lançamento de lixo e/ou resíduos de qualquer
natureza nos terrenos baldios, fundos de vale ou cursos de água do município
(Art. 98, Minuta proposta de Lei do Código de Posturas);
 É expressamente proibido lançar qualquer tipo de resíduos sólido ou liquido
nas galerias pluviais, cursos de água, valetas, poços, chafarizes, ou
congêneres, bem como desviar o leito das correntes de água ou obstruir o seu
curso (Art. 136, Minuta projeto de Lei Código de Posturas).
 Entre outras.

3. LEVANTAMENTO E DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO ATUAL

Para fins de caracterização geral do sistema de manejo de águas pluviais e


drenagem urbana apresenta-se caracterização das bacias hidrográficas da região do
município da Lapa, Estado do Paraná.

3.1. CARACTERIZAÇÃO DAS BACIAS HIDROGRÁFICAS: ASPECTOS GERAIS

Para melhor compreensão da metodologia de caracterização utilizada no presente


plano de saneamento, apresenta-se, primeiramente, uma abordagem sucinta das
terminologias e conceitos que foram adotados.

3.1.1. A Bacia hidrográfica com Ênfase a Unidade de Planejamento

O termo bacia hidrográfica refere-se a uma delimitação geográfica natural traçada


por divisores de água. Este compartimento é drenado superficialmente por um curso
d’água principal e seus afluentes. Os conceitos de bacia e subbacias se relacionam

371
Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB
Lapa – Paraná

a ordens hierárquicas dentro de uma determinada malha hídrica. Cada bacia


hidrográfica se interliga com outra de ordem hierárquica superior, constituindo, em
relação à última, uma subbacia. Portanto, os termos bacia e subbacias hidrográficas
são relativos.

Por constituírem “ecossistemas” com o predomínio de uma única saída (exutória), as


bacias hidrográficas possibilitam a realização de uma série de experimentos. As
bacias hidrográficas também constituem ecossistemas adequados para avaliação
dos impactos causados pela atividade antrópica que podem acarretar riscos ao
equilíbrio e à manutenção da quantidade e a qualidade da água, uma vez que estas
variáveis são relacionadas com o uso do solo.

A subdivisão de uma bacia hidrográfica de maior ordem em seus componentes


(subbacias) permite a pontualização de problemas difusos, tornando mais fácil a
identificação de focos de degradação de recursos naturais, compreensão da
natureza dos processos de degradação ambiental instalados e o grau de
comprometimento da produção sustentada existente.

A necessidade de promover a recuperação ambiental e a manutenção de recursos


naturais, como a água, mobilizou a sociedade, a partir da década de 70, num
movimento que difundiu o conceito de bacia hidrográfica e o consolidou no mundo.

Reconheceu-se a bacia hidrográfica como um sistema ecológico, que abrange todos


os organismos que funcionam em conjunto numa dada área e que os recursos
naturais são interligados e dependentes entre si. Com isto, foi necessário
compreender a dinâmica das águas e os limites geográficos para trabalhar o
equilíbrio ecológico em termos das bacias hidrográficas.

Ao longo da história da civilização humana, o homem descobriu a importância de


controlar a disponibilidade de água e a partir daí surgiram tentativas de modificar o
ambiente natural. Da mesma forma, o desenvolvimento das atividades produtivas,
como a agricultura, a industrialização, a urbanização, sempre estiveram ligadas ao
controle da água. Da mesma forma acontece em nossa sociedade atual, o

372
Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB
Lapa – Paraná

desenvolvimento de regiões urbanizadas e rurais depende diretamente da


disponibilidade da água doce, em termos de quantidade e qualidade.

Com a instituição da Lei Federal N° 9.433/97 estabeleceu-se a bacia hidrográfica


como unidade territorial para implementação da Política Nacional de Recursos
Hídricos e atuação do Sistema de Gerenciamento de Recursos Hídricos.

Respeitando as diversidades sociais, econômicas e ambientais do País, o Conselho


Nacional de Recursos Hídricos – CNRH aprovou em 15 de outubro de 2003, a
Resolução Nº 32, que instituiu a Divisão Hidrográfica Nacional e a partir de 2006 foi
inserida no Plano Nacional de Recursos Hídricos, aprovado pela Presidência da
República.

A Lei N° 11.445/07, que estruturou o Plano de Saneamento Básico, reforça o


conceito da utilização de bacias hidrográficas na sua elaboração.

Os princípios básicos da atual legislação são cinco:

 Bacia hidrográfica como unidade de planejamento;


 Usos múltiplos da água a todos os setores e usuários;
 Reconhecimento da água como um bem finito e vulnerável;
 Reconhecimento do valor econômico da água, indutor do uso racional deste
recurso natural e;
 Gestão descentralizada e participativa de todos os níveis hierárquicos do
governo, usuários, sociedade civil, organizações não governamentais e outros
organismos que possam influenciar nos processos de tomada de decisão.

Os instrumentos essenciais para a boa gestão do uso da água são:


 Plano Nacional de Recursos Hídricos;
 Outorga do Direito de Uso dos Recursos Hídricos, autorização ou concessão
para o usuário;
 Cobrança pelo uso da água;

373
Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB
Lapa – Paraná

 Enquadramento dos corpos d’água em classes de uso, visando facilitar o


controle e monitoramento da qualidade dos mananciais e;
 Sistema Nacional de Informações sobre Recursos Hídricos, visando organizar
a base de dados e difundir a todos, referente aos recursos hídricos, usos,
balanço hídrico de cada manancial e de cada bacia.

Com este novo arranjo institucional surgiram novos organismos para a gestão
compartilhada do uso da água:

 Conselho Nacional de Recursos Hídricos - CNRH, que decide sobre grandes


questões do setor e dirime os impasses de maior vulto.
 Comitês de Bacias Hidrográficas, compostas por participantes das Prefeituras,
da sociedade civil organizada, dos demais níveis do governo - Federal e
Estadual.
 Agências da Água servem como braço técnico de seus correspondentes
comitês, para gerir os recursos oriundos da cobrança pelo uso da água.
 Organizações Civis de Recursos Hídricos, entidades atuantes no setor de
planejamento e gestão do uso dos recursos hídricos.

3.2. O MUNICÍPIO DA LAPA EM RELAÇÃO ÀS BACIAS HIDROGRÁFICAS

O município da Lapa está inserido hidrograficamente num contexto Nacional,


Estadual e Municipal de regiões hidrográficas, o qual será apresentado a seguir:

3.2.1. Regiões Hidrográficas Brasileiras

A área física que compõem o território brasileiro foi dividida em 12 grandes Regiões
Hidrográficas, conforme Resolução nº 32/2003 do Conselho Nacional de Recursos
Hídricos (Figura 224).

374
Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB
Lapa – Paraná

A Região Hidrográfica do Rio Paraná é aquela que abrange maior parte do território
do Estado que leva o mesmo nome e, ainda engloba a área de estudo do presente
Plano pelo fato do município localizar-se nessa região.

Figura 224: Regiões Hidrográficas do Brasil destacando a RH do rio Paraná, área de estudo.

Fonte: Adaptado da Resolução nº 32/2003 do Conselho Nacional de Recursos Hídricos; Dados


obtidos da Agência Nacional de Águas – ANA.

3.2.1.1. Região Hidrográfica Paraná

A Região Hidrográfica do Paraná tem grande importância, pois engloba cerca de


32,1% da população do país e ainda apresenta o maior desenvolvimento econômico.

A região abrange os Estados de São Paulo (25% da região), Paraná ( 21%), Mato
Grosso do Sul (20%), Minas Gerais (18%), Santa Catarina (1,5%) e o Distrito
Federal (0,5%) (Agência Nacional das Águas, 2013; Disponível em
http://www2.ana.gov.br/Paginas/portais/bacias/parana.aspx).

A região abrange uma área de 879.860 km² e o rio Paraná é o principal curso de
água dessa bacia. Contudo seus afluentes têm grande importância, tais como os
rios: Grande, Paranaíba, Tietê, Paranapanema, Iguaçu.

375
Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB
Lapa – Paraná

Originalmente, essa Região Hidrográfica apresentava os biomas da Mata Atlântica e


Cerrado e cinco tipos de cobertura vegetal: Cerrado, Mata Atlântica, Mata da Lapa,
Floresta Estacional Decídua e Floresta Estacional Semidecídua. É a Região
Hidrográfica que possui a maior demanda por recursos hídricos do País,
correspondendo a 31% da demanda nacional, sendo a irrigação a maior usuária de
recursos hídricos (42% da demanda total), seguida pelo abastecimento industrial
(27%).

Com relação a indicadores de Saneamento Básico, de acordo com o Censo


Demográfico (IBGE, 2010), os percentuais de população atendida com
abastecimento de água variavam de 90% (no Paranaíba) a 98% (Grande). A maioria
das unidades hidrográficas está com percentual acima da média do Brasil que é de
91%. O percentual da população atendida com rede coletora de esgotos nas
unidades hidrográficas variava entre 38% (Piriqui) e 96% (Grande). Os percentuais
de tratamento de esgotos variavam de 33% (Piriqui) e 93% (Paranapanema),
enquanto a média nacional era de 30%.

3.2.1.2. Regiões Hidrográficas do Estado do Paraná

Para efeito de gerenciamento dos recursos hídricos, o Estado do Paraná foi dividido
em 16 Bacias Hidrográficas e 12 Unidades Hidrográficas, através da Lei Estadual n°
12.726, de novembro de 1999 que instituiu a Política Estadual de Recursos Hídricos.
Posteriormente essas regiões foram adaptadas pela Resolução n° 49/2006 do
Conselho Estadual de Recursos Hídricos - CERH/PR.
A saber, as bacias são: Litorânea, Alto Iguaçu/Ribeira, Médio Iguaçu, Baixo Iguaçu,
Itarará/Cinzas/Paranapanema I e II, Alto Tibagi, Baixo Tibagi, Pirapó/Paranapanema
III e IV, Alto Ivaí, Baixo Ivaí/Paraná I, Piquiri/Paraná II e Paraná III.

O município da Lapa está inserido na bacia hidrográfica do Alto Iguaçu/afluentes do


Rio Negro e do Rio Ribeira – unidade hidrográfica 2, conforme Figura 225 a seguir.

O município da Lapa corresponde territorialmente a 3,8% da área total bacia e seu


território encontra-se integralmente inserido nessa região hidrográfica (cerca de
2.097,8 km²).

376
Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB
Lapa – Paraná

Figura 225: Unidades Hidrográficas do Paraná destacando a localização da Lapa na Unidade 02 – Alto Iguaçu.

Fonte: Adaptado de SUDERSHA, 2006; SEMA 2004 – SRH/MMA/ATUG/SUDERSHA, 2007. Site: www.aguasparana.pr.gov.br – Unidades
Hidrográficas do Paraná, em junho 2015.

377
Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB
Lapa – Paraná

3.2.1.3. O Comitê de Bacias Hidrográficas

Os comitês de bacia são órgãos regionais de caráter deliberativo e normativo, fórum


de decisão das ações a serem implementadas na sua área de abrangência. Têm
representação do Estado, Municípios, Sociedade Civil e usuários de Recursos
Hídricos onde analisam, propõem, debatem e aprovam o Plano de Bacia
Hidrográfica e as proposições das Agências de Bacia Hidrográfica.

A “Lei das Águas” - Lei Federal n° 9.433/1997 definiu a gestão compartilhada do uso
da água através de vários segmentos/órgãos entre eles os comitês de bacias
hidrográficas. Ainda, discorrem sobre o tema, a Lei Estadual n° 12.726/1999 (Política
Estadual de Recursos Hídricos), através do Sistema de Gerenciamento de Recursos
Hídricos (definido através da redação da Lei acima mencionada e, da Lei
16.242/2009).

O Estado do Paraná através do Conselho Estadual de Recursos Hídricos –


CERH/PR possui alguns comitês já instalados e outros em processo de instalação.

O município da Lapa está inserido na área de abrangência do comitê PR1 que é o


Comitê de Bacia Hidrográfica – CBH do Alto Iguaçu e afluentes do Alto Ribeira,
criado através do Decreto n° 5.878 de 13 de dezembro de 2005, contendo 36
municípios. Este comitê de bacias é bastante atuante na região, influenciando em
aspectos do planejamento, gestão e controle de recursos hídricos da região
metropolitana de Curitiba.

3.2.2. Bacias Hidrográficas e Fundos de Vale do Município da Lapa

O território integral do município da Lapa está inserido em 24 bacias hidrográficas de


diferentes dimensões, mostradas na Figura 226.

378
Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB
Lapa – Paraná

Figura 226: Bacias hidrográficas do município da Lapa/PR.

Fonte: Mapas temáticos revisão do Plano Diretor Municipal (2013).

Na porção urbana (perímetro urbano) merecem destaque dois cursos de água


responsáveis pela drenagem das águas pluviais urbanas:

 Córrego Passo dos Neves;


 Córrego Passo da Ronda.

O córrego Passo dos Neves, situa-se paralelo à Avenida Principal, Caetano Munhoz
da Rocha, à esquerda de quem se desloca do Centro Histórico para a Rodovia BR-
476, cerca de 300 m em média. Nasce nas proximidades Rua Doutor Joaquim
Linhares de Lacerda, percorre a paralela da citada avenida, que acaba cruzando já
nas proximidades do trevo de acesso á cidade. Deste ponto de cruzamento percorre
mais 200 m se interligando ao Córrego Passo da Ronda, para cruzarem a BR 476.

Ao longo dos anos, foram sendo executados bueiros de travessia de ruas que o
cortam, que hoje permitem vazão insuficiente para o volume gerado por chuvas
sobre sua bacia. Existem também segmentos mais longos que foram tubulados, ou

379
Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB
Lapa – Paraná

por administrações passadas ou pela iniciativa privada e que também não


comportam a demanda de água.

Não sendo plenamente comportadas pelos bueiros, as águas excedentes criam


pontos de alagamentos, transbordam por sobre as ruas que o cruzam, causando
erosões e danos aos pavimentos das mesmas. Em alguns pontos do córrego
também se observam erosões bastante acentuadas das laterais, fruto do grande
volume que flui em geometria tortuosa e sem proteção das margens. Todas estas
erosões produzem em algum lugar a jusante, pontos de assoreamento e
alargamento das margens.

Já em relação aos fundos de vale, conceitualmente pode-se compreender como


parte do conceito de bacias hidrográficas sendo formados pelos pontos de elevação
mais baixa do terreno, pelos quais escoam as águas da chuva. Em outras palavras
podem ser entendidos como sinônimos dos talvegues 1, que quando secos levam a
denominação “fundo de vale”.

1
Talvegue, de forma generalista, é a “linha” sinuosa formada pelos pontos mais
profundos de um curso de água, ou seja, é a porção do relevo por onde escoam as
águas dos rios, ribeirões, córregos, arroios, entre outras denominações comumente
usadas na hidrologia para os corpos hídricos.

Os fundos de vale, em geral, estão associados aos rios, córregos e demais corpos
hídricos. Quando não drenados são utilizados comumente para orientar projetos de
esgotamento sanitários, cujos coletores e interceptores, em geral, são concebidos e
locados nessas porções do relevo, facilitando o escoamento por gravidade.

Em geral, os fundos de vale têm sua ocupação subutilizada, especialmente nas


sedes urbanas, desencadeando problemas socioambientais especialmente quando
a urbanização que ocorre nessas áreas causa problemas devido à ausência de
infraestruturas sanitárias mínimas. Esses podem ser mencionados como: ocorrência
de inundações, exalação de mau cheiro (lançamento de esgotos não tratados),
disposição de resíduos sólidos ocasionando a disseminação de vetores e epidemias.

380
Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB
Lapa – Paraná

Ainda podem ser utilizados como “depósito” de “excluídos sociais”, que procuram
essas “terras públicas urbanas reservadas” como áreas para a construção de
moradias precárias, sujeitando-se aos riscos de estarem em áreas alagadiças e de
instabilidade.

No entanto, mesmo sendo essas as situações comumente vistas no cenário


brasileiro, tem-se que a adoção de abordagens que revitalizem essas áreas,
alterando sua imagem, dispondo-a de infraestruturas urbanas que melhorem a
qualidade de vida das comunidades, do meio urbano e da água dos corpos hídricos
e da chuva que ali passam, são adequadas e interessantes ao planejamento das
cidades com vistas à adequada gestão da drenagem urbana.

A identificação dos principais fundos de vale que se encontram na porção do


perímetro urbano da Lapa é apresentada nas Figuras 227 e 228 a seguir e
correspondem aos Córregos da Ronda e Passo das Neves e ainda, nas
proximidades de afluente do Rio Passa Dois.

381
Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB
Lapa – Paraná

Figura 227: Fundos de vale da hidrográfica urbana do município da Lapa (Córregos Passo dos Neves e Passo da Ronda e afluente pela margem
esquerda do Rio Passa Dois).

382
Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB
Lapa – Paraná

Figura 228: Esquema localização Córrego Passo dos Neves à direita e Córrego Passo do
Ronda à esquerda.

Fonte: SIOPT – Departamento de Habitação e Urbanismo – Projeto do Parque Linear (2010).

3.3. GESTÃO DO SISTEMA DE MANEJO DE ÁGUAS PLUVIAIS URBANAS

3.3.1. Responsabilidades e Atribuições

A gestão do sistema de manejo de águas pluviais urbanas do município da Lapa e


os seus serviços correlatos são atribuídos a Secretaria Municipal de Infraestrutura,
Obras Públicas e Transportes (SIOPT).

Esta Secretaria tem como principais atribuições às atividades citadas abaixo, onde
entre elas observam-se as atividades ligadas à drenagem urbana e manutenções
nesse sistema, envolvendo sua operação e conservação:

I - Programar, coordenar e executar a política de obras públicas do Município;

383
Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB
Lapa – Paraná

II - Aprovar, fiscalizar e vistoriar os projetos e o sistema viário municipal, urbano,


rural;
III - Manter a rede de galerias pluviais, prover a implantação de obras públicas em
geral e reparo dos próprios municipais;
IV - A análise, aprovação e fiscalização de projetos de obras e edificações;
V - Conservação, pavimentação e calçamento de ruas, avenidas e logradouros
públicos;
VI – Assessoramento da coordenação e execução da política de habitação do
Município, em especial, os planos habitacionais de natureza social e controle dos
mutuários do sistema habitacional do Município;
VII - Manutenção, conservação e guarda dos equipamentos rodoviários e da frota de
veículos leves e pesados;
VIII - A fiscalização de contratos que se relacionem com os serviços de sua
competência, bem como outras atividades correlatas;
IX - Planejamento urbano do Município, visando ao desenvolvimento físico e social;
X - Efetuar o planejamento global da infraestrutura do Município;
XI - Implantação, programação, coordenação e execução da política urbanística;
XII - O cumprimento do plano diretor e desenvolvimento integrado e a obediência do
código de posturas, de obras, de ocupação, uso do solo e de zoneamento;
XIII - A fiscalização e aprovação de loteamentos, a regularização de
desmembramentos, retificações, inclusões, unificações, bem como tomar todas as
medidas necessárias a esse fim;
XIV – Análise técnica dos processos referentes ao uso e parcelamento do solo;
XV - O fornecimento e controle da numeração predial;
XVI - A identificação dos logradouros públicos;
XVII - A atualização do sistema cartográfico municipal;
XVIII – Coibir as construções e os loteamentos clandestinos;
XIX - Proceder aos estudos, diretrizes e fiscalização da política municipal de
parcelamento e uso do solo;
XX – Geoprocessamento;
XXI - Subsidiar informações para elaboração do plano plurianual, da lei de diretrizes
orçamentárias e da proposta orçamentária anual;
XXII - Orientação e coordenação das atividades públicas e privadas com vistas ao
desenvolvimento harmônico do Município;

384
Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB
Lapa – Paraná

XXIII – Coordenar e executar a política dos serviços de utilidade pública, a limpeza


urbana, os serviços de coleta de entulhos e resíduos sólidos e orgânicos, por
administração direta ou através de terceiros, a conservação e o controle de terrenos
no perímetro urbano;
XXIV - O assessoramento à Prefeita Municipal e aos demais órgãos da
administração superior, direta e descentralizada, em assuntos de sua competência e
que nesta condição lhe forem cometidos e o fornecimento de dados e informações a
fim de subsidiar o processo decisório.
XXV – Manter e gerenciar o sistema de iluminação pública e de distribuição de
energia;
XXVI - Promover a conservação das estradas rurais e a execução do saneamento;
XXVII - Gerir, em conjunto com a Secretaria de Administração, os contratos
pertinentes às suas atividades.

Quanto à organização administrativa do Poder Executivo, a Secretaria de


Infraestrutura, Obras públicas e Transportes (SIOPT) está no Organograma
municipal da Lapa como mostra as Figuras 229 e 230.

385
Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB
Lapa – Paraná

Figura 229: Organograma Poder Executivo Municipal da Lapa.

Fonte: Prefeitura Municipal da Lapa (2015).

386
Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB
Lapa – Paraná

Figura 230: Organograma da Secretaria Municipal de Infraestrutura, Obras Públicas e Transportes (SIOPT).

Fonte: Prefeitura Municipal da Lapa (2015).

387
Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB
Lapa – Paraná

Nessa Secretaria Municipal atuam diretamente nas atividades relacionadas às


obras, manutenção e operação do sistema de manejo de águas pluviais e drenagem
urbana são realizados pelo Departamento de Saneamento Ambiental e
Departamento de Habitação e Urbanismo.

No entanto, as atividades não são realizadas de forma autônoma pelos dois


Departamentos, pois os funcionários alocados na Secretaria Municipal de
Infraestrutura, Obras Públicas e Transportes (SIOPT) como um todo não estão
definidos por departamentos, sendo que as equipes atuam em função de demandas.
Da mesma forma os equipamentos não são próprios dos Departamentos ficando
condicionados à Secretaria como um todo, sendo utilizados conforme demandas.

O Departamento de Habitação e Urbanismo gerencia as atividades ligadas a novos


loteamentos urbanos e edificações, fiscalizando ainda obras públicas, em
conformidade com do Código de Obras Municipal (Lei nº 1.832/2004). Compõe-se
de dois agentes fiscais e um diretor. A sua atuação é restrita, segundo o órgão,
atuando apenas em questões corretivas, uma vez que há falta de pessoal e veículos
a disposição.

O Departamento de Saneamento Ambiental gerencia efetivamente as questões


relacionadas à drenagem urbana no que concerne a sua operação, manutenções,
reparos e obras em nível local empenhada pelo Poder municipal.

O corpo funcional da Secretaria (SIOPT) é conforme apresenta o Quadro 135 a


seguir.

388
Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB
Lapa – Paraná

Quadro 135: Funcionários da SIOPT – Geral.


Cargo Quantidade
Auxiliar Administrativo 4
Auxiliar de Serviços Diversos 14
Auxiliar de Serviços Gerais 17
Carpinteiro 5
Cozinheiro 1
Diretor de Departamento 5
Eletricista de Instalações 3
Encarregado de Ponte e Estrada 1
Engenheiro Civil 1
Estagiário - Nível Superior 3
Fiscal de Obras e Posturas 3
Fiscal Tributário 2
Mecânico de Máquinas Pesadas 3
Mecânico de Veículos Leves 1
Motorista Habilitação C 3
Motorista Habilitação D 6
Operador de Computador 1
Operador de Máquina Rodoviária 27
Pedreiro 1
Pintor 1
Servente 9
Total 111
Fonte: Secretaria Municipal de Infraestrutura, Obras e Transportes (fev. 2015).

O município da Lapa não possui Plano Diretor de Drenagem Urbana (PDDU). As


legislações municipais existentes que podem ser compatibilizadas ao sistema de
drenagem urbana foram mencionadas anteriormente, as quais englobam temas
sobre o planejamento urbano, uso e ocupação do solo, zoneamento, bem como as
de cunho de proteção ambiental.

Neste item ainda cabe citar a atuação da Vigilância Sanitária Municipal e da


Secretaria Municipal de Agropecuária e Meio Ambiente na área da drenagem
urbana e manejo de águas pluviais.

A Vigilância Sanitária Municipal está vinculada a Secretaria Municipal de Saúde da


Lapa. A Vigilância Municipal atua em diversos ramos da fiscalização e
conscientização municipal quanto à vigilância em saúde, alimentação,
epidemiológica e de zoonoses, como se apresenta a seguir:

389
Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB
Lapa – Paraná

I - Pesquisas, planejamento, orientação, coordenação e execução de medidas que


visem saúde integral com qualidade de vida, bem como incentivos a estudos e
programas sobre fatores epidemiológicos, dentro dos princípios, diretrizes e bases
do Sistema Único de Saúde – SUS, compreendendo atividades individuais e
coletivas desenvolvidas pelo SUS, através de equipamentos próprios e conveniados,
tais como, controle de endemias e ações e serviços de vigilância epidemiológica;
II - Controle e inspeção nas ações e serviços de vigilância sanitária;
III - Ações e serviços relacionados à alimentação e nutrição da população;
IV - Ações de saúde ambiental e saneamento básico;
V - Ações de assistência integral à saúde;
VI – Requisição, controle e distribuição de medicamentos básicos;
VII – Assessorar Prefeitura nos assuntos de sua competência e que nesta condição
lhe forem cometidos e fornecer dados e informações a fim de subsidiar o processo
decisório;
VIII - Gerir em conjunto com a Secretaria de Administração, os contratos pertinentes
às suas atividades.

A vigilância conta com 03 fiscais (total). Dois são atuantes na temática de


saneamento básico (abastecimento de água e esgotamento sanitário) e um nas
questões relacionadas ao controle de zoonoses, tais como a dengue. No entanto, a
vigilância mencionou que os agentes atuam em várias demandas não sendo
exclusivas aos temas citados acima. O órgão possui 03 veículos a sua disposição.

A Vigilância Sanitária quanto à temática da drenagem atua principalmente na


fiscalização quanto ao lançamento indevido de esgotos domésticos na rede pluvial
através de denúncias. Não há uma programação para fiscalizações nesse tema. As
verificações são in loco através dos agentes fiscais do órgão.

Segundo a gerência da Vigilância, há a constatação de ocorrência significativa de


denúncias sobre o tema, sendo um problema crônico no município, devido
especialmente às ocupações irregulares em diversos pontos do município, sem
loteamentos com aprovação e consequentemente infraestrutura adequada.

390
Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB
Lapa – Paraná

A Secretaria Municipal de Agropecuária e Meio Ambiente atua nas questões


agropecuárias do município com ênfase ao manejo das águas pluviais quanto as
questões relacionadas à proteção e conservação do meio ambiente e recursos
hídricos na área rural e urbana do município. Em detalhes suas atribuições são
como segue abaixo:

I – O estudo, projeção e aplicação de política municipal de desenvolvimento


agrícola, objetivando a estruturação dos setores agropecuário e ambiental do
Município;
II – O desenvolvimento de programas sanitários preventivos e manejo nutricional
para cada tipo de rebanho, incluindo orientação para a aplicação de vacinas;
elaboração de programas para desenvolvimento de piscicultura, cunicultura,
aquicultura, apicultura e fruticultura, orientando os produtores para a preparação de
tanques e equipamentos próprios para cada criação, principalmente para a produção
de peixes e animais, com maior procura de mercado e manejo preventivo para
redução de doenças, bem como a manutenção de ambiente saudável para o
desenvolvimento dos animais, com estrutura de criação de alevinos e matrizes de
qualidade;
III – A emissão de parecer acerca de quaisquer projetos encampados pelas demais
Secretarias, sempre que tratar acerca de matéria agropecuária ou ambiental;
IV – O desenvolvimento de programas de apoio aos agropecuaristas do município,
buscando otimizar a produção e melhorar os lucros, em incondicional atendimento à
legislação vigente;
V – O zelo pelas questões inerentes ao meio ambiente, de tal forma que o município
possa crescer economicamente, em harmonia com a preservação ambiental,
propiciando à população um bom nível de qualidade de vida;
VI – A promoção, a busca, o incentivo e organização da participação da população
(especialmente do meio rural), nas diversas etapas de atuação da Secretaria, tais
como planejamento, desenvolvimento e avaliação;
VII – Proporcionar à população alimentos nutritivos, produzidos de forma segura;
VIII – A realização de estudos e o estabelecimento de uma política agrícola
municipal, especialmente voltada à pequena propriedade rural e à produção de
alimentos;

391
Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB
Lapa – Paraná

IX – A promoção das medidas normativas e executivas de defesa, preservação e


exploração econômica dos recursos naturais;
X – A realização da integração com a política estadual do meio ambiente;
XI – O exercício do poder de polícia e a inspeção ambiental;
XII – O cumprimento das leis federais, estaduais e municipais relativas ao meio
ambiente e de posturas, assim como estabelecer a cooperação técnica e científica
com instituições nacionais de defesa e proteção do meio ambiente;
XIII – O desenvolvimento de pesquisas referentes à fauna e à flora, bem como a
manutenção, administração e fiscalização das reservas naturais urbanas;
XIV – O combate permanente à poluição ambiental, visual e sonora;
XV – A coordenação e execução da política dos serviços de utilidade pública,
reciclagem e disposição final do lixo e resíduos industriais, por administração direta
ou através de terceiros;
XVI – A assessoraria da Prefeita Municipal nos assuntos de sua competência e que
nesta condição lhe forem cometidos e o fornecimento de dados e informações a fim
de subsidiar o processo decisório;
XVII – A gestão, em conjunto com a Secretaria de Administração, dos contratos
pertinentes às suas atividades.

3.3.2. Técnicas e Tecnologias Adotadas

Com base na visita técnica realizada em Lapa, as técnicas e tecnologias adotadas


pelo município estão ligadas a conceitos que priorizam o rápido escoamento e
disposição final das águas pluviais.

O sistema implantado opera por gravidade no qual, as águas pluviais coletadas pelo
sistema de microdrenagem são conduzidas por uma rede de galerias subterrâneas
até os canais mais próximos de macrodrenagem.

Compreendem os métodos e dispositivos empregados em Lapa os tipos


apresentados abaixo e conforme o fluxograma na Figura 231:

 Meio fio, bocas de lobo, caixas coletoras com gradeamento, galerias


subterrâneas, poços de visita para microdrenagem e;

392
Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB
Lapa – Paraná

 Sarjetas, sarjetões, valas naturais e de concreto, obras de contenção de


taludes, caixas coletoras de talvegues.
 A macrodrenagem urbana é composta basicamente de alguns córregos e
ribeirões.

Figura 231: Sistema de Drenagem Urbana da Lapa – Modelo Empregado.

O sistema de drenagem existente na área central do município, por exemplo, é


antigo. Não atende, contudo aspectos de universalização, pois em várias ruas há
ausência de infraestrutura. Há diversos locais do município que se configuram como
ocupações irregulares em áreas de loteamentos não aprovados pela municipalidade,
os quais não tem a infraestrutura básica necessária.

As fotografias mostradas a seguir, obtidas na visita técnica, mostram diversas


estruturas de bocas-de-lobo e sarjetas (meio-fio) empregadas na microdrenagem no
perímetro urbano da Lapa.

393
Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB
Lapa – Paraná

Figura 232: Exemplos de estruturas de microdrenagem empregadas no perímetro urbano da


Lapa. Destaque para bocas-de-lobo de concreto e meio fio delimitado (obras recentes
realizadas).

Figura 233: Exemplos de estruturas de microdrenagem empregadas no perímetro urbano da


Lapa. Destaque para bocas-de-lobo de concreto.

Outra estrutura para diminuir a velocidade do escoamento superficial em algumas


vias urbanas do município são estruturas em lombadas, evitando que o escoamento
siga para ruas a jusante, tais como as observadas na Figura 234. Trata-se de uma
estrutura improvisada pela SIOPT.

394
Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB
Lapa – Paraná

Figura 234: Exemplos de estruturas de microdrenagem – lombadas para segurar escoamento


pluvial. Rua Noel Braz Felizardo.

3.3.3. Cobertura do Sistema de Drenagem Urbana

A cobertura do sistema de drenagem pluvial urbana da Lapa foi estimado com base
no levantamento municipal de vias urbanas com o sistema e sem o sistema,
realizado em 2013-2014. Foi realizado para as vias do perímetro urbano da sede
municipal. O levantamento é apresentado na Figura 236 a seguir a qual apresenta a
disposição espacial de vias urbanas com sistema de microdrenagem e aquelas em
que o sistema não é existente.

Com base nos dados é possível observar que a cobertura da sede urbana com
relação à drenagem pluvial é de 34,7% das vias, ficando o restante, 65,3% das vias
sem sistema implantado. O Quadro 136 e a Figura 235 resumem o levantamento
realizado com base no cadastro de vias urbanas da sede municipal.

Quadro 136: Levantamento da cobertura de drenagem urbana na sede municipal.


Vias Urbanas Comprimento das vias urbanas (km) Percentual
Vias com Galeria 44,02 34,70%
Vias sem Galeria 82,84 65,30%
Total de Vias 126,85 100,00%
Fonte: baseado nos mapeamentos da SIOPT (2013/2014).

395
Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB
Lapa – Paraná

Figura 235: Levantamento gráfico (%) da cobertura de drenagem urbana na sede municipal

Fonte: baseado nos mapeamentos da SIOPT (2013/2014).

Esta informação catalogada não inclui o Distrito Urbano de Mariental, no entanto o


mesmo praticamente não possui sistema de drenagem implantado, perfazendo
poucos pontos e trechos em que existem manilhas de drenagem para escoamento
das águas pluviais.

396
Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB
Lapa – Paraná

Figura 236: Cobertura do sistema de microdrenagem pluvial da Lapa.

Fonte: SIOPT, 2013/2014.

397
Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB
Lapa – Paraná

3.3.4. Sistema de Drenagem Urbana versus Sistema de Esgotamento Sanitário

O município da Lapa através do Código de Obras, instituído pela Lei nº 1.832/2004,


proíbe a canalização de esgotos na rede destinada ao escoamento de águas
pluviais, redação essa dada pelo Art. 83.

Portanto, os sistemas de esgotamento sanitário devem ser separados do sistema de


drenagem pluvial urbano, constituindo dois sistemas de saneamento independentes
ou as edificações devem estar ligados ao sistema coletivo de esgotamento sanitário
operado pela SANEPAR.

Art. 83 – Não será permitida a ligação da canalização


de esgoto ou de águas servidas às sarjetas ou
galerias de águas pluviais.

Do contrário, No Art. 76, também impede o lançamento de águas pluviais nos


sistemas de esgotamento sanitário:

Art. 76 – Não é permitida a ligação de condutores de


águas pluviais à rede de esgotos.

A ligação das águas pluviais dos lotes às redes de esgotamento sanitário são
também ocorrencias crônicas no município, identificadas pela SANEPAR (operadora
dos serviços de água e esgoto) e pela administração municipal.

Quando a via não for atendida por sistema coletivo de esgotamento sanitário o
Código Municipal de Obras obriga às edificações a possuir sistema de coleta e
tratamento dos efluentes sanitários (Art. 79):

Art. 79 – Quando a rua não possuir rede de esgoto, a


edificação deverá ser dotada de fossa séptica cujo
efluente será lançado em poço absorvente
(sumidouro ou poço anaeróbico), segundo as normas
da ABNT.

398
Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB
Lapa – Paraná

Como já mencionado, o lançamento de esgotos sanitários devido à ligação indevida


nas redes de drenagem pluvial é um problema crônico, observado em diversos
locais do município, especialmente relacionados a:

 Ocupações irregulares e a existência de loteamentos clandestinos não


aprovados e sem infraestrutura de saneamento mínima;
 Ausência e/ou ineficiência de fiscalização por parte dos órgaos da
administração municipal;
 Carência de parceria técnica e fiscalizatória com a SANEPAR (operadora dos
sistemas de abastecimento de água e esgotamento sanitário no município);

O lançamento de esgotos sanitários nos afluentes e córregos que passam pelo


município, nas bacias hidrográficas urbanas dos Córregos Passo do Ronda e Passo
das Neves, também foi observado de forma sistemática, devido principalmente a:

 Ocupações irregulares as áreas de fundo de vale dessas bacias hidrográficas,


com construções irregulares;
 Canalizações sem projeto aprovado dos tributários dessas duas bacias
hidrográficas;
 Assoreamento dos córregos e afluentes da porção urbana.
 Ausência ou degradação das áreas de matas ciliares dos corpos hídricos
urbanos.
 Ausência de fiscalização e atuação quanto a ocupação dessas áreas, sua
preservação e ações humanas sobre os cursos de água urbanos.

Essas situações de inconformidade resultam em problemas de ordem da saúde


pública e maximizam a possibilidade de ocorrência de focos de poluição nos corpos
hídricos localizados no entorno do município, por efluentes com potencial carga
poluidora.

As ocorrências de lançamento indevido/clandestino de esgotos sanitários e de


outros tipos de efluentes na rede de drenagem urbana devem ser combatidas com
eficácia e trata-se de um processo continuo que abrange desde a implantação de

399
Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB
Lapa – Paraná

sistemas adequados, a conscientização da população e a fiscalização de


inconformidades pontuais.

3.3.5. Manutenção do Sistema de Drenagem

Os serviços de manutenção do sistema de drenagem urbana, tais como: consertos


de tubulações, construção e/ou manutenção de bocas-de-lobo, poços de visita,
pontes, desassoreamento de canais naturais e, manutenções de outras obras de
arte especiais, são realizados, em geral, pelas equipes vinculadas a Secretaria
Municipal de Infraestrutura, Obras e Transportes (SIOPT).

Em geral essas manutenções são realizadas em caráter corretivo, sem haver uma
programação definida quanto a serviços em caráter preventivo, ou seja, após os
locais apresentarem problemas.

Os serviços de manutenção da rede de drenagem empregados são tais como:


implantação de novas estruturas onde estão danificadas; execução de limpeza com
remoção de resíduos sólidos, terra; acionamento de hidrojatos para desobstrução de
galerias; implantação de grades e sistemas de proteção quando danificados;
execução de desassoreamento de valas e aberturas de pequenas valas ao longo
das vias rurais para escoamento da água da chuva; entre outros.

3.3.6. Programas, Projetos, Ações e Obras Desenvolvidas

A Secretaria Municipal de Infraestrutura, Obras e Transportes (SIOPT), através do


Departamento de Habitação e Urbanismo, o qual fiscaliza a execução de obras
públicas municipais, apresentou informações relacionadas a obras relacionadas ao
tema da drenagem urbana nos últimos anos. Estas são apresentadas no Quadro
137.

Quadro 137: Obras executadas na drenagem urbana.


Via/Bairro Características

Ruas do bairro COHAPAR, Vila


Pavimentação asfáltica com drenagem pluvial – Ano 2012
Santo Antônio e Cristo Rei

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Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB
Lapa – Paraná

Via/Bairro Características

Projeto e Execução Parque Linear Execução parque linear, fundo de vale do Córrego Passo
(ao longo de trecho do Córrego das Neves – Ano 2010 a 2012. Comprimento canalização
Passo dos Neves) aberta 1.972 m.

Ruas no Bairro Barcelona


Pavimentação asfáltica com drenagem pluvial. Realizadas
Ruas Fernando Weinhardt e Cónego
no Ano 2014.
Braga

Fonte: Dep. De Habitação e Urbanismo, SIOPT (2015).

As obras apresentadas incluíram nas atividades de implantação de drenagem:


remoção de pavimentação existente (quando houve), escavação mecanizada e
manual de valas, compactação de aterro, assentamento de tubos de drenagem
(vários diâmetros), reaterro e apiloamento de solos, colocação de caixas coletoras,
bocas-de-lobo, poços de visita, caixas de ligação, aplicação de camada de concreto,
etc.

Outro projeto mencionado foi a revitalização do fundo de vale de trecho do Córrego


Passo dos Neves na área central do município, realizando-se obra de canalização
de taludes em concreto por cerca de 1.972 m de comprimento. Largura média do
canal de 2,5 m e ao final de 7 m (saída para BR 476), com tubulações com entrada
no canal de 1,5 m diâmetro ao longo de seu percurso. As Figuras 237 e 238
mostram aspectos da obra do Parque Linear.

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Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB
Lapa – Paraná

Figura 237: Aspectos do Parque Linear ao longo do Córrego Passo dos Neves (início do trecho
canalizado - Rua Barão dos Campos Gerais).

Figura 238: Aspectos do Parque Linear ao longo do Córrego Passo dos Neves – final do trecho
próximo a BR 476.

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Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB
Lapa – Paraná

Figura 239: Obras de pavimentação e drenagem pluvial no B. Barcelona em 2014.

3.4. PROBLEMAS E DEFICIÊNCIAS DO SISTEMA DE MANEJO DE ÁGUAS


PLUVIAIS URBANAS

O conteúdo apresentado no presente item refere-se a informações fornecidas pela


Prefeitura Municipal da Lapa, especificamente a Secretaria Municipal de
Infraestrutura, Obras e Transportes (SIOPT).

Os problemas mais relevantes referem-se a eventos de alagamentos localizados em


pontos específicos do município, à incapacidade das instalações existentes de
escoarem os volumes de chuva, erosões e assoreamentos ou ainda problemas
devido à ausência de infraestrutura de drenagem urbana que realize o
direcionamento das águas pluviais adequadamente.

Há ainda a problemática de ocupações irregulares existentes no município


ocasionando problemas de inundações e alagamentos nessas residências em
eventos de chuva intensa, como problemas revelados a partir das consequências do

403
Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB
Lapa – Paraná

desordenamento do espaço urbano especialmente ligado a ausência de


infraestrutura e focos de danos e poluição do meio ambiente.

A seguir são mostrados alguns dos pontos problemáticos da Lapa, em relação à


drenagem urbana, percorridos na visita técnica.

Figura 240: Danos na pavimentação causados pelo escoamento da água da chuva sem
estruturas adequadas de drenagem urbana – Rua Otávio José Kuss e imediações – Bairro
Tamanqueiro.

Figura 241: Rua Miguel Pedro – B. Tamanqueiro. Ponto de alagamento devido insuficiência do
sistema pluvial existente. Microdrenagens passam dentro dos lotes.

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Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB
Lapa – Paraná

Figura 242: Fundo de vale Córrego Passo da Ronda – Rua Eduardo Correia – ocupações
irregulares, lançamento de esgotos na macrodrenagem.

Figura 243: Rua Hipólito Alves de Araújo – fundo de vale do Córrego da Ronda. Local de
alagamentos frequentes, lançamento de esgotos, construções irregulares.

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Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB
Lapa – Paraná

Figura 244: Rua Cândida da Costa e imediações – Vila Esperança – Ocupações irregulares,
alagamentos, erosões. Fundo de vale de afluente do Córrego Passo da Ronda.

Figura 245: Imediações da Rua Duque de Caxias – Vila Esperança. Ocupações irregulares, sem
infraestrutura de drenagem. Local de alagamentos localizados.

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Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB
Lapa – Paraná

Figura 246: Rua Conselheiro Alves de Araújo – macrodrenagem Passo da Ronda, ocupações
irregulares fundo de vale. Lançamento de esgotos.

Figura 247: Rua Luciano Lacerda – local de erosão/danos devido velocidade escoamento água
pluvial.

Figura 248: Rua Carlos Ganzer – fundo de vale Córrego Ronda – local de alagamentos
frequentes.

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Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB
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Figura 249: Distrito Mariental – Rua Alexandre Hornung e imediações. Insuficiência de


drenagem urbana.

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Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB
Lapa – Paraná

Figura 250: Vila São Cristóvão e imediações – ausência de drenagem – erosões.

A imagem abaixo mostra esquematicamente a localização de alguns desses pontos


indicados pela municipalidade com problemas em relação a drenagem urbana. É
possível observar que a imensa maioria dos locais estão inseridos na Bacia
hidrográfica do Rio Passo da Ronda (à direita), em detrimento da Bacia do Passo
dos Neves que recebeu recentemente intervenção na sua macrodrenagem (Parque
Linear) o qual eliminou boa parte dos problemas relacionados ao escoamento da
água pluvial. Além disso, trata-se de área do município cuja ocupação é mais
recente se comparado a região do Passo do Ronda, mais antiga, o que tem
influência nas infraestruturas presentes.

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Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB
Lapa – Paraná

Figura 251: Localização esquemática pontos problemáticos.

3.4.1. Outros problemas identificados

Outro problema diagnosticado em Lapa trata-se da poluição. Na área urbana a


poluição decorre da deposição dos resíduos sólidos, dos efluentes domésticos
nas galerias pluviais, dispostos ou lançados de forma indevida.

Durante a visita técnica foi possível perceber odor característico desse tipo de
despejo ao longo das vias e bueiros, consequência do problema crônico de
lançamentos clandestinos nas galerias pluviais, como indicado pela Municipalidade.

Na área rural, a poluição refere-se ao desenvolvimento de atividades agrícolas e


criação de animais e dispersão de insumos e agrotóxicos nos corpos de água
existentes.

410
Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB
Lapa – Paraná

Outro problema observado foi que algumas vias pavimentadas da Lapa não
apresenta declividade adequada que favoreça o escoamento da água da chuva às
sarjetas e consequente às bocas-de-lobo localizadas nas vias. O asfalto é irregular
facilitando empoçamentos e o acúmulo de água nas vias. Além disso, na porção
urbana são comuns erosões e danos à pavimentação devido ao escoamento
superficial com velocidades elevadas.

3.5. ASPECTOS GERAIS DO DIAGNÓSTICO DO SISTEMA DE MANEJO DE


ÁGUAS PLUVIAIS E DRENAGEM URBANA

No presente item será apresentada uma visão geral do diagnóstico da situação atual
do sistema de manejo de águas pluviais e drenagem urbana para o município da
Lapa, baseado em Aspectos Positivos e Negativos que merecem maior destaque,
observados a partir dos levantamentos realizados.

Na atualidade, o bom senso técnico, socioeconômico e ambiental, exige que se


busque a sustentabilidade sanitária e ambiental, sendo necessária uma mudança de
atitude em relação à tomada de decisão quanto aos sistemas de manejo das águas
pluviais e drenagem urbana. Trata-se de algumas diretrizes já apresentadas pela
Política Nacional de Saneamento Básico através da Lei n° 11445/2007.

Os sistemas de drenagem urbana e manejo de águas pluviais são ainda comumente


conhecidos pelas áreas mais “pobres” do saneamento básico no Brasil. Isto porque
seus sistemas não têm taxas ou impostos diretos e as obras nem sempre são
prioridades das Políticas Públicas Municipais.

Em algumas cidades os problemas relacionados à ausência, ineficiência dos


sistemas podem gerar graves situações, inclusive de desastres naturais,
contabilizando perdas humanas, materiais e econômicas.

Os problemas observados em Lapa são localizados, envolvendo alguns pontos de


alagamentos em função da ausência de sistemas de microdrenagem ou insuficiência
desses quando implantados.

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Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB
Lapa – Paraná

Outros problemas identificados referem-se a ocupações irregulares em fundos de


vale e a existência, desencadeando alagamentos em períodos de chuvas intensas.
Nesses locais não há infraestrutura urbana adequada, tampouco drenagem urbana
que poderia escoar os volumes de água com maior segurança.

Observou-se no âmbito municipal ausência de informações sobre o sistema


implantado. Não há nenhum tipo sistema de indicadores que avalie o sistema
implantado.

Os procedimentos são vinculados a Secretaria Municipal de Infraestrutura, Obras e


Transportes.

Os problemas são referentes principalmente a:

 Ausência de infraestrutura básica de saneamento básico (inclusive drenagem)


em várias áreas do município;
 Ausência de manutenção preventiva do sistema,
 Existência de ocupações irregulares em fundos de vale com ausência de
infraestrutura urbana nesses locais.
 Existência de lançamento de esgotos sanitários na rede drenagem pluvial.

Com relação aos aspectos positivos pode-se citar:

 Existência de Plano Diretor Municipal e outras legislações no âmbito do


planejamento urbano, o qual está ainda em processo de revisão.
 Lei do Código de Obras Municipal impede a ligação de esgotos na drenagem
pluvial e menciona a infraestrutura básica no âmbito de novos loteamentos.
 Setores da municipalidade com alguma atuação direta sobre o sistema.

Com relação aos aspectos negativos pode-se citar:

 Ausência de fiscalização do cumprimento de termos das legislações aplicáveis


à drenagem;

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 Ações de manutenção do sistema em caráter corretivo;


 Atuação compartilhada entre órgãos municipais inexistente.
 Inexistência de Indicadores sobre o sistema de drenagem;
 Existência de lançamento de efluentes domésticos na rede pluvial;
 Existência de disposição de Resíduos Sólidos nos dispositivos de drenagem;
 Problemas localizados em relação a drenagem principalmente ligados a: falta
de planejamento urbano e entre projetos, falta de manutenção e limpeza do
sistema, sistemas implantados antigos, crescimentos desordenado,
insuficiência do sistema implantado.

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ANEXO

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA. CENTRO UNIVERSITÁRIO DE


ESTUDOS E PESQUISAS SOBRE DESASTRES. Atlas Brasileiro de Desastres
Naturais – 1991 a 2010 – Volume Brasil. Florianópolis, 2012. 94 p.

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA. CENTRO UNIVERSITÁRIO DE


ESTUDOS E PESQUISAS SOBRE DESASTRES. Atlas Brasileiro de Desastres
Naturais – 1991 a 2010 – Volume Paraná, Florianópolis, 2012.

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