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SQL 2016 - Módulo I

Curso de SQL primeiro modulo
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SQL 2016 - Módulo I

COD.: 1805_0
SQL 2016 - Módulo I
Créditos

Copyright © Monte Everest Participações e Empreendimentos Ltda.

Todos os direitos autorais reservados. Este manual não pode ser copiado, fotocopiado, reproduzido,
traduzido ou convertido em qualquer forma eletrônica, ou legível por qualquer meio, em parte ou
no todo, sem a aprovação prévia, por escrito, da Monte Everest Participações e Empreendimentos
Ltda., estando o contrafator sujeito a responder por crime de Violação de Direito Autoral, conforme
o art.184 do Código Penal Brasileiro, além de responder por Perdas e Danos. Todos os logotipos
e marcas utilizados neste material pertencem às suas respectivas empresas.

"As marcas registradas e os nomes comerciais citados nesta obra, mesmo que não sejam assim identificados, pertencem
aos seus respectivos proprietários nos termos das leis, convenções e diretrizes nacionais e internacionais."

SQL 2016 - Módulo I

Coordenação Geral
Marcia M. Rosa

Coordenação Editorial
Henrique Thomaz Bruscagin

Autoria
Daniel Paulo Tamarosi Salvador

Revisão Ortográfica e Gramatical


Marcos Cesar dos Santos Silva

Diagramação
Bruno de Oliveira Santos

Edição nº 1 | 1805_0
Agosto/ 2016

Este material constitui uma nova obra e é uma derivação da seguinte obra original, produzida por TechnoEdition
Editora Ltda., em Ago/2014: SQL 2014 – Módulo I


Autoria: Daniel Paulo Tamarosi Salvador

4
Sumário

Capítulo 1 - Introdução ao SQL Server 2016.................................................................... 09


1.1.  Banco de dados relacional...................................................................... 10
1.2.  Design do banco de dados..................................................................... 10
1.2.1.  Modelo descritivo...................................................................................10
1.2.2.  Modelo conceitual..................................................................................12
1.2.3.  Modelo lógico........................................................................................13
1.2.4.  Modelo físico.........................................................................................13
1.2.5.  Dicionário de dados...............................................................................15
1.3.  Normalização de dados.......................................................................... 16
1.3.1.  Regras de normalização......................................................................... 16
1.4.  Arquitetura cliente / servidor................................................................. 20
1.5.  As linguagens SQL e T-SQL..................................................................... 22
1.6.  SQL Server.............................................................................................23
1.6.1.  Componentes........................................................................................23
1.6.2.  Objetos de banco de dados.................................................................... 23
1.6.2.1.  Tabelas..................................................................................................23
1.6.2.2.  Índices...................................................................................................24
1.6.2.3.  CONSTRAINT..........................................................................................24
1.6.2.4.  VIEW (Visualização)................................................................................24
1.6.2.5.  PROCEDURE (Procedimento armazenado)............................................... 24
1.6.2.6.  FUNCTION (Função)................................................................................24
1.6.2.7.  TRIGGER (Gatilho)..................................................................................24
1.7.  Ferramentas de gerenciamento.............................................................. 25
1.8.  SQL Server Management Studio (SSMS)................................................... 26
1.8.1.  Inicializando o SSMS...............................................................................26
1.8.2.  Interface................................................................................................28
1.8.3.  Executando um comando ...................................................................... 32
1.8.4.  Comentários..........................................................................................34
1.8.5.  Opções..................................................................................................34
1.8.6.  Salvando scripts.....................................................................................36
1.8.7.  Soluções e Projetos................................................................................37
Pontos principais................................................................................................. 39
Teste seus conhecimentos...................................................................................................... 41
Mãos à obra!................................................................................................................................... 43

Capítulo 2 - Criando um banco de dados.......................................................................... 47


2.1.  Introdução.............................................................................................48
2.2.  CREATE DATABASE.................................................................................48
2.3.  CREATE TABLE.......................................................................................50
2.4.  Tipos de dados......................................................................................53
2.4.1.  Numéricos exatos..................................................................................53
2.4.2.  Numéricos aproximados........................................................................ 54
2.4.3.  Data e hora............................................................................................55
2.4.4.  Strings de caracteres ANSI...................................................................... 55
2.4.5.  Strings de caracteres Unicode................................................................ 56
2.4.6.  Strings binárias......................................................................................57
2.4.7.  Outros tipos de dados............................................................................57
2.5.  Campo de autonumeração (IDENTITY).................................................... 58
2.6.  Constraints............................................................................................58
2.6.1.  Nulabilidade..........................................................................................59
2.6.2.  Tipos de constraints..............................................................................59

5
SQL 2016 - Módulo I

2.6.2.1.  PRIMARY KEY (chave primária)................................................................ 59


2.6.2.2.  UNIQUE..................................................................................................60
2.6.2.3.  CHECK...................................................................................................61
2.6.2.4.  DEFAULT................................................................................................61
2.6.2.5.  FOREIGN KEY (chave estrangeira)............................................................ 62
2.6.3.  Criando constraints................................................................................63
2.6.3.1.  Criando constraints com CREATE TABLE................................................. 63
2.6.3.2.  Criando constraints com ALTER TABLE................................................... 66
2.6.3.3.  Criando constraints graficamente........................................................... 67
Pontos principais................................................................................................. 77
Teste seus conhecimentos...................................................................................................... 79
Mãos à obra!................................................................................................................................... 83

Capítulo 3 - Inserção de dados.............................................................................................. 87


3.1.  Constantes.............................................................................................88
3.2.  Inserindo dados.....................................................................................90
3.2.1.  INSERT posicional..................................................................................92
3.2.2.  INSERT declarativo.................................................................................93
3.3.  Utilizando TOP em uma instrução INSERT............................................... 93
3.4.  OUTPUT.................................................................................................94
3.4.1.  OUTPUT em uma instrução INSERT......................................................... 95
Pontos principais................................................................................................. 97
Teste seus conhecimentos...................................................................................................... 99
Mãos à obra!................................................................................................................................... 103

Capítulo 4 - Consultando dados............................................................................................ 107


4.1.  Introdução.............................................................................................108
4.2.  SELECT...................................................................................................112
4.2.1.  Consultando todas as colunas................................................................ 114
4.2.2.  Consultando colunas específicas............................................................ 115
4.2.3.  Redefinindo os identificadores de coluna com uso de alias....................116
4.3.  Ordenando dados..................................................................................118
4.3.1.  Retornando linhas na ordem ascendente................................................ 118
4.3.2.  Retornando linhas na ordem descendente.............................................. 118
4.3.3.  Ordenando por nome, alias ou posição.................................................. 119
4.3.4.  ORDER BY com TOP................................................................................121
4.3.5.  ORDER BY com TOP WITH TIES............................................................... 122
4.3.6.  Filtrando consultas................................................................................124
4.4.  Operadores relacionais.......................................................................... 125
4.5.  Operadores lógicos................................................................................127
4.6.  Consultando intervalos com BETWEEN.................................................... 128
4.7.  Consulta com base em caracteres.......................................................... 129
4.8.  Consultando valores pertencentes ou não a uma lista de elementos.......132
4.9.  Lidando com valores nulos..................................................................... 132
4.10.  Substituindo valores nulos..................................................................... 134
4.10.1.  ISNULL...................................................................................................134
4.10.2.  COALESCE..............................................................................................135
4.11.  Manipulando campos do tipo datetime................................................... 135
4.12.  Alterando a configuração de idioma a partir do SSMS.............................144
Pontos principais................................................................................................. 148
Teste seus conhecimentos...................................................................................................... 149
Mãos à obra!................................................................................................................................... 153

6
Sumário

Capítulo 5 - Associando tabelas............................................................................................ 159


5.1.  Introdução.............................................................................................160
5.2.  INNER JOIN.............................................................................................160
5.3.  OUTER JOIN............................................................................................166
5.4.  CROSS JOIN............................................................................................169
Pontos principais................................................................................................. 170
Teste seus conhecimentos...................................................................................................... 171
Mãos à obra!................................................................................................................................... 175

Capítulo 6 - Consultas com subqueries............................................................................. 179


6.1.  Introdução.............................................................................................180
6.2.  Principais características das subqueries................................................ 180
6.3.  Subqueries introduzidas com IN e NOT IN..............................................182
6.4.  Subqueries introduzidas com sinal de igualdade (=)...............................183
6.5.  Subqueries correlacionadas.................................................................... 184
6.5.1.  Subqueries correlacionadas com EXISTS................................................. 184
6.6.  Diferenças entre subqueries e associações.............................................185
6.7.  Diferenças entre subqueries e tabelas temporárias.................................186
Pontos principais................................................................................................. 188
Teste seus conhecimentos...................................................................................................... 189
Mãos à obra!................................................................................................................................... 193

Capítulo 7 - Atualizando e excluindo dados.................................................................... 197


7.1.  Introdução.............................................................................................198
7.2.  UPDATE.................................................................................................198
7.2.1.  Alterando dados de uma coluna............................................................. 200
7.2.2.  Alterando dados de diversas colunas..................................................... 200
7.2.3.  Utilizando TOP em uma instrução UPDATE............................................. 201
7.3.  DELETE..................................................................................................201
7.3.1.  Excluindo todas as linhas de uma tabela................................................ 202
7.3.2.  Utilizando TOP em uma instrução DELETE.............................................. 203
7.4.  OUTPUT para DELETE e UPDATE............................................................. 204
7.5.  Transações............................................................................................205
7.5.1.  Transações explícitas.............................................................................206
Pontos principais................................................................................................. 207
Teste seus conhecimentos...................................................................................................... 209
Mãos à obra!................................................................................................................................... 211

Capítulo 8 - Atualizando e excluindo dados em associações e subqueries....... 215


8.1.  UPDATE com subqueries........................................................................ 216
8.2.  DELETE com subqueries......................................................................... 216
8.3.  UPDATE com JOIN..................................................................................217
8.4.  DELETE com JOIN...................................................................................217
Pontos principais................................................................................................. 218
Teste seus conhecimentos...................................................................................................... 219
Mãos à obra!................................................................................................................................... 223

7
SQL 2016 - Módulo I

Capítulo 9 - Agrupando dados............................................................................................... 227


9.1.  Introdução.............................................................................................228
9.2.  Funções de agregação............................................................................228
9.2.1.  Tipos de função de agregação................................................................ 228
9.3.  GROUP BY..............................................................................................230
9.3.1.  Utilizando ALL........................................................................................233
9.3.2.  Utilizando HAVING.................................................................................233
9.3.3.  Utilizando WITH ROLLUP........................................................................ 234
9.3.4.  Utilizando WITH CUBE............................................................................237
Pontos principais................................................................................................. 239
Teste seus conhecimentos...................................................................................................... 241
Mãos à obra!................................................................................................................................... 243

Capítulo 10 - Comandos adicionais..................................................................................... 245


10.1.  Funções de cadeia de caracteres............................................................ 246
10.2.  Função CASE..........................................................................................250
10.3.  UNION...................................................................................................250
10.3.1.  Utilizando UNION ALL............................................................................251
10.4.  EXCEPT e INTERSECT..............................................................................252
Pontos principais................................................................................................. 255
Teste seus conhecimentos...................................................................................................... 257
Mãos à obra!................................................................................................................................... 261

Anotações........................................................................................................................................ 263

8
1 Introdução ao
SQL Server 2016

ÃÃ Banco de dados relacional;


ÃÃ Design do banco de dados;
ÃÃ Normalização de dados;
ÃÃ Arquitetura cliente / servidor;
ÃÃ As linguagens SQL e T-SQL;
ÃÃ SQL Server;
ÃÃ Ferramentas de gerenciamento;
ÃÃ SQL Server Management Studio (SSMS).
SQL 2016 - Módulo I

1.1. Banco de dados relacional


Um banco de dados é uma forma organizada de armazenar informações de modo a
facilitar sua inserção, alteração, exclusão e recuperação.

Um banco de dados relacional é uma arquitetura na qual os dados são armazenados


em tabelas retangulares, semelhantes a uma planilha. Na maioria das vezes, essas
tabelas possuem uma informação chave que as relaciona.

1.2. Design do banco de dados


O design do banco de dados é fundamental para que o banco de dados possua um
bom desempenho. Para isso, é importante entender os princípios que norteiam a boa
construção de um banco de dados.

A construção do banco de dados passa por quatro etapas até a criação dos objetos
dentro do banco de dados, a saber: modelos descritivo, conceitual, lógico e físico.

1.2.1. Modelo descritivo
O modelo descritivo de dados é um documento que indica a necessidade de construção
de um banco de dados. Nesse modelo, o cenário é colocado de forma escrita,
informando a necessidade de armazenamento de dados. Não existe uma forma padrão
para escrever esse modelo, pois cada cenário é traduzido em um modelo diferente. A
seguir, mostraremos um exemplo de modelo descritivo.

A fábrica de alimentos ImpactaNatural deseja elaborar um sistema de informação


para controlar suas atividades. O objetivo é modelar uma solução que atenda às áreas
mais importantes da empresa. Os requisitos estão listados a seguir:

•• A empresa atua com clientes previamente cadastrados e só atende pessoas


jurídicas. Todos os clientes da ImpactaNatural são varejistas de diversas regiões
do país. Sobre os clientes, é fundamental armazenarmos um código, que será o
identificador único, o CNPJ, a razão social, o endereço de cobrança, o endereço
de correspondência e o endereço para entrega das mercadorias compradas,
além dos telefones de contato, o contato principal, o ramo de atividade e a data
do cadastramento da instituição;

•• A empresa possui um elenco bastante variado de produtos, como pães, bolos,


doces, entre outros. Sobre os produtos, devemos guardar o código, o nome, a
cor, as dimensões, o peso, o preço, a validade, o tempo médio de fabricação e
o desenho do produto;

•• Para fabricar os alimentos, diversos componentes são essenciais: matéria-prima


(farinha, sal, açúcar, fermento etc.), materiais diversos (embalagens, rótulos
etc.) e máquinas (centrífuga, forno etc.);

10
Introdução ao SQL Server 2016 1
•• Cada componente pode ser utilizado em vários produtos e um produto pode
utilizar diversos componentes. Sobre cada um dos componentes, devemos
registrar: código, nome, quantidade em estoque, preço unitário e unidade de
estoque. Para as máquinas, precisamos registrar o tempo médio de vida, a data
da compra e a data de fim da garantia;

•• No que diz respeito às matérias-primas e aos materiais diversos necessários na


elaboração de um produto, precisamos controlar a quantidade necessária e a
unidade de medida;

•• Devemos controlar o tempo necessário de uso das máquinas e as ferramentas


necessárias na elaboração de um produto;

•• Precisamos controlar a quantidade de horas necessárias da mão de obra


destinada à elaboração do produto;

•• Sobre a mão de obra, devemos registrar matrícula, nome, endereço, telefones,


cargo, salário, data de admissão e uma descrição com as qualificações
profissionais. Toda mão de obra é empregada da empresa Madeira de Lei.
Precisamos também registrar a hierarquia de subordinação entre os empregados,
pois um empregado pode estar subordinado a somente um empregado e este,
por sua vez, pode gerenciar vários outros empregados;

•• A Madeira de Lei trabalha com o esquema de encomenda. Ela não mantém


o estoque de produtos elaborados, ou seja, cada vez que um cliente solicita
um produto, ela o elabora. Uma encomenda pode envolver vários produtos
e pertencer a um único cliente. Sobre as encomendas, devemos registrar um
número, a data da inclusão, o valor total da encomenda, o valor do desconto
(caso exista), o valor líquido, um identificador para a forma de pagamento (se
cheque, dinheiro ou cartão de crédito) e a quantidade de parcelas. Sobre os
produtos solicitados em uma encomenda, precisamos registrar a quantidade e
a data de necessidade do produto;

•• Matéria-prima, materiais diversos, máquinas e ferramentas utilizadas para


fabricar os alimentos possuem diversos fornecedores que devem ser controlados
para que o item não falte e comprometa a fabricação e, consequentemente, a
entrega de uma encomenda. Sobre os fornecedores, deve-se registrar CNPJ, razão
social, endereço, telefones, pessoa de contato. Um determinado fornecedor
pode fornecer diversos itens de cada um dos grupos citados;

•• É necessário também realizar manutenções nas máquinas para que elas


mantenham sua vida útil e trabalhem com eficiência. A manutenção é feita
por empresas especializadas em máquinas industriais. Sobre essas empresas,
registramos CNPJ, razão social, endereço, telefones e pessoa de contato. Sempre
que uma máquina sofrer manutenção por uma empresa, deve-se registrar a data
da manutenção e uma descrição das ações realizadas nela.

Notemos que esse modelo apenas apresenta o cenário de forma ampla. A próxima
etapa é a construção do modelo conceitual.

11
SQL 2016 - Módulo I

1.2.2. Modelo conceitual
Nesse modelo, extraímos informações do modelo descritivo, usando a seguinte
técnica:

•• Substantivos (pessoas, coisas, papéis, objetos) são denominados entidades, as


quais são elementos que possuem informações a serem tratadas;

•• Propriedades ou características ligadas aos substantivos são chamadas de


atributos, os quais são elementos que caracterizam uma entidade.

Nesse modelo, apenas qualificamos as entidades encontradas. Vejamos a seguir um


exemplo do dicionário de dados de um modelo conceitual:

•• CLIENTES = Código + CNPJ + razão social + ramo de atividade + data do


cadastramento + {telefones} + {endereços} + pessoa de contato;

•• EMPREGADOS = Matrícula + nome + {telefones} + cargo + salário + data de


admissão + qualificações + endereço;

•• EMPRESAS = CNPJ + razão social + {telefones} + pessoa de contato + endereço;

•• FORNECEDORES = CNPJ + razão social + endereço + {telefones} + pessoa de


contato;

•• TIPO DE ENDEREÇO = Código + nome;

•• ENDEREÇOS = Número + logradouro + complemento + CEP + bairro + cidade +


Estado;

•• ENCOMENDAS = Número + data da inclusão + valor total + valor do desconto +


valor líquido + ID forma de pagamento + quantidade de parcelas;

•• PRODUTOS = Código + nome + cor + dimensões + peso + preço + tempo de


fabricação + desenho do produto + horas de mão de obra;

•• TIPOS DE COMPONENTE = Código + nome;

•• COMPONENTES = Código + nome + quantidade em estoque + preço unitário +


unidade;

•• MÁQUINAS = Tempo de vida + data da compra + data de fim da garantia;

•• RE = Quantidade necessária + unidade + tempo de uso + horas da mão de obra;

•• RM = Data + descrição;

•• RS = Quantidade + data de necessidade.

A partir desse modelo, iniciamos a modelagem de dados no formato de diagrama, ou


seja, utilizando representações gráficas para os elementos encontrados nos modelos
descritivo e conceitual.

12
Introdução ao SQL Server 2016 1
1.2.3. Modelo lógico
Esse modelo apresenta, em um formato de diagrama, as entidades e os atributos
encontrados nos modelos anteriores. Nesse modelo, também conhecido como
diagrama lógico de dados, ainda não é possível determinar qual banco de dados será
utilizado.

As ferramentas de modelagem geralmente iniciam os modelos a partir do modelo


lógico de dados. A partir dele é que será gerado o modelo para implementação no
banco de dados. Veremos adiante um exemplo de um diagrama lógico de dados, mas
antes vamos entender algumas regras importantes.

Toda entidade deve ter um identificador único, que representa um valor que não se
repete para cada ocorrência da mesma entidade. Por exemplo, a entidade Fornecedor
não tem nenhum atributo de valor único, dessa forma, criamos um atributo fictício
chamado ID_FORNECEDOR. Essa regra é importante, pois esse identificador único
permite o relacionamento entre as entidades.

Devemos definir quais atributos são obrigatórios e quais são opcionais, além de
determinar os atributos que deverão ter valores específicos (por exemplo, sexo: M
para masculino e F para feminino).

Nesse esquema, as caixas representam as entidades, as linhas representam os


relacionamentos e os valores nas caixas representam os atributos.

1.2.4. Modelo físico
O modelo físico de dados pode ser obtido por meio do diagrama lógico de dados e
está associado ao software de gerenciamento de banco de dados, neste caso, o SQL
Server 2016.

13
SQL 2016 - Módulo I

Vejamos as definições:

•• Tabelas (entidades): Local de armazenamento das informações;

•• Campos (atributos): Características da tabela;

•• Chave primária: Campo único que define a exclusividade da linha. Toda chave
primária possui as seguintes características:

•• Valores únicos;

•• Não permite valores nulos;

•• A tabela será ordenada pela chave primária (índice clusterizado).

•• Relacionamento: Relação entre tabelas através de um ou mais campos. As


relações podem ser:

•• 1 para 1;

•• 1 para N;

•• N para N.

Vejamos, a seguir, um exemplo de modelo físico de dados:

Esse modelo apresenta a modelagem das informações referentes aos empregados,


departamentos e cargos.

14
Introdução ao SQL Server 2016 1
1.2.5. Dicionário de dados
O dicionário de dados complementa o diagrama físico descrevendo as características
da tabela.

Para entendermos a importância da descrição formal dos campos, imaginemos que


existe um campo de status em uma tabela qualquer. Observe, adiante, alguns valores:

1 – Cancelado
2 – Em espera
3 – Encerrado
4 – Finalizado

Caso não seja documentada esta informação, será muito difícil a construção das
consultas.

A seguir, um exemplo de dicionário de dados da tabela TB_EMPREGADO:

Tipo de NOT
Sequência Campo Descrição Identity Bytes PK FK Regras Default
Dados NULL
Código do
1 COD_FUN int   Sim 4 Sim      
empregado
Nome do
2 NOME varchar     35        
empregado
Nº de
3 NUM_DEPEND tinyint Sim   1        
dependentes
DATA_ Data de
4 datetime     8        
NASCIMENTO nascimento
Código do
5 COD_DEPTO int     4   Sim    
departamento
Código do
6 COD_CARGO int     4   Sim    
cargo
DATA_ Data de
7 datetime     8       GETDATE()
ADMISSAO admissão
Não
permite
8 SALARIO Salário decimal     9      
valores
negativos
PREMIO_ Valores:
9 Prêmio mensal decimal Sim   9      
MENSAL SeN
Campo para
verificar se o
10 SINDICALIZADO varchar     1        
empregado é
sindicalizado
10 OBS Observações varchar Sim            
10 FOTO Foto varbinary Sim            
COD_ Código do
10 int Sim   4        
SUPERVISOR supervisor

15
SQL 2016 - Módulo I

1.3. Normalização de dados
O processo de organizar dados e eliminar informações redundantes de um banco de
dados é denominado normalização.

A normalização envolve a tarefa de criar as tabelas e definir os seus relacionamentos.


O relacionamento entre as tabelas é criado de acordo com regras que visam à proteção
dos dados e à eliminação de dados repetidos. Essas regras são denominadas normal
forms ou formas normais.

A normalização apresenta grandes vantagens:

•• Elimina dados repetidos, o que torna o banco mais compacto;

•• Garante o armazenamento dos dados de forma lógica;

•• Oferece maior velocidade dos processos de classificar e indexar, já que as


tabelas possuem uma quantidade menor de colunas;

•• Permite o agrupamento de índices conforme a quantidade de tabelas aumenta.


Além disso, reduz o número de índices por tabela. Dessa forma, permite melhor
performance de atualização do banco de dados.

Entretanto, o processo de normalização pode aumentar a quantidade de tabelas e,


consequentemente, a complexidade das associações exigidas entre elas para que os
dados desejados sejam obtidos. Isso pode acabar prejudicando o desempenho da
aplicação.

Outro aspecto negativo da normalização é que as tabelas, em vez de dados reais,


podem conter códigos. Nesse caso, será necessário recorrer à tabela de pesquisa para
obter os valores necessários. A normalização também pode dificultar a consulta ao
modelo de dados.

1.3.1. Regras de normalização
A normalização inclui três regras principais: first normal form (1NF), second normal
form (2NF) e third normal form (3NF).

Consideramos que um banco de dados está no first normal form quando a primeira
regra (1NF) é cumprida. Se as três regras forem cumpridas, o banco de dados estará
no third normal form.

É possível atingir outros níveis de normalização (4NF e 5NF), entretanto, o 3NF


é considerado o nível mais alto requerido pela maior parte das aplicações.

16
Introdução ao SQL Server 2016 1
Verifique a tabela TB_ALUNO, que atende as necessidades da área acadêmica de uma
instituição de ensino:

Ao executarmos o comando de criação, o SQL cria a tabela e é possível a inserção,


alteração e exclusão de dados.

Vejamos, a seguir, quais as regras que devem ser cumpridas para atingir cada nível
de normalização:

•• First Normal Form (1NF)

Para que um banco de dados esteja nesse nível de normalização, cada coluna deve
conter um único valor e cada linha deve abranger as mesmas colunas. A fim de
atendermos a esses aspectos, os conjuntos que se repetem nas tabelas individuais
devem ser eliminados. Além disso, devemos criar uma tabela separada para cada
conjunto de dados relacionados e identificar cada um deles com uma chave primária.

Uma tabela sempre terá este formato:

CAMPO 1 CAMPO 2 CAMPO 3 CAMPO 4

E nunca poderá ter este formato:

CAMPO 1 CAMPO 2 CAMPO 3 CAMPO 4

17
SQL 2016 - Módulo I

Considere os seguintes exemplos:

•• Uma pessoa tem apenas um nome, um RG, um CPF, mas pode ter estudado
em N escolas diferentes e pode ter feito N cursos extracurriculares;

•• Um treinamento da Impacta tem um único nome, uma única carga horária,


mas pode haver N instrutores que ministram esse treinamento;

•• Um aluno da Impacta tem apenas um nome, um RG, um CPF, mas pode ter
N telefones.

Percebemos aqui que a tabela TB_ALUNO, que criamos anteriormente, precisa ser
reestruturada para que respeite a primeira forma normal.

Verifique que existe um conjunto de dados repetidos: FONE_RES, FONE_COML,


FONE_CELULAR e FONE_RECADO.

Numa necessidade de inclusão de um novo telefone, serão necessárias as seguintes


alterações:

•• Tabela;
•• View;
•• Procedure;
•• Integrações entre banco e sistema;
•• Alteração da aplicação.

Sempre que uma linha de uma tabela tiver N informações relacionadas a ela,
precisaremos criar outra tabela para armazenar essas N informações.

Observe, a seguir, o modelo após a execução da primeira forma normal:

Opcionalmente, podemos eliminar o campo COD_FONE e utilizar os campos NUM_


ALUNO e FONE como chave da tabela, impedindo que se cadastre o mesmo telefone
mais de uma vez para o mesmo aluno.

18
Introdução ao SQL Server 2016 1
•• Second Normal Form (2NF)

No segundo nível de normalização, devemos criar tabelas separadas para conjuntos


de valores que se aplicam a vários registros, ou seja, que se repetem.

Com a finalidade de criar relacionamentos, devemos relacionar essas novas tabelas


com uma chave estrangeira e identificar cada grupo de dados relacionados com uma
chave primária.

Em outras palavras, a segunda forma normal pede que evitemos campos descritivos
(alfanuméricos) que se repitam várias vezes na mesma tabela. Além de ocupar mais
espaço, a mesma informação pode ser escrita de formas diferentes. Veja o caso da
tabela ALUNOS, em que existe um campo chamado PROFISSAO (descritivo) onde é
possível grafarmos a mesma profissão de várias formas diferentes:

ANALISTA DE SISTEMAS
ANALISTA SISTEMAS
AN. SISTEMAS
AN. DE SISTEMAS
ANALISTA DE SIST.

Isso torna impossível que se gere um relatório filtrando os ALUNOS por PROFISSAO.
A solução, neste caso, é criar uma tabela de profissões em que cada profissão tenha
um código. Para isso, na tabela ALUNOS, substituiremos o campo PROFISSAO por
COD_PROFISSAO.

A seguir, vejamos o modelo após a execução da segunda forma normal:

•• Third Normal Form (3NF)

No terceiro nível de normalização, após ter concluído todas as tarefas do 1NF e 2NF,
devemos eliminar os campos que não dependem de chaves primárias.

Cumpridas essas três regras, atingimos o nível de normalização requerido pela


maioria dos programas.

19
SQL 2016 - Módulo I

Considere os seguintes exemplos:

•• Em uma tabela de PRODUTOS que tenha os campos PRECO_COMPRA e


PRECO_VENDA, não devemos ter um campo LUCRO, pois ele não depende
do código do produto (chave primária), mas sim dos preços de compra e
de venda. O lucro será facilmente gerado através da expressão PRECO_
VENDA – PRECO_CUSTO;

•• Na tabela TB_ALUNO, não devemos ter o campo IDADE, pois ele não
depende do número do aluno (chave primária), mas sim do campo DATA_
NASCIMENTO.

A modelagem final após a aplicação da terceira forma normal é a seguinte:

1.4. Arquitetura cliente / servidor


Essa arquitetura funciona da seguinte forma:

•• Usuários acessam o servidor por meio de um aplicativo instalado no próprio


servidor ou de outro computador;

•• O computador cliente executa as tarefas do aplicativo, ou seja, fornece a interface


do usuário (tela, processamento de entrada e saída) e manda uma solicitação
ao servidor;

•• O servidor de banco de dados processa a solicitação, que pode ser uma consulta,
alteração, exclusão, inclusão etc.

20
Introdução ao SQL Server 2016 1
A imagem a seguir ilustra a arquitetura cliente / servidor:

A
Banco de
dados

SISTEMA GERENCIADOR DE
BANCO DE DADOS (S.G.B.D.)

B
APLICAÇÃO CLIENTE
a
Cria um comando SQL
(texto), envia-o ao S.G.B.D.
e recebe o retorno da
instrução

•• A - Servidor

•• a - Software servidor de banco de dados. É ele que gerencia todo o acesso


ao banco de dados. Ele recebe os comandos SQL, verifica sua sintaxe e os
executa, enviando o retorno para a aplicação que enviou o comando;

•• b - Banco de dados, incluindo as tabelas que serão manipuladas.

•• B - Cliente

•• a - Aplicação contendo a interface visual que envia os comandos SQL ao


servidor.

21
SQL 2016 - Módulo I

1.5. As linguagens SQL e T-SQL


Toda a manipulação de um banco de dados é feita por meio de uma linguagem
específica, com uma exigência sintática rígida, chamada SQL (Structure Query
Language). Os fundamentos dessa linguagem estão baseados no conceito de banco
de dados relacional.

Essa linguagem foi desenvolvida pela IBM no início da década de 1970 e,


posteriormente, foi adotada como linguagem padrão pela ANSI (American National
Standard Institute) e pela ISO (International Organization for Standardization), em
1986 e 1987, respectivamente.

A T-SQL (Transact-SQL) é uma implementação da Microsoft para a SQL padrão ANSI.


Ela cria opções adicionais para os comandos e também cria novos comandos que
permitem o recurso de programação, como os de controle de fluxo, variáveis de
memória etc.

Além da T-SQL, há outras implementações da SQL, como Oracle PL/


SQL (Procedural Language/SQL) e IBM's SQL Procedural Language.

Veja um exemplo de comando SQL:

Para realizar uma consulta na tabela de departamento (TB_DEPARTAMENTO) é


utilizado o comando SELECT. Esse comando permite a visualização das informações
contidas na referida tabela.

SELECT * FROM TB_DEPARTAMENTO

Ao executarmos o comando no SQL Server 2016, veremos o resultado conforme a


ilustração adiante:

Resultado da consulta da
tabela de departamentos

22
Introdução ao SQL Server 2016 1
1.6. SQL Server
O SQL Server é uma plataforma de banco de dados utilizada para armazenar dados e
processá-los, tanto em um formato relacional quanto em documentos XML. Também
é utilizada em aplicações de comércio eletrônico e atua como uma plataforma
inteligente de negócios para integração e análise de dados, bem como de soluções.

Para essas tarefas, o SQL Server faz uso da linguagem T-SQL para gerenciar bancos
de dados relacionais, que contém, além da SQL, comandos de linguagem procedural.

1.6.1. Componentes
O SQL Server oferece diversos componentes opcionais e ferramentas relacionadas
que auxiliam e facilitam a manipulação de seus sistemas. Por padrão, nenhum dos
componentes será instalado.

A seguir, descreveremos as funcionalidades oferecidas pelos principais componentes


do SQL Server:

•• SQL Server Database Engine: É o principal componente do MS-SQL. Recebe as


instruções SQL, executa-as e devolve o resultado para a aplicação solicitante.
Funciona como um serviço no Windows e, normalmente, é iniciado juntamente
com a inicialização do sistema operacional;

•• Analysis Services: Usado para consultas avançadas, que envolvem muitas


tabelas simultaneamente, e para geração de estruturas OLAP (On-Line Analytical
Processing);

•• Reporting Services: Ferramenta para geração de relatórios;

•• Integration Services: Facilita o processo de transferência de dados entre bancos


de dados.

1.6.2. Objetos de banco de dados


Os objetos que fazem parte de um sistema de banco de dados do SQL Server são criados
dentro do objeto DATABASE, que é uma estrutura lógica formada por dois tipos de
arquivo: um arquivo responsável por armazenar os dados e outro por armazenar as
transações realizadas. Veja a seguir alguns objetos de banco de dados do SQL Server.

1.6.2.1. Tabelas
Os dados são armazenados em objetos de duas dimensões denominados tabelas
(tables), formadas por linhas e colunas. As tabelas contêm todos os dados de um
banco de dados e são a principal forma para coleção de dados.

23
SQL 2016 - Módulo I

1.6.2.2. Índices
Quando realizamos uma consulta de dados, o SQL Server 2016 faz uso dos índices
(index) para buscar, de forma fácil e rápida, informações específicas em uma tabela
ou VIEW indexada.

1.6.2.3. CONSTRAINT
São objetos cuja finalidade é estabelecer regras de integridade e consistência nas
colunas das tabelas de um banco de dados. São cinco os tipos de CONSTRAINT
oferecidos pelo SQL Server: PRIMARY KEY, FOREIGN KEY, UNIQUE, CHECK e
DEFAULT.

1.6.2.4. VIEW (Visualização)
Definimos uma VIEW (visualização) como uma tabela virtual composta por linhas
e colunas de dados, os quais são provenientes de tabelas referenciadas em uma
consulta que define essa tabela.

Esse objeto oferece uma visualização lógica dos dados de uma tabela, de modo que
diversas aplicações possam compartilhá-la.

Essas linhas e colunas são geradas de forma dinâmica no momento em que é feita
uma referência a uma VIEW.

1.6.2.5. PROCEDURE (Procedimento armazenado)


Nesse objeto, encontramos um bloco de comandos T-SQL, responsável por uma
determinada tarefa. Sua lógica pode ser compartilhada por diversas aplicações.
A execução de uma procedure é realizada no servidor de dados. Por isso, seu
processamento ocorre de forma rápida, visto que seu código tende a ficar compilado
na memória.

1.6.2.6. FUNCTION (Função)
Nesse objeto, encontramos um bloco de comandos T-SQL responsável por uma
determinada tarefa, isto é, a função (FUNCTION) executa um procedimento e retorna
um valor. Sua lógica pode ser compartilhada por diversas aplicações.

1.6.2.7. TRIGGER (Gatilho)
Esse objeto também possui um bloco de comandos T-SQL. O TRIGGER é criado sobre
uma tabela e ativado automaticamente no momento da execução dos comandos
UPDATE, INSERT ou DELETE.

Quando atualizamos, inserimos ou excluímos dados em uma tabela, o TRIGGER


automaticamente grava em uma tabela temporária os dados do registro atualizado,
inserido ou excluído.

24
Introdução ao SQL Server 2016 1
1.7. Ferramentas de gerenciamento
A seguir, descreveremos as funcionalidades oferecidas pelas ferramentas de
gerenciamento disponíveis no SQL Server e que trabalham associadas aos componentes
descritos anteriormente:

•• SQL Server Management Studio (SSMS)

É um aplicativo usado para gerenciar bancos de dados e que permite criar, alterar e
excluir objetos no banco de dados:

•• SQL Server Configuration Manager

Permite visualizar, alterar e configurar os serviços dos componentes do SQL Server:

25
SQL 2016 - Módulo I

•• Microsoft SQL Server Profiler

Essa ferramenta permite capturar e salvar dados de cada evento em um arquivo ou


tabela para análise posterior.

•• Database Engine Tuning Advisor

Analisa o desempenho das operações e sugere opções para sua melhora.

•• SQL Server Data Tools

Possui uma interface que integra os componentes Business Intelligence, Analysis


Services, Reporting Services e Integration Services.

1.8. SQL Server Management Studio (SSMS)


Essa é a principal ferramenta para gerenciamento de bancos de dados, por isso é
fundamental conhecer o seu funcionamento. Os próximos tópicos apresentam como
inicializar o SSMS, sua interface, como executar comandos e como salvar scripts.

1.8.1. Inicializando o SSMS
Para abrir o SQL Server Management Studio, siga os passos adiante:

1. Clique no botão Iniciar e depois na opção Todos os Programas;

2. Clique em Microsoft SQL Server 2016 e, em seguida, em Microsoft SQL Server


Management Studio:

26
Introdução ao SQL Server 2016 1
3. Na tela Connect to Server, escolha a opção SQL Server Authentication para o
campo Authentication e, no campo Server Name, especifique o nome do servidor
com o qual será feita a conexão:

4. Clique no botão Connect. A interface do SQL Server Management Studio será aberta,
conforme mostra a imagem a seguir:

27
SQL 2016 - Módulo I

1.8.2. Interface
A interface do SSMS é composta pelo Object Explorer e pelo Code Editor, explicados
a seguir:

•• Object Explorer

É uma janela que contém todos os elementos existentes dentro do seu servidor MS-
SQL Server no formato de árvore:

Observe que a pasta Databases mostra todos os bancos de dados existentes no


servidor. No caso da imagem a seguir, PEDIDOS é um banco de dados:

28
Introdução ao SQL Server 2016 1

Expandindo o item PEDIDOS e depois o item Tables, veremos os nomes das tabelas
existentes no banco de dados:

29
SQL 2016 - Módulo I

Expandindo uma das tabelas, veremos características da sua estrutura, bem como as
suas colunas:

30
Introdução ao SQL Server 2016 1
•• Code Editor

O Code Editor (Editor de Código) do SQL Server Management Studio permite escrever
comandos T-SQL, MDX, DMX, XML/A e XML. Clicando no botão New Query (Nova
Consulta), será aberta uma janela vazia para edição dos comandos. Cada vez que
clicarmos em New Query, uma nova aba vazia será criada:

Cada uma dessas abas representa uma conexão com o banco de dados e recebe um
número de sessão. Cada conexão tem um número de sessão único, mesmo que
tenha sido aberta pelo mesmo usuário com o mesmo login e senha. Quando outra
aplicação criada em outra linguagem, como Delphi, VB ou C#, abrir uma conexão, ela
também receberá um número único de sessão.

31
SQL 2016 - Módulo I

1.8.3. Executando um comando
Para executar um comando a partir do SQL Server Management Studio, adote o
seguinte procedimento:

1. Escreva o comando desejado no Code Editor. Enquanto um comando é digitado no


Code Editor, o SQL Server oferece um recurso denominado IntelliSense, que destaca
erros de sintaxe e digitação e fornece ajuda para a utilização de parâmetros no
código. Ele está ativado por padrão, mas pode ser desativado. Para forçar a exibição
do IntelliSense, utilize CTRL + Barra de espaço:

2. Selecione o comando escrito. A seleção é necessária apenas quando comandos


específicos devem ser executados, dentre vários;

32
Introdução ao SQL Server 2016 1
3. Na barra de ferramentas do Code Editor, clique sobre o botão Execute ou pressione
a tecla F5 (ou CTRL + E) para que o comando seja executado. O resultado do comando
será exibido na parte inferior da interface, conforme a imagem a seguir:

Com relação ao procedimento anterior, é importante considerar as seguintes


informações:

•• É possível ocultar o resultado do comando por meio do atalho CTRL + R;

•• MASTER é um banco de dados de sistema e que já vem instalado no MS-SQL


Server;

•• Caso não selecione um comando específico, todos os comandos escritos no


texto serão executados e, nesse caso, eles precisarão estar organizados em
uma sequência lógica perfeita, senão ocorrerão erros;

•• Quando salvamos o arquivo contido no editor, ele recebe a extensão .sql, por
padrão. É um arquivo de texto também conhecido como SCRIPT SQL.

33
SQL 2016 - Módulo I

1.8.4. Comentários
Todo script deve possuir comentários que ajudarão a entender e documentar as
instruções. A cor do comentário é o verde e o SQL ignora o conteúdo do texto.

Para comentar uma linha utilize dois traços (--). Por exemplo:

-- Comentário
-- Primeira aula de SQL Server

-- O comando a seguir executa uma consulta que retorna as informações da tabela


de departamentos
SELECT ...

Também é possível a criação de um bloco de comentários, utilizando /* e */:

/*
Bloco de texto comentado que não é executado pelo SQL
*/

1.8.5. Opções
Várias opções de customização do SSMS podem ser ajustadas conforme a preferência
do usuário. Para isso, no menu Tools, clique em Options, abrindo a seguinte janela:

Vejamos, a seguir, alguns exemplos de customização:

34
Introdução ao SQL Server 2016 1
•• Numeração automática da linha

Na janela Options, clique em Text Editor. Na guia All Languages, selecione Line
numbers:

•• Quebra de linha de automática

Na mesma guia, selecione Word wrap e Show visual glyphs for word wrap:

35
SQL 2016 - Módulo I

1.8.6. Salvando scripts
Para salvar os scripts utilizados, siga os passos adiante:

1. Acesse o menu File e clique em Save As:

2. Digite o nome escolhido para o script:

3. Clique em Save.

36
Introdução ao SQL Server 2016 1
1.8.7. Soluções e Projetos
Uma solução é um conjunto de projetos, enquanto que um projeto é a coleção dos
scripts. A organização é a grande vantagem deste tipo de recurso.

Vejamos, a seguir, como criar soluções e projetos:

•• Criando uma solução

No SSMS, clique no menu File / New / Project e, em seguida, selecione SQL Server
Management Studio Solution:

37
SQL 2016 - Módulo I

•• Criando projetos

No SSMS, clique no menu File / New / Project e, em seguida, selecione SQL Server
Management Studio Projects:

38
Introdução ao SQL Server 2016 1

Pontos principais
Atente para os tópicos a seguir. Eles devem ser estudados com muita atenção,
pois representam os pontos mais importantes do capítulo.

•• Um banco de dados armazena informações e seu principal objeto são as tabelas;

•• É fundamental o design de um banco de dados para que possua um bom


desempenho;

•• Os modelos de design de um banco de dados são: modelo descritivo, modelo


conceitual, modelo lógico e modelo físico;

•• Uma tabela precisa ter uma coluna que identifica de forma única cada uma de
suas linhas. Essa coluna é chamada de chave primária;

•• Normalização é o processo de organizar dados e eliminar informações


redundantes de um banco de dados. Envolve a tarefa de criar as tabelas, bem
como definir relacionamentos. O relacionamento entre as tabelas é criado de
acordo com regras que visam à proteção dos dados e à eliminação de dados
repetidos. Essas regras são denominadas normal forms, ou formas normais;

•• A linguagem T-SQL (Transact-SQL) é baseada na linguagem SQL ANSI, desenvolvida


pela IBM na década de 1970;

•• Os principais objetos de um banco de dados são: tabelas, índices, CONSTRAINT,


VIEW, PROCEDURE, FUNCTION e TRIGGER;

•• O SQL Server Management Studio (SSMS) é a principal ferramenta para


gerenciamento de bancos de dados.

39
Introdução
1 ao SQL Server
2016
Teste seus conhecimentos
SQL 2016 - Módulo I

1. Quais são os modelos recomendados para a criação de um banco de


dados?

☐☐ a) Descritivo, conceitual e físico.


☐☐ b) Conceitual, lógico e físico.
☐☐ c) Descritivo, conceitual, lógico e físico.
☐☐ d) Descritivo, lógico e físico.
☐☐ e) Não precisamos de modelagem para criação de banco de dados.

2. Qual é a diferença entre os modelos lógico e físico?

☐☐ a) O modelo físico complementa o modelo lógico com a implementação


do fabricante do banco de dados.
☐☐ b) O modelo lógico é mais completo que o físico.
☐☐ c) Não existe diferença nos modelos.
☐☐ d) Podemos afirmar que o modelo lógico possui todas as características
para a implementação de um banco de dados.
☐☐ e) Não precisamos de modelagem para trabalhar com banco de dados.

3. Com relação à linguagem SQL, qual das afirmações adiante está correta?

☐☐ a) A linguagem SQL foi desenvolvida pela IBM e não pode ser utilizada
em outros bancos de dados.
☐☐ b) O SQL Server 2016 não utiliza a linguagem SQL.
☐☐ c) O SQL Server 2016 utiliza a linguagem T-SQL que é uma implementação
da linguagem SQL.
☐☐ d) Nunca devemos utilizar a linguagem SQL, pois está ultrapassada.
☐☐ e) Nenhuma das alternativas anteriores está correta.

4. Com relação ao SQL Server 2016, qual das seguintes afirmações está
correta?

☐☐ a) É uma plataforma de banco de dados que armazena dados no formato


relacional ou XML.
☐☐ b) Utiliza a linguagem T-SQL.
☐☐ c) Não pode trabalhar com PROCEDURES.
☐☐ d) Não utiliza VIEWS ou FUNCTIONS.
☐☐ e) As afirmações a e b estão corretas.

5. Qual objeto é responsável pelas regras de integridade?

☐☐ a) VIEW
☐☐ b) Tabelas
☐☐ c) CONSTRAINT
☐☐ d) PROCEDURE
☐☐ e) TRIGGER

42
1 Introdução ao
SQL Server 2016
Mãos à obra!
SQL 2016 - Módulo I

Laboratório 1
A – Construindo artefatos de modelagem de dados

O objetivo deste laboratório é a construção básica dos artefatos de modelagem de


dados, permitindo o melhor conhecimento das técnicas para a construção de um
banco de dados.

Observe, adiante, um modelo de formulário de cadastro de clientes de uma empresa:

44
Introdução ao SQL Server 2016 1

Realize os passos a seguir:

1. Crie as tabelas e campos necessários para atender esse cadastro;

2. Desenhe o modelo lógico das tabelas do cadastro de clientes;

3. Descreva o dicionário de dados do modelo lógico:

Tipo de NOT
Sequência Campo Descrição Identity Bytes PK FK Regras Default
Dados NULL

1                    

2                    

3                    

4                    

5                    

6                    

7                    

8                    

9                    

10                    

11                    

12                    

13                    

4. Utilize o recurso de normalização;

5. Descreva quais formas normais foram utilizadas.

45
SQL 2016 - Módulo I

Laboratório 2
A – Criando soluções, projetos e scripts

Neste laboratório, serão utilizados os recursos do SQL Server Management Studio


(SSMS), para a criação de uma solução, projeto e scripts. Para isso, siga os seguintes
passos:

1. Abra o Windows Explorer e crie uma pasta de nome C:\SQL\Soluções;

2. Abra o SQL Server Management Studio (SSMS);

3. Clique no menu File / New / Project e crie a seguinte solução:

•• Nome: Curso Impacta – Módulo I;

•• Localização: C:\SQL\Soluções.

4. Clique novamente no menu File / New / Project e crie o seguinte projeto:

•• Nome: Projeto Capítulo 1;

•• Localização: C:\SQL\Soluções;

•• Solution Name: Curso Impacta – Módulo I.

5. Clique no botão New Query;

6. Crie um comentário utilizando traço (--);

7. Crie um comentário utilizando o bloco de comentários (/* */);

8. Digite o comando adiante:

SELECT GETDATE()

9. Execute o comando com F5 ou através do botão Execute;

10. Salve o script.

46
2 Criando um
banco de dados

ÃÃ CREATE DATABASE;
ÃÃ CREATE TABLE;
ÃÃ Tipos de dados;
ÃÃ Campo de autonumeração (IDENTITY);
ÃÃ Constraints.
SQL 2016 - Módulo I

2.1. Introdução
Neste capítulo, veremos os recursos iniciais para criação de banco de dados: os
comandos CREATE DATABASE e CREATE TABLE, os tipos de dados e as constraints.

Quando formos mostrar as opções de sintaxe de um comando SQL, usaremos a


seguinte nomenclatura:

•• []: Termos entre colchetes são opcionais;

•• <>: Termos entre os sinais menor e maior são nomes ou valores definidos por
nós;

•• {a1|a2|a3...}: Lista de alternativas mutuamente exclusivas.

2.2. CREATE DATABASE
DATABASE é um conjunto de arquivos que armazena todos os objetos do banco de
dados.

Para que um banco de dados seja criado no SQL Server, é necessário utilizar a instrução
CREATE DATABASE, cuja sintaxe básica é a seguinte:

CREATE DATABASE <nome do banco de dados>

A seguir, veja um exemplo de criação de banco de dados:

CREATE DATABASE SALA_DE_AULA;

Essa instrução criará dois arquivos:

•• SALA_DE_AULA.MDF: Armazena os dados;

•• SALA_DE_AULA_LOG.LDF: Armazena os logs de transações.

Normalmente, esses arquivos estão localizados na pasta DATA dentro do diretório de


instalação do SQL Server.

Assim que são criados, os bancos de dados possuem apenas os objetos de sistema,
como tabelas, PROCEDURES, VIEWS, necessários para o gerenciamento das tabelas.

48
Criando um banco de dados 2
Também é possível criar um banco de dados graficamente. Através do SSMS, sobre a
conexão, clique com o botão direito em New Database.

É importante que seja definida a localização dos arquivos que compõem o banco para
o seu melhor gerenciamento.

Para facilitar o acesso a um banco de dados, devemos colocá-lo em uso, mas isso não
é obrigatório. Para colocar um banco de dados em uso, utilize o seguinte código:

USE <nome do banco de dados>

49
SQL 2016 - Módulo I

Veja um exemplo:

USE SALA_DE_AULA

Observe que na parte superior esquerda do SSMS existe um


ComboBox que mostra o nome do banco de dados que está em uso.

2.3. CREATE TABLE
Os principais objetos de um banco de dados são suas tabelas, responsáveis pelo
armazenamento dos dados.

A instrução CREATE TABLE deve ser utilizada para criar tabelas dentro de um banco
de dados já existente. A sintaxe para uso dessa instrução é a seguinte:

CREATE TABLE <nome_tabela>


( <nome_campo1> <data_type> [IDENTITY [(<inicio>,<incremento>)]
[NOT NULL] [DEFAULT <exprDef>]
[, <nome_campo2> <data_type> [NOT NULL] [DEFAULT <exprDef>]

Em que:

•• <nome_tabela>: Nome que vai identificar a tabela. A princípio, nomes devem


começar por uma letra, seguida de letras, números e sublinhados. Porém, se o
nome for escrito entre colchetes, poderá ter qualquer sequência de caracteres;

•• <nome_campo>: Nome que vai identificar cada coluna ou campo da tabela. É


criado utilizando a regra para os nomes das tabelas;

50
Criando um banco de dados 2
•• <data_type>: Tipo de dado que será gravado na coluna (texto, número, data
etc.);

•• [IDENTITY [(<inicio>,<incremento>)]: Define um campo como autonumeração;

•• [NOT NULL]: Define um campo que precisa ser preenchido, isto é, não pode
ficar vazio (NULL);

•• [DEFAULT <exprDef>]: Valor que será gravado no campo, caso ele fique vazio
(NULL).

Com relação à sintaxe de CREATE TABLE, é importante considerar, ainda, as seguintes


informações:

•• A sintaxe descrita foi simplificada, há outras cláusulas na instrução CREATE


TABLE;

•• Uma tabela não pode conter mais de um campo IDENTITY;

•• Uma tabela não pode conter mais de uma chave primária, mas pode ter uma
chave primária composta por vários campos.

A seguir, veja um exemplo de como criar uma tabela em um banco de dados:

CREATE TABLE TB_ALUNO


( COD_ALUNO INT,
NOME VARCHAR(30),
DATA_NASCIMENTO DATETIME,
IDADE TINYINT,
E_MAIL VARCHAR(50),
FONE_RES CHAR(9),
FONE_COM CHAR(9),
FAX CHAR(9),
CELULAR CHAR(9),
PROFISSAO VARCHAR(40),
EMPRESA VARCHAR(50) );

A estrutura dessa tabela não respeita as regras de normalização de dados.

51
SQL 2016 - Módulo I

O SQL disponibiliza a criação da tabela de forma gráfica. Vejamos:

1. Expanda Databases;

2. Expanda o banco em que você deseja criar a tabela;

3. Clique com o botão direito em Tables;

4. Informe os nomes dos campos;

5. No momento de salvar, informe o nome da tabela.

52
Criando um banco de dados 2
2.4. Tipos de dados
Cada elemento, como uma coluna, variável ou expressão, possui um tipo de dado. O
tipo de dado especifica o tipo de valor que o objeto pode armazenar, como números
inteiros, texto, data e hora etc. O SQL Server organiza os tipos de dados dividindo-os
em categorias.

A seguir, serão descritas as principais categorias de tipos de dados utilizados na


linguagem Transact-SQL.

2.4.1. Numéricos exatos
A tabela a seguir descreve alguns dos tipos de dados que fazem parte dessa categoria:

•• Inteiros

Nome Descrição
Valor de número inteiro compreendido entre
bigint
-2^63 (-9,223,372,036,854,775,808) e
8 bytes
2^63-1 (9,223,372,036,854,775,807).
int Valor de número inteiro compreendido entre
4 bytes -2^31 (-2,147,483,648) e 2^31 - 1 (2,147,483,647).
smallint Valor de número inteiro compreendido entre
2 bytes -2^15 (-32,768) e 2^15 - 1 (32,767).
tinyint
Valor de número inteiro de 0 a 255.
1 byte

•• Bit

Nome Descrição
bit
Valor de número inteiro com o valor 1 ou o valor 0.
1 byte

•• Numéricos exatos

Nome Descrição
Valor numérico de precisão e escala fixas de
decimal(<T>,<D>)
-10^38 +1 até 10^38 –1.
Valor numérico de precisão e escala fixas de
numeric(<T>,<D>)
-10^38 +1 até 10^38 –1.

53
SQL 2016 - Módulo I

Nos numéricos exatos, é importante considerar as seguintes informações:

•• <T>: Corresponde à quantidade máxima de algarismos que o número


pode ter;
•• <D>: Corresponde à quantidade máxima de casas decimais que o número
pode ter;
•• A quantidade de casas decimais <D> está contida na quantidade máxima
de algarismos <T>;
•• A quantidade de bytes ocupada varia dependendo de <T>.

•• Valores monetários

Nome Descrição
Compreende valores monetários ou de moeda
money
corrente entre -922.337.203.685.477,5808 e
8 bytes
922.337.203.685.477,5807.
smallmoney Compreende valores monetários ou de moeda corrente
4 bytes entre -214,748.3648 e +214,748.3647.

2.4.2. Numéricos aproximados
A tabela a seguir descreve alguns dos tipos de dados que fazem parte dessa categoria:

Nome Descrição
Valor numérico de precisão flutuante entre
float[(n)] -1.79E + 308 e -2.23E - 308, 0 e de 2.23E + 308 até
1.79E + 308.
real
Valor numérico de precisão flutuante entre -3.40E + 38
o mesmo que
e -1.18E - 38, 0 e de 1.18E - 38 até 3.40E + 38.
float(24)

Em que:

•• O valor de n determina a precisão do número. O padrão (default) é 53;

•• Se n está entre 1 e 24, a precisão é de 7 algarismos e ocupa 4 bytes de memória.


Com n entre 25 e 53, a precisão é de 15 algarismos e ocupa 8 bytes.

Esses tipos são chamados de "Numéricos aproximados" porque podem gerar


imprecisão na parte decimal.

54
Criando um banco de dados 2
2.4.3. Data e hora
A tabela a seguir descreve alguns dos tipos de dados que fazem parte dessa categoria:

Nome Descrição
Data e hora compreendidas entre 1º de janeiro de 1753
datetime
e 31 de dezembro de 9999, com a exatidão de 3.33
8 bytes
milissegundos.
smalldatetime Data e hora compreendidas entre 1º de janeiro de 1900 e
4 bytes 6 de junho de 2079, com a exatidão de 1 minuto.
Data e hora compreendidas entre 01/01/0001 e
31/12/9999 com precisão de até 100 nanossegundos,
datetime2[(p)]
dependendo do valor de p, que representa a quantidade
8 bytes
de algarismos na fração de segundo. Omitindo p, o valor
default será 7.
date Data compreendida entre 01/01/0001 e 31/12/9999,
3 bytes com precisão de 1 dia.
Hora no intervalo de 00:00:00.0000000 a
time[(p)]
23.59.59.9999999. O parâmetro p indica a quantidade
5 bytes
de dígitos na fração de segundo.
Data e hora compreendidas entre 01/01/0001 e
31/12/9999 com precisão de até 100 nanossegundos e
Datetimeoffset[(p)] com indicação do fuso horário, cujo intervalo pode variar
de -14:00 a +14:00. O parâmetro p indica a quantidade
de dígitos na fração de segundo.

2.4.4. Strings de caracteres ANSI


É chamada de string uma sequência de caracteres. No padrão ANSI, cada caractere é
armazenado em 1 byte, o que permite a codificação de até 256 caracteres.

A tabela a seguir descreve alguns dos tipos de dados que fazem parte dessa categoria:

Nome Descrição
Comprimento fixo de no máximo 8.000 caracteres no
char(<n>)
padrão ANSI. Cada caractere é armazenado em 1 byte.
Comprimento variável de no máximo 8.000 caracteres no
varchar(<n>)
padrão ANSI. Cada caractere é armazenado em 1 byte.
Comprimento variável de no máximo 2^31 - 1
text ou
(2,147,483,647) caracteres no padrão ANSI. Cada
varchar(max)
caractere é armazenado em 1 byte.

55
SQL 2016 - Módulo I

Em que:

•• <n>: Representa a quantidade máxima de caracteres que poderemos armazenar.


Cada caractere ocupa 1 byte.

É recomendável a utilização do tipo varchar(max) em vez do tipo text. Esse último


será removido em versões futuras do SQL Server. No caso de aplicações que já o
utilizam, é indicado realizar a substituição pelo tipo recomendado. Ao utilizarmos
max para varchar, estamos ampliando sua capacidade de armazenamento para 2
GB, aproximadamente.

2.4.5. Strings de caracteres Unicode


Em strings Unicode, cada caractere é armazenado em 2 bytes, o que amplia a
quantidade de caracteres possíveis para mais de 65.000.

A tabela a seguir descreve alguns dos tipos de dados que fazem parte dessa categoria:

Nome Descrição
nchar(<n>) Comprimento fixo de no máximo 4.000 caracteres Unicode.
Comprimento variável de no máximo 4.000 caracteres
nvarchar(<n>)
Unicode.
ntext ou Comprimento variável de no máximo 2^30 - 1 (1,073,741,823)
nvarchar(max) caracteres Unicode.

Em que:

•• <n>: Representa a quantidade máxima de caracteres que poderemos armazenar.


Cada caractere ocupa 2 bytes. Essa quantidade de 2 bytes é destinada a países
cuja quantidade de caracteres utilizados é muito grande, como Japão e China.

Tanto no padrão ANSI quanto no UNICODE, existe uma tabela (ASCII) que codifica
todos os caracteres. Essa tabela é usada para converter o caractere no seu código,
quando gravamos, e para converter o código no caractere, quando lemos.

56
Criando um banco de dados 2
2.4.6. Strings binárias
No caso das strings binárias, não existe uma tabela para converter os caracteres, você
interpreta os bits de cada byte de acordo com uma regra sua.

A tabela a seguir descreve alguns dos tipos de dados que fazem parte dessa categoria:

Nome Descrição
Dado binário com comprimento fixo de, no máximo,
binary(<n>)
8.000 bytes.
Dado binário com comprimento variável de, no máximo,
varbinary(<n>)
8.000 bytes.
image ou Dado binário com comprimento variável de, no máximo,
varbinary(max) 2^31 - 1 (2,147,483,647) bytes.

Os tipos image e varbinary(max) são muito usados para importar arquivos


binários para dentro do banco de dados. Imagens, sons ou qualquer outro tipo
de documento podem ser gravados em um campo desses tipos. É recomendável a
utilização do tipo varbinary(max) em vez do tipo image. Esse último será removido
em versões futuras do SQL Server. No caso de aplicações que já o utilizam, é
indicado realizar a substituição pelo tipo recomendado.

2.4.7. Outros tipos de dados


Essa categoria inclui tipos de dados especiais, cuja utilização é específica e restrita a
certas situações. A tabela adiante descreve alguns desses tipos:

Nome Descrição
Serve para definir um dado tabular, composto de linhas e
table
colunas, assim como uma tabela.
cursor Serve para percorrer as linhas de um dado tabular.
Um tipo de dado que armazena valores de vários tipos
sql_variant suportados pelo SQL Server, exceto os seguintes: text,
ntext, timestamp e sql_variant.
Timestamp ou
Número hexadecimal sequencial gerado automaticamente.
RowVersion
Globally Unique Identifier (GUID), também conhecido como
Identificador Único Global ou Identificador Único Universal.
uniqueidentifier
É um número hexadecimal de 16 bytes semelhante a
64261228-50A9-467C-85C5-D73C51A914F1.

57
SQL 2016 - Módulo I

Nome Descrição
XML Armazena dados no formato XML.
Hierarchyid Posição de uma hierarquia.
Geography Representa dados de coordenadas terrestres.
Geometry Representação de coordenadas euclidianas.

2.5. Campo de autonumeração (IDENTITY)


A coluna de identidade, ou campo de autonumeração, é definida pela propriedade
IDENTITY. Ao atribuirmos essa propriedade a uma coluna, o SQL Server cria números
em sequência para linhas que forem posteriormente inseridas na tabela em que a
coluna de identidade está localizada.

É importante saber que uma tabela pode ter apenas uma coluna do tipo identidade
e que não é possível inserir ou alterar seu valor, que é gerado automaticamente pelo
SQL-Server. Veja um exemplo:

DROP TABLE TB_ALUNO; --Caso a tabela já exista


GO
CREATE TABLE TB_ALUNO
( NUM_ALUNO INT IDENTITY,
NOME VARCHAR(30),
DATA_NASCIMENTO DATETIME,
IDADE TINYINT,
E_MAIL VARCHAR(50),
FONE_RES CHAR(8),
FONE_COM CHAR(8),
FAX CHAR(8),
CELULAR CHAR(9),
PROFISSAO VARCHAR(40),
EMPRESA VARCHAR(50) );

2.6. Constraints
As constraints são objetos utilizados para impor restrições e aplicar validações aos
campos de uma tabela ou à forma como duas tabelas se relacionam. Podem ser
definidas no momento da criação da tabela ou posteriormente, utilizando o comando
ALTER TABLE.

58
Criando um banco de dados 2
2.6.1. Nulabilidade
Além dos valores padrão, também é possível atribuir valores nulos a uma coluna, o
que significa que ela não terá valor algum. O NULL (nulo) não corresponde a nenhum
dado, não é vazio ou zero, é nulo. Ao criarmos uma coluna em uma tabela, podemos
acrescentar o atributo NULL (que já é padrão), para que aceite valores nulos, ou então
NOT NULL, quando não queremos que determinada coluna aceite valores nulos.
Exemplo:

CREATE TABLE TB_ALUNO


( CODIGO INT NOT NULL,
NOME VARCHAR(30) NOT NULL,
E_MAIL VARCHAR(100) NULL );

2.6.2. Tipos de constraints
São diversos os tipos de constraints que podem ser criados: PRIMARY KEY, UNIQUE,
CHECK, DEFAULT e FOREIGN KEY. Adiante, cada uma das constraints será descrita.

2.6.2.1. PRIMARY KEY (chave primária)


A chave primária identifica, de forma única, cada uma das linhas de uma tabela. Pode
ser formada por apenas uma coluna ou pela combinação de duas ou mais colunas.
A informação definida como chave primária de uma tabela não pode ser duplicada
dentro dessa tabela.

•• Exemplos

Tabela CLIENTES Código do Cliente


Tabela PRODUTOS Código do Produto

As colunas que formam a chave primária não podem aceitar valores nulos e devem
ter o atributo NOT NULL.

•• Comando

CREATE TABLE tabela


(
CAMPO_PK tipo NOT NULL,
...,
...,
CONSTRAINT NomeChavePrimária PRIMARY KEY (CAMPO_PK) )

Onde usamos o termo CAMPO_PK na criação da PRIMARY KEY, também poderá


ser uma combinação de campos separados por vírgula.

59
SQL 2016 - Módulo I

O comando será o seguinte, depois de criada a tabela:

ALTER TABLE tabela ADD


CONSTRAINT NomeChavePrimária PRIMARY KEY (CAMPO_PK)

A convenção para dar nome a uma constraint do tipo chave primária é PK_NomeTabela,
ou seja, PK (abreviação de PRIMARY KEY) seguido do nome da tabela para a qual
estamos criando a chave primária.

2.6.2.2. UNIQUE
Além do(s) campo(s) que forma(m) a PRIMARY KEY, pode ocorrer de termos outras
colunas que não possam aceitar dados em duplicidade. Nesse caso, usaremos a
constraint UNIQUE.

As colunas nas quais são definidas constraints UNIQUE permitem a inclusão de valores
nulos, desde que seja apenas um valor nulo por coluna.

•• Exemplos

Na tabela CLIENTES Campos CPF, RG e E-mail


Na tabela TIPOS_PRODUTO Descrição do tipo de produto
Na tabela UNIDADES_MEDIDA Descrição da unidade de medida

•• Comando

CREATE TABLE tabela


(
...
CAMPO_UNICO tipo NOT NULL,
...,
...,
CONSTRAINT NomeUnique UNIQUE (CAMPO_UNICO) )

Onde usamos o termo CAMPO_UNICO na criação da UNIQUE, também poderá ser


uma combinação de campos separados por vírgula.

O comando será o seguinte, depois de criada a tabela:

ALTER TABLE tabela ADD


CONSTRAINT NomeUnique UNIQUE (CAMPO_UNICO)

O nome da constraint deve ser sugestivo, como UQ_NomeTabela_NomeCampoUnico.

60
Criando um banco de dados 2
2.6.2.3. CHECK
Nesse tipo de constraint, criamos uma condição (semelhante às usadas com a cláusula
WHERE) para definir a integridade de um ou mais campos de uma tabela.

•• Exemplo

Tabela CLIENTES Data Nascimento < Data Atual


Data Inclusão <= Data Atual
Data Nascimento < Data Inclusão
Tabela PRODUTOS Preço Venda >= 0
Preço Compra >= 0
Preço Venda >= Preço Compra
Data Inclusão <= Data Atual

•• Comando

CREATE TABLE tabela


(
...,
...,
CONSTRAINT NomeCheck CHECK (Condição) )

O comando será o seguinte, depois de criada a tabela:

ALTER TABLE tabela ADD


CONSTRAINT NomeCheck CHECK (Condição)

O nome da constraint deve ser sugestivo, como CH_NomeTabela_DescrCondicao.

2.6.2.4. DEFAULT
Normalmente, quando inserimos dados em uma tabela, as colunas para as quais não
fornecemos valor terão, como conteúdo, NULL. Ao definirmos uma constraint do tipo
DEFAULT para uma determinada coluna, este valor será atribuído a ela quando o
INSERT não fornecer valor.

•• Exemplo

Tabela PESSOAS Data Inclusão DEFAULT Data Atual


Sexo DEFAULT 'M'

•• Comando

CREATE TABLE tabela


(
...,
CAMPO_DEFAULT tipo [NOT NULL] DEFAULT valorDefault,
...,
)

61
SQL 2016 - Módulo I

O comando será o seguinte, depois de criada a tabela:

ALTER TABLE tabela ADD


CONSTRAINT NomeDefault DEFAULT (valorDefault) FOR CAMPO_DEFAULT

2.6.2.5. FOREIGN KEY (chave estrangeira)


É chamado de chave estrangeira ou FOREIGN KEY o campo da tabela DETALHE que
se relaciona com a chave primária da tabela MESTRE.

Tabela MESTRE
TB_DEPARTAMENTO

Tabela DETALHE
TB_EMPREGADO

Observando a figura, notamos que o campo COD_DEPTO da tabela TB_EMPREGADO


(detalhe) é chave estrangeira, pois se relaciona com COD_DEPTO (chave primária) da
tabela TB_DEPARTAMENTO (mestre).

Podemos ter essa mesma estrutura sem termos criado uma chave estrangeira, embora
a chave estrangeira garanta a integridade referencial dos dados, ou seja, com a chave
estrangeira, será impossível existir um registro de TB_EMPREGADO com um COD_
DEPTO inexistente em TB_DEPARTAMENTO. Quando procurarmos o COD_DEPTO
do empregado em TB_DEPARTAMENTO, sempre encontraremos correspondência.

Se a tabela MESTRE não possuir uma chave primária, não será possível criar uma
chave estrangeira apontando para ela.

62
Criando um banco de dados 2
Para criarmos uma chave estrangeira, temos que considerar as seguintes informações
envolvidas:

•• A tabela DETALHE;

•• O campo da tabela DETALHE que se relaciona com a tabela MESTRE;

•• A tabela MESTRE;

•• O campo chave primária da tabela mestre.

O comando para a criação de uma chave estrangeira é o seguinte:

CREATE TABLE tabelaDetalhe


(
...,
CAMPO_FK tipo [NOT NULL],
...,
CONSTRAINT NomeChaveEstrangeira FOREIGN KEY(CAMPO_FK)
REFERENCES tabelaMestre(CAMPO_PK_TABELA_MESTRE)
)

Ou utilize o seguinte comando depois de criada a tabela:

ALTER TABLE tabelaDetalhe ADD


CONSTRAINT NomeChaveEstrangeira FOREIGN KEY(CAMPO_FK)
REFERENCES tabelaMestre(CAMPO_PK_TABELA_MESTRE)

2.6.3. Criando constraints
A seguir, veremos como criar constraints com o uso de CREATE TABLE e ALTER
TABLE, bem como criá-las graficamente a partir da interface do SQL Server Management
Studio.

2.6.3.1. Criando constraints com CREATE TABLE


A seguir, temos um exemplo de criação de constraints com o uso de CREATE TABLE:

1. Primeiramente, crie o banco de dados TESTE_CONSTRAINT:

CREATE DATABASE TESTE_CONSTRAINT;


GO
USE TESTE_CONSTRAINT;

63
SQL 2016 - Módulo I

2. Agora, crie a tabela TB_TIPO_PRODUTO com os tipos (categorias) de produto:

-- Tabela de tipos (categorias) de produto


CREATE TABLE TB_TIPO_PRODUTO
( COD_TIPO INT IDENTITY NOT NULL,
TIPO VARCHAR(30) NOT NULL,
-- Convenção de nome: PK_NomeTabela
CONSTRAINT PK_TB_TIPO_PRODUTO PRIMARY KEY (COD_TIPO),
-- Convenção De nome: UQ_NomeTabela_NomeCampo
CONSTRAINT UQ_TB_TIPO_PRODUTO_TIPO UNIQUE( TIPO ) );

3. Em seguida, teste a constraint UNIQUE criada:

-- Testando a constraint UNIQUE


INSERT TB_TIPO_PRODUTO VALUES ('MOUSE');
INSERT TB_TIPO_PRODUTO VALUES ('PEN-DRIVE');
INSERT TB_TIPO_PRODUTO VALUES ('HARD DISK');
-- Ao tentar inserir, o SQL gera um erro de violação de
-- constraint UNIQUE
INSERT TB_TIPO_PRODUTO VALUES ('HARD DISK');

4. O próximo passo é criar a tabela de produtos (TB_PRODUTO):

-- Tabela de TB_PRODUTO
CREATE TABLE TB_PRODUTO
( ID_PRODUTO INT IDENTITY NOT NULL,
DESCRICAO VARCHAR(50),
COD_TIPO INT,
PRECO_CUSTO NUMERIC(10,2),
PRECO_VENDA NUMERIC(10,2),
QTD_REAL NUMERIC(10,2),
QTD_MINIMA NUMERIC(10,2),
DATA_CADASTRO DATETIME DEFAULT GETDATE(),
SN_ATIVO CHAR(1) DEFAULT 'S',
CONSTRAINT PK_TB_PRODUTO PRIMARY KEY( ID_PRODUTO ),
CONSTRAINT UQ_TB_PRODUTO_DESCRICAO UNIQUE( DESCRICAO ),

CONSTRAINT CK_TB_PRODUTO_PRECOS
CHECK( PRECO_VENDA >= PRECO_CUSTO ),
CONSTRAINT CK_TB_PRODUTO_DATA_CAD
CHECK( DATA_CADASTRO <= GETDATE() ),
CONSTRAINT CK_TB_PRODUTO_SN_ATIVO
CHECK( SN_ATIVO IN ('N','S') ),
-- Convenção de nome: FK_TabelaDetalhe_TabelaMestre
CONSTRAINT FK_TB_PRODUTO_TIPO_PRODUTO
FOREIGN KEY (COD_TIPO)
REFERENCES TB_TIPO_PRODUTO (COD_TIPO) );

64
Criando um banco de dados 2
5. Veja um modelo para a criação de chave estrangeira:

-- Criação de chave estrangeira

-- CONSTRAINT FK_TabelaDetalhe_TabelaMestre
-- FOREIGN KEY (campoTabelaDetalhe)
-- REFERENCES TabelaMestre( campoPK_TabelaMestre )

6. Feito isso, teste a constraint DEFAULT criada anteriormente. A sequência de código


adiante gera os valores para os campos DATA_CADASTRO e SN_ATIVO que não
foram mencionados no INSERT:

INSERT TB_PRODUTO
(DESCRICAO, COD_TIPO, PRECO_CUSTO, PRECO_VENDA,
QTD_REAL, QTD_MINIMA)
VALUES ('TESTANDO INCLUSAO', 1, 10, 12, 10, 5 );
--
SELECT * FROM TB_PRODUTO;

7. No código seguinte, teste a constraint UNIQUE:

-- Gera erro, pois viola a constraint UNIQUE


INSERT TB_PRODUTO
(DESCRICAO, COD_TIPO, PRECO_CUSTO, PRECO_VENDA,
QTD_REAL, QTD_MINIMA)
VALUES ('TESTANDO INCLUSAO', 10, 10, 12, 10, 5 );

8. No próximo código, teste a constraint FOREIGN KEY:

-- Gera um erro, pois viola a constraint FOREIGN KEY


INSERT TB_PRODUTO
(DESCRICAO, COD_TIPO, PRECO_CUSTO, PRECO_VENDA,
QTD_REAL, QTD_MINIMA)
VALUES ('TESTANDO INCLUSAO 2', 10, 10, 12, 10, 5 );

9. Por fim, o código adiante testa a constraint CHECK:

-- Gera um erro, pois viola a constraint CHECK –


-- (CK_PRODUTO_PRECOS)
INSERT TB_PRODUTO
(DESCRICAO, COD_TIPO, PRECO_CUSTO, PRECO_VENDA,
QTD_REAL, QTD_MINIMA)
VALUES ('TESTANDO INCLUSAO 2', 1, 14, 12, 10, 5 );

65
SQL 2016 - Módulo I

2.6.3.2. Criando constraints com ALTER TABLE


O exemplo a seguir demonstra a criação de constraints utilizando ALTER TABLE:

USE TESTE_CONSTRAINT;

DROP TABLE TB_PRODUTO


GO
DROP TABLE TB_TIPO_PRODUTO
GO
-- Criação da tabela TIPO_PRODUTO
CREATE TABLE TB_TIPO_PRODUTO
( COD_TIPO INT IDENTITY NOT NULL,
TIPO VARCHAR(30) NOT NULL );
-- Criando as constraints com ALTER TABLE
ALTER TABLE TB_TIPO_PRODUTO ADD
CONSTRAINT PK_TIPO_PRODUTO PRIMARY KEY (COD_TIPO);

ALTER TABLE TB_TIPO_PRODUTO ADD


CONSTRAINT UQ_TIPO_PRODUTO_TIPO UNIQUE( TIPO );

-- Criando a tabela PRODUTOS


CREATE TABLE TB_PRODUTO
( ID_PRODUTO INT IDENTITY NOT NULL,
DESCRICAO VARCHAR(50),
COD_TIPO INT,
PRECO_CUSTO NUMERIC(10,2),
PRECO_VENDA NUMERIC(10,2),
QTD_REAL NUMERIC(10,2),
QTD_MINIMA NUMERIC(10,2),
DATA_CADASTRO DATETIME,
SN_ATIVO CHAR(1) );

-- Criando as constraints com ALTER TABLE


ALTER TABLE TB_PRODUTO ADD
CONSTRAINT PK_TB_PRODUTO PRIMARY KEY( ID_PRODUTO );

ALTER TABLE TB_PRODUTO ADD


CONSTRAINT UQ_TB_PRODUTO_DESCRICAO UNIQUE( DESCRICAO );

-- Criando várias constraints em um único ALTER TABLE


ALTER TABLE TB_PRODUTO ADD
CONSTRAINT CK_TB_PRODUTO_PRECOS
CHECK( PRECO_VENDA >= PRECO_CUSTO ),
CONSTRAINT CK_TB_PRODUTO_DATA_CAD
CHECK( DATA_CADASTRO <= GETDATE() ),
CONSTRAINT CK_TB_PRODUTO_SN_ATIVO
CHECK( SN_ATIVO IN ('N','S') ),
CONSTRAINT FK_TB_PRODUTO_TIPO_PRODUTO
FOREIGN KEY (COD_TIPO)
REFERENCES TB_TIPO_PRODUTO (COD_TIPO),
CONSTRAINT DF_TB_PRODUTO_SN_ATIVO DEFAULT ('S') FOR SN_ATIVO,
CONSTRAINT DF_TB_PRODUTO_DATA_CADASTRO DEFAULT (GETDATE())
FOR DATA_CADASTRO;

66
Criando um banco de dados 2
2.6.3.3. Criando constraints graficamente
O exemplo a seguir demonstra a criação de constraints graficamente. Primeiramente,
crie as tabelas TIPO_PRODUTO e PRODUTOS no banco de dados TESTE_CONSTRAINT:

USE TESTE_CONSTRAINT;

DROP TABLE TB_PRODUTO


GO
DROP TABLE TB_TIPO_PRODUTO
GO
-- Criação da tabela TIPO_PRODUTO
CREATE TABLE TB_TIPO_PRODUTO
( COD_TIPO INT IDENTITY NOT NULL,
TIPO VARCHAR(30) NOT NULL );

-- Criando a tabela PRODUTO


CREATE TABLE TB_PRODUTOS
( ID_PRODUTO INT IDENTITY NOT NULL,
DESCRICAO VARCHAR(50),
COD_TIPO INT,
PRECO_CUSTO NUMERIC(10,2),
PRECO_VENDA NUMERIC(10,2),
QTD_REAL NUMERIC(10,2),
QTD_MINIMA NUMERIC(10,2),
DATA_CADASTRO DATETIME,
SN_ATIVO CHAR(1) );

Depois, realize os seguintes passos:

1. No Object Explorer, selecione o banco de dados TESTE_CONSTRAINT e abra os


subitens do banco;

67
SQL 2016 - Módulo I

2. Clique com o botão direito do mouse no item Database Diagrams e selecione a


opção New Database Diagram;

3. Na caixa de diálogo exibida, clique em Yes (Sim);

68
Criando um banco de dados 2
4. Uma janela com os nomes das tabelas existentes no banco de dados será exibida.
Selecione as duas tabelas, clique em Add (Adicionar) e, depois, em Close (Fechar).
Note que as tabelas aparecerão na área de desenho do diagrama;

5. Clique com o botão direito do mouse no campo COD_TIPO da tabela TB_TIPO_


PRODUTO e selecione a opção Set Primary Key (Definir Chave Primária);

69
SQL 2016 - Módulo I

6. Clique com o botão direito do mouse no campo ID_PRODUTO da tabela TB_


PRODUTO e selecione a opção Set Primary Key (Definir Chave Primária). Com isso,
serão criadas as chaves primárias das duas tabelas;

7. Para criar a chave única (UNIQUE CONSTRAINT), selecione a tabela TB_TIPO_


PRODUTO, clique com o botão direito do mouse sobre ela e clique na opção Indexes/
Keys... (Índices/Chaves...) para abrir a caixa de diálogo Indexes/Keys;

70
Criando um banco de dados 2
8. Clique no botão Add (Adicionar);

9. Altere as propriedades Type (Tipo) para Unique Key (Chave Exclusiva) e Columns
(Colunas) para TIPO;

71
SQL 2016 - Módulo I

10. Altere as propriedades Name (Nome) para UQ_TB_TIPO_PRODUTO_TIPO. Depois,


clique em Close (Fechar);

72
Criando um banco de dados 2

11. Para criar as constraints CHECK, clique com o botão direito do mouse sobre
a tabela TB_PRODUTO e selecione a opção Check Constraints... (Restrições de
Verificação...);

73
SQL 2016 - Módulo I

12. Na caixa de diálogo que é aberta, clique no botão Add e depois altere as seguintes
propriedades:

13. Para definir os valores default (padrão) de cada campo, clique com o botão direito
do mouse na tabela TB_PRODUTO, selecione Table View (Exibição da Tabela...) e
depois Modify Custom View (Modificar Personalização);

74
Criando um banco de dados 2
14. Na janela aberta, selecione as colunas Condensed Type e Nullable e remova-as
clicando no botão <. Em seguida, adicione a coluna Default Value clicando no botão
>. Feche a janela clicando em OK;

15. Para exibir os valores padrão, clique com o botão direito do mouse sobre a tabela
TB_PRODUTO, selecione Table View e clique na opção Custom. Por fim, informe o
valor padrão ao lado do nome do campo DATA_CADASTRO e SN_ATIVO;

75
SQL 2016 - Módulo I

16. Para definir a chave estrangeira, selecione o campo COD_TIPO da tabela TB_
PRODUTO e arraste-o até o campo COD_TIPO da tabela TIPO_PRODUTO.

76
Criando um banco de dados 2
Pontos principais
Atente para os tópicos a seguir. Eles devem ser estudados com muita atenção,
pois representam os pontos mais importantes do capítulo.

•• Os objetos que fazem parte de um sistema são criados dentro de um objeto


denominado database, ou seja, uma estrutura lógica formada por dois tipos de
arquivo: um responsável pelo armazenamento de dados e outro que armazena
as transações feitas. Para que um banco de dados seja criado no SQL Server, é
necessário utilizar a instrução CREATE DATABASE;

•• Os dados de um sistema são armazenados em objetos denominados tabelas


(tables). Cada uma das colunas de uma tabela refere-se a um atributo associado
a uma determinada entidade. A instrução CREATE TABLE deve ser utilizada
para criar tabelas dentro de bancos de dados já existentes;

•• Cada elemento, como uma coluna, uma variável ou uma expressão, possui um
tipo de dado. O tipo de dado especifica o tipo de valor que o objeto pode
armazenar, como números inteiros, texto, data e hora etc.;

•• Normalmente, as tabelas possuem uma coluna contendo valores capazes de


identificar uma linha de forma exclusiva. Essa coluna recebe o nome de chave
primária, cuja finalidade é assegurar a integridade dos dados da tabela;

•• As constraints são objetos utilizados com a finalidade de definir regras referentes


à integridade e à consistência nas colunas das tabelas que fazem parte de um
sistema de banco de dados;

•• Para assegurar a integridade dos dados de uma tabela, o SQL Server oferece
cinco tipos diferentes de constraints: PRIMARY KEY, FOREIGN KEY, UNIQUE,
CHECK e DEFAULT;

•• Cada uma das constraints possui regras de utilização. Uma coluna que é definida
como chave primária, por exemplo, não pode aceitar valores nulos. Em cada
tabela, pode haver somente uma constraint de chave primária;

•• Podemos criar constraints com o uso de CREATE TABLE, ALTER TABLE ou


graficamente (a partir da interface do SQL Server Management Studio).

77
2 Criando um
banco de dados
Teste seus conhecimentos
SQL 2016 - Módulo I

1. Qual dos comandos a seguir cria um banco de dados chamado VENDAS?

☐☐ a) CREATE TABLE VENDAS


☐☐ b) CREATE NEW DATA VENDAS
☐☐ c) CREATE VENDAS DATABASE
☐☐ d) CREATE DATABASE VENDAS
☐☐ e) NEW DATABASE VENDAS

2. Qual das alternativas possui uma afirmação correta a respeito do


seguinte código?

CREATE TABLE TB_ALUNO


(
COD_ALUNO INT IDENTITY PRIMARY KEY,
NOME VARCHAR(40),
DATA_NASCIMENTO DATETIME,
IDADE TINYINT
)

☐ a) A coluna NOME armazenará sempre 40 caracteres, independentemente do


nome inserido nela.
☐ b) A coluna DATA_NASCIMENTO poderá armazenar datas desde o ano 0001
até 9999.
☐ c) A coluna NOME armazenará no máximo 40 caracteres, ocupando apenas a
quantidade de caracteres contida no nome inserido nela.
☐ d) A coluna IDADE poderá armazenar números inteiros no intervalo de -255 até
+255.
☐ e) A coluna COD_ALUNO poderá armazenar números inteiros de -32000 até
+32000.

80
Criando um banco de dados 2
3. Qual das alternativas possui uma afirmação correta a respeito do
seguinte código?

CREATE TABLE TB_ALUNO


(
COD_ALUNO INT IDENTITY PRIMARY KEY,
NOME VARCHAR(40),
DATA_NASCIMENTO DATETIME,
IDADE TINYINT
)

☐ a) A coluna COD_ALUNO será numerada automaticamente pelo SQL-SERVER.


☐ b) A coluna DATA_NASCIMENTO poderá armazenar datas desde o ano 0001
até 9999.
☐ c) Ocorrerá erro na definição da coluna COD_ALUNO porque não existe um tipo
chamado INT, o correto é INTEGER.
☐ d) A coluna IDADE poderá armazenar números inteiros no intervalo de -255 até
+255.
☐ e) A coluna COD_ALUNO poderá armazenar números inteiros de -32000 até
+32000.

4. Qual das alternativas possui uma afirmação correta a respeito do


seguinte código?

CREATE TABLE TB_ALUNO


(
COD_ALUNO INT IDENTITY PRIMARY KEY,
NOME VARCHAR(40),
DATA_NASCIMENTO DATETIME,
IDADE TINYINT
)

☐ a) A coluna DATA_NASCIMENTO poderá armazenar datas desde o ano 0001 até


9999.
☐ b) De acordo com as regras de normalização, a coluna IDADE não deveria fazer
parte da estrutura da tabela, pois é decorrente de um cálculo envolvendo o
campo DATA_NASCIMENTO.
☐ c) Ocorrerá erro na definição da coluna COD_ALUNO porque não existe um tipo
chamado INT, o correto é INTEGER.
☐ d) A coluna IDADE poderá armazenar números inteiros no intervalo de -255 até
+255.
☐ e) A coluna COD_ALUNO poderá armazenar números inteiros de -32000 até
+32000.

81
SQL 2016 - Módulo I

5. Qual tipo de campo é mais adequado para armazenar a quantidade de


pessoas que moram em uma casa?

☐☐ a) CHAR(2)
☐☐ b) INT
☐☐ c) SMALLINT
☐☐ d) TINYINT
☐☐ e) NUMERIC(4,2)

6. Qual tipo de campo é mais adequado para armazenar o preço de um


produto?

☐☐ a) CHAR(8)
☐☐ b) INT
☐☐ c) NUMERIC(8)
☐☐ d) NUMERIC(2,10)
☐☐ e) NUMERIC(10,2)

7. Qual tipo de campo é mais adequado para armazenar o CEP (código de


endereçamento postal)?

☐☐ a) CHAR(8)
☐☐ b) INT
☐☐ c) VARCHAR(8)
☐☐ d) NUMERIC(8)
☐☐ e) NUMERIC(9)

82
2 Criando um
banco de dados
Mãos à obra!
SQL 2016 - Módulo I

Laboratório 1
A – Criando constraints com ALTER TABLE

1. Abra o script chamado Cap02_CRIA_PEDIDOS_VAZIO.sql e execute todo o código.


Isso irá criar um banco de dados chamado PEDIDOS_VAZIO, cuja estrutura é a mesma
do banco de dados PEDIDOS já utilizado;

2. Coloque em uso o banco de dados PEDIDOS_VAZIO;

3. Crie chaves estrangeiras para a tabela TB_PEDIDO:

•• Com TB_CLIENTE;
•• Com TB_VENDEDOR.

4. Crie chaves estrangeiras para a tabela TB_PRODUTO:

•• Com TB_TIPOPRODUTO;
•• Com TB_UNIDADE.

5. Crie chaves estrangeiras para a tabela TB_ITENSPEDIDO:

•• Com TB_PEDIDO;
•• Com TB_PRODUTO;
•• Com TB_COR.

6. Crie uma chave única para o campo UNIDADE da tabela TB_UNIDADE;

7. Crie uma chave única para o campo TIPO da tabela TB_TIPOPRODUTO;

84
Criando um banco de dados 2

8. Crie constraints CHECK para a tabela TB_PRODUTO, considerando os seguintes


aspectos:

•• O preço de venda não pode ser menor que o preço de custo;

•• O preço de custo precisa ser maior que zero;

•• O campo QTD_REAL não pode ser menor que zero.

9. Crie constraints CHECK para a tabela TB_ITENSPEDIDO, considerando os seguintes


aspectos:

•• O campo QUANTIDADE deve ser maior ou igual a um;

•• O campo PR_UNITARIO deve ser maior que zero;

•• O campo DESCONTO não pode ser menor que zero e maior que 10.

10. Crie valores default para TB_PRODUTO, considerando os seguintes aspectos:

•• Zero para PRECO_CUSTO e PRECO_VENDA;

•• Zero para QTD_REAL, QTD_MINIMA e QTD_ESTIMADA;

•• Zero para COD_TIPO e COD_UNIDADE.

85
3 Inserção de
dados

ÃÃ Constantes;
ÃÃ Inserindo dados;
ÃÃ Utilizando TOP em uma instrução INSERT;
ÃÃ OUTPUT.
SQL 2016 - Módulo I

3.1. Constantes
As constantes, ou literais, são informações fixas que, como o nome sugere, não se
alteram no decorrer do tempo. Por exemplo, o seu nome escrito no papel é uma
constante e a sua data de nascimento é outra constante. Existem regras para escrever
constantes no SQL:

•• Constantes de cadeia de caracteres (CHAR e VARCHAR)

São sequências compostas por quaisquer caracteres existentes no teclado. Este tipo
de constante deve ser escrito entre apóstrofos:

'IMPACTA TECNOLOGIA', 'SQL-SERVER', 'XK-1808/2',


'CAIXA D''AGUA'

Se o conteúdo do texto possuir o caractere apóstrofo, ele deve ser colocado duas
vezes, como mostrado em CAIXA D'AGUA.

•• Cadeias de caracteres Unicode

Semelhante ao caso anterior, estas constantes devem ser precedidas pela letra
maiúscula N (identificador):

N'IMPACTA TECNOLOGIA', N'SQL-SERVER', N'XK-1808/2'

•• Constantes binárias

São cadeias de números hexadecimais e apresentam as seguintes características:

•• Não são incluídas entre aspas;


•• Possuem o prefixo 0x.

Veja um exemplo:

0xff, 0x0f, 0x01a0

•• Constantes datetime

Utilizam valores de data incluídos em formatos específicos. Devem ser incluídos entre
aspas simples:

'2009.1.15', '20080115', '01/15/2008', '22:30:10', '2009.1.15


22:30:10'

O formato da data pode variar dependendo de configurações do SQL. Podemos


também utilizar o comando SET DATEFORMAT para definir o formato durante uma
seção de trabalho.

88
Inserção de dados 3
•• Constantes bit

Não incluídas entre aspas, as constantes bit são representadas por 0 ou 1. Uma
constante desse tipo será convertida em 1, caso um número maior do que 1 seja
utilizado.

0, 1

•• Constantes float e real

São constantes representadas por notação científica:

2.53E4 2.53 x 104 2.53 x 10000 25300


4.5E-2 4.5 / 102 4.5 / 100 0.045

•• Constantes integer

São representadas por uma cadeia de números sem pontos decimais e não incluídos
entre aspas. As constantes integer não aceitam números decimais, somente números
inteiros:

1528
817215
5

Nunca utilize o separador de milhar.

•• Constantes decimal

São representadas por cadeias numéricas com ponto decimal e não incluídas entre
aspas:

162.45
5.78

O separador decimal sempre será o ponto, independentemente das configurações


regionais do Windows.

•• Constantes uniqueidentifier

É uma cadeia de caracteres que representa um GUID. Pode ser especificada como uma
cadeia de binários ou em um formato de caracteres:

0xff19966f868b11d0b42d00c04fc964ff
'6F9619FF-8B86-D011-B42D-00C04FC964FF'

89
SQL 2016 - Módulo I

•• Constantes money

São precedidas pelo caractere cifrão ($). Este tipo de dado sempre reserva quatro
posições para a parte decimal. Os algarismos além da quarta casa decimal serão
desprezados.

$1543.56
$12892.6534
$56.275639

No último exemplo, será armazenado apenas 56.2756.

3.2. Inserindo dados
Para acrescentar novas linhas de dados em uma tabela, utilize o comando INSERT,
que possui a seguinte sintaxe:

INSERT [INTO] <nome_tabela>


[ ( <lista_de_colunas> ) ]
{ VALUES ( <lista_de_expressoes1> )
[, (<lista_de_expressoes2>)] [,...] |
<comando_select> }

Em que:

•• <lista_de_colunas>: É uma lista de uma ou mais colunas que receberão dados.


Os nomes das colunas devem ser separados por vírgula e a lista deve estar entre
parênteses;

•• VALUES (<lista_de_espressoes>): Lista de valores que serão inseridos em cada


uma das colunas especificadas em <lista_de_colunas>.

90
Inserção de dados 3
Para inserir uma única linha em uma tabela, o código é o seguinte:

--Caso a tabela não tenha sido criada


CREATE TABLE TB_ALUNO
( COD_ALUNO INT IDENTITY PRIMARY KEY,
NOME VARCHAR(30),
DATA_NASCIMENTO DATETIME,
IDADE TINYINT,
E_MAIL VARCHAR(50),
FONE_RES CHAR(9),
FONE_COM CHAR(9),
FAX CHAR(9),
CELULAR CHAR(9),
PROFISSAO VARCHAR(40),
EMPRESA VARCHAR(50) );
GO

INSERT INTO TB_ALUNO


(NOME, DATA_NASCIMENTO, IDADE, E_MAIL, FONE_RES, FONE_COM, FAX,
CELULAR, PROFISSAO, EMPRESA )
VALUES
('CARLOS MAGNO', '1959.11.12', 53, 'magno@magno.com',
'23456789','23459876','', '998765432',
'ANALISTA DE SISTEMAS', 'IMPACTA TECNOLOGIA');

-- Consultar os dados inseridos na tabela


SELECT * FROM TB_ALUNO;

Podemos inserir várias linhas em uma tabela com o uso de vários comandos INSERT
ou um único:

INSERT INTO TB_ALUNO


(NOME, DATA_NASCIMENTO, IDADE, E_MAIL,
FONE_RES, FONE_COM, FAX, CELULAR, PROFISSAO, EMPRESA)
VALUES
('André da Silva', '1980.1.2', 33, 'andre@silva.com',
'23456789','23459876','', '998765432',
'ANALISTA DE SISTEMAS', 'SOMA INFORMÁTICA'),
('Marcelo Soares', '1983.4.21', 30, 'marcelo@soares.com',
'23456789','23459876','', '998765432',
'INSTRUTOR', 'IMPACTA TECNOLOGIA');

-- Consultar os dados da tabela


SELECT * FROM TB_ALUNO;

91
SQL 2016 - Módulo I

Podemos também fazer INSERT de SELECT:

CREATE TABLE ALUNOS2


( NUM_ALUNO INT,
NOME VARCHAR(30),
DATA_NASCIMENTO DATETIME,
IDADE TINYINT,
E_MAIL VARCHAR(50),
FONE_RES CHAR(8),
FONE_COM CHAR(8),
FAX CHAR(8),
CELULAR CHAR(9),
PROFISSAO VARCHAR(40),
EMPRESA VARCHAR(50) );

INSERT INTO ALUNOS2


SELECT * FROM TB_ALUNO;

Não é necessário determinar os nomes das colunas na sintaxe do comando INSERT


quando os valores forem inseridos na mesma ordem física das colunas no banco
de dados. Já para valores inseridos aleatoriamente, é preciso especificar exatamente
a ordem das colunas. Esses dois modos de utilização do comando INSERT são
denominados INSERT posicional e INSERT declarativo.

3.2.1. INSERT posicional
O comando INSERT é classificado como posicional quando não especifica a lista de
colunas que receberão os dados de VALUES. Nesse caso, a lista de valores precisa
conter todos os campos, exceto o IDENTITY, na ordem física em que foram criadas
no comando CREATE TABLE. Veja o exemplo a seguir:

INSERT INTO TB_ALUNO


VALUES
('MARIA LUIZA', '1997.10.29', 15, 'luiza@luiza.com',
'23456789','23459876','', '998765432',
'ESTUDANTE', 'COLÉGIO MONTE VIDEL');

-- Consultando os dados
SELECT * FROM TB_ALUNO;

92
Inserção de dados 3
3.2.2. INSERT declarativo
O INSERT é classificado como declarativo quando especifica as colunas que receberão
os dados da lista de valores. Veja o próximo exemplo:

INSERT INTO TB_ALUNO


(NOME, DATA_NASCIMENTO, IDADE, E_MAIL,
FONE_RES, FONE_COM, FAX, CELULAR,
PROFISSAO, EMPRESA )
VALUES
('PEDRO PAULO', '1994.2.5', 19, 'pedro@pedro.com',
'23456789','23459876','', '998765432',
'ESTUDANTE', 'COLÉGIO MONTE VIDEL');

-- Consultando os dados
SELECT * FROM TB_ALUNO;

Quando utilizamos a instrução INSERT dentro de aplicativos, stored procedures ou


triggers, deve ser usado o INSERT declarativo, pois, se houver alteração na estrutura
da tabela (inclusão de novos campos), ele continuará funcionando, enquanto que o
INSERT posicional provocará erro.

3.3. Utilizando TOP em uma instrução INSERT


A cláusula TOP em uma instrução INSERT define a quantidade ou a porcentagem
de linhas que serão inseridas em uma tabela. Isso é muito utilizado para preencher
rapidamente tabelas novas com informações existentes.

O exemplo adiante demonstra o uso de TOP em uma instrução INSERT. Criamos a


tabela CLIENTES_MG, copiamos 20 registros da tabela TB_CLIENTE para a tabela
CLIENTES_MG e, por fim, exibimos esta última:

-- Colocar o banco de dados PEDIDOS em uso


USE PEDIDOS;

-- Criar a tabela
CREATE TABLE CLIENTES_MG
( CODIGO INT PRIMARY KEY,
NOME VARCHAR(50),
ENDERECO VARCHAR(60),
BAIRRO VARCHAR(30),
CIDADE VARCHAR(30),
FONE VARCHAR(18) )

-- Copiar 20 registros da tabela TB_CLIENTE


-- para a tabela CLIENTES_MG
INSERT TOP( 20 ) INTO CLIENTES_MG
SELECT CODCLI, NOME, ENDERECO, BAIRRO, CIDADE, FONE1
FROM TB_CLIENTE
WHERE ESTADO = 'MG'

-- Consultar CLIENTES_MG
SELECT * FROM CLIENTES_MG

93
SQL 2016 - Módulo I

O resultado do código anterior é o seguinte:

3.4. OUTPUT
Para verificar se o procedimento executado pelo comando INSERT, DELETE ou
UPDATE foi executado corretamente, podemos utilizar a cláusula OUTPUT existente
nesses comandos. Essa cláusula mostra os dados que o comando afetou.

Usaremos os prefixos deleted ou inserted para acessar os dados de antes ou depois


da operação:

deleted inserted
COMANDO
(antes) (depois)
DELETE SIM NÃO
INSERT NÃO SIM
UPDATE SIM SIM

A cláusula OUTPUT é responsável por retornar resultados com base em linhas que
tenham sido afetadas por uma instrução INSERT, UPDATE, DELETE ou MERGE. Os
resultados retornados podem ser usados por um aplicativo como mensagens, bem
como podem ser inseridos em uma tabela ou variável de tabela.

A cláusula OUTPUT garante que qualquer uma dessas instruções, mesmo que possua
erros, retorne linhas ao cliente. Contudo, é importante ressaltar que o resultado não
deve ser usado caso ocorra um erro ao executar a instrução.

94
Inserção de dados 3
3.4.1. OUTPUT em uma instrução INSERT
Em uma instrução INSERT, a cláusula OUTPUT retorna informações das linhas afetadas
pela instrução, ou seja, linhas inseridas. Isso pode ser útil para retornar o valor de
identidade ou as colunas computadas na instrução. Os resultados retornados também
podem ser usados como mensagens de um aplicativo.

A cláusula OUTPUT não pode ser utilizada em uma instrução INSERT caso o alvo
da instrução seja uma tabela remota, expressão de tabela comum ou visualização.
Também não pode possuir ou ser referenciada por uma constraint FOREIGN KEY.

A seguir, temos um exemplo que demonstra o uso de OUTPUT em uma instrução


INSERT. Primeiramente, vamos criar uma cópia da tabela TB_EMPREGADO chamada
EMP_TEMP:

IF OBJECT_ID('EMP_TEMP','U') IS NOT NULL


DROP TABLE EMP_TEMP;

CREATE TABLE EMP_TEMP


( CODFUN INT PRIMARY KEY,
NOME VARCHAR(30),
COD_DEPTO INT,
COD_CARGO INT,
SALARIO NUMERIC(10,2) );

O próximo passo é inserir dados na tabela criada e exibir os registros inseridos:

INSERT INTO EMP_TEMP OUTPUT INSERTED.*


SELECT CODFUN, NOME, COD_DEPTO, COD_CARGO, SALARIO
FROM TB_EMPREGADO;
GO

Agora, excluiremos todos os registros da tabela EMP_TEMP e, em seguida,


acrescentaremos novos dados e exibiremos algumas colunas:

DELETE FROM EMP_TEMP;

INSERT INTO EMP_TEMP


OUTPUT INSERTED.CODFUN, INSERTED.NOME, INSERTED.COD_DEPTO
SELECT CODFUN, NOME, COD_DEPTO, COD_CARGO, SALARIO
FROM TB_EMPREGADO WHERE COD_DEPTO = 2;
GO

95
SQL 2016 - Módulo I

Depois, declararemos uma variável tabular, acrescentaremos dados e os


armazenaremos na variável criada:

-- Declarar variável tabular


DECLARE @REG_INSERT TABLE ( CODFUN INT,
NOME VARCHAR(30),
COD_DEPTO INT,
COD_CARGO INT,
SALARIO NUMERIC(10,2) );

-- Inserir dados e armazenar em variável tabular


INSERT INTO EMP_TEMP
OUTPUT INSERTED.* INTO @REG_INSERT
SELECT CODFUN, NOME, COD_DEPTO, COD_CARGO, SALARIO
FROM TB_EMPREGADO WHERE COD_DEPTO = 3;

Para exibir os registros inseridos, utilizamos a seguinte instrução:

SELECT * FROM @REG_INSERT;

Já para exibir todos os registros, a instrução utilizada é a seguinte:

SELECT * FROM EMP_TEMP;


GO

96
Inserção de dados 3

Pontos principais
Atente para os tópicos a seguir. Eles devem ser estudados com muita atenção,
pois representam os pontos mais importantes do capítulo.

•• Para acrescentar novas linhas de dados em uma tabela, utilizamos o comando


INSERT;

•• No INSERT posicional não é necessário mencionar o nome dos campos, porém


será obrigatório incluir todos os campos, exceto o campo autonumerável. Já no
INSERT declarativo, os campos deverão ser informados no comando;

•• Podemos restringir a quantidade de inserções do comando por meio da cláusula


TOP;

•• Para auditar e mostrar quais dados foram inseridos, utilizamos a cláusula


OUTPUT.

97
3 Inserção de
Dados
Teste seus conhecimentos
SQL 2016 - Módulo I

1. Quantos registros o comando a seguir inserirá na tabela ALUNOS?

INSERT TB_ALUNO
( NOME, DATA_NASCIMENTO, IDADE, E_MAIL,
FONE_RES, FONE_COM, FAX, CELULAR,
PROFISSAO, EMPRESA)
VALUES
('André da Silva', '1980.1.2', 33, 'andre@silva.com',
'23456789','23459876','', '998765432',
'ANALISTA DE SISTEMAS', 'SOMA INFORMÁTICA'),
('Marcelo Soares', '1983.4.21', 30, 'marcelo@soares.com',
'23456789','23459876','', '998765432',
'INSTRUTOR', 'IMPACTA TECNOLOGIA'),
('MARIA LUIZA', '1997.10.29', 15, 'luiza@luiza.com',
'23456789','23459876','', '998765432',
'ESTUDANTE', 'COLÉGIO MONTE VIDEL');

☐☐ a) 1
☐☐ b) 2
☐☐ c) 3
☐☐ d) Não é possível inserir registros utilizando esse comando.
☐☐ e) Existe um erro de sintaxe, pois é necessário informar a palavra INTO após
o comando INSERT.

2. Qual das alternativas possui uma afirmação correta a respeito do


seguinte código?

INSERT INTO EMP_TEMP OUTPUT DELETED.*


SELECT CODFUN, NOME, COD_DEPTO, COD_CARGO, SALARIO
FROM TB_EMPREGADO;

☐☐ a) Após a inserção, o SQL apresentará os registros inseridos na tabela EMP_TEMP.


☐☐ b) Após a execução do comando, não será apresentada nenhuma informação.
☐☐ c) A sintaxe está errada, pois a cláusula DELETED não é compatível com o INSERT.
☐☐ d) A cláusula OUTPUT está localizada no meio do comando e o correto é no final.
☐☐ e) As alternativas B e D estão corretas.

100
Inserção de Dados 3

3. Qual das alternativas possui uma afirmação correta a respeito do


seguinte código?

INSERT TOP( 20 ) INTO CLIENTES_MG


SELECT CODCLI, NOME, ENDERECO, BAIRRO, CIDADE, FONE1
FROM TB_CLIENTE

☐ a) A sintaxe está errada.


☐ b) A cláusula TOP somente pode ser utilizada no comando SELECT.
☐ c) O comando INSERT realizará a inserção de todos os registros da tabela
TB_CLIENTE.
☐ d) Serão inseridos 20 registros na tabela CLIENTES_MG, a partir da consulta
da tabela TB_CLIENTE.
☐ e) Serão inseridos 20 registros na tabela CLIENTES_MG, a partir da consulta
da tabela TB_CLIENTE, que possuam estado não nulo.

4. Como pode ser classificado o comando INSERT?

☐☐ a) Posicional e Declarativo.
☐☐ b) Declarativo.
☐☐ c) Posicional.
☐☐ d) Interrogativo.
☐☐ e) Nenhuma das alternativas anteriores está correta.

5. Qual afirmação está errada?

☐☐ a) Ao declararmos uma data, é recomendado utilizar o formato 'YYYY-MM-DD'.


☐☐ b) Para valores numéricos, é necessário substituir o sinal de vírgula por ponto.
☐☐ c) Tipos STRING UNICODE devem ser precedidos da letra N.
☐☐ d) Não é possível utilizar um apóstrofo no conteúdo do texto.
☐☐ e) Constantes binárias possuem o prefixo 0x.

101
SQL 2016 - Módulo I

6. Qual dos comandos adiante insere uma linha com dados na tabela
chamada ALUNOS, admitindo-se que a configuração de formato de data
seja 'yyyy.mm.dd'?

COD_ALUNO INT IDENTITY PRIMARY KEY,


NOME VARCHAR(40),
DATA_NASCIMENTO DATETIME,
E_MAIL VARCHAR(100)

☐ a) INSERT INTO ALUNOS (COD_ALUNO, NOME, DATA_NASCIMENTO, E_MAIL)


VALUES (1, 'MAGNO', '1959.11.12', 'magno@magno.com.br')
☐ b) INSERT INTO ALUNOS (COD_ALUNO, NOME, DATA_NASCIMENTO, E_MAIL)
VALUES (1, 'MAGNO', 1959.11.12, 'magno@magno.com.br')
☐ c) INSERT INTO ALUNOS (NOME, DATA_NASCIMENTO, E_MAIL) VALUES
('MAGNO', '1959.11.12', 'magno@magno.com.br')
☐ d) INSERT INTO ALUNOS (NOME, DATA_NASCIMENTO, E_MAIL) VALUES
('MAGNO', 1959.11.12, 'magno@magno.com.br')
☐ e) INSERT INTO ALUNOS (NOME, DATA_NASCIMENTO, E_MAIL) VALUES
(MAGNO, '1959.11.12', 'magno@magno.com.br')

102
3 Inserção de
dados
Mãos à obra!
SQL 2016 - Módulo I

Laboratório 1
A – Criando um banco de dados para administrar as vendas de uma empresa

1. Crie um banco de dados chamado PEDIDOS_VENDA e coloque-o em uso;

2. Nesse banco de dados, crie uma tabela chamada TB_PRODUTO com os seguintes
campos:

Inteiro, autonumeração
Código do produto
e chave primária
Nome do produto Alfanumérico
Código da unid. de medida Inteiro
Código da categoria Inteiro
Quantidade em estoque Numérico
Quantidade mínima Numérico
Preço de custo Numérico
Preço de venda Numérico
Características técnicas Texto longo
Fotografia Binário longo

3. Crie a tabela TB_UNIDADE para armazenar unidades de medida:

Inteiro, autonumeração
Código da unidade
e chave primária
Nome da unidade Alfanumérico

4. Na tabela TB_UNIDADE, insira os seguintes dados: PEÇAS, METROS, QUILOGRAMAS,


DÚZIAS, PACOTE, CAIXA;

104
Inserção de dados 3

5. Crie a tabela TB_CATEGORIA para armazenar as categorias dos produtos:

Inteiro, autonumeração e
Código da categoria
chave primária
Nome da categoria Alfanumérico

6. Na tabela TB_CATEGORIA, insira os seguintes dados: MOUSE, PEN-DRIVE,


MONITOR DE VIDEO, TECLADO, CPU, CABO DE REDE;

7. Insira os produtos a seguir utilizando a cláusula OUTPUT para mostrar os valores


inseridos:

Qtd. Preço Preço


Produto Unidade Categoria Quant.
Mínima Custo Venda
Caneta Azul 1 1 150 40 0,50 0,75
Caneta
1 1 50 40 0,50 0,75
Verde
Caneta
1 1 80 35 0,50 0,75
Vermelha
Lápis 1 1 400 80 0,50 0,80
Régua 1 1 40 10 1,00 1,50

105
4 Consultando
dados

ÃÃ SELECT;
ÃÃ Ordenação de dados;
ÃÃ Filtragem de consultas;
ÃÃ Operadores relacionais;
ÃÃ Operadores lógicos;
ÃÃ Consulta de intervalos com BETWEEN;
ÃÃ Consulta com base em caracteres;
ÃÃ Consulta de valores pertencentes ou não a
uma lista de elementos;
ÃÃ Lidando com valores nulos;
ÃÃ Substituição de valores nulos;
ÃÃ Manipulação de campos do tipo datetime;
ÃÃ Alteração da configuração de idioma a
partir do SSMS.
SQL 2016 - Módulo I

4.1. Introdução
Na linguagem SQL, o principal comando utilizado para a realização de consultas é o
SELECT. Por meio dele, torna-se possível consultar dados pertencentes a uma ou mais
tabelas de um banco de dados.

No decorrer deste capítulo, serão apresentadas as técnicas de utilização do comando


SELECT, bem como algumas diretrizes para a realização de diferentes tipos de
consultas SQL.

Para que possamos fazer exemplos que demonstrem as técnicas mais apuradas de
consulta, precisamos ter um banco de dados com um volume razoável de informações
já cadastradas.

Siga os passos adiante:

1. No Object Explorer, clique com o botão direito do mouse sobre o item Databases
e selecione a opção Attach:

108
Consultando dados 4

2. Na próxima tela, clique no botão Add:

109
SQL 2016 - Módulo I

3. Em seguida, procure a pasta Dados e selecione o arquivo PEDIDOS_TABELAS.MDF:

4. Confirme a operação clicando no botão OK.

Observe que o banco de dados aparecerá no Object Explorer. Neste banco, foram
criados dois diagramas que mostram as tabelas existentes nele. Você conseguirá
visualizar o diagrama executando um duplo-clique sobre o nome:

110
Consultando dados 4
•• DIAGRAMA DE PEDIDOS

111
SQL 2016 - Módulo I

•• DIAGRAMA DE EMPREGADOS

4.2. SELECT
O comando SELECT pertence ao grupo de comandos denominado DML (Data
Manipulation Language, ou Linguagem de Manipulação de Dados), que é composto de
comandos para consulta (SELECT), inclusão (INSERT), alteração (UPDATE) e exclusão
de dados de tabela (DELETE).

A sintaxe de SELECT, com seus principais argumentos e cláusulas, é exibida a seguir:

SELECT [DISTINCT] [TOP (N) [PERCENT] [WITH TIES]] <lista_de_colunas>


[INTO <nome_tabela>]
 FROM tabela1 [JOIN tabela2 ON expressaoJoin [, JOIN tabela3 ON ex-
prJoin [,...]]]
[WHERE <condicaoFiltroLinhas>]
[GROUP BY <listaExprGrupo> [HAVING <condicaoFiltroGrupo>]]
[ORDER BY <campo1> {[DESC] | [ASC]} [, <campo2> {[DESC] | [ASC]}
[,...]]]

Em que:

•• [DISTINCT]: Palavra que especifica que apenas uma única instância de cada
linha faça parte do conjunto de resultados. DISTINCT é utilizada com o objetivo
de evitar a existência de linhas duplicadas no resultado da seleção;

•• [TOP (N) [PERCENT] [WITH TIES]]: Especifica que apenas um primeiro conjunto
de linhas ou uma porcentagem de linhas seja retornado. N pode ser um número
ou porcentagem de linhas;

112
Consultando dados 4
•• <lista_de_colunas>: Colunas que serão selecionadas para o conjunto de
resultados. Os nomes das colunas devem ser separados por vírgulas. Caso tais
nomes não sejam especificados, todas as colunas serão consideradas na seleção;

•• [INTO nome_tabela]: nome_tabela é o nome de uma nova tabela a ser criada


com base nas colunas especificadas em <lista_de_colunas> e nas linhas
especificadas por meio da cláusula WHERE;

•• FROM tabela1 [JOIN tabela2 ON exprJoin [, JOIN tabela3 ON exprJoin [,...]]]:

•• A cláusula FROM define tabelas utilizadas no SELECT;

•• expressaoJoin é a expressão necessária para relacionar as tabelas da


cláusula FROM;

•• tabela1, tabela2... são as tabelas que possuem os valores utilizados na


condição de filtragem <condicaoFiltroLinhas>.

•• [WHERE <condicaoFiltroLinhas>]: A cláusula WHERE aplica uma condição de


filtro que determinará quais linhas farão parte do resultado. Essa condição é
especificada em <condicaoFiltroLinhas>;

•• [GROUP BY <listaExprGrupo>:

•• A cláusula GROUP BY agrupa uma quantidade de linhas em um conjunto


de linhas. Nele, as linhas são resumidas por valores de uma ou várias
colunas ou expressões;

•• <listaExprGrupo> representa a expressão na qual será realizada a


operação por GROUP BY.

•• [HAVING <condicaoFiltroGrupo>]]: A cláusula HAVING define uma condição


de busca para o grupo de linhas a ser retornado por GROUP BY;

•• [ORDER BY <campo1> {[DESC] | [ASC]} [, <campo2> {[DESC] | [ASC]} [,...]]]:

•• A cláusula ORDER BY é utilizada para determinar a ordem em que os


resultados são retornados;

•• Já campo1, campo2 são as colunas utilizadas na ordenação dos resultados.

•• {[DESC]/[ASC]}: ASC determina que os valores das colunas especificadas em


campo1, campo2 sejam retornados em ordem ascendente, enquanto DESC
retorna esses valores em ordem descendente. As duas opções são opcionais e
a barra indica que são excludentes entre si, ou seja, não podem ser utilizadas
simultaneamente. As chaves indicam um grupo excludente de opções. Se
nenhuma delas for utilizada, ASC será assumido.

113
SQL 2016 - Módulo I

Para consultar uma lista de colunas de uma determinada tabela em um banco de


dados, basta utilizar a seguinte sintaxe:

SELECT <lista_de_colunas> FROM <tabela>

Em que:

•• <lista_de_colunas>: Representa o nome da coluna ou colunas a serem


selecionadas. Quando a consulta envolve mais de uma coluna, elas deverão ser
separadas por vírgula;

•• <tabela>: É o nome da tabela a partir de onde será feita a consulta.

Para especificar o banco de dados de origem das tabelas, a partir do qual as informações
serão consultadas, utilize a instrução USE seguida pelo nome do banco de dados, da
seguinte maneira:

USE <nome_banco_de_dados>

Essa instrução deve ser especificada na parte inicial da estrutura de código,


anteriormente às instruções destinadas à consulta. Os exemplos adiante demonstrarão
como utilizá-la junto ao SELECT.

4.2.1. Consultando todas as colunas


O código a seguir consulta todas as colunas da tabela TB_EMPREGADO do banco de
dados PEDIDOS:

USE PEDIDOS;
SELECT * FROM TB_EMPREGADO;

114
Consultando dados 4
4.2.2. Consultando colunas específicas
Para consultar colunas específicas de uma tabela, deve-se especificar o(s) nome(s)
da(s) coluna(s), como mostrado adiante:

SELECT <Coluna1, Coluna2, ...> FROM <tabela>

O código a seguir consulta todas as colunas da tabela TB_EMPREGADO:

A C

•• A - Efeito do comando USE PEDIDOS. Também é possível selecionar o banco de


dados por aqui;

•• B - Instrução que queremos executar. É necessário selecionar o comando antes


de executar;

•• C - Botão que executa o comando selecionado. É importante saber que se nada


estiver selecionado, o SQL tentará executar todos os comandos do script;

•• D - Resultado da execução do comando SELECT.

Veja o seguinte exemplo, em que é feita a consulta nas colunas CODFUN, NOME e
SALARIO da tabela TB_EMPREGADO:

SELECT CODFUN, NOME, SALARIO FROM TB_EMPREGADO;

115
SQL 2016 - Módulo I

Confira o resultado:

O próximo exemplo efetua cálculos gerando colunas virtuais (não existentes


fisicamente nas tabelas):

SELECT CODFUN, NOME, SALARIO, SALARIO * 1.10


FROM TB_EMPREGADO;

Veja o resultado:

Observe que não existe identificação para a coluna calculada.

4.2.3. Redefinindo os identificadores de coluna


com uso de alias
O nome de uma coluna ou tabela pode ser substituído por uma espécie de apelido,
que é criado para facilitar a visualização. Esse apelido é chamado de alias.

Costuma-se utilizar a cláusula AS a fim de facilitar a identificação do alias, no entanto,


não é uma obrigatoriedade. A sintaxe para a utilização de alias é descrita a seguir:

SELECT <Coluna1> [[AS] <nome_alias>],


<Coluna2> [[AS] <nome_alias>] [,...]
FROM <tabela>

Vejamos os seguintes exemplos de consulta com uso de alias:

116
Consultando dados 4
•• Definindo um título para a coluna calculada

SELECT CODFUN, NOME, SALARIO,


SALARIO * 1.10 AS SALARIO_MAIS_10_POR_CENTO
FROM TB_EMPREGADO;

Confira o resultado:

Na verdade, qualquer coluna da tabela pode receber um alias:

SELECT CODFUN AS Codigo,


NOME AS Nome, SALARIO AS Salario
FROM TB_EMPREGADO;

Se o alias contiver caracteres como espaço, ou outros caracteres especiais, o SQL gera
erro, a não ser que este nome seja delimitado por colchetes, apóstrofo ou aspas:

SELECT CODFUN AS Codigo, NOME AS Nome, SALARIO AS Salario,


DATA_ADMISSAO AS [Data de Admissão]
FROM TB_EMPREGADO;
-- ou
SELECT CODFUN AS Codigo, NOME AS Nome, SALARIO AS Salario,
DATA_ADMISSAO AS 'Data de Admissão'
FROM TB_EMPREGADO;
-- ou
SELECT CODFUN AS Codigo, NOME AS Nome, SALARIO AS Salario,
DATA_ADMISSAO AS "Data de Admissão"
FROM TB_EMPREGADO;

-- Campo calculado
SELECT CODFUN AS Codigo,
NOME AS Nome,
SALARIO AS Salario,
SALARIO * 1.10 [Salário com 10% de Aumento]
FROM TB_EMPREGADO

117
SQL 2016 - Módulo I

4.3. Ordenando dados
Utilizamos a cláusula ORDER BY em conjunto com o comando SELECT para retornar
os dados em uma determinada ordem.

4.3.1. Retornando linhas na ordem ascendente


A cláusula ORDER BY pode ser utilizada com a opção ASC, que faz com que as linhas
sejam retornadas em ordem ascendente.

Vejamos um exemplo:

SELECT * FROM TB_EMPREGADO ORDER BY NOME;


SELECT * FROM TB_EMPREGADO ORDER BY NOME ASC;
SELECT * FROM TB_EMPREGADO ORDER BY SALARIO;
SELECT * FROM TB_EMPREGADO ORDER BY SALARIO ASC;

SELECT * FROM TB_EMPREGADO ORDER BY DATA_ADMISSAO;

4.3.2. Retornando linhas na ordem descendente


A cláusula ORDER BY pode ser utilizada com a opção DESC, a qual faz com que as
linhas sejam retornadas em ordem descendente.

Vejamos um exemplo:

SELECT * FROM TB_EMPREGADO ORDER BY NOME DESC;


SELECT * FROM TB_EMPREGADO ORDER BY SALARIO DESC;
SELECT * FROM TB_EMPREGADO ORDER BY DATA_ADMISSAO DESC;

Caso não especifiquemos ASC ou DESC, os dados da tabela serão retornados em


ordem ascendente.

118
Consultando dados 4
4.3.3. Ordenando por nome, alias ou posição
É possível utilizar a cláusula ORDER BY para ordenar dados retornados. Para isso,
utilizamos como identificação da coluna a ser ordenada o seu próprio nome físico
(caso exista), o seu alias ou a posição em que aparece na lista do SELECT.

•• Usando o alias ou a posição da coluna como identificação do campo ordenado

-- Pela coluna SALARIO


SELECT CODFUN AS Código,
NOME AS Nome,
SALARIO AS Salário,
SALARIO * 1.10 [Salário com 10% de aumento]
FROM TB_EMPREGADO
ORDER BY Salário;

-- Idem ao anterior
SELECT CODFUN AS Código,
NOME AS Nome,
SALARIO AS Salário,
SALARIO * 1.10 [Salário com 10% de aumento]
FROM TB_EMPREGADO
ORDER BY 3;

-- Pela coluna SALARIO * 1.10


SELECT CODFUN AS Código,
NOME AS Nome,
SALARIO AS Salário,
SALARIO * 1.10 [Salário com 10% de aumento]
FROM TB_EMPREGADO
ORDER BY [Salário com 10% de Aumento];

-- Idem ao anterior
SELECT CODFUN AS Código,
NOME AS Nome,
SALARIO AS Salário,
SALARIO * 1.10 [Salário com 10% de aumento]
FROM TB_EMPREGADO
ORDER BY 4;

Vejamos outro exemplo de retorno de dados de acordo com o nome da coluna:

SELECT CODFUN, NOME, DATA_ADMISSAO, SALARIO


FROM TB_EMPREGADO
ORDER BY SALARIO;
--
SELECT CODFUN, NOME, DATA_ADMISSAO, SALARIO
FROM TB_EMPREGADO
ORDER BY DATA_ADMISSAO;

119
SQL 2016 - Módulo I

•• Ordenando por várias colunas

Quando a coluna ordenada contém informação repetida, essa informação formará


grupos. Observe o exemplo:

SELECT COD_DEPTO, NOME, DATA_ADMISSAO, SALARIO


FROM TB_EMPREGADO
ORDER BY COD_DEPTO;

Nesse caso, pode ser útil ordenar outra coluna dentro do grupo formado pela primeira:

SELECT COD_DEPTO, NOME, DATA_ADMISSAO, SALARIO


FROM TB_EMPREGADO
ORDER BY COD_DEPTO, NOME;

120
Consultando dados 4
Note que, dentro de cada departamento, os dados estão ordenados pela coluna NOME:

--
SELECT COD_DEPTO, NOME, DATA_ADMISSAO, SALARIO
FROM TB_EMPREGADO
ORDER BY COD_DEPTO, SALARIO;
--
SELECT COD_DEPTO, NOME, DATA_ADMISSAO, SALARIO
FROM TB_EMPREGADO
ORDER BY COD_DEPTO, DATA_ADMISSAO;
-- Continua valendo o uso do "alias" ou da posição da
-- coluna
SELECT COD_DEPTO, NOME, DATA_ADMISSAO, SALARIO
FROM TB_EMPREGADO
ORDER BY 1, 3;

O uso da opção DESC (ordenação descendente) é independente para cada coluna no


ORDER BY:

SELECT COD_DEPTO, NOME, DATA_ADMISSAO, SALARIO


FROM TB_EMPREGADO
ORDER BY COD_DEPTO DESC, SALARIO;
--
SELECT COD_DEPTO, NOME, DATA_ADMISSAO, SALARIO
FROM TB_EMPREGADO
ORDER BY COD_DEPTO, SALARIO DESC;
--
SELECT COD_DEPTO, NOME, DATA_ADMISSAO, SALARIO
FROM TB_EMPREGADO
ORDER BY COD_DEPTO DESC, SALARIO DESC;

4.3.4. ORDER BY com TOP


A cláusula TOP mostra as N primeiras linhas de um SELECT, no entanto, se a usarmos
sem a cláusula ORDER BY, o resultado ficará sem sentido. Vejamos o exemplo:

-- Lista os 5 primeiros empregados de acordo com a chave


-- primária
SELECT TOP 5 * FROM TB_EMPREGADO;

Não sabemos quem são esses cinco funcionários listados. Provavelmente, são os
primeiros a serem inseridos na tabela TB_EMPREGADO, mas nem isso podemos
afirmar com certeza.

121
SQL 2016 - Módulo I

Já nos exemplos a seguir, conseguimos compreender o resultado:

-- Lista os 5 empregados mais antigos


SELECT TOP 5 * FROM TB_EMPREGADO
ORDER BY DATA_ADMISSAO;

-- Lista os 5 empregados mais novos


SELECT TOP 5 * FROM TB_EMPREGADO
ORDER BY DATA_ADMISSAO DESC;

-- Lista os 5 empregados que ganham menos


SELECT TOP 5 * FROM TB_EMPREGADO
ORDER BY SALARIO;

-- Lista os 5 empregados que ganham mais


SELECT TOP 5 * FROM TB_EMPREGADO
ORDER BY SALARIO DESC;

4.3.5. ORDER BY com TOP WITH TIES


TOP WITH TIES é permitida apenas em instruções SELECT e quando uma cláusula
ORDER BY é especificada. Indica que se o conteúdo do campo ordenado na última
linha da cláusula TOP se repetir em outras linhas, estas deverão ser exibidas também.

Observe a sequência:

SELECT CODFUN, NOME, SALARIO


FROM TB_EMPREGADO
ORDER BY SALARIO DESC;

122
Consultando dados 4
Esse exemplo lista os empregados em ordem descendente de salário. Note que no
sétimo registro o salário é de 4500.00 e este valor se repete nos cinco registros
seguintes. Se aplicarmos a cláusula TOP 7, qual dos seis funcionários com salário de
4500.00 será mostrado, já que o valor é o mesmo?

-- Listar os 7 funcionários que ganham mais


SELECT TOP 7 CODFUN, NOME, SALARIO
FROM TB_EMPREGADO
ORDER BY SALARIO DESC;

Por qual razão o SQL selecionou o funcionário de CODFUN 7 como último da lista,
se existem outros cinco funcionários com o mesmo salário? Porque ele tem a menor
chave primária.

Na maioria das consultas, quando um fato como esse ocorre (empate na última linha),
o critério para desempate, se houver, dificilmente será pela menor chave primária.
Então, seria interessante que a consulta mostrasse todas as linhas em que o salário
fosse o mesmo da última:

-- Listar os 7 empregados que ganham mais, inclusive


-- aqueles empatados com o último
SELECT TOP 7 WITH TIES CODFUN, NOME, SALARIO FROM TB_EMPREGADO
ORDER BY SALARIO DESC;

123
SQL 2016 - Módulo I

Também podemos usar a cláusula TOP com percentual. A tabela TB_EMPREGADO


possui sessenta linhas, então, se pedirmos pra ver 10% das linhas, deverão aparecer
seis. Confira:

-- Mostrar 10% das linhas da tabela TB_EMPREGADO


SELECT TOP 10 PERCENT CODFUN, NOME, SALARIO FROM TB_EMPREGADO
ORDER BY SALARIO DESC;

São exibidas as seguintes linhas:

4.3.6. Filtrando consultas
O exemplo a seguir demonstra o que vimos até aqui sobre a instrução SELECT:

SELECT [TOP (n) [PERCENT] [WITH TIES]]


<lista_de_colunas>|*
FROM <nome_da_tabela>
[WHERE <criterio_de_filtro>]
[ORDER BY <coluna1> [ASC|DESC] [,<coluna2> [ASC|DESC] [,...]]]

A cláusula WHERE determina um critério de filtro e que somente as linhas que


respeitem esse critério sejam exibidas. A expressão contida no critério de filtro deve
retornar TRUE (verdadeiro) ou FALSE (falso).

124
Consultando dados 4
4.4. Operadores relacionais
A tabela a seguir exibe os operadores relacionais:

Operador Descrição
= Compara, se igual.
<> ou != Compara, se diferentes.
> Compara, se maior que.
< Compara, se menor que.
>= Compara, se maior que ou igual.
<= Compara, se menor que ou igual.

Operadores relacionais sempre terão dois operandos, um à esquerda e outro à sua


direita.

Considere os seguintes exemplos:

•• Mostrando os funcionários com SALÁRIO abaixo de 1000

SELECT CODFUN, NOME, COD_CARGO, SALARIO FROM TB_EMPREGADO


WHERE SALARIO < 1000
ORDER BY SALARIO;

•• Mostrando os funcionários com SALÁRIO acima de 5000

SELECT CODFUN, NOME, COD_CARGO, SALARIO FROM TB_EMPREGADO


WHERE SALARIO > 5000
ORDER BY SALARIO;

•• Mostrando os funcionários com campo COD_DEPTO menor ou igual a 3

SELECT * FROM TB_EMPREGADO


WHERE COD_DEPTO <= 3
ORDER BY COD_DEPTO;

•• Mostrando os funcionários com campo COD_DEPTO igual a 2

SELECT * FROM TB_EMPREGADO


WHERE COD_DEPTO = 2
ORDER BY COD_DEPTO;

125
SQL 2016 - Módulo I

•• Mostrando os funcionários com campo COD_DEPTO diferente de 2

SELECT * FROM TB_EMPREGADO


WHERE COD_DEPTO <> 2
ORDER BY COD_DEPTO;

Embora pareça estranho, os sinais relacionais também podem ser usados para campos
alfanuméricos. Vejamos os seguintes exemplos:

•• Mostrando os funcionários que tenham NOME alfabeticamente maior que


RAQUEL

SELECT CODFUN, NOME, SALARIO


FROM TB_EMPREGADO
WHERE NOME > 'RAQUEL'
ORDER BY NOME;

•• Mostrando os funcionários que tenham NOME alfabeticamente menor que


ELIANA

SELECT CODFUN, NOME, SALARIO


FROM TB_EMPREGADO
WHERE NOME < 'ELIANA'
ORDER BY NOME;

126
Consultando dados 4
4.5. Operadores lógicos
A filtragem de dados em uma consulta também pode ocorrer com a utilização
dos operadores lógicos AND, OR ou NOT, cada qual permitindo uma combinação
específica de expressões, conforme apresentado adiante:

•• O operador AND combina duas expressões e exige que sejam verdadeiras, ou


seja, TRUE;

•• O operador OR verifica se pelo menos uma das expressões retornam TRUE;

•• O operador NOT inverte o resultado lógico da expressão à sua direita, ou seja,


se a expressão é verdadeira ele retorna falso e vice-versa.

Acompanhe os seguintes exemplos:

•• Mostrando funcionários do departamento 2 que ganhem mais de 5000

SELECT * FROM TB_EMPREGADO


WHERE COD_DEPTO = 2 AND SALARIO > 5000;

•• Mostrando funcionários do departamento 2 ou aqueles que ganhem mais


de 5000

SELECT * FROM TB_EMPREGADO


WHERE COD_DEPTO = 2 OR SALARIO > 5000;

É importante saber onde utilizar o AND e o OR. Vamos supor que foi pedido para listar
todos os funcionários do COD_DEPTO igual a 2 e também igual a 5. Se fossemos
escrever o comando exatamente como foi pedido, digitaríamos o seguinte:

SELECT * FROM TB_EMPREGADO


WHERE COD_DEPTO = 2 AND COD_DEPTO = 5;

127
SQL 2016 - Módulo I

No entanto, essa consulta não vai produzir nenhuma linha de resultado. Isso porque um
mesmo empregado não está cadastrado nos departamentos 2 e 5 simultaneamente.
Um empregado está cadastrado ou (OR) no departamento 2 ou (OR) no departamento
5.

Precisamos entender que a pessoa que solicita a consulta está visualizando o resultado
pronto e acaba utilizando "e" (AND) no lugar de "ou" (OR). Sendo assim, é importante
saber que, na execução do SELECT, ele avalia os dados linha por linha. Então, o
correto é o seguinte:

SELECT * FROM TB_EMPREGADO


WHERE COD_DEPTO = 2 OR COD_DEPTO = 5;

Vejamos outros exemplos da utilização de AND e OR:

•• Mostrando funcionários com SALARIO entre 3000 e 5000

SELECT * FROM TB_EMPREGADO


WHERE SALARIO >= 3000 AND SALARIO <= 5000
ORDER BY SALARIO;

•• Mostrando funcionários com SALARIO abaixo de 3000 ou acima de 5000

SELECT * FROM TB_EMPREGADO


WHERE SALARIO < 3000 OR SALARIO > 5000
ORDER BY SALARIO;
-- Também pode ser feito usando o operador NOT. Aqueles
-- que não estão entre 3000 e 5000, estão fora dessa
-- faixa.
SELECT * FROM TB_EMPREGADO
WHERE NOT (SALARIO >= 3000 AND SALARIO <= 5000)
ORDER BY SALARIO;

4.6. Consultando intervalos com BETWEEN


A cláusula BETWEEN permite filtrar dados em uma consulta tendo como base uma
faixa de valores, ou seja, um intervalo entre um valor menor e outro maior. Podemos
utilizá-la no lugar de uma cláusula WHERE com várias expressões contendo os
operadores >= e <= ou interligadas pelo operador OR.

A funcionalidade da cláusula BETWEEN assemelha-se à dos operadores AND, >= e


<=, no entanto, vale considerar que, por meio dela, a consulta torna-se ainda mais
simples de ser realizada.

Os dois comandos a seguir são equivalentes, ou seja, exibem o mesmo resultado:

128
Consultando dados 4
•• Funcionários com SALARIO entre 3000 e 5000

SELECT * FROM TB_EMPREGADO


WHERE SALARIO >= 3000 AND SALARIO <= 5000
ORDER BY SALARIO;

SELECT * FROM TB_EMPREGADO


WHERE SALARIO BETWEEN 3000 AND 5000
ORDER BY SALARIO;

O operador BETWEEN também pode ser usado para dados do tipo data ou alfanuméricos:

SELECT * FROM TB_EMPREGADO


WHERE DATA_ADMISSAO BETWEEN '2000.1.1' AND '2000.12.31'
ORDER BY DATA_ADMISSAO;

Além de BETWEEN, podemos utilizar NOT BETWEEN, que permite consultar os valores
que não se encontram em uma determinada faixa de valores. O exemplo a seguir
pesquisa valores não compreendidos no intervalo especificado:

SELECT * FROM TB_EMPREGADO


WHERE SALARIO < 3000 OR SALARIO > 5000
ORDER BY SALARIO;

Em vez de <, > e OR, podemos utilizar NOT BETWEEN mais o operador AND para
pesquisar os mesmo valores da consulta anterior:

SELECT * FROM TB_EMPREGADO


WHERE SALARIO NOT BETWEEN 3000 AND 5000
ORDER BY SALARIO;
-- OU ENTÃO
SELECT * FROM TB_EMPREGADO
WHERE NOT SALARIO BETWEEN 3000 AND 5000
ORDER BY SALARIO;

4.7. Consulta com base em caracteres


O operador LIKE é usado para fazer pesquisas em dados do tipo string (CHAR,
VARCHAR, NCHAR e NVARCHAR). É útil quando não sabemos de forma exata o dado
que queremos pesquisar. Por exemplo, sabemos que o nome da pessoa começa com
MARIA, mas não sabemos o restante do nome, ou sabemos que o nome contém a
palavra RAMOS, mas não sabemos o nome completo.

Vejamos os seguintes exemplos:

129
SQL 2016 - Módulo I

•• Nomes que começam com MARIA

SELECT * FROM TB_EMPREGADO


WHERE NOME LIKE 'MARIA%';

O sinal % é um curinga que equivale a uma quantidade qualquer de caracteres,


inclusive nenhum.

•• Nomes que começam com MA

SELECT * FROM TB_EMPREGADO


WHERE NOME LIKE 'MA%';

•• Nomes que começam com M

SELECT * FROM TB_EMPREGADO


WHERE NOME LIKE 'M%';

Na verdade, esse recurso de consulta pode buscar palavras que estejam contidas no
texto, seja no início, no meio ou no final dele. Acompanhe outros exemplos:

•• Nomes que terminam com MARIA

SELECT * FROM TB_EMPREGADO


WHERE NOME LIKE '%MARIA';

•• Nomes que terminam com SOUZA

SELECT * FROM TB_EMPREGADO


WHERE NOME LIKE '%SOUZA';

•• Nomes que terminam com ZA

SELECT * FROM TB_EMPREGADO


WHERE NOME LIKE '%ZA';

•• Nomes contendo a palavra MARIA

SELECT * FROM TB_EMPREGADO


WHERE NOME LIKE '%MARIA%';

•• Nomes contendo a palavra SOUZA

SELECT * FROM TB_EMPREGADO


WHERE NOME LIKE '%SOUZA%';

130
Consultando dados 4
Outro caractere curinga que pode ser utilizado em consultas com LIKE é o subscrito
(_), que equivale a um único caractere qualquer. Veja alguns exemplos:

•• Nomes iniciados por qualquer caractere, mas que o segundo caractere seja
a letra A

SELECT * FROM TB_EMPREGADO


WHERE NOME LIKE '_A%';

•• Nomes cujo penúltimo caractere seja a letra Z

SELECT * FROM TB_EMPREGADO


WHERE NOME LIKE '%Z_';

•• Nomes terminados em LU e seguidos de 3 outras letras

SELECT * FROM TB_EMPREGADO


WHERE NOME LIKE '%LU___';

Podemos, também, fornecer várias opções para um determinado caractere da chave


de busca, como no exemplo a seguir, que busca nomes que contenham SOUZA ou
SOUSA:

SELECT * FROM TB_EMPREGADO


WHERE NOME LIKE '%SOU[SZ]A%';

Veja outro exemplo, que busca nomes contendo JOSÉ ou JOSE:

SELECT * FROM TB_EMPREGADO


WHERE NOME LIKE '%JOS[EÉ]%';

Além disso, podemos utilizar o operador NOT LIKE, que atua de forma oposta ao
operador LIKE. Com NOT LIKE, obtemos como resultado de uma consulta os valores
que não possuem os caracteres ou sílabas determinadas.

O exemplo a seguir busca nomes que não contenham a palavra MARIA:

SELECT * FROM TB_EMPREGADO


WHERE NOME NOT LIKE '%MARIA%';

O exemplo a seguir busca nomes que não contenham a sílaba MA:

SELECT * FROM TB_EMPREGADO


WHERE NOME NOT LIKE '%MA%';

131
SQL 2016 - Módulo I

4.8. Consultando valores pertencentes ou


não a uma lista de elementos
O operador IN, que pode ser utilizado no lugar do operador OR em determinadas
situações, permite verificar se o valor de uma coluna está presente em uma lista de
elementos.

O operador NOT IN, por sua vez, ao contrário de IN, permite obter como resultado o
valor de uma coluna que não pertence a uma determinada lista de elementos.

O exemplo a seguir busca todos os empregados cujo código do departamento (COD_


DEPTO) seja 1, 3, 4 ou 7:

SELECT * FROM TB_EMPREGADO


WHERE COD_DEPTO IN (1,3,4,7)
ORDER BY COD_DEPTO;

O exemplo adiante busca, nas colunas NOME e ESTADO da tabela TB_CLIENTE, os


clientes dos estados do Amazonas (AM), Paraná (PR), Rio de Janeiro (RJ) e São Paulo
(SP):

SELECT NOME, ESTADO FROM TB_CLIENTE


WHERE ESTADO IN ('AM', 'PR', 'RJ', 'SP');

Já o próximo exemplo busca, nas colunas NOME e ESTADO da tabela TB_CLIENTE,


os clientes que não são dos estados do Amazonas (AM), Paraná (PR), Rio de Janeiro
(RJ) e São Paulo (SP):

SELECT NOME, ESTADO FROM TB_CLIENTE


WHERE ESTADO NOT IN ('AM', 'PR', 'RJ', 'SP');

4.9. Lidando com valores nulos


Quando um INSERT não faz referência a uma coluna existente em uma tabela, o
conteúdo dessa coluna ficará nulo (NULL):

-- Este INSERT menciona apenas a coluna NOME,


-- as outras colunas da tabela ficarão
-- com seu conteúdo NULO
INSERT INTO TB_EMPREGADO (NOME)
VALUES ('JOSE EMANUEL');

-- Ver o resultado
SELECT * FROM TB_EMPREGADO;

132
Consultando dados 4
Confira o resultado:

Com relação a valores nulos, vale considerar as seguintes informações:

•• Não é um valor zero, nem uma string vazia. É NULL;

•• Valores nulos não aparecem quando o campo faz parte da cláusula WHERE, a
não ser que a cláusula deixe explícito que deseja visualizar também os nulos;

•• Se envolvido em cálculos, retorna sempre um valor NULL.

Observe a consulta a seguir e note que o valor nulo que inserimos anteriormente não
aparece nem entre os menores salários e nem entre os maiores:

SELECT CODFUN, NOME, SALARIO FROM TB_EMPREGADO


WHERE SALARIO < 800 OR SALARIO > 8000
ORDER BY SALARIO;

Como dito anteriormente, caso faça parte de cálculo, o resultado é sempre NULL:

SELECT CODFUN, NOME, SALARIO, PREMIO_MENSAL,


SALARIO + PREMIO_MENSAL AS RENDA_TOTAL
FROM TB_EMPREGADO

-- filtrar somente os nulos


WHERE SALARIO IS NULL;

133
SQL 2016 - Módulo I

Para lidar com valores nulos, evitando problemas no resultado final da consulta, pode-
se empregar funções como IS NULL, IS NOT NULL, NULLIF e COALESCE, as quais
serão apresentadas nos tópicos subsequentes.

O exemplo a seguir busca, na tabela TB_EMPREGADO, os registros cujo COD_CARGO


seja nulo:

SELECT * FROM TB_EMPREGADO


WHERE COD_CARGO IS NULL;

Este exemplo busca, na tabela TB_EMPREGADO, os registros cuja DATA_NASCIMENTO


seja nula:

SELECT * FROM TB_EMPREGADO
WHERE DATA_NASCIMENTO IS NULL;

O exemplo adiante busca, na tabela TB_EMPREGADO, os registros cuja DATA_


NASCIMENTO não seja nula:

SELECT * FROM TB_EMPREGADO


WHERE DATA_NASCIMENTO IS NOT NULL;

4.10. Substituindo valores nulos


Em síntese, as funções ISNULL e COALESCE permitem retornar outros valores quando
valores nulos são encontrados durante a filtragem de dados. Adiante, apresentaremos
a descrição dessas funções.

4.10.1. ISNULL
Esta função permite definir um valor alternativo que será retornado, caso o valor de
argumento seja nulo. Vejamos os exemplos adiante:

•• Exemplo 1

SELECT
CODFUN, NOME, SALARIO, PREMIO_MENSAL,
ISNULL(SALARIO,0) + ISNULL(PREMIO_MENSAL,0) AS RENDA_TOTAL
FROM TB_EMPREGADO
WHERE SALARIO IS NULL;

134
Consultando dados 4
•• Exemplo 2

SELECT
CODFUN, NOME,
ISNULL(DATA_NASCIMENTO,'1900.1.1') AS DATA_NASC
FROM TB_EMPREGADO;

4.10.2. COALESCE
Esta função é responsável por retornar o primeiro argumento não nulo em uma lista
de argumentos testados.

O código a seguir tenta exibir o campo EST_COB dos clientes da tabela TB_CLIENTE.
Caso esse campo seja NULL, o código tenta exibir o campo ESTADO. Caso este último
também seja NULL, será retornado NC:

SELECT
CODCLI, NOME, COALESCE(EST_COB,ESTADO,'NC') AS EST_COBRANCA
FROM TB_CLIENTE
ORDER BY 3;

4.11.  Manipulando campos do tipo datetime


O tipo de dado datetime é utilizado para definir valores de data e hora. Aceita valores
entre 1º de janeiro de 1753 até 31 de dezembro de 9999. O formato no qual digitamos
a data depende de configurações do servidor ou usuário.

Vejamos algumas funções utilizadas para retornar dados desse tipo:

•• SET DATEFORMAT

É utilizada para determinar a forma de digitação de data/hora durante uma sessão de


trabalho.

SET DATEFORMAT (ordem)

135
SQL 2016 - Módulo I

A ordem das porções de data é definida por ordem, que pode ser um dos valores da
tabela adiante:

Valor Ordem
Mês, dia e ano (Formato padrão
mdy
americano).
dmy Dia, mês e ano.
ymd Ano, mês e dia.
ydm Ano, dia e mês.
myd Mês, ano e dia.
dym Dia, ano e mês.

O exemplo a seguir determina o formato ano/mês/dia para o valor de data a ser


retornado:

SET DATEFORMAT YMD;

•• GETDATE()

Retorna a data e hora atual do sistema, sem considerar o intervalo de fuso-horário.


O valor é derivado do sistema operacional do computador no qual o SQL Server é
executado:

SELECT GETDATE() AS DATA_ATUAL;

Para sabermos qual será a data daqui a 45 dias, utilizamos o seguinte código:

SELECT GETDATE() + 45;

Já no código a seguir, GETDATE() é utilizado para saber há quantos dias cada


funcionário da tabela TB_EMPREGADO foi admitido:

SELECT CODFUN, NOME, CAST(GETDATE() - DATA_ADMISSAO AS INT) AS DIAS_


NA_EMPRESA
FROM TB_EMPREGADO

136
Consultando dados 4
•• DAY()

Esta função retorna um valor inteiro que representa o dia da data especificada como
argumento data na sintaxe adiante:

DAY(data)

O argumento data pode ser uma expressão, literal de string, variável definida pelo
usuário ou expressão de coluna.

Vejamos os exemplos a seguir:

-- Número do dia correspondente à data de hoje


SELECT DAY(GETDATE());

-- Todos os funcionários admitidos no dia primeiro de


-- qualquer mês e qualquer ano
SELECT * FROM TB_EMPREGADO
WHERE DAY(DATA_ADMISSAO) = 1;

•• MONTH()

Esta função retorna um valor inteiro que representa o mês da data especificada como
argumento data da sintaxe adiante:

MONTH(data)

O argumento data pode ser uma expressão, literal de string, variável definida pelo
usuário ou expressão de coluna.

Vejamos os exemplos:

-- Número do mês correspondente à data de hoje


SELECT MONTH(GETDATE())

-- Empregados admitidos em dezembro


SELECT * FROM TB_EMPREGADO
WHERE MONTH(DATA_ADMISSAO) = 12

•• YEAR()

Esta função retorna um valor inteiro que representa o ano da data especificada como
argumento data na sintaxe adiante:

YEAR(data)

O argumento data pode ser uma expressão, literal de string, variável definida pelo
usuário ou expressão de coluna.

137
SQL 2016 - Módulo I

O exemplo a seguir retorna os empregados admitidos no ano 2006:

SELECT * FROM TB_EMPREGADO


WHERE YEAR(DATA_ADMISSAO) = 2006;

Já o exemplo a seguir retorna os empregados admitidos no mês de janeiro de 2011:

SELECT * FROM TB_EMPREGADO


WHERE YEAR(DATA_ADMISSAO) = 2011 AND
MONTH(DATA_ADMISSAO) = 1;

•• DATEPART()

Esta função retorna um valor inteiro que representa uma porção (especificada no
argumento parte) de data ou hora definida no argumento data da sintaxe adiante:

DATEPART (parte, data)

O argumento data pode ser uma expressão, literal de string, variável definida pelo
usuário ou expressão de coluna, enquanto parte pode ser um dos valores descritos
na tabela a seguir:

Valor Parte retornada Abreviação


year Ano yy, yyyy
quarter Trimestre (1/4 de ano) qq, q
month Mês mm, m
dayofyear Dia do ano dy, y
day Dia dd, d
week Semana wk, ww
weekday Dia da semana dw
hour Hora hh
minute Minuto mi, n
second Segundo ss, s
millisecond Milissegundo ms
microsecond Microssegundo mcs
nanosecond Nanossegundo ns
TZoffset Diferença de fuso-horário tz
Retorna a numeração da
ISO_WEEK isowk, isoww
semana associada a um ano

Vale dizer que o resultado retornado será o mesmo, independentemente de termos


especificado um valor ou a respectiva abreviação.

138
Consultando dados 4
O exemplo a seguir utiliza DATEPART para retornar os empregados admitidos em
dezembro de 1996. Para isso, são especificadas as partes de ano (YEAR) e mês
(MONTH):

SELECT * FROM TB_EMPREGADO


WHERE DATEPART(YEAR, DATA_ADMISSAO) = 1996 AND
DATEPART(MONTH, DATA_ADMISSAO) = 12;

•• DATENAME()

Esta função retorna como resultado uma string de caracteres que representa uma
porção da data ou hora definida no argumento data da sintaxe adiante:

DATENAME(parte, data)

O argumento data pode ser uma expressão, literal de string, variável definida pelo
usuário ou expressão de coluna, enquanto parte, que representa a referida porção,
pode ser um dos valores descritos na tabela anterior.

O exemplo a seguir é utilizado para obter os funcionários que foram admitidos em


uma sexta-feira:

-- Funcionários admitidos em uma sexta-feira


SELECT
CODFUN, NOME, DATA_ADMISSAO,
DATENAME(WEEKDAY,DATA_ADMISSAO) AS DIA_SEMANA,
DATENAME(MONTH,DATA_ADMISSAO) AS MES
FROM TB_EMPREGADO
WHERE DATEPART(WEEKDAY, DATA_ADMISSAO) = 6;

O resultado retornado por DATENAME() dependerá do idioma configurado no


servidor SQL.

•• DATEADD()

Esta função retorna um novo valor de datetime ao adicionar um intervalo a uma


porção da data ou hora definida no argumento data da sintaxe adiante:

DATEADD(parte, numero, data)

O argumento parte é a porção de data ou hora que receberá o acréscimo definido


em numero. O argumento data pode ser uma expressão, literal de string, variável
definida pelo usuário ou expressão de coluna, enquanto parte pode ser um dos
valores descritos na tabela anterior, com exceção de TZoffset.

139
SQL 2016 - Módulo I

O código a seguir retorna o dia de hoje mais 45 dias:

SELECT DATEADD( DAY, 45, GETDATE());

Este código retorna o dia de hoje mais 6 meses:

SELECT DATEADD( MONTH, 6, GETDATE());

Já o código a seguir retorna o dia de hoje mais 2 anos:

SELECT DATEADD( YEAR, 2, GETDATE());

•• DATEDIFF()

Esta função obtém como resultado um número de data ou hora referente aos limites de
uma porção de data ou hora, cruzados entre duas datas especificadas nos argumentos
data_inicio e data_final da seguinte sintaxe:

DATEDIFF(parte, data_inicio, data_final)

O argumento parte representa a porção de data_inicio e data_final que especificará


o limite cruzado.

O exemplo a seguir retorna a quantidade de dias vividos até hoje por uma pessoa
nascida em 12 de novembro de 1959:

SELECT DATEDIFF( DAY, '1959.11.12', GETDATE());

O exemplo a seguir retorna a quantidade de meses vividos até hoje pela pessoa citada
no exemplo anterior:

SELECT DATEDIFF( MONTH, '1959.11.12', GETDATE());

O exemplo a seguir retorna a quantidade de anos vividos até hoje por essa mesma
pessoa:

SELECT DATEDIFF( YEAR, '1959.11.12', GETDATE());

Na utilização de DATEDIFF() para obter a diferença em anos ou meses, o valor


retornado não é exato. O código a seguir retorna 1. No entanto, a diferença somente
seria 1 no dia 20 de fevereiro de 2009. Vejamos:

SELECT DATEDIFF( MONTH, '2013.1.20', '2013.2.15');

No próximo exemplo, o resultado retornado também é 1, mas a diferença somente


seria 1 no dia 20 de junho de 2009:

SELECT DATEDIFF( YEAR, '2012.12.20', '2013.1.15');

140
Consultando dados 4
•• DATEFROMPARTS()

Esta função retorna uma data (DATE) a partir dos parâmetros ano, mês e dia
especificados nos argumentos da seguinte sintaxe:

DATEFROMPARTS (ano, mês, dia)

No exemplo a seguir, vamos retornar a data 25 de dezembro de 2013 a partir dos


seguintes parâmetros:

SELECT DATEFROMPARTS (2013,12,25);

O resultado é mostrado a seguir:

•• TIMEFROMPARTS()

Esta função retorna um horário (TIME) a partir dos parâmetros hora, minuto, segundo,
milissegundo e precisão dos milissegundos especificados nos argumentos da seguinte
sintaxe:

TIMEFROMPARTS (hora, minuto, segundo, milissegundo, precisão)

No exemplo a seguir, vamos retornar o horário 10:25:15 a partir dos seguintes


parâmetros:

SELECT TIMEFROMPARTS (10,25,15,0,0);

O resultado é mostrado a seguir:

•• DATETIMEFROMPARTS()

Esta função retorna um valor de data e hora (DATETIME) a partir dos parâmetros ano,
mês, dia, hora, minuto, segundo e milissegundo da seguinte sintaxe:

DATETIMEFROMPARTS (ano, mês, dia, hora, minuto, segundo, milisseg-


undo);

141
SQL 2016 - Módulo I

Caso algum valor esteja incorreto, a função retornará um erro. Agora, se o parâmetro
for nulo, a função retornará valor nulo. No exemplo a seguir, vamos retornar o valor
15 de setembro de 2013 às 14:00:15.0000:

SELECT DATETIMEFROMPARTS (2013,9,15,14,0,15,0);

O resultado é mostrado a seguir:

•• DATETIME2FROMPARTS()

Retorna um valor do tipo datetime2 a partir dos parâmetros ano, mês, dia, hora,
minuto, segundo, fração de segundo e a precisão da fração de segundo da seguinte
sintaxe:

DATETIME2FROMPATS (ano, mês, dia, hora, minuto, segundo, fração,


precisão);

Caso a precisão receba o valor 0, é necessário que a indicação de milissegundos


também seja 0, senão a função retornará um erro. No exemplo a seguir, vamos
retornar o valor 10 de outubro de 2013 às 21:00:59.0000:

SELECT DATETIME2FROMPARTS (2013,10,10,21,0,59,0,0);

O resultado é mostrado a seguir:

•• SMALLDATETIMEFROMPARTS()

Esta função retorna um valor do tipo smalldatetime a partir dos parâmetros ano,
mês, dia, hora e minuto da seguinte sintaxe:

SMALLDATETIMEFROMPARTS (ano, mês, dia, hora, minuto);

No exemplo a seguir, vamos retornar a data 17 de setembro de 2013 às 10:25:00:

SELECT SMALLDATETIMEFROMPARTS (2013,9,17,10,25);

142
Consultando dados 4
O resultado é mostrado a seguir:

•• DATETIMEOFFSETFROMPARTS()

Esta função retorna um valor do tipo datetimeoffset representando um deslocamento


de fuso horário a partir dos parâmetros ano, mês, dia, hora, minuto, segundo, fração,
deslocamento de hora, deslocamento de minuto e a precisão decimal dos segundos:

DATETIMEOFFSETFROMPARTS (ano, mês, dia, hora, minuto, segundo,


fração, desloc_hora, desloc_minuto, precisão);

No exemplo a seguir, vamos representar o deslocamento de 12 horas de fuso sem


frações de segundos na data 17 de setembro de 2013 às 13:22:00:

SELECT DATETIMEOFFSETFROMPARTS (2013,9,17,13,22,0,0,12,0,0);

O resultado é mostrado a seguir:

•• EOMonth()

Esta função retorna o último dia do mês a partir dos parâmetros data_início e
adicionar_mês (Opcional) da seguinte sintaxe:

EOMONTH (data_início [, adicionar_mês]);

O valor retornado é do tipo data (DATE). No exemplo a seguir, vamos retornar o


último dia do mês atual:

SELECT EOMONTH (GETDATE());

O resultado desse exemplo é mostrado a seguir:

143
SQL 2016 - Módulo I

Para avançar 1 mês, adicione o valor 1 no parâmetro adicionar_mês:

Para voltar 1 mês adicione o valor -1 no parâmetro adicionar_mês:

4.12. Alterando a configuração de idioma a


partir do SSMS
O resultado retornado pela função DATENAME() dependerá do idioma do servidor
SQL. Então, para que essa função retorne o nome do mês ou do dia da semana da
maneira desejada, pode ser necessário alterar o idioma do SQL Server. Isso pode ser
feito a partir do SQL Server Management Studio, como descrito no passo-a-passo a
seguir:

1. Clique com o botão direito do mouse no nome do servidor, selecionando Properties


no menu de contexto, como ilustrado a seguir:

144
Consultando dados 4
2. Na janela seguinte, selecione a opção Advanced, procure o item Default Language
e altere-o para o idioma que desejar:

O formato da data pode variar de acordo com o idioma escolhido:

•• Brazilian: Pode utilizar os formatos dd/mm/yy ou dd/mm/yyyy;

•• English: Pode utilizar os formatos mm/dd/yy, mm/dd/yyyy ou yyyy.mm.dd.

A configuração escolhida será aplicada a todos os logins criados posteriormente.


Logins já existentes deverão ser configurados novamente para que possuam o novo
formato.

Para alterar a configuração de logins existentes, siga os passos adiante:

1. No navegador do SQL Server Management Studio, abra a pasta Security e, em


seguida, Logins;

145
SQL 2016 - Módulo I

2. Clique com o botão direito no login a ser alterado e selecione Properties no menu
de contexto, conforme ilustrado a seguir:

146
Consultando dados 4
Será exibida a seguinte janela:

3. Na caixa de seleção Default Language, escolha o idioma desejado e clique


em OK.

Alterar a configuração de idioma do servidor SQL afetará não apenas o valor


retornado por DATENAME(), mas todos os aspectos associados ao idioma, como
mensagens de erro exibidas no SQL Server Management Studio e o formato de
digitação de datas.

147
SQL 2016 - Módulo I

Pontos principais
Atente para os tópicos a seguir. Eles devem ser estudados com muita atenção,
pois representam os pontos mais importantes do capítulo.

•• Na linguagem SQL, o principal comando utilizado para a realização de consultas


é o SELECT. Pertencente à categoria DML (Data Manipulation Language), esse
comando é utilizado para consultar todos os dados de uma fonte de dados ou
apenas uma parte específica deles;

•• Às vezes, é necessário que o resultado da consulta de dados seja fornecido


em uma ordem específica, de acordo com um determinado critério. Para isso,
contamos com opções e cláusulas. Uma delas é a cláusula ORDER BY, que
considera certa ordem para retornar dados de consulta;

•• A cláusula WHERE é utilizada para definir critérios com o objetivo de filtrar o


resultado de uma consulta. As condições definidas nessa cláusula podem ter
diferentes propósitos, tais como a comparação de dados na fonte de dados,
a verificação de dados de determinadas colunas e o teste de colunas nulas ou
valores nulos;

•• O tipo de dado datetime é utilizado para definir valores de data e hora. Esse
tipo é baseado no padrão norte-americano, ou seja, os valores devem atender
ao modelo mm/dd/aa (mês, dia e ano, respectivamente). Dispomos de diversas
funções para retornar dados desse tipo, tais como GETDATE(), DAY(), MONTH()
e YEAR().

148
4 Consultando
dados
Teste seus conhecimentos
SQL 2016 - Módulo I

1. Verifique o comando a seguir e indique qual afirmação está errada:

SELECT CODFUN AS Codigo,


NOME AS Nome,
SALARIO AS Salario,
SALARIO * 1.10 [Salário com 10% de aumento]
FROM TB_EMPREGADO

☐☐ a) O comando acima altera a tabela TB_EMPREGADO devido à coluna calculada.


☐☐ b) A instrução apresenta as informações do empregado e uma coluna calculada
com aumento de 10%.
☐☐ c) O cabeçalho da coluna CODFUN será alterado para CODIGO.
☐☐ d) Serão apresentadas apenas 4 colunas da tabela empregados.
☐☐ e) Na última coluna será calculado o valor atual do empregado vezes 10%.

2. O comando a seguir apresenta uma consulta na tabela de empregados.


Para ordenarmos essa consulta, podemos utilizar algumas das cláusulas
apresentadas, porém uma delas está errada. Qual?

SELECT CODFUN AS Código,


NOME AS Nome,
SALARIO AS Salário,
SALARIO * 1.10 [Salário com 10% de aumento]
FROM TB_EMPREGADO

☐☐ a) ORDER BY 4
☐☐ b) ORDER BY [Salário com 10% de aumento]
☐☐ c) ORDER BY 4 DESC
☐☐ d) ORDER BY 2, 4 DESC.
☐☐ e) ORDER BY SALARIO DECRESCENT

3. Como podemos restringir a quantidade de linhas de um comando


SELECT?

☐☐ a) Cláusula OUTPUT
☐☐ b) SELECT com FROM
☐☐ c) SELECT com ORDER BY
☐☐ d) SELECT com TOP
☐☐ e) Nenhuma das alternativas anteriores está correta.

150
Consultando dados 4
4. A cláusula WHERE permite filtrar o resultado do comando SELECT. Qual
comando a seguir seria uma instrução válida para apresentar um cliente
de código 10 (Campo CODCLI do tipo INT)?

☐☐ a) SELECT * FROM TB_CLIENTE WHERE CODCLI 10


☐☐ b) SELECT * FROM TB_CLIENTE WHERE CODCLI LIKE '%10%'
☐☐ c) SELECT * FROM TB_CLIENTE WHERE CODCLI
☐☐ d) SELECT * FROM TB_CLIENTE WHERE ISNULL(CODCLI , 0) >10
☐☐ e) SELECT * FROM TB_CLIENTE WHERE CODCLI = 10

5. Ao utilizarmos a cláusula TOP com ORDER BY, podemos:

☐☐ a) Gerar uma consulta do tipo ranking.


☐☐ b) Somente restringir a quantidade de linhas apresentadas na consulta.
☐☐ c) Não podemos utilizar a cláusula ORDER BY com TOP.
☐☐ d) Ela não altera o resultado do comando.
☐☐ e) É obrigatória a utilização da cláusula WITH TIES.

6. Verifique o comando a seguir e selecione a melhor afirmação:

SELECT * FROM TB_EMPREGADO


WHERE SALARIO < 3000 AND SALARIO > 5000
ORDER BY SALARIO;

☐☐ a) A consulta retorna todos os empregados que possuem salário menor que


3000 e maior que 5000.
☐☐ b) A consulta retorna um erro de sintaxe.
☐☐ c) A consulta apresenta os empregados ordenados pelo salário de forma
crescente.
☐☐ d) A consulta não retornará nenhum valor, pois não é possível atender aos dois
critérios.
☐☐ e) Nenhuma das alternativas anteriores está correta.

151
SQL 2016 - Módulo I

7. Qual afirmação está errada?

☐☐ a) A função ISNULL retorna um valor não nulo quando a expressão for nula.
☐☐ b) A função COALESCE retorna um valor não nulo de uma lista de valores
testados.
☐☐ c) Um valor nulo não é considerado zero.
☐☐ d) Um valor nulo não é considerado um texto em branco.
☐☐ e) Não devemos tratar um valor nulo, pois em cálculos são considerados como
zero.

8. Com relação ao uso de um filtro por ano em uma consulta, qual opção
está errada?

☐☐ a) Função YEAR.
☐☐ b) Função DATEPARTE.
☐☐ c) Expressão {campo} >= {1º dia do ano} and {campo} <= {último dia do ano}.
☐☐ d) Função DATEPART.
☐☐ e) Cláusula WHERE.

152
4 Consultando
dados
Mãos à obra!
SQL 2016 - Módulo I

Laboratório 1
A – Utilizando o banco de dados PEDIDOS e listando suas tabelas com base em
diferentes critérios

1. Coloque em uso o banco de dados PEDIDOS;

2. Liste a tabela TB_PRODUTO, mostrando as colunas COD_PRODUTO, DESCRICAO,


PRECO_CUSTO, PRECO_VENDA e calculando o lucro unitário (PRECO_VENDA – PRE-
CO_CUSTO);

3. Liste a tabela TB_PRODUTO, mostrando os campos COD_PRODUTO, DESCRICAO


e calculando o valor total investido no estoque daquele produto (QTD_REAL * PRE-
CO_CUSTO);

4. Liste a tabela TB_ITENSPEDIDO, mostrando as colunas NUM_PEDIDO, NUM_ITEM,


COD_PRODUTO, PR_UNITARIO, QUANTIDADE, DESCONTO e calculando o valor de
cada item (PR_UNITARIO * QUANTIDADE * (1-DESCONTO/100));

5. Liste a tabela TB_PRODUTO, mostrando as colunas COD_PRODUTO, DESCRICAO,


PRECO_CUSTO, PRECO_VENDA e calculando lucro estimado em reais (QTD_REAL *
(PRECO_VENDA - PRECO_CUSTO));

6. Liste a tabela TB_PRODUTO, mostrando os campos COD_PRODUTO, DESCRICAO,


PRECO_CUSTO, PRECO_VENDA, calculando o lucro unitário em reais (PRECO_VEN-
DA – PRECO_CUSTO) e o lucro unitário percentual ((100 * (PRECO_VENDA - PRE-
CO_CUSTO) / PRECO_CUSTO)).

Note que existe uma divisão na instrução. Deve-se garantir que não ocorra divisão
por zero, pois isso provoca erro ao executar o comando.

154
Consultando dados 4
Laboratório 2
A – Utilizando o banco de dados PEDIDOS e listando suas tabelas com base em
novos critérios

1. Coloque em uso o banco de dados PEDIDOS;

2. Liste tabela TB_PRODUTO, criando campo calculado (QTD_REAL - QTD_MINIMA),


e filtre os registros resultantes, mostrando somente aqueles que tiverem a quantida-
de real abaixo da quantidade mínima;

Neste caso, o exercício não cita as colunas que devem ser exibidas. Sendo assim,
basta utilizar o símbolo asterisco (*) ou, então, colocar as colunas que julgar
importantes.

3. Liste a tabela TB_PRODUTO, mostrando os registros que tenham quantidade real


acima de 5000;

4. Liste produtos com preço de venda inferior a R$0,50;

5. Liste a tabela TB_PEDIDO com valor total (VLR_TOTAL) acima de R$15.000,00;

6. Liste produtos com QTD_REAL entre 500 e 1000 unidades;

7. Liste pedidos com valor total entre R$15.000,00 e R$25.000,00;

8. Liste produtos com quantidade real acima de 5000 e código do tipo igual a 6;

9. Liste produtos com quantidade real acima de 5000 ou código do tipo igual a 6;

10. Liste pedidos com valor total inferior a R$100,00 ou acima de R$100.000,00;

11. Liste produtos com QTD_REAL menor que 500 ou maior que 1000.

155
SQL 2016 - Módulo I

Laboratório 3
A – Utilizando o banco de dados PEDIDOS

1. Coloque em uso o banco de dados PEDIDOS;

2. Liste clientes do estado de São Paulo (SP);

3. Liste clientes dos estados de Minas Gerais e Rio de Janeiro (MG, RJ);

4. Liste clientes dos estados de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro (SP, MG, RJ);

5. Liste os vendedores com o nome LEIA;

6. Liste todos os clientes que tenham NOME começando com BRINDES;

7. Liste todos os clientes que tenham NOME terminando com BRINDES;

8. Liste todos os clientes que tenham NOME contendo BRINDES;

9. Liste todos os produtos com DESCRICAO começando por CANETA;

10. Liste todos os produtos com DESCRICAO contendo SPECIAL;

11. Liste todos os produtos com DESCRICAO terminando por GOLD;

12. Liste todos os clientes que tenham a letra A como segundo caractere do nome;

13. Liste todos os produtos que tenham 0 (ZERO) como segundo caractere do campo
COD_PRODUTO;

14. Liste todos os produtos que tenham a letra A como terceiro caractere do campo
COD_PRODUTO.

156
Consultando dados 4
Laboratório 4
A – Utilizando novamente o banco de dados PEDIDOS e listando suas tabelas com
base em outros critérios

1. Coloque em uso o banco de dados PEDIDOS;

2. Liste todos os pedidos com data de emissão anterior a Jan/2014;

3. Liste todos os pedidos com data de emissão no primeiro semestre de 2014;

4. Liste todos os pedidos com data de emissão em janeiro e junho de 2014;

5. Liste todos os pedidos do Vendedor Código 1 em Jan/2014;

6. Liste os pedidos emitidos em Jan/2014 em uma sexta-feira.

157
5 Associando
tabelas

ÃÃ INNER JOIN;
ÃÃ OUTER JOIN;
ÃÃ CROSS JOIN.
SQL 2016 - Módulo I

5.1. Introdução
A associação de tabelas, ou simplesmente JOIN entre tabelas, tem como principal
objetivo trazer, em uma única consulta (um único SELECT), dados contidos em mais
de uma tabela.

Normalmente, essa associação é feita por meio da chave estrangeira de uma tabela
com a chave primária da outra. Mas isso não é um pré-requisito para o JOIN, de forma
que qualquer informação comum entre duas tabelas servirá para associá-las.

Diferentes tipos de associação podem ser escritos com a ajuda das cláusulas JOIN
e WHERE. Por exemplo, podemos obter apenas os dados relacionados entre duas
tabelas associadas. Também podemos combinar duas tabelas de forma que seus
dados relacionados e não relacionados sejam obtidos.

Basicamente, existem três tipos de JOIN que serão vistos neste capítulo: INNER JOIN,
OUTER JOIN e CROSS JOIN.

5.2. INNER JOIN
A cláusula INNER JOIN compara os valores de colunas provenientes de tabelas
associadas, utilizando, para isso, operadores de comparação. Por meio desta
cláusula, os registros de duas tabelas são utilizados para que sejam gerados os dados
relacionados de ambas.

A sintaxe de INNER JOIN é a seguinte:

SELECT <lista_de_campos>
FROM <nome_primeira_tabela> [INNER] JOIN <nome_segunda_tabela> [ON
(condicao)]

Em que:

•• condicao: Define um critério que relaciona as duas tabelas;

•• INNER: É opcional, se colocarmos apenas JOIN, o INNER já é subentendido.

TB_EMPREGADO TB_DEPARTAMENTO

160
Associando tabelas 5
Observando as duas tabelas, é possível concluir que o funcionário de CODFUN = 5
trabalha no departamento de COMPRAS, cujo código é 4.

A especificação desse tipo de associação pode ocorrer por meio das cláusulas WHERE
ou FROM. Veja os exemplos a seguir:

SELECT TB_EMPREGADO.CODFUN, TB_EMPREGADO.NOME,


TB_DEPARTAMENTO.DEPTO
FROM TB_EMPREGADO JOIN TB_DEPARTAMENTO
ON TB_EMPREGADO.COD_DEPTO = TB_DEPARTAMENTO.COD_DEPTO;

SELECT TB_EMPREGADO.CODFUN, TB_EMPREGADO.NOME, TB_DEPARTAMENTO.DEPTO


FROM TB_EMPREGADO, TB_DEPARTAMENTO
WHERE TB_EMPREGADO.COD_DEPTO = TB_DEPARTAMENTO.COD_DEPTO;

A respeito do INNER JOIN, é importante considerar as seguintes informações:

•• A principal característica do INNER JOIN é que somente trará registros que


encontrem correspondência nas duas tabelas, ou seja, se existir um empregado
com COD_DEPTO igual a 99 e na tabela de departamentos não existir um COD_
DEPTO de mesmo número, esse empregado não aparecerá no resultado final;

•• O SELECT apontará um erro de sintaxe se existirem campos de mesmo nome


nas duas tabelas e não indicarmos de qual tabela vem cada campo.

Neste treinamento, faremos o JOIN sempre na cláusula FROM, usando a


palavra JOIN e o critério com ON. Usar a cláusula WHERE para fazer o JOIN
pode tornar o comando confuso e mais vulnerável a erros de resultado.

Veja os seguintes exemplos:

•• Exemplo 1

SELECT CODFUN, NOME, DEPTO


FROM TB_EMPREGADO JOIN TB_DEPARTAMENTO
ON TB_EMPREGADO.COD_DEPTO = TB_DEPARTAMENTO.COD_DEPTO;

Este exemplo está correto, porque não há duplicidade nos campos CODFUN, NOME
e DEPTO.

•• Exemplo 2

SELECT CODFUN, NOME, DEPTO


FROM TB_EMPREGADO JOIN TB_DEPARTAMENTO
ON COD_DEPTO = COD_DEPTO;

161
SQL 2016 - Módulo I

Este exemplo está errado, porque o campo COD_DEPTO existe nas duas tabelas. É
obrigatório indicar de qual tabela vamos pegar os campos.

Sempre use o nome da tabela antes do nome do campo, mesmo que ele exista em
apenas uma das tabelas.

Quando tivermos nomes de tabelas muito extensos, podemos simplificar a escrita,


dando apelidos às tabelas. Veja os exemplos:

SELECT E.CODFUN, E.NOME, D.DEPTO


FROM TB_EMPREGADO AS E JOIN TB_DEPARTAMENTO AS D
ON E.COD_DEPTO = D.COD_DEPTO;

-- OU
SELECT E.CODFUN, E.NOME, D.DEPTO
FROM TB_EMPREGADO E JOIN TB_DEPARTAMENTO D
ON E.COD_DEPTO = D.COD_DEPTO;

O que acabamos de demonstrar é um JOIN, ou associação. Quando relacionamos


duas tabelas, é preciso informar qual campo permite essa ligação. Normalmente, o
relacionamento se dá entre a chave estrangeira de uma tabela e a chave primária da
outra, mas isso não é uma regra.

Na figura a seguir, você pode notar um ícone de chave na posição horizontal localizado
na linha que liga as tabelas TB_EMPREGADO e TB_DEPARTAMENTO. Essa chave está
ao lado da tabela TB_DEPARTAMENTO, o que indica que é a chave primária dessa
tabela (COD_DEPTO), e se relaciona com a tabela TB_EMPREGADO, que também
possui um campo COD_DEPTO, que é a chave estrangeira.

162
Associando tabelas 5
Há, também, um JOIN entre as tabelas TB_EMPREGADO e TB_CARGO. Podemos
perceber a existência de uma chave horizontalmente posicionada na linha que liga
essas tabelas, e ela está ao lado de TB_CARGO. Então, é a chave primária de TB_CARGO
(COD_CARGO) que se relaciona com a tabela TB_EMPREGADO. Em TB_EMPREGADO,
também temos um campo COD_CARGO.

Normalmente, os campos que relacionam duas tabelas possuem o mesmo nome nas
duas tabelas. Porém, isso não é uma condição necessária para que o JOIN funcione.

Quando executamos um SELECT, a primeira cláusula lida é FROM, antes de qualquer


coisa. Depois é que as outras cláusulas são processadas. No código a seguir, temos dois
erros: E.CODIGO_DEPTO (que não existe) e FROM EMPREGADS (erro de digitação):

SELECT
E.CODFUN, E.NOME, E.CODIGO_DEPTO, E.COD_CARGO, D.DEPTO
FROM TB_EMPREGADS E
JOIN TB_DEPARTAMENTO D ON E.COD_DEPTO = D.COD_DEPTO;

Executado o código anterior, a seguinte mensagem de erro será exibida:

Mensagem 208, Nível 16, Estado 1, Linha 1


Invalid object name 'EMPREGADS'

O primeiro erro acusado na execução do código foi na cláusula FROM, o que prova
que ela é processada antes.

163
SQL 2016 - Módulo I

A seguir, temos outro exemplo de JOIN:

-- TB_EMPREGADO e TB_CARGO (cargos)


SELECT E.CODFUN, E.NOME, C.CARGO
FROM TB_EMPREGADO E JOIN TB_CARGO C ON E.COD_CARGO = C.COD_CARGO;
-- OU
SELECT E.CODFUN, E.NOME, C.CARGO
FROM TB_CARGO C JOIN TB_EMPREGADO E ON E.COD_CARGO = C.COD_CARGO;

No próximo exemplo, temos o uso de JOIN para consultar três tabelas:

-- Consultar 3 tabelas
SELECT
E.CODFUN, E.NOME, E.COD_DEPTO, E.COD_CARGO, D.DEPTO, C.CARGO
FROM TB_EMPREGADO E
JOIN TB_DEPARTAMENTO D ON E.COD_DEPTO = D.COD_DEPTO
JOIN TB_CARGO C ON E.COD_CARGO = C.COD_CARGO;
-- OU
SELECT
E.CODFUN, E.NOME, E.COD_DEPTO, E.COD_CARGO, D.DEPTO, C.CARGO
FROM TB_DEPARTAMENTO D
JOIN TB_EMPREGADO E ON E.COD_DEPTO = D.COD_DEPTO
JOIN TB_CARGO C ON E.COD_CARGO = C.COD_CARGO;
-- OU
SELECT
E.CODFUN, E.NOME, E.COD_DEPTO, E.COD_CARGO, D.DEPTO, C.CARGO
FROM TB_CARGO C
JOIN TB_EMPREGADO E ON E.COD_CARGO = C.COD_CARGO
JOIN TB_DEPARTAMENTO D ON E.COD_DEPTO = D.COD_DEPTO;

Na consulta a seguir, temos dois erros. O primeiro é que não há JOIN entre TB_
DEPARTAMENTO e TB_CARGO, como é mostrado no diagrama de tabelas do SSMS.
O segundo é que não podemos fazer referência a uma tabela (E.COD_CARGO), antes
de abri-la:

SELECT
E.CODFUN, E.NOME, E.COD_DEPTO, E.COD_CARGO, D.DEPTO, C.CARGO
FROM TB_CARGO C
JOIN TB_DEPARTAMENTO D ON E.COD_DEPTO = D.COD_DEPTO --<< (1)
JOIN TB_EMPREGADO E ON E.COD_CARGO = C.COD_CARGO;

164
Associando tabelas 5
A seguir, temos mais um exemplo da utilização de JOIN, desta vez com seis tabelas:

/*
Join com 6 tabelas. Vai exibir:
TB_ITENSPEDIDO.NUM_PEDIDO
TB_ITENSPEDIDO.NUM_ITEM
TB_ITENSPEDIDO.COD_PRODUTO
TB_PRODUTO.DESCRICAO
TB_ITENSPEDIDO.QUANTIDADE
TB_ITENSPEDIDO.PR_UNITARIO
TB_TIPOPRODUTO.TIPO
TB_UNIDADE.UNIDADE
TB_COR.COR
TB_PEDIDO.DATA_EMISSAO

Filtrando TB_PEDIDO emitidos em Janeiro de 2014


*/
SELECT
I.NUM_PEDIDO, I.NUM_ITEM, I.COD_PRODUTO, PR.DESCRICAO,
I.QUANTIDADE, I.PR_UNITARIO, T.TIPO, U.UNIDADE, CR.COR,
PE.DATA_EMISSAO
FROM TB_ITENSPEDIDO I
JOIN TB_PRODUTO PR ON I.ID_PRODUTO = PR.ID_PRODUTO
JOIN TB_COR CR ON I.CODCOR = CR.CODCOR
JOIN TB_TIPOPRODUTO T ON PR.COD_TIPO = T.COD_TIPO
JOIN TB_UNIDADE U ON PR.COD_UNIDADE = U.COD_UNIDADE
JOIN TB_PEDIDO PE ON I.NUM_PEDIDO = PE.NUM_PEDIDO
WHERE PE.DATA_EMISSAO BETWEEN '2014.1.1' AND '2014.1.31';

É possível, também, associar valores em duas colunas não idênticas. Nessa operação,
utilizamos os mesmos operadores e predicados utilizados em qualquer INNER JOIN.
A associação de colunas só é funcional quando associamos uma tabela a ela mesma,
o que é conhecido como autoassociação ou self-join.

Em uma autoassociação, utilizamos a mesma tabela duas vezes na consulta, porém,


especificamos cada instância da tabela por meio de aliases, que são utilizados para
especificar os nomes das colunas durante a consulta.

Observe que, na tabela TB_EMPREGADO, temos o campo CODFUN (código do


funcionário) e temos também o campo COD_SUPERVISOR, que corresponde ao
código do funcionário que é supervisor de cada empregado. Portanto, se quisermos
consultar o nome do funcionário e do seu supervisor, precisaremos fazer um JOIN,
da seguinte forma:

SELECT E.CODFUN, E.NOME AS FUNCIONARIO, S.NOME AS SUPERVISOR


FROM TB_EMPREGADO E JOIN TB_EMPREGADO S
ON E.COD_SUPERVISOR = S.CODFUN;

165
SQL 2016 - Módulo I

5.3. OUTER JOIN
A cláusula INNER JOIN, vista anteriormente, tem como característica retornar apenas
as linhas em que o campo de relacionamento exista em ambas as tabelas. Se o
conteúdo do campo chave de relacionamento existe em uma tabela, mas não na
outra, essa linha não será retornada pelo SELECT. Vejamos um exemplo de INNER
JOIN:

-- INNER JOIN
SELECT * FROM TB_EMPREGADO; -- retorna 61 linhas
--
SELECT -- retorna 58 linhas
E.CODFUN, E.NOME, E.COD_DEPTO, E.COD_CARGO, C.CARGO
FROM TB_EMPREGADO E
INNER JOIN TB_CARGO C ON E.COD_CARGO = C.COD_CARGO;
-- OU (a palavra INNER é opcional)
SELECT -- retorna 58 linhas
E.CODFUN, E.NOME, E.COD_DEPTO, E.COD_CARGO, C.CARGO
FROM TB_EMPREGADO E
JOIN TB_CARGO C ON E.COD_CARGO = C.COD_CARGO;

/*
Existem 61 linhas na tabela TB_EMPREGADO, mas quando fazemos
INNER JOIN com TB_CARGO, retorna apenas com 58 linhas.
A explicação para isso é que existem 3 linhas em TB_EMPREGADO
com COD_CARGO inválido, inexistente em TB_DEPARTAMENTO.
*/

Uma cláusula OUTER JOIN retorna todas as linhas de uma das tabelas presentes em
uma cláusula FROM. Dependendo da tabela (ou tabelas) cujos dados são retornados,
podemos definir alguns tipos de OUTER JOIN, como veremos a seguir.

•• LEFT JOIN

A cláusula LEFT JOIN ou LEFT OUTER JOIN permite obter não apenas os dados
relacionados de duas tabelas, mas também os dados não relacionados encontrados
na tabela à esquerda da cláusula JOIN. Ou seja, a tabela à esquerda sempre terá
todos os seus dados retornados em uma cláusula LEFT JOIN. Caso não existam dados
relacionados entre as tabelas à esquerda e à direita de JOIN, os valores resultantes de
todas as colunas de lista de seleção da tabela à direita serão nulos.

166
Associando tabelas 5
Veja exemplos da utilização de LEFT JOIN:

/*
OUTER JOIN: Exibe também as linhas que não tenham correspondência.
No exemplo a seguir, mostramos TODAS as linhas da tabela
que está à esquerda da palavra JOIN (TB_EMPREGADO)
*/
--
SELECT -- retorna 61 linhas
E.CODFUN, E.NOME, E.COD_DEPTO, E.COD_CARGO, C.CARGO
FROM TB_EMPREGADO E
LEFT OUTER JOIN TB_CARGO C ON E.COD_CARGO = C.COD_CARGO;
-- OU (a palavra OUTER é opcional)
SELECT -- retorna 61 linhas
E.CODFUN, E.NOME, E.COD_DEPTO, E.COD_CARGO, C.CARGO
FROM TB_EMPREGADO E
LEFT JOIN TB_CARGO C ON E.COD_CARGO = C.COD_CARGO;
-- Observe o resultado e veja que existem 3 empregados
-- com CARGO = NULL porque o campo COD_CARGO não foi preenchido

O SELECT a seguir verifica, na tabela TB_EMPREGADO, os empregados que não


possuem um código de departamento (COD_DEPTO) válido:

-- Filtrar somente os registros não correspondentes


SELECT -- retorna 3 linhas
E.CODFUN, E.NOME, E.COD_DEPTO, E.COD_CARGO, C.CARGO
FROM TB_EMPREGADO E
LEFT JOIN TB_CARGO C ON E.COD_CARGO = C.COD_CARGO
WHERE C.COD_CARGO IS NULL;

•• RIGHT JOIN

Ao contrário da LEFT OUTER JOIN, a cláusula RIGHT JOIN ou RIGHT OUTER JOIN
retorna todos os dados encontrados na tabela à direita de JOIN. Caso não existam
dados associados entre as tabelas à esquerda e à direita de JOIN, serão retornados
valores nulos.

167
SQL 2016 - Módulo I

Veja o seguinte uso de RIGHT JOIN. Da mesma forma que existem empregados
que não possuem um COD_DEPTO válido, podemos verificar se existe algum
departamento sem nenhum empregado cadastrado. Nesse caso, deveremos exibir
todos os registros da tabela que está à direita (RIGHT) da palavra JOIN, ou seja, da
tabela TB_DEPARTAMENTO:

SELECT
E.CODFUN, E.NOME, E.COD_DEPTO, E.COD_CARGO, D.DEPTO
FROM TB_EMPREGADO E RIGHT JOIN TB_DEPARTAMENTO D ON E.COD_DEPTO =
D.COD_DEPTO;
-- O resultado terá 2 departamentos que
-- não retornaram dados de empregados.

-- Filtrar somente os registros não correspondentes


SELECT
E.CODFUN, E.NOME, E.COD_DEPTO, E.COD_CARGO, D.DEPTO
FROM TB_EMPREGADO E RIGHT JOIN TB_DEPARTAMENTO D ON E.COD_DEPTO =
D.COD_DEPTO
WHERE E.COD_DEPTO IS NULL;

•• FULL JOIN

Todas as linhas da tabela à esquerda de JOIN e da tabela à direita serão retornadas


pela cláusula FULL JOIN ou FULL OUTER JOIN. Caso uma linha de dados não esteja
associada a qualquer linha da outra tabela, os valores das colunas da lista de seleção
serão nulos. Caso contrário, os valores obtidos serão baseados nas tabelas utilizadas
como referência.

A seguir, é exemplificada a utilização de FULL JOIN:

-- FULL JOIN une o LEFT e o RIGHT JOIN


SELECT
E.CODFUN, E.NOME, E.COD_DEPTO, E.COD_CARGO, C.CARGO
FROM TB_EMPREGADO E FULL JOIN TB_CARGO C ON E.COD_CARGO = C.COD_CAR-
GO;
-- Observe o resultado e veja que existem 2 departamentos que
-- não retornaram dados de empregados.

-- Filtrar somente os registros não correspondentes


SELECT
E.CODFUN, E.NOME, E.COD_DEPTO, E.COD_CARGO, C.CARGO
FROM TB_EMPREGADO E FULL JOIN TB_CARGO C ON E.COD_CARGO = C.COD_CAR-
GO
WHERE E.COD_CARGO IS NULL OR C.COD_CARGO IS NULL;

168
Associando tabelas 5
5.4. CROSS JOIN
Todos os dados da tabela à esquerda de JOIN são cruzados com os dados da tabela
à direita de JOIN, ao utilizarmos CROSS JOIN. As possíveis combinações de linhas
em todas as tabelas são conhecidas como produto cartesiano. O tamanho do produto
cartesiano será definido pelo número de linhas na primeira tabela multiplicado pelo
número de linhas na segunda tabela. É possível cruzar informações de duas ou mais
tabelas.

Quando CROSS JOIN não possui uma cláusula WHERE, gera um produto cartesiano
das tabelas envolvidas. Se adicionarmos uma cláusula WHERE, CROSS JOIN se
comportará como uma INNER JOIN.

A seguir, temos um exemplo da utilização de CROSS JOIN:

-- CROSS JOIN
SELECT -- retorna 854 linhas
E.CODFUN, E.NOME, E.COD_DEPTO, E.COD_CARGO, D.DEPTO
FROM TB_EMPREGADO E CROSS JOIN TB_DEPARTAMENTO D;

A CROSS JOIN deve ser utilizada apenas quando for realmente necessário
um produto cartesiano, já que o resultado gerado pode ser muito grande.

169
SQL 2016 - Módulo I

Pontos principais
Atente para os tópicos a seguir. Eles devem ser estudados com muita atenção,
pois representam os pontos mais importantes do capítulo.

•• A associação de tabelas pode ser realizada, por exemplo, para converter em


informação os dados encontrados em duas ou mais tabelas. As tabelas podem
ser combinadas por meio de uma condição ou um grupo de condições de junção;

•• É importante ressaltar que as tabelas devem ser associadas em pares, embora


seja possível utilizar um único comando para combinar várias tabelas. Um
procedimento muito comum é a associação da chave primária da primeira tabela
com a chave estrangeira da segunda tabela;

•• JOIN é uma cláusula que permite a associação entre várias tabelas, com base na
relação existente entre elas. Por meio dessa cláusula, os dados de uma tabela
são utilizados para selecionar dados pertencentes à outra tabela;

•• Há diversos tipos de JOIN: INNER JOIN, OUTER JOIN (LEFT JOIN, RIGHT JOIN
e FULL JOIN) e CROSS JOIN.

170
5 Associando
tabelas
Teste seus conhecimentos
SQL 2016 - Módulo I

1. Qual cláusula não é um tipo de JOIN?

☐☐ a) INNER JOIN
☐☐ b) OUTER JOIN
☐☐ c) CROSS JOIN
☐☐ d) FULL JOIN
☐☐ e) ALTER JOIN

2. Analise o comando e verifique qual afirmação é a correta:

SELECT E.CODFUN, E.NOME, C.CARGO


FROM TB_EMPREGADO E JOIN TB_CARGO C ON E.COD_CARGO = E.COD_CARGO;

☐☐ a) O comando gera um erro.


☐☐ b) Apresenta uma lista com o código, nome e cargo do funcionário.
☐☐ c) Não apresenta nenhuma informação.
☐☐ d) Realiza um SELF-JOIN (relação com a mesma tabela) da tabela TB_EMPREGADO.
☐☐ e) Não é possível realiza esse JOIN.

3. Analise o comando e verifique qual afirmação é a correta:

SELECT
I.NUM_PEDIDO, I.NUM_ITEM, I.COD_PRODUTO, PR.DESCRICAO,
I.QUANTIDADE, I.PR_UNITARIO, T.TIPO, U.UNIDADE, CR.COR,
PE.DATA_EMISSAO
FROM TB_ITENSPEDIDO I
JOIN TB_PRODUTO PR ON I.ID_PRODUTO = PR.ID_PRODUTO
JOIN TB_COR CR ON I.CODCOR = CR.CODCOR
JOIN TB_TIPOPRODUTO T ON PR.COD_TIPO = T.COD_TIPO
JOIN TB_UNIDADE U ON PR.COD_UNIDADE = U.COD_UNIDADE
JOIN TB_PEDIDO PE ON I.NUM_PEDIDO = PE.NUM_PEDIDO
WHERE PE.DATA_EMISSAO BETWEEN '2014.1.1' AND '2014.1.31';

☐☐ a) A sintaxe está errada.


☐☐ b) Existem muitas tabelas e o SQL não consegue resolver a consulta.
☐☐ c) O comando executa um JOIN com várias tabelas e retorna as informações.
☐☐ d) Não é necessário utilizar a tabela TB_PEDIDO, pois não é utilizado nenhum
campo dela.
☐☐ e) O comando executa um JOIN com várias tabelas, porém não retorna as
informações.

172
Associando tabelas 5
4. Para trazer todas as informações da tabela TABELA_A, independentemente
da relação, qual comando está correto?

☐☐ a) FROM TABELA_A LEFT OUTER JOIN TABELA_B ON ....


☐☐ b) FROM TABELA_A INNER JOIN TABELA_B ON ....
☐☐ c) FROM TABELA_A JOIN TABELA_B ON ....
☐☐ d) FROM TABELA_A RIGHT JOIN TABELA_B ON ....
☐☐ e) FROM TABELA_A FULL JOIN TABELA_B ON ....

5. Um JOIN do tipo CROSS realiza:

☐☐ a) Relação entre duas tabelas mostrando todos os dados das duas tabelas.
☐☐ b) Um produto cartesiano, que é a combinação de todos os registros de uma
tabela com todos da outra.
☐☐ c) É um recurso disponível somente da versão SQL 2008 em diante.
☐☐ d) Devemos utilizar sempre e filtrarmos a consulta com WHERE.
☐☐ e) Não existe este tipo de JOIN.

173
5 Associando
tabelas
Mãos à obra!
SQL 2016 - Módulo I

Laboratório 1
A – Utilizando o comando JOIN para associar tabelas

Considere o seguinte diagrama relacional de banco de dados para associar tabelas:

1. Coloque em uso o banco de dados PEDIDOS;

2. Liste os campos NUM_PEDIDO, DATA_EMISSAO e VLR_TOTAL de PEDIDOS,


seguidos de NOME do vendedor;

3. Liste os campos NUM_PEDIDO, DATA_EMISSAO e VLR_TOTAL de PEDIDOS,


seguidos de NOME do cliente;

4. Liste os pedidos com o nome do vendedor e o nome do cliente;

5. Liste os itens de pedido (TB_ITENSPEDIDO) com o nome do produto (TB_PRODUTO.


DESCRICAO);

6. Liste os campos COD_PRODUTO e DESCRICAO da tabela TB_PRODUTO, seguidos


da descrição do tipo de produto (TB_TIPOPRODUTO.TIPO);

176
Associando tabelas 5
7. Liste os campos COD_PRODUTO e DESCRICAO da tabela TB_PRODUTO, seguidos
da descrição do tipo de produto (TB_TIPOPRODUTO.TIPO) e do nome da unidade de
medida (TB_UNIDADE.UNIDADE);

8. Liste os campos NUM_PEDIDO, NUM_ITEM, COD_PRODUTO, QUANTIDADE e PR_


UNITARIO da tabela TB_ITENSPEDIDO, e os campos COD_PRODUTO e DESCRICAO da
tabela TB_PRODUTO, seguidos da descrição do tipo de produto (TB_TIPOPRODUTO.
TIPO) e do nome da unidade de medida (TB_UNIDADE.UNIDADE);

9. Liste os campos NUM_PEDIDO, NUM_ITEM, COD_PRODUTO, QUANTIDADE e PR_


UNITARIO da tabela TB_ITENSPEDIDO, e os campos COD_PRODUTO e DESCRICAO da
tabela TB_PRODUTO, seguidos da descrição do tipo de produto (TB_TIPOPRODUTO.
TIPO), do nome da unidade de medida (TB_UNIDADE.UNIDADE) e do nome da cor
(TB_COR.COR);

10. Liste todos os pedidos (TB_PEDIDO) do vendedor MARCELO em Jan/2014;

Este exercício não especifica quais campos devem ser exibidos. Escolha você os
campos que devem ser mostrados.

11. Liste os nomes dos clientes (TB_CLIENTE.NOME) que efetuaram compras em


janeiro de 2014;

12. Liste os nomes de produtos (TB_PRODUTO.DESCRICAO) que foram vendidos em


janeiro de 2014;

13. Liste NUM_PEDIDO, VLR_TOTAL (PEDIDOS) e NOME (TB_CLIENTE). Mostre apenas


pedidos de janeiro de 2014 e clientes que tenham NOME iniciado com MARCIO;

14. Liste NUM_PEDIDO, QUANTIDADE vendida e PR_UNITARIO (TB_ITENSPEDIDO),


DESCRICAO (TB_PRODUTO), NOME do vendedor que vendeu cada item de pedido
(TB_VENDEDOR);

15. Liste todos os itens de pedido com desconto superior a 7%. Mostre NUM_PEDIDO,
DESCRICAO do produto, NOME do cliente, NOME do vendedor e QUANTIDADE
vendida;

16. Liste os itens de pedido com o nome do produto, a descrição do tipo, a descrição
da unidade e o nome da cor, mas apenas os itens vendidos em janeiro de 2014 na
cor LARANJA;

17. Liste NOME e FONE1 dos fornecedores que venderam o produto CANETA STAR I;

18. Liste a DESCRICAO dos produtos comprados do fornecedor cujo NOME começa
com LINCE;

19. Liste NOME e FONE1 dos fornecedores, bem como DESCRICAO dos produtos
com QTD_REAL abaixo de QTD_MINIMA;

20. Liste todos os produtos comprados do fornecedor cujo nome inicia-se com FESTO.

177
6 Consultas com
subqueries

ÃÃ Principais características das subqueries;


ÃÃ Subqueries introduzidas com IN e NOT IN;
ÃÃ Subqueries introduzidas com sinal de igualdade (=);
ÃÃ Subqueries correlacionadas;
ÃÃ Diferenças entre subqueries e associações;
ÃÃ Diferenças entre subqueries e tabelas temporárias.
SQL 2016 - Módulo I

6.1. Introdução
Uma consulta aninhada em uma instrução SELECT, INSERT, DELETE ou UPDATE é
chamada de subquery (subconsulta). Isso ocorre quando usamos um SELECT dentro de
um SELECT, INSERT, UPDATE ou DELETE. Também é comum chamar uma subquery
de query interna. Já a instrução em que está inserida a subquery pode ser chamada
de query externa.

O limite máximo de aninhamento de uma subquery é de 32 níveis, limite este que


varia de acordo com a complexidade das outras instruções que compõem a consulta
e com a quantidade de memória disponível.

6.2. Principais características das subqueries


A seguir, temos a descrição das principais características das subqueries:

•• As subqueries podem ser escalares (retornam apenas uma linha) ou tabulares


(retornam linhas e colunas);

•• É possível obter apenas uma coluna por subquery;

•• Uma subquery, que pode ser incluída dentro de outra subquery, deve estar
entre parênteses, o que a diferenciará da consulta principal;

•• Em instruções SELECT, UPDATE, INSERT e DELETE, uma subquery é utilizada


nos mesmos locais em que poderiam ser utilizadas expressões;

•• Pelo fato de podermos trabalhar com consultas estruturadas, as subqueries


permitem que partes de um comando sejam separadas das demais partes;

•• Se uma instrução é permitida em um local, este local aceita a utilização de uma


subquery;

•• Alguns tipos de dados não podem ser utilizados na lista de seleção de uma
subquery. São eles: nvarchar(max), varchar(max) e varbinary(max);

•• Um único valor será retornado ao utilizarmos o sinal de igualdade (=) no início


da subquery;

•• As palavras-chave ALL, ANY e SOME podem ser utilizadas para modificar


operadores de comparação que introduzem uma subquery. Podemos fazer as
seguintes considerações a respeito delas:

•• ALL realiza uma comparação entre um valor escalar e um conjunto


de valores de uma coluna. Então, retornará TRUE nos casos em que a
comparação for verdadeira para todos os pares;

•• SOME (padrão ISO que equivale a ANY) e ANY realizam uma comparação
entre um valor escalar e um conjunto de valores de uma coluna. Então,
retornarão TRUE nos casos em que a comparação for verdadeira para
qualquer um dos pares.

180
Consultas com subqueries 6
•• Quando utilizamos um operador de comparação (=, < >, >, > =, <, ! >, ! < ou <
=) para introduzir uma subquery, sua lista de seleção poderá incluir apenas um
nome de coluna ou expressão, a não ser que utilizemos IN na lista ou EXISTS
no SELECT;

•• As cláusulas GROUP BY e HAVING não podem ser utilizadas em subqueries


introduzidas por um operador de comparação que não seja seguido pelas
palavras-chave ANY ou ALL;

•• A utilização da cláusula ORDER BY só é possível caso a cláusula TOP seja


especificada;

•• Alternativamente, é possível formular muitas instruções do Transact-SQL com


subqueries como associações;

•• O nome de coluna que, ocasionalmente, estiver presente na cláusula WHERE


de uma query externa deve ser associável com a coluna da lista de seleção da
subquery;

•• A qualificação dos nomes de colunas de uma instrução é feita pela tabela


referenciada na cláusula FROM;

•• Subqueries que incluem GROUP BY não aceitam a utilização de DISTINCT;

•• Uma view não pode ser atualizada caso ela tenha sido criada com uma subquery;

•• Uma subquery aninhada na instrução SELECT externa é formada por uma


cláusula FROM regular com um ou mais nomes de view ou tabela, por uma
consulta SELECT regular junto dos componentes da lista de seleção regular e
pelas cláusulas opcionais WHERE, HAVING e GROUP BY;

•• Subqueries podem ser utilizadas para realizar testes de existência de linhas.


Nesse caso, é adotado o operador EXISTS;

•• Por oferecer diversas formas de obter resultados, as subqueries eliminam a


necessidade de utilização das cláusulas JOIN e UNION de maior complexidade;

•• Uma instrução que possui uma subquery não apresenta muitas diferenças de
performance em relação a uma versão semanticamente semelhante que não
possui a subquery. No entanto, uma JOIN apresenta melhor desempenho nas
situações em que é necessário realizar testes de existência;

•• As colunas de uma tabela não poderão ser incluídas na saída, ou seja, na lista
de seleção da query externa, caso essa tabela apareça apenas em uma subquery
e não na query externa.

181
SQL 2016 - Módulo I

A seguir, temos os formatos normalmente apresentados pelas instruções que possuem


uma subquery:

WHERE expressao [NOT] IN (subquery);

WHERE expressao operador_comparacao [ANY | ALL] (subquery);

WHERE [NOT] EXISTS (subquery).

Veja um exemplo de subquery que verifica a existência de clientes que compraram no


mês de janeiro de 2014:

SELECT * FROM TB_CLIENTE


WHERE EXISTS (SELECT * FROM TB_PEDIDO
WHERE CODCLI = TB_CLIENTE.CODCLI AND
DATA_EMISSAO BETWEEN '2014.1.1' AND '2014.1.31');
-- OU
SELECT * FROM TB_CLIENTE
WHERE CODCLI IN (SELECT CODCLI FROM TB_PEDIDO
WHERE DATA_EMISSAO BETWEEN '2014.1.1' AND '2014.1.31');

No próximo exemplo, é verificada a existência de clientes que não compraram em


janeiro de 2014:

SELECT * FROM TB_CLIENTE


WHERE NOT EXISTS (SELECT * FROM TB_PEDIDO
WHERE CODCLI = TB_CLIENTE.CODCLI AND
DATA_EMISSAO BETWEEN '2014.1.1' AND '2014.1.31');
-- OU
SELECT * FROM TB_CLIENTE
WHERE CODCLI NOT IN (SELECT CODCLI FROM TB_PEDIDO
WHERE DATA_EMISSAO BETWEEN '2014.1.1' AND '2014.1.31');

6.3. Subqueries introduzidas com IN e NOT IN


Uma subquery terá como resultado uma lista de zero ou mais valores caso tenha sido
introduzida com a utilização de IN ou NOT IN. O resultado, então, será utilizado pela
query externa.

Os exemplos adiante demonstram subqueries introduzidas com IN e NOT IN:

•• Exemplo 1

-- Lista de empregados cujo cargo tenha salário inicial


-- inferior a 5000
SELECT * FROM TB_EMPREGADO
WHERE COD_CARGO IN (SELECT COD_CARGO FROM TB_CARGO
WHERE SALARIO_INIC < 5000);

182
Consultas com subqueries 6
•• Exemplo 2

-- Lista de departamentos em que não existe nenhum


-- funcionário cadastrado
SELECT * FROM TB_DEPARTAMENTO
WHERE COD_DEPTO NOT IN
(SELECT DISTINCT COD_DEPTO FROM TB_EMPREGADO
WHERE COD_DEPTO IS NOT NULL)
-- O mesmo que
SELECT
E.CODFUN, E.NOME, E.COD_DEPTO, E.COD_CARGO, D.COD_DEPTO, D.DEPTO
FROM TB_EMPREGADO E RIGHT JOIN TB_DEPARTAMENTO D ON E.COD_DEPTO =
D.COD_DEPTO
WHERE E.COD_DEPTO IS NULL

•• Exemplo 3

-- Lista de cargos em que não existe nenhum


-- funcionário cadastrado
SELECT * FROM TB_CARGO
WHERE COD_CARGO NOT IN
(SELECT DISTINCT COD_CARGO FROM TB_EMPREGADO
WHERE COD_CARGO IS NOT NULL)
-- O mesmo que
SELECT
C.COD_CARGO, C.CARGO
FROM TB_EMPREGADO E RIGHT JOIN TB_CARGO C ON E.COD_CARGO = C.COD_
CARGO
WHERE E.COD_CARGO IS NULL

6.4. Subqueries introduzidas com sinal de


igualdade (=)
Veja exemplos de como utilizar o sinal de igualdade (=) para inserir subqueries:

•• Exemplo 1

-- Funcionário(s) que ganha(m) menos


SELECT * FROM TB_EMPREGADO
WHERE SALARIO = (SELECT MIN(SALARIO) FROM TB_EMPREGADO)
-- o mesmo que
SELECT TOP 1 WITH TIES * FROM TB_EMPREGADO
WHERE SALARIO IS NOT NULL
ORDER BY SALARIO

183
SQL 2016 - Módulo I

•• Exemplo 2

-- Funcionário mais novo na empresa


SELECT * FROM TB_EMPREGADO
WHERE DATA_ADMISSAO =
(SELECT MAX(DATA_ADMISSAO) FROM TB_EMPREGADO);

-- O mesmo que
SELECT TOP 1 WITH TIES * FROM TB_EMPREGADO
ORDER BY DATA_ADMISSAO DESC;

6.5. Subqueries correlacionadas
Quando uma subquery possui referência a uma ou mais colunas da query externa, ela
é chamada de subquery correlacionada. É uma subquery repetitiva, pois é executada
uma vez para cada linha da query externa. Assim, os valores das subqueries
correlacionadas dependem da query externa, o que significa que, para construir uma
subquery desse tipo, será necessário criar tanto a query interna como a externa.

Também é possível que subqueries correlacionadas incluam, na cláusula FROM,


funções definidas pelo usuário, as quais retornam valores de tipo de dado table. Para
isso, basta que colunas de uma tabela na query externa sejam referenciadas como
argumento de uma função desse tipo. Então, será feita a avaliação dessa função de
acordo com a subquery para cada linha da query externa.

Veja o exemplo a seguir, que grava, no campo SALARIO de cada funcionário, o valor
de salário inicial contido na tabela de cargos:

UPDATE TB_EMPREGADO SET SALARIO = (SELECT SALARIO_INIC


FROM TB_CARGO
WHERE COD_CARGO = TB_EMPREGADO.COD_CARGO);

6.5.1. Subqueries correlacionadas com EXISTS


Subqueries correlacionadas introduzidas com a cláusula EXISTS não retornam dados,
mas apenas TRUE ou FALSE. Sua função é executar um teste de existência de linhas,
portanto, se houver qualquer linha em uma subquery, será retornado TRUE.

Sobre EXISTS, é importante atentarmos para os seguintes aspectos:

•• Antes de EXISTS não deve haver nome de coluna, constante ou expressão;

•• Quando EXISTS introduz uma subquery, sua lista de seleção será, normalmente,
um asterisco.

Por meio do código a seguir, é possível saber se temos clientes que não realizaram
compra no mês de janeiro de 2014:

SELECT * FROM TB_CLIENTE


WHERE NOT EXISTS (SELECT * FROM TB_PEDIDO
WHERE CODCLI = TB_CLIENTE.CODCLI AND
DATA_EMISSAO BETWEEN '2014.1.1' AND '2014.1.31');

184
Consultas com subqueries 6
6.6. Diferenças entre subqueries e
associações
Ao comparar subqueries e associações (JOINS), é possível constatar que as associações
são mais indicadas para verificação de existência, pois apresentam desempenho
melhor nesses casos. Também podemos verificar que, ao contrário das subqueries,
as associações não atuam em listas com um operador de comparação modificado por
ANY ou ALL, ou em listas que tenham sido introduzidas com IN ou EXISTS.

Em alguns casos, pode ser que lidemos com questões muito complexas para serem
respondidas com associações, então, será mais indicado usar subqueries. Isso porque
a visualização do aninhamento e da organização da query é mais simples em uma
subquery, enquanto que, em uma consulta com diversas associações, a visualização
pode ser complicada. Além disso, nem sempre as associações podem reproduzir os
efeitos de uma subquery.

O código a seguir utiliza JOIN para calcular o total vendido por cada vendedor no
período de janeiro de 2014 e a porcentagem de vendas em relação ao total de vendas
realizadas no mesmo mês:

SELECT P.CODVEN, V.NOME,


SUM(P.VLR_TOTAL) AS TOT_VENDIDO,
100 * SUM(P.VLR_TOTAL) / (SELECT SUM(VLR_TOTAL)
FROM TB_PEDIDO
WHERE DATA_EMISSAO BETWEEN '2014.1.1' AND '2014.1.31') AS POR-
CENTAGEM
FROM TB_PEDIDO P JOIN TB_VENDEDOR V ON P.CODVEN = V.CODVEN
WHERE P.DATA_EMISSAO BETWEEN '2014.1.1' AND '2014.1.31'
GROUP BY P.CODVEN, V.NOME;

Já o código a seguir utiliza subqueries para calcular, para cada departamento, o total
de salários dos funcionários sindicalizados e o total de salários dos não sindicalizados:

SELECT COD_DEPTO,
(SELECT SUM(E.SALARIO) FROM TB_EMPREGADO E
WHERE E.SINDICALIZADO = 'S' AND
E.COD_DEPTO = TB_EMPREGADO.COD_DEPTO) AS TOT_SALARIO_SIND,
(SELECT SUM(E.SALARIO) FROM TB_EMPREGADO E
WHERE E.SINDICALIZADO = 'N' AND
E.COD_DEPTO = TB_EMPREGADO.COD_DEPTO) AS TOT_SALARIO_NAO_
SIND
FROM TB_EMPREGADO
GROUP BY COD_DEPTO;

185
SQL 2016 - Módulo I

6.7. Diferenças entre subqueries e tabelas


temporárias
Embora as tabelas temporárias sejam parecidas com as permanentes, elas são
armazenadas em tempdb e excluídas automaticamente após terem sido utilizadas.

As tabelas temporárias locais apresentam, antes do nome, o símbolo # e são visíveis


somente durante a conexão atual. Quando o usuário desconecta-se da instância do
SQL Server, ela é excluída.

Já as tabelas temporárias globais apresentam, antes do nome, dois símbolos ## e são


visíveis para todos os usuários. Uma tabela desse tipo será excluída apenas quando
todos os usuários que a referenciam se desconectarem da instância do SQL Server.

A escolha da utilização de tabelas temporárias ou de subqueries dependerá de cada


situação e de aspectos como desempenho do sistema e até mesmo das preferências
pessoais de cada usuário. O fato é que, por conta das diferenças existentes entre
elas, o uso de uma, para uma situação específica, acaba sendo mais indicado do que
o emprego de outra.

Assim, quando temos bastante RAM, as subqueries são preferíveis, pois ocorrem na
memória. Já as tabelas temporárias, como necessitam dos recursos disponibilizados
pelo disco rígido para serem executadas, são indicadas nas situações em que o(s)
servidor(es) do banco de dados apresenta(m) bastante espaço no disco rígido.

Há, ainda, uma importante diferença entre tabela temporária e subquery: normalmente,
esta última é mais fácil de manter. No entanto, se a subquery for muito complexa, a
melhor medida a ser tomada pode ser fragmentá-la em diversas tabelas temporárias,
criando, assim, blocos de dados de tamanho menor.

Veja o exemplo a seguir, que utiliza subqueries para retornar os pedidos da vendedora
LEIA para clientes de SP que não compraram em janeiro de 2014, mas compraram em
dezembro de 2013:

SELECT * FROM TB_PEDIDO


WHERE CODVEN IN (SELECT CODVEN FROM TB_VENDEDOR WHERE NOME = 'LEIA')
AND CODCLI IN (
SELECT CODCLI FROM TB_CLIENTE
WHERE CODCLI NOT IN (SELECT CODCLI FROM TB_PEDIDO
WHERE DATA_EMISSAO BETWEEN
'2014.1.1' AND '2014.1.31') AND
CODCLI IN (SELECT CODCLI FROM TB_PEDIDO
WHERE DATA_EMISSAO BETWEEN
'2013.12.1'
AND '2013.12.31')
AND ESTADO = 'SP' );

186
Consultas com subqueries 6
Já no próximo código, em vez de subqueries, utilizamos tabelas temporárias para
obter o mesmo resultado do código anterior:

-- Tabela temporária 1 - Código da vendedora LEIA


SELECT CODVEN INTO #VEND_LEIA FROM TB_VENDEDOR WHERE NOME = 'LEIA';

-- Tabela temporária 2 - Clientes que compraram em Jan/2014


SELECT CODCLI INTO #CLI_COM_PED_JAN_2014 FROM TB_PEDIDO
WHERE DATA_EMISSAO BETWEEN '2014.1.1' AND '2014.1.31';

-- Tabela temporária 3 - Clientes que compraram em Dez/2013


SELECT CODCLI INTO #CLI_COM_PED_DEZ_2013 FROM TB_PEDIDO
WHERE DATA_EMISSAO BETWEEN '2013.12.1' AND '2013.12.31';

-- Tabela temporária 4 - Clientes de SP que compraram


-- em Dez/2013, mas não compraram em Jan de 2014
SELECT CODCLI INTO #CLI_FINAL FROM TB_CLIENTE
WHERE CODCLI NOT IN (SELECT CODCLI FROM #CLI_COM_PED_JAN_2014)
AND
CODCLI IN (SELECT CODCLI FROM #CLI_COM_PED_DEZ_2013)
AND
ESTADO = 'SP';

-- SELECT de TB_PEDIDO
SELECT * FROM TB_PEDIDO
WHERE CODVEN IN (SELECT CODVEN FROM #VEND_LEIA)
AND
CODCLI IN (SELECT CODCLI FROM #CLI_FINAL);

187
SQL 2016 - Módulo I

Pontos principais
Atente para os tópicos a seguir. Eles devem ser estudados com muita atenção,
pois representam os pontos mais importantes do capítulo.

•• Uma consulta aninhada em uma instrução SELECT, INSERT, DELETE ou UPDATE


é denominada subquery (subconsulta). As subqueries são também referidas
como queries internas. Já a instrução em que está inserida a subquery pode ser
chamada de query externa;

•• Vejamos algumas das diversas características das subqueries: podem ser


escalares (retornam apenas uma linha) ou tabulares (retornam linhas e colunas).
Elas, que podem ser incluídas dentro de outras subqueries, devem estar entre
parênteses, o que as diferenciará da consulta principal;

•• Uma subquery retornará uma lista de zero ou mais valores caso tenha sido
introduzida com a utilização de IN ou NOT IN. O resultado, então, será utilizado
pela query externa;

•• O sinal de igualdade (=) pode ser utilizado para inserir subqueries;

•• Quando uma subquery possui referência a uma ou mais colunas da query


externa, ela é chamada de subquery correlacionada. Trata-se de uma subquery
repetitiva, pois é executada uma vez para cada linha da query externa. Desta
forma, os valores das subqueries correlacionadas dependem da query externa,
o que significa que, para construir uma subquery desse tipo, será necessário
criar tanto a query interna como a externa;

•• Ao comparar subqueries e associações (JOINS), é possível constatar que as


associações são mais indicadas para verificação de existência, pois apresentam
desempenho melhor nesses casos;

•• A visualização do aninhamento e da organização da query é mais simples em


uma subquery, enquanto que, em uma consulta com diversas associações, a
visualização pode ser complicada;

•• Tabelas temporárias são armazenadas no tempdb e excluídas automaticamente


após terem sido utilizadas;

•• As tabelas temporárias locais apresentam, antes do nome, o símbolo # e são


visíveis somente durante a conexão atual. Quando o usuário desconecta-se
da instância do SQL Server, ela é excluída. Já as tabelas temporárias globais
apresentam, antes do nome, dois símbolos ## e são visíveis para todos os
usuários. Uma tabela desse tipo será excluída apenas quando todos os usuários
que a referenciam se desconectarem da instância do SQL Server;

•• A escolha da utilização de tabelas temporárias ou subqueries dependerá de


cada situação e de aspectos como desempenho do sistema e até mesmo das
preferências pessoais de cada usuário.

188
6 Consultas com
subqueries
Teste seus conhecimentos
SQL 2016 - Módulo I

1. Qual das afirmações a seguir não é uma caraterística das subqueries?

☐ a) A utilização da cláusula ORDER BY só é possível caso a cláusula TOP seja


especificada.
☐ b) Subqueries podem ser utilizadas para realizar testes de existência de linhas.
Nesse caso, é adotado o operador EXISTS.
☐ c) É possível obter mais de uma coluna por subquery.
☐ d) Em instruções SELECT, UPDATE, INSERT e DELETE, uma subquery é utilizada
nos mesmos locais em que poderiam ser utilizadas expressões.
☐ e) Se uma instrução é permitida em um local, este local aceita a utilização de
uma subquery.

2. Analise o comando adiante e verifique qual afirmação é a correta:

SELECT * FROM TB_CLIENTE


WHERE CODCLI IN (SELECT CODCLI FROM PEDIDOS
WHERE DATA_EMISSAO BETWEEN '2014.1.1' AND '2014.1.31');

☐☐ a) Apresenta os clientes que compraram em janeiro de 2014.


☐☐ b) Apresenta os clientes que não compraram em janeiro de 2014.
☐☐ c) Não apresenta nenhuma informação.
☐☐ d) Comando errado, pois, no lugar do operador IN, deve ser utilizado o igual.
☐☐ e) Apresenta os pedidos dos clientes de janeiro de 2014.

3. Analise o comando adiante e verifique qual afirmação é a correta:

SELECT * FROM TB_EMPREGADO


WHERE COD_CARGO = (SELECT COD_CARGO FROM TABELACAR
WHERE SALARIO_INIC < 5000);

☐☐ a) A sintaxe está errada.


☐☐ b) O comando retornará todos os empregados que possuem cargo com salário
inicial menor que 5000.
☐☐ c) O comando não retorna nenhum registro.
☐☐ d) Não existe diferença entre o operador IN e igual.
☐☐ e) Ocorrerá um erro quando a subconsulta retornar mais de um registro.

190
Consultas com subqueries 6
4. Qual afirmação está errada, com relação a subqueries correlacionadas?

☐☐ a) Antes de EXISTS não deve haver nome de coluna, constante ou expressão.


☐☐ b) Quando EXISTS introduz uma subquery, sua lista de seleção será,
normalmente, um asterisco.
☐☐ c) Subqueries correlacionadas não podem incluir funções definidas pelo usuário.
☐☐ d) A cláusula EXISTS não retorna dados, mas apenas TRUE ou FALSE.
☐☐ e) A subquery será executada para cada linha da consulta externa.

5. Qual afirmação está errada, com relação a tabelas temporárias?

☐☐ a) Quando declaramos com sinal #, a tabela é global.


☐☐ b) Normalmente, uma subquery é mais fácil de manter do que uma tabela
temporária.
☐☐ c) Ao encerrarmos a conexão, a tabela temporária local é excluída
automaticamente.
☐☐ d) Tabelas temporárias globais são recursos que devem ser evitados.
☐☐ e) Tabelas temporárias ficam armazenadas no tempdb.

191
6 Consultas com
subqueries
Mãos à obra!
SQL 2016 - Módulo I

Laboratório 1
A – Trabalhando com JOIN e subquery

Para auxiliar na execução do laboratório, utilize o diagrama a seguir:

194
Consultas com subqueries 6

1. Execute o script: Cap06_Lab01_CriaBanco.sql;

2. Apresente todas as salas de aula para as quais não há nenhum curso marcado;

3. Apresente todos os treinamentos para os quais não há instrutor;

4. Apresente os alunos (CAD_PESSOAS) que não têm e nem tiveram cursos agendados;

5. Apresente os departamentos que não possuem funcionários cadastrados;

6. Apresente os cargos para os quais não existem funcionários cadastrados;

7. Apresente as pessoas que sejam de estados cujo ICMS seja menor que 7;

8. Apresente os dados do instrutor que possui o maior valor hora (VLR_HORA);

9. Apresente os dados do instrutor que possui o menor valor hora (VLR_HORA).

195
7 Atualizando e
excluindo dados

ÃÃ UPDATE;
ÃÃ DELETE;
ÃÃ OUTPUT para DELETE e UPDATE;
ÃÃ Transações.
SQL 2016 - Módulo I

7.1. Introdução
Os comandos da categoria Data Manipulation Language, ou DML, são utilizados não
apenas para consultar (SELECT) e inserir (INSERT) dados, mas também para realizar
alterações e exclusões de dados presentes em registros. Os comandos responsáveis
por alterações e exclusões são, respectivamente, UPDATE e DELETE.

Para executarmos diferentes comandos ao mesmo tempo, podemos escrevê-los em


um só script. Porém, esse procedimento dificulta a correção de eventuais erros na
sintaxe. Portanto, recomenda-se executar cada um dos comandos separadamente.

É importante lembrar que os apóstrofos (') devem ser utilizados entre as strings de
caracteres, com exceção dos dados numéricos. Os valores de cada coluna, por sua
vez, devem ser separados por vírgulas.

7.2. UPDATE
Os dados pertencentes a múltiplas linhas de uma tabela podem ser alterados por
meio do comando UPDATE.

Quando utilizamos o comando UPDATE, é necessário especificar algumas informações,


como o nome da tabela que será atualizada e as colunas cujo conteúdo será alterado.
Também, devemos incluir uma expressão ou um determinado valor que realizará
essa atualização, bem como algumas condições para determinar quais linhas serão
editadas.

A sintaxe de UPDATE é a seguinte:

UPDATE tabela
SET nome_coluna = expressao [, nome_coluna = expressao,...]
[WHERE condicao]

Em que:

•• tabela: Define a tabela em que dados de uma linha ou grupo de linhas serão
alterados;

•• nome_coluna: Trata-se do nome da coluna a ser alterada;

•• expressao: Trata-se da expressão cujo resultado será gravado em nome_coluna.


Também pode ser uma constante;

•• condicao: É a condição de filtragem utilizada para definir as linhas de tabela a


serem alteradas.

Este capítulo aborda a utilização simples de UPDATE sem as cláusulas


FROM e JOIN que foram omitidas da sintaxe do comando. Em um capítulo
posterior, veremos como utilizar esse comando com as cláusulas FROM/JOIN.

198
Atualizando e excluindo dados 7
Nas expressões especificadas com o comando UPDATE, costumamos utilizar
operadores aritméticos, os quais realizam operações matemáticas, e o operador de
atribuição =. A tabela a seguir descreve esses operadores:

Operador Descrição
+ Adição
- Subtração
* Multiplicação
/ Divisão
Retorna o resto inteiro
%
de uma divisão
= Atribuição

Tais operadores podem ser combinados, como descreve a próxima tabela:

Operadores Descrição
+= Soma e atribui
-= Subtrai e atribui
*= Multiplica e atribui
/= Divide e atribui
Obtém o resto da
%=
divisão e atribui

Veja alguns exemplos da utilização desses operadores:

-- Operadores
DECLARE @A INT = 10;
SET @A += 5; -- O mesmo que SET @A = @A + 5;
PRINT @A;
SET @A -= 2; -- O mesmo que SET @A = @A - 2;
PRINT @A;
SET @A *= 4; -- O mesmo que SET @A = @A * 4;
PRINT @A;
SET @A /= 2; -- O mesmo que SET @A = @A / 2;
PRINT @A;
GO

199
SQL 2016 - Módulo I

7.2.1. Alterando dados de uma coluna


O exemplo a seguir descreve como alterar dados de uma coluna:

-- Alterar dados de uma coluna


USE PEDIDOS;

-- Aumentar o salário de todos os funcionários em 20%


UPDATE TB_EMPREGADO
SET SALARIO = SALARIO * 1.2;
-- OU
UPDATE TB_EMPREGADO
SET SALARIO *= 1.2;

-- Somar 2 na quantidade de dependentes do funcionário de


-- código 5
UPDATE TB_EMPREGADO
SET NUM_DEPEND = NUM_DEPEND + 2
WHERE CODFUN = 5;
-- OU
UPDATE TB_EMPREGADO
SET NUM_DEPEND += 2
WHERE CODFUN = 5;

7.2.2. Alterando dados de diversas colunas


O exemplo a seguir descreve como alterar dados de várias colunas. Será corrigido o
endereço do cliente de código 5:

SELECT * FROM TB_CLIENTE WHERE CODCLI = 5;

-- Alterar os dados do cliente de código 5


UPDATE TB_CLIENTE
SET ENDERECO = 'AV. PAULISTA, 1009 - 10 AND',
BAIRRO = 'CERQUEIRA CESAR',
CIDADE = 'SÃO PAULO'
WHERE CODCLI = 5;

-- Conferir o resultado da alteração


SELECT * FROM TB_CLIENTE WHERE CODCLI = 5;

200
Atualizando e excluindo dados 7
No exemplo a seguir, serão corrigidos dados de um grupo de produtos:

SELECT * FROM TB_PRODUTO


WHERE COD_TIPO = 5;

-- Alterar os dados do grupo de produtos


UPDATE TB_PRODUTO SET QTD_ESTIMADA = QTD_REAL,
CLAS_FISC = '96082000',
IPI = 8
WHERE COD_TIPO = 5;

-- A linha a seguir confere o resultado da alteração


SELECT * FROM TB_PRODUTO
WHERE COD_TIPO = 5;

7.2.3. Utilizando TOP em uma instrução UPDATE


Utilizada em uma instrução UPDATE, a cláusula TOP define uma quantidade ou
porcentagem de linhas que serão atualizadas, conforme o exemplo a seguir, o qual
multiplica por 10 o valor de salário de 15 registros da tabela EMP_TEMP:

-- Consultar
SELECT * FROM EMP_TEMP;
-- Multiplicar por 10 o valor do SALARIO de 15 registros da tabela
UPDATE TOP(15) EMP_TEMP SET SALARIO = 10*SALARIO;
-- Consultar
SELECT * FROM EMP_TEMP;

7.3. DELETE
O comando DELETE deve ser utilizado quando desejamos excluir os dados de uma
tabela. Sua sintaxe é a seguinte:

DELETE [FROM] tabela


[WHERE condicao]

Em que:

•• tabela: É a tabela cuja linha ou grupo de linhas será excluído;

•• condicao: É a condição de filtragem utilizada para definir as linhas de tabela a


serem excluídas.

201
SQL 2016 - Módulo I

Uma alternativa ao comando DELETE, sem especificação da cláusula WHERE, é o uso


de TRUNCATE TABLE, que também exclui todas as linhas de uma tabela. No entanto,
este último apresenta as seguintes vantagens:

•• Não realiza o log da exclusão de cada uma das linhas, o que acaba por consumir
pouco espaço no log de transações;

•• A tabela não fica com páginas de dados vazias;

•• Os valores originais da tabela, quando ela foi criada, são restabelecidos, caso
haja uma coluna de identidade.

A sintaxe dessa instrução é a seguinte:

TRUNCATE TABLE <nome_tabela>

7.3.1. Excluindo todas as linhas de uma tabela


Podemos excluir todas as linhas de uma tabela com o comando DELETE. Nesse caso,
não utilizamos a cláusula WHERE.

1. Primeiramente, gere uma cópia da tabela TB_EMPREGADO:

SELECT * INTO EMPREGADOS_TMP FROM TB_EMPREGADO;

2. Agora, exclua os empregados que ganham mais do que 5000:

SELECT * FROM EMPREGADOS_TMP WHERE SALARIO > 5000;


--
DELETE FROM EMPREGADOS_TMP WHERE SALARIO > 5000;
--

A linha a seguir verifica se os empregados que ganham mais do que 5000 realmente
foram excluídos:

SELECT * FROM EMPREGADOS_TMP WHERE SALARIO > 5000;

3. A seguir, exclua os empregados de código 3, 5 e 7:

SELECT * FROM EMPREGADOS_TMP WHERE CODFUN IN (3,5,7);


--
DELETE FROM EMPREGADOS_TMP WHERE CODFUN IN (3,5,7);

A linha a seguir verifica se os empregados dos referidos códigos realmente foram


excluídos:

SELECT * FROM EMPREGADOS_TMP WHERE CODFUN IN (3,5,7);

202
Atualizando e excluindo dados 7
4. Já com o código adiante, elimine todos os registros da tabela EMPREGADOS_TMP:

DELETE FROM EMPREGADOS_TMP;


-- OU
TRUNCATE TABLE EMPREGADOS_TMP;
--

A linha a seguir verifica se todos os registros da referida tabela foram eliminados:

SELECT * FROM EMPREGADOS_TMP;

7.3.2. Utilizando TOP em uma instrução DELETE


Em uma instrução DELETE, a cláusula TOP define uma quantidade ou porcentagem
de linhas a serem removidas de uma tabela, como demonstrado no exemplo adiante,
que exclui 10 linhas da tabela CLIENTES_MG:

-- Colocar o banco de dados PEDIDOS em uso


USE PEDIDOS;
-- Criar a tabela a partir do comando SELECT INTO
SELECT * INTO CLIENTE_MG FROM TB_CLIENTE;
-- Consultar CLIENTE_MG
SELECT * FROM CLIENTE_MG;

DELETE TOP(10) FROM CLIENTE_MG;


-- Consultar
SELECT * FROM CLIENTE_MG;

O resultado do código anterior é o seguinte:

203
SQL 2016 - Módulo I

7.4. OUTPUT para DELETE e UPDATE


A sintaxe é a seguinte:

DELETE [FROM] <tabela> [OUTPUT deleted.<nomeCampo>|*[,...]]


WHERE <condição>

UPDATE <tabela> SET <campo1> = <expr1> [,...]


[OUTPUT deleted|inserted.<nomeCampo> [,...]]
[WHERE <condição>]

Veja alguns exemplos de OUTPUT:

-- Colocar o banco PEDIDOS em uso


USE PEDIDOS;

-- Gerar uma cópia da tabela TB_EMPREGADO chamada EMP_TEMP


CREATE TABLE EMP_TEMP
( CODFUN INT PRIMARY KEY,
NOME VARCHAR(30),
COD_DEPTO INT,
COD_CARGO INT,
SALARIO NUMERIC(10,2) )
GO

-- Inserir dados e exibir os registros inseridos


INSERT INTO EMP_TEMP OUTPUT INSERTED.*
SELECT CODFUN, NOME, COD_DEPTO, COD_CARGO, SALARIO
FROM TB_EMPREGADO;
GO

-- Deletar registros e mostrar os registros deletados


DELETE FROM EMP_TEMP OUTPUT DELETED.*
WHERE COD_DEPTO = 2
GO

-- Alterar registros e mostrar os dados antes e depois da


-- alteração
UPDATE EMP_TEMP SET SALARIO *= 1.5
OUTPUT
INSERTED.CODFUN, INSERTED.NOME, INSERTED.COD_DEPTO,
DELETED.SALARIO AS SALARIO_ANTIGO,
INSERTED.SALARIO AS SALARIO_NOVO
WHERE COD_DEPTO = 3;
GO

Observe que podemos conferir se a alteração foi feita corretamente porque é possível
verificar se a condição está correta (COD_DEPTO = 3), e verificar o campo SALARIO
antes e depois da alteração.

204
Atualizando e excluindo dados 7
7.5. Transações
Quando uma conexão ocorre no MS-SQL, ela recebe um número de sessão. Mesmo
que a conexão ocorra a partir da mesma máquina e mesmo login, cada conexão é
identificada por um número único de sessão.

Observe a figura a seguir, em que temos três conexões identificadas pelas sessões
52, 54 e 55:

Sobre as transações, é importante considerar as seguintes informações:

•• Um processo de transação é aberto por uma sessão e deve também ser fechado
pela mesma sessão;

•• Durante o processo, as alterações feitas no banco de dados poderão ser


efetivadas ou revertidas quando a transação for finalizada;

•• Os comandos DELETE, INSERT e UPDATE abrem uma transação de forma


automática. Se o comando não provocar erro, ele confirma as alterações no
final, caso contrário, descarta todas as alterações.

205
SQL 2016 - Módulo I

7.5.1. Transações explícitas
As transações explícitas são aquelas em que seu início e seu término são determinados
de forma explícita. Para definir este tipo de transação, os scripts Transact-SQL utilizam
os seguintes comandos:

•• BEGIN TRANSACTION ou BEGIN TRAN

Inicia um processo de transação para a sessão atual.

•• COMMIT TRANSACTION, COMMIT WORK ou simplesmente COMMIT

Finaliza o processo de transação atual, confirmando todas as alterações efetuadas


desde o início do processo.

•• ROLLBACK TRANSACTION, ROLLBACK WORK ou ROLLBACK

Finaliza o processo de transação atual, descartando todas as alterações efetuadas


desde o início do processo.

Sobre as transações explícitas, é importante considerar as seguintes informações:

•• Se uma conexão for fechada com uma transação aberta, um ROLLBACK será
executado;

•• As operações feitas por um processo de transação ficam armazenadas em um


arquivo de log (.ldf), que todo banco de dados possui;

•• Durante um processo de transação, as linhas das tabelas que foram alteradas


ficam bloqueadas para outras sessões.

Veja exemplos de transação:

-- Alterar os salários dos funcionários com COD_CARGO = 5


-- para R$950,00
-- Abrir processo de transação
BEGIN TRANSACTION;
-- Verificar se existe processo de transação aberto
SELECT @@TRANCOUNT;
-- Alterar os salários do COD_CARGO = 5
UPDATE TB_EMPREGADO SET SALARIO = 950
OUTPUT inserted.CODFUN, inserted.NOME ,
deleted.salario as Salario_Anterior,
inserted.salario as Salario_Atualizado
WHERE COD_CARGO = 5
-- Conferir os resultados na listagem gerada pela cláusula
-- OUTPUT
-- Se estiver tudo OK...
COMMIT TRANSACTION
-- caso contrário
ROLLBACK TRANSACTION

206
Atualizando e excluindo dados 7
Pontos principais
Atente para os tópicos a seguir. Eles devem ser estudados com muita atenção,
pois representam os pontos mais importantes do capítulo.

•• Os dados pertencentes a múltiplas linhas de uma tabela podem ser alterados


por meio do comando UPDATE;

•• O comando DELETE deve ser utilizado quando desejamos excluir os dados de


uma tabela;

•• Transações são unidades de programação capazes de manter a consistência e a


integridade dos dados. Devemos considerar uma transação como uma coleção
de operações que executa uma função lógica única em uma aplicação de banco
de dados;

•• Todas as alterações de dados realizadas durante a transação são submetidas e


tornam-se parte permanente do banco de dados caso a transação seja executada
com êxito. No entanto, caso a transação não seja finalizada com êxito por conta
de erros, são excluídas quaisquer alterações feitas sobre os dados.

207
7
Atualizando
e excluindo
dados
Teste seus conhecimentos
SQL 2016 - Módulo I

1. Qual comando deve ser utilizado para alterar um registro?

☐☐ a) DELETE
☐☐ b) SELECT
☐☐ c) TRUNCATE
☐☐ d) UPDATE
☐☐ e) INSERT

2. O que o comando a seguir realizará?

UPDATE TB_EMPREGADO
SET SALARIO *= 1.2;

☐☐ a) Definirá que todos os empregados ficarão com o salário de R$1,20.


☐☐ b) Os empregados terão um aumento de 120%.
☐☐ c) A tabela de empregado sofrerá um aumento no campo de salário de 1.2.
☐☐ d) Os empregados terão um aumento de 20% no salário.
☐☐ e) A sintaxe está errada e o SQL emitirá um erro.

3. Verifique o comando a seguir e selecione a afirmação correta:

UPDATE TOP(15) EMP_TEMP SET SALARIO = 10*SALARIO;

☐☐ a) A sintaxe está errada.


☐☐ b) A cláusula TOP somente pode ser utilizada no comando SELECT.
☐☐ c) O comando UPDATE realizará a atualização de todos os registros da tabela
EMP_TEMP.
☐☐ d) Serão alterados 15 registros da tabela EMP_TEMP.
☐☐ e) A sintaxe está incompleta.

4. Qual comando devemos utilizar para apagar apenas um registro?

☐☐ a) DELETE
☐☐ b) DELETE ou TRUNCATE
☐☐ c) UPDATE
☐☐ d) SELECT
☐☐ e) INSERT

5. Quando utilizamos a cláusula OUTPUT para um comando UPDATE:

☐☐ a) Podemos somente verificar o estado do registro depois da alteração.


☐☐ b) Podemos somente verificar o estado do registro antes da alteração.
☐☐ c) Esse recurso não agrega valor ao comando.
☐☐ d) Ao utilizarmos esse comando, podemos comparar a alteração antes e depois
da alteração.
☐☐ e) Não é possível utilizar esse comando, pois é um recurso antigo.

210
Atualizando
7 e excluindo
dados
Mãos à obra!
SQL 2016 - Módulo I

Laboratório 1
A – Atualizando e excluindo dados

1. Coloque o banco de dados PEDIDOS em uso;

2. Aumente o preço de custo de todos os produtos do tipo 2 em 15%;

Utilize transação e a cláusula OUTPUT para conferir os resultados.

3. Faça com que os preços de venda dos produtos do tipo 2 fiquem 30% acima do
preço de custo;

4. Altere o campo IPI de todos os produtos com COD_TIPO = 3 para 5%;

5. Reduza em 10% o campo QTD_MINIMA de todos os produtos (multiplique QTD_


MINIMA por 0.9);

6. Altere os seguintes campos do cliente de código 11:

•• ENDERECO: AV. CELSO GARCIA, 1234;


•• BAIRRO: TATUAPE;
•• CIDADE: SAO PAULO;
•• ESTADO: SP;
•• CEP: 03407080.

7. Copie ENDERECO, BAIRRO, CIDADE, ESTADO e CEP do cliente de código 13 para


os campos END_COB, BAI_COB, CID_COB, EST_COB e CEP_COB do mesmo cliente;

8. Altere a tabela TB_CLIENTE, mudando o conteúdo do campo ICMS de clientes dos


estados RJ, RO, AC, RR, MG, PR, SC, RS, MS e MT para 12;

9. Altere os campos ICMS de todos os clientes de SP para 18;

10. Altere o campo ICMS para 7 para clientes que não sejam dos estados RJ, RO, AC,
RR, MG, PR, SC, RS, MS, MT e SP;

212
Atualizando e excluindo dados 7

11. Altere para 7 o campo DESCONTO da tabela TB_ITENSPEDIDO, mas somente dos
itens do produto com ID_PRODUTO = 8, com data de entrega em janeiro de 2014 e
com QUANTIDADE acima de 1000;

12. Zere o campo DESCONTO de todos os itens de pedido com quantidade abaixo de
1000, com data de entrega posterior a 1-Junho-2014 e que tenham desconto acima
de zero;

13. Usando SELECT INTO, gere uma cópia da tabela VENDEDORES com o nome de
VENDEDORES_TMP;

14. Exclua de VENDEDORES_TMP os registros com CODVEN acima de 5;

15. Utilizando o comando SELECT...INTO, faça uma cópia da tabela TB_PEDIDO


chamada COPIA_PEDIDOS;

16. Exclua os registros da tabela COPIA_PEDIDOS que sejam do vendedor código 2;

17. Exclua os registros da tabela COPIA_PEDIDOS que sejam do primeiro semestre


de 2014;

18. Exclua todos os registros restantes da tabela COPIA_PEDIDOS;

19. Exclua a tabela COPIA_PEDIDOS do banco de dados.

213
Atualizando e
8 excluindo dados
em associações e
subqueries

ÃÃ UPDATE com subqueries;


ÃÃ DELETE com subqueries;
ÃÃ UPDATE com JOIN;
ÃÃ DELETE com JOIN.
SQL 2016 - Módulo I

8.1. UPDATE com subqueries


Ao utilizarmos a instrução UPDATE em uma subquery, será possível atualizar linhas
de uma tabela com informações provenientes de outra tabela. Para isso, na cláusula
WHERE da instrução UPDATE, em vez de usar como critério para a operação de
atualização a origem explícita da tabela, basta utilizar uma subquery.

Veja os dois códigos a seguir. Ambos utilizam UPDATE com subquery. No primeiro
código, o comando é para aumentar em 10% os salários dos empregados do
departamento CPD. No segundo, o preço de venda é atualizado para que fique 20%
acima do preço de custo de todos os produtos do tipo REGUA:

UPDATE TB_EMPREGADO
SET SALARIO = SALARIO * 1.10
WHERE COD_DEPTO = (SELECT COD_DEPTO FROM TB_DEPARTAMENTO
WHERE DEPTO = 'CPD');

UPDATE TB_PRODUTO SET PRECO_VENDA = PRECO_CUSTO * 1.2


WHERE COD_TIPO = (SELECT COD_TIPO FROM TB_TIPOPRODUTO
WHERE TIPO = 'REGUA');

8.2. DELETE com subqueries


Podemos utilizar subqueries para remover dados de uma tabela. Basta definir a
cláusula WHERE da instrução DELETE como uma subquery. Isso irá excluir linhas de
uma tabela base conforme os dados armazenados em outra tabela. Veja o próximo
exemplo, que elimina os pedidos do vendedor MARCELO que foram emitidos na
primeira quinzena de dezembro de 2013:

DELETE FROM TB_PEDIDO


WHERE DATA_EMISSAO BETWEEN '2013.12.1' AND '2013.12.15' AND
CODVEN = (SELECT CODVEN FROM TB_VENDEDOR WHERE NOME = 'MAR-
CELO');

216
Atualizando e excluindo dados em associações e subqueries
8

8.3. UPDATE com JOIN


Podemos usar uma associação em tabelas para determinar quais colunas serão
atualizadas por meio de UPDATE. No exemplo a seguir, aumentaremos em 10% os
salários dos empregados do departamento CPD:

UPDATE TB_EMPREGADO
SET SALARIO *= 1.10
FROM TB_EMPREGADO E JOIN TB_DEPARTAMENTO D ON E.COD_DEPTO = D.COD_
DEPTO
WHERE D.DEPTO = 'CPD';

Já o próximo código atualiza o preço de venda para 20% acima do preço de custo de
todos os produtos do tipo REGUA:

UPDATE TB_PRODUTO SET PRECO_VENDA = PRECO_CUSTO * 1.2


FROM TB_PRODUTO P JOIN TB_TIPOPRODUTO T ON P.COD_TIPO = T.COD_TIPO
WHERE T.TIPO = 'REGUA';

8.4. DELETE com JOIN


Os dados provenientes de tabelas associadas podem ser eliminados por meio da
cláusula JOIN junto ao comando DELETE. Veja o seguinte exemplo, que exclui os
pedidos do vendedor MARCELO emitidos na primeira quinzena de dezembro de 2013:

DELETE FROM TB_PEDIDO


FROM TB_PEDIDO P JOIN TB_VENDEDOR V ON P.CODVEN = V.CODVEN
WHERE P.DATA_EMISSAO BETWEEN '2013.12.1' AND '2013.12.15' AND
V.NOME = 'MARCELO';

217
SQL 2016 - Módulo I

Pontos principais
Atente para os tópicos a seguir. Eles devem ser estudados com muita atenção,
pois representam os pontos mais importantes do capítulo.

•• O uso da instrução UPDATE em uma subquery permite atualizar linhas de uma


tabela com informações provenientes de outra tabela;

•• Subqueries podem ser utilizadas com o intuito de remover dados de uma tabela.
Basta definirmos a cláusula WHERE da instrução DELETE como uma subquery
para excluir linhas de uma tabela base conforme os dados armazenados em
uma outra tabela;

•• Podemos utilizar uma associação (JOIN) em tabelas para determinar quais


colunas serão atualizadas por meio de UPDATE;

•• Os dados de tabelas associadas podem ser eliminados por meio da cláusula


JOIN com o comando DELETE.

218
Atualizando e

8 excluindo dados
em associações
e subqueries
Teste seus conhecimentos
SQL 2016 - Módulo I

1. Analise o comando a seguir e verifique qual afirmação é a correta:

UPDATE TB_EMPREGADO
SET SALARIO = SALARIO * 1.10
WHERE COD_DEPTO = (SELECT COD_DEPTO FROM TB_DEPARTAMENTO
WHERE DEPTO = 'CPD');

☐☐ a) Atualiza o campo salário de todos os empregados.


☐☐ b) A sintaxe está errada, pois deve ser utilizado o operador IN em vez do igual.
☐☐ c) Nenhum salario será alterado devido à cláusula errada.
☐☐ d) Os empregados do departamento CPD terão um aumento de 10% no salário.
☐☐ e) Para o comando UPDATE não podemos utilizar subqueries.

2. Analise o comando adiante e verifique qual afirmação é a correta:

DELETE FROM TB_PEDIDO


WHERE DATA_EMISSAO BETWEEN '2013.12.1' AND '2013.12.15' AND
CODVEN = (SELECT CODVEN FROM TB_VENDEDOR WHERE NOME = 'MAR-
CELO');

☐☐ a) Não podemos utilizar subqueries com DELETE.


☐☐ b) A sintaxe está errada.
☐☐ c) Serão apagados todos os pedidos do vendedor MARCELO.
☐☐ d) Nenhum pedido será apagado.
☐☐ e) Serão apagados todos os pedidos do vendedor MARCELO da primeira
quinzena de dezembro de 2013.

3. Analise o comando a seguir e verifique qual afirmação é a correta:

UPDATE TB_EMPREGADO
SET SALARIO *= 1.10
FROM TB_EMPREGADO E JOIN TB_DEPARTAMENTO D ON E.COD_DEPTO = D.COD_
DEPTO
WHERE D.DEPTO = 'CPD';

☐☐ a) Os empregados do CPD terão uma aumento de 10%.


☐☐ b) Os empregados do CPD terão uma aumento de 110%.
☐☐ c) Somente os empregados do CPD terão aumento, inclusive os que possuírem
COD_DEPTO nulo.
☐☐ d) Nenhum empregado terá aumento.
☐☐ e) Deve seu utilizado uma subquery em vez de JOIN.

220
Atualizando e excluindo dados em associações e subqueries
8
4. Analise o comando adiante e verifique qual afirmação é a correta:

TRUNCATE FROM TB_PEDIDO


FROM TB_PEDIDO P JOIN TB_VENDEDOR V ON P.CODVEN = V.CODVEN
WHERE P.DATA_EMISSAO BETWEEN '2013.12.1' AND '2013.12.15' AND
V.NOME = 'MARCELO';

☐☐ a) Serão apagados todos os pedidos.


☐☐ b) A sintaxe está errada.
☐☐ c) Somente os pedidos relacionados com a tabela de vendedores serão excluídos.
☐☐ d) Nenhum pedido será excluído.
☐☐ e) Serão excluídos os pedidos do vendedor MARCELO da primeira quinzena de
dezembro de 2013.

5. Qual das afirmações a seguir está errada com relação à atualização de


uma tabela com informações de outra?

☐☐ a) Para atualização de tabelas podemos utilizar subqueries ou JOIN.


☐☐ b) Somente podemos atualizar uma tabela temporária.
☐☐ c) As subqueries correlacionam tabelas e podemos utilizar as informações para
atualização delas.
☐☐ d) As subqueries podem simplificar o código de atualização.
☐☐ e) Utiliza-se a instrução UPDATE para atualizar uma tabela com informações de
outra tabela.

221
Atualizando e

8
excluindo dados
em associações
e subqueries
Mãos à obra!
SQL 2016 - Módulo I

Laboratório 1
A – Atualizando tabelas com associações e subqueries

1. Coloque em uso o banco de dados PEDIDOS;

2. Altere a tabela TB_CARGO, mudando o salário inicial do cargo OFFICE BOY para
600,00;

3. Altere a tabela de cargos, estipulando 10% de aumento para o campo SALARIO_


INIC de todos os cargos;

4. Transfira para o campo SALARIO da tabela TB_EMPREGADO o salário inicial


cadastrado no cargo correspondente da TB_CARGO;

5. Reajuste os preços de venda de todos os produtos de modo que fiquem 30% acima
do preço de custo (PRECO_VENDA = PRECO_CUSTO * 1.3);

6. Reajuste os preços de venda dos produtos com COD_TIPO = 5, de modo que


fiquem 20% acima do preço de custo;

7. Reajuste os preços de venda dos produtos com descrição do tipo igual à REGUA,
de modo que fiquem 40% acima do preço de custo. Para isso, considere as seguintes
informações:

•• PRECO_VENDA = PRECO_CUSTO * 1.4;

•• Para produtos com TB_TIPOPRODUTO.TIPO = 'REGUA';

•• É necessário fazer um JOIN de TB_PRODUTO com TB_TIPOPRODUTO.

8. Altere a tabela TB_ITENSPEDIDO de modo que todos os itens com produto indicado
como VERMELHO passem a ser LARANJA. Considere somente os pedidos com data de
entrega em outubro de 2014;

9. Altere o campo ICMS da tabela TB_CLIENTE para 12. Considere apenas clientes dos
estados: RJ, RO, AC, RR, MG, PR, SC, RS, MS e MT;

224
Atualizando e excluindo dados em associações e subqueries
8

10. Altere o campo ICMS para 18, apenas para clientes de SP;

11. Altere o campo ICMS da tabela TB_CLIENTE para 7. Considere apenas clientes
que não sejam dos estados: RJ, RO, AC, RR, MG, PR, SC, RS, MS, MT e SP;

12. Crie a tabela ESTADOS com os respectivos campos:

•• COD_ESTADO: Inteiro, autonumeração e chave primária;

•• SIGLA: Char(2);

•• ICMS: Numérico, tamanho 4 com 2 decimais.

13. Copie os dados coletados do seguinte comando SELECT para a tabela ESTADOS
utilizando um comando INSERT:

SELECT DISTINCT ESTADO, ICMS FROM TB_CLIENTE


WHERE ESTADO IS NOT NULL

O SELECT deve retornar 21 linhas e não repetir o Estado. Se o resultado for


diferente, é porque os UPDATES de ICMS estão incorretos.

14. Crie o campo COD_ESTADO na tabela TB_CLIENTE;

15. Copie para TB_CLIENTE.COD_ESTADO o código do Estado gerado na tabela


ESTADOS.

225
9 Agrupando
dados

ÃÃ Funções de agregação;
ÃÃ GROUP BY.
SQL 2016 - Módulo I

9.1. Introdução
Neste capítulo, você aprenderá como a cláusula GROUP BY pode ser utilizada para
agrupar vários dados, tornando mais prática sua sumarização. Também verá como
utilizar funções de agregação para sumarizar dados e como a cláusula GROUP BY
pode ser usada com a cláusula HAVING e com os operadores ALL, WITH ROLLUP e
CUBE.

9.2. Funções de agregação
As funções de agregação fornecidas pelo SQL Server permitem sumarizar dados. Por
meio delas, podemos somar valores, calcular médias e contar a quantidade de linhas
sumarizadas. Os cálculos realizados pelas funções de agregação são feitos com base
em um conjunto ou grupo de valores, mas retornam um único valor.

Para obter os valores sobre os quais poderão realizar os cálculos, as funções de


agregação geralmente são utilizadas com a cláusula GROUP BY. Quando não há uma
cláusula GROUP BY, os grupos de valores podem ser obtidos de uma tabela inteira
filtrada pela cláusula WHERE.

Ao utilizar funções de agregação, é preciso prestar atenção a valores NULL. A maioria


das funções ignora esses valores, o que pode gerar resultados inesperados.

Além de utilizar as funções de agregação fornecidas pelo SQL Server, há a


possibilidade de criar funções personalizadas.

9.2.1. Tipos de função de agregação


A seguir, são descritas as principais funções de agregação fornecidas pelo SQL Server:

•• AVG ( [ ALL | DISTINCT ] expressão)

Esta função calcula o valor médio do parâmetro expressão em determinado grupo,


ignorando valores NULL. Os parâmetros opcionais ALL e DISTINCT são utilizados
para especificar se a agregação será executada em todos os valores do campo (ALL)
ou aplicada apenas sobre valores distintos (DISTINCT).

Veja um exemplo:

USE PEDIDOS;
-- neste caso, o grupo corresponde a toda a tabela TB_EMPREGADO
SELECT AVG(SALARIO) AS SALARIO_MEDIO
FROM TB_EMPREGADO;
-- neste caso, o grupo corresponde aos empregados com
-- COD_DEPTO = 2
SELECT AVG(SALARIO) AS SALARIO_MEDIO FROM TB_EMPREGADO
WHERE COD_DEPTO = 2;

228
Agrupando dados 9
•• COUNT ( { [ ALL | DISTINCT ] expressão | * } )

Esta função é utilizada para retornar a quantidade de registros existentes não nulos
em um grupo. Ao especificar o parâmetro ALL, a função não retornará valores nulos.
Os parâmetros de COUNT têm a mesma função dos parâmetros de AVG.

Veja um exemplo:

-- neste caso, o grupo corresponde a toda a tabela TB_EMPREGADO


SELECT COUNT(*) AS QTD_EMPREGADOS
FROM TB_EMPREGADO;
-- neste caso, o grupo corresponde aos empregados com
-- COD_DEPTO = 2
SELECT COUNT(COD_DEPTO) AS QTD_EMPREGADOS FROM TB_EMPREGADO
WHERE COD_DEPTO = 2;

Se colocarmos o nome de um campo como argumento da função COUNT,


não serão contados os registros em que o conteúdo desse campo seja NULL.

•• MIN ( [ ALL | DISTINCT ] expressão)

Esta função retorna o menor valor não nulo de expressão existente em um grupo. Os
parâmetros de MIN têm a mesma função dos parâmetros de AVG.

Veja um exemplo:

-- neste caso, o grupo corresponde a toda a tabela TB_EMPREGADO


SELECT MIN(SALARIO) AS MENOR_SALARIO FROM TB_EMPREGADO;
-- neste caso, o grupo corresponde aos empregados com
-- COD_DEPTO = 2
SELECT MIN(SALARIO) AS MENOR_SALARIO FROM TB_EMPREGADO
WHERE COD_DEPTO = 2

•• MAX ( [ ALL | DISTINCT ] expressão)

Esta função retorna o maior valor não nulo de expressão existente em um grupo. Os
parâmetros de MAX têm a mesma função dos parâmetros de AVG.

Veja um exemplo:

-- neste caso, o grupo corresponde a toda a tabela TB_EMPREGADO


SELECT MAX(SALARIO) AS MAIOR_SALARIO
FROM TB_EMPREGADO;
-- neste caso, o grupo corresponde aos empregados com
-- COD_DEPTO = 2
SELECT MAX(SALARIO) AS MAIOR_SALARIO FROM TB_EMPREGADO
WHERE COD_DEPTO = 2

229
SQL 2016 - Módulo I

•• SUM ( [ ALL | DISTINCT ] expressão)

Esta função realiza a soma de todos os valores não nulos na expressão em um


determinado grupo. Os parâmetros de SUM têm a mesma função dos parâmetros de
AVG.

Veja um exemplo:

-- neste caso, o grupo corresponde a toda a tabela TB_EMPREGADO


SELECT SUM(SALARIO) AS SOMA_SALARIOS
FROM TB_EMPREGADO;
-- neste caso, o grupo corresponde aos empregados com
-- COD_DEPTO = 2
SELECT SUM(SALARIO) AS SOMA_SALARIOS FROM TB_EMPREGADO
WHERE COD_DEPTO = 2

9.3. GROUP BY
Utilizando a cláusula GROUP BY, é possível agrupar diversos registros com base em
uma ou mais colunas da tabela.

Esta cláusula é responsável por determinar em quais grupos devem ser colocadas as
linhas de saída. Caso a cláusula SELECT contenha funções de agregação, a cláusula
GROUP BY realiza um cálculo a fim de chegar ao valor sumário para cada um dos
grupos.

Quando especificar a cláusula GROUP BY, deve ocorrer uma das seguintes situações:
a expressão GROUP BY deve ser correspondente à expressão da lista de seleção; ou
cada uma das colunas presentes em uma expressão não agregada na lista de seleção
deve ser adicionada à lista de GROUP BY.

Ao utilizar uma cláusula GROUP BY, todas as colunas na lista SELECT que não são
parte de uma expressão agregada serão usadas para agrupar os resultados obtidos.
Para não agrupar os resultados em uma coluna, não se deve colocá-los na lista SELECT.
Valores NULL são agrupados todos em uma mesma coluna, já que são considerados
iguais.

Quando utilizamos a cláusula GROUP BY, mas não empregamos a cláusula ORDER
BY, o resultado obtido são os grupos em ordem aleatória, visto que é essencial o uso
de ORDER BY para determinar a ordem de apresentação dos dados.

Observe, a seguir, a sintaxe da cláusula GROUP BY:

[ GROUP BY [ ALL ] expressao_group_by [ ,...n ]


[HAVING <condicaoFiltroGrupo>]]

230
Agrupando dados 9
Em que:

•• ALL: É a palavra que determina a inclusão de todos os grupos e conjuntos


de resultados. Vale destacar que valores nulos são retornados às colunas
resultantes dos grupos que não correspondem aos critérios de busca quando
ALL é especificada;

•• expressao_group_by: Também conhecida como coluna agrupada, é uma


expressão na qual o agrupamento é realizado. Pode ser especificada como uma
coluna ou como uma expressão não agregada que faz referência à coluna que
a cláusula FROM retornou, mas não é possível especificá-la como um alias de
coluna determinado na lista de seleção. Além disso, não podemos utilizar em
uma expressao_group_by as colunas de um dos seguintes tipos: image, text
e ntext;

•• [HAVING <condicaoFiltroGrupo>]: Determina uma condição de busca para


um grupo ou um conjunto de registros. Essa condição é especificada em
<condicaoFiltroGrupo>.

Observe o resultado da instrução:

SELECT COD_DEPTO, SALARIO FROM TB_EMPREGADO ORDER BY COD_DEPTO;

Veja que o campo COD_DEPTO se repete e, portanto, forma grupos. Em uma situação
dessas, podemos gerar totalizações para cada um dos grupos utilizando a cláusula
GROUP BY.

231
SQL 2016 - Módulo I

A seguir, veja exemplos da utilização de GROUP BY:

•• Exemplo 1

-- Total de salário de cada departamento


SELECT COD_DEPTO, SUM( SALARIO ) AS TOT_SAL
FROM TB_EMPREGADO
GROUP BY COD_DEPTO
ORDER BY TOT_SAL;

•• Exemplo 2

-- GROUP BY + JOIN
SELECT E.COD_DEPTO, D.DEPTO, SUM( E.SALARIO ) AS TOT_SAL
FROM TB_EMPREGADO E
JOIN TB_DEPARTAMENTO D ON E.COD_DEPTO = D.COD_DEPTO
GROUP BY E.COD_DEPTO, D.DEPTO
ORDER BY TOT_SAL;

•• Exemplo 3

-- Consulta do tipo RANKING utilizando TOP n + ORDER BY


-- Os 5 departamentos que mais gastam com salários
SELECT TOP 5 E.COD_DEPTO, D.DEPTO, SUM( E.SALARIO ) AS TOT_SAL
FROM TB_EMPREGADO E
JOIN TB_DEPARTAMENTO D ON E.COD_DEPTO = D.COD_DEPTO
GROUP BY E.COD_DEPTO, D.DEPTO
ORDER BY TOT_SAL DESC;

•• Exemplo 4

-- Os 10 clientes que mais compraram em Janeiro de 2014


SELECT TOP 10 C.CODCLI, C.NOME, SUM(P.VLR_TOTAL) AS TOT_COMPRADO
FROM TB_PEDIDO P JOIN TB_CLIENTE C ON P.CODCLI = C.CODCLI
WHERE P.DATA_EMISSAO BETWEEN '2014.1.1' AND '2014.1.31'
GROUP BY C.CODCLI, C.NOME
ORDER BY TOT_COMPRADO DESC;

232
Agrupando dados 9
9.3.1. Utilizando ALL
ALL inclui todos os grupos e conjuntos de resultados. A seguir, veja um exemplo da
utilização de ALL:

-- Clientes que compraram em janeiro de 2014. Veremos que


-- todas as linhas do resultado terão um total não nulo.
SELECT C.CODCLI, C.NOME, SUM(P.VLR_TOTAL) AS TOT_COMPRADO
FROM TB_PEDIDO P JOIN TB_CLIENTE C ON P.CODCLI = C.CODCLI
WHERE P.DATA_EMISSAO BETWEEN '2014.1.1' AND '2014.1.31'
GROUP BY C.CODCLI, C.NOME;

-- Neste caso, aparecerão também os clientes que não


-- compraram. Totais estarão nulos.
SELECT C.CODCLI, C.NOME, SUM(P.VLR_TOTAL) AS TOT_COMPRADO
FROM TB_PEDIDO P JOIN TB_CLIENTE C ON P.CODCLI = C.CODCLI
WHERE P.DATA_EMISSAO BETWEEN '2014.1.1' AND '2014.1.31'
GROUP BY ALL C.CODCLI, C.NOME;

9.3.2. Utilizando HAVING
A cláusula HAVING determina uma condição de busca para um grupo ou um
conjunto de registros, definindo critérios para limitar os resultados obtidos a partir
do agrupamento de registros. Ela é utilizada para estreitar um conjunto de resultados
por meio de critérios e valores agregados e para filtrar linhas após o agrupamento ter
sido feito e antes dos resultados serem retornados ao cliente.

É importante lembrar que essa cláusula só pode ser utilizada em parceria com GROUP
BY. Se uma consulta é feita sem GROUP BY, a cláusula HAVING pode ser usada como
cláusula WHERE.

A cláusula HAVING é diferente da cláusula WHERE. Esta última restringe os


resultados obtidos após a aplicação da cláusula FROM, ao passo que a cláusula
HAVING filtra o retorno do agrupamento.

O código do exemplo a seguir utiliza a cláusula HAVING para consultar os


departamentos que totalizam mais de R$100.000,00 em salários:

SELECT E.COD_DEPTO, D.DEPTO, SUM( E.SALARIO ) AS TOT_SAL


FROM TB_EMPREGADO E
JOIN TB_DEPARTAMENTO D ON E.COD_DEPTO = D.COD_DEPTO
GROUP BY E.COD_DEPTO, D.DEPTO HAVING SUM(E.SALARIO) > 100000
ORDER BY TOT_SAL;

233
SQL 2016 - Módulo I

O próximo código consulta os clientes que compraram mais de R$5.000,00 em janeiro


de 2014:

SELECT C.CODCLI, C.NOME, SUM(P.VLR_TOTAL) AS TOT_COMPRADO


FROM TB_PEDIDO P JOIN TB_CLIENTE C ON P.CODCLI = C.CODCLI
WHERE P.DATA_EMISSAO BETWEEN '2014.1.1' AND '2014.1.31'
GROUP BY C.CODCLI, C.NOME HAVING SUM(P.VLR_TOTAL) > 5.000
ORDER BY TOT_COMPRADO;

Já o próximo código consulta os clientes que não realizaram compras em janeiro de


2014:

SELECT C.CODCLI, C.NOME, SUM(P.VLR_TOTAL) AS TOT_COMPRADO


FROM TB_PEDIDO P JOIN TB_CLIENTE C ON P.CODCLI = C.CODCLI
WHERE P.DATA_EMISSAO BETWEEN '2014.1.1' AND '2014.1.31'
GROUP BY ALL C.CODCLI, C.NOME HAVING SUM(P.VLR_TOTAL) IS NULL;

9.3.3. Utilizando WITH ROLLUP


Esta cláusula determina que, além das linhas normalmente retornadas por GROUP BY,
também sejam obtidas como resultado as linhas de sumário. O sumário dos grupos é
feito em uma ordem hierárquica, a partir do nível mais baixo até o mais alto. A ordem
que define a hierarquia do grupo é determinada pela ordem na qual são definidas as
colunas agrupadas. Caso essa ordem seja alterada, a quantidade de linhas produzidas
pode ser afetada.

Utilizada em parceria com a cláusula GROUP BY, a cláusula WITH ROLLUP acrescenta
uma linha na qual são exibidos os subtotais e totais dos registros já distribuídos em
colunas agrupadas.

Suponha que esteja trabalhando em um banco de dados com as seguintes


características:

•• O cadastro de produtos está organizado em categorias (tipos);

•• Há vários produtos que pertencem a uma mesma categoria;

•• As categorias de produtos são armazenadas na tabela TIPOPRODUTO.

234
Agrupando dados 9
O SELECT a seguir mostra as vendas de cada categoria de produto (TIPOPRODUTO)
que os vendedores (tabela TB_VENDEDOR) realizaram para cada cliente (tabela TB_
CLIENTE) no primeiro semestre de 2013:

SELECT
V.NOME AS VENDEDOR, C.NOME AS CLIENTE,
T.TIPO AS TIPO_PRODUTO, SUM( I.QUANTIDADE ) AS QTD_TOT
FROM
TB_PEDIDO Pe
JOIN TB_CLIENTE C ON Pe.CODCLI = C.CODCLI
JOIN TB_VENDEDOR V ON Pe.CODVEN = V.CODVEN
JOIN TB_ITENSPEDIDO I ON Pe.NUM_PEDIDO = I.NUM_PEDIDO
JOIN TB_PRODUTO Pr ON I.ID_PRODUTO = Pr.ID_PRODUTO
JOIN TB_TIPOPRODUTO T ON Pr.COD_TIPO = T.COD_TIPO
WHERE Pe.DATA_EMISSAO BETWEEN '2013.1.1' AND '2013.6.30'
GROUP BY V.NOME , C.NOME, T.TIPO;

Suponha que o resultado retornado seja o seguinte:

Note que um dos vendedores é CELSON MARTINS e que alguns de seus clientes
são 3R (ARISTEU.ADALTON) e ALLAN HEBERT RELOGIOS E PRESENTES. Também
é possível perceber, por exemplo, que o cliente 3R (ARISTEU.ADALTON) comprou
111 unidades de produtos do tipo ACES.CHAVEIRO do vendedor CELSON MARTINS,
enquanto ALLAN HEBERT RELOGIOS E PRESENTES comprou 153 produtos do tipo
CANETA do mesmo vendedor.

Terminados os registros de vendas do CELSON MARTINS, iniciam-se os registros de


venda do próximo vendedor, e assim por diante, como você pode ver a seguir:

235
SQL 2016 - Módulo I

Agora, acrescente a cláusula WITH ROLLUP após a linha de GROUP BY. O código
anterior ficará assim:

SELECT
V.NOME AS VENDEDOR, C.NOME AS CLIENTE,
T.TIPO AS TIPO_PRODUTO, SUM( I.QUANTIDADE ) AS QTD_TOT
FROM TB_PEDIDO Pe
JOIN TB_CLIENTE C ON Pe.CODCLI = C.CODCLI
JOIN TB_VENDEDOR V ON Pe.CODVEN = V.CODVEN
JOIN TB_ITENSPEDIDO I ON Pe.NUM_PEDIDO = I.NUM_PEDIDO
JOIN TB_PRODUTO Pr ON I.ID_PRODUTO = Pr.ID_PRODUTO
JOIN TB_TIPOPRODUTO T ON Pr.COD_TIPO = T.COD_TIPO
WHERE Pe.DATA_EMISSAO BETWEEN '2013.1.1' AND '2013.6.30'
GROUP BY V.NOME , C.NOME, T.TIPO
WITH ROLLUP;

O resultado será o seguinte:

Observe na figura anterior que, após a última linha do vendedor CELSON MARTINS,
existe um NULL na coluna TIPO_PRODUTO, o que significa que o valor apresentado
na coluna QTD_TOT corresponde ao total vendido por esse vendedor para o cliente 3R
(ARISTEU.ADALTON), ou seja, a coluna TIPO_PRODUTO (NULL) não foi considerada
para a totalização. Isso se repetirá até o último cliente que comprou de CELSON
MARTINS.

236
Agrupando dados 9
Antes de iniciar as totalizações do vendedor seguinte, existe uma linha na qual apenas
o nome do vendedor não é NULL, o que significa que o total apresentado na coluna
QTD_TOT representa o total vendido pelo vendedor CELSON MARTINS, ou seja,
55912 produtos, independentemente do cliente e do tipo de produto:

Na última linha do resultado, temos NULL nas três primeiras colunas. O total
corresponde ao total vendido (1022534) no período mencionado, independentemente
do vendedor, do cliente ou do tipo de produto:

9.3.4. Utilizando WITH CUBE


A cláusula WITH CUBE tem a finalidade de determinar que as linhas de sumário
sejam inseridas no conjunto de resultados. A linha de sumário é retornada para cada
combinação possível de grupos e de subgrupos no conjunto de resultados.

Visto que a cláusula WITH CUBE é responsável por retornar todas as combinações
possíveis de grupos e de subgrupos, a quantidade de linhas não está relacionada
à ordem em que são determinadas as colunas de agrupamento, sendo, portanto,
mantida a quantidade de linhas já apresentada.

A quantidade de linhas de sumário no conjunto de resultados é especificada de acordo


com a quantidade de colunas incluídas na cláusula GROUP BY. Cada uma dessas
colunas é vinculada sob o valor NULL do agrupamento, o qual é aplicado a todas as
outras colunas.

A cláusula WITH CUBE, em conjunto com GROUP BY, gera totais e subtotais,
apresentando vários agrupamentos de acordo com as colunas definidas com GROUP
BY.

237
SQL 2016 - Módulo I

Para explicar o que faz WITH CUBE, considere o exemplo utilizado para WITH ROLLUP.
No lugar desta última cláusula, utilize WITH CUBE. O código ficará assim:

SELECT
V.NOME AS VENDEDOR, C.NOME AS CLIENTE,
T.TIPO AS TIPO_PRODUTO, SUM( I.QUANTIDADE ) AS QTD_TOT
FROM TB_PEDIDO Pe
JOIN TB_CLIENTE C ON Pe.CODCLI = C.CODCLI
JOIN TB_VENDEDOR V ON Pe.CODVEN = V.CODVEN
JOIN TB_ITENSPEDIDO I ON Pe.NUM_PEDIDO = I.NUM_PEDIDO
JOIN TB_PRODUTO Pr ON I.ID_PRODUTO = Pr.ID_PRODUTO
JOIN TB_TIPOPRODUTO T ON Pr.COD_TIPO = T.COD_TIPO
WHERE Pe.DATA_EMISSAO BETWEEN '2013.1.1' AND '2013.6.30'
GROUP BY V.NOME , C.NOME, T.TIPO
WITH CUBE;

O resultado é o seguinte:

Esse tipo de resultado não existia com a opção WITH ROLLUP. Neste caso, a coluna
VENDEDOR é NULL e o total corresponde ao total de produtos do tipo ABRIDOR
comprado pelo cliente ABILIO (20 produtos). Já ALAMBRINDES GRAFICA EDITORA
LTDA comprou 2200 produtos do tipo ABRIDOR. WITH CUBE inclui todas as outras
subtotalizações possíveis no resultado.

Neste outro trecho do mesmo resultado retornado, as colunas VENDEDOR e CLIENTE


são nulas e o total corresponde ao total vendido de produtos do tipo CANETA, ou
seja, 526543:

Seguindo a mesma regra, se apenas o CLIENTE não é nulo, o total corresponde ao


total comprado por este cliente, independentemente de vendedor ou de produto:

238
Agrupando dados 9

Pontos principais
Atente para os tópicos a seguir. Eles devem ser estudados com muita atenção,
pois representam os pontos mais importantes do capítulo.

•• As funções de agregação fornecidas pelo SQL Server permitem sumarizar dados.


Por meio delas, é possível somar valores, calcular média e contar resultados. Os
cálculos feitos pelas funções de agregação são feitos com base em um conjunto
ou grupo de valores, porém retornam um único valor. Para obter os valores
sobre os quais você poderá realizar os cálculos, geralmente são utilizadas as
funções de agregação com a cláusula GROUP BY;

•• Utilizando a cláusula GROUP BY, é possível agrupar diversos registros com base
em uma ou mais colunas da tabela.

239
9 Agrupando
dados
Teste seus conhecimentos
SQL 2016 - Módulo I

1. Qual destas funções não é uma função de agregação?

☐☐ a) AVG
☐☐ b) COUNT
☐☐ c) MAX
☐☐ d) MIN
☐☐ e) STR

2. O que está faltando no comando adiante?

SELECT TOP 5 E.COD_DEPTO, D.DEPTO, SUM( E.SALARIO ) AS TOT_SAL


FROM TB_EMPREGADO E
JOIN TB_DEPARTAMENTO D ON E.COD_DEPTO = D.COD_DEPTO

☐☐ a) ORDER BY
☐☐ b) HAVING
☐☐ c) GROUP BY
☐☐ d) O comando está correto.
☐☐ e) WHERE

3. Qual é a diferença entre GROUP BY e GROUP BY ALL?

☐☐ a) Não há diferença entre a cláusula GROUP BY e a GROUP BY ALL.


☐☐ b) GROUP BY apresenta todas as linhas, mesmo não agrupadas.
☐☐ c) GROUP BY ALL deve ser utilizada com funções de agrupamento.
☐☐ d) Enquanto GROUP BY apresenta somente os grupos selecionados, GROUP BY
ALL apresenta todos os grupos mesmo que não estejam na cláusula WHERE.
☐☐ e) GROUP BY ALL apresenta apenas os grupos selecionados.

4. Escolha a resposta que apresenta os departamentos que gastam mais


do que R$15.000,00:

☐☐ a) WHERE SALARIO>15000
☐☐ b) WHERE SALARIO>15000 GROUP BY SALARIO>15000
☐☐ c) GROUP BY SALARIO>15000
☐☐ d) GROUP BY DEPARTAMENTO HAVING SUM(SALARIO)>15000
☐☐ e) WHERE SUM(SALARIO)>15000

5. Com GROUP BY também podemos exibir totais. Para isso, qual comando
é o correto?

☐☐ a) GROUP BY ... WITH ROLLUP


☐☐ b) GROUP BY ... CUBE
☐☐ c) GROUP BY ... ROLLUP
☐☐ d) GROUP BY ... WITH CUBE
☐☐ e) Todas as alternativas anteriores estão corretas.

242
9 Agrupando
dados
Mãos à obra!
SQL 2016 - Módulo I

Laboratório 1
A – Realizando consultas e ordenando dados

1. Coloque em uso o banco de dados PEDIDOS;

2. Calcule a média de preço de venda (PRECO_VENDA) do cadastro de TB_PRODUTO;

3. Calcule a quantidade de pedidos cadastrados em janeiro de 2014 (o maior e o


menor valor total, VLR_TOTAL);

4. Calcule o valor total vendido (soma de TB_PEDIDO.VLR_TOTAL) em janeiro de


2014;

5. Calcule o valor total vendido pelo vendedor de código 1 em janeiro de 2014;

6. Calcule o valor total vendido pela vendedora LEIA em janeiro de 2014;

7. Calcule o valor total vendido pelo vendedor MARCELO em janeiro de 2014;

8. Calcule o valor da comissão (soma de TB_PEDIDO.VLR_TOTAL * TB_VENDEDOR.


PORC_COMISSAO/100) que a vendedora LEIA recebeu em janeiro de 2014;

9. Calcule o valor da comissão que o vendedor MARCELO recebeu em janeiro de


2014;

10. Liste os totais vendidos por cada vendedor (mostrar TB_VENDEDOR.NOME e a


soma de TB_PEDIDO.VLR_TOTAL) em janeiro de 2014. Deve-se exibir o nome do
vendedor;

11. Liste o total comprado por cada cliente em janeiro de 2014. Deve-se mostrar o
nome do cliente;

12. Liste o valor e a quantidade total vendida de cada produto em janeiro de 2014;

13. Liste os totais vendidos por cada vendedor em janeiro de 2014. Deve-se exibir
o nome do vendedor e mostrar apenas os vendedores que venderam mais de
R$80.000,00;

14. Liste o total comprado por cada cliente em janeiro de 2014. Deve-se mostrar o
nome do cliente e somente os clientes que compraram mais de R$6.000,00;

15. Liste o total vendido de cada produto em janeiro de 2014. Deve-se mostrar apenas
os produtos que venderam mais de R$16.000,00;

16. Liste o total comprado por cada cliente em janeiro de 2014. Deve-se mostrar o
nome do cliente e somente os 10 primeiros do ranking;

17. Liste o total vendido de cada produto em janeiro de 2014. Deve-se mostrar os 10
produtos que mais venderam;

18. Liste o total vendido em cada um dos meses de 2013.

244
10 Comandos
adicionais

ÃÃ Funções de cadeia de caracteres;


ÃÃ Função CASE;
ÃÃ UNION;
ÃÃ EXCEPT e INTERSECT.
SQL 2016 - Módulo I

10.1. Funções de cadeia de caracteres


Estas funções executam operações em um valor de entrada de cadeia de caracteres
e retornam o mesmo dado trabalhado. Por exemplo, podemos concatenar, replicar
ou inverter os dados de entrada. A seguir, vamos apresentar as funções de cadeia de
caracteres principais fornecidas pelo SQL Server:

•• LEN (expressão_string)

Esta função retorna o número de caracteres especificado no parâmetro expressão_


string.

Veja um exemplo:

SELECT LEN ('Brasil');

•• REPLICATE (expressão_string, mult)

Esta função repete os caracteres do parâmetro expressão_string pelo número de


vezes especificado no parâmetro mult.

Veja um exemplo:

SELECT REPLICATE ('Teste',4);

•• REVERSE (expressão_string)

Esta função retorna a ordem inversa do parâmetro expressão_string.

Veja um exemplo:

SELECT REVERSE ('amina');

246
Comandos adicionais 10
•• STR ( número [, tamanho [, decimal] ] )

Esta função retorna dados do tipo string a partir de dados numéricos.

Veja um exemplo:

SELECT STR (213);

•• SUBSTRING (expressão, início, tamanho)

Esta função retorna uma parte dos caracteres do parâmetro expressão a partir dos
valores de início e tamanho.

Veja um exemplo:

SELECT SUBSTRING ('Paralelepípedo',3,7);

•• CONCAT (expr1, expr2 [, exprN])

Esta função concatena as expressões retornando um string. As expressões podem ser


de qualquer tipo.

Veja um exemplo:

SELECT CONCAT ('SQL ','módulo ','I');

247
SQL 2016 - Módulo I

•• CHARINDEX (expr1, expr2 [, exprN])

Esta função pesquisa uma string dentro de outra, retornando a posição encontrada.
Caso não encontre o valor pesquisado, o retorno será zero.

Veja um exemplo:

SELECT CHARINDEX ('A' , 'CASA')

•• FORMAT (expressão, formato)

Formata uma expressão numérica ou date/time no formato definido por um string


de formatação.

A seguir, temos alguns exemplos de caracteres usados na formatação de strings:

•• Caracteres para formatação de números:

Define uma posição numérica. Se não existir


0 (zero)
número na posição, aparece o zero.
Define uma posição numérica. Se não existir
#
número na posição, fica vazio.
. (ponto) Separador de decimal.
, (vírgula) Separador de milhar.
Mostra o sinal e o número multiplicado por
%
100.

Qualquer outro caractere inserido na máscara de formatação será exibido


normalmente na posição em que foi colocado.

248
Comandos adicionais 10
•• Caracteres para formatação de data:

d Dia com 1 ou 2 dígitos.


dd Dia com 2 dígitos.
ddd Abreviação do dia da semana.
dddd Nome do dia da semana.
M Mês com 1 ou 2 dígitos.
MM Mês com 2 dígitos.
MMM Abreviação do nome do mês.
MMMM Nome do mês.
yy Ano com 2 dígitos.
yyyy Ano com 4 dígitos.
hh Hora de 1 a 12.
HH Hora de 0 a 23.
mm Minutos.
ss Segundos.
fff Milésimos de segundo.

Veja um exemplo:

SELECT FORMAT (GETDATE(), 'dd/MM/yyyy');

249
SQL 2016 - Módulo I

10.2. Função CASE
Os valores pertencentes a uma coluna podem ser testados por meio da cláusula CASE
em conjunto com o comando SELECT. Dessa maneira, é possível aplicar diversas
condições de validação em uma consulta.

No exemplo a seguir, CASE é utilizado para verificar se os funcionários da tabela


TB_EMPREGADO são ou não sindicalizados:

SELECT NOME, SALARIO, CASE SINDICALIZADO


WHEN 'S' THEN 'Sim'
WHEN 'N' THEN 'Não'
ELSE 'N/C'
END AS [Sindicato?] ,
DATA_ADMISSAO
FROM TB_EMPREGADO;

Já no próximo exemplo, verificamos em qual dia da semana os empregados foram


admitidos:

SELECT NOME, SALARIO, DATA_ADMISSAO,


CASE DATEPART(WEEKDAY,DATA_ADMISSAO)
WHEN 1 THEN 'Domingo'
WHEN 2 THEN 'Segunda-Feira'
WHEN 3 THEN 'Terça-Feira'
WHEN 4 THEN 'Quarta-Feira'
WHEN 5 THEN 'Quinta-Feira'
WHEN 6 THEN 'Sexta-Feira'
WHEN 7 THEN 'Sábado'
END AS DIA_SEMANA
FROM TB_EMPREGADO;

10.3. UNION
A cláusula UNION combina resultados de duas ou mais queries em um conjunto de
resultados simples, incluindo todas as linhas de todas as queries combinadas. Ela
é utilizada quando é preciso recuperar todos os dados de duas tabelas, sem fazer
associação entre elas.

Para utilizar UNION, é necessário que o número e a ordem das colunas nas queries
sejam iguais, bem como os tipos de dados sejam compatíveis. Se os tipos de dados
forem diferentes em precisão, escala ou extensão, as regras para determinar o
resultado serão as mesmas das expressões de combinação.

O operador UNION, por padrão, elimina linhas duplicadas do conjunto de resultados.

Veja o seguinte exemplo:

SELECT NOME, FONE1 FROM TB_CLIENTE


UNION
SELECT NOME, FONE1 FROM TB_CLIENTE ORDER BY NOME;

250
Comandos adicionais 10
10.3.1. Utilizando UNION ALL
A UNION ALL é a cláusula responsável por unir informações obtidas a partir de
diversos comandos SELECT. Para obter esses dados, não há necessidade de que as
tabelas que os possuem estejam relacionadas.

Para utilizar a cláusula UNION ALL, é necessário considerar as seguintes regras:

•• O nome (alias) das colunas, quando realmente necessário, deve ser incluído no
primeiro SELECT;

•• A inclusão de WHERE pode ser feita em qualquer comando SELECT;

•• É possível escrever qualquer SELECT com JOIN ou subquery¸ caso seja


necessário;

•• É necessário que todos os comandos SELECT utilizados apresentem o mesmo


número de colunas;

•• É necessário que todas as colunas dos comandos SELECT tenham os mesmos


tipos de dados em sequência. Por exemplo, uma vez que a segunda coluna do
primeiro SELECT baseia-se no tipo de dado decimal, é preciso que as segundas
colunas dos outros SELECT também apresentem um tipo de dado decimal;

•• Para que tenhamos dados ordenados, o último SELECT deve ter uma cláusula
ORDER BY adicionada em seu final;

•• Devemos utilizar a cláusula UNION sem ALL para a exibição única de dados
repetidos em mais de uma tabela.

Enquanto UNION, por padrão, elimina linhas duplicadas do conjunto de resultados,


UNION ALL inclui todas as linhas nos resultados e não remove as linhas duplicadas.
A seguir, veja um exemplo da utilização de UNION ALL:

SELECT NOME, FONE1 FROM TB_CLIENTE


UNION ALL
SELECT NOME, FONE1 FROM TB_CLIENTE ORDER BY NOME;

251
SQL 2016 - Módulo I

10.4. EXCEPT e INTERSECT
Os resultados de duas instruções SELECT podem ser comparados por meio dos
operadores EXCEPT e INTERSECT, resultando, assim, em novos valores.

O operador INTERSECT retorna os valores encontrados nas duas consultas, tanto a


que está à esquerda quanto a que está à direita do operador na sintaxe a seguir:

<instrução_select_1>
INTERSECT
<instrução_select_2>

O operador EXCEPT retorna os valores da consulta à esquerda que não se encontram


também na consulta à direita:

<instrução_select_1>
EXCEPT
<instrução_select_2>

Os operadores EXCEPT e INTERSECT podem ser utilizados juntamente com outros


operadores em uma expressão. Neste caso, a avaliação da expressão segue uma
ordem específica: em primeiro lugar, as expressões em parênteses; em seguida, o
operador INTERSECT; e, por fim, o operador EXCEPT, avaliado da esquerda para a
direita, de acordo com sua posição na expressão.

Também podemos utilizar EXCEPT e INTERSECT para comparar mais de duas queries.
Quando for assim, a conversão dos tipos de dados é feita pela comparação de duas
consultas ao mesmo tempo, de acordo com a ordem de avaliação que apresentamos.

Para utilizar EXCEPT e INTERSECT, é necessário que as colunas estejam em mesmo


número e ordem em todas as consultas, e que os tipos de dados sejam compatíveis.

Primeiramente, vamos escolher o banco de dados a ser utilizado:

USE PEDIDOS;

A seguir, temos exemplos que demonstram a utilização dos operadores EXCEPT e


INTERSECT:

252
Comandos adicionais 10
•• Exemplo 1

A instrução a seguir lista os códigos de departamento que possuem funcionários que


ganham mais de R$ 5.000,00:

SELECT COD_DEPTO FROM TB_DEPARTAMENTO


INTERSECT
SELECT COD_DEPTO FROM TB_EMPREGADO
WHERE SALARIO > 5000

O resultado do código anterior é exibido a seguir:

•• Exemplo 2

O exemplo a seguir lista os departamentos sem um funcionário sequer cadastrado:

SELECT COD_DEPTO FROM TB_DEPARTAMENTO


EXCEPT
SELECT COD_DEPTO FROM TB_EMPREGADO

O resultado do código anterior é exibido a seguir:

•• Exemplo 3

O exemplo a seguir lista os cargos que não possuem um funcionário sequer cadastrado:

SELECT COD_CARGO FROM TB_CARGO


EXCEPT
SELECT COD_CARGO FROM TB_EMPREGADO

O resultado do código anterior é exibido a seguir:

253
SQL 2016 - Módulo I

•• Exemplo 4

O código a seguir consulta os clientes que compraram em janeiro de 2014:

SELECT CODCLI FROM TB_CLIENTE


INTERSECT
SELECT CODCLI FROM TB_PEDIDO
WHERE DATA_EMISSAO BETWEEN '2014.1.1' AND '2014.1.31'

O resultado do código anterior é exibido a seguir:

•• Exemplo 5

O código a seguir consulta os clientes que não compraram em janeiro de 2014:

SELECT CODCLI FROM TB_CLIENTE


EXCEPT
SELECT CODCLI FROM TB_PEDIDO
WHERE DATA_EMISSAO BETWEEN '2014.1.1' AND '2014.1.31'

O resultado do código anterior é exibido a seguir:

254
Comandos adicionais 10
Pontos principais
Atente para os tópicos a seguir. Eles devem ser estudados com muita atenção,
pois representam os pontos mais importantes do capítulo.

•• Existem várias funções que auxiliam com valores de entrada de cadeia de


caracteres como: LEN, REVERSE, CONCAT etc.;

•• A função CASE permite que selecionemos valores conforme uma ou mais


cláusulas específicas;

•• UNION permite a união de duas ou mais consultas em uma única;

•• Uma forma de podermos comparar consultas é a utilização dos comandos


INTERSECT e EXCEPT.

255
10 Comandos
adicionais
Teste seus conhecimentos
SQL 2016 - Módulo I

1. Qual destas funções não é uma função de texto?

☐☐ a) LEN
☐☐ b) STR
☐☐ c) COUNT
☐☐ d) CHARINDEX
☐☐ e) REPLICATE

2. O que está faltando no comando a seguir?

SELECT NOME, SALARIO, CASE SINDICALIZADO


WHEN 'S' THEN 'Sim'
WHEN 'N' THEN 'Não'
ELSE 'N/C'
AS [Sindicato?] ,
DATA_ADMISSAO
FROM TB_EMPREGADO;

☐☐ a) ORDER BY
☐☐ b) END
☐☐ c) GROUP BY
☐☐ d) O comando está correto.
☐☐ e) WHERE

3. Qual afirmação está errada em relação à cláusula UNION?

☐☐ a) A cláusula UNION é responsável pela união dos resultados de duas ou mais


consultas.
☐☐ b) UNION e UNION ALL possuem funções idênticas.
☐☐ c) Ao utilizamos UNION ALL, as consultas devem possuir a mesma quantidade
de colunas.
☐☐ d) Ao utilizarmos UNION, o SQL elimina as linhas duplicadas.
☐☐ e) UNION ALL apresenta todas as linhas, mesmo duplicadas.

258
Comandos adicionais 10

4. Qual comando é utilizado para comparação de consultas?

☐☐ a) WHERE
☐☐ b) INTERSECT
☐☐ c) SELECT
☐☐ d) SELECT com subqueries.
☐☐ e) UNION

5. Analise o comando a seguir e assinale a resposta correta:

SELECT COD_CARGO FROM TB_CARGO


EXCEPT
SELECT COD_CARGO FROM TB_EMPREGADO

☐☐ a) A sintaxe está errada.


☐☐ b) A consulta não retorna nenhuma informação.
☐☐ c) A consulta retornará todos os cargos que possuem empregados.
☐☐ d) A consulta retornará todos os cargos que não possuem empregados.
☐☐ e) A consulta retornará todos os cargos, possuindo empregados ou não.

259
10 Comandos
adicionais
Mãos à obra!
SQL 2016 - Módulo I

Laboratório 1
A – Realizando consultas e ordenando dados

1. Coloque em uso o banco de dados PEDIDOS;

2. Apresente uma listagem com o nome, salário, data de admissão e o mês da data
de admissão do empregado;

3. Apresente o nome do cliente, concatenando endereço para que fique em apenas


uma única coluna (exemplo: AV. PRES. VARGAS, 364 – CENTRO - GARIBALDI/RS);

4. Selecione os empregados apresentando o 1º nome e o dia e mês (dd/mm) de


aniversário;

5. Execute o script Cap10_CriaTabela.sql;

6. Compare as tabelas TB_PRODUTO e TBPROD, apresentando os registros que são


iguais;

7. Compare as tabelas TB_PRODUTO e TBPROD, apresentando os registros que


aparecem somente em TB_PRODUTO.

262

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