Relatório de Estagio Supervisionado
Relatório de Estagio Supervisionado
Relatório de Estagio Supervisionado
ESTÁGIO SUPERVISIONADO II
DECLARAÇÃO
Areia, ____de_____________de_______.
____________________________________________________
ASSINATURA DO (A) DIRETOR(A) DA ESCOLA.
CARIMBO
UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA
CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS FUNDAMENTAIS E SOCIAIS
Observação:
Participação
____________________________ ____________________________
UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA ____________________________
:
Aluno estagiário DiretorAGRÁRIAS
CENTRO DE CIÊNCIAS da Escola Prof. Orientador de Estágio
Regência:
Total: Carimbo
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS FUNDAMENTAIS E SOCIAIS
FICHA DE ACOMPANHAMENTO DE ATIVIDADES DESENVOLVIDAS
NOME DO ALUNO ESTAGIÁRIO:
CURSO: SEMESTRE: MATRÍCULA: TURMA:
Areia
2018
RENAN RODRIGUES FERREIRA
Areia
10 de julho de 2018
RENAN RODRIGUES FERREIRA
____________________________________
Renan Rodrigues Ferreira
Estagiário Graduando em Licenciatura em Ciências Biológicas
E-mail: renan_web@hotmail.com
(assinatura)
____________________________________
Regina Celli Silva Duarte
Servidor Supervisor de Estágio
E-mail: reginacellipedagoga@gmail.com
(assinatura e carimbo)
____________________________________
Andreia de Sousa Guimarães
Professor Orientador de Estágio
E-mail: asgbio@yahoo.com.br
(assinatura e carimbo)
Areia
10 de julho de 2018
RESUMO
1 INTRODUÇÃO ...........................................................................................................x
2 DESENVOLVIMENTO ..............................................................................................x
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS ......................................................................................x
REFERÊNCIAS ..............................................................................................................x
1 INTRODUÇÃO
Neste dia muita coisa foi trabalhada com a turma. Começou com uma revisão do
conteúdo da aula de língua portuguesa. Eles estavam estudando os substantivos comum
e próprio. Para começar, a professora dividiu o quadro em dois espaços. Num lado, ela
colocou exemplos de substantivos comuns, e abordou essa perspectiva de classificação
de cada substantivo comum que havia colocado como exemplo, questionando os
motivos pelos quais tal palavra é classificada desta maneira. Da mesma forma fez para
os substantivos próprios. Notou-se algo que se repete em todas as aulas, que é a
participação pujante de alguns poucos alunos, e o silêncio coibido do restante, a maioria
que não estando em níveis cognitivos equiparáveis ao que se é exigido naquela série,
não consegue participar da aula, e resta-lhes o silêncio para não atrapalhar os colegas e a
professora. Após revisar o conteúdo com a turma, a professora copiou no quadro,
primeiro um exercício para classe, e em seguida, um outro para casa. Um ocorrido que
chamou bastante atenção se refere a maneira que a professora se dirigiu a um aluno pelo
fato dele estar copiando e respondendo a atividade que estava sendo direcionada para
ser respondida em casa. A professora arrancou o caderno das mãos da criança e apagou
todas as respostas que o mesmo já havia escrito. É possível perceber que a condição de
analfabetismo presente em muitos daquela turma não é trabalhada de nenhuma forma,
trazendo prejuízos tanto no que diz respeito ao processo de alfabetização daquela
criança, que aparenta nunca se completar, como também ao conteúdo ministrado nas
aulas, que por depender do domínio da escrita e da leitura, acabam sendo prejudicadas
nesse aspecto também.
Na aula de matemática, o conteúdo trabalhado foi subtração e sua prova real, e a
professora começou com uma espécie de revisão, colocando algumas operações no
quadro e respondendo de forma oral com a turma – melhor dizendo, com alguns da
turma que estavam participando efetivamente do momento. As contas eram
relativamente simples para o nível que se esperava da turma, porém, uma simples
operação de subtração sem parcela já é um grande desafio para crianças que mal foram
alfabetizadas. Dois ou três alunos estavam respondendo junto com a professora,
enquanto outros estavam apenas observando, sem poder garantir que sua imaginação
não os tivesse levado para outro planeta. Ainda haviam aqueles que encontraram algo
mais interessante do que a aula para fazer, e estavam brincando. Um dos alunos que
estava brincando com um colega estava de costas para a frente da sala onde a professora
estava. Ao perceber, ela imediatamente chamou sua atenção e pediu para que
respondesse à questão que havia escrito no quadro. Não crendo que o menino
conseguisse responder corretamente por não estar prestando atenção a explicação, a
professora e nós estagiários ficamos surpresos como o aluno respondeu tudo
corretamente. Isso pode revelar que aquele conteúdo não era mais de seu interesse, uma
vez que já o assimilou, e isso o fez não prestar atenção nas aulas. No final da aula,
sabendo que os estagiários trariam uma aula de ciências, a professora resolve contar
uma história para a turma. Escolheu um livro que havia na estante por julgar que estes
satisfariam as necessidades introdutórias da aula de ciências. A história de um sapo que
estava procurando por comida e acaba experimentando de tudo, foi bem útil para que a
turma entendesse o conceito de cadeia alimentar, e outros também importantes para os
estudos de biologia. Como aponta Souza & Bernardino (2011), o fracasso escolar no
ensino fundamental está relacionado ao desenvolvimento pelo gosto da leitura, onde a
literatura não está sendo estimulada adequadamente, e é aí que a contação de histórias se
mostra como uma alternativa para trazer uma experiência positiva aos alunos em relação
a leitura, ao contrário de uma tarefa rotineira escolar que faz da leitura um instrumento
para provas, extinguindo assim o prazer pela leitura. O método de contação de histórias
permite que todos possam entender o que se passar escrito do livro que está sendo lido,
de analfabeto a alfabetizados. Essa deficiência é vista em muitos lugares, e acaba por
prejudicar o futuro do aluno que caso adentre em uma universidade, terá um
aproveitamento baixíssimos, tanto intelectual, profissional e pessoal.
Nesta aula, resolveu-se aplicar um exercício escrito para os alunos, porém esta
decisão causou uma das sensações mais desagradáveis desse estágio. Trabalhando o
sistema digestivo, a aula se baseou em fazer o percurso do alimento ao longo de todo o
sistema, explicando a função e localização dos órgãos mais importantes. Para reforçar,
levamos uma figura ampliada do sistema digestivo e chamamos um dos alunos, optamos
pelo mais agitado, para colarmos a imagem do sistema em sua camiseta e demonstrar a
localização de cada órgão trabalhado. Em um segundo momento, aproveitando o tema
da aula, trabalhou-se um pouco sobre alimentação, abordando com foco principal os
tipos de alimento. Para isso, cada aluno recebeu impresso uma figura com a pirâmide
alimentar, e a pirâmide foi explicada para a turma com o auxilio do quadro e das figuras
que estavam com os alunos. Após isso, o exercício (anexo) que já foi levado impresso
foi entregue às crianças para que eles respondessem. Foi aí que percebemos que para
muitos, nossas aulas atingiram os objetivos. Nessa aula, boa parte da turma se mostrou
incapaz de conseguir ler, interpretar e responder as questões da atividade. Nesta turma
haviam alunos que não sabiam escrever o próprio nome, não sabiam ler, porém sabiam
replicar o que viam escrito em algum lugar, praticamente um desenho das palavras, e
também alunos que para o 4° ano do ensino fundamental podiam ser considerados
cognitivamente no nível esperado para a turma. Numa medida de desespero, tentei guiar
uma criança pela mão, mas foi em vão. A única saída foi pedir para que respondesse à
questão que pedia para desenhar, e por incrível que pareça, aquelas crianças não
gostavam de desenhar.
Se aproximando o final da aula, o exercício foi corrigido com todos no quadro,
porém a única questão em que todos puderam participar foi justamente a última que era
respondida com desenhos. Os alunos foram chamados no quadro para desenhar, e mais
uma vez uma confusão se iniciou por conta da competitividade da turma. Uns
reclamavam por terem ido menos vezes ao quadro que seu colega, e haviam aqueles que
reclamavam por ter ido o mesmo número de vezes que seu colega no quadro, querendo
desta maneira sempre estar em uma posição superior aos demais. Chegou um momento
em que quase um episódio de violência novamente acontecia, felizmente deu tempo de
intervir e evitar.
Esta aula seria na verdade sobre o sistema respiratório, no entanto, como ainda
não havia tido nenhuma aula sobre plantas, ainda utilizando o livro didático como
suporte, o conteúdo da aula foi mudado. Classificação das plantas, órgãos das plantas e
polinização foram os assuntos trabalhados basicamente de forma expositiva dialogada.
Foi bom perceber que algo do que foi trabalhado na aula de classificação de seres vivos
e que também aparecia nesse conteúdo, era lembrado por alguns alunos no decorrer da
conversa, com isso, deu para perceber que nem todo o trabalho foi perdido. Isso com
certeza não é culpa dos alunos, que aliás, pelo contrário, são vítimas de estarem em uma
série, enquanto seu nível cognitivo ainda não é suficiente para trabalhar com esse
conteúdo. A reputação zelada de não repetir de ano é muito mais valorizada do que o
alcance do maior objetivo da educação, que é a aprendizagem. Da mesma forma que nas
outras aulas, os que sempre participam estavam participando da aula, e os que sempre
ficavam quietos estavam quietos. A partir dessa observação, é possível entender como a
ideia de que um aluno calado e quieto é aquele que mais aprende não faz sentido algum,
principalmente quando esses alunos são crianças. Após perceber que boa parte da turma
não está devidamente alfabetizada, pode-se verificar que os mais quietos são justamente
os que ainda não foram alfabetizados. Devido a experiência tida na aula anterior, seria
inútil para a maioria da turma fazer um exercício escrito, então a melhor forma para
avaliar os alunos a respeito desta aula foi com uma revisão final do conteúdo, oralmente
junto com a turma.
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS
O Estágio Supervisionado é a segunda experiência dos alunos de Licenciatura em
Ciências Biológicas, desconsiderando é claro projetos que também proporcionam
experiências em sala de aula, no ambiente escolar. No entanto, é nesse estágio que se
tem um primeiro contato com a experiência da posição de professor. As aulas teóricas
forma fundamentais para que os estagiários pudessem se localizar no ambiente da
escola, levando em consideração principalmente a organização das atividades de um
professor. A princípio, um estágio com turmas do ensino fundamental I pareceu sem
sentido para um professor que atuará predominantemente no ensino médio, porém é
importante dizer que toda experiência é válida, e o contato com crianças nessa faixa
etária foi muito rico principalmente para aprender a lidar com situações adversas, que
por sinal, se fizeram bastante presente nesse estágio. Ainda assim, por não ter uma
formação pedagógica especialmente para trabalhar com criança no curso de
Licenciatura em Ciências Biológicas, o estágio pode ser tornar um grande desafio,
dependendo da turma, que principalmente por conta da indisciplina, pode desencorajar o
estagiário.
Como é a primeira disciplina que permite o estudante de Ciências Biológicas a
estar ativo em sala de aula, um dos pontos bastante fortalecidos é a questão de
organização, principalmente com a elaboração dos planos de aula, que ajuda o professor
a alcançar seus objetivos em sala de aula.
Uma das experiências mais significantes no estágio é, sem dúvidas, o
compartilhamento de experiências entre os estagiários, trazendo a sua visão da realidade
de cada escola para dentro da universidade, e isso permite que um aprenda com o outro,
ao, por exemplo, mostrar como se posicionou frente a uma situação adversa. A
confecção de materiais didático contribuíram tanto para a formação docente do
estudante de Ciências Biológicas, como também para os alunos das escolas em que são
realizados os estágios, visto que, podem usufruir de um material que dificilmente será
oferecido pela escola, e com o estágio, está oportunidade torna-se viável.
As atividades de regência, da mesma forma que causaram ansiedade e
preocupação em fazer um bom trabalho no início, concluíram-se com essa ansiedade
convertida em boa parte de confiança e segurança, mas permanecendo ainda um pouco,
servindo de propulsor para as inovações desejadas a cada nova aula. Há autores que
acabam por criticar uma relação mais próxima do professor com seus alunos, pondo em
cheque a sua posição de profissional, no entanto, quando se nota a alegria sincera de um
sorriso em crianças ao lhe ver chegar na sala de aula, que mal lhe conhecem, tendo lhe
visto duas ou três vezes na vida, acaba por trazer satisfação a qualquer que seja a
pessoa, fazendo com que o vínculo humano se sobressaia ao vínculo profissional na
educação.
REFERÊNCIAS
Objetivos:
Metodologia:
Recursos Metodológicos
Quadro/lousa
Pincel/giz
Recortes de seres vivos
Painel
Avaliação
Cronograma
1. TEMA: Plantas
2. OBJETIVOS:
Compreender a diversidade das plantas;
Reconhecer os órgãos das plantas e suas funções;
Entender a importância da polinização para manutenção da vida.
3. METODOLOGIA:
Aula expositiva
4. RECURSOS METODOLÓGICOS
Quadro/lousa
Pincel/giz
5. AVALIAÇÃO
Revisão do conteúdo
6. CRONOGRAMA
70 minutos para a ministração do conteúdo
30 minutos para revisão do conteúdo
UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA
CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS FUNDAMENTAIS E SOCIAIS