Adestramento
Adestramento
Adestramento
Adestramento Básico
Iniciando o Adestramento
Deve-se começar a educação quando o cão ainda for filhote, por volta dos 2 meses de idad
e.
Nesta fase não existe a primeira ou a segunda lição, mas a educação deve acontecer no dia
a dia e ser constante.
O certo e o Errado
O filhote é como uma criança, é preciso ensinar o que é certo e o que é errado desde peque
no, senão ele cresce mal educado. É muito importante repreender na hora certa mas, t
ambém é muito importante alogiá-lo quando agir corretamente. Esta atitude reforça o bom
comportamento.
Quando for elogiar mostre ao cão, seja ele filhote ou adulto, a sua satisfação, usando
sempre palavras com entusiasmo e, ao mesmo tempo, acaricie-o. O contato físico e
as palavras são muito importantes e devem ser usados imediatamente após o feito.
Agora, se você precisar repreendê-lo, mostre isto imediatamente após o feito e demonst
re que não gostou. Não bate ou esfregue o seu focinho nas fezes ou na urina, olhe ap
enas em seus olhos e diga um NÃO em tom bem enérgico. Não é preciso gritar apenas mostre
a ele que é você quem manda.
Dormindo no local correto
Inicie já no primeiro dia treinamento de bons hábitos, colocando-o em sua cama, para
que tire as suas sonecas durante o dia. Os filhotes cansam-se rapidamente e pre
cisam descansar e dormir. Desta forma ele se acostumará com sua nova cama, permiti
ndo uma noite tranqüila para todos.
Não dê nada ao filhote durante a noite. Quando você for deitar, leve o filhote para o
quintal, para que ele tenha uma última oportunidade de satisfazer as suas necessid
ades, dando-lhe tempo para que evacue. Caso você more em apartamento, escolha um l
ocal, que ficará fixo, para ele fazer as necessidades e forre com jornal. (falarem
os sobre as necessidades mais para frente).
A regra mais difícil e a mais importante para o novo proprietário é: sempre leve o fil
hote para fora, não o ponha para fora. Os poucos minutos que você gastar nesta ativi
dade, serão recompensados por um treinamento rápido de seu cão, que logo saberá como dev
e comportar-se dentro de casa.
A Primeira Noite
Quando você for comprar um filhote procure levar algum objeto que tenha o cheiro d
a mão, um pano velho, ou até o jornal em que ela estiver deitada. Na primeira noite
em sua nova cama, o filhote poderá sentir-se sozinho e ganir, ou até uivar. É neste mo
mento, que as roupas velhas, colocadas na caixa, serão úteis, ou um relógio de mecanis
mo ruidoso colocado próximo à caixa, um brinquedo favorito, um rádio tocando baixinho
no mesmo ambiente, ou até uma lâmpada de baixa intensidade. O importante é não ceder, ti
rando o filhote de sua caixa. Você pode conversar com ele, consolando-o ou até recri
miná-lo, mas é preciso muita firmeza neste primeiro confronto de vontades, que irá oco
rrer na primeira noite, ou nas noites subseqüentes. Mantenha-se enérgico, mas carinh
oso, e logo a natureza prevalecerá, fazendo com que o cãozinho adormeça profundamente.
Acreditamos que na segunda noite, ele já perceberá que está em sua cama e que aquele
lar também é seu.
Fazendo as necessidades no lugar correto
Os filhotes fazem as necessidades em intervalos de poucas horas após comer, beber,
acordar ou brincar. Treine seu cachorro a usar um jornal dentro de casa, antes
de passar para fora, se você morar em casa. Todo cão é limpo por natureza e costuma fa
zer as necessidades longe do local onde dorme.
Antes de iniciar o treinamento escolha o local onde será o banheiro oficial do cão.
Quando escolher o local leve em conta a facilidade de limpeza (perto de ralos) e
a facilidade de acesso. Após escolhido o local, forre-o com jornal (o jornal é idea
l porque é muito absorvente). Molhe uma das folhas em sua urina e coloque por cima
de todas. O cheiro da própria urina irá incentivá-lo a fazer naquele local. Se puder
guarde sempre um dos jornais sujos para mostrar ao filhote o próprio odor e encora
já-lo a utilizar aquele ponto novamente.
Leve-o sempre até o jornal após terminar as refeições. Normalmente, percebe-se quando el
e quer fazer as necessidades, ele fica inquieto e começa a andar em círculos e a che
irar o chão. É nesta hora que você deve agir, levando-o imediatamente ao banheiro. Sem
pre elogie seu filhote depois de terminar.
É comum acontecer acidentes no começo, portanto nunca castigue-o por fazer sujeira d
entro de casa ou fora do seu banheiro, isto somente o deixará ansioso. Limpe o loc
al, desodorize (use cloro ou vinagre) para eliminar o cheiro e, após a refeição seguin
te, leve-o novamente ao banheiro. Siga esta rotina até ele usar sozinho o seu banh
eiro. Quando isto acontecer diminua a área forrada chegado ao limite de apenas uma
folha de jornal aberta.
Este aprendizado leva em média de 3 a 8 semanas e, é uma faze muito importante para
você não ter transtornos mais tarde.
Na verdade esta página não se limita apenas a lhe ensinar como amestrar seu cão (ou ga
to Photobucket) a fazer cocô no lugar correto. O objetivo aqui é também lhe ensinar co
mo manter seu animal limpo, de maneira a evitar contaminação tanto dele, quanto das
pessoas que vivem ao redor dele.
gato lindoDicas sobre como manter seu gato (gata) limpo; como ensinar (adestrar)
ele a fazer coco e xixi no lugar certo:
Um gato pequeno não deve sair de casa Photobucket, nem ter contato com outros gato
s Photobucket entes de ter sido vacinado. A vacina para bichanos é constituída de in
jeções administradas em duas doses quando o gato tiver 9 e 13 semanas.
Em relação ao adestramento para o seu gato não fazer xixi ou cocô em lugares impróprios (n
a sala, na cozinha, no quarto), faça o seguinte: Arranje uma caixa para o gato faz
er suas necessidades e encha-a com serragem.
Ensine seu gato a fazer suas necessidades sempre nesta caixa.
Dica útil para cães Photobucket e gatos: vigie sempre o horário que o seu animal f
az cocô ou xixi. Assim que você tiver noção disto, você poderá se antecipar ao seu bicinho
levá-lo ao local adequado escolhido por você para ele fazer suas necessidades.
Após os momentos em que ele fizer o que você quer, atribua-o com alguma recompensa.
E, lembre-se de manter a caixa sempre no mesmo local.
No final do dia, despeje a parte da caixa que estiver suja.
Separe um dia da semana para lavar a caixa completamente com desinfetante.
cachorro lindoDicas sobre como manter seu cachorro limpo; como ensinar (adestrar
) ele a fazer cocô e xixi no lugar certo:
Os cachorros também devem apenas sair de casa se estiverem devidamente vacinados.
Adestrar cachorros a cagarem e mijarem fazerem suas necessidades nos locais adeq
uados assemelhasse ao modo dos gatos.
No caso do cão, você pode usar ao invés de uma caixa, folhas de jornal. Ensine-o a faz
er suas necessidades sempre no local onde se encontram as folhas de jornal e cer
tifique-se de sempre colocar as folhas no mesmo local.
Elogie-o com alguma recompensa após ele fazer aquilo que você deseja.
Ao fim de poucos dias, o cão irá fazer suas necessidades automaticamente no cantinho
escolhido por você.
Saiba disto:
Cães com menos de setes meses ainda não são capazes de aprender a usar um único loca
l como banheiro. Por isto tenha paciência com seu cão se ele não conseguir lembrar ond
e fazer seus detrimentos.
Bruno Tausz
O objetivo deste curso é apresentar seu cão de uma forma diferente daquela a que você
está acostumado.
Como chamamos de "Sem Castigo", vamos começar por definir o que é castigo.
Castigo é um estímulo negativo, aplicado no momento presente por um ato cometido no
passado (que pode ser um segundo ou uma semana) para que nunca mais se repita (n
o futuro).
Quem já tentou explicar a uma criança de dois aninhos o que é semana-que-vem, ontem ou
depois de amanhã pode fazer uma idéia da dificuldade de um cão para associar uma agre
ssão sua, seja ela verbal, física ou moral a alguma coisa que feito no passado e, pr
incipalmente, para que não repita no futuro.
É acreditar que um cão possa ter o conhecimento do lapso de tempo.
Obediência
É outra fantasia humana quando se fala de adestramento. Vamos definir:
obedecer é fazer o que você não quer porque alguém quer... Senão! No futuro haverá uma repr
sália.
Cai no mesmo problema - conhecimento do lapso de tempo.
Assim, o único animal da face da terra com capacidade mental para obediência é o ser h
umano. Assim mesmo... é questionável.
Nós só sabemos ensinar a NÃO fazer coisas.
Depois que nascemos, a primeira palavra que a mamãe ensina é NÃO, a segunda também, e nós
só iremos aprender a dizer mamãe, aos seis para sete meses.
Somos uma sociedade negativista, na qual, passamos 80% das nossas vidas pensando
naquilo que a gente não quer.
Quando um dono-de-cachorro pensa em treinar faz uma listinha daquilo que ele não q
uer:
1. não fazer xixi no tapete,
2. não estragar as coisas,
3. não puxar a roupa na corda,
4. não fazer buracos no jardim,
5. não fugir quando se chama,
6. não comer as plantas,
7. não puxar na guia passeando na rua,
8. não pular em cima das pessoas,
9. não latir durante a noite,
10. não etc.
A grande dificuldade é ensinar o que a gente quer, o que a gente gosta.
Dessa maneira, nosso curso terá, como base, o que a gente quer que o nosso cão faça de
maneira prática, além dos tão famosos "comandos de obediência" (que não será obediência).
1. Fazer xixi e cocô no lugar certo.
2. Enquanto filhote, roer somente o que lhes oferecemos.
3. Brincar somente com o que lhe é permitido.
4. Deixar de gostar de cavar buracos no jardim.
5. Vir correndo quando se chama.
6. Ter respeito pelas plantas.
7. Andar na guia passeando na rua ao lado do condutor.
8. Desgostar de pular em cima das pessoas.
9. Dormir em vigília durante a noite,
10. "Comandos de obediência" etc.
O Anti-Adestramento
O adestramento, como nós conhecemos hoje, surgiu de uma necessidade da Segunda
Grande Guerra Mundial, primeiro como cães mensageiros, depois, como cães policiais.
Dessa evolução surgiu, na Alemanha, um esporte, que chamaram de Schutzhundsprüfung, e
que hoje está difundido no mundo inteiro com diversas variações de competições chamadas Ri
ng.
Acontece que o mundo evoluiu e esse conceito de comportamento canino nos mol
des militares, tipo andar junto, deitar sob comando, ficar no lugar até ser chamad
o, não é e nem será uma coisa prazerosa para os animais.
Paralelamente, desenvolveu-se, no âmbito da psicologia, uma ciência, através da qu
al, Konrad Lorenz, em conjunto com seu amigo, também pesquisador, Eibl-Eibesfeldt,
descobre a alma dos animais através da pura e simples observação. A Etologia.
Descobrem que os animais têm sensações como as nossas, sentem afeto pelos filhotes
, parceiros e, também por outros seres. Outros cientistas, que estudaram o comport
amento animal através da Etologia, descobriram ainda, a chave que abre essa alma d
os animais e começaram a fazer experiências com golfinhos, baleias orca, cavalos, el
efantes, focas e outros animais.
Recentemente descobriram, vejam só, que o polvo é um dos seres mais inteligentes
e versáteis que habita os mares. Numa experiência, gravada em VT, um polvo consegui
u resolver um problema inusitado: colocaram-no num aquário de água salgada, dividido
em duas metades por um vidro cristalino, no qual havia um orifício com o diâmetro m
etade do tamanho da cabeça dele. Do outro lado um caranguejo, seu alimento predile
to. O polvo só conseguia alcançar o caranguejo, através desse orifício, com um dos tentácu
los, conseqüentemente, o caranguejo não podia passar pelo orifício e o polvo não podia c
omê-lo. Para resumir, o polvo conseguiu mudar sua forma física de modo a passar inte
iro pelo orifício.
Hoje, golfinhos e baleias orca são utilizados para tratamento de crianças autist
as. Cavalos estão sendo utilizados por hipistas para fazer hipoterapia em paciente
s com dificuldades de coordenação motora.
Finalmente, estão concluindo que cobras, arraias e os temidos tubarões são animais
tão dóceis quanto os outros e que, quando bem alimentados, jamais atacariam, simple
smente pelo prazer de matar como o faz o humano. Já se consegue alimentar arraias
e tubarões brancos dentro do seu meio ambiente, com as mãos, como fazemos com os nos
sos cães, sem o temor de sermos atacados.
Estão, à duras penas, chegando à conclusão que aquele temível lobo, que uiva em dia de
lua cheia, nunca atacou ninguém, nem nunca atacará. Esse mito foi criado pelo cinem
a que vende o terror e a descarga de adrenalina. Que o leão africano, o rei dos an
imais, é quem, na realidade, tem medo de nós.
O mundo animal ficou tão rico e abriu-se um leque de opções tão extenso que o adestr
amento básico tipo andar junto, sentar, deitar, dar a patinha etc. ficou muito peq
ueno e completamente ultrapassado.
Atividades alternativas, como o Agility, o fly ball etc. foram sendo criadas
para suprir as necessidades dos que curtem seus cães, de modo que possam divertir
-se com seus animais abrindo, para as pessoas, chamadas comuns, a oportunidade d
e treinar, elas mesmas, tirando do adestrador a exclusividade dessa tarefa.
Inspirado no Nosso Forum, instalado no site, pudemos vivenciar a imensa difi
culdade dos nossos visitantes, pudemos perceber, mesmo sem ver os cães, que apenas
através de respostas pode-se resolver muitos dos problemas mais comuns de relacio
namento entre os donos e seus cachorros.
Acompanhando a evolução natural das coisas, o Canil Bruno Tausz está promovendo cu
rsos para que os próprios donos treinem seus cães com uma orientação adequada sobre o co
mportamento deles.
Abolimos completamente aqueles comandos militares e os substituímos por palavr
as que compõe um diálogo sincero que abre um sensacional canal de comunicação entre huma
nos e animais.
Esse curso, uma evolução do adestramento sem castigo, pretende revelar aos donos
como funciona a "cabeça" dos seus cães, os motivos caninos do comportamento por nós c
onsiderado errado e qual é a melhor maneira de acessar a alma de seus queridos mas
cotes, educá-los e treiná-los.
Como já vimos, não se pode obrigar um cão, ou qualquer outro animal, a fazer o que ele
não quer.
Então nosso objetivo será fazer o cão querer "Andar Junto".
Podemos escolher como prêmio ou pagamento pelo serviço de andar junto:
1 - A isca = como isca podemos usar qualquer coisa que o seu cão mais adora: pedac
inhos de salaminho, mortadela, biscoito para cães etc. Eu, particularmente, gosto
de usar a isca de fígado cosido e semidesidratado.
2 - O brinquedo = escolhe-se sempre o objeto que o cão mais gosta: uma bolinha de
tênis, de borracha, um bonequinho preferido ou até uma lingüiça de pano (de uns 30 cm) d
essas usadas para treinar ataque.
3 - O Encanto pessoal = Aí, só podemos usar nós mesmos. Para usar o "encanto pessoal"
temos que ser, para o cão, encantadores. Os cachorros (filhotes de cão) estabelecem
uma relação através do "imprinting" e, como você deve saber, nossa voz tem um poder mágico
de encantamento, exatamente, por não ser o meio que o cão utiliza para se comunicar
.
Ele aprende rapidamente e com uma enorme facilidade, por ser, nossa voz, arauto
do nosso estado de espírito. É através da nossa voz que o cão sabe se estamos alegres, z
angados, se vamos passear com ele ou sem, se ele vai ganhar um presente ou uma b
ronca etc.
Conversar com um cão é o meu prêmio predileto. Os outros, utilizo como recurso, quando
não consigo a atenção do cão.
A Atenção do Cão
Um aluno atento aprende, um desatento jamais...
Todo o nosso trabalho inicial, durante e até o fim do adestramento, será o de conseg
uir a atenção do cão o tempo todo.
Com a atenção do cão conseguiremos explicar-lhe tanto o que nós queremos quanto o que não
queremos.
Se ele andar junto, ganha nosso carinho e nossa atenção e um enorme elogio. Se não...
nada!
Cada vez que ele andar junto ganhará carinho e um papo gostoso. Se ele andar junto
o tempo todo teremos que conversar com ele e fazer carinho o tempo todo.
Aos poucos substituiremos o papo pela comunicação mental
A importância do momento exato para premiar
O objetivo de uma premiação é conseguir que o cão consiga fazer a associação do que ele gan
a com o seu ato.
O momento de premiar o cão é crucial.
O humano pode oferecer um presente no dia seguinte do aniversário e, ainda assim,
dizer que esse presente refere-se àquela data.
Para que um cão associe o prêmio a seu ato é necessário que ele o receba imediatamente d
epois de concluída a ação, preferencialmente, durante o momento final.
Para que o cão entenda o que é "Andar Junto" é preciso ensinar, ao mesmo tempo, o coma
ndo "senta", transformando o conjunto "Andar Junto / Sentar" num só exercício.
Ensinando a sentar
Coloca-se a mão esquerda sob o queixo do cão e levanta-se-o como se o fizesse olhar
para cima, para nós.
Para olhar para cima, a posição mais confortável para o cão é sentada e o cão senta-se quas
que instintivamente. Assim que ele assumir a posição "sentado" deverá ser sobejamente
premiado.
Aos poucos diminuiremos essa ajuda, na medida em que formos percebendo que ele c
omeça a sentar-se para receber o elogio.
Bem rapidamente, e até por interesse, o cão verá essa relação como uma brincadeira e ficará
olhando para você como se estivesse esperando o próximo passo.
E a brincadeira é dar cinco ou seis passos e parar, olhando para o cão e esperando q
ue ele se sente.
Se você mentalizar...: como é, não vai sentar? O que você está esperando para sentar? Sent
a vamos!
Ficará surpreso com a resposta.
Os cães têm uma percepção extra-sensorial tão intensa que fica um pouco difícil de acredita
e, aqueles que acreditam, não o revelam por não quererem se passar por loucos.
Entretanto, quando você pensa em sair com seu cão, quase que como por encanto, ele c
hega antes no lugar onde você guarda a coleira.
Seu cão fará sempre exatamente o que você espera dele. Se você achar que ele não vai fazer
... ele não o fará. Dessa forma nós induzimos, mentalmente, o cão ao erro por estarmos s
empre pensando negativamente: ... eu acho que ele não vai conseguir....
Espantosamente, se começarmos a confiar mais em nosso cão ele corresponderá imediatame
nte.
História do Adestramento
Os cães acompanham os homens desde os tempos mais remotos. Há registro, nas cavernas
, da associação, para trabalho mútuo, dos nossos ancestrais com os lobos. A utilização de
cães, como auxiliares de trabalho, começou com os caçadores ingleses e criadores de ca
valos no final do século XVIII quando começaram a utilizar os foxhounds e os beagles
nas caçadas imperiais.
Por ocasião da 2ª Grande Guerra Mundial (1939-1945) os alemães, que já treinavam cães
para caça, tiveram a idéia de aproveitar as habilidades dos pastores alemães como cães d
e guerra.
Inicialmente treinavam os cães a se alimentarem embaixo dos tanques de guerra,
depois deixavam-nos com fome, recusando-lhes a alimentação por três a quatro dias e l
evavam-nos aos campos de batalha com uma bomba atada ao colete. Os cães famintos,
ao visualizarem os tanques inimigos, corriam para obter os alimentos sob os tanq
ues, quando eram sacrificados.
Com a grande baixa de soldados, a guarda das fronteiras com a França, Holanda,
Bélgica e Espanha foi exercida com a ajuda de 33.500 cães adestrados entre pastores
alemães e dobermans, quando passaram à função de guarda.
Mesmo depois de assinado o armistício, ainda que, com um grande avanço tecnológico
dos meios de comunicação, o crescente aumento de veículos e a grande sofisticação do arma
mento não mais foi possível dispensar a função de guarda dos cães.
O desenvolvimento do adestramento no pós-guerra foi atribuído ao crescimento da
criminalidade mundial devido ao grande desnível socioeconômico conseqüente do êxodo rura
l e do grande desenvolvimento industrial e urbano.
Surgem, então, as grandes escolas policial-militares, para adestramento de cães
de polícia, quando pegou o apelido do pastor alemão de cão policial .
Passada a fase crítica do pós-guerra, nos anos 60, equilibrou-se a economia euro
péia e essa grande quantidade de cães policiais foi perdendo suas funções. Nesse período,
os criadores particulares começaram a se interessar em promover competições de obediênci
a, quando surgiu o esporte do adestramento de cães de guarda, bem como, as entidad
es como a VDH (Verrein für das Deutsche Hundewesen) desenvolveram-se sobremaneira.
Começou então a participação, em competições, de outras raças como o dogue alemão, bóxer,
er, leonberger, rottweiler etc.
História do Adestramento-página 1
A Importância da Obediência
Nos anos 70 começou, na Alemanha, o movimento de conscientização e preservação do meio
ambiente e, com isso, o desenvolvimento da ecologia e da etologia, cujo pai Konr
ad Lorenz já vinha, desenvolvendo pesquisas do comportamento animal sem a interferên
cia humana. Conseqüentemente, a óptica arraigada do animal selvagem como uma fera in
imiga do homem começou a mudar. Com essas idéias, passou-se a estudar o comportament
o dos animais como companheiros de vida na terra.
Os treinadores alemães começaram a utilizar conhecimentos de etologia no treinam
ento de cães de guarda conseguindo sensíveis progressos. Esse conhecimento levou os
treinadores à preocupação com a autoconfiança dos cães que fossem participar de provas de
ataque, tornando o adestramento de cães de guarda um esporte.
A Inglaterra levou essas idéias mais além e, com base nos concursos hípicos, Peter
Lewis lançou, em 1978, através do seu livro The Agility Dog International , uma nova m
odalidade de adestramento: o Agility, no qual, sequer se utilizavam coleiras e g
uias. O cão teria que realizar um percurso sozinho, sem o menor auxílio do ser human
o, como o fazem os cães de circo.
Aqui no Brasil, devido à cultura latina/machista, essa mudança foi lenta, reluta
nte e persistente. Entre os treinadores o conceito de cão de guarda era visto como
cão de ataque mais do que como cão de defesa.
Foi esta a razão da publicação do livro Adestramento Sem Castigo (1986), que trata o
relacionamento com os cães, sob o prisma das dificuldades dos cães em compreender e
aceitar os comandos humanos. Foi abolido o comando militar e introduzido o diálog
o com o aprendizado da linguagem canina.
Esse conceito foi associado à contra-indicação de se treinar um cão para ataque e à ap
licação do conceito de defesa pessoal, semelhante ao das artes marciais, como um esp
orte.
A idéia de ensinar um cão a morder me soava como um absurdo tão grande quanto ao d
e ensinar um pássaro a voar.
Como, instintivamente, todos os cães sabem brigar, passei a divulgar o conceit
o de ensinar aos cães como se defender dos truques humanos de briga. Um cão não sabe d
ar uma gravata, rasteira, soco, chute, paulada, facada, tiro etc. ele só sabe mord
er.
Com o conceito de cão de guarda como um esporte, os cães aprendem a defender-se
sem serem, em princípio, agressivos. Os cães, antes atiçados para morder por ojeriza a
estranhos, tornavam-se neuróticos e assustados, com medo das pessoas e por isso m
ordiam com uma freqüência assustadora. O cão que aprendeu como lutar, apenas, contra o
s golpes humanos teve autoconfiança e tranqüilidade suficiente para discernir uma am
eaça verdadeira de uma falsa.
Daí para frente foi mais fácil a erradicação do conceito da necessidade de produzir
um cão feroz como a única maneira de treinar um cão para guarda.
Em todo o mundo desenvolveu-se uma outra modalidade de adestramento: o treina
mento de cães auxiliares para deficientes físicos com muito sucesso.
Nós participamos desse processo como pioneiros no Brasil do treinamento de cães-
guia no final dos anos 80. Na foto aparece a cantora Kátia com seu schnauzer gigan
te.
História do Adestramento-página 2
Por volta de 1990 decidi estender os cursos aos cães de pequeno e médio porte par
a proporcionar-lhes a oportunidade de aprenderem como é que o ser humano gosta de
conviver com eles. Nessa mesma oportunidade introduzi, também, a idéia de orientar o
proprietário para que ele começasse a perceber a nova óptica do comportamento e dos s
entimentos dos seus próprios cães. Com isto, consegui divulgar o método de Adestrament
o Sem Castigo que dá um resultado, realmente, inacreditável. Tão inacreditável que meus
colegas treinadores, por não acreditarem, diziam que eu espancava os cães para conse
guir essa fantástica obediência num tempo 80% mais curto que o método antigo.
História do Adestramento-página 3,
Socialização
Paralelamente a esta nova filosofia de adestramento, introduzi a necessidade
dos cães serem socialmente educados, principalmente, pelos problemas que meus cli
entes enfrentavam em condomínios e isso incluía, tanto os cães considerados de guarda
de médio e grande porte, quanto os de pequeno porte que incomodavam os vizinhos co
m seus latidos histéricos, fugas freqüentes e os buracos nos jardins.
Em Zurich, Suíça, encontrei cães entrando, tranqüilamente, com seus donos em lojas d
e departamentos, lancherias, restaurantes e até cinemas.
Aqui, estamos, ainda hoje, tendo dificuldades em aprovar uma lei para que os
proprietários de cães-guia de cegos possam entrar em coletivos, lojas e restaurantes
, exclusivamente por falta de educação da nossa população canina.
Ainda transferimos aos nossos cães as nossas neuroses e as nossas frustrações. Out
ro dia foi divulgado pela internet, e até pelo Fantástico, fotos de cães com seus dono
s, cara de um focinho do outro. Não é por acaso! Tanto os donos procuram cães-deuses f
eitos à sua imagem e semelhança, quanto os cães procuram proporcionar aos seus amos todo
s os seus anseios. Os cães se esforçam por imitar seus pais da mesma forma como as cri
anças. O grande problema é que nós só sabemos explicar-lhes o que não gostamos e eles apre
ndem rapidamente tudo o que nos incomoda.
Quando ficamos intimamente orgulhosos porque nosso cão adolescente tenta nos d
efender de um estranho, não conseguimos perceber que estamos incentivando a agressão
contra pessoas, só pelo fato de serem estranhas.
História do Adestramento-página 4
A Posse Responsável.
É uma filosofia já defendida nos EUA e na Europa desde o início do treinamento de cães p
ara morder. Foi uma idéia que sempre defendi, mas que só recentemente está sendo discu
tida nos diversos segmentos da sociedade brasileira.
A idéia da Posse Responsável tem objetivos semelhantes aos da responsabilidade dos p
ais sobre os filhos menores de idade. Semelhante, também, à idéia da responsabilidade
da posse e porte de uma arma. Afinal um cão de guarda é uma arma de defesa...
Os direitos do cão e seu dono terminam onde começam os direitos das demais pessoas.
Enfim, é a cidadania exercida pelos donos de cães.
É importante respeitar os temores das pessoas não muito ligadas aos animais. Um cão só d
eve aproximar-se e lamber ou, até mesmo, cheirar uma pessoa se esta o permitir. A
iniciativa deve partir das pessoas e não dos cães. É uma questão de treinamento.
A mídia, para vender artigos, mexe com as emoções humanas fazendo-as imaginar o tamanh
o do estrago que um cão poderia fazer caso resolvesse morder.
Para que as pessoas possam se desarmar com relação aos cães, é preciso que se informe e
se esclareçam dúvidas sobre o comportamento dos animais de uma forma geral, porque o
s cães têm o mesmo comportamento. Para passar segurança ao próximo, o proprietário deve de
monstrar sua preocupação com a educação do cão, com atitudes como catar as fezes na rua pa
ra que os outros não pisem, cuidar para que o cão respeite as pessoas não pulando em c
ima ou, até mesmo, não latindo desnecessariamente.
Uma das atitudes que melhor passa segurança para as pessoas é a demonstração que seu cão é
reinado, educado e obediente.
Na Inglaterra, foi criado o certificado de Bom Cidadão Canino conferido, apenas
, a cães que pudessem comprovar sua educação. Entidades cinófilas passaram a credenciar
profissionais experientes como treinadores, veterinários, juizes cinófilos e alguns
policiais para essa finalidade. Foram criados regulamentos para os testes aos qu
ais os cães deveriam se submeter. Os proprietários tiveram a opção de freqüentar escolas c
redenciadas para cães ou treiná-los em casa. O dono também passa por um teste escrito
sobre cuidados e responsabilidades.
O Good Citizen Dog foi o maior esquema de treinamento do Reino Unido, envolvendo q
uase mil clubes de adestramento e centenas de profissionais cadastrados como ava
liadores.
História do Adestramento-página 5
História do Adestramento-página 6
A Compra de um Filhote
Depois de decidir a raça de eleição, precisaremos nos preparar para realizar uma boa a
quisição.
Boa aquisição é aquela que irá nos satisfazer durante, aproximadamente, os próximos 10 ano
s.
A melhor maneira de decidir, com precisão, é formular perguntas apropriadas, uma espéc
ie de "check-list."
Qual a finalidade?
É uma pergunta que quase ninguém se faz antes de efetuar uma compra:
a) Cão de Serviço?
Para responder a esta pergunta teremos que examinar nossa consciência e saber se e
le deverá conviver com a família ou sua função será tão somente a de serviço.
b) Cão de Guarda e Companhia?
Nesse caso a escolha deverá ser mais rigorosa quanto ao temperamento.
c) Para Guarda Pessoal ou Territorial?
A escolha deverá recair no macho, para guarda territorial e a fêmea ficará com a respo
nsabilidade da guarda pessoal por ser mais ciumenta que o macho.
d) Para Criação e Exposição?
Neste caso a preocupação maior deverá ser quanto à linha de sangue e as qualidades que o
exemplar poderá oferecer à sua prole.
Macho ou Fêmea?
Em todas as raças, o macho, quando adulto, é mais rústico, pesado, duro e menos dado à b
rincadeiras enquanto que a fêmea é mais dócil, meiga, ciumenta e altruísta.
O que devemos verificar na compra de um filhote:
A aquisição de um padrão da raça escolhida é de importância primordial. Ele descreve como d
ve ser a raça.
1) SE TEM PEDIGREE
O pedigree, na compra de um cachorro, corresponde ao "certificado de garantia" q
uando você compra um eletrodoméstico. É a garantia de qualidade e encarece o preço na co
mpra em cerca de R$ 30,00 reais.
2) FALTAS MUITO GRAVES OU DESQUALIFICANTES (dependendo de cada raça)
a) Olhos claros (muito claros) - confira com o padrão da raça a importância desta falt
a.
b) Nos machos, falta de testículos
c) Prognatismo - confira com o padrão da raça. No bóxer, por exemplo, é uma qualidade.
d) Manchas na trufa - confira com o padrão da raça. No dogue alemão arlequim, não é falta.
e) Manchas no peito e nas patas - confira com o padrão da raça. Algumas raças permitem
e em outras, como no cão bernês das montanhas, é qualidade.
e) Timidez e medo de barulho.
f) Cegueira ou surdez.
3) FALTAS GRAVES
a) Manchas brancas confira com o padrão da raça. Algumas raças permitem e em outras, c
omo no cão bernês das montanhas, é qualidade.
b) Mal desenvolvimento: magros, raquíticos, tristes.
c) Filhote que não deita com as pernas para trás: provavelmente já está se iniciando um
processo de má formação das articulações coxofemorais.
d) Ergôs (unha de lobo) sem amputar: confira com o padrão da raça. Algumas raças permite
m e em outras, como no pastor de brie, é qualidade.
4) REQUINTES - procure fazer uma checagem e adquirir filhotes que:
a) tenham bom temperamento: alegre e líder. Observe seu relacionamento com o dono
do canil. Observe seu relacionamento com os outros filhotes. Escolha um brincalhão
. Faça algum barulho como bater palmas fortes. Não escolha os medrosos.
b) tenham boa movimentação: observe o filhote andando de preferência sem correr. Confi
ra se ele somente se movimenta com as patas posteriores juntas ou se também as mov
imenta tocando o solo alternadamente. Os que alternam tem mais chance de excelen
te movimentação, quando adultos.
c) tenham bom desenvolvimento ósseo: observe o diâmetro do carpo e metacarpo bem des
envolvido.
f) estejam gozando de boa saúde: limpos de vermes - observe se o ventre apresenta
erupções do tipo brotoeja ou se apresenta pequenas pústulas tipo acne; observe se os o
lhos apresentam algum corrimento. Observe se a conjuntiva está corada ou pálida.
SEM DIARRÉIA - espere um pouco conversando com o proprietário do canil e observe as
fezes do filhote que você escolheu; o filhote com diarréia está com boas chances de co
ntrair a parvovirose.
BOM APETITE - nunca compre um filhote sem apetite.
CAUDA E ERGÔS - por ocasião da compra os ferimentos da amputação dos ergôs (se tiverem) e
do corte da cauda (confira com o padrão da raça: há raças que exigem a amputação dos ergôs
a cauda e outras não) deverão estar completamente cicatrizados.
Um filhote saudável é alegre, brincalhão e tem um apetite insaciável e depois que come,
faz seu xixi e seu cocozinho, dorme feito um paxá.