Projeto Compostagem

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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO PARANÁ

ESCOLA DE EDUCAÇÃO E HUMANIDADES


CURSO DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL

Breno Bach Camargo, Leonardo P. Troiano

HORTA COMUNITÁRIA DE COMPOSTAGEM DO CESMAG:


A ELABORAÇÃO DE NOVOS HÁBITOS DE REUTILIZAÇÃO, CONSUMO E
PRODUÇÃO

Projeto de pesquisa apresentado à


Disciplina de Princípios e Métodos de
Educação Ambiental, do Curso de
Ciências Biológicas – Bacharelado da
Escola de Ciências da Vida, Pontifícia
Universidade Católica do Paraná.

CURITIBA
MAIO / 2020
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO..........................................................................................................3
2. OBJETIVOS...................................................................................................................4
3. METODOLOGIA............................................................................................................4
4. MATERIAL NECESSÁRIO............................................................................................5
5. CRONOGRAMA.............................................................................................................5
6. REFERÊNCIAS..............................................................................................................5

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1. INTRODUÇÃO

Vivemos em uma lógica de consumo inconsequente e aquisição de produtos muito

além do necessário para cada indivíduo. Isso levou à uma exponencial e crescente

intensificação da produção de produtos, o que levou ao desenvolvimento por parte

da indústria de práticas de extração e produção completamente opostas aos ideais

de desenvolvimento sustentável e saudável, assim como o fortalecimento do

paradigma cultural de consumo vigente em nossa época. A sociedade de consumo,

segundo Retondar (2008, p. 138):

“Caracteriza-se, antes de tudo, pelo desejo socialmente

expandido da aquisição “do supérfluo”, do excedente, do

luxo. Do mesmo modo, se estrutura pela marca da

insaciabilidade, da constante insatisfação, onde uma

necessidade preliminarmente satisfeita gera quase

automaticamente outra necessidade, num ciclo que não

se esgota, num continuum onde o final do ato consumista

é o próprio desejo de consumo.”

Quanto ao panorama no Brasil, o país vem experimentando um desenvolvimento

industrial razoável a partir dos anos 50. Isso, aliado ao paradigma norte-americano

de sociedade de consumo, mortificou a consciência pública para os perigos da

extração e produção intensas e despreocupadas com a sustentabilidade. É nos anos

60,70 e 80, com a Revolução Verde, que houve uma alteração nos modos de

produção, com a introdução de novos métodos no campo. Por conta deste

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desenvolvimento, a produção de alimentos e seu consumo subiram imensamente,

algo extremamente positivo, mas que por outro lado, tem uma consequência

negativa, que é a imensa quantidade de resíduos produzidos. Entretanto, para estes

resíduos há um destino apropriado, chamado compostagem. A compostagem é um

processo de reaproveitamento e, portanto, ressignificação dos resíduos orgânicos de

quaisquer processos, sejam eles industriais, florestais, urbanos ou agrícolas. No

caso deste projeto, pretendemos aplicar a compostagem aos resíduos da ponta da

cadeia de alimentos, ou seja, após serem consumidos enfim nos centros urbanos,

neste caso, no refeitório do colégio. Uma grande vantagem deste processo e de sua

realização e manutenção por aqueles que produzem os resíduos e que usufruem

dos frutos do projeto é que isso torna possível a visualização do processo como um

todo, levando automaticamente à reflexão pessoal acerca dos hábitos sustentáveis e

das pegadas ecológicas de cada um.

2. OBJETIVOS

O primeiro objetivo é o estabelecimento de uma estrutura física e concreta

pela qual será realizado o processo de compostagem dos resíduos do colégio. Essa

estrutura será mantida e gerenciada por estudantes e outros membros da

comunidade escolar, que hão de gerir a distribuição de tarefas relacionadas ao

processo de forma que lhes pareça melhor e mais eficiente.

O segundo objetivo, e talvez o mais importante, é possibilitar que os

indivíduos da comunidade escolar possam vivenciar em primeira mão um processo

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sustentável de produção de alimentos, esperando que isso propicie uma disposição

na comunidade para discussões e reflexões acerca de suas vivências, hábitos e as

consequências destes, promovendo assim uma mudança concreta na atitude e no

pensar destes indivíduos quanto à responsabilidade individual e do coletivo no que

diz respeito à sustentabilidade, ao meio ambiente e à ecologia.

3. METODOLOGIA

A primeira atividade é a montagem da estrutura de compostagem e das

hortas do colégio, assim como a identificação de fontes materiais orgânicas para a

compostagem. Serão utilizadas caixas plásticas, além dos orgânicos e

microrganismos responsáveis pelo trabalho de decomposição. Dentre os resíduos

orgânicos disponíveis no colégio, serão utilizados: restos de alimentos, resíduos

frescos, folhas secas, alimentos cozidos ou assados em pequenas quantidades e

talvez, esterco. A composteira será montada de acordo com a imagem do anexo 1.

3.1. Diagnóstico (ou mapeamento) do local onde o projeto se desenvolverá

A área de aplicação do projeto será o colégio CESMAG, no bairro Mercês, em

Curitiba -PR. A composteira e a horta haverão de ser instalados em um pátio dentro

das dependências do colégio, entre o ginásio e o prédio da biblioteca. O projeto visa

atingir todos os membros componentes da comunidade escolar

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3.2. Desenvolvimento do Projeto

Durante 1 mês, com acompanhamento de professores, montagem das caixas de

compostagem (composteiras) e dos espaços de plantio a serem adubados com o

resíduo orgânico reaproveitado (adubo). Acompanhamento do processo de

decomposição e primeira aplicação dos resíduos ao fim do mês.

A partir daí, instruir com adicionais comentários a comunidade no manuseio,

manutenção e uso dos equipamentos e estruturas, de forma que a instalação se

torne permanente no espaço.

4. MATERIAL NECESSÁRIO

Caixas plásticas;

Ferramentas de jardinagem;

Sementes;

Esterco;

Luvas;

Terra;

Caixotes de madeira;

Resíduos orgânicos.

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5. CRONOGRAMA

Na primeira semana, organização e aquisição dos materiais necessários,

agrupamento dos materiais de forma a facilitar a montagem das estruturas na

segunda semana.

Na segunda semana, montagem das composteiras e caixas a serem

utilizadas no plantio das sementes de vegetais consumíveis na cozinha do colégio.

Terceira e quarta semanas, acompanhamento do processo até a geração de

resíduos orgânicos aproveitáveis na horta.

A partir do fim do mês de junho, acompanhamento para checar por possíveis

dificuldades, erros ou sucessos do trabalho, verificando o bom funcionamento das

estruturas e garantindo com informações que o trabalho se mantenha ativo

indeterminadamente.

Na seguinte semana, reunião da comunidade para discussão coletiva acerca

dos benefícios da instalação, possíveis usos diferentes do proposto e

compartilhamento de reflexões e opiniões a respeito do projeto.

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ANEXO 1

6. REFERÊNCIAS

LOWY, Michael. O que é ecossocialismo? Questões de nossa época, vol. 54,


2014.

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LOWY, Michel. Ecossocialismo e planejamento democrático. Socialist Register,
2007.
JORDÃO, Ermelinda Ruani. Do consumo à produção do lixo. SEED, 2016
RETONDAR, Anderson Moebus. A (re)construção do indivíduo: a sociedade de
consumo como “contexto social” de produção de subjetividades. Artigo
científico publicado na Revista Sociedade e Estado, Brasília, v. 23, n. 1, p. 137-160,
jan./abr 2008. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/se/v23n1/a06v23n1.pdf>. 
OLIVEIRA, Emídio Cantídio Almeida de; SARTORI, Raul Henrique; Garcez, Tiago B.
Compostagem. USP- ESALQ, 2008

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