Manual de Transportes 2017 PDF
Manual de Transportes 2017 PDF
2 Introdução ............................................................................................................................. 5
3 Definições de termos ou conceitos aplicados neste manual ................................................ 6
4 Conceitos de produtos perigosos para o transporte e de produtos ou atividades que
representam riscos para o meio ambiente. ................................................................................ 14
5 Características próprias do setor de distribuição de insumos agrícolas ............................. 15
5.1 Comercialização .......................................................................................................... 15
5.2 Questões relacionadas a frota de transporte: transportador – ETC, própria do
distribuidor, agregada do distribuidor ou própria do cliente. ................................................ 16
5.3 Características próprias do setor de distribuição de produtos veterinários............... 17
6 Regulamento de Transporte Terrestre de Produtos Perigosos (RTTP), Resolução ANTT
3665:2011 ................................................................................................................................... 18
6.1 Do veículo e equipamentos para o transporte ........................................................... 18
6.2 Da carga e seu acondicionamento .............................................................................. 19
6.3 Do seguro de carga...................................................................................................... 21
6.4 Do itinerário ................................................................................................................ 22
6.5 Do estacionamento ..................................................................................................... 22
6.6 Do pessoal envolvido nas operações de transporte ................................................... 23
6.7 Documentação ............................................................................................................ 24
6.8 Procedimentos em caso de emergência, acidente ou avaria ..................................... 25
6.9 Dos deveres, obrigações e responsabilidades do fabricante ou importador dos
produtos, do transportador, do expedidor e do destinatário. ............................................... 25
7 Fiscalização .......................................................................................................................... 30
7.1 Infrações e penalidades .............................................................................................. 30
7.2 Infrações de responsabilidade do transportador (Art. 53 RTPP) ................................ 31
7.3 Infrações de responsabilidade do expedidor (Art. 54 RTPP)....................................... 33
7.4 Infrações de responsabilidade do destinatário (Art. 55 RTPP). .................................. 34
8 Principais Normas ABNT ...................................................................................................... 35
8.1 ABNT- NBR 7500/04 – Identificação para o transporte terrestre, manuseio,
movimentação e armazenamento de produtos. .................................................................... 35
8.2 Classes de risco, onde se encontram classificação para insumos agrícolas e
veterinários: ............................................................................................................................ 36
8.3 Regras para sinalização de veículos transportando insumos agrícolas e veterinários
classificados como perigosos, embalados: ............................................................................. 38
8.4 Em caso de produtos perigosos iguais (número ONU) e riscos iguais (número de
risco) 41
8.5 Em caso de produtos perigosos diferentes e mesmo risco principal.......................... 44
8.6 Em caso de produtos perigosos diferentes e riscos principais diferentes .................. 46
8.7 Unidade de transporte carregada com substância que apresenta risco para o meio
ambiente (número ONU 3077 e/ou número ONU 3082) ....................................................... 48
9 ABNT – NBR 7503/16 – Ficha de emergência e envelope para o transporte. .................... 50
9.1 Requisitos da ficha de emergência ............................................................................. 50
9.1.1 Papel e Impressão ............................................................................................... 50
9.1.2 Modelo e aplicação ............................................................................................. 51
9.1.3 Preenchimento .................................................................................................... 51
9.2 Requisitos do envelope ............................................................................................... 57
9.2.1 Papel e impressão ............................................................................................... 57
9.2.2 Modelo ................................................................................................................ 58
9.2.3 Preenchimento do envelope ............................................................................... 58
10 ABNT- NBR 9735/17 - Conjunto de equipamentos para emergências no transporte
terrestre de produtos perigosos ................................................................................................. 62
11 Equipamentos de emergência para a carga (sinalização, isolamento da área da
ocorrência, avaria, acidente e/ou emergência). ......................................................................... 65
12 ABNT- NBR 14619/03 – Transporte terrestre de produtos perigosos – Incompatibilidade
química ........................................................................................................................................ 68
13 Aplicação no Setor do Cap. 3. da Res. 5232/16 - Quantidades isentas ou limitadas por
veículo; ........................................................................................................................................ 69
14 Embalagens de produtos perigosos e tipos mais comuns na comercialização de insumos
agrícolas e veterinários ............................................................................................................... 71
15 Como atender a Res. 3665:2011 e ABNT-NBR 14619/03: incompatibilidade química no
transporte conjunto de defensivos agrícolas e produtos veterinários ....................................... 72
16 Considerações finais ........................................................................................................ 72
5
1 Introdução
Caro Distribuidor,
Disponibilizar este manual para você é uma alternativa para orientá-lo no que diz respeito
ao cumprimento à legislação vigente. O objetivo é mostrar a você o funcionamento das
normas sem ferir princípios básicos da cultura de seu negócio, como por exemplo, a
prática de retirada de produtos na hora da compra.
Facilitar e mostrar maneiras de informar aos seus clientes que é preciso atender às normas
de transporte, respeitando a cultura do setor, foi um desafio que nos propomos a entender.
O assunto é vasto e complexo, por isso, não temos a pretensão de cobrir toda a legislação,
mas orientar quais as melhores práticas a serem adotados no que diz respeito ao
transporte, meio ambiente e segurança dos trabalhadores, além da preservação do
produto.
É importante lembrar que a redação desse manual visa oferecer alternativas e maneiras
de tratar sobre o transporte de produtos. É inevitável a abordagem da legislação e normas
básicas, já que elas são aplicáveis a qualquer transporte de químicos ou não químicos. A
lei da casa civil para registro e definição das categorias de transportadores é para todos e
que os requisitos do IBAMA também, uma vez que os veículos são fontes móveis de
emissões.
Dúvidas ou sugestões para melhorar esta publicação podem ser enviadas para o
atendimento ao associado, no site www.andav.com.br. Aproveitem o material e
comuniquem-nos suas necessidades de informações, para eventuais considerações em
revisões futuras.
Este material é um Manual, não substitui os textos das normas e não tem
compromisso com a “atualização” das informações, após a data de sua publicação.
6
Produtos ou atividades que representam riscos para a saúde ou meio ambiente são
classificados como químicos ou não químicos.
Para enquadramento em qualquer um dos dois conceitos é preciso realizar uma análise
preliminar, e frequentemente, testes de laboratório. No caso dos produtos perigosos,
a classificação do risco é feita por intermédio de metodologias especificas para cada
classe de risco – são 9 classes –, descritas na Parte 2 da Resolução 5232/16.
No caso dos produtos perigosos para a saúde ou meio ambiente outras metodologias
são aplicadas (em laboratórios ou não). A ANVISA e as legislações especificas dos
produtos, assim como os próprios fabricantes dão os parâmetros com base nas
formulações ou propriedades dos produtos. Tudo isso com base em experimentos e
histórico de danos causados por estas substâncias. Estes produtos podem ser químicos
ou não químicos (há produtos minerais, metais e outros inertes que representam riscos
para a saúde e meio ambiente).
4.1 Comercialização
Atender todo o acervo legal e normativo para o transporte correto e seguro de produtos
perigosos representa um desafio para qualquer setor expedidor, mas devido algumas
características do setor de agro insumos esse desafio é intensificado.
Começa pelo fato de que muitos produtores do ramo agrícola, também são
pecuaristas. O hábito de adquirir e levar os produtos da compra em seus próprios
veículos é comum dentre o ramo. Em muitos casos, as compras de pequena escala
podem enquadrar-se em quantidades isentas, cujas regras de utilização são descritas
no capítulo 12.
Outro ponto que vale a pena destacar é em relação a compra de maior porte. Algumas
vezes, o produtor possui frota própria, e retira os produtos no Distribuidor sem seguir
as normas estabelecidas. De acordo com o regulamento federal dos transportes de
produtos perigosos, o transportador é:
Posto isto, este transportador, quando não enquadrado em quantidades isentas (cap.12
deste manual) não poderia transportar seus produtos sem atender todas as exigências
do Regulamento de Transporte de Produtos Perigosos (RTPP).
A definição de transportador descrita pela ANTT explica que o termo inclui tanto os
transportadores comerciais quanto os de carga própria. A partir daí, podemos
concluir, que no universo do distribuidor, o que não é comércio, é transporte. Quando
se carrega um veículo e se transita em via pública, é importante ressaltar que isso é
caracterizado como uma atividade de transporte. O artigo 6º da resolução 5232/16
preceitua que:
Assim, fica claro, que quando o produtor faz uma compra na Distribuidora e retira o
produto no mesmo instante, é uma atividade de transporte. O que é possível sugerir
ao setor para resolver suas preocupações com atendimento legal, são as alternativas
que estão dentro da lei:
Nota: no caso de produtos embalados, que não entram em contato direto com o
equipamento de transporte, não se considera a regra de veículo contaminado. (Exceto
se durante o transporte houve vazamento de produto na carroceria).
Deve-se colocar no veículo: Um kit para a carga + extintores (se for bitrem trem serão
2 Kits, considera-se o número de carrocerias tracionadas por um mesmo cavalo trator)
conforme anexo A da NBR 9735/17 e conjuntos de Equipamentos de Proteção
Individual (EPI) para o motorista e ajudantes, se houver.
O transporte de produtos perigosos deve ser feito em veículos “de carga ou misto”,
conforme definido pelo Código de Trânsito Brasileiro (CTB).
Notas:
É proibido:
1
Entende-se como compatibilidade entre produtos a ausência de risco de ocorrer
explosão, desprendimento de chamas ou calor, formação de gases, vapores,
compostos ou misturas perigosas, devido ás características físicas ou químicas
originadas de qualquer um dos produtos, se postos em contato entre si. (Por
vazamento, ruptura de embalagem, ou outra causa qualquer).
21
A ANDAV atualmente é parceira da A2G Seguros, que possui cobertura para riscos
de danos causados a todas as mercadorias de propriedade do segurado, pessoa jurídica
de direito público ou privado, quando transportadas em território nacional, por
veículos próprios ou de empresas contratadas. Abaixo algumas das modalidades
oferecidas.
Ampla A – Além dos riscos garantidos pela cobertura básica restrita, abrange danos
e perdas provocadas por causa externa, inclusive causada por operações de carga e
descarga, extravio, roubo e/ou furto qualificado e quebra das mercadorias.
22
Nota: Para mais informações entrar em contato com a ANDAV pelo telefone (19)
32039884 ou com a A2G seguros pelo telefone (11) 3628-8108 / (11) 3926-8108.
5.4 Do itinerário
A empresa expedidora de produtos perigosos deve planejar o itinerário e orientar o
motorista sobre quais rotas foram selecionadas para sua operação. Para atender ao
RTPP este planejamento precisa contemplar as seguintes situações:
4. Se não houver via alternativa, o uso de via restrita deve ser justificado ao
IBAMA;
5.5 Do estacionamento
O condutor do veículo carregado com produtos perigosos, só pode estacionar para
descanso ou pernoite, em áreas previamente autorizadas pelas autoridades de trânsito.
Na ausência destas áreas, deve-se evitar zonas densamente povoadas, de proteção de
mananciais, de reservatórios de água, reservas florestais e ecológicas ou que delas
sejam próximas;
Quando por motivo de emergência, parada por falha mecânica ou acidente, o veículo
deve ser sinalizado e permanecer sob a vigilância do condutor, exceto se sua ausência
for imprescindível para comunicar o fato ou obter socorro médico;
A documentação também deve ser verificada neste check list. É importante lembrar
que o motorista deve portar habilitação para produtos perigosos válida (Mopp).
Durante a viagem o motorista é responsável pela guarda, conservação e bom uso do
veículo, carga e todos os equipamentos de segurança embarcados e necessários à
operação.
5.7 Documentação
O veículo carregado com produtos perigosos deve portar a seguinte documentação:
Notas:
3. Quando produto perigoso a ficha é obrigatória e deve ter tarja vermelha, quando
produto não perigoso a ficha é opcional e deve ter tarja verde;
25
Informar ao expedidor as
especificações para acondicionamento X
e estiva dos produtos e a relação de
EPIs.
Fornecer ao transportador os
documentos obrigatórios para o X
transporte de produtos perigosos,
corretamente preenchidos e legíveis,
assumindo a responsabilidade pelo que
declarar.
27
O transportador é solidariamente
responsável com o expedidor na X X
hipótese de aceitar para transporte
produtos cuja embalagem apresente
sinais de violação, deterioração ou
mau estado de conservação.
Notas:
1. Quando os produtos são transportados em frota própria, o Expedidor/Distribuidor
responde também, pelas obrigações do transportador;
2. As instruções do fabricante para acondicionamento dos produtos encontram-se
nas embalagens externas de transporte, em pictogramas ou figuras, ou frases de
advertência;
3. Painéis de segurança e rótulos de risco, onde aplicável;
4. As operações de descarga são de responsabilidade do destinatário dos produtos;
30
6 Fiscalização
A fiscalização compreende:
Observada qualquer infração que configure grave risco à pessoas, segurança pública
ou meio ambiente, a autoridade de trânsito pode reter o veículo, liberando após sanada
a não conformidade, podendo, se necessário, determinar:
Notas:
(1) o cofre de cargas adequado é o que atende a norma ABNT-NBR 15589/08;
(2) equipamento de transporte é a parte do veículo onde a carga é carregada
(carroceria);
Este material é um Manual. Ele não substitui os textos das normas e não tem
compromisso com a “atualização” das informações após a data de sua publicação. É
imprescindível que o Expedidor adquira sempre uma cópia da versão atualizada da
norma, a cada encomenda de simbologia de risco.
Existem 9 classes de risco, porém nos setores de agro insumos e veterinários, algumas
classes não são utilizadas, tais como: classe 1, explosivos, classe 5.1 oxidantes, classe
5.2 peróxidos orgânicos e classe 7 radioativos.
36
Classe 2.1
Gases
inflamáveis
Classe 2.3
Gases tóxicos
Classe 3 –
Líquidos
inflamáveis
37
Classe 4.3
Perigoso
quando úmido
Classe 6.1
Tóxicos
Classe 6.2
Substâncias
infectantes
(rganismos
vivos
patogênicos)
Classe 8
Corrosivos
Classe 9
Substâncias
perigosas
diversas
38
Dimensões em milímetros:
Borda do painel c 10 10
Largura do número/letra d 55 45
Nº ONU
Painéis e rótulos intercambiáveis: (muito útil para veículos que são dedicados a um só
produto, ou com uma variedade pequena de carregamento. Ex: no transporte à granel,
veículos tanque).
Trilho de
encaixe das
plaquetas
Travas
Superiores
Nota: Todas as formas de painel e rótulos são aceitas, desde que o caminhão esteja
sinalizado de forma: regular (atendendo os padrões de dimensões, cores e modulação
da norma), legível, indelével (tinta fixa) e bem fixados ao veículo ou carroceria.
Tabela 8 Rótulos de risco e painéis de segurança - Carga fracionada: produtos iguais (nº ONU) e riscos iguais (nº de
risco).
Figura 6 Transporte de carga fracionada de produtos perigosos iguais (número ONU) e riscos iguais (número de
risco), na mesma unidade de transporte.
Figura 7 Transporte de carga fracionada de produtos perigosos iguais (número ONU) e riscos iguais (número de
risco), em veículo utilitário.
44
Tabela 9 Rótulos de risco e painéis de segurança - Carga fracionada: produtos diferentes e mesmo risco principal.
Figura 8 Transporte de carga fracionada de produtos perigosos diferentes de mesmo risco principal, na mesma
unidade de transporte.
Figura 9 Transporte de carga fracionada de produtos perigosos diferentes e mesmo risco principal, em veículo
utilitário
46
Tabela 10 Rótulos de risco e painéis de segurança - Carga fracionada: produtos perigosos diferentes (nº ONU
diferentes) e riscos principais diferentes.
Figura 9 Transporte de carga fracionada de produtos perigosos diferentes e riscos principais diferentes, na mesma
unidade de transporte
Figura 10 Transporte de carga fracionada de produtos perigosos diferentes e riscos principais diferentes, em veículo
utilitário.
48
Figura 11 Transporte de carga fracionada de substância perigosa ao meio ambiente (número ONU 3082)
Figura 12 Veículo combinado com carga fracionada de substância perigosa ao meio ambiente com produto número
ONU 3077
49
Figura 13 Transporte de carga fracionada de substâncias perigosas ao meio ambiente de número ONU 3077 junto
com número ONU 3082. Também aplica-se para qualquer um dos produtos citados ou ambos, com um ou mais
produtos da classe 9.
Figura 14 Transporte de carga fracionada de substâncias perigosas ao meio ambiente (número ONU 3077 e/ou
número ONU 3082), juntamente com produto(s) de outra(s) classes de risco.
Sempre que surgir o termo deve em um norma, o requisito devge ser atendido, sob
pena de infração e multa.
Toda a impressão deve ser na cor preta, com exceção da tarja, que deve ser na cor
vermelha, com largura mínima de 5 mm e comprimento mínimo de 250 mm. O padrão
da cor da tarja está estabelecido na ABNT NBR 7500/16. A largura mínima entre as
faixas deve ser de 188 mm.
51
A impressão deve ser feita em fonte legível, similar à Arial, corpo mínimo 10, sendo
que os títulos FICHA DE EMERGÊNCIA, RISCOS e EM CASO DE ACIDENTE
devem estar em letras maiúsculas (caixa-alta).
Não é necessário que as linhas divisórias horizontais – que devem ter as dimensões
mínimas definidas na Figura A.1 – estejam encostadas às tarjas laterais. As linhas
horizontais de início e final da ficha de emergência são opcionais.
Para cada produto classificado de acordo com a numeração ONU, deve ser elaborada
uma única ficha de emergência, ou seja, não é permitida a utilização de uma ficha de
emergência contendo vários produtos com números ONU diferentes.
8.1.3 Preenchimento
A ficha de emergência é destinada as equipes de atendimento a emergência. As
informações ao motorista devem estar descritas exclusivamente no envelope para
transporte.
Deve ser preenchida com a descrição do estado físico do produto, podendo-se citar
cor e odor. Deve ser incluída a descrição do risco subsidiário do produto, quando
existir. Incompatibilidades químicas previstas na ABNT NBR 14619/03 do
produto devem ser expressas neste campo, bem como os produtos não perigosos
que possam acarretar reações químicas que ofereçam risco.
Neste campo não pode ser incluído o EPI do motorista, constante na ABNT NBR
9735/17.
Após a relação dos equipamentos deve ser incluída a seguinte frase: “O EPI do
motorista está especificado na ABNT NBR 9735/17”.
a. “Fogo”: Esta área é destinada à descrição dos riscos que o produto apresenta
em relação ao fogo. Devem ser mencionadas as características intrínsecas do
produto de incendiar-se e/ou explodir, além dos riscos que o produto possa
oferecer quando submetido a condições externas envolvendo calor, faísca,
fogo, outras fontes de ignição e contatos com outros produtos não compatíveis
com o(s) produto(s) transportado(s), se puderem gerar fogo/explosão. No caso
de risco de inflamabilidade (produtos da classe de risco 3 ou risco subsidiário
3), deve-se citar o ponto de fulgor. Devem ser citados os limites de
54
b. “Saúde”: Esta área é destinada à descrição dos riscos que o produto apresenta
em relação à saúde. Devem ser mencionados os efeitos imediatos à exposição
e/ou contato do produto com o corpo humano, tais como queimadura, irritação
nas vias respiratórias e digestivas, asfixia, narcose, citando vias de absorção
(inalação, contato ou ingestão), lesões agudas e/ou crônicas. Deve ser indicada
a toxicidade inalatória (CL50 em ppm) dos produtos da subclasse 2.3 (gases
tóxicos). Para os produtos da subclasse 6.1 (substâncias tóxicas) devem ser
indicados os parâmetros que embasaram a classificação (dosagem letal (DL50
em mg/kg) e/ou concentração letal (CL50 em mg/L);
c. “Meio Ambiente”: Esta área é destinada à descrição dos riscos que o produto
apresenta em relação ao meio ambiente. Devem ser relacionados os danos
causados devido à possível alteração da qualidade do ar, da água e do solo, e
se o produto é solúvel em água. Se aplicável, informar a densidade relativa
dos líquidos, de vapores e de gases, se são mais pesados ou mais leves que a
água ou o ar, e a reação com outros materiais.
f. O título: “Observações”. Neste campo deve ser incluída a frase: “As instruções
ao motorista, em caso de emergência, encontram-se descritas exclusivamente
no envelope para transporte”. O campo pode conter informações
complementares quando houver necessidades específicas para o produto ou
para o veículo/equipamento, tais como:
Inclusão do nome do fabricante, com endereço e telefone, caso o
fabricante do produto não seja o expedidor. Neste caso deve ser
acrescentada a palavra “Fabricante”;
Inclusão do nome do expedidor, nos casos de devolução de
embalagens vazias não-limpas acompanhadas de documento fiscal.
56
Figura 15 NBR 7500: Ficha de emergência para produtos classificados como perigosos para o transporte.
Toda impressão do envelope deve ser na cor preta. A logomarca da empresa pode ser
impressa em qualquer cor. Não é permitido o uso de etiquetas no envelope.
Pode haver variação na pontuação dos textos, desde que não seja comprometido o
entendimento das informações.
58
8.2.2 Modelo
É admitido somente o modelo de envelope conforme as Figuras B.1 e B.2, para
impressão em gráfica ou impressora de computador.
O envelope deve ser usado para as fichas de emergência com tarja vermelha, podendo
também ser usado para produto não classificado como perigoso (ficha com tarja
verde).
Podem ser incluídos nesta área os telefones dos órgãos de meio ambiente, da defesa
civil (199) e da Polícia Rodoviária Federal (191), bem como outros telefones
complementares, tais como Pró-Química.
Esta área se destina à identificação do transportador que deve ser acionado no caso
de emergência. Logo, não é necessário que o nome, o endereço e o telefone do
transportador sejam os mesmos do Certificado de Registro e Licenciamento do
Veículo (CRLV) ou Certificado de Licenciamento Anual (CLA).
60
Nota: Para efeito desta norma define-se redespacho como ato praticado por qualquer
pessoa, organização ou governo, que implique descarregamento e novo carregamento
do volume para uma nova expedição.
A área "D", no verso do envelope, deve ser reservada para a impressão dos
seguintes textos:
Em letra maiúscula legível, na cor preta, negrito e corpo mínimo 16, o título:
OUTRAS PROVIDÊNCIAS
Na unidade de transporte devem ter tantos conjuntos de EPI quantas forem as pessoas
envolvidas (condutor e auxiliar(es)) nas operações de transporte, para sua proteção na
fuga/escape.
Todo EPI deve apresentar, em caracteres indeléveis e bem visíveis, o nome comercial
da empresa fabricante, o lote de fabricação e o número de CA (Certificado de
Aprovação), ou, no caso de EPI importado, o nome do importador, o lote de
fabricação e o número do CA.
2757,2758,2759,2760,276 6
1,
2762,2763,2764,2771,277
2, Capacete de segurança; luvas de
2775,2776,2781,2782,278 segurança, de material compatível
3, com o(s) produto(s)
2784,2786,2787,2810,281 transportado(s) ; óculos de
1, 2902,2903,2904, 2905, segurança contra respingos de
2921,2922,2923, 2925, produtos químicos, tipo ampla
2926, visão; peça semi facial com filtro
2927,2928,2929,2930, VO/GA combinado com filtro
2931, 2936, 2937, 2941, mecânico
2942, 2948, 2949,
2991,2992,
2993,2994,2995,2996,299
7,
2998,3005,3006,3009,301
0, 3011, 3012, 3013, 3014,
3015,3016,3017,3018,301
9, 3020,3021, 3023,
3024,3025,3026,
3027,3048, 3054, 3070,
3172,3278,3279,
3345,3346,3347,3348,334
9, 3350,3351,3352,3354,
3355
2588 8 Capacete de segurança; luvas de
segurança de material compatível
com o (s) produto(s)
transportado(s); óculos de
segurança contra respingos de
65
Todos os dispositivos para isolamento da área, quando em uso, devem garantir a sua
sustentação, devendo estar dispostos em locais visíveis.
Quantidade
Tipo de unidade de transporte
de calços
Tritrem 6
Alicate universal;
Chave de fenda ou Philips (conforme a necessidade);
Chave apropriada para a desconexão do cabo da bateria;
Quatro cones para sinalização da via, que atendam à ABNT NBR 15071
Extintores de incêndio para a carga, conforme ABNT NBR 15808 e com
capacidade suficiente para combater princípio de incêndio.
Dispositivos complementares:
67
Para o transporte de produtos perigosos sólidos de qualquer uma das classes de risco,
é obrigatório portar pá com cabo e lona totalmente impermeável, resistente ao
produto, de tamanho mínimo de 3 m x 4 m, para recolher ou cobrir o produto
derramado.
Os agentes de extinção devem ser tais que não possam liberar gases tóxicos na cabine
de condução, nem sob influência do calor de um incêndio. Além disso, os extintores
destinados a combater fogo no motor, se utilizados em incêndio da carga, não podem
agravá-lo. Da mesma forma, os extintores destinados a combater incêndio da carga
não podem agravar incêndio do motor
O extintor deve estar em local de fácil acesso aos ocupantes da unidade de transporte,
a uma distância segura do eixo, que permita sua utilização inclusive em caso de
princípio de incêndio na lona de freio.
2
Entende-se como compatibilidade entre produtos a ausência de risco de ocorrer
explosão, desprendimento de chamas ou calor, formação de gases, vapores, compostos
ou misturas perigosas, devido ás características físicas ou químicas originadas de
69
qualquer um dos produtos, se postos em contato entre si; Por vazamento, ruptura de
embalagem, ou outra causa qualquer);
70
Nos dois casos, tanto o produto retirado, como o produto entregue, pode ser
aplicável a questão da incompatibilidade, consultar capítulo 8 deste manual.
71
15 Considerações finais
Fica claro, que atender todo o aparato legal e normativo para o transporte regular de
insumos agrícolas e veterinários não é tarefa fácil e merece reflexão sobre a melhor
forma de realiza-la. Além do conhecimento difundido é preciso estabelecer políticas
de negócio, que incluam esta preocupação nas estratégias de vendas das empresas.
A conformidade legal contribui para que a empresa não tenha perdas marginais com
multas, veículos parados, atrasos nas entregas e desgaste com questões fora da rotina
e do foco da empresa.
Há meios para resolver os problemas, a maior parte deles não são decisões imediatas,
nem podem ser tomadas sem uma análise do impacto sobre os negócios.
É bom sempre ter em mente que o transporte de produtos perigosos não pode ser visto
como um transporte qualquer. Em caso de qualquer situação o condutor deve estar
preparado para lidar com os problemas que surgirem da melhor forma possível, tanto
para resguardo pessoal, das pessoas ao redor, do meio ambiente e da própria carga.
Uma das recomendações da ANDAV é ainda estar em dia com o seguro de transporte,
pois, é mais um meio de manter a situação sob controle caso ocorra alguma intempérie.