Resumo de Literatura CB 2010
Resumo de Literatura CB 2010
Resumo de Literatura CB 2010
BARROCO:
BENTO TEIXEIRA
PROSOPOPÉIA
Bento Teixeira Pinto (Português radicado no Brasil) é o autor de Prosopopéia, que foi a obra que
propagou o estilo barroco no Brasil e é, também, a primeira obra literária que aconteceu entre nós,
sendo, por isto, um marco da nossa literatura. É poema épico, laudatório a Jorge de Albuquerque
Coelho, donatário da capitania de Pernambuco, publicado em 1601, em versos decassílabos,
dispostos em oitava rima. Freqüentemente imita os Lusíadas e reflete pouco o ambiente da
Colônia. Algumas descrições da natureza como "Descrição do Recife de Pernambuco" e "Olinda
Celebrada" não permitem atribuir qualquer sentimento de nativismo ao autor, que se situa entre os
autores de pouca expressão do barroco brasileiro.
ROMANTISMO:
GONÇALVES MAGALHÃES
A obra Suspiros Poéticos e Saudades, publicada em 1836, foi considerada a obra inaugural do
Romantismo no Brasil. O autor procurou criar e consolidar uma literatura nacional para o país. É
dividida em duas partes: "suspiros poéticos" e “saudades”.
A primeira parte é constituída de 43 poemas sobre os mais diversos temas, tais como a própria
poesia, o cristianismo, a mocidade, a fantasia, ou ainda diversas impressões sobre lugares, fatos
e figuras da história. Em grande parte dos poemas há indicações de onde foram escritos, fazendo
com que possamos relacionar a partir daí os diversos países nos quais o poeta esteve: Brasil,
Bélgica, Suíça, França, Itália. É uma espécie de literatura poética de viagens, que, na época, deve
ter fascinado muito aos jovens brasileiros. Estes, em sua grande maioria, não podiam fazer o que
fizera o autor dos Suspiros Poéticos, isto é, escrever em Waterloo um poema sobre Napoleão, em
Roma um poema sobre as ruínas daquela cidade, em Ferrara uns versos sobre o cárcere de
Tasso. O livro de Magalhães, se não primava pela qualidade dos versos, unia a poesia e a
experiência, a arte e a vivência, sendo, enfim, o exemplo maior do versejar ao gosto da aventura,
do novo, do exótico, ao mesmo tempo que expressava a experiência do Eu em contato direto com
a cultura erudita européia, sacralizada aos olhos dos românticos brasileiros.
Também a experiência pessoal, o contato com os amigos, faz-se presente no livro. O poema A
meu amigo D. J. G. de Magalhães provavelmente não foi escrito pelo próprio Magalhães, já que
foi a ele endereçado. Teria sido composto, possivelmente, por Manuel de Araújo Porto Alegre,
pois, no livro, o poema que se segue intitula-se Em resposta a meu amigo M. de Araújo Porto
Alegre, sugerindo um diálogo entre os dois textos. Mas nada aí está muito claro, principalmente
para o leitor leigo, que desconhece o hábito de os românticos trocarem esse tipo de
“correspondência” poética nas próprias obras. Teria sido bem-vinda uma nota explicativa, por
parte de Sousa da Silveira ou mesmo da parte dos editores posteriores, sobre a autoria do
poema.
A segunda parte é dedicada, como o próprio título declara, à saudade, evocando em 12 poemas a
pátria, a família, os amigos, enfim, pessoas, fatos e lugares caros ao poeta e dele apartados.
Todavia, segundo Antonio Candido, o saudosismo de Magalhães não transcende à saudade do
“menino manhoso longe da mãe”. De qualquer modo, o tema ganhou larga aceitação no
romantismo brasileiro, e muitos irão chorar a falta da mãe genitora, da mãe pátria, da amada, do
amigo, etc.
JOSÉ DE ALENCAR
O GUARANI
O meirinho Leonardo Pataca - pai de Leonardo - conhece no navio Maria das Hortaliças.
Maria, já no Brasil, é flagrada pelo marido com outro homem e foge para Portugal.
Leonardinho é desprezado pelo pai e vai ser criado pelos padrinhos, o Barbeiro e a Parteira.
Desde pequeno provou que não queria nada com preocupações na vida, era preguiçoso e
desordeiro. A vida de Leonardo se dá na dimensão da malandragem Conhece Luisinha,
moça que ele primeiro descreve como "sem graça" mas depois começa a gostar dela.
Adolescente, foi viver com Vidinha e graças à sua malandragem foi preso e engajado como
soldado de milícias. E tinha como chefe o terrível Major Vidigal. Ainda assim ele foi preso
mais uma vez, mas contou com a sorte de ter uma senhora, ex-amante do Major Vidigal,
para inteceder por ele. Além de ter sido solto, recebe uma promoção e passa a ser sargento
de milícias. Por fim, ele se casa com a agora viúva Luisinha, rendendo-se ao ideal romântico
(o primeiro amor).
REALISMO:
MACHADO DE ASSIS
Brás Cubas, narrador e protagonista, contasua vida, começando pela doença e morte.Brás
Cubas nos expõe, cinicamente os valores e comportamentos de seus familiares, seus
amigos e das mulheres com quem se relacionou, traçando um quadro social e psicológico
irônico em qu esua vaidade se combina com eu desencanto.O balanço final do narrador
sobre a existência humana é pessimista; depois de uma vida que resulta em fracassos, ele
afirma: “Não tive filhos, não transmiti a nenhuma criatura o legado da nossa miséria”.
- O ALIENISTA
Simão Bacamarte é o protagonista, médico conceituado em Portugal e na Espanha, decide
enveredar-se pelo campo da psiquiatria e inicia um estudo sobre a loucura e seus graus,
classificando-os. Funda a Casa Verde, um hospício na vila de Itaguaí e abastece-o de
cobais humanas. Passa a internar todas as pessoas da cidade que ele julgue loucas; o
vaidoso, o bajulador, a supersticiosa, a indecisa etc. Costa, rapaz pródigo que dissipou seus
bens em empréstimos infelizes, foi preso por mentecapto. A tia de Costa que intercedeu pelo
sobrinho também foi trancafiada. O mesmo acontece com o poeta Martim Brito, amante das
metáforas, internado por que se referiu ao Marquês de Pombal como o dragão aspérrimo do
Nada. Nem D. Evarista, esposa do Alienista escapou: indecisa entre ir a uma festa com o
colar de granada ou o de safira. O boticário,os inocentes aficcionados em enigmas e
charadas, todos eram loucos. No começo a vila de Itaguaí aplaudiu a atuação do Alienista,
mas os exageros de Simão Bacamarte ocasionaram um motim popular, a rebelião das
cnajicas, liderados pelo ambicioso barbeiro Porfírio. Potf´rio acaba vitorioso mas em seguida
compreende a necessidade da Casa Verde e alia-se a Simão Bacamarte. Há uma
intervenção militar e os revoltosos são trancafiados no hospício eo alienista recupera seu
pretígio. Entrtanto Simão Bacamarte chega á conclusão de que quatro quintos da população
internad eram casos a repensar. Inverte o critério de reclusão psiquiátrico e recolhe a
minoria: os simples, os leais, os desprendidos e os sinceros.
O alienista contudo, imbuído de seu rigor científico percebe que os germes do desequilíbrio
prosperam porque já estavem latentes em todos. Analisando bem, Bacamarte verifica que
ele próprio é o único sadio e reto. Por isso o sábio internou-se no casarão da Casa Verde,
onde morreu dezessete meses depois, apesar do boato de que ele seria o único louco de
Itaguaí, recebeu honras póstumas.
- DOM CASMURRO
Conta a história de Bentinho, que é casado com Capitu e que suspeita que sua esposa o
traiu com seu melhor amigo, Escobar; suspeitando também que seu filho poderia ser fruto
desta traição, sem nunca ter certeza disto.
SIMBOLISMO:
CRUZ E SOUZA
BROQUÉIS
Dividido em três partes, relata a respeito de um poéta negro rejeitando sua cor.
LIMA BARRETO
O livro conta a história do major Policarpo Quaresma (ele não era major, apenas o
chamavam, veio se tornar mais tarde), um nacionalista exaltado e ufanista que romantizou
todo o brasil. Na primeira parte da história tenta fazer uma revolução social de costumes, é
considerado louco e internado. Na segunda torna-se fazendeiro e planeja reformas
nacionais tendo como base a agricultura. Na terceira se envolveu na Segunda Revolta da
Armada, no lado governista e planejou mudanças políticas. Ao defender alguns prisioneiros,
passado a revolta, é preso e supostamente fuzilado no final.
MÁRIO DE ANDRADE
PAULICÉIA DESVAIRADA
A temática e a musa das poesias é a cidade de São Paulo e tudo o que é inerente a ela.
Tem linguagem simples, algo irreverente e coloquial, tendo até mesmo erros propositais de
ortografia e gramática. Ela ela uma das mais importantes das obras e configura um protesto
por sí só ao desafiar as correntes então dominantes.
MONTEIRO LOBATO
URUPÊS
Urupês não contém uma única história, mas vários contos e um artigo, quase todos
passados na cidadezinha de Itaóca, no interior de São Paulo. Com várias histórias,
geralmente de final trágico e algum elemento cômico. O último conto, Urupês, apresenta a
figura de Jeca Tatu, personagem de Mazarópe, o cabloco típico e preguiçoso no seu
comportamento típico. No mais, as histórias contam de pessoas típicas da região, suas
venturas e desventuras com seus liguajares e costumes.
OS SERTÕES
"Os Sertões: campanha de Canudos", de Euclides da Cunha Os Sertões foi dividido em três
partes: "A Terra", "O Homem" e "A Luta".
Euclides descreveu o sertão baiano em A Terra. Iniciou explicando o relevo do Planalto Central
brasileiro. Depois descreveu a paisagem sertaneja: seca, dias quentes e noites frias, cheia de
árvores sem folhas e espinhentas.
Na segunda parte, "O Homem", o Autor caracterizou os sertanejos e contou a história de Antônio
Conselheiro, líder do arraial de Canudos.
Euclides destacou as diferenças do sertanejo e dos litorâneos, concluindo que os sertanejos estão
isolados da civilização e, portanto, privados de seus bens culturais e materiais.
Antônio Vicente Mendes Maciel (o Conselheiro), líder de Canudos, foi um reflexo dos sertanejos.
Nasceu em Quixeramobim, no Ceará, onde trabalhou e logo se casou. Quando foi traído pela
mulher, resolveu andar pelos sertões. Após dez anos, Antônio Vicente surgiu como o líder religioso
Antônio Conselheiro. Muitos sertanejos seguiam Conselheiro em sua peregrinação. Mas a
situação agravou-se quando o líder religioso instalou-se na antiga fazenda de Canudos. As
pessoas vinham de toda parte. O arraial, segundo as autoridades, era um abrigo de criminosos.
Amontoavam-se jagunços suficientes para compor um batalhão, homens cruéis e destemidos.
O governo do Estado da Bahia resolveu organizar uma expedição para desbaratar o arraial de
Canudos. A primeira expedição, liderada pelo Ten. Pires Ferreira, foi enviada em novembro de
1896. Dispostos estrategicamente, mais preparados e com mais noção do território e de seus
ardis, os jagunços saíram vencedores. A segunda expedição, comandada pelo major Febrônio de
Brito, foi atacada de surpresa e vencida.
Com grande respaldo popular, a terceira expedição, Expedição Moreira César, partiu de Monte
Santo em fevereiro de 1897 e em março invadiu Canudos. O Cel. Moreira César morreu e a
expedição fracassou. Os soldados debandaram nas caatingas.
A fuga dos soldados restrugiu-se no país inteiro. A vitória dos jagunços foi considerada um ultraje
para a República. Era uma ameaça de restauração da Monarquia... (os sertanejos nem entendiam
as reformas republicanas: casamento civil, cobrança de impostos e separação entre Igreja e
Estado).
Batalhões de todos os Estados foram mobilizados para destruir Canudos. O Gen. Artur Oscar
liderava-os. Com a ajuda do Tenente-Coronel Siqueira de Meneses, comandante astucioso, os
soldados combateram e venceram, apesar da repetição dos mesmos erros das expedições
anteriores.
A vitória das forças do governo, conseguida após sucessivos reforços, consolidou-se quando
compôs-se a Trincheira Sete de Setembro. Canudos estava cercada, mas resistiu com fome e
sede até 5 de outubro. Os prisioneiros foram degolados.