Salmo 126 - Deus Restaura A Nossa Vida - Foi Como Um Sonho!

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LIÇÃO 10 - SALMO 126: DEUS RESTAURA A NOSSA VIDA

TEXTO ÁUREO “Os que com lágrimas semeiam, com júbilo ceifarão."
Sl 126.5

VERDADE PRÁTICA Deus é quem restaura a nossa alegria.

LEITURA BÍBLICA

Salmo 126.1 - 6

1 Quando o Senhor restaurou a sorte de Sião, ficamos como quem


sonha.
2 Então, a nossa boca se encheu de riso, e a nossa língua, de júbilo;
então, entre as nações se dizia: Grandes coisas o Senhor tem feito por
eles.
3 Com efeito, grandes coisas fez o Senhor por nós; por isso, estamos
alegres.
4 Restaura, Senhor, a nossa sorte, como as torrentes no Neguebe.
5 Os que com lágrimas semeiam com júbilo ceifarão.
6 Quem sai andando e chorando, enquanto semeia, voltará com júbilo,
trazendo os seus feixes.

Daniel 2

Estátua do sonho de Nabucodonosor representava o futuro de quatro


impérios, depois de seu reinado. Esses impérios provavelmente são o
babilônico, o persa, o grego e o romano. Depois desses quatro impérios
surgiria um reino diferente de todos eles, que encheria a terra.

Certa vez, Nabucodonosor, rei a Babilônia, teve um sonho que ninguém


conseguia interpretar. Então o profeta Daniel orou e Deus lhe deu a
interpretação. O sonho de Nabucodonosor era sobre uma grande
estátua e era uma profecia sobre o futuro (Daniel 2:29-30).
No seu sonho, Nabucodonosor tinha visto uma grande estátua com:

Cabeça de ouro
Peito e braços de prata
Ventre e quadris de bronze
Pernas de ferro e pés de ferro e barro
Depois, uma pedra se soltou sem ajuda humana e atingiu os pés da
estátua. Toda a estátua foi reduzida a pó mas a pedra cresceu e se
tornou uma montanha que enchia a terra (Daniel 2:34-35).

Daniel explicou que a estátua simbolizava quatro reinos poderosos que


viriam antes de Deus estabelecer um reino eterno:

O 1º império – a cabeça de ouro


O profeta Daniel revelou que o primeiro desses reinos era o império
babilônico (Daniel 2:37-38). O ouro representa grande valor. Debaixo de
Nabucodonosor, este império tinha se tornado muito forte, unido e
glorioso. Os outros impérios não teriam o mesmo esplendor.

Veja aqui a história de Nabucodonosor.

O 2º império – o peito de prata


Depois do império babilônico viria um império que seria um pouco
inferior, representado pela prata (Daniel 2:39). Esse reino
provavelmente era o império persa, que conquistou o império babilônico
ainda durante a vida de Daniel.

O império persa surgiu da união entre dois povos: os medos e os


persas. Mas os persas se tornaram mais fortes. Daniel teve algumas
outras profecias que confirmam que o império persa era a segunda
parte da estátua (Daniel 8:19-20).

Veja também a história de Daniel.

O 3º império – o tronco de bronze


O terceiro império seria de bronze, um material inferior à prata, mas
dominaria sobre todo o mundo conhecido. Esse provavelmente foi o
império grego, de Alexandre o Grande. Daniel teve outros sonhos que
falam sobre o império do rei da Grécia (Daniel 8:21).

Alexandre o Grande foi rei sobre toda a Grécia e uniu os gregos para
conquistar um vasto império. Ele destruiu o império persa e fez muitas
conquistas, chegando até à fronteira da Índia! Mas, depois que morreu,
seu império ruiu e ficou dividido em vários reinos.

O 4º império – as pernas de ferro


O quarto reino seria muito forte, como o ferro, e faria muita destruição.
Mas os pés seriam de ferro misturado com barro, porque também teria
fraquezas e teria divisões. Esse império também iria tentar fazer
alianças com outros povos mas não criaria união (Daniel 2:40-43).

O império romano ficou conhecido por sua brutalidade ao conquistar


outros povos. Nada podia resistir à força do exército romano! Mas,
quanto mais se expandia, ficava com mais problemas e mais divisões
internas. Essas divisões começaram desde cedo. Já no fim de seu
tempo, o império romano estava muito fragmentado. O império romano
provavelmente é o quarto império da estátua de Nabucodonosor.

O 5º império – a pedra
A pedra claramente significa Jesus e seu reino. O poder de Jesus
destrói tudo que vem antes e seu reinado nunca acabará (Daniel 2:44).
No entanto, existem algumas interpretações diferentes sobre o
significado desse reino no sonho de Nabucodonosor:

A primeira vinda de Jesus


Se os pés da estátua de Nabucodonosor representam ainda o império
romano, a chegada da pedra provavelmente significa a primeira vinda
de Jesus ao mundo. Quando morreu e ressuscitou, Jesus trouxe a
salvação ao mundo e nos deu acesso ao Reino de Deus. Quando Jesus
voltar, o Reino de Deus dominará sobre tudo mas, por enquanto, esse
reino existe nos corações de todos que crêem em Jesus. À medida que
mais pessoas conhecem Jesus, o Reino se torna maior e está enchendo
a terra.

Assim, a pedra pode representar a expansão do evangelho, que é mais


poderosa que qualquer império físico e humano. Nenhum poder
consegue resistir perante o poder de Jesus.

No entanto, essa teoria tem um problema: o império romano não ruiu


logo que Jesus veio. O império já sofria com divisões e alianças
forçadas mas ainda subsistiu mais alguns séculos.

A segunda vinda de Jesus


Outra teoria sugere que a pedra representa a segunda vinda de Jesus,
no fim dos tempos. Quando ele voltar, Jesus vai instaurar um reino
eterno, restabelecendo a justiça e o bem sobre tudo que existe. Todo
poder do passado será destruído e somente Jesus reinará como
soberano.

Segundo essa teoria, os pés de ferro e barro representam os países


europeus que surgiram da queda do império romano. Esses países
ainda representam o poder do império romano no mundo. O poder
romano será totalmente destruído somente com a volta de Jesus.

O problema dessa teoria é que ignora todos os outros impérios que


surgiram depois do império romano. Todos os impérios da estátua de
Nabucodonosor tiveram influência direta sobre o território de Israel.
Sendo assim, seria estranho deixar de fora, por exemplo, o império
otomano, que não surgiu do império romano e que dominou Israel por
séculos.

Nenhuma teoria é perfeita e é difícil afirmar com certeza qual é a


interpretação certa. Mas o mais importante desse sonho é que o poder
de Jesus é maior que todo poder na terra.
As 4 Bestas de Daniel, capítulo 7

Neste estudo apresentaremos uma importantíssima visão que Deus


enviou ao profeta Daniel que nos fará entender grandes profecias
relatadas no livro de Apocalipse. O entendimento desta visão nos trará
respostas a uma questão que tem chamado a atenção de muitas
pessoas: Por que tantas religiões se Deus é um só? Qual o motivo
desta verdadeira confusão religiosa que temos visto em nosso
dia-a-dia?
A visão que mencionamos está relatada em Daniel no capítulo 7 (ler o
capítulo todo – ler também Daniel 2). Daniel, em sonho, viu que quatro
ventos (guerras – Jeremias 51:1-5) agitavam o grande mar (povos) e
quatro animais (reinos) diferentes uns dos outros subiram deste mar.
Para confirmar na Bíblia o significado destes e de outros símbolos,
baixe a tabela de conversão profética, ​aqui​.
1. Leão com duas grandes asas de águia
2. Urso com três costelas em sua boca
3. Leopardo com 4 cabeças e 4 asas
4. Animal terrível, espantoso e muito violento com dentes de ferro e 10
chifres.
As visões relatadas nestes dois capítulos (2 e 7) indicam que quatro
impérios haveriam de dominar o mundo. A comprovação histórica
destes acontecimentos, impressionam pela precisão da veracidade
profética, pois tudo aconteceu nos mínimos detalhes, previstos há
centenas e milhares de anos antes.

Leão com duas asas (Daniel 7:4)

(Babilônia – 605 a 539 aC)


O primeiro animal representa o reino de Babilônia cujo rei mais
conhecido foi Nabucodonozor. Em Daniel 2 este reino é representado
pela cabeça de ouro da estátua que o rei viu em sonhos, por ter sido
considerado o reino mais rico de todos os tempos. O leão é considerado
o rei dos animais e a águia, a rainha das aves. Este animal é um leão
que tem asas de águia, representando rapidez de conquista. Mas, diz a
profecia, que suas asas seriam arrancadas, ou seja, seu poder lhe seria
retirado.

Clique para ver a imagem em tamanho original

Urso com 3 costelas na boca (Daniel 7:5)

(Medo-Pérsia – 538 a 331 aC)


Representa o segundo império mundial, o Império Medo Persa. Ouve
uma união entre a média e a Persa, e assim eles conquistaram o mundo
tirando o poder de Babilônia, penetrando em seus muros no espaço
aberto por onde entrava um rio que haviam desviado o curso.
Representado pelo peito e braços de prata na estátua do capítulo 2,
este reino de muita crueldade, com diz o texto “…Levanta-te, devora
muita carne.” Por isso as três costelas em sua boca pela voracidade na
conquista da Líbia, Egito e Babilônia. Quando diz que um dos seus
lados se levantou primeiro quer dizer que a Pérsia se destacou
primeiramente e depois eles se uniram criaram mais força e dominaram
o mundo.

Leopardo com 4 asas e 4 cabeças (Daniel 7:6)

(Grécia – 331 a 168 aC)


Se o leão tinha duas asas representando a rapidez de suas conquistas
o que não dizer do terceiro império. A rapidez de conquista do leopardo
seria muito maior. As quatro asas a rapidez das conquistas. Foi a
rapidez com que o jovem Alexandre (o Grande), o grande estrategista
militar que con-quisou o mundo com suas armas de bronze
representado na estátua pelo ventre e coxas de bronze. Muito jovem,
porém Alexandre, depois de uma noite de muita orgia e bebedeira
morreu, sendo sido substituído por seus quatro generais: Cassandro,
Lisímaco, Ptolomeu e Seleuco. Por isso as quatro cabeças vistas por
Daniel neste animal. Percebemos com isto, a riqueza dos detalhes que
a profecia apresenta. Os símbolos descritos há milhares de anos,
aconteceu exatamente como o previsto.

Animal terrível e espantoso com dentes de ferro e 10 chifres (Daniel 7:7)

(Roma – 168 aC a 476 dC)


Este animal causou especial espanto em Daniel, por isso o chamou de
terrível e espantoso. Muito violento. Com seus dentes de ferro
despedaçava e devorava suas vítimas. Este reino teria também muita
concentração de poder, por isso os dez chifres. Em Daniel 2 é
representado na estátua pelas pernas de ferro. Foi no período do
império romano que nasceu Jesus. Somente mencionar seus
imperadores: Cesar, Herodes e Nero, vem à mente imagens de muita
violência e crueldade. Mais uma vez a história comprova a veracidade
da profecia.
Na visão deste animal, Daniel faz menção especial aos 10 chifres (10
dedos dos pés da estátua), que na história representam as 10 nações
que originaram a Europa: Anglos (Inglaterra) – Burgundos (Suíça) –
Francos (França) – Germanos (Alemanha) – Hérulos (Sul da Itália) –
Lombardos (Norte da Itália) – Ostrogodos (Áustria) – Suevos (Portugal)
– Vândalos (Sul da Espanha) – Visigodos (Norte da Espanha). Em sua
visão (Daniel 7:8-11) mais um chifre surgiu entre aqueles dez
arrancando com isso três para dar lugar a este que começou pequeno
mas, se engrandeceu muito, com um aspecto bastante assustador, pois
tinha olhos e boca de homem e falava com arrogância proferindo
blasfêmias.

Chifre Notável ou Ponta Pequena

Qual será o significado deste animal e o que represente este chifre


notável? O que isto tem a ver com a minha fé e a minha vida? Daniel
também teve esta curiosidade (Daniel 7:19-20). A verdade sobre este
animal irá surpreendê-lo também.
Em Daniel 7: 23 lemos: “Então ele [o anjo] disse: O quarto animal será
um quarto reino na terra, o qual será diferente de todos os reinos; e
devorará toda a terra, e a pisará aos pés, e a fará em pedaços.” A
história mais uma vez comprova que o império romano realmente
arrasou a terra. Por isso na estátua do capitulo 2 este reino é
representado pelas pernas de ferro. Metal associado à violência,
cadeias, etc. Foi nessa época, com a finalidade de encontrar o
recém-nascido Jesus, que Herodes mandou matar todas as criancinhas
abaixo de dois anos de idade.
A continuação do relato profético revela, além do aspecto político [Roma
pagã – o animal], um forte aspecto religioso, principalmente no que diz
respeito ao chifre [Roma cristã] que surgiu dentre os dez, derrubando
com isso três deles. O texto revela uma lista de intenções e realizações
que este chifre [poder] faria [e fez] revelando assim a estratégia satânica
em se estabelecer, como um poder, em oposição a Deus (baseado em:
Daniel 7, Daniel 8 e Apocalipse 18):
● Devorará toda a terra (um objetivo global);
● Fará a terra em pedaços;
● Pisar a terra aos pés;
● Fará guerra aos santos (de acordo com Apocalipse 14:12, santos
são aqueles que guardam os 10 mandamentos);
● Proferirá palavras contra o Altíssimo (o Altíssimo é o próprio
Deus);
● Magoará os santos do Altíssimo;
● Cuidará em mudar os tempos e a lei (cuidariam em pisar na
verdade dos 10 Mandamentos, mudando-a);
● Engrandecerá até o Príncipe do Exército (atentariam contra a vida
de Jesus – o Príncipe);
● Jogará a verdade por terra (Daniel 8:12)
(Deus – Jesus – Espírito Santo – A Bíblia – os 10
Mandamentos)Isto aconteceu no passado, acontece ainda hoje e
continuará acontecendo no futuro;
● Causará estupendas destruições (Daniel 8:25-26);
● Prosperará e fará o que lhe aprouver;
● Destruirá os poderosos e o povo santo (perseguição religiosa –
inquisição – morte aos cristãos no fogo)
● Fará prosperar o engano;
● Destruirá a muitos que vivem despreocupadamente (Daniel
8:25-26)

Você tem se preocupado com a sua salvação? Você tem


buscado o conhecimento da Palavra de Deus? Ou você tem
vivido despreocupadamente, como muitos, não dando
importância à s questões religiosas. Se for esta a sua
situação, não viva mais assim. Comece agora a se preocupar
com a sua salvação. Estude a Bíblia. Relacione-se mais
intimamente com Deus.
Assista ao vídeo deste tema:
https://www.youtube.com/watch?v=grs3DQfCFC8?rel=0
Estudo Bíblico da série Apocalipse, a Resposta de autoria do Pr. Luís
Gonçalves.

1 – INTRODUÇÃO:

A Bíblia é o livro mais conhecido do mundo inteiro. Já foi traduzida para


mais de 1685 diferentes línguas. Mesmo assim, continua um livro cuja
mensagem é ainda pouco conhecida. Muita gente tem a Bíblia em casa,
mas não tem a alegria e a prática de abri-la, lê-la e meditar sobre sua
mensagem. Hoje em dia a Bíblia desperta, cada vez mais, o interesse
do povo cristão. Mas, de onde vem a Bíblia? Quem a escreveu?
Quando? Por que é um livro importante? É o que começaremos a
refletir. E começaremos falando de Israel, o povo de Deus no Antigo
Testamento (A.T.).

2 - O POVO DA BÍBLIA (ANTIGO TESTAMENTO):

A Bíblia surge no meio de um povo do Oriente, o Povo de Israel. Este


povo cria uma literatura que relata sua história, suas reflexões, sua
sabedoria, sua oração. Toda essa literatura é inspirada pela sua fé em
Deus, Deus único, que lhes revela: "Estou sempre com vocês!"

O povo da Bíblia mora perto do Mar Mediterrâneo, no Oriente Médio.


Inicialmente, é um grupo de migrantes, vindos da Mesopotâmia (hoje
Iraque). São chamados HEBREUS e descendem de Abraão. Muita
gente também queria a terra onde passaram a morar esses hebreus,
depois que fugiram da escravidão no Egito. Os cananeus, outros
moradores de lá, chamavam aquela terra de CANAÃ. Os Israelitas a
chamavam de Israel. Mais tarde será chamada também de PALESTINA:
Terra dos Filisteus. É um desentendimento antigo que dura até hoje.

3 – BÍBLIA: O LIVRO DA CAMINHADA DO POVO DE DEUS:


A Bíblia não caiu pronta do céu. Ela surgiu da terra, da vida do povo de
Deus. Surgiu como fruto da inspiração divina e do esforço humano.

Quem escreveu foram homens e mulheres como nós. Eles é que


pegaram caneta e papel e escreveram o que estava no seu coração. A
maior parte deles não tinha consciência de estar falando ou escrevendo
a palavra de Deus. Estavam só querendo prestar um serviço aos irmãos
em nome de Deus. Eles eram pessoas que faziam parte de uma
comunidade, de um povo em formação, onde a fé em Deus e a prática
de justiça eram ou deviam ser o eixo de vida.

Preocupados em animar esta fé e em promover esta justiça, eles


falavam e argumentam para instruir os irmãos, para criticar abusos, para
denunciar desvios, para lembrar a caminhada já feita e apontar novos
rumos. Alguns deles chegaram a escrever, eles mesmos, suas palavras
ao povo. Outros nem sabiam escrever. Só sabiam falar e animar a fé
pelo seu testemunho. As palavras destes últimos foram transmitidas
oralmente, de boca em boca, durante muitos anos. Só bem mais tarde
outras pessoas decidiram fixá-las por escrito.

4 - OS PATRIARCAS:

Bem, com Abraão se inicia a história do Povo da Bíblia. Abraão sai da


Mesopotâmia, à procura de uma nova terra. Sai com sua família e vai
morar em Canaã. Isto se dá lá pelo ano 1.850 antes de Cristo (1850
a.C). Em Canaã nascem os filhos, os netos. A família vai se
multiplicando. Abraão (Gn 12 a Gn 25), Isaque (Gn 17 a Gn 35) e Jacó
(Gn 25 a Gn 35), também chamado Israel, são chamados Patriarcas.
Pois são os primeiros pais e fundadores do povo da Bíblia.

Obs1:

As histórias dos patriarcas são transmitidas e mantidas pela tradição


oral.

Obs2:

Textos bíblicos escritos posteriormente sobre esta época: Gn 12 a 50 e


1Cr 1 e 2.
5 - O POVO MUDA PARA O EGITO:

Numa época em que Jacó era o patriarca, há muita fome em Canaã.


Muita gente foge da fome se mudando para o EGITO, onde a terra é
mais fértil. Entre esses migrantes estão Jacó e sua família. Algum
tempo depois (Jacó fazia muito tempo que havia morrido), os Faraós
(reis) do Egito começam a escravizar muitos outros povos, e entre eles,
os Hebreus, que continuavam morando no Egito. O povo de Deus ficou
no Egito de 1750 a.C. a 1290 a.C..

6 - ÊXODO E VOLTA À TERRA DE CANAÃ:

Surge no meio do povo um líder que, em nome do Deus dos judeus,


chefia um movimento de libertação do seu povo. Com a ajuda de Deus,
faz o povo fugir da opressão dos faraós do Egito. Este líder é Moisés.
Depois da famosa travessia do mar vermelho, o povo caminha pelo
deserto de volta a Canaã. É o êxodo (= saída), que acontece entre os
anos de 1290 a.C. a 1225 a.C.. Durante essa caminhada Moisés recebe
de Deus os 10 mandamentos que são guardados dentro de uma arca, a
Arca da Aliança. Essa caminhada no deserto dura 40 anos (Ex 13:7; Ex
40:1-38). Moisés morreu antes do povo entrar na terra de Canaã (Dt
34:5-8). Em seu lugar fica Josué. Josué ajuda o povo a se estabelecer
em Canaã (esta história está contada nos livros de Josué e Juízes).

Obs1:

Pouca coisa nesta época foi escrita.

Obs2:

Textos bíblicos escritos posteriormente sobre esta época: Ex 1 a 18; Nm


9-14; Nm 20-25.

Obs3:

Salmo que nasceu nesse tempo e era transmitido pela tradição oral: Sl
104.

7 – OS JUÍZES:
Depois de Josué, entre os anos 1030 a.C. a 1000 a.C., quando o povo
hebreu já está assentado na terra, é liderado por outros chefes. Esses
chefes são chamados de juízes. As 12 tribo de Israel havia se
organizado numa confederação, onde cada uma das tribos era um
grupo autônomo, com liderança própria, e por isso, as decisões que
tinham ver com todo o povo (com todas as tribos) eram tomadas numa
espécie de assembléia das lideranças das tribos. Essas assembléias,
bem como a confederação das tribos, eram coordenadas pelos juízes.

Entre os juízes temos Otoniel, Eúde, Sangar, Sansão, Gideão,


Abimeleque, Jefté e Débora, isso mesmo, uma mulher! O último dos
juízes é Samuel. Depois dos juízes, no tempo da monarquia, entre os
anos 1000 a.C. e 586 a.C., aparecem os reis...

Obs1: Os textos bíblicos escritos nesta época são: Cântico de Débora


(Jz 5), Mandamentos (Ex 20:1-21), Código da Aliança (Ex 20:22 a 23:9).

Obs2: Textos bíblicos escritos posteriormente sobre esta época: Js 1 a


12; Js 23 e 24; Dt 31 a 34; Ex 19 a 24; Ex 32 a 34; Nm 31 a 36; Js 13 a
19; Jz 1-18.

Obs3: Salmos que nasceram nesse tempo e era transmitido pela


tradição oral: Sl 19:2-7; Sl 29; Sl 68; Sl 82; Sl 136.

8 - OS PRIMEIROS REIS DE ISRAEL: A MONARQUIA UNIDA

Para ser mais forte contra os ataques dos seus inimigos, o povo deseja
um rei (1Sm 8:1-22). A maioria dos povos em sua volta tinha um Rei. O
rei substituiria as lideranças das tribos, ou seja, seria o chefe de todas
as 12 tribos. Não seria mais necessário a confederação das 12 tribos e
suas assembléias. O rei teria toda a autoridade. O primeiro rei de Israel
é Saul (1Sm 10:1-8). O segundo rei é Davi (2Sm 2:1-7). Davi é
considerado o rei mais importante que o povo de Israel teve em toda a
sua história. Davi une o povo, vence todos os povos vizinhos e aumenta
seu reino. E elege Jerusalém como capital do Reino. Jerusalém é a
antiga Jebus, cidade pré-histórica fortificada dominada pelos jebuseus,
mesmo depois da ocupação de Canaã pelas 12 tribos.

E antes de ser Jebus, entre muitos outros nomes, era Salém, do reino
de Melquisedeque (Gn 14:18; Sl 76:2).

O terceiro rei é Salomão (1Rs 2:12). É durante o reinado de Salomão (+


940 a.C) que o templo de Jerusalém é construído e que muitos textos
da Bíblia são escritos. Antes, as histórias do povo de Deus eram, em
geral, transmitidas oralmente, de boca em boca, de pai para filho,
geração após geração.

Aproximadamente em 931 a.C., conforme descreve 1Rs 12:1-20, o


Reino é dividido em dois: ISRAEL, formado por 10 tribos, cujo rei é
Jeroboão, e JUDÁ, formado por duas tribos e governado por Roboão,
filho e herdeiro de Salomão.

Obs1: Os textos bíblicos escritos nesta época são: Textos da fonte J do


Pentateuco; História da Sucessão de Davi (2Sm 9 a 20; 1Rs 1 e 2), a
maior parte dos provérbios atribuidos a Salomão; Sl 2; Sl 15; Sl 24; Sl
51 ao Sl 110; Sl 121 ao Sl 134.

Obs2:

Textos bíblicos escritos posteriormente sobre esta época: Jz 19 a 21;


1Sm; 2Sm; 1Rs 1-11; 1Cr 11 a 21; 2Cr 1 a 9.

Obs 3: Salmos que nasceram nesse tempo e era transmitido pela


tradição oral: Sl 19:2-7;

9 - OS PROFETAS:

Os profetas surgem com a monarquia e desaparecem com ela, apesar


de os juízes Débora (Jz 4 a 5) e Samuel (1Sm 3:20; 1Sm 9:9) terem
sido também considerados profetas. A Bíblia fala de pelo menos três
profetas que não escreveram livros: Gad (1Sm 22:5), Natã (2Sm 24:11)
e Aías (1Rs 11:29). E os profetas canônicos (que têm seus livros na
Bíblia) são: Isaías, Jeremias, Ezequiel, Daniel, Oséias, Joel, Amós,
Obadias, Miquéias, Naum, Habacuque, Sofonias, Jonas, Ageu, Zacarias
e Malaquias.

A tarefa dos profetas era lembrar o povo e sua liderança da aliança de


Deus com Abraão, confirmada a Moisés por ocasião da revelação dos
10 mandamentos e demais ordenanças do povo de Deus, perfeitamente
identificada na experiência do Êxodo. Os profetas levantados por Deus
geralmente eram um grande problema para os reis e governantes cujos
intuitos não eram servir a Deus e a comunidade, mas se servir
(explorar) de Deus e de seu povo. Eram tremendamente perseguidos
(Mt 5:12; Mt 23:31; At 7:52). Eles não se confundem com os falsos
profetas, profissionais contratados pelo rei para “profetizar” não a
vontade de Deus, mas o que o rei-patrão mandava (Jr 14:14; Jr
23:25-28; Mt 7:15)

10 - DIVISÃO DO REINO:

Sobretudo depois da morte do rei Salomão há muitas políticas e brigas.


As 10 tribos do Norte reclamam muito dos pesados impostos que eram
cobrados para manter o luxo do Reino (1Rs 12:1-15). Aproximadamente
no ano de 922 a.C. o Reino acaba dividido em dois (1Rs 12:16-20): O
Reino do Norte, que não quer aceitar Roboão (filho de Salomão) como
rei, fica com o nome de ISRAEL. A cidade de Samaria é eleita sua
capital. O Reino do Sul, composto pelas tribos de Judá e Benjamim, se
mantém fiel a Roboão, e continua com Jerusalém como sua capital fica
com o nome de JUDÁ.

11 - DOMINAÇÕES E EXÍLIO:

a – A QUEDA DE ISRAEL, CUJA CAPITAL ERA SAMARIA

Com o enfraquecimento da unidade nacional (por causa da divisão) e


com a infidelidade ao Senhor, os reinos de Judá e Israel não
sobreviveram por muito tempo. Além de serem reinos pequenos
localizados numa estreita faixa de terra no chamado Crescente Fértil,
extremamente cobiçada, geograficamente ficavam numa "encruzilhada"
das grandes rotas comerciais que uniam o Egito à Mesopotâmia, e a
Arábia com a Ásia Menor, ou seja, os Reinos de Israel e Judá ficavam
entre os grandes impérios daquele tempo que viviam em guerra. E na
briga do mar com o rochedo quem apanhavam eram os mariscos: Judá
e Israel!. Todas as vezes que eles brigavam Judá e Israel apanhavam
de um lado e de outro. Os grandes impérios daquele tempo não deixam
o povo da Bíblia (Judá e Israel) em paz.

Em 722 a.C., a Assíria invade, toma posse e aniquila Israel, o reino de


Israel (2Rs 17:3-6; 2Rs 17:24). Samaria deixa de ser apenas o nome da
cidade e passa nessa época a definir todas as terras do antigo Israel,
agora transformado numa província da Assíria.

A “BÍBLIA” NO REINO DO NORTE

Obs1: Os textos bíblicos escritos nesta época são: Textos da fonte E do


Pentateuco; Amós; Oséias, Sl 58

Obs2: Textos bíblicos escritos posteriormente sobre esta época: 1 Rs 12


a 22; 2Rs 1 a 15; 1Rs 17.

NESSE MESMO TEMPO, A “BÍBLIA” NO REINO DO SUL

Obs1: Os textos bíblicos escritos nesta época são: 1Is (Is 1 a 12 e 28 a


39), Mq; Sl 64.

Obs2: Textos bíblicos escritos posteriormente sobre esta época: 1 Rs 12


e 15; 2Rs 11 a 16; 2Cr 10-28, Is 1:12; Is 28 a 39.

b – A QUEDA DE JUDÁ, CUJA CAPITAL ERA JERUSALÉM

Quase 150 anos depois (aproximadamente em 597 a.C.), o Império da


Babilônia povo caldeu), governado por Nabucodonosor, conquista o
Reino de Judá e sua capital Jerusalém, dominado-os política e
militarmente (2Rs 23:28-30; 2Cr 36:17-20). Leva cativos par a Babilônia
o rei e a família real, os nobres, os guerreiros e os artesãos (2Rs
24:14s). Em 588 a.C. o Reino de Judá se rebela e em 587 a.C.
Jerusalém e seu templo são destruídos, e praticamente toda a
população de Jerusalém (2Rs 25:8-12), exceto os mais pobres, foram
deportados para diversas cidades e aldeias babilônicas, como por
exemplo, Tel-Abibe (Ez 3:15), as Tel-Melá, Tel-Harsa, Querube, Adã,
Imer (Ed 2:59), onde permaneceu aproximadamente durante 50 anos
(586 - 538 a.C.).

É o tempo, por exemplo, de Daniel, das histórias do livro de


Lamentações de Jeremias; tempo de EXÍLIO. É nesta época de
dominação que surge a esperança de um MESSIAS (ungido de Deus),
um novo Davi, rei guerreiro valente, que salvará seu povo.

Os textos mais recentes do Antigo Testamento foram escritos nessa


época. Como por exemplo, além dos já citados, Esdras e Neemias, e
outros ainda, como Gn 1, um belo hino de afirmação de fé no Deus
criador de todas as coisas, inclusive do sol (considerado um deus pelos
babilônicos) e do homem, como uma resistência à adoração do sol e do
próprio rei Nabucodonosor que se auto-intitulava deus. Nesse hino é
muito interessante observar que Deus cria a luz antes de criar o sol e
que o sol é criado no 4º dia (na cultura oriental o nº 4 é um número sem
importância). “Os deuses de vocês são criaturas do nosso Deus Javé!”,
afirma este 1º capítulo de Gênesis, animando nos tempos do Exílio a fé
em Deus e na resistência em não curvar-se diante da estátua de ouro e
dos demais deuses da Babilônia.

COM A DESTRUIÇÃO DO REINO DE NORTE DESDE 722 a.C.,


TODOS OS TEXTOS BÍBLICOS ESCRITOS NASCEM NO REINO DO
SUL (JUDÁ).

Obs1:

Os textos bíblicos escritos de 722 a.C. até 586 a.C. são:

a) de 722 a.C. até 640 a.C.: Sofonias, Pv 10 a 22; Pv 25 a 29; Sl 46; Sl


48;

b) de 640 a.C. até 609 a.C: Dt 5 a 26; Dt 28; Sl 31; Sl 80; Sl 81;

c) de 609 a.C. até 586 a.C: Na; Hc; primeiros escritos do livro de Jr.

Obs 2:
Os textos bíblicos escritos posteriormente sobre essa época de 722 a.C.
até 586 a.C. são:

a) de 722 a.C. até 640 a.C.: 2 Rs 18 a 21; 2Cr 29 a 33;

b) de 640 a.C. até 609 a.C: 2Rs 22 e 23; 2Cr 34 e 35;

c) de 609 a.C. até 586 a.C: 2Rs 24 e 25; 2Cr 36; Jr 1-45.

Obs 3:

Os textos bíblicos escritos durante os anos de exílio na Babilônia (de


586 a.C. até 538 a.C. são:

a) Entre os que permaneceram em Israel: Fonte D do Pentateuco; Lm,


Obadias; conclusão dos livros de Js, Jz, 1Sm, 2Sm, Jr;

b) Entre os que foram levados para o exílio na Babilônia: Fonte P


(Sacerdotal) do Pentateuco (inclusive Gn 1); Lv 8 a 10; Lv 17 a 26; Ez;
2Is (Is 40 a 45); Sl 42 e 43; Sl 69 e 70; Sl 137.

Obs 4:

Textos que foram escritos posteriormente sobre o período:

a) falando sobre os que permaneceram em Israel: Sl 79; Sl 89; Sl 39 a


52; e conclusão dos livros de Lm e Obadias.

b) Falando dos que foram levados para o exílio na Babilônia: 2Rs 24; Ez
1-24; Ez 33-39.

12 - A VIDA DO POVO DE DEUS APÓS O CATIVEIRO:

Mas a Babilônia ano de 539 a.C., por sua vez, é vencida pela Pérsia,
comandada pelo rei Ciro. A Pérsia, com uma política de dominação
diferente dos babilônicos, deixa o povo judeu (ainda cativo!) voltar para
sua terra (2Cr 36:37; Ed 1 a 2), e reconstruir o Templo (Ed 3 a 6) e o
muro de Jerusalém, trabalho feito sob direção de Sebazar (um príncipe
de Israel nomeado governador da Judéia pelos persas, Ed 1:8; Ag 1:1),
de Zorobabel (outro judeu nomeado governador da Judéia pelos persas,
Ag 2:2-3, Ed 3:10 a 4:2), do sacerdote Esdras e Neemias. Esdras faz
uma reforma religiosa (Ed 7 a 10) construindo o judaísmo sobre 3
pilares: templo, raça e Lei. Esdras também é quem reescreve a versão
final do Pentateuco (a que temos hoje em nossas Bíblias).

Ciro concedeu aos judeus a permissão de regressarem para a Judéia,


agora uma província dominada pela Pérsia, que foi confirmada pelo rei
Dario. O rei Xerxes aparece no livro de Ester como Assuero. Artaxerxes
I (465-425) indicou Neemias como governador de Judá (Ne 5:14) e foi
provavelmente Artaxerxes II (404-359) quem autorizou a Missão de
Esdras a Jerusalém.

Durante muitos e muitos anos (desde a conquista e destruição do reino


do Norte pela Assíria, em 722 a.C.), o povo israelita foi forçado a
conviver e estimulado a se misturar com outros povos pagãos trazidos
de várias partes do Império assírio para Samaria (a antiga capital de
Israel). Dessa mistura surgem os samaritanos, a quem o povo do Reino
do Sul (ao voltar do exílio babilônico) não reconhece mais como judeus,
ou seja, da mesma raça e com a mesma fé. Por isso a "inimizade" nos
tempos de Jesus entre os judeus e samaritanos. É certo, que contribuiu
para essa "inimizade" a mágoa antiga: foram os judeus do Norte que
dividiram o povo de Deus no tempo de Roboão e Jeroboão,
enfraquecendo o reino. Isso era difícil de "engolir".

Depois da dominação persa, são os gregos (ptolomeus) que dominam o


povo de Deus, que numa retomada de sua história e propósito passa a
chamar-se de Israel. A dominação grega acontece nos anos 331 a.C. a
165 a.C.. Em 165 a.C., os Macabeus (grupo israelita religioso) se
revoltam e se libertam da Grécia. Não foi nada fácil, mas Israel
experimenta aproximadamente 100 anos de liberdade e soberania
nacional. Mas no ano de 63 a.C., Israel é dominado pelo maior império
de todos os tempos: o império romano. Quando Jesus nasceu, Israel (e
quase todo mundo) estava sob o domínio romano.

Israel só voltou a ser nação livre depois da 2ª guerra mundial, em 1947


d.C.
Os livros redigidos até antes de Jesus são os livros da Antiga Aliança,
conhecidos como o ANTIGO TESTAMENTO. Jesus estabelece uma
nova aliança entre Deus e a comunidade humana. O Novo Testamento
trata dessa Nova Aliança.

Obs1: Os textos bíblicos escritos:

a) durante o retorno do exílio (entre os anos de 538 a.C. até 445 a.C.
são: Lv 1 a 7; Lv 11 a 16; Ag; 1Zc (Zc 1 a 8); 3Is (Is 55 a 66); Jl; Sl 4; Sl
10; Sl 22; Sl 23; Sl 50; Sl 77; Sl 78; Sl 83; Sl 105 a 107; Sl 126.

b) Durante a reorganização do povo e da vida na Judéia (terra dos


judeus) entre os anos de 445 a.C. até 333 a.C. são: Rt, Jn, Jó, Pv 1 a 9,
Ct, redação que uniu as fontes J,E,D e P (redação final do Pentateuco);
Sl 19:8ss; Sl 85; Sl 96 a 98; Sl 113; Sl 116; Sl 118; Sal 119;

c) Entre anos de 333 a.C. até 63a.C. são: 2Zc (Zc 9 a 14); Ml; conclusão
do livro de 1 e 2 Cr; Ne; Ed, Et; Sl 73; Dn; Sl 139; Sl 44; Sl 74; Sl 86; Sl
91; Sl 1; Sl 150.

13 - JESUS CRISTO:

No meio de um tempo de grande agitação e de grandes esperanças


políticas e religiosas, nasce JESUS. Jesus começa o seu ministério aos
30 anos de idade anunciando as Boas Novas do amor de Deus,
especialmente para os pequenos, os pobres, os pecadores. Não é
reconhecido como o Messias (ou Ungido, ou Cristo, ou Enviado)
profetizado pelo Velho Testamento pela liderança do povo judeu,
particularmente com os fariseus e com os saduceus. Essa liderança
esperava um Messias Rei-Guerreiro-Profeta poderoso que, como o
velho rei Davi, viesse para liderar um povo para libertá-lo da dominação
do Império Romano. Jesus não só se diz o Messias (em grego, Cristo),
mas também o Filho de Deus. Entra em grande choque com os líderes
do seu Povo e termina morrendo assassinado numa cruz.

Depois do sofrimento e do escândalo de sua morte violenta, seus


seguidores O vêem ressuscitado e proclamam: "O SENHOR ESTÁ
VIVO!". Fortificados pelo poder do Espírito Santo, vão anunciar esta Boa
Nova a todos os povos. Assim surge a Igreja que se espalha
rapidamente no mundo daquele tempo.

Logo se sente a necessidade de anotar o conteúdo das palavras de


Jesus, da pregação dos apóstolos e da reflexão dos discípulos(as) de
Jesus. Nós encontramos o que a chamada Igreja Primitiva (daquele
tempo) achou importante nos livros do NOVO TESTAMENTO.

Breve História de Israel e do povo judeu


O  povo  de  Israel  (também  chamado  de  “povo  judeu”)  têm  sua  origem  a 
Abraão,  que  estabeleceu  a  crença  de  que  existe  um  só  Deus,  o  criador  do 
universo.  Abraão,  seu  filho  Yitshak (Isaac), e neto Jacob (Israel), são referidos 
como  os  patriarcas  dos  israelitas.  Todos  os  três  patriarcas  viveram  na  Terra 
de  Canaã,  que  mais  tarde  veio  a  ser  conhecido  como  a  Terra  de  Israel.Eles  e 
suas  esposas  estão  enterrados  no  Ma’arat  HaMachpela,  a  ​Túmulo  dos 
Patriarcas​, em Hebron(Gênesis, capítulo 23). 

O  nome  Israel  deriva  o  nome  dado  a  Jacob  (Gênesis  32:29).  Seus  12  filhos 
eram  os  kernels  de  12  tribos  que  mais  tarde  evoluiu  para  a  nação  judaica.  O 
nome  judeu  deriva  de  Yehuda  (Judá),  um  dos  12  filhos  de  Jacó  (Rúben, 
Shimon,  Levi,  Yehuda,  Dan,  Naftali,  Gade,  Aser,  Yisachar,  Zevulun,  Yosef, 
Binyamin)  (Êxodo  1:  1).  Assim,  os  nomes  Israel,  israelense  ou  judeu  se referir 
a pessoas da mesma origem. 

Os  descendentes  de  Abraão  cristalizou-se  em  uma  nação  em  cerca  de  1300 
aC  após  o  seu  êxodo  do  Egito  sob  a  liderança  de  Moisés  (Moshe,  em 
hebraico).  Logo  após  o  Êxodo,  Moisés  transmitido  para  as  pessoas  desta 
nova  nação  emergente,  a  Torá,  e  os  Dez  Mandamentos  (Êxodo,  capítulo 
20).Depois  de  40  anos  no  deserto  do  Sinai,  Moisés  levou-os  para  a  Terra  de 
Israel,  que  é  citado  na  Bíblia  como  a  terra  prometida  por  Deus  aos 
descendentes dos patriarcas, ​Abraão​, Isaac e Jacó (Gênesis 17: 8). 

O  povo  de  dia  moderno  Israel  compartilham  a  mesma  língua  e  cultura 


moldada  pela  herança  judaica  e  da  religião  passou  por  gerações  começando 
com  a  fundação  pai  Abraão  (cerca  de  1800  aC).Assim,  os  judeus  tiveram 
presença contínua na terra de Israel durante os últimos 3.300 anos. 

O  Estado  de  Israel  na  terra  de  Israel  começa  com  as  conquistas  de  Joshua 
(cerca  de  1250  aC).  O  período  de  1000-587  aC  é  conhecido  como  o  “Período 
dos  Reis”.  Os  reis  mais  notáveis  foram  o  rei  Davi  (1010-970  aC),  que  fez  de 
Jerusalém  a  capital  de  Israel,  e  seu  filho  Salomão  (Shlomo,  970-931  aC),  que 
construiu  o  primeiro  templo  de  Jerusalém  como  prescrito  no  Tanach  (Antigo 
Testamento ). 

Em  587  aC,  o  exército  de  babilônico  Nabucodonosor  capturou  Jerusalém, 


destruíram o Templo e exilou os judeus para a Babilônia (atual Iraque). 

O  BCE  ano  587  marca  um  ponto  de  viragem  na  história  da  região.  A  partir 
deste  ano,  a  região  era  governada  ou  controlada  por  uma  sucessão  de 
impérios  superpotências  da  época,  na  seguinte  ordem:  babilônicos,  persas, 
gregos  helenísticos,  romanos  e  bizantinos,  islâmicos  e  cruzados  cristãos, 
Império Otomano e do Império Britânico. 

Período  Dominação  Eventos importantes 

1000 AC  Reino Unido Israelita  Davi  domina  sobre  todo  Israel,  ampliando  Jerusalém  e 
tornando-a a capital do Reino Unido de Israel 

950 AC  Reino Unido Israelita  Salomão  sobe  ao  poder  após  seu  pai  Davi  e  faz  acordos 
comerciais  e  de  paz  com  a  maioria  dos  reinos  a  sua volta, 
sua  dominação  se  extende  desde  o  riacho  do  Egito  no 
norte  da  península  do  Sinai  até  o  Rio  Eufrates,  todos  este
território  foi  conquistado  por  Davi  mas  foi  Salomão  quem 
estabeleceu  seu  poder  e  a  sua  influência  se  estendeu 
muito além deste limite. 

587 AC  Império Babilônico  Nabucodonosor  II  adernou  a  Destruição  do  Primeiro
Templo  de  Jerusalem  e  levou  cativos  os  Judeus  para  a 
Babilônia  que  somente retornaram após 70 anos depois do 
edito do rei Ciro da Pérsia. 

538-333 aC  Império Persa  Iniciou-se  o  retorno  dos  judeus  do  exílio  da  Babilônia  e  a
re-construção  do  Segundo  Templo  sob  o  comando  de
Esdras e Heemias. 

333-63 AC  Império  Grego Após  a  conquista  da  região  pelo  exército  de  Alexandre,  o
(Helenístico)  Grande  em  333  AC  os  gregos  permitiam  que  os  judeus 
mantivessem  o  seu  controle  da  Terra  de  Israel.  Mas, 
durante  o  governo  do  rei  Antíoco  Epifanes  IV,  o Templo foi 
profanado  por  ele  e  muitas  proibições  foram  feitas  ao 
judeus,  principalmente  relacionadas  com  sua  fé.  Isto 
provocou  a  revolta  dos ​Macabeus​, que estabeleceram uma 
administração  independente  após  batalhas  sangrentas. Os
eventos  relacionados  são  celebradas  durante  o  ​feriado 
Hanukah​ . 

63 AC-313 EC  Império Romano  A  dominação  romana  se  estabeleceu  com  a  subida  de
Herodes  o  Grande  ao  poder  que  era  apenas  mais  um  na
escala  de  contra  da  rica  Judeia,  aos  poucos  os  altos 
impostos  e  as  leis  pesadas  foram  tornando  a  vida  dos 
judeus  cada  vez  mais  difíceis  levando  o povo a constantes
revoltas,  milhares  de  judeus  foram  escravisados  e
crucificados  neste  período  da  história.  Foi  neste  cenário 
que  João  Batista  e  Jesus  iniciaram  seus  ministérios 
pregando  que  o  Reino  do  Eterno  não  é  deste  Mundo  e que 
Adonai  busca  adoradores  que  o  adorem  em  Espírito  e  em
Verdade. 

O  exército romano liderado por Tito conquistaram
Jerusalém  após  uma  onda  de  rebelião  contra  o
império,  destruíram  o  Segundo Templo em 70 EC. 
O  povo  de  Israel  foram  então  exilado  e  acabou 
sendo  disperso  por  toda  face  do  planeta, 
iniciou-se  a  longa  diáspora  judaica  que  se
encerrou  somente  dois  mil  anos  depois.  Em  132, 
Bar  Kokhba  organizou  uma  outra  revolta  contra  o
domínio  romano,  mas  foi  morto  em  uma  batalha
nas  colinas  de  Bethar  na  Judéia.  Posteriormente,
os  romanos  dizimaram  a  comunidade  judaica, 
renomeando  Jerusalém  como Aelia Capitolina e a
Judéia  como  Palaestina  para  tentar  apagar  a
identificação  judaica  com  a  terra  de  Israel  (a 
palavra  Palestina,  e  a  palavra  árabe  Filastin
originam  a  partir  deste  nome  em  latim  da  antiga 
terra  dos  filisteus  que  foram  exterminados  no 
século IV AC). 

A  comunidade  judaica  restante  se  mudou  para 


cidades  do  norte  da  Galiléia.  Por  volta  de  200  EC 
o  Sinédrio  foi  transferido  para  ​Tsippori  (Zippori, 
Séforis)  .  O  Chefe  de  Sinédrio,  o  rabino  Yehuda 
HaNassi  (Judá,  o  Príncipe)  compilou  a  lei  oral 
judaica, a Mishná. 

313-636  Império Bizantino    Durante  este  negro  período  da  história,  os  judeus  foram
banidos,  o  local  do  templo  se  tornou  uma  lixeira  e
Jerusalém  aos  poucos  foi  sendo  re-modelada  como  uma 
cidade romana, cheia de igrejas e nenhuma sinagoga. 

636-1099  Império Árabe  Os  árabes  massacraram os cristão e os poucos judeus que


viviam  na  cidade. Domo da Rocha foi construído pelo califa
Abd el-Malik em razão do Templo judeu destruído. 

1099-1291  Reino dos Cruzados  Os  cruzados  vieram  da  Europa  para  capturar a Terra Santa 
depois  de  um  apelo  do  Papa  Urbano  II,  e  massacraram  a 
população  não-cristã.  comunidade  judaica  mais  tarde  em 
Jerusalém expandiu pela imigração dos judeus da Europa. 

1291-1516  Dominação  dos  Expulsaram  os  cruzados  do país após a terrível batalha de 


Mamelucos  Hittin  na  Galiléia,  concederam  alguns  privilégios  aos
cristão  que  foram  violados  por  muitas  vezes,  resultando 
em  massacres  de  peregrinos  que  faziam  seu  caminho  a 
Cidade Santa. 

1516-1918  Império Otomano  Durante  o  reinado  do  sultão  Suliman,  o  Magnífico


(1520-1566)  os  muros  da  Cidade  Velha  de  Jerusalém 
foram  reconstruídos. A pPopulação da comunidade judaica
em  Jerusalém  aumentou  e  no final do Império Otomano os
Judeus começaram a imigração em massa, iniciaram-se os
primeiro movimentos sionistas. 

1917-1948  Mandato Britânico  Apos  tomarem  a  região  do  Oriente  Médio  das  mãos  dos 
Trucos  Otomanos,  a  Grã-Bretanha  reconheceu  os  direitos
do  povo  judeu  para  estabelecer  um  ”  lar  nacional  na
Palestina”,  como  era  chamada  a  Terra  de  Israel  então.  No 
entanto,  eles limitaram grandemente entrada de refugiados 
judeus  em  Israel  ao  mesmo  tempo  que  não  limitaram  em
nada  a  chegada  de  milhares  de  árabes que viam em busca
de  trabalho.  Mesmo  após  a  Segunda  Guerra  Mundial,  eles 
queriam  dividir  o  Mandato  Britânico  da  Palestina  em  um 
estado  árabe  que  se  tornou  hoje  em  dia  moderna  a
Jordânia e o estado judaico no Estado de Israel. 
Depois  do  exílio  pelos  romanos  em  70 dC, o povo judeu migrou para a Europa 
e  Norte  da  África.  Na  Diáspora  (espalhados  fora  da  Terra  de  Israel),  eles 
estabeleceram  vidas  culturais  e  económicas  ricos,  e  contribuiu  muito para as 
sociedades  onde  viviam.  No  entanto,  eles  continuaram  a  sua cultura nacional 
e  orou  para  retornar  a  Israel  através  de  séculos.  Na  primeira  metade  do 
século  20,  houve  grandes ondas de imigração de judeus para Israel a partir de 
países  árabes  e  da  Europa.Durante  o  domínio  britânico  na  Palestina,  os 
judeus  foram  sujeitos  a  grande  violência  e  massacres  dirigidos  por  civis 
árabes  ou  forças  dos  estados  árabes  vizinhos.  Durante  a  Segunda  Guerra 
Mundial,  o  regime  nazista  na  Alemanha dizimou cerca de 6 milhões de judeus 
criando a grande tragédia do Holocausto. 

Em  1948,  Comunidade  judaica  em  Israel  sob  a  liderança  de  David  Ben-Gurion 
restabeleceu  a  soberania  sobre  sua  antiga  terra  natal.  ​Declaração  de 
independência  do  moderno  Estado  de  Israel  foi  anunciada  no  dia  em  que  as 
últimas forças britânicas deixaram Israel (14 de maio, 1948). 

Guerras árabe-israelenses
Um  dia  após  a  declaração  de  independência  do  Estado de Israel, exércitos de 
cinco  países  árabes,  Egito,  Síria,  Transjordânia, Líbano e Iraque, invadiu Israel. 
Isto  marcou  o  início  da  Guerra  da  Independência.  Estados  árabes  travaram 
quatro guerras em conjunto larga escala contra Israel: 

● 1948 Guerra da Independência 

● 1956 Guerra Sinai 

● 1967 Guerra dos Seis Dias 

● 1973 Guerra do Yom Kippur 

Apesar  da  superioridade  numérica  dos  exércitos  árabes,  Israel  defendeu-se 


cada  vez  e  ganhou.Depois  de  cada  exército  israelense  guerra  retirou-se  da 
maioria  das  áreas  que  capturou  (  ​ver  mapas​).  Este  é  sem  precedentes  na 
história  do  mundo  e  mostra  a  disposição  de  Israel  de  alcançar  a  paz  mesmo 
com o risco de lutar por sua própria existência cada vez novamente. 

Observe  que,  com a Judéia e Samaria Israel é de apenas 40 milhas de largura. 


Assim,  Israel  pode  ser  cruzado  a  partir  da  costa  do  Mediterrâneo  à  fronteira 
oriental no rio Jordão dentro de duas horas de condução. 
Referências e recursos para mais informações
● Dicionário histórico de Israel​ – Um livro excelente de alta qualidade, incluindo uma 
cronologia da história de Israel 

● O ponto crucial da História Mundial – Primeiro Capítulo: O Nascimento do Povo Judeu 


por Francisco Gil-White. Esta é a melhor exposição revolucionária da influência do 
judaísmo sobre a cultura do mundo em uma perspectiva histórica. 

● Conflito árabe-israelense 

● Mapas e atlas histórico 

● Israel Wars e Mapas 

● Povo judeu 

● Tempo-Line para a História do Judaísmo 

● Fotografias de Israel de 1800 e início do século 20 

● Destaques históricos da história do povo judeu na Terra de Israel (Ministério dos 


Negócios Estrangeiros). 

Reunião dos israelitas


A  imagem  centro  da  imagem  mostra  o  homem  novo  e  velho  vestido  com 
manto  de  oração  e leitura a partir de um rolo da Torá que uniu o povo judeu. A 
parte  escrita  mostra  Shema  Yisrael  Adonay  Eloheynu  Adonay  Echad  (Ouve, 
Israel, o Senhor é nosso Deus, o Senhor é Um). 

A  estrela  de  David  simboliza  o  encontro  do  povo  judeu de todos os cantos do 


mundo,  incluindo  a  Geórgia (país de nascimento do artista), Marrocos, Rússia, 
Estados  Unidos,  China,  Etiópia,  Europa  e  outros  países  se  unem  na  dança  e 
celebração.  Outras  imagens  no  interior  da  estrela  simbolizam  moderna 
israelita  indústria,  agricultura  e  militar.  As  imagens  nas  margens  da  imagem 
simbolizam  as  grandes  ameaças  que  o  povo  judeu  enfrentados  no  exílio  a 
partir  do  Êxodo  do  Egito,  seguido  por  romanos,  árabes  e  culminando  nas 
câmaras de gás do Holocausto na Europa. 

Citação de Charles Krauthammer – The Weekly Standard, 11 de maio de 1998 


“Israel  é  a  própria  personificação  da  continuidade 
judaica:  É  a  única  nação  do  mundo  que  habita  na 
mesma  terra  que  leva  o  mesmo  nome,  fala  a 
mesma  língua,  e  adora  o  mesmo  Deus  como  eles 
o  fazem  há  3.000  anos.  Você  cava  o  solo  e 
encontra  cerâmica  desde  os  tempos  davídicos, 
moedas  de  Bar  Kokhba,  e  manuscritos  de  2.000 
anos  de  idade,  escritos  em  um  hebraico  muito 
parecido  com  aquele  que  hoje  anuncia  sorvete  na 
loja de doces da esquina”. 

Cativeiro

O cativeiro Babilônico dura 70 anos

I. ASPECTOS GERAIS
1. Autor, título e data
2. Classificação
3. Contexto histórico

II. LIBERTAÇÃO DO CATIVEIRO Sl 126.1-3


1. Inacreditável libertação Sl 126.1,2a
2. Um cântico de alegria Sl 126.3
3. O testemunho dos gentios Sl 126.2b

III. RESTAURAÇÃO PÓS-CATIVEIRO Sl 126.4-6


1. Saudades e lutas Sl 126.4
2. Uma oração Sl 126.4
3. Uma promessa Sl 126.5-6

APLICAÇÃO PESSOAL Por mais grave que seja a sua situação atual,
Deus pode restaurar a sua sorte de maneira inacreditável. Tenha fé no
Deus que restaurou a sorte de Jó e livrou Israel do Cativeiro. Ele pode
transformar as lágrimas de hoje em alegria.

FOI COMO UM SONHO!!!

“A alegria em Deus é uma pregação em prol da causa de Deus”

“Este é um Salmo sobre o Deus que restaura; os exilados que retornam;


os sonhos que acontecem; as bocas que riem; as línguas que cantam;
os vizinhos que testificam; os olhos que choram; os dedos que
semeiam; os pés que não se cansam; as sementes que crescem, e as
mãos que ceifam.” – Wilson de Jesus Alves.

Um Salmo de triunfo para restauração do povo de Deus, depois do


cativeiro em Babilônia.
“Foi como um sonho! Como rimos como cantamos de alegria... como
fomos felizes”.
• Síntese:
1. Esse cântico de peregrinação teve origem em uma época de angústia
nacional. É uma miscelânea comovente de alegria e aflição, com o
mesmo padrão tríplice do salmo 85. Lembra bênçãos passadas, suplica
por sua renovação e registra a resposta divina à súplica.

2. Cântico de ação de graças pela volta do cativeiro. Aquilo era bom


demais para se acreditar; parecia-lhes um sonho. Tem duas partes:
louvor por um bom começo (1-3) e oração por um feliz cumprimento
(4-6). As duas coisas estão intimamente relacionadas. Nas horas de
triunfo, tendemos a esquecer que a tribulação não está longe. Se a
perspectiva da tribulação tende a sombrear o triunfo, devemos resolver
que o triunfo há de iluminar a tribulação. Progresso (1-3) deve ser
seguido por paciência (4-6). Semeia a semente e conta com a ceifa.
Alegria e alívio delirantes – tal é a disposição de ânimo captada de novo
na primeira metade deste cântico. Agora, porém, não passa de uma
memória, e o salmo se transforma em oração que pede uma
transformação comparável de uma cena estéril e sem ânimo.

• Análise:

1. (v.1): “Quando o SENHOR restaurou a sorte de Sião”: A alusão é ao


retorno dos exilados da Babilônia no século VI a.C, quando o cativo
povo de Israel teve permissão de voltar ao seu país. A decisão de Ciro
de permitir que os exilados retornassem à sua terra não resultou de
mera norma política, mas da intervenção de Deus. A restauração de Jó
se descreve da mesma maneira (Jó 42.10). A memória, longe de
descambar para a nostalgia, agora dá o ímpeto para a esperança.

2. A Surpresa Feliz: Quando foi promulgado o decreto de Ciro, os


exilados dificilmente poderiam acreditar naquilo que viram e ouviram.
Parecia-lhes que estavam no meio de um sonho de felicidade. Tudo
parecia “bom demais para ser verdade” (Lc 24.41; At 12.9). Não se
tratava de falta de fé em Deus – era apenas a lentidão em se
acomodarem à nova situação melhor emergente tão repentina que não
estavam em condições de saber como agir nas circunstâncias novas.

3. Êxtase de Alegria: “Então a nossa boca se encheu de riso, e a nossa


língua de júbilo”. Os orientais demonstram mais emoções do que os
ocidentais. Choram quando estão decepcionados, riem quando estão
contentes, e gritam de felicidade. Seja qual for o seu temperamento,
porém, você pode sentir o júbilo da salvação quando recebe uma
libertação de Deus.

4. Grato testemunho: “Então entre as nações se diz: Grandes cousas o


Senhor tem feito por elas. Com efeito, grandes cousas fez o Senhor por
nós; por isso estamos alegres”. Até mesmo os gentios estavam
impressionados e admitiram que o Deus de Israel deveria ser o
responsável por esse milagre. Os risos de alegria e os gritos de júbilo
que acompanham os exilados livres do cativeiro na Babilônia, e que
ecoavam nos desertos que atravessam, eram o testemunho diante das
nações pagãs de quão grandes coisas Deus fizera em prol do seu povo.
Para não ser ultrapassado por pagãos, Israel responde com testemunho
alegre e simples e assim expressa a sua dívida para com o poder de
Deus.

5. (v.4): A retrospectiva serviu tanto como lembrete de que Deus é


capaz de salvar seu povo quanto como um apelo implícito para que
Deus aja favor do povo novamente. A comunidade pós-exílica estava
passando por dificuldades e frustração. As coisas grandiosas tinham
dado lugar às “pequenas coisas” O salmista ora por uma enchente de
exilados que voltem à terra de origem, assim como as torrentes
sazonais que periodicamente enchem os leitos normalmente secos das
ravinas no deserto. Ser restaurado do cativeiro significava mais do que
o retorno físico à Terra Prometida. Continuava necessária a presença
de Deus e de sua aliança.
6. (v.4): “como as torrentes no Neguebe”. A generosidade repentina aqui
recebe sua ilustração perfeita, sendo que poucos lugares são mais
áridos do que o Neguebe e poucas transformações são mais dramáticas
do que a de uma ravina seca que se transforma em torrente. O
Neguebe ficava ao sul do território de Israel. Ali a terra é seca, e em um
temporal de chuva os wadi (os leitos dos rios formados na estação
chuvosa) tornavam-se inundações perigosas. Nas terras áridas do sul
da Palestina (o Neguebe), pode-se ver os leitos secos de muitas
torrentes (a maior alegria para o viajante é encontrar ali uma torrente de
água). Então, vão começando as chuvas, e logo aparecem pequenos
fios de água correndo no meio do leito seco. Antes de acabarem as
chuvas, o fio de água se transformar em riacho, e o riacho em
correnteza violenta. O número de exilados que voltaram com a primeira
leva era reduzido, pequeno demais, conforme parecia, para fazer efeito
algum, tão pequeno que era ameaçado de secar-se ou evaporar como o
fio de água. O Salmista, portanto, queria que a situação em Jerusalém
voltasse para a prosperidade espiritual e civil de antes, como números
suficientes de exilados voltados para lá a fim de levar a efeito a obra. A
igreja de nossos dias precisa proferir esta oração em prol da pequena
companhia dos eleitos, pois os fiéis no meio deste mundo deserto são
um grupo pequeno, o “pequeno rebanho”, um pequeno fio de água.
Suas vidas ressecadas precisam de avivamento semelhante.

7. (v.s 5,6) Os esforços dos exilados para estabelecer a nação em meio


a grandes dificuldades acabarão por produzir resultado, tal como
acontece na agricultura. Este mesmo princípio aplica-se também ao
serviço cristão. Nenhuma mudança, grande ou pequena, pode nos
deixar sem trabalhos a fazer, porque todas as mudanças são
incompletas, e cada uma delas exige de nós novas provações e novas
capacidades para resistência. Assim sendo, a parte de júbilo passa a se
misturar com súplicas.

8. As Tristezas e Alegrias de um Semeador: Em época de grande falta


de mantimentos, os camponeses pobres têm dó de cada medida de
sementes lançada na terra. Sentem estar arrancando a comida da boca
de seus filhos, e, em tais tempos, choram amargamente quando um
quilo de trigo é tirado da despensa para ser semeado no campo visando
a uma ceifa num futuro provavelmente tão distante que não se sabe se
a família sobreviverá até então.

(1) Semeando com lágrimas: Semelhantemente, o pequeno grupo de


exilados que voltavam para restaurar a terra desolada estavam
“semeando com lágrimas”. Labutavam em angústia, dor e desânimo, no
meio das ruínas da sua antiga pátria e em face inimigos cínicos e cruéis.
A sorte do pioneiro, seja em assuntos materiais ou em assuntos
espirituais, é muito difícil.

(2) Ceifando com alegria (v.5): “Com júbilo ceifarão”. Deus inverte os
infortúnios de seu povo, ele domina o mal com o bem, o sofrimento com
a bênção (Sl 30.11,12; Jo 16.20). As sementes espirituais lançadas e
regadas com lágrimas não serão perdidas. Toda obra espiritual feita
com compaixão sobrenatural não demorará em revelar os seus frutos.
“E não nos cansemos de fazer o bem, porque a seu tempo ceifaremos,
se não desfalecermos” (Gl 6.9).

• Ensinamentos Práticos:
Quantas vezes você já teve vontade de chorar por causa dos seus
fracassos na tentativa de viver nos níveis mais sublimes da vida
espiritual. Se você não batiza em orações e agonias espirituais os seus
esforços, não terá a alegria de ver uma grande ceifa espiritual.
Aqueles que saem levando a Palavra, no entanto, devem ter a
experiência de sentir a sua alma comovida até as lágrimas no seu
esforço de levar uma alma a Cristo.
A alegria de Israel testificou:
1. À Compaixão de Deus: A volta de Israel à sua terra ensinava aos
pagãos que o Deus de Israel era um Deus misericordioso, que
misturava a graça e o amor com os pronunciamentos do juízo.
2. À Preservação Divina: A volta era uma declaração de que a
providência divina tinha acompanhado o povo de Deus durante todo o
período do cativeiro. A nação tinha passado pelos fogos da purificação,
mas a prata tinha sido conservada em toda a sua pureza;

3. Ao Propósito de Deus. Deus restaurou seu povo porque tinha um


propósito para ele no mundo – proclamar a Palavra de Deus e preparar
o caminho para o Salvador.
A História de uma Alma: As experiências de Israel como povo de Deus
na época do Antigo Testamento são lições para a nossa experiência
individual como crentes em Jesus Cristo, membros do novo Israel de
Deus. Podemos, portanto aplicar o Salmo 126 à nossa vida diária cristã:
1. A alma redimida estava no cativeiro: era escrava à Lei de Deus, que
ameaçava a consciência; era escrava ao pecado, que amarrava-a com
desejos e hábitos pecaminosos; era escrava da morte física e espiritual.
2. Este cativeiro, no entanto, foi rompido. Assim como o rei Ciro,
inspirado por Deus promulgou um decreto ao qual os cativos que
queriam a libertação obedeceram, assim também os embaixadores de
Deus, inspirados pelo Espírito Santo, proclamaram o perdão às almas
cativas, e as almas com júbilo obedeceram à ordem de deixarem para
trás a sua velha vida humana.
3. Seguem resultados bem-aventurados. “Ficamos como quem sonha”.
Assim sente a alma no seu enlevo de deleite ao reconhecer tudo quanto
Deus fez em prol dela. Há alegria exuberante.
4. Quem vive com fé e em obediência, mesmo em meio a dificuldades,
há de ver resultados maravilhosos da sua obra.
5. A alma, vivendo e labutando na causa do Evangelho, às vezes se vê
forçada a enfrentar desencorajamentos, adversidades e tentações, e
chega a sentir vontade de dizer: “Será que tudo está sendo em vão?”
Então se lembra da promessa confiante: “Os que com lágrimas
semeiam, com júbilo ceifarão”. Foi com semelhantes promessas que
Paulo encorajou os crentes em Corinto, quando escreveu: “Portanto,
meus amados irmãos, sede firmes, inabaláveis, e sempre abundantes
na obra do Senhor, sabendo que, no Senhor, os vosso trabalho não é
vão” (1 Co 15.58).
“Aquele que decerto sai chorando... decerto voltará para casa com
gritos de alegria”.
Bibliografia
Bíblia Anotada
Bíblia de Estudo de Genebra
Bíblia Shedd
Manual Bíblico H.H.Halley
Bíblia Explicada
Salmos, Orando com os Filhos de Israel – Myer Pearlman.
Série Cultura Bíblica – Salmos
Comentário Bíblico NVI

Wilson de Jesus Alves


Bacharel em Teologia
http://wilsonalves.comunidades.net

A Possível Ordem Cronológica dos Livros do Antigo Testamento:


Gênesis;
Jó;
Êxodo;
Levítico;
Números;
Deuteronômio;
Josué;
Juízes;
Rute (o livro de Rute está embutido no livro de Juízes);
1 e 2 Samuel (os dois livros eram originalmente um só);
Salmos (escrito durante os séculos 10 e 5 aC);
1 Reis;
1Crônicas;
Provérbios (1 Reis 4.32 e Eclesiastes 12.9);
Cantares de Salomão (1 Reis 4.32 e Cantares 1.1);
Eclesiastes;
2 Reis (1 e 2 Reis eram originalmente um só livro);
2 Crônicas (1 e 2 Crônicas eram originalmente um só livro);
Obadias (o profeta Obadias foi contemporâneo do profeta Elias);
Joel (coevo do profeta Eliseu);
Jonas (2 Reis 14.25);
Amós;
Oséias;
Miquéias;
Isaías;
Naum;
Sofonias;
Jeremias;
Lamentações;
Habacuque;
Daniel;
Ezequiel (os livros 2 Crônicas e Ezequiel encaixam-se na época
do livro 2Reis);
Esdras;
Ester (cronologicamente entre os caps. 6 e 7 de Esdras)
Neemias (Esdras e Neemias foram coevos);
Ageu e Zacarias (coevos)
Malaquias (Ageu e Malaquias encaixam-se na época de
Neemias).

A Possível Ordem Cronológica do Novo Testamento:

Gálatas – 49 dC, escrito em Antioquia, na Síria, após a 1a viagem


missionária de Paulo – Atos 13-14);
Tiago – 49 dC, escrito em Jerusalém;
1Tessalonicenses – 51 dC, escrito em Corinto durante a 2a viagem
missionária de Paulo (Atos 15.36-18.22; 18.11);
2Tessalonicenses – 51/52dC, escrito em Corinto durante a 2a
viagem missionária de Paulo (Atos 15.36-18.22; 18.5);
1Coríntios – 55 dC, escrito na Macedônia(Atos 20.3);
Marcos – 55-65dC, escrito em Roma, segundo afirmam Clemente e
Irineu;
Romanos – 57 dC, escrito em Corinto durante a 3a viagem
missionária de Paulo;
Lucas – 60-65 dC, escrito em Cesaréia ou Roma, durante as prisões
de Paulo;
Mateus – 60-65 dC, escrito na Palestina;
Efésios – 60-62 dC, escrito em Roma, quando Paulo estava na
prisão;
Filipenses – 60 dC, escrita em Roma, quando Paulo estava na
prisão;
Colossenses – 61 dC, escrita em Roma, quando Paulo estava na
prisão;
Filemom – 61 dC, escrita em Roma. É a quarta epístola escrita por
Paulo na prisão;
1Pedro – 62-64 dC, escrita em “Babilônia” (1Pedro 5.13);
Atos – 63 dC, escrita em Roma;
1Timóteo – 64 dC, escrita na Macedônia ou Roma, pouco antes da
2ª prisão de Paulo;
Tito – 65 dC, escrita na Macedônia (1Tm. 1.3);
2 Timóteo – 66-67 dC;
2 Pedro – 67 dC, escrita em “Babilônia”;
Hebreus – 67 dC, autor desconhecido;
Judas – 65-80 dC;
Evangelho de João – 85-90 dC, provavelmente em Éfeso;
1João – 85-90 dC, provavelmente em Éfeso;
2 e 3João – 90 dC, em Éfeso;
Apocalipse – 96 dC, na Ilha de Patmos (Apocalipse 1.9).

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