MEDRESUMOS 2016 - BIOFÍSICA 02 - Osmose PDF
MEDRESUMOS 2016 - BIOFÍSICA 02 - Osmose PDF
MEDRESUMOS 2016 - BIOFÍSICA 02 - Osmose PDF
BIOFÍSICA 2016
Arlindo Ugulino Netto.
OSMOSE
Osmose é a passagem de água através de uma membrana semipermeável do compartimento mais diluído para
o mais concentrado. O movimento é passivo (sem gasto de energia) e a favor do gradiente de concentração de água.
Para entender estes processos, devemos tomar nota dos conceitos de Pressão Hidrostática e Pressão Osmótica.
Pressão Hidrostática (Phid): é a pressão exercida pelo solvente (H2O) sobre as paredes do compartimento que
o contém. A pressão hidrostática é máxima quando o solvente é puro, e diminui à medida que se adiciona soluto
ao solvente.
Pressão Osmótica (Posm): é a pressão exercida pelas proteínas e solutos osmoticamente ativos, atuando no
sentido de atrair água para o compartimento onde estão presentes. Na osmose, a pressão osmótica exercida
pelas partículas em uma solução, sejam moléculas ou íons, é determinado pelo número dessas partículas por
unidade de volume de líquido, e não pela massa das partículas.
Exemplo I:
Osmose é a passagem de água, através de uma membrana semipermeável, do
compartimento mais diluído para o compartimento mais concentrado. Esse
movimento ocorre de forma passiva e a favor do “gradiente de concentração da
água”.
No exemplo ao lado a Phid é maior de “B” para “A”, pois o solvente é puro, assim a
osmose ocorrerá no mesmo sentido.
Exemplo II:
No exemplo ao lado ocorre osmose, de modo que todos os componentes são difusíveis (tanto o H2O como a glicose). O
sistema é separado por uma membrana permeável.
Em “A” a concentração de glicose é 2 molar e em “B”,
1 molar. Como o compartimento “B” é mais diluído vai
surgir uma pressão hidrostática de “B” para “A”, e de
glicose de “A” para “B”. Como a molécula de H2O é
menor, ela se difunde mais rapidamente, provocando
assim o desnível Δh observado entre ambos os
compartimentos. Com o fluxo de água em direção a
“A” vai tornando esse meio mais diluído, por
consequência surgirá uma Phid de “A” para “B”.
Ao final do processo o sistema atingir o equilíbrio e
ambas as soluções apresentam a mesma
concentração e mesmo volume.
Exemplo III:
No inicio do processo, é possível observar que devido ao fato
de que o compartimento “B” está mais diluído surgirá um
movimento de água de “B” para “A” (Phid). Há também a
pressão osmótica que as macromoléculas exercem atraindo
água para o compartimento “A”. Este por sua vez começa a
receber água, produzindo o desnível observado entre os dois
compartimentos, e consequentemente a Phid aumenta de “A”
para “B”. O sistema atinge o equilíbrio quando a pressão
osmótica se igualar a pressão hidrostática. Neste experimento,
o desnível continua no equilíbrio devido às macromoléculas
existentes não serem difusíveis.
1
www.medresumos.com.br Arlindo Ugulino Netto ● MEDRESUMOS 2016 ● BIOFÍSICA
Exemplo IV:
A pressão do solvente é maior em “B” do que em
“A” e, por isso, passa solvente de “B” para “A”.
Essa passagem resulta na diluição do NaCl em
“A” e uma maior concentração em “B”. Como
consequência da movimentação da água, surge
uma pressão de soluto em “B” maior que em “A”,
e devido a isso passa soluto (NaCl) de “B” para
“A”. Isto vai ocorrer até que a pressão osmótica
se iguale a pressão hidrostática, estabelecendo
assim o equilíbrio.
OBS: Embora a concentração de NaCl seja igual dos dois lados, em quantidade é maior em “A”. Já a concentração de
água em “A” é menor do que em “B”, mas a quantidade é maior. Isso ocorre devido às macromoléculas de um lado da
membrana estarem atraindo o solvente e soluto. Esse efeito pode desaparecer se houver um furo na membrana, pois a
macromolécula se difundirá para o compartimento adjacente.
d = densidade do fluído
g = gravidade
h = altura da coluna
n = número de moles
R = constante universal dos gases
T = temperatura (Kelvin)
V = volume
No equilíbrio, a pressão osmótica é numericamente igual à pressão exercida contra ela (a pressão hidrostática).
(Cm – Concentração Molar).
Posm = Cm.R.T
Ex: Calcular a pressão osmótica do fluído intracelular cuja concentração é de 0,3 osmol/litro (OKUNO, 1986).
Posm = 0,3 osmol/L x 0,082 atm.L/osmol.K x 310 K
Posm = 7,63 atm x(760mmHg)
Posm = 5800mmHg
2
www.medresumos.com.br Arlindo Ugulino Netto ● MEDRESUMOS 2016 ● BIOFÍSICA
Neste caso as concentrações dentro e fora da célula são iguais, mais isso não quer dizer que não há
movimentação entre a membrana celular. É importante salientar que a quantidade de H2o que entra
na célula é aproximadamente igual a sai (Iso = “igual” e Tonus = “força”).
Quando uma hemácia é mergulhada em uma solução hipotônica, ou seja, a concentração de soluto
no interior da célula é maior que no meio extracelular, consequentemente o meio extracelular é mais
diluído que o intracelular. Com isso surgira uma Phid de fora para dentro promovendo a entrada de
água para o interior da hemácia. Assim a célula fica túrgida, inchada. Phid fora > Phid dentro.
HIPO = “baixo” / TONUS = “força”
DISSOCIAÇÃO
1. Solutos não se dissociam: As concentrações molar e osmolar são,
evidentemente, as mesmas:
Cmolar = Cosmolar
3
www.medresumos.com.br Arlindo Ugulino Netto ● MEDRESUMOS 2016 ● BIOFÍSICA
Quando uma solução possui vários solutos (Solutos Múltiplos), a concentração total é simplesmente a soma
das concentrações dos solutos.
Exemplo III: Solução de NaCl 0,1 M + KCl 0,15 M + Glicose 0,20 M, te a seguinte concentração:
Molar:
NaCl 0,10
KCl 0,15
Glic 0,20
Total = 0,45M
Osmolar:
NaCl 0,10 x 2 = 0,20
KCl 0,15 x 2 = 0,30
Glic 0,20 x 1 = 0,20
0,70 Osm
OBS: