MEDRESUMOS 2016 - BIOFÍSICA 04 - Bioeletricidade PDF
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BIOFÍSICA 2016
Arlindo Ugulino Netto.
BIOELETRICIDADE
POTENCIAL DE DIFUSÃO
No exemplo ao lado, considera-se que no
esquema (a), a membrana que separa os dois meios é
impermeável tanto aos íons K+, Na+ e Cl-. Por isso o
potencial registrado é nulo. Já em (b) a membrana é
permeável aos íons Na+ que se encontram mais
concentrado de um lado (150mM). Com isso haverá
difusão do lado mais concentrado para o lado menos
concentrado (15mM) até que seja atingido o equilíbrio.
Contudo com a difusão, um lado fica mais negativo
(porque perdeu Na+) e o outro positivo (recebeu Na+).
Então o eletrodo ativo registra um potencial negativo de
+59mV. Com isso pode-se concluir que um lado pode
estar mais positivo que outro e ter a mesma concentração.
O mesmo pode acontecer com os ions K+, que estão mais concentrados de
um lado (150mM) do que no outro (15mM). Assim haverá difusão do lado mais
concentrado para o menos concentrado, o lado que “recebe” K+ fica positivo e o
que “perde” fica negativo. Então como o eletrodo está posicionado no lado que
perde K+ ele registrará um potencial negativo de -59mV.
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POTENCIAL DE NERST
O potencial de Nerst é determinado pela grandeza de um íon específico dentro e fora da célula (T=37ºC). Esse
potencial se opõe ao potencial de difusão – quanto maior essa proporção, maior será a tendência que esse íon se
difunda em uma direção e maior será o potencial de Nerst para impedir o potencial de difusão.
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OBS: Potencial de membrana e troca de íons durante um potencial de ação. A figura mostra mudanças do potencial de
membrana de um seguimento de axônio e a continuação do estímulo. ENa+ e ENk+ são respectivamente os potenciais
de equilíbrio para Na e K (B). O potencial de membrana primeiro aumentos como gated de voltagem canais de Na+
abrem. O potencial de membrana cai então debaixo de seu valor descansando como os canais de Na+ é inactivated e
voltagem-gated canais de K+ abrem. As proteínas canais volt-dependentes de K+ são então desativadas, e a membrana
retorna ao potencial de repouso.
POTENCIAL DE AÇÃO
Para que uma célula seja despolarizada e conduza o impulso nervoso, é necessário que esta seja estimulada.
Esse estímulo pode ser físico (elétrico, pressão, calor) ou químico (neurotransmissores). Além disso, o estímulo deve
ultrapassar o limiar de excitação, uma vez que as fibras nervosas obedecem a “Lei do Tudo ou Nada”.
O potencial de ação ocorre em três etapas: (1) despolarização, (2) inversão e (3) repolarização.
1) Despolarização: Nessa fase a membrana fica mais permeável aos ions sódio, permitindo que grande desses
íons entre na célula. Com isso o estado normal de -90mV é neutralizado devido ao influxo dos íons sódio com
carga positiva. Isso deixa a célula despolarizada em estado neutro. (Vm=0)
2) A continuidade na entrada de Na+ caracteriza a inversão deixando o interior da membrana positivo.
3) Na repolarização segundos após a despolarização, os canais de sódio começam a se fechar e os canais de K+
se abrem mais que o normal. Então a rápida difusão dos íons K+ para o exterior restabelece o potencial de
repouso da membrana, carcterizando a repolarização.
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O fluxo não tem direção única de propagação, mas o potencial trafega em todas as direções para longe do
estímulo – mesmo pelas ramificações da fibra nervosa – até que toda a membrana tenha sido despolarizada.
OCILOSCÓPIO
PERÍODO REFRATÁRIO
Corresponde ao perído de tempo em que a fibra está conduzindo um potencial de ação (despolarizada). Nesse
período a fibra nervosa não poderá ser estimulada até que sofra a repolarização. Então o período refratário é o tempo
que a fibra demora para se repolarizar.
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No 1° exemplo o período refratário é longo em a relação à fibra ao seu lado, por isso tem
uma frequência estimulatória menor. Já no exemplo 2 o período de refração é mais rápido e célula ↑F.E. α _1_
sai da despolarização e se repolariza podendo ser estimulada mais uma vez. Assim devido ao ↓P.R.
baixo período refratário (P.R.), maior será a frequência de estimulação (F.E.).
SINAPSE NERVOSA
O neurônio é a celula do sistema nervoso responsavel por captar os impulsos nervosos. O seu citoplasma
(axoplasma) é responsável por sintetizar vesículas contendo neurotransmissores, que são encaminhados ao botão
+2
sináptico. Guiadas e estimuladas pelo Ca , essas vesículas liberam esses neurotransmissores na fenda sináptica,
propagando o impulso para os dendritos de um outro neurônio.
A sinapse propriamente dita é justamente o espaço entre a célula pré-sinaptica e a célula pós-sináptica, a qual
possui receptores para os neurotransmissores liberados para dar continuidade ao impulso.
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