Prótese Total
Prótese Total
Prótese Total
ULTIMA PÁGINA
1 - MOLDEIRAS:
Assim, sempre que encontrarmos áreas retentivas, elas deverão ser ALIVIADAS com a
deposição de cera rosa nº 7, transformando-as em áreas expulsivas (Figura 4a,b, c e d).
O passo seguinte consiste no isolamento do modelo. Ele é necessário para evitar que a
resina acrílica penetre nos poros do gesso e impeça a sua remoção. Normalmente o
isolamento é feito com um material à base de alginato, denominado Cel-Lac e aplicado
com um pincel em camadas. O material, ao secar, forma uma película protetora, evitando
a aderência da RAAQ (Figura 5).
Além disso, também devem ser isoladas as duas placas de vidro e em suas extremidades
adaptar um tira de lâmina de cera nº7 dobrada, que determinará a espessura da moldeira
individual (+ ou – 2mm). Ao atingir a fase plástica, ou ligeiramente antes, a resina é
removida do pote, manipulada formando uma esfera, colocada sobre uma das placas e
com a outra, executar compressão até que haja o contato com as tiras de cera. (Figura7a
e 7b).
Após a prensagem a manta será levada sobre o modelo e sutilmente adaptada com
pressão digital até seu perfeito assentamento (Figura 8a e 8b). Os excessos serão
recortados com a espátula Le Cron e reservados para a confecção do cabo que deverá ter
um tamanho de aproximadamente 1x1cm (Figuras 9a e 9b), posicionado centralmente e
com angulação aproximada de 45graus para vestibular, sobre a crista do rebordo alveolar.
O recorte da borda dentro do limite estabelecido (1,5mm aquém do fórnix do vestíbulo)
poderá ser realizado neste momento, recortando a resina no local demarcado com lápis
cópia ou, desgastando-se a resina após sua polimerização (Figuras 10a,b e c).
A moldeira será finalizada com o lixamento de suas bordas, evitando dessa maneira que
quando levada à boca do paciente, não cause ferimentos decorrentes de asperezas
(Figuras 12a e b).
2 - BASES DE PROVA:
TÉCNICA DE CONFECÇÃO:
BASE DE PROVA DE RAAQ:
Material e instrumental
e) Acabamento:
O acabamento é dado apenas com tira de lixa, adaptada em mandril próprio. Lixamos as
bordas da base de prova de forma a não deixar arestas cortantes para dar maior conforto
ao paciente uma vez que a mesma ficara em intimo contato com o fundo de sulco do
paciente (Figura 5).
O passo seguinte consiste em dar forma ao rolete de cera de acordo com o arco dental e
adaptá-lo sobre a base de prova, unindo-o firmemente com cera fundida (Figuras 11a, b e
c)
O acabamento do plano de cera será dado utilizando-se a espátula 36 bem aquecida para
prover alisamento na superfície vestibular e lingual e uma espátula de pintor para o
acabamento da superfície oclusal. O plano estará finalizado ao apresentar suas superfícies
totalmente lisas e uniformes (Figuras 12 a e 12 b)
Clinicamente, na maioria dos casos, o plano superior deverá ser construído de tal forma
que fique ao nível ou ultrapasse 1 ou 2 mm o tubérculo do lábio em repouso (Figura 13a) e
que tenha ligeira inclinação no sentido ocluso-gengival (Figura 13b).
Para que seja possível a tomada dos registros dos movimentos mandibulares é necessário
que o profissional utilize um plano de referência, que será o plano protético. Assim, o plano
de cera superior deverá ser paralelo ao plano protético lateralmente (Figura 14a), e na
região anterior, paralelo à linha bipupilar (Figuras 14b). Este paralelismo possibilitará,
durante a função, que as forças oriundas do ato mastigatório incidam perpendicularmente
sobre o rebordo, proporcionando estabilidade da prótese. Para tal utiliza-se a Régua de
Fox. Assim, o plano maxilar é introduzido na boca do paciente e a cera será removida ou
acrescida, até que se consiga o paralelismo da Régua de Fox com o plano protético,
previamente traçado na face do paciente.
Uma vez orientado, o plano de cera superior deve ser adaptado ao garfo do arco facial.
Para que isto seja feito, há necessidade de se definir a linha mediana, que é traçada no
plano de cera, estabelecendo desta maneira uma referência para o posicionamento correto
do garfo do arco facial e adaptando-se uma lâmina de cera sobre ele (Figura 16a). O plano
é unido ao garfo pela deposição de cera fundida na junção dos mesmos pelo lado palatino
(Figura 16b). A porção vestibular do plano não deve sofrer nenhuma alteração
considerando que ela é referência para a montagem dos dentes artificiais.
Isto feito, o conjunto (plano de cera e garfo do arco facial) é levado à boca do paciente e o
arco facial é conectado ao conjunto pela introdução do garfo à “junta universal” do arco
facial. A seguir, as olivas (peças plásticas das extremidades do arco facial) são
introduzidas no conduto auditivo externo e o paciente deverá segurá-lo com pressão para
frente. O passo seguinte consiste na adaptação do Relacionador nasal que será fixado ao
arco facial e colocado de encontro à sela do nariz. Esta manobra, dará estabilidade ao
conjunto, definindo uma altura correta para o mesmo. Feito isto, e com a base de prova
bem unida à área de suporte, os parafusos são apertados (Figuras 17a e b).
Primeiro
Anterior
Próximo
Último
3 - DIMENSÃO VERTICAL:
TÉCNICA:
a) Paciente sentado na cadeira de operações em posição ortostática (com o encosto e o
assento da cadeira formando um ângulo de 90º).
b) Marca-se na pele do paciente, de preferência sobre a linha mediana, dois pontos: um na
ponta do nariz e o outro na base do mento.
c) Mede-se por meio de um compasso a distância entre estes dois pontos. A mandíbula do
paciente deverá estar em repouso.
d) Da medida obtida, fecha-se o compasso de 2 a 4 mm, que corresponde ao espaço
funcional livre (Figura 4)
e) Coloca-se na boca do paciente a base de prova superior com o plano de cera
corretamente orientado (paralelo ao plano protético e a linha bipupilar) e sua superfície
oclusal isolada com vaselina. Em seguida plastifica-se o plano de cera inferior, com um
canivete bem aquecido (Figura 1a), e leve-o à boca pedindo ao paciente para ir fechando
lentamente (Figura 1b). A cera plastificada vai sendo “amassada” enquanto o profissional
observa quando as pontas do compasso coincidem com as marcas na pele do paciente.
Esta coincidência significa que a mandíbula está na posição de Dimensão Vertical de
Oclusão e que a altura do plano inferior esta definida.(Figuras 1c).
1. A superfície oclusal do plano inferior deve estar no mesmo nível do ângulo da boca
quando a mesma estiver ligeiramente aberta.
2. A altura do plano na região posterior deve estar de 2 a 3 mm abaixo da porção
mais alta da papila retromolar.
4 - RELAÇÃO CENTRAL:
Quando existem os dentes naturais, a posição de Oclusão Central (OC) entre a mandíbula
e a maxila é regida pela relação das superfícies oclusais dos dentes. OCLUSÃO
CENTRAL, portanto, é a posição normal que produz a máxima intercuspidação e o maior
número de pontos de contato entre ambos os arcos dentários (superior e inferior) (Figura
1).
Ocorrendo a perda total dos dentes naturais (Figura 2), desaparece a oclusão central e a
posição da mandíbula é, então, governada pelo equilíbrio entre os vários músculos que
atuam sobre ela. Na confecção de dentaduras não temos, portanto, as referências dentais
para o restabelecimento do esquema oclusal de nosso paciente. É a partir do registro da
Relação Central (RC) que podemos reposicionar a mandíbula no sentido Antero-posterior
em relação ao crânio e, então, restabelecer o relacionamento oclusal entre a arco superior
(maxila) e inferior (mandíbula). A relação central portanto é uma posição condilar, dentro
da fossa mandibular, próxima ou coincidente àquela ocupada pelo côndilo quando os
dentes estavam em oclusão.
Portanto, no dentado, as posições de Relação Central e de Oclusão Central podem
apresentar uma pequena diferença de posição (não coincidência) ou serem coincidentes.
Assim, no desdentado, nós registramos a relação central e a partir dela determinamos à
oclusão central. Em resumo, fazemos coincidir ambas as posições, a partir da relação
central (Figura 3).
Existem muitas definições de Relação Central, no entanto a que é aceita pela Disciplina
diz:
“É a posição mais posterior, não forçada, dos côndilos na cavidade articular, a partir da
qual, movimentos de lateralidade podem ser realizados, em uma dimensão vertical dada”.
Esta posição pode ser determinada através de:
Após a montagem do aparelho, coloca-se sobre a plataforma de registro, uma fina camada
de cera azul, para dar contraste, e a operação seguinte é executada na boca do paciente
(Figura 6).
As bases de prova, com seus planos de orientação e o aparelho de registro fixado aos
mesmos, são levados à boca observando-se o contato pino-plataforma. Solicita-se ao
paciente para executar movimentos de lateralidade esquerda e direita e o movimento de
protrusão. À medida que os movimentos são executados, o pino inscritor registra, na
superfície da plataforma um gráfico denominado de “Arco gótico”. O traçado produzido
pela pua revela quando a mandíbula está em relação central com a maxila (Figura 7).
O vértice do arco gótico, bem definido, assinala a posição mais posterior não forçada dos
côndilos na cavidade articular. Um vértice arredondado do arco gótico significa que o
paciente fez movimento de lateralidade com ligeira protrusão (Figura 8a). Outras vezes o
ápice do arco gótico apresenta-se confuso. Isto pode ser motivado por folga do pino
inscritor no tubo, ou então, bases de prova que se movimentam sobre os rebordos (Figura
8b), daí a necessidade de serem bem adaptadas. Muitas vezes o paciente não consegue
inscrever o arco gótico em virtude de interferências provocadas pelos planos de cera ou
pelas bases de prova (Figura 8c). Pode ocorrer, ainda, dificuldades por parte do paciente
em movimentar a mandíbula. Às vezes, um treinamento prévio pode sanar esta limitação
do paciente, porém em outras circunstâncias há necessidade da associação de outros
métodos para obtenção e registro da RC.
7.3- Curva de Wilson: Linha imaginária, no plano frontal, que toca os vértices das
cúspides vestibulares e linguais dos dentes posteriores inferiores e superiores de um lado
até os vértices das cúspides linguais e vestibulares do lado oposto (Figura 3).
10- Trajetória Incisiva: É a trajetória percorrida pela borda incisal do incisivo central
inferior na face palatina do incisivo central superior, durante o movimento de protrusão da
mandíbula (Figura 6).
Na construção de dentaduras, um dos objetivos do profissional é estabelecer uma oclusão
e articulação balanceadas. Vamos inicialmente ajustar a guia condilar do articulador, que
representa a trajetória sagital da cabeça da mandíbula, também chamada de Trajetória
Condílica do paciente. Sua média é de 33º, mas através de movimento de protrusão do
paciente, podemos graduar o articulador de acordo com a inclinação da fossa mandibular
do mesmo (Figura 7).
Nesse movimento de protrusão, se os planos de orientação estiverem paralelos ao plano
protético (como devem estar), eles perderão o contato na parte posterior, ocorrendo então
o que chamamos de “Fenômeno de Christensen”, que vem a ser o espaço formado entre
os planos superior e inferior nessa região. Esse espaço é proporcional à inclinação da
trajetória condílica do paciente. Para que o fenômeno de Christensen não ocorra, é
necessário o estabelecimento da “Curva de Compensação”. Se a trajetória condílica fosse
reta (1 e 2) esse fenômeno não ocorreria.
ULTIMA PÁGINA
Primeiro
Anterior
Os dentes anteriores assumem uma importância muito grande no que se refere a estética,
a fonética, e a parte mecânica (oclusão). Nestas condições, para uma montagem
adequada, alguns princípios básicos deverão ser levados em consideração:
1- Linha mediana: Corresponde ao plano sagital do paciente e ela é demarcada no plano
de cera no momento da seleção dos dentes artificiais. Divide a face em duas metades
iguais, desde que sejam proporcionais.
2- Suporte para os lábios: A fim de que o suporte para os lábios seja satisfatório, os dentes
artificiais devem ser montados “exatamente” nos locais que eram ocupados pelos dentes
naturais. Ponto importante que deve ser considerado é que o suporte para o lábio é dado
não pelo bordo incisal mas pela parte média da face vestibular do dente (A,B,C eD). A
Papila incisiva é uma referência bastante significativa para a montagem do incisivo central
superior. Quando os dentes naturais anteriores superiores estão presentes, a papila
incisiva é localizada ligeiramente atrás dos mesmos. Após as extrações dos dentes
anteriores, em consequência do processo de reabsorção óssea, a papila incisiva passa a
ocupar uma posição sobre o rebordo, evidenciando dessa maneira, maior reabsorção da
parte vestibular do alvéolo dental. Desde que a reabsorção não tenha sido muito grande
ela passa a ser referência para o posicionamento dos incisivos centrais
Alinhamento- Refere-se à forma do arco dental que se obtêm após a montagem dos
dentes. Ao dispor os dentes, observar o alinhamento, que deve acompanhar a forma do
rebordo alveolar. Assim, em um rebordo triangular, por exemplo, os dentes deverão dispor-
se de tal forma que resulte em um arco dental triangular quando observar o arco dental
superior pela face oclusal (Figura 2).
CANINO:
1- Retira-se do plano superior etc...
2- Plastifica-se a cera no espaço deixado e fixa-se o dente (Figura 6).
O canino será colocado de modo a ficar:
a) Vértice da cúspide deverá situar-se ao nível do plano de orientação inferior (tocando-o
ou ligeiramente a baixo)
b) Visto pela face vestibular, seu longo eixo deverá estar ligeiramente inclinado para
mesial
c) Visto pela face mesial, o seu longo eixo deverá estar ligeiramente inclinado para a
região palatina de tal forma que a porção cervical apareça mais volumosa. Isto caracteriza
a bossa canina.
d) Olhando-se a prótese pela frente, somente será visível a metade mesial de sua face
vestibular.
Após a montagem dos seis dentes anteriores teremos a seguinte configuração:
Esta linha traçada no modelo é agora transportada para o plano de cera inferior, com o
auxílio de uma régua flexível. Os dentes serão então montados de maneira tal que as
cúspides palatinas fiquem exatamente sobre esta linha. Com este artifício, as forças
transmitidas pelos dentes posteriores superiores incidirão exatamente sobre a crista do
rebordo ósseo alveolar inferior, fazendo com que elas sejam absorvidas sem prejuízo ao
osso dando maior estabilidade às próteses quando em função.
CURVA DE COMPENSAÇÃO:
Como o plano de orientação superior foi construído paralelo ao plano Protético, quando o
paciente executa o movimento de protrusão os planos perdem contato na região posterior,
formando um espaço entre os planos que é chamado de “Fenômeno de Christensen”. Isto
ocorre em virtude da inclinação da cavidade articular no sentido de trás pra frente e de
cima para baixo. Na construção das dentaduras artificiais devemos sempre evitar que haja
formação deste espaço, pois se o mesmo ocorrer, as próteses podem perder a
estabilidade e o paciente não conseguir usá-la.
Por este motivo, devemos utilizar um artifício que compense este espaço formado. Para
tal, os dentes deverão ser dispostos em uma curva no sentido Antero-posterior, chamada
de “Curva de compensação” (Figura 8) O mesmo fenômeno ocorre durante os movimentos
de lateralidade. Em virtude da inclinação da cavidade articular no sentido lateral (de cima
para baixo e de fora para dentro), os planos perdem contato entre si. Assim sendo, não há
possibilidade de se conseguir estabilidade para a dentadura. Por este motivo, os dentes
são dispostos de maneira tal a compensar este espaço com o fim de prover uma
Articulação bilateral balanceada (Figura 8).
PRÉ-MOLARES SUPERIORES:
Os pré-molares são colocados de modo a ficarem:
a) o seu longo eixo na vertical
b) as cúspides vestibulares e palatinas tocam o plano inferior
c) faces vestibulares ao nível do canino ou ligeiramente para dentro
d) cúspides palatinas sobre a linha principal de esforço mastigatório.
MOLARES SUPERIORES:
Os molares são colocados de modo a ficarem:
a) suas cúspides palatinas deverão incidir sobre a linha principal do esforço mastigatório
b) o 1º molar situar-se-á em contato com o plano oclusal inferior, somente por sua cúspide
mésio-palatina. Inicia-se aqui a curva de compensação. A cúspide mésio-vestibular distará
0,5 mm aproximadamente do plano oclusal e a disto-vestibular a quase 1 mm.
c) O 2º molar acompanha a inclinação do 1º molar, porém suas cúspides vestibulares são
mais altas em relação ao plano oclusal inferior. Levantam-se para trás, em direção às
cabeças da mandíbula completando a Curva de Compensação.
PRIMEIROS PRÉ-MOLARES:
a) em altura não deverá ultrapassar o canto da boca
b) longo eixo na vertical
c) deverá ser o ultimo dente a ser montado, permitindo assim um ajuste oclusal correto e
evitando apinhamento dos dentes anteriores
d) quando necessário, devemos desgastar sua face mesial.
Próximo
Último
FAZER AVALIAÇÃO
FAZER AVALIAÇÃO