A Ordem Dos Fatos ESCATOLÓGICOS
A Ordem Dos Fatos ESCATOLÓGICOS
A Ordem Dos Fatos ESCATOLÓGICOS
INTRODUÇÃO: Escatologia é o estudo das ultimas coisas que hão de vir sobre este
mundo. No capítulo 7, verso 2 de sua profecia, Ezequiel fala altissonantemente que o fim
vem não só sobre Israel, mas também sobre os quatro cantos da terra; e no v. 6 ele diz: “
Haverá fim, vem o fim...” Deveras o fim é inevitável. O propósito deste livrinho, além de
instruir o leitor sobre as coisas do fim, é ajudá-lo a ver a ordem dos acontecimentos
escatológicos. Em primeiro lugar vamos falar sobre dos fatos específicos do fim e,
depois, discorremos sobre os fatos escatológicos na sua ordem. É interessante notar que,
ao falar desses fatos escatológicos, lembrando a destruição do mundo antigo com o
dilúvio e o flagelo do fogo e enxofre que veio sobre Sodoma e Gomorra, Jesus disse: “E
NÃO O PERCEBERAM...’’ O mesmo está acontecendo nos dias de hoje diante dos fatos
escatológicos já presentes: POUCOS OS ESTÃO PERCEBENDO!
Começo dizendo que estamos dentro dos dias do fim. Ao falar deles, Paulo diz que
serão difíceis e revela a índole perversa da geração daqueles dias. Não precisamos fazer
qualquer esforço para sabermos que os dias “trabalhosos e difíceis” chegaram. Estamos
dentro deles. Leia o leitor os versos de 1 a 5 de II Timóteo 3. Os tipos de pessoas
enumeradas por Paulo e que estarão presentes nos dias trabalhosos são assim mostrados:
“Egoístas, avarentos, jactanciosos, arrogantes, blasfemadores, desobedientes aos pais,
ingratos, irreverentes, desafeiçoados, implacáveis, caluniadores, sem domínio de si,
cruéis, inimigos do bem, traidores, atrevidos, enfatuados, antes amigos dos prazeres do
que amigos de Deus, tendo FORMA DE PIEDADE, negando-lhe, entretanto, o poder...”
Este é um retrato fiel da geração dos dias atuais em que se incluem os que têm forma, ou
aparência de piedade apenas. Têm aparência de crentes evangélicos; e que, entretanto,
afinados com o mundo, negam a eficácia dessa mesma piedade: Há “crentes” hoje no
samba, no carnaval, cantando “rock” em nada diferente do povo do mundo. E não
somente “show” de rock, há até “namorada evangélica” de PC Farias. A sensualíssima
Grechen é também, “evangélica”, mas continua sendo a lídima representante dos povos
de Sodoma e Gomorra, fazendo o trânsito parar para que o público assista a seus
tentadores rebolados, já que não pode ver nela a beleza de Jesus Cristo! Paulo previu, em
meio à geração adultera e pecadora, os que querem se parecer com crente, mas, pelas suas
vidas mundanas, negam a fé e afirmam que nunca nasceram de novo! O fato é que, pelas
suas vidas não regeneradas, as coisas velhas nunca passaram e nada se fez novo. Paulo
inclui, também, neste espantoso panorama escatológico, os seguintes fenômenos:
2º O fenômeno do Comichão Nos Ouvidos. Paulo diz: “Haverá tempo em que não
suportarão a sã doutrina...” A doutrina da necessidade do novo nascimento, da separação
do mundo (I Jo. 2:15-17), da pregação do evangelho até os confins da terra, do
estabelecimento do milênio por Jesus Cristo, de uma vida de santificação e de testemunho
cristão inequívoco de sal da terra e de luz do mundo, as multidões “evangélicas” já não
podem suportar, já que, em vez de almejarem o retorno de Jesus Cristo à terra,
empolgam-se em ser maioria no Brasil, no ano 2 mil!
Seria oportuno dizer aos verdadeiros atalaias do evangelho não equivocado que,
quando certas pessoas de suas igrejas se passarem para o meio deles, por não suportarem
a sã doutrina, não se aflijam e nem se assustem, pois está previsto que isso pode
acontecer com os que não pertencem ao meio cristão bíblico fiel (I Jo. 2:18-19). Eles vão
sair à procura de mestres que lhes cocem os ouvidos. São os mestres-cotonetes, peritos na
arte de coçar muito bem os ouvidos que comicham, incapazes de ouvir a são doutrina:
“... Não profetizeis para nós o que é reto; dizei-nos coisas aprazíveis, e vede para
nós enganos.” (Is. 30:10).
3º As coisas que prefaciarão a vinda do anticristo. Está muito claro, na Bíblia, que o
“homem do pecado”, ou “besta”, ou Anticristo (II Ts. 2:3; Ap. 13:18; I Jo. 2:18), à luz
dos acontecimentos atuais, está para se revelar, pois os sinais, que lhe precedem a vinda,
estão bem presentes, nos dias de hoje. Isto é: o prefácio de seu aparecimento está diante
de nós. Veja com letras maiúsculas:
Ouça bem, leitor! — “Sinais e prodígios...” Jesus bem falou desses dias em que
vivemos, dizendo:
“Porque surgirão falsos cristos e falsos profetas, e farão tão grandes sinais e
prodígios que, se possível fora, enganariam até os escolhidos.” (Mt. 24:24).
“Muitos me dirão naquele dia: Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu
nome? e em teu nome não expulsamos demônios? e em teu nome não fizemos muitas
maravilhas?”
Os prodígios de fontes mentirosas (II Ts. 2:9-10) intensificar-se-ão, de tal sorte, que
poderão afetar até os verdadeiros crentes. Esses sinais serão realizados em todas as áreas
religiosas, no espiritismo, no catolicismo, entre os “evangélicos” e religiões outras. São o
prefácio do aparecimento do Anticristo.
5º O silêncio dos púlpitos sobre a segunda vinda de cristo. Tenho visto isto quando
abro o assunto com certos obreiros. Trinta, cinquenta anos atrás, a pregação da parúsia
era uma inspiração constante. Percebo, hoje, contudo, haver um medo de se tocar no
assunto. Percebo que, com maior ou menor resplendor, muitos milhares de pessoas têm o
seu troninho ao qual se aferram fortemente. Do trono da popularidade aos tronos das
lideranças políticas e religiosas deste mundo, todos se apegam avidamente aos seus
tronos. Assim, estão com medo que Jesus Cristo volte, pois não querem descer dos seus
tronos. Têm medo que o anjo emboque a trombeta e proclame:
“... Os reinos do mundo vieram a ser de nosso Senhor e do seu Cristo, e ele
reinará para todo o sempre.” (Ap. 11:15).
O fato está na parábola das dez minas: “NÃO QUEREMOS QUE ESTE REINE
SOBRE NÓS.” Não apenas o papa tem medo de perder o seu trono, mas também os
reizinhos da terra. Daí o silêncio quase geral dos púlpitos. E aumenta o número daqueles
que estão alardeando a sua descrença na volta do Grande REI Jesus: “Onde está a
promessa da sua vinda?” (II Pe. 3:4).
7º Adeus, calvário! adeus, céu! tenho visto, ouvido e constatado que já não são
mais comuns as pregações sobre o que aconteceu no calvário, no chamado mundo
evangélico. Pregam-se curas, sinais, revelações extrabíblicas, maravilhas e pouco, ou
quase nada, se fala sobre a verdadeiramente grande maravilha: O Calvário, onde Jesus
deu a Sua vida por nós — o único sacrifício que Deus aceita para a salvação de todo
aquele que crê. Acabo de constatar que, para se formar um outro hinário, antes de
eliminarem o “Cantor Cristão”, quase todos os hinos, que falam sobre o sangue de Cristo,
foram eliminados! Se os grandes hinos sobre a redenção, que nos vem por Cristo na Cruz,
foram abolidos, não se esperem muitas pregações sobre o Cordeiro de Deus “que tira o
pecado do mundo” (Jo. 1:29). Um dos subprodutos disso é a “Marcha para Jesus” em
que as multidões de “evangélicos” sem rumo digno declaram, com muito poder e
inspiração, que o mundo perdido pertence a Jesus Cristo. Quão chocante é declarar que a
salvação das cidades do mundo depende de uma declaração, cada ano, dos que marcham,
contra a verdade clara das Escrituras de que o mundo jaz no maligno (I Jo. 5:19)! O Céu,
também, se foi dos púlpitos e das igrejas, e as pregações sobre as coisas da terra tomaram
o seu lugar, enchendo o mundo dos “evangélicos” de inimigos da cruz de Cristo. Veja o
leitor Filipenses 3:17-20. O banimento, do seio das igrejas, da visão da gloriosa cidade de
Deus, foi o resultado. Morreu, assim, a “bem-aventurada esperança”, posto que
sepultada a visão da Cidade de Deus!
“E vi um novo céu, e uma nova terra... vi a santa cidade, a nova Jerusalém, que
de Deus descia do céu, adereçada como uma esposa ataviada para o seu marido.”
(Ap. 21:1-2).
O papa crê ainda que essa união pode estar bem acentuada no ano 2000:
“É preciso que o ano 2000 nos encontre pelo menos mais unidos” (Opus cit. p.
146).
1º O princípio das dores. Evidentemente, as coisas que já foram ditas, estão dentro do
“princípio das dores”, período em que nos encontramos hoje. Acrescente-se, ainda a este
quadro atual, o que Jesus disse em Mateus 24:3-12, onde Ele fala das guerras, rumores de
guerras, terremotos em vários lugares e fomes, além dos sinais no sol, na lua e nas
estrelas, já perto de Sua segunda vinda. A angústia e perplexidade entre as nações; o
terror e a expectativa das coisas que sobrevirão a este mundo, estão presentes no feio
quadro do princípio das dores. É tempo, também de grandes escândalos, de multiplicação
de iniquidade, de ódio e traição. Os discípulos de Cristo são marcados também pelo
crescente ódio do mundo por quem nunca serão amados. Jesus diz que eles serão odiados
de todas as nações, e esse ódio tende a aumentar através do período em foco (Mt. 24:8-
10).
5º A segunda vinda de cristo. Jesus volta com a igreja que Ele havia arrebatado, logo
após o período da grande tribulação (Mt. 25:31; Zc. 14:5; I Ts. 3:13). Note o leitor que,
na segunda vinda, Ele não fica nas nuvens a nos esperar, mas “estarão os seus pés sobre
o monte das Oliveiras” (Zc. 14:4). Veja uma síntese do que ocorrerá em Sua segunda
vinda, em Zacarias 14 e Mateus 25:
1) Ele fará terminar a batalha do Armagedom (Zc. 12:9; 14:1-3).
2) A conversão dos judeus em Jerusalém (Zc. 12:10-14;Rm. 11:25-26).
3) O Senhor passará a reinar sobre a terra. É o milênio (Zc. 14:9; Is. 11:1-9).
4) O julgamento das nações que estiverem vivas (Mt. 25:41) e a admissão no reino
milenar dos que se converteram durante o período da grande tribulação (Mt. 25:34).
6º O milênio. Descendo Jesus sobre a terra, com Sua igreja, estabelecerá o reino
milenar. Não me preocupo com as teorias humanas sobre o milênio. A ideia amilenista,
negando o milênio bíblico, diz que já estamos no milênio, o que, evidentissimamente não
é verdade. A ideia pós-milenista nos diz que Cristo volta depois que suas igrejas
estabelecerem o milênio. A Bíblia diz, contudo, que Cristo vem estabelecer o milênio e
reinar sobre a terra. As igrejas de Jesus foram comissionadas a evangelizar o mundo, e
não a realizar a tarefa impossível de estabelecer o milênio (Dn. 7:13-14). Reinando com
os crentes, Jesus mostrará como seria o mundo sem o pecado. Ele precisa fazer isto.
Bem no fim do milênio, com a soltura de Satanás, haverá um confronto de curtíssima
duração entre ele e Deus, com a derrota das nações que nasceram e rejeitaram a Cristo
durante os mil anos. Essas nações são os filhos dos crentes que entraram no milênio com
seus corpos naturais. A descrição deste confronto relâmpago e a consequente derrota de
Satanás, estão em Apocalipse 20:7-10.
7º O juízo final. Segue-se, então, o juízo final ou julgamento dos ímpios que estavam
mortos, dando-se, portanto, a segunda ressurreição ou a ressurreição dos perdidos. Após o
julgamento dos perdidos, perante o trono branco de Deus, a morte — e o reino de Satanás
(Hb. 2:14) — e o inferno ou o além dos pecadores condenados, serão lançados no lago de
fogo que é chamado também de segunda morte, ou separação eterna de Deus (Ap. 20:11-
14).
“Mas o dia do Senhor virá como o ladrão de noite; no qual os céus passarão com
grande estrondo, e os elementos, ardendo, se desfarão, e a terra, e as obras que nela há,
se queimarão... Aguardando, e apressando-vos para a vinda do dia de Deus, em que os
céus, em fogo se desfarão, e os elementos, ardendo, se fundirão?” (II Pe. 3:10, 12).
9º Novos céus e nova terra. Destruindo o universo, Deus fará “novos céus e nova
terra, em que habita a justiça. ” A promessa desse novo universo nos é lembrada por
Pedro:
“Mas nós, segundo a sua promessa, aguardamos novos céus e nova terra...” (II
Pe. 3:13).
“Porque, eis que eu crio novos céus e nova terra; e não haverá mais lembrança
das coisas passadas, nem mais se recordarão.”
“Porque, como os novos céus, e a nova terra, que hei de fazer, estarão diante da
minha face, diz o SENHOR...”
Neste universo, cuja capital é a cidade santa, a nova Jerusalém, não haverá pecado e,
consequentemente, a maldição será banida. Leia o leitor, Apocalipse 21:1-4, 27. No
capítulo 22, verso 3, a Bíblia diz:
“E ali nunca mais haverá maldição contra alguém; e nela estará o trono de Deus
e do Cordeiro, e os seus servos o servirão.”
“E ali não haverá mais noite, e não necessitarão de lâmpada nem de luz do sol,
porque o Senhor Deus os ilumina; e reinarão para todo o sempre” (Ap. 22:5).
Nada mais excitante, glorioso e bendito: Viver com Cristo para sempre! — “PELO
SÉCULOS DOS SÉCULOS”.