Encorajamento Aos Que Passam Por Adversidades - SALMO 125

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SALMO 125

- Salmo de encorajamento e conforto aos que passam por adversidades

- Cântico de romagem

- Nós também estamos peregrinando rumo à Jerusalém celestial.

- A igreja passa por adversidades. O mundo é contrário à igreja, sua fé, sua
prática. O mundo vai contra a visão cristã de família, casamento, trabalho.

- Como o povo de Deus deve se comportar quando passa por um período de


adversidade em sua jornada

- Não sabemos quem escreveu este salmo. Talvez estivessem passando pela
opressão de inimigos. Ou pela opressão de um rei mal (Acaz, Acabe...).
Qualquer que tenha sido a situação, este salmo traz a situação de crentes
verdadeiros sofrendo opressão e injustiça, correndo o risco de desanimar e
abandonar a sua fé. Isso era tentador: a idolatria e a imoralidade.

- 3 atitudes

1. Devemos nos lembrar das promessas de Deus (1-3)

- O salmista se dirige aos que confiam no Senhor: os justos, os bons e os retos


de coração. Eles têm fé e por isso são perdoados. São os verdadeiros crentes
israelitas. Confiar no Senhor significa muito mais do que saber que Deus
existe, mas firmar na Palavra dele, é viver com base na sua Palavra. Confiar
em Deus é você viver pela Palavra dele, é obedecer a Palavra dele. Quando
esse Salmo foi escrito já haviam algumas Escrituras.

3 promessas.

a) Firmeza. O monte Sião se localizava na cidade de Jerusalém. Da a ideia


de firmeza, estabilidade. O monte está firme, não se abala. Isso significa
que o crente não vai passar por problemas, mas que mesmo diante dos
problemas e dificuldades eles permanecerão firmes no Senhor (casa
construída na rocha). Jamais serão retirados da graça de Deus, nunca
perderão sua salvação. Estão firmes pela fé, não pelos seus méritos. E é
notável que essa firmeza é para sempre. Ou seja, mesmo com o passar
do tempo o cristão não se abala. O Senhor está sempre com ele
fortalecendo-o, animando, segurando em sua mão. Mesmo que a velhice
chegue e os mais jovens se afastem, todavia o Senhor o fortalece. E
estará com ele para sempre até a eternidade. Paulo experimentou isso
(2 Tm 4.9-11, 17-18).
b) Proteção (v. 2). Aqui é feita mais uma comparação geográfica.
Jerusalém ficava em um lugar alto cercado de montanhas (onde fica o
monte Sião). Essa cadeia de montanhas ao redor da cidade de
Jerusalém servia como uma proteção natural contra os inimigos. Da
mesma forma, Deus está ao redor daqueles que nele confiam. Ele nos
cerca, nos protege por todos os lados, não deixando nenhuma brecha
para que o inimigo entre. Isso nos lembra o Sl 139.5: “Tu me cercas por
trás e por diante e sobre mim pões a mão”. Por todos os lados e por
cima o crente está protegido por Deus. Cada crente e todos os crentes
(o seu povo). Mais uma vez o salmista afirma a eternidade da promessa.
Essa proteção acontece agora nesta vida presente, mas continuará
acontecendo para sempre. Cabe lembrar aqui que este salmo não está
dizendo que Deus não irá deixar que alguns males aconteçam conosco
nesta vida: enfermidades, sofrimentos, tribulações, angústias; mas sim
que ele nos protegerá de tal forma que jamais iremos nos afastar dele.
Ele nos protegerá de cairmos da graça, de cairmos da nossa condição
de filhos, de nos desviarmos da fé. Ele nos protegerá da destruição
eterna, do inferno. Olhe o que Paulo escreveu a esse respeito em 2 Co
4.8-10.
c) Livramento (v. 3). Provavelmente quando este salmo foi escrito Israel
estava sofrendo por causa do governo de um rei ímpio. No v. 3 o
salmista fala do “cetro dos ímpios”. O cetro é um bastão que simboliza o
poder político e militar de um rei. Esse cetro “não prevalecerá sobre a
sorte dos justos”. Os justos aqui são o povo de Deus, a nação de Israel.
O que o salmista está ensinando que Deus não permitiria que que a
opressão desse rei ímpio não durasse muito tempo sobre o seu povo.
Isso “para que o justo não estenda a mão à iniquidade”. Deus não deixa
que a tribulação dure muito tempo para que o crente não peque. Uma
tribulação muito longa faria o crente desanimar, reclamar, duvidar de
Deus. Diante do sofrimento somos tentados a desanimar, a nossa fé
esfriar. Mas a promessa aqui que Deus dará livramento aos crentes para
que a sua tribulação seja “leve e momentânea”. Ver também 1 Co 10.13.
O salmista nos diz a aguentarmos mais um pouco, pois Deus não
permitirá que soframos além das nossas forças. Existe o tempo certo em
que teremos que passar pelas tribulações. Deus está no controle e no
tempo dele ele removerá a adversidade.

2. Devemos orar a esse Deus no meio da adversidade (v. 4)

- Faz o bem a este povo que está debaixo da adversidade. Fazer o bem aqui
não significa livrar da adversidade, mas fortalecer a fé em meio ao sofrimento.
É pedir a presença constante de Deus junto ao povo cuidando dele. E o que é
o nosso bem? (Rm 8.28). O bem aqui é o bem espiritual, é se tornar parecido
com Jesus (v. 29). Ser crente quando tudo está tranquilo é muito fácil, mas às
vezes Deus tira o nosso conforto para fortalecer a nossa fé.

3. Devemos nos lembrar que os falsos crentes se desviarão na hora do


sofrimento (v. 5)

- Os que se desviam são membros do povo de Deus que debaixo da pressão


eles se enfraquecem pelo poder do ímpio, eles se desviam. São o oposto
daqueles que estão firmes como o monte Sião. Essas pessoas não
entenderam os propósitos de Deus, acharam que não mereciam tal sofrimento,
abandonaram a fé. E não são poucos que fizeram isso. Estes serão tratados
por Deus da mesma forma como ele trata os malfeitores. Na verdade, estes,
que faziam parte da igreja visível de Deus, eram membros da igreja, mas se
desviaram, são iguais aos que nunca estiveram na igreja. A adversidade
revelou quem eles realmente eram. Estes são as sementes que caíram sobre
as rochas, receberam a palavra com alegria, mas como não tinham raiz, na
hora da provação se desviaram (Lc 8.13). São aqueles que não suportam
perseguição e se comportam como ímpios no ambiente de trabalho, na escola.
Não querem tomar a cruz e seguirem a Jesus. Não querem pagar o preço de
serem discípulos de Cristo.
- O salmista encerra pedindo paz sobre Israel. O povo de Deus precisa da paz
de Deus para suportar as adversidades, para não se desviaram.

- Ser cristão não significa estar livre dos sofrimentos. O cristão não é deste
mundo, ele está peregrinando rumo à Jerusalém celestial. Para que você
suporte o sofrimento, você precisa se lembrar das promessas de Deus. As
promessas de Deus estão na sua Palavra. Leia todos os dias a sua Bíblia todos
os dias, medite, estude, ame as suas promessas. Ore, pedindo da graça do
Senhor que nos basta diante dos sofrimentos. Ore por outros irmãos que
também sofrem, tanto irmãos conhecidos, da nossa igreja, como irmãos que
você nunca viu, pela igreja perseguida. E finalmente, vigie, tome cuidado para
que a provação não faça você agir como um mundano, desanimando da fé,
enfraquecendo, duvidando do cuidado de Deus.

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