Processos Sensoriais
Processos Sensoriais
Processos Sensoriais
INTRODUÇÃO...............................................................................................................................2
1.2. Descrição do problema..........................................................................................................4
1.3. Objetivos e hipóteses de investigação..................................................................................5
2. REVISÃO DA LITERATURA E MODELO TEÓRICO........................................................................6
2.1.2. Visão – O estímulo sensorial da imagem............................................................................7
2.1.3. Audição – O estímulo sensorial do som..............................................................................8
2.1.5. Olfato – O estímulo sensorial do odor..............................................................................10
2.1.6. Tacto – O estímulo sensorial do tacto..............................................................................10
2.2. Estado da arte.....................................................................................................................11
Conclusao...................................................................................................................................24
Bibliografia.................................................................................................................................25
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Introdução
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emocional que os sentidos podem trazer para a imagem das marcas na mente dos
consumidores. Apresentam-se na Figura 1 as cinco dimensões de atuação dos cinco
sentidos humanos que podem ser criadas na imagem das marcas de vinhos.
Como refere o Quadro 1, cada sentido humano origina diferentes sensações e diferentes
experiências sensoriais podendo assim ser, uma mais-valia para a imagem de uma
marca. É com base no conceito de branding sensorial que este estudo misto pretende
desenvolver a experiência multissensorial da marca no sector vitivinícola, recorrendo a
estratégias de imagem, som, palato, odor e tato que levem ao fortalecimento da imagem
das marcas neste mercado.
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1.2. Descrição do problema
Tal como já referido, o presente estudo pretende explorar a utilização dos sentidos
humanos na imagem das marcas de vinhos. É a partir dos atributos como a imagem, o
som, o palato, o odor e o tato que se podem gerar emoções no comportamento dos
consumidores, fazendo com que estes diferenciem uma marca de outras. Assim, a
pesquisa sobre o branding sensorial permitirá determinar experiências emotivas que
relacionem o consumidor com as marcas de vinhos, tendo em conta a importância e
estratégia de cada sentido na imagem e força das marcas do mercado vitivinícola. A
criatividade do tema da investigação está na procura e desenvolvimento de experiências
multissensoriais no mercado vitivinícola, apelando para a importância dos sentidos
humanos na relação da imagem da marca com os consumidores. É desta forma que se
torna fulcral a utilização do branding sensorial no mundo atual, na medida em que as
empresas devem trabalhar a relação com os seus clientes e potenciais clientes, com base
na criação de uma imagem forte da marca a partir de todos os sentidos humanos. Como
afirma Martin Lindstrom no seu livro “Brand sense: Build powerful brands trough
touch, taste, smell, sight, and sound”, “O sentimento de uma marca tem muito a ver com
o tipo de qualidade que nós atribuímos ao produto.” (2005, p. 7). É com base no valor
da imagem, do som, do palato, do odor e do tato, que este estudo visa encontrar a
qualidade do produto dos vinhos. Têm-se, assim, como variáveis independentes, que
irão condicionar a variável dependente em estudo – a imagem da marca, as estratégias
da imagem, do som, do palato, do odor e do tato. O estudo sobre a importância dos
cinco sentidos no branding, é uma mais valia para as marcas do setor vitivinícola, dado
que o branding sensorial é uma ferramenta que permitiu a muitas empresas de sucesso
atingir uma boa imagem das suas marcas no respetivo mercado. Esta ferramenta ajuda
as marcas a atuar no mercado através de experiências sensoriais que, através da
imagem, do som, do palato, do odor e do tato, cativam a atenção do consumidor e
influenciam os sentimentos e comportamentos do mesmo.
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1.3. Objetivos e hipóteses de investigação
O objetivo do estudo passa por uma melhor compreensão do problema de investigação
ao convergir a perceção dos consumidores acerca da importância dos cinco sentidos na
marca, com o estudo de empresas de vinhos que apliquem os cincos sentidos na imagem
da sua marca. No estudo serão usadas ferramentas de trabalho quantitativas (como, por
exemplo, questionários) para medir a relação entre as estratégias de imagem, som,
palato, odor e tato e a imagem da marca. Simultaneamente, o impacto de cada sentido
na imagem de marcas de vinhos será analisado qualitativamente, usando entrevistas e
observações sobre a importância sensorial para os consumidores no mercado
vitivinícola. Atualmente este mercado é considerado um mercado saturado, que não
apresenta mudanças na comunicação da imagem das marcas de vinhos aos
consumidores. Esta investigação irá considerar a importância dos cinco sentidos como
uma via para a inovação da imagem das marcas de vinhos e uma melhor relação com os
consumidores, contribuindo para um fortalecimento das empresas do sector vitivinícola.
O objeto de estudo visa melhorar a imagem das marcas de vinhos no futuro, aplicando o
valor e experiência multissensoriais neste mercado. Tendo em conta a pesquisa levada a
cabo sobre o setor vitivinícola e a importância dos cinco sentidos no mercado, pretende-
se confirmar ou infirmar as hipóteses de investigação que se formulam:
A pesquisa irá fundamentar-se num estudo metodológico misto constituído por uma
revisão de literatura sobre a temática do branding multissensorial, seguida de uma
recolha e análise de dados primários e de dados secundários. Ambos os tipos de dados
serão devidamente recolhidos quer através dos questionários aplicados aos
consumidores e/ou potenciais consumidores do produto/serviço estudado (dados
primários), quer das entrevistas de profundidade sobre as experiências sensoriais no
mercado vitivinícola (dados secundários). Seguindo o raciocínio de Martin Lindstrom
(2005, 2013), é através dos cinco sentidos que a emoção faz com que a nossa atenção
influencie o processo de tomada de decisão relativamente a uma marca. É por meio da
emoção que as marcas de vinhos irão delinear as estratégias de imagem, de som, de
palato, de odor e de tato, trabalhando para uma consolidação da imagem das mesmas.
Considerando o setor vitivinícola, e a recolha de informação dos dados qualitativos, é de
referir que atualmente este mercado abrange uma reputação a nível internacional,
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devido à qualidade e preço acessível do produto, assim como da variedade do mesmo no
que diz respeito ao tipo de casta na produção de vinho. Como exemplo, em relação ao
vinho português, este é um produto de exportação que, nos últimos anos, mostrou um
desempenho positivo de 725 milhões de euros, assim como de 11% do Valor Atual
Líquido (VAL) nas Indústrias Alimentares e de Bebidas. A produção de vinho apresenta
o valor de 45% de produção exportada, e foi classificado no ranking do comércio
internacional de vinho na 9ª posição e, a nível mundial, na 12ª posição como país
produtor de vinho. Assim, e com a finalidade de validar as hipóteses de investigação
formuladas, a metodologia adotada irá apoiar-se na recolha de dados primários e de
dados secundários através, respetivamente, de um questionário via online aos
consumidores e/ou potenciais consumidores de vinho e da realização de entrevistas de
profundidade a especialistas e/ou trabalhadores no setor vitivinícola.
Relativamente aos dados secundários, a avaliação destes será obtida durante a pesquisa
bibliográfica sobre o tema em questão, assim como através dos elementos adquiridos
pelas empresas ou trabalhadores deste sector. Estes dados abrangerão informações
gerais das empresas do sector vitivinícola, pesquisas bibliográficas que sirvam como
indicadores sobre os conceitos de marketing sensorial, branding multissensorial,
experiência sensorial e sector vitivinícola e entrevistas de profundidade que,
consequentemente, revelem dados qualitativos a respeito do tema em pesquisa. As
entrevistas serão feitas às entidades ou trabalhadores da área em estudo, com o intuito
de compreender as motivações no método de trabalho, as decisões na imagem da marca,
as tomadas de decisões sobre o negócio e o seu posicionamento estratégico, a visão
sobre a importância do branding multissensorial e o comportamento empresarial a
respeito do relacionamento com o consumidor.
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consumidor.”, ligação esta que pretende ser fiável e vivida por muito tempo,
construindo uma imagem forte da marca que assegure a satisfação do consumidor. Para
que seja criada uma imagem da marca sólida e inesquecível, é fulcral que sejam
delineadas estratégias que levem o consumidor a atingir a sua total satisfação, pois o
alcance desta resulta do cumprimento das expectativas do consumidor (Pawaskar &
Goel, 2014, p. :263). De forma a ir ao encontro destas, a imagem da marca deve ser
constituída a partir de recursos de carácter emotivo e funcional, pois a construção da
imagem deve partir de elementos emocionais e funcionais Kennedy, 1977 e Palacio et
al., 2002 citado em (Cian & Cervai, 2011). Segundo Cian e Cervai (2011), na literatura,
o que se destaca na imagem da marca é a dimensão simbólica, que tem vindo a
ultrapassar as questões racionais da marca, e a fomentar o lado emocional da mesma.
Como defende Drobysheva (2014), esta vertente emocional acentua a perceção que os
consumidores têm sobre uma marca, devendo ser desenvolvida para se tornar exclusiva
num dado mercado. A imagem da marca forma-se a partir de uma experiência mental
que engloba conceitos prédefinidos e sensações emotivas, uma vez que o cérebro de um
ser humano regista uma determinada marca e, posteriormente, constrói imagens a partir
de conceptualizações mentais e visuais (Pawaskar & Goel, 2014). Torna-se, assim,
possível a criar uma imagem multissensorial, pois todas as etapas que levam à
implementação de uma marca no mercado, e devem incidir no desenvolvimento de
experiências sensoriais. Consequentemente, atingir o reconhecimento da marca pode
implicar cinco dimensões diferentes (Ditoiu & Caruntu, 2014, p. :301). Na construção
de uma marca, a experiência sensorial deve ser desenvolvida na sua totalidade, de forma
a satisfazer o consumidor e a proporcionar uma imagem multissensorial que relacione a
expectativa do consumidor com a sua experiência física e psicológica de uma
determinada marca. Deste modo, a imagem da marca pode ser construída através de
experiências sensoriais que apostem em estratégias que utilizam os cinco sentidos de
cada indivíduo, pois a marca é inerente à consciência dos indivíduos, que são os
portadores da sua imagem e que afetam a marca com o seu comportamento (que é
submetido por experiências pessoais e sociais) (Drobysheva, 2014).
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embalagens e da construção de logótipos, podendo fazer parte da estratégia de uma
marca (Hultén, 2013). Por outro lado, há quem defenda que o elemento da cor é a
ferramenta mais importante do sentido visual. Como afirmam Amsteus et al (2015 ), a
implementação meticulosa da cor pode promover comportamentos, sentimentos e
formas de agir, diferenciando assim os produtos. É ainda complementar a esta ideia, o
facto dos consumidores procurarem as marcas com base no elemento que é a cor
(Amsteus, Al-Shaaban, Wallin, & Sjoqvist, 2015). A cor é, sem dúvida, um elemento
muito importante do sentido visual, mas só se torna autêntico se for acompanhado pelos
elementos que a fazem ganhar forma, como é o caso do design, um elemento visual
original que, para além de resolver problemas, tem um grande impacto no
comportamento de cada indivíduo (Hultén, 2013). Segundo Rupini e Nandagopal
(2015), o sentido visual é um auxílio para o funcionamento do cérebro do indivíduo, na
medida em que nos ajuda a identificar e a localizar o que vemos. Na sequência deste
motivo, e para que uma marca seja alvo do pensamento do consumidor através do
sentido visual, é essencial utilizar todos os elementos que fazem parte da criação de uma
imagem, tais como a cor e o design, a textura e as embalagens dos produtos. O sentido
visual passa de imediato uma mensagem ao consumidor sobre a marca de um produto, e
se esta for trabalhada na sua totalidade, este sentido pode manipular positivamente a
perceção do consumidor, pois o que está em causa não é apenas o que vemos, mas sim
como vemos (Lindstrom, 2005).
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experiências sensoriais ao consumidor, fazendo com que este opte pelo produto da
respetiva marca. A ligação entre a marca e o consumidor pode, assim, ser influenciada
pelo sentido auditivo, que origina novas afeições e entusiasmos perante um determinado
produto (Rupini & Nandagopal, 2015). Sendo o som uma perceção auditiva única e
como afirma Krishna (2011, p. 11), “Sound is the perception of one pure sense-
audition.”. É o uso desta perceção que leva uma marca a desenvolver uma imagem
distintiva, visto que o som tem a capacidade de levar o consumidor a criar novas
imagens e pensamentos (Lindstrom, 2005). O sentido auditivo chama a atenção do
consumidor a um nível emocional muito específico e intenso, tendo em vista
potencializar a perceção sensorial da imagem de uma dada marca. Segundo Lindstrom,
(2005, p. 92) “A audição é passiva, mas escutar é um gesto ativo.”, e é este tipo de gesto
que uma marca deve proporcionar na experiência sensorial de cada indivíduo,
conseguindo criar uma relação original entre a marca e o consumidor.
No que concerne o sentido do gosto, o seu uso na experiência sensorial das marcas é
conseguido através da sua associação com os outros sentidos, dado que o paladar é um
dos sentidos que mais se distingue emocionalmente, relacionando-se frequentemente
com os outros (Rupini & Nadagopal, 2015). Segundo Rodrigues, Hultén e Brito (2011),
o sentido do gosto é também considerado o sentido mais emocional, devendo-se essa
emoção à sua capacidade de gerar/levar, com facilidade, à interação entre as pessoas de
forma a conceber uma relação peculiar entre a marca e o consumidor. É, ainda,
considerado um fator emocional, as ligações que este sentido permite criar com os
outros sentidos, e a relação pessoal entre as empresas e os seus clientes (Rodrigues,
Hultén, & Brito, 2011). O paladar desencadeia, assim, o uso multissensorial da marca, e
evidencia a mesma no seu mercado, com base num convívio diferente constituído por
um diálogo de sabores. De acordo com Lindstrom (2005), o sentido do gosto está cada
vez mais a ser explorado pelas marcas, tendo em vista a sua complexidade e a sua
contribuição para a construção de uma imagem da marca incomparável, que se
diferencia rapidamente dos seus concorrentes. Reforçando esta importância do sentido
do gosto na imagem da marca, Pawaskar e Goel (2014) concordam que as componentes
que fazem parte da experiência gustativa ajudam na construção da imagem de uma
marca. O palato é um sentido humano que faz parte da essência da experiência
sensorial do consumidor. Este deve ser usado pelas marcas de forma a fortalecer a sua
imagem e a desenvolver também o conceito de emoção, dado que a construção das
marcas deve basear-se na vertente emocional, e as empresas devem trabalhar mais a
relação com o consumidor, e não trabalharem só na sua zona de conforto (Airikka,
2014). De acordo com Sudhakar e Shetty (2014), a experiência que se tem com uma
marca multissensorial origina determinadas convicções, sentimentos, conceções e
opiniões que levam à formação de uma imagem na mente do consumidor. É esta a razão
que manifesta o interesse das marcas em usar todos os sentidos, nomeadamente o
sentido do gosto que gera emoções e opiniões particulares e autênticas.
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2.1.5. Olfato – O estímulo sensorial do odor
No caso do olfato, a variante sensorial prende-se muitas vezes com as memórias de
experiências do consumidor, o que viabiliza a marca relacionar experiências sensoriais
no passado, presente e futuro, dado que um dos principais benefícios do olfato é a sua
agilidade em trazer memórias passadas onde a mesma experiência olfativa foi
vivenciada (Zudhakar & Shetty, 2014). Concordando com esta relação do olfato com a
memória, Vidal e Wolff (2014, p. 79) declaram que “O sentido que é aguçado por
aromas torna-se uma importante ferramenta de lembrança na memória coletiva.”. A
memória é parte integrante da vida do consumidor e acompanha o dia a dia do mesmo,
gerando sensações que comprometem o seu comportamento com as marcas. Segundo
Pawaskar e Goel (2014), o olfato é um sentido importante para a comunicação entre o
indivíduo e um produto, o que sustenta o conceito de que a imagem da marca ganha em
desenvolver experiências sensoriais olfativas. Por outro lado, o sentido do odor serve
também como um obstáculo em certas experiências sensoriais, na medida em que cada
indivíduo tem memórias diferentes e faz, desde logo, um julgamento diferente da
experiência olfativa. Desta forma, o odor funciona como antecedente do tipo de
experiência que o consumidor vai ter, sendo o cheiro um dos primeiros sentidos a
funcionar como alerta para o ser humano, e para o equilíbrio do seu bem estar (Bradford
& Desrochers, 2009). Apesar do odor ser um sentido controverso, uma vez que nos leva
a relacionar memórias positivas ou negativas em experiências atuais, é um estímulo que
pode atuar a favor da imagem da marca, e lança novas memórias ao consumidor, pois
“Os cheiros evocam imagens, sensações, memórias e associações.” (Lindstrom, 2005, p.
117). O sentido do odor está, assim, relacionado com o prazer e satisfação, bem como
intrinsecamente ligado às recordações e sensações do ser humano (Rupini & Nadagopal,
2015). Lindstrom (2013) defende que o cheiro tem uma grande influência no
comportamento do ser humano, que o acompanha desde o seu nascimento, o que reforça
a importância do uso do odor na imagem das marcas como elemento de comunicação
entre o passado, o presente e o futuro dos indivíduos. O odor é um meio para atingir
reações emocionais, uma vez que é avaliado como o sentido que mais se aproxima do
ato emocional do indivíduo (Bradford & Desrochers, 2009). O sentido do olfato é,
assim, o sentido humano que serve para avisar o consumidor da possibilidade de
vivenciar novas experiências, tendo em consideração as experiências vividas no
passado.
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conseguem aumentar o reconhecimento da sua imagem tanto no mercado como junto do
consumidor, visto que usam um marketing que provém de experiências físicas
(Pawaskar & Goel, 2014). No seguimento do uso tátil e, posteriormente, da formação de
novas oportunidades, Keif, Stoneman e Twomey (2015 ) apoiam a ideia de que o tato é
um desejo intrínseco do consumidor na interação com um produto ou serviço, pois a
experiência táctil permite um contacto direto entre este e o indivíduo, tornando mais
provável a oportunidade de compra. É com o objetivo de comunicar com o consumidor
a partir de uma componente física que as marcas utilizam o sentido tátil, pois este
sentido traduz a componente física do ser humano, que liga a informação e sensação
sobre um determinado produto a uma experiência táctil e também psicológica (Rupini &
Nandagopal, 2015). De acordo com Krishna (2011), outra característica que destaca o
sentido do tato, é a sua influência na aprendizagem do ser humano perante a forma
como age e se move no espaço, e como lida com os outros. É esta vertente física que
pode tornar a imagem da marca numa imagem com mais dimensões, uma vez que os
elementos tácteis, as pessoas ou os produtos permitem que o órgão sensorial, que é o
tato, englobe o contacto físico num processo de compra de um produto ou serviço
(Klatzky, 2010) citado em (Hultén, 2013, p. :21). Lindstrom (2005) declara que a
consistência é um regozijo, e é esta perceção sensorial que a imagem da marca deve
proporcionar ao consumidor, levando à fidelidade do mesmo perante certo produto.
Conforme Zudhakar e Shetty (2014), quantos mais sentidos forem utilizados pelas
marcas, mais força estas vão ter para entrar na mente do consumidor, o que revela que a
criação de uma marca, com uma imagem estratega, pode partir da utilização dos cinco
sentidos. Todos estes devem, assim, ser utilizados na sua totalidade, e devem fazer parte
da construção da marca para que esta apresente uma imagem única e inconfundível num
determinado mercado, pois antes do cliente tomar uma decisão sobre uma marca, ele
age e pensa através dos cinco sentidos (Pawaskar & Goel, 2014). Para que as marcas
possam satisfazer de forma inovadora o consumidor, devem criar experiências
multissensoriais que o surpreendam e, consequentemente, uma nova imagem no
mercado, pois quando um indivíduo vivencia algo que vai para além da sua expectativa,
a satisfação transforma-se em desejo (Pawaskar & Goel, 2014).
O marketing sensorial é um tema que tem sido bastante explorado e discutido ao longo
dos últimos anos, uma vez que está diretamente relacionado com a aplicação dos
sentidos humanos na área do marketing. São vários os autores que defendem a
importância da perceção sensorial no trabalho do marketeer, de modo a compreender e
satisfazer corretamente os desejos e necessidades dos consumidores. Segundo Amsteus,
Al-Shaaban et al (2015), os cinco sentidos são essenciais na vida dos seres humanos,
pois são estes que nos fazem viver e ter opinião sobre o que nos rodeia, o que acentua a
ideia de que o marketing sensorial pode contribuir para a perceção do consumidor sobre
os produtos e serviços de que usufrui. Segundo Singhal e Khare (2015), o marketing
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sensorial é uma atividade que se concentra na compreensão da perceção do consumidor,
partindo dos estímulos sensoriais deste, e interpretando-os. Com isto entende-se que a
relação entre o consumidor e um dado produto ou serviço pode ser fortalecida com base
numa experiência sensorial que explore os cinco sentidos humanos. Singhal e Khare
(2015) afirmam, ainda, que a perceção do consumidor é a interpretação, entendimento e
compreensão do mesmo sobre um determinado produto ou serviço, e tudo o que o
rodeia. E é, assim, que se pode acreditar na conceção de um marketing que viva de
experiências sensoriais, e que relacione o consumidor com o produto. A perceção do
consumidor face a um produto torna-se mais rica se for composta por experiências
visuais, auditivas, gustativas, olfativas e táteis, o que faz com que uma experiência seja
cinco vezes mais rica (Malefyt T. d., 2015). Os marketeers devem passar a considerar
no seu trabalho o uso de experiências multissensoriais, desenvolvendo estratégias para
cada sentido, que por sua vez, se possam relacionar entre si numa só experiência. O
desejo dos marketeers é oferecer uma experiência que se destaque na vida consumidor
(Krishna, 2015).
Tem vindo a ser também tema de conversa a atuação do marketing sensorial na marca,
uma vez que as organizações temem o vasto mercado e a concorrência, e pretendem ser
cada vez mais distintivos e singulares. Segundo Wyner (2015, p. 1), o processo de
construção da marca está sempre em mudança, podendo a criação de novas formas de
trabalho dos marketeers proporcionar tendências nos mercados. Tadic e Suca (2015, p.
21) complementam esta ideia, afirmando que “Consumers do not buy products; they
buy brands”, o que faz da experiência sensorial uma nova oportunidade de inovação na
construção de uma marca forte. Assim, a marca deve apelar aos sentimentos dos
consumidores e às experiências sensoriais dos mesmos, na medida em que uma forte
relação emocional entre mercado alvo e uma marca pode potenciar os volumes de
vendas, a fidelização por parte dos clientes e a capacidade de ultrapassar a concorrência,
ficando como marca de topo nesse mercado. (Joshi & Nema, 2015). Uma relação
emotiva entre o consumidor e uma marca é uma mais valia para o sucesso da imagem da
marca no mercado, bem como e para a experiência do consumidor com um certo
produto ou serviço. Como afirmam Joshi e Nema (2015), a vertente emocional pode
gerar um grande impacto nos negócios, e é a partir da exploração de experiências
multissensoriais que as marcas conseguem diferenciar-se no mercado, e alcançar uma
imagem forte e emotiva. Ou seja, é necessário que as marcas tenham em consideração a
relação emocional com o consumidor na construção de uma marca (Joshi & Nema,
2015). De acordo com Tadic e Suca (2015), a marca foi-se tornando numa grande
ferramenta para captar os consumidores, o que quer dizer que a aplicação de um
trabalho sensorial na marca permite alargar as potencialidades desta, e torná-la um
marco na área do marketing. A marca, como objeto intangível, apresenta qualidade e é
bem sucedida para o consumidor quando os desejos do mesmo são concretizados. É a
intangibilidade e o valor da marca que afetam a forma como os clientes se sentem, se
comportam e se ligam à mesma, proporcionando assim, no futuro, o seu sucesso
(Cupman, 2015).
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2.2.3. O branding sensorial no setor vitivinícola
Para que seja feita uma utilização absoluta do marketing sensorial na imagem da marca,
é necessário desenvolver estratégias relativamente a todos os sentidos, e relacioná-los
entre si, ou seja, o marketing sensorial pode ser uma ajuda no desenvolvimento das
marcas através da integração dos cinco sentidos humanos enquanto dimensões
estratégicas (Ditoiu & Caruntu, 2014). Segundo Joshi e Nema (2015), uma marca forte
ajuda a criar expectativas sobre um produto ou serviço por parte dos clientes, sem
sequer estes terem ainda muita informação sobre o mesmo. E para corresponder a todas
as expectativas, a marca deve utilizar os cinco estímulos sensoriais, e conjugá-los
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tornando-os um só, capaz de interrelacionar o consumidor com a marca. A fusão e ação
dos cinco sentidos na imagem de uma marca, permitirá originar uma experiência
emocional total que levará o consumidor a gostar dessa experiência e a interagir com a
marca. A reação emocional com uma marca é, assim, um indicador positivo da
satisfação com a mesma (Joshi & Nema, 2015). De acordo com Kumar, Dash e Purwar
(2013), a experiência subjacente ao branding sensorial e ao uso dos sentidos, afeta
positivamente a construção da marca, o que salienta que os sentidos devem ser
explorados e manipulados corretamente, para que a marca sensibilize, verdadeiramente,
os consumidores. Para que se criem fortes emoções por parte dos consumidores em
relação à marca, os cinco sentidos devem ser considerados não só uma ferramenta de
trabalho, mas também uma ferramenta de qualidade usada sem que haja manipulação de
informação. É desta forma que o branding sensorial é uma experiência fidedigna, uma
vez que é um processo através do qual se criam verdadeiras vivências por parte das
marcas, que incluem as características de cada sentido gerando, assim, novos
sentimentos, episódios e experiências (Tadic & Suca, 2015). Na construção de uma
marca multissensorial, é clara uma atuação harmoniosa na relação entre os cinco
sentidos, que, consequentemente, acabam por se alicerçar uns aos outros. Considerando
o sentido visual, é evidente a sua dominância e a sua atratividade, uma vez que a visão é
caracterizada como sendo o sentido mais dominante e mais atraente (Pawaskar & Goel,
2014) . Por outro lado, este estímulo torna-se ainda mais cativante se, por exemplo, for
acompanhado do som, o que contribuí para que a experiência visual seja mais
emocional, afetando a parte comportamental do consumidor. Acresce o facto do som ser
uma ferramenta de design importante, que cria ambientes agradáveis nos locais onde o
consumidor compra o produto do vinho (Lang, 2015).
Como fonte sensorial soberana, a imagem pode ser vista, e simultaneamente
degustada, quando de uma experiência sensorial, com a associação do uso do paladar,
uma vez que é também vista como um canal de comunicação que tem a capacidade de
apelar a imagens, memórias, sensações e situações (Lindstrom, 2006). Se o consumidor
puder degustar o que vê ficará mais satisfeito, e associará os componentes visuais à
experiência degustativa que teve. É desta forma que os indivíduos aprendem a lidar
com os elementos que veem, e é através destes que associam uma dada experiência
(Amsteus, Al-Shaaban, Wallin, & Sjoqvist, 2015). O estímulo sensorial da imagem é
cada vez mais bem interpretado se puder ser ouvido e degustado, do mesmo modo se for
cheirado e sentido. Segundo Pawaskar e Goel (2014), os odores vinculam-se em
conceitos, em produtos, em marcas e também em espaços físicos, incorporando uma
nova impressão sobre determinada situação ou objeto e podendo auxiliar e fortificar o
sentido visual. No caso do estímulo sensorial do tato, este permite ao consumidor sentir
a imagem fisicamente, já que “Presence that is felt, as well as seen, is needed.” (Gobé,
2001, p. :186). Assim sendo, a imagem é revelada pelo contacto com a sua textura e
com a sua forma. A audição é um estímulo que pode ser utilizado a partir de vários
meios e que pode despertar os outros estímulos sensoriais através do seu próprio
estímulo, tendo em conta que a música faz parte da cultura de cada indivíduo e do seu
dia-a-dia (Lang, 2015). O sentido auditivo pode, assim, facilmente levar o consumidor a
relembrar os sabores de uma degustação através de certos sons, como por exemplo, sons
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de bolachas crocantes, de batatas estaladiças, de iogurtes cremosos ou até de um vinho
fresco e macio (Spence, 2015). Do mesmo modo que o som leva o indivíduo a
percecionar o sentido gustativo, também leva à experiência olfativa. O cheiro pode ser
“ouvido” por intermédio da simulação da experiência olfativa, quer seja pela respiração
de um indivíduo ao cheirar um produto, quer pela sensação que o mesmo possa ter
perante um local, como por exemplo no campo onde se sente o ar puro. O som pode
transmitir o estímulo olfativo e aumentar a experiência sensorial do consumidor, pois o
som como fonte de consumo é uma mais-valia para o comportamento dos consumidores
nas experiências gastronómicas (Spence, 2015). Sob outra perspetiva, o som manifesta
igualmente o sentido do tato, através das descrições das músicas e dos meios de
comunicação usados para transmitir a experiência sensorial. De acordo com Hayzeltt
(2015), a marca auditiva pode desenvolver novas técnicas por via online, através das
aplicações móveis, dos bloggs e do canal do youtube, por meio das apresentações de
vendas feitas às empresas, nas próprias lojas deste tipo de produto e, ainda, em eventos
e seminários sobre o produto do vinho. Estas técnicas contribuem, assim, para que a
experiência auditiva seja sentida em locais físicos diferentes, que provocarão ao
consumidor impressões tácteis. O som é, sem dúvida, um padrão táctil de sabores e
cheiros. O sentido do gosto é um estímulo complexo que se articula diretamente com o
sentido olfativo, uma vez que habitualmente um indivíduo prefere cheirar um produto
antes de o degustar. Consequentemente, esta conexão pode ser negativa (se levar o
indivíduo a não degustar o produto) ou positiva para o sentido do gosto, já que “…
diante de um odor, o consumidor é envolto por uma quantidade enorme de estímulos,
que altera a perceção de valor do produto, tornando-o desejável e digno de ser
comprado.” (Vidal & Wolff, 2014, p. 81). No caso da relação do gosto e do olfato com
o sentido do tato, esta cinge-se ao contacto que o indivíduo tem com o produto
degustativo, e ao espaço físico onde se dá este mesmo contacto, que pode definir a
qualidade do produto de uma marca (Lindstrom, 2005). É com a conceção de relações
deste tipo que a imagem da marca ganha impacto na mente e no comportamento do
consumidor, assegurando a leitura multissensorial da marca no mercado onde se insere.
Em conformidade com Gobé (2001), as experiências sensoriais são rápidas, fortes e
aptas a mudar a vida atual do consumidor. Se estas forem utilizadas para a imagem das
marcas, e vividas com base nos cinco sentidos, poderão inovar os mercados e reforçar a
importância da perceção sensorial no marketing. As marcas devem ser compreendidas
como elementos com personalidade que vivem do dia-a-dia dos consumidores, e que
vivem a partir do dia-a-dia dos cinco sentidos, pois as marcas contribuem para a
dinamização dos mercados (Gobé, 2001). As marcas vivem para o consumidor, como o
consumidor vive para a vida através do uso dos estímulos sensoriais, dado que “A
realidade é que a maior parte do nosso conhecimento do mundo é obtida a partir dos
sentidos. Eles são o nosso elo de ligação com a memória. Acedem às nossas emoções,
passadas e presentes.” (Lindstrom, 2005, p. 27). Segundo Vrontis e Paliwoda (2008), o
estudo sobre a marca no sector vitivinícola tem sido um tema cada vez mais relevante, o
que faz deste sector um mercado ideal para explorar o branding sensorial e gerar
experiências multissensoriais para este tipo de produto. Vrontis e Paliwoda (2008)
afirma, ainda, que tem-se notado uma dificuldade acrescida por parte das marcas de
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vinho em se diferenciarem umas das outras, o que faz do branding sensorial uma
oportunidade de fortalecer a imagem das mesmas. Para que se crie uma imagem forte
das marcas com base nos cinco sentidos, é fulcral delinear três aspetos na composição
da marca – a sua história, o seu significado e a forma como serão usados os estímulos
sensoriais.
3. MÉTODOS
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recolhidos no período de 5 meses, tendo sido este processo iniciado no dia 7 de
Novembro de 2015 e concluído no dia 29 de Março de 2016.
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especialistas do setor vitivinícola. Na conceção dos modelos para recolha de dados, o
fio condutor foi a importância do uso dos cinco sentidos na imagem das marcas de
vinhos e o fortalecimento das mesmas a partir da perceção multissensorial dos
consumidores. No caso do modelo de questionário, para a sua elaboração utilizou-se
uma escala de Likert (de 1 – Discordo totalmente a 5 – Concordo totalmente), e escalas
múltiplas simples nominais e numéricas. O questionário foi composto por 19 questões,
organizadas por cada variável em estudo e pela caracterização da amostra. Para
caracterizar esta, foram criadas 4 questões iniciais que englobam as seguintes
informações sobre o consumidor: o sexo, a idade, a situação atual e o país de residência.
De seguida e de modo a entender a relação do consumidor com o produto do vinho,
foram criadas mais 7 questões de caracterização da amostra que incluem o consumo ou
falta de consumo do vinho, as opções de compra de vinho, as amplitudes de preços que
o consumidor pratica e que estaria disposto a praticar, as motivações de consumo, as
variedades do tipo de produto e a percentagem de teor alcoólico do mesmo. As restantes
questões correspondem à análise da importância e uso da variável dependente – imagem
da marca e das variáveis independentes – imagem, som, palato, olfato e tato. A
composição destas questões, a partir das características que cada sentido humano e que
a imagem da marca podem utilizar no produto do vinho, tiveram como objetivo analisar
a perceção dos consumidores e potenciais consumidores sobre a veracidade da marca
multissensorial no setor vitivinícola. Seguem os Quadros 2.1 a 2.7 sobre o modelo de
questionário (Anexo 1), com as respetivas fontes e medidas de avaliação de dados.
No que diz respeito ao modelo de guião da entrevista, este foi elaborado com base em
23 questões tendo como referência a revisão de literatura, divididas em três secções –
introdução, reflexão sobre os cinco sentidos e conclusão. A introdução, composta por
três questões visou a análise geral do comportamento dos consumidores em relação ao
produto do vinho, do combate das marcas sobre a política de preço e da importância do
carácter emocional neste produto. A reflexão foi organizada por 17 questões que, por
sua vez, estão divididas segundo cada sentido humano. Cada um destes foi analisado
tendo em conta a sua estratégia de atuação no setor vitivinícola. A conclusão definiu a
importância e validação do uso da marca multissensorial neste mesmo sector, a partir de
3 questões sobre a construção da imagem das marcas de vinhos.
O SENTIDO DA VISÃO 4. No caso do produto dos vinhos, quais são as/ou se existem
cores mais usadas pelas marcas? Como é feita a seleção das cores a usar para cativar a
atenção do consumidor? As primeiras cores utilizadas por esta marca foram os
vermelhos, bordeaux, dourados e amarelos, sendo ainda criado um rótulo exclusivo de
homenagem a António Carqueijeiro (com o desenho da sua caricatura). Ao longo dos
tempos, a Quinta do Monte d’Oiro sentiu a necessidade de evoluir na sua imagem,
adquirindo um novo logótipo e novas cores relacionadas com o pôr-do-sol que se
observa na Quinta (mudança de imagem que ocorreu em 2006). As cores mais usadas
são o prateado, o dourado e o preto, sendo que em algumas garrafas o rótulo varia com a
cor azul, vermelha, cor-de-rosa e verde. A seleção é feita mantendo a simplicidade do
pôr-do-sol e não complicando a informação geral sobre o produto, contribuindo assim
para o seu bom desempenho.
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5. Para além das embalagens que já existem para este tipo de produto, e tendo em conta
as preferências que os consumidores têm tido, que tipo de inovação pode ser feita no
design e grafismo das mesmas? A inovação que foi feita em 2006 permitiu inovar o
rótulo e designar cada tipo de vinho, através do lettring (neste caso, apenas com as
iniciais das palavras) e do uso de relevo nas garrafas de reserva, fazendo com que o
produto desta marca seja desempenhado de forma positiva.
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captar novos consumidores dada a diversidade dos gostos e dos produtos? É preciso
que as pessoas gostem do produto, pois o vinho é um produto que depende do hábito de
consumo (pois era preciso que as pessoas tivessem capacidade de lá chegar). 12.
Muitos consumidores não são consumidores peritos sobre o produto. De que forma se
pode utilizar o sentido do gosto a favor de explicar e diferenciar os vários tipos de
vinhos existentes na indústria? É importante explicar a forma de produção, os tipos de
gostos (o doce, o ácido) que podem existir nos vinhos e que variam consoante o vinho
branco, o tinto e o rosé. A explicação nas provas e nos eventos contribui para o bom
desempenho do produto. Por outro lado, como se explica o que não se conhece? A
questão do hábito é importante e existe uma ideia préconcebida sobre este produto e a
sua evolução. 13. Que outros tipos de eventos e ações estratégicas podem ser
eventualmente feitas pelas marcas de vinhos através do sentido do gosto? A Quinta do
Monte d’Oiro participa essencialmente em feiras de grande dimensão, como a Feira
Vinhos e Sabores e a Essência de Vinho do Porto, e participa em provas em garrafeiras
e jantares vínicos, contribuindo para o desempenho positivo do seu produto.
O SENTIDO DO TATO 18. No setor vitivinícola como é que o uso do tato pode
influenciar positivamente o consumidor, sem que esteja relacionado com a política de
preço? Não sei. 19. Sem contar com as provas de vinhos, jantares temáticos, feiras
vínicas, degustações e embalagens criativas, que experiências físicas poderiam ser
proporcionadas pelas marcas de vinhos (contribuindo para a criação de uma marca com
valor tangível) ? A Quinta do Monte d’Oiro faz leilões anuais que partem de acordos
com outras empresas/organizações e que são constituídas pela entrega de prémios e
degustações comentadas, o que contribui para a imagem e desempenho do produto. 20.
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O tato é um sentido muito importante para o consumidor. Será que o produto do vinho
pode relacionar-se com outro produto que esteja diretamente ligado com o sentido do
tato? Não. O tato do vinho é só na boca.
Conclusao
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Bibliografia
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