Manual de Pintura Industrial

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MANUAL DE PINTURA INDUSTRIAL

“ O início deste trabalho tem como objetivo apresentar os fundamentos


técnicos da pintura industrial, avaliando-se os métodos de preparação
de superfície, de aplicação da pintura, bem como as ações de prevenção
durante a aplicação da pintura para com os problemas executivos em
geral e de corrosão nas estruturas metálicas. As informações técnicas
foram obtidas através de pesquisa em artigos técnicos, apostilas, livros,
internet e normas técnicas, formulando um melhor conteúdo para o
entendimento sobre a pintura industrial na proteção anticorrosiva”.

MANUAL

DE

PINTURA INDUSTRIAL
I

Segue abaixo uma apostila básica para treinamento de pintores elaborado pelo seguimento Industrial.

Ela aborda alguns temas como por que não se


deve pintar sobre carepa de laminação,
constituintes das tintas, a importância da
pintura industrial, uma descrição breve de
algumas falhas e defeitos encontrados em uma
película de tinta e algumas tabelas que podem
ajudar nos cálculos de orçamentos.
“Na especificação de um esquema de pintura
procura-se indicar tintas de alto padrão
técnico, preparo adequado de superfície e
condições de aplicação para se conseguir bom
desempenho do esquema de pintura e
consequentemente adequado tempo de vida
útil das estruturas ou equipamentos.
Entretanto por ocasião do esquema de
pintura, se não houver qualificação na mão de
obra, todos os gastos na elaboração da
especificação e na aquisição dos materiais
podem ser perdidos pelo fato desses
profissionais não terem os conhecimentos
teóricos básicos para que, somados à
capacitação prática, permitam atingir os
objetivos da PINTURA INDUSTRIAL.”

II

INTRODUÇÃO

Nas últimas décadas houve um notável progresso no campo das tintas


anticorrosivas. Primeiramente as tintas epóxi de alta espessura, depois
as tintas LOW VOC, e mais recentemente as tintas hidrossolúveis. Os
fabricantes sempre se caracterizam no mercado brasileiro de tintas
anticorrosivas pela inovação e pelo constante desenvolvimento de
produtos que se constituem em novas soluções para a proteção
anticorrosiva.

A CONSTRUTEC juntamente com os seus parceiros fabricantes


proporcionam aos especificadores, aplicadores e responsáveis pela
manutenção das indústrias, através de literatura completa dos seus
produtos, e pelo suporte dado por profissionais altamente especializados
que auxiliam nossos clientes em todas as fases das pinturas, desde a
correta seleção dos produtos até a orientação na maneira correta de
aplicação.
No processo de seleção de sistemas de pintura é importante levar em
consideração os seguintes aspectos:

· A agressividade do ambiente;
· A previsão da vida útil da pintura;
· Conteúdo de sólidos por volume das tintas;
· Rendimento teórico por galão;
· As espessuras do filme seco recomendado para cada demão;
· Preparo de superfície necessária;
· Custo total do sistema de pintura aplicado;
· Custo por m² por ano de serviço;
· A facilidade de aplicação dos produtos;
· A facilidade de reparo de áreas danificadas.

O sistema de pintura proposto por cada fornecedor deve ser comparado


item por item com os tópicos acima. Dessa maneira o especificador terá
elementos para avaliar os benefícios que cada um dos sistemas
propostos pode lhe oferecer. Havendo qualquer tipo de dúvida, o
especificador deve consultar o fornecedor para esclarecê-las.

Comete-se frequentemente o erro de condicionar a compra da tinta ao


seu custo por galão. A escolha de uma tinta baseada somente no preço
mais baixo representa uma falsa economia.

O custo das tintas protetivas é de aproximadamente 30% do custo total


do serviço, enquanto os custos de preparo da superfície, aplicação,
limpeza, etc. geralmente são os mesmos, independentemente do custo
dos materiais, e representam aproximadamente 70% do custo total do
serviço. É um fato comprovado que a alta qualidade das tintas
protetivas proporciona menor custo por m² por ano de serviço do que as
tintas convencionais.

Existe progressiva tendência na indústria de selecionar tintas baseadas


em qualidade e desempenho, desconsiderando as compras baseadas no
custo inicial por galão.

III
TINTAS
Antes de explicar o conceito de tinta é importante lembrar que estamos
nos referindo às tintas de revestimento, e não às tintas gráficas. Esses
tipos de tintas são bem distintos.

Normalmente as tintas de revestimento são classificadas como:

* Tintas Imobiliárias/Arquitetônicas
* Tintas para Automóveis e Veículos Automotores (tintas originais e para
repintura)
* Tintas Industriais

A Tinta é uma composição química formada pela dispersão de pigmentos


numa solução ou emulsão de um ou mais polímeros, é uma preparação,
geralmente na forma líquida, que, ao ser aplicado na forma de uma
película fina sobre uma superfície ou substrato, se transforma num
revestimento a ela aderente com a finalidade de higenização,
iluminação, proteção, segurança e estética.
Quando essa tinta não contém pigmentos, ela é chamada de verniz. Por
ter pigmentos a tinta cobre o substrato, enquanto o verniz deixa
transparente.

A função de uma tinta ou verniz é revestir as mais variadas superfícies,


proteger e embelezar imóveis e produtos industriais, além de sinalizar
estradas, ruas, portos, aeroportos e outros.

De acordo com a superfície na qual vai ser aplicada, a pintura tem


finalidades diferentes:

ALVENARIA
A pintura evita o esfarelamento do material, a absorção da água da
chuva e da sujeira, o desenvolvimento de mofo entre outros.

MADEIRA
Além do embelezamento, a tinta na madeira contribui para impedir a
absorção de água e umidade pelo material, o que leva a maior
durabilidade do mesmo.

METAL FERROSO – AÇO-CARBONO


Atualmente a pintura é a solução mais utilizada para o combate à
corrosão nestes materiais.

METAL NÃO FERROSO


Assim como em todos os outros, a pintura é utilizada para colorir e
decorar esses materiais.
RESINA

É a parte não volátil da tinta, que serve para aglomerar as partículas de


pigmentos e são responsáveis pela formação da película protetora na
qual se converte a tinta depois de seca. A resina também denomina o
tipo de tinta ou revestimento empregado. Assim, por exemplo, temos as
tintas acrílicas, alquídicas, epoxídicas, etc.

Tintas industriais utilizam uma variedade bastante grande de resinas e


sua escolha é feita em função do tipo de substrato, da forma de
aplicação, do método de cura ou secagem, etc.

Antigamente as resinas eram a base de compostos naturais, vegetais ou


animais. Hoje em dia são obtidas através da indústria química ou
petroquímica por meio de reações complexas, originando polímeros que
conferem às tintas propriedades de resistência e durabilidade muito
superior às antigas.

As resinas são formadoras da película da tinta e são responsáveis pela


maioria das características físicas e químicas desta, pois determina o
brilho, a resistência química e física, a secagem, a aderência entre
outras. As primeiras tintas desenvolvidas utilizavam resinas de origem
natural (principalmente vegetal). Atualmente, com exceção de trabalhos
artísticos, as resinas utilizadas pela indústria de tinta são sintéticas e
constituem compostos de alto peso molecular.

As resinas mais usuais são as alquídicas, epóxi, poliuretânicas, acrílicas,


poliéster, vinílicas e nitro celulose. Uma breve descrição de cada uma
destas resinas encontra-se a seguir:

Resina alquídica: Polímero obtido pela esterificação de poliácidos e


ácidos graxos com poliálcoois. Usadas para tintas que secam por
oxidação ou polimerização por calor.

Resinas epóxi: Formadas na grande maioria pela reação do bisfenol A


com eplicloridina; os grupos glicidila presentes na sua estrutura
conferem-lhe uma grande reatividade com grupos amínicos presentes
nas poliaminas e poliamidas.

Resinas acrílicas: Polímeros formados pela polimerização de


monômeros acrílicos e metacrílicos; por vezes o estireno é
copolimerizado com estes monômeros. A polimerização destes
monômeros em emulsão (base de água) resulta nas denominadas
emulsões acrílicas usadas nas tintas látex. A polimerização em solvente
conduz a resina indicada para esmaltes termoconvertíveis (cura com
resinas melamínicas) ou em resinas hidroxiladas para cura com
poliisocianatos formandos os chamado poliuretânicos acrílicos.

Resina poliéster: Ésteres são produtos da reação de ácidos com


alcoóis. Quando ela é modificada com óleo, recebe o nome de alquídica.
As resinas poliéster são usadas na fabricação de primers e acabamentos
de cura à estufa, combinadas com resinas amínicas, epoxídicas ou com
poliisocianatos bloqueados e não bloqueados.

Emulsões vinílcas: São polímeros obtidos na copolimerização em


emulsão (base água) de acetato de vinila com diferentes monômeros:
acrilato de butila, di-butil maleato, etc. Estas emulsões são usadas nas
tintas látex vinílicas e vinil acrílico.

Resina nitro celulose: Produzida pela reação de celulose, altamente


purificada, com ácido nítrico, na presença de ácido sulfúrico. O nitro
celulose possui grande uso na obtenção de lacas, cujo sistema de cura é
por evaporação de solventes. São usados em composições de secagem
rápida para pintura de automóveis, objetos industriais, móveis de
madeira, aviões, brinquedos e papel celofane.
Para a fabricação de qualquer tipo de resina é necessário que se tenha
reatores de excelente qualidade.
PIGMENTO

Material/partícula sólida finamente dividida e insolúvel no meio. Utilizado


para conferir cor, opacidade, certas características de resistência e
outros efeitos. São divididos em dois grupos, ativos e inertes.
Os pigmentos ativos (coloridos) conferem cor e poder de cobertura à
tinta, e os inertes também chamados de cargas (não coloridos e
anticorrosivos) conferem proteção aos metais se encarregando de
proporcionar lixabilidade, dureza, consistência e outras características.

Os pigmentos anticorrosivos mais utilizados nas tintas de proteção ao


aço carbono são:

Zarcão - Um dos pigmentos mais antigos utilizados na proteção do aço


tem coloração laranja. Ele tem características alcalinas (neutraliza
compostos ácidos) e oxidantes (íons solúveis, como o íon ferroso são
oxidados a férricos, insolúveis). O zarcão é tóxico, pois o chumbo é um
metal pesado.

Fosfato de zinco - É um pigmento que, em contato com água,


dissolve-se parcialmente, liberando os ânions fosfato que passivam
localmente a superfície do aço, formando fosfatos de ferro.

Zinco metálico - É utilizado o zinco metálico de alta pureza disperso


em resinas epoxídicas ou etil silicato. As tintas ricas em zinco são
também chamadas de “galvanização a frio”, e conferem proteção
catódica ao substrato de aço (o zinco se corrói, protegendo o aço
processo idênticas à proteção auferida pela galvanização tradicional).
Um risco na pintura e o zinco começará a se corroer, protegendo o aço.

Cromato de zinco - É um pigmento amarelo, parcialmente solúvel em


água que, assim como o fosfato de zinco, passiva localmente a
superfície do aço, pela precipitação de cromatos de ferro. Este pigmento
é tóxico, pois o cromo é um metal pesado.

Óxido de ferro - É um pigmento vermelho que não tem nenhum


mecanismo de proteção anticorrosiva por passivação, alcalinização ou
proteção catódica. Entretanto, por ser sólida e maciça, a partícula atua
como barreira à difusão de espécies agressivas, como água e oxigênio.
Este pigmento é muito utilizado nas tintas de fundo, não é tóxico, tem
bom poder de tingimento e apresenta boa cobertura.

Alumínio e outros - O alumínio lamelar e outros pigmentos também


lamelares tais como a mica, talco, óxido de ferro micáceo e certos
caulins atuam pela
formação de folhas microscópicas sobrepostas, constituindo uma ba
rreira que dificulta a difusão de espécies agressivas. Quanto melhor a
barreira, mais durável será a tinta. A junção de resinas bastante
impermeáveis com pigmentos lamelares oferece uma ótima barreira
contra a penetração dos agentes agressivos.

ADITIVOS

Ingredientes compostos geralmente em pequena quantidade que,


adicionado às tintas, proporcionam e conferem características especiais
às mesmas ou melhorias nas suas propriedades. Utilizado para auxiliar
nas diversas fases da fabricação e conferir características necessárias à
aplicação. Existe uma variedade enorme de aditivos usados na indústria
de tintas e vernizes, como secantes, anti-sedimentantes, fungicidas,
bactericidas, aromas, niveladores, antipele, antiespumante, etc.

SOLVENTE

Líquido volátil, também chamado de "Diluente", geralmente de baixo ponto de ebulição, utilizado nas tintas e
correlatos para dissolver a resina possibilitando apresentar sempre a mesma viscosidade e forma líquida. São
classificados em solventes aditivos ou verdadeiros, latentes e inativos.
Os solventes oxigenados incluem produtos como cetonas, éteres de
glicol e álcool. Estes tipos de solventes são criados por meio da extração
de elementos de outros produtos químicos para atingir a consistência
desejada e equilíbrio dos componentes. Geralmente, os solventes
oxigenados têm uma taxa muito elevada de pureza, como o produto é
refinado na fase final de produção. As partículas e até mesmo o excesso
de água são extraídos antes de o solvente ser considerado completo e
pronto para uso.
Já os solventes hidrocarbonetos incluem hidrocarbonetos
aromáticos e alifáticos que os tornam ideais para uso em uma série de
produtos para o lar. Estes tipos de solventes são um pouco mais
complexos em sua composição do que os solventes oxigenados mais
simples. No entanto, solventes hidrocarbonetos tendem a ser destilados
para se adequar a uma finalidade.

Os solventes halogenados são passam por um processo de cloração.


Isso significa que esses tipos de solventes possuem muitas qualidades.
A quantidade de líquido que dissolve geralmente é um pouco diferente,
e os solventes halogenados podem ter um aroma mais pungente do que
os solventes mais suaves de hidrocarbonetos.

Assim, temos:

Hidrocarbonetos aromáticos (exemplos: benzeno, tolueno e xileno);


Hidrocarbonetos alifáticos (exemplos: hexano, heptano e benzina);
Álcoois (exemplos: álcool metílico, álcool etílico e álcool propílico);
Cetonas (exemplos: acetona, metil etil cetona e metil isobutil cetona);
Ésteres (exemplos: acetato de etilo e acetato de butilo);
Éteres (exemplos: éter dibutílico, éter dimetílico e éter etílico);

Hidrocarbonetos halogenados (exemplos: cloreto de metileno, dicloreto


de etileno, tetra cloro etileno, tetracloreto de carbono, tricloro etano e
tricloro etileno);

Outros solventes orgânicos.

CARACTERÍSTICAS FUNDAMENTAIS DAS TINTAS

A qualidade de uma tinta é dada pela análise de 8 (oito) itens:


ESTABILIDADE
Diz da propriedade que o produto deve ter em manter-se inalterado durante o seu prazo de validade.

COBERTURA
É a capacidade do produto em ocultar a cor da superfície em que for aplicado. Alertamos que a diluição interfere
diretamente na cobertura, razão pela qual deve ser feita exatamente como indicada (o item cobertura não se aplica
aos vernizes).

RENDIMENTO
Definido pela área que se consegue pintar com um determinado volume de tinta.

APLICABILIDADE
Corresponde à facilidade de aplicação. Em uma aplicação convencional, não podem ocorrer respingamento e/ou
escorrimento da tinta.

NIVELAMENTO
Propriedade de formar uma película uniforme, sem deixar marcas de aplicação.

SECAGEM
Processo pelo qual uma tinta líquida se converte em película sólida.

LAVABILIDADE
É a qualidade que a tinta deve ter em resistir à limpeza com produtos de uso doméstico sem afetar a integridade da
película.

DURABILIDADE
Significa a resistência que a tinta deve ter sob a ação das intempéries (sol, chuva,
maresia, etc.).
É importante ressaltar que tais características variam de acordo com o
produto. Linhas diferentes de tinta têm variadas finalidades e se acordam
com o local de aplicação.

TINTAS E PRIMERS

Para fins de proteção anticorrosiva de estruturas metálicas ou de


equipamentos, um esquema de pintura é composto, na maioria dos
casos, por três tipos de tinta: Tinta de fundo (primer), Tinta
intermediária e Tinta de acabamento.

· TINTA DE FUNDO (PRIMER): São aquelas que são aplicadas


diretamente ao substrato, portanto, é a tinta responsável pela aderência
do esquema de pintura ao substrato a se proteger e são as que contêm
na composição os pigmentos ditos anticorrosivos;

· TINTA INTERMEDIÁRIA: São tintas normalmente utilizadas nos


esquemas de pintura com a função de aumentar a espessura do
revestimento, com o objetivo de aumentar a proteção por barreira do
mesmo. Algumas tintas intermediárias são denominadas seladoras, que
são utilizadas para selar uma película muito porosa, antes da aplicação
da tinta de acabamento, que é o caso de tintas de fundo à base de etil
silicato de zinco (N-1661) que é usado a tinta epóxi óxido de ferro (N-
1202);

· TINTA DE ACABAMENTO: São as tintas que têm a função de


conferir a resistência química ao revestimento, pois são elas que estão
em contato direto com o meio corrosivo, possuem na maioria dos casos
boa resistência à raios ultravioletas e são as tintas que conferem a cor
final dos revestimentos por pintura.

Os tipos de tintas mais importantes para a proteção do aço carbono,


tendo como classificação o tipo de resina, são:

Alquídicas - Conhecidas como esmaltes sintéticos, são tintas


monocomponentes de secagem ao ar. São utilizados em interiores secos
e abrigados, ou em exteriores não poluídos. Como as resinas utilizadas
são saponificáveis, não resistem ao molhamento constante ou à imersão
em água.

Epoxídicas - São tintas bicomponentes de secagem ao ar. A cura se dá


pela reação química entre os dois componentes. O componente A é, de
modo geral, à base de resina epoxídica, e o B, o agente de cura, pode
ser à base de poliamida, poliamina ou isocianato alifático. São mais
impermeáveis e mais resistentes aos agentes químicos do que as
alquídicas. Resistem à umidade, imersão em água doce ou salgada,
lubrificantes, combustíveis e diversos produtos químicos. As epoxídicas
à base de água têm a mesma resistência daquelas formuladas à base de
solventes orgânicos. De modo geral, não são indicadas para a exposição
ao intemperismo (ação do sol e da chuva), pois desbotam e perdem o
brilho (calcinação).

Poliuretânicas - São tintas bicomponentes em que o componente A é


baseado em resina de poliéster ou resina acrílica, e, o B, o agente de
cura, é à base de isocianato alifático. As tintas poliuretânicas são
bastante resistentes ao intemperismo. Assim, são indicadas para a
pintura de acabamento em estruturas expostas ao tempo. São
compatíveis com primers epoxídicos e resistem por muitos anos com
menor perda da cor e do brilho originais.

Acrílicas - São tintas monocomponentes à base de solventes orgânicos


ou de água, e, assim como as tintas poliuretânicas, são indicadas para a
pintura de acabamento. São tintas bastante resistentes à ação do sol.

IV

PROCESSO DE FABRICAÇÃO DE TINTAS

A Revolução Industrial teve um importante papel no desenvolvimento e amadurecimento do processo de fabricação


de tinta. Com o surgimento dos equipamentos mecânicos, a produção de tinta — antes um processo manual e
personalizado (ver história da tinta) —, industrializa-se, permitindo a produção em larga escala para abastecer um
mercado, embora embrionário, mas bastante promissor.

O século XX colocou a disposição das indústrias uma série inovações tecnológicas que, pouco a pouco,
automatizariam o processo de fabricação. Ainda neste século, as ciências — química, física e biológica — tiveram
um espantoso progresso, o que contribuiu bastante para que a tinta chegasse ao patamar de excelência qualitativa
em que se atualmente se encontra. As ilustrações abaixo demonstram, resumidamente, o processo de fabricação de
tintas:

Pesagem
A primeira etapa na fabricação de tinta é a pesagem dos materiais líquidos para o
veículo da tinta. Tubulações irão transportar os materiais do tanque de estocagem.

Mistura

O fabricante coloca uma pequena quantidade de veículo em um grande misturador


mecânico.Depois adiciona gradualmente o pigmento pulverizado. As pás do
misturador irão girar lentamente e transformarão os dois ingredientes em pasta de
pigmento e de veículo.
Diluição e Secagem

Após a trituração, um operário derrama a pasta moída em um tanque, onde é


misturada mecanicamente com mais veículo, solventes e secantes. Solventes
como nafta ou água afinam a pasta. Sais de chumbo, cobalto e manganês levam a
tinta a secar rapidamente. Nessa fase, a tinta é misturada até que esteja quase
pronta para ser usada.

Trituração
Um operário deposita a pasta em um moinho ou triturador para dispersar as
partículas de pigmento e distribuí-las uniformente pelo veículo. Existem dois tipos
de moinhos: de rolos e de bolas ou seixos. Moinhos de bola ou de seixo são
grandes cilindros revestidos de aço que contêm bolas de seixo ou de aço. Quando
os cilindros giram, as bolas se movimentam e se chocam umas contra as outras,
triturando a tinta. Um moinho de rolos tem cilindros de aço que rodam uns sobre
os outros para triturar e misturar os pigmentos. A ilustração mostra um moinho de
rolos.

Teste de Qualidade
Em seguida, o tingidor envia uma amostra da nova tinta para o laboratório de controle de qualidade da fábrica, que
irá testar a cor e qualidade. No Brasil, os padrões de cor e qualidade são estabelecidos pelas fábricas de tintas e
pelo Instituto Nacional de Pesos e Medidas.

Tintagem

Agora, um operário, chamado de tingidor, adiciona uma pequena quantidade de pigmento à tinta para conferir-lhe a
cor exata e o brilho desejado.

Filtragem
Depois de ter sido aprovada, a tinta é finalmente filtrada através de um saco de feltro, ou de outro tipo de filtro,
para remover partículas sólidas de poeira ou sujeira.

Embalagem

Esta é a última etapa do processo. A tinta é despejada em um tanque


(máquina de alimentação) que irá encher as latas com a quantidade
exata. Esteiras rolantes transportam as latas, que serão embarcadas em
caminhões e trens para o transporte final.

PRINCIPAIS CLASSES DE TINTAS INDUSTRIAIS


Com a quantidade e variedade de tintas disponíveis atualmente, é
essencial que se escolha o sistema de pintura, a preparação da
superfície e o método de aplicação que dê a desempenho necessário e
um benefício proporcional ao seu custo. Segue abaixo os principais tipos
de tintas existentes na manutenção industrial.

TINTAS SINTÉTICAS
Chamamos de tintas alquídicas ou sintéticas aquelas formuladas com
resinas alquidícas, que são poliésteres modificados.
São usadas em interiores e exteriores.
Não resistem ao meio ácido, álcalis e a solventes fortes.
Aqui se incluem os primers e os acabamentos.

TINTAS VINÍLICAS
Tintas de um componente, de secagem rápida, brilho baixo, mas de
grande retenção de cor e brilho. Dentre todas as lacas, são as que têm
maior resistência química a ácidos, álcalis e meios salinos.

TINTAS ACRÍLICAS
Tintas muitas usadas em acabamentos industriais e de manutenção,
possuindo boa retenção de cor e brilho(não amarelam), são muitos
usadas na pintura externa de tanques.

TINTAS EPÓXI
São formuladas geralmente das seguintes formas;
Componente A - contem a resina epóxi
Componente B - pode ser de dois tipos: poliamida ou poliamina. As
tintas epóxi apresentam grande resistência física e química, mas sofrem
amarelamento, perda de brilho e calcinação quando expostas ao
exterior, entretanto sem perder as suas características protetivas.

TINTAS POLIURETANO
Resultado da reação entre uma resina (poliéster / acrílica hidroxilada) e
um poliisocianato, Normalmente não se fazem primers a partir de
poliuretano. São muito usados em exteriores, pois tem uma grande
resistência a intempéries.

TINTAS A BASE DE ALCATRÃO DE HULHA


Produtos destinados a equipamentos e estruturas a serem enterradas ou
submersos, tanto em água doce como salgada, bem como em
tratamento de água e esgotos (residencial e industrial). Formuladas em
epóxi (poliamina e poliamida) e poliuretano.
TINTAS RICAS EM ZINCO
São chamadas tintas de proteção catódica e cuja característica maior
esta na alta concentração do pigmento de pó de zinco. Associando-se o
zinco ao ferro; este fica protegido, uma vez que o zinco é um metal
menos nobre, sacrificando-se em lugar do ferro.
Os tipos mais usuais são:

ZINCO EPÓXI: Produto de dois componentes, sendo o componente B uma


solução de poliamida.
ZINCO SILICATO DE ETILA: Produto de dois componentes, solúvel em
solventes. Uma bombona plástica contém o verniz e outro recipiente
contém o pó de zinco. São chamadas de zinco inorgânico.
ZINCO SILICATO INORGÂNICO: Produto de dois componentes, base água.

TINTAS DE SILICONE
Produto destinado a equipamentos que trabalham com temperaturas
elevadas, até um limite de 600ºC (picos), como caldeiras, chaminés,
tubulações. Geralmente pigmentada com alumínio, essas tintas
conseguem a cura de seu filme quando estes ultrapassam a temperatura
de 130°C.
Quando aplicados sobre primers de zinco inorgânicos não haverá
ocorrência de corrosão mesmo que tenha ficado, por períodos a frios em
frequentes intervalos.

VI

PREPARAÇÃO DE SUPERFÍCIES

1 - TRATAMENTO DE SUPERFÍCIE PARA DIVERSOS SUBSTRATOS

AÇO CARBONO

 Desengorduramento - Sua função é a remoção de óleo, graxa ou qualquer


outro contaminante que permaneça sobre a superfície, através da limpeza
com panos ou trapos embebidos no solvente. Se o uso de solventes não
der uma limpeza satisfatória, pode-se usar vapor com detergentes
(desengraxante).
 Limpeza com ferramentas manuais - A remoção de carepas soltas de
laminação, regiões oxidadas e tintas envelhecidas, podem ser feitas através
do emprego de escovas de aço, lixamento, raspagem, entre outras
ferramentas manuais.
 Limpeza com ferramentas mecânicas - Método menos trabalhoso que a
anterior, pois se empregam lixadeiras elétricas, escovas de aço, pistoletes
de agulha, entre outras, para a remoção de carepas soltas de laminação,
regiões oxidadas e tintas envelhecidas.
 Limpeza por jateamento - O jateamento abrasivo é o método mais eficaz
para remoção de carepas soltas ou não de laminação, regiões oxidadas e
tintas envelhecidas, com o emprego de granalha, escória de fundição de
cobre e óxido de alumínio, aplicadas sob alta pressão.
 OBS: Areia não está inclusa nos abrasivos, porque está proibida a sua
utilização em território nacional, tanto no processo seco como úmido
segundo a portaria 99 de 19/10/2004.

AÇO GALVANIZADO

 Desengorduramento - Sua função é a remoção de óleo, graxa ou qualquer


outro contaminante que permaneça sobre a superfície, através da limpeza
com panos ou estopas embebidos no solvente.

Os produtos resultantes da corrosão branca do zinco devem ser


removidos com água sob alta pressão ou lixamento manual. Pode-se
usar o jato ligeiro (brush-off), lavando a seguir com água, para
assegurar a remoção dos sais solúveis de zinco. Após a limpeza e
secagem do substrato, aplicar primer de alta aderência), próprios para
superfícies não ferrosas.

ALUMÍNIO

 Desengorduramento - Sua função é a remoção de óleo, graxa ou qualquer


outro contaminante que permaneça sobre a superfície, através da limpeza
com panos ou estopas embebidos no solvente. Caso o substrato estiver
com indícios de corrosão, fazer um ligeiro lixamento com posterior lavagem.
Deixar secar e aplicar primer de alta aderência, próprios para superfícies
não ferrosas.

CONCRETO

 Novo - Não aplicar qualquer tipo de revestimento sem que o concreto


esteja seco e curado pelo menos há 25 dias (25°C). A nata de cimento e pó
solto formado na sua superfície deve ser eliminada, para que haja uma
perfeita aderência do sistema. O tratamento adequado para a redução da
alcalinidade do concreto é o tratamento ácido. Adicionar ácido muriático
(HCL) a 15% em água, homogeneizar com espátula de madeira, aplicar
sobre o concreto, deixando-o agir até que a superfície apresente uma
aparência rugosa e áspera. Lavar com água abundantemente, não
deixando formar poças. Esperar secar e aplicar o revestimento
especificado.
 Velho - A nata de cimento e pó solto formado na sua superfície deve ser
eliminada para que haja uma perfeita aderência do sistema. O tratamento
adequado para superfícies de concreto velho é o jateamento ligeiro.
Escovas rotativas podem ser usadas, mas requerem mais trabalho. Outro
método é o do ácido muriático já descrito acima

Como dito anteriormente, a necessidade de grau mínimo de limpeza


superficial varia de acordo com o tipo de tinta a ser aplicada e com as
condições a que estas ficarão expostas.

GRAUS DE LIMPEZA SUPERFÍCIAL

A norma mais citada e empregada para a preparação da superfície do


aço é a Norma Sueca SIS 05 59 00-1967 “Graus de Enferrujamento da
Superfície de Aço Laminado a Quente e Graus de Preparo destas
Superfícies para Aplicação de Revestimentos Anticorrosivos”.
Esta norma foi elaborada pelo Instituto Sueco de Corrosão, de acordo
com o American Society for Testing and Materials ASTM e o Steel
Structures Paint Council SSPC, dos EUA.
Os padrões de grau de corrosão são definidos através de fotografias do
estado de intemperismo em que o aço se encontra para pintura:

GRAU - A superfície com carepa de laminação ainda intacta


GRAU - B superfície com carepa de laminação se destacando e com
presença de ferrugem
GRAU - C superfície com corrosão generalizada e sem carepa
GRAU - D superfície com corrosão generalizada e com pontos profundos
de corrosão (pites)

PADRÕES DE PREPARAÇÃO:

Os padrões de grau de limpeza também são definidos através de


fotografias do estado em que as superfícies ficam após o tratamento de
limpeza:

St 2: Limpeza manual, executada com ferramentas manuais como


escovas, raspadores, lixas e palhas de aço.

St 3: Limpeza mecânica executada com ferramentas mecanizadas como


escovas rotativas, pneumáticas ou elétricas.
Sa 1: É o jato ligeiro (brush off). A superfície resultante deverá
encontrar-se inteiramente livre de óleos, graxas e materiais como
carepa, tinta e ferrugem soltas. A carepa e a ferrugem remanescentes
poderão permanecer, desde que firmemente aderidas. O metal deverá
ser exposto ao jato abrasivo por tempo suficiente para provocar a
exposição do metal base em vários pontos da superfície sob a camada
de carepa.

Sa 2: Chamado de jato comercial. A superfície resultante do jateamento


poderá apresentar manchas e pequenos resíduos devidos à ferrugem,
carepa e tinta. Pelo menos 2/3 da área deverá estar isenta de resíduos
visíveis, enquanto o restante será limitado pelas manchas e resíduos.

Sa 2 ½: Chamado de jato ao metal quase branco. É definida como


superfície livre de óleo, graxa, carepa, ferrugem, tinta e outros
materiais, podendo apresentar pequenas manchas claras devidas a
resíduos de ferrugem, carepa e tinta. Pelo menos 95% da área deverá
estar isenta de resíduos visíveis, sendo o restante referente aos
materiais acima mencionados.

Sa 3: Conhecido como jato ao metal branco. Após a limpeza, o aço


deverá exibir cor metálica uniforme, branco-acinzentada, sendo
removidos 100% de carepas e ferrugens. A superfície resultante estará
livre de óleos, graxas, carepa, tinta, ferrugem e de qualquer outro
depósito.

A superfície metálica deverá ser previamente lavada com água e


tensoativos neutros, esfregando-se com uma escova de nylon. Após a
lavagem, secar a superfície naturalmente ou com ar comprimido limpo
(isento de óleo) e seco.
Esta providência é necessária, pois as operações de escovamento e jato
não removem óleos, gorduras e sais da superfície.
NORMAS MUNDIAIS PARA PREPARAO DE SUPERFÍCIES:

(1) - Preparation of Steel Substrates Before Application of Paints and


Related Products (ISO 8501-1).
(2) - Swedish Standard Institution (SIS 05 5900 - 88) - Norma Sueca.
(3) - PETROBRÁS - Norma Brasileira Baseada na ISO.
(4) - Steel Structure Painting Council - Norma Americana.
(5) - British Standards - Norma Inglesa.
(6) - National Association of Corrosion Engineers - Norma Americana.
(7) - The Shipbuilding Research Association of Japan Standards for the
Preparation of Steel Surface Prior to Painting - Norma Japonesa.

VII

CONTROLE DE FILME ÚMIDO

A medida da espessura úmida da camada de tinta aplicada é feita


imediatamente após a aplicação, com um pente de aço inoxidável que
tem dois dentes com o mesmo comprimento e outros com
comprimentos variáveis, em forma de escada.
O pintor apoia o pente sobre a superfície pintada e verifica qual foi o
dente de maior valor que molhou e o primeiro após que não molhou.
Este controle tem como base o teor de sólidos por volume da tinta e a
espessura seca desejada. É um método de controle eficaz, pois se evita
o desperdício de tinta e uma possível insuficiência de tinta na película
seca.

O cálculo é feito a partir da fórmula:


EFU = EFS X (100 + % DILUIÇÃO)
SV
Onde:
EFU - Espessura do filme úmido
EFS - Espessura seca desejada
SV - Teor de sólidos por volume da tinta

Exemplo:Para uma tinta de 75% de sólidos por volume e com espessura


seca de 120 micrometros e diluída a 15% em volume obteremos:
EFU = 120 x (100 + 15)
75
EFU = 120 x 115 ÷ 75
EFU = 184μm

Ou seja: para a determinada tinta devemos aplicar 184 micrometros de


filme úmido para obtermos 120 micrometros na película seca.
VIII

FATORES ECONOMICOS DE UMA PINTURA

Para melhor compreensão do valor ideal de uma pintura com tinta de


alto desempenho em condições de serviço específicas, é preciso ter
algum conhecimento de como calcular a economia potencial deste
sistema.

O custo real de um sistema de pintura está parcialmente refletido no


preço da tinta. O elevado custo da mão-de-obra decorrente da
preparação da superfície e da aplicação do material representa a
maior parcela do preço da pintura.

O custo global da pintura deve ser amortizado durante o período de


duração do sistema. Consequentemente, a medida exata do valor da
pintura pode ser mais bem compreendida em termos de custos por
m², e por ano de serviço. A fórmula de avaliação de uma pintura
pode ser ilustrada como segue abaixo:

(custo do material + custo de preparação de superfície + custo de aplicação) /


anos de serviço

Considerando que a preparação da superfície e os custos de aplicação


são relativamente independentes do sistema de pintura escolhido, é
fácil verificar que a parcela referente ao custo do material em relação
ao preço total da pintura diminui sensivelmente por influência do
denominador da fração: a expectativa dos anos de duração do
sistema de proteção.
O aperfeiçoamento da tecnologia no campo dos revestimentos
anticorrosivos permite agora ao especificador de pintura oferecer
melhorias sensíveis no desempenho total do sistema de pintura,
selecionando produtos de alto desempenho.

Os sistemas de pintura de alto desempenho são materiais de custo


aquisitivo aparentemente mais elevado. Em ambientes agressivos,
entretanto, onde a proteção prolongada e a aparência são de
importância primordial, eles se alinham entre os materiais de custo
real que proporcionam mais benefícios na indústria de revestimentos,
graças ao seu alto desempenho

IX

DICAS PARA USO DE TINTAS

1. Em todos os produtos catalisados, é necessária a mistura do componente A com o B, que são definidos pela
etiqueta constante em cada embalagem.

2. Adicione lentamente o catalisador (componente B) sobre a tinta (componente A).


3. Homogeneizar completamente a mistura, deixando descansar de 20 a 30 minutos. Se necessário,
dilua com o diluente indicado, antes de aplicar.
4. Produtos à base de resinas epoxi ou poliuretânicas possuem tempos de vida útil da mistura
diferenciados. Assim, para o alcance do melhor desempenho no uso dos mesmos, observar o boletim
técnico dos materiais. Ainda, prepare somente a quantidade que será utilizada durante este período.
5. Nunca guarde tinta já catalisada.
6. As condições climáticas influem, em muito, no tempo de secagem do produto. Observe sempre o
tempo recomendado entre demãos e a cura final.
7. Para aplicação em ambientes confinados, com pouca ventilação, é necessário providenciar a
renovação adequada do ar.
8. Intervalo entre demãos: tintas catalisadas possuem secagem distintas. Portanto, o respeito aos
tempos de repintura é imprescindível. Para tal, consulte o boletim técnico do material.
9. A resistência química, dureza e demais propriedades de nossos produtos são atingidas somente após
a cura final, que leva, em média, 07 (sete) dias para ocorrer. Assim, toda superfície revestida só
poderá ser liberada para uso ou tráfego após transcorrido este período.
10. Se durante a pintura ocorrer respingos, limpe imediatamente com pano embebido no diluente
especificado. Caso esses respingos sequem, sua remoção ficará dificultada.
11. Após a execução do serviço, lave imediatamente as ferramentas utilizadas, usando o diluente
especificado.
12. As linhas de tintas com formulação à base de resina epoxi, sofre calcinação (formação de gizamento)
e alteração da tonalidade, quando exposta aos raios solares. Porém, preserva a mesma resistência
química/mecânica.
13. A aplicação de produtos catalisados não é indicada sobre cal, superfícies arenosas, cimento queimado
ou argamassas, como Reboquit, Vedacit, etc. Esta aplicação só é possível após um prévio tratamento,
que deverá ser recomendado pelo nosso Depto. Técnico (51-3012.2333).
14. Nem todos os tipos de pisos ou lajotas podem receber acabamentos catalisados, devido à
multiplicidade do grau de porosidade da superfície.

TEMPO DE INDUÇÃO

É o tempo que se dá às tintas catalisadas bi ou tri


componentes, após a mistura dos componentes A, B ou C, para que
se possa entrar em operação de aplicação. Este tempo é de no
mínimo 15 e no máximo 30 minutos em temperatura de ± 25ºC.
Quanto mais baixa for a temperatura maior deverá ser o tempo de
indução.
O tempo de indução é de fundamental importância para que a
tinta não perca suas propriedades físicas e químicas após a sua
aplicação e, conseqüentemente, a sua cura, não comprometendo a
durabilidade do sistema de pintura.
O tempo de indução é muito importante, pois ele propicia que
os reagentes se encontrem e, com isso, seja possível obter o máximo
desempenho que se deseja.
Obs: Importante ressaltar que na maioria dos casos a diluição só
deve ser feita depois de decorrido o tempo de indução.

DILUIÇÃO

A diluição recomendada vai depender diretamente da


temperatura ambiente, dos equipamentos utilizados, bem como da
habilidade dos pintores. Como as várias regiões do nosso país são
bastante diferenciadas em termos climáticos, recomendamos sempre
que se consulte nosso departamento técnico para uma melhor
indicação da quantidade de solvente de diluição para cada
equipamento utilizado.
CUIDADOS NA PREPARAÇÃO DE UMA TINTA

Mesmo tratando-se de tintas prontas para uso, certos cuidados


devem ser observados antes do seu uso. Na preparação de tintas e
vernizes para aplicação, normalmente são utilizados diluentes ou
"thinners" para redução da viscosidade. É recomendável seguir as
instruções do fornecedor, utilizando apenas os produtos indicados
para diluição, para que se atinja os resultados ideais na aplicação.
Certos tipos de tintas ou vernizes necessitam do uso de catalisadores.
Esses devem ser adicionados nas proporções indicadas pelo
fornecedor, caso contrário, corre-se o risco de não serem atingidas as
características ideais do filme curado.
Antes da aplicação, o conteúdo deverá estar completamente
homogeneizado. Para tal, usa-se uma espátula de metal ou taipa de
madeira lisa e seca. Mesmo durante a pintura, deve-se agitar
periodicamente o produto em aplicação. Nos tanques de grandes
dimensões existem sistemas manuais e até pneumáticos de agitação.
Outros fatores que influem durante a pintura são: a umidade relativa,
que nunca deve ser superior a 85%; e a temperatura ambiente, entre
10 a 40°C. É importante frisar que esta condições ideais nem sempre
são aplicáveis na prática. A umidade superior a 85% causa diversos
inconvenientes, sendo o branqueamento o fenômeno mais conhecido
em caso de produtos à base de resinas nitrocelulósicas. Outro
exemplo é o retardamento da secagem de produtos de cura ao ar,
que pode ocorrer. Os extremos de temperatura podem causar
problemas tão opostos como o empoeiramento em dias quentes, ou o
escorrimento em dias frios. Para contornar essas dificuldades,
existem alternativas que vão desde a simples utilização de um
retardador, até a instalação de estufas de secagem.

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PROBLEMAS E SOLUÇÕES

Alastramento insuficiente
Aspereza Fervura ou crateras
Baixa resistência a lavabilidade
Fungos e bolor
Calcinação
Casca de laranja Gretamento
Cobertura deficiente Manchas
Defeitos de aplicação Marcas de trincha
Descascamento Over Spray
Descoramento
Eflorescência Oxidação prematura
Empolamento Perda de aderência
Escorrimento
Perda de aderência entre demãos
Secagem retardada
Trincamento

Alastramento insuficiente
Origens Correções
Diluir conforme indicado no boletim
Diluição insuficiente
técnico
Utilização de solvente de Utilizar o diluente específico do
rápida evaporação produto
Aplicação de camada muito Aplicar na espessura recomendada
fina conforme boletim técnico
Incorreta pressão de
Ajustar a pressão adequada
pulverização da pistola

Aspereza
Após a secagem da tinta a superfície se apresenta áspera ao toque, com
partículas sólidas salientes e aderidas ao filme
Origens Correções
Poeira do ambiente depositada sobre Evitar pinturas em ambientes
a pintura enquanto ainda não curada poeirentos
Homogeneizar a tinta
A tinta não foi devidamente
completamente e filtrar se
homogeneizada antes da aplicação
necessário

Baixa resistência a lavabilidade


Descascamento do filme de tinta do substrato, parcial ou totalmente
Origens Correções
Deixar curar a tinta por 20 dias antes de
A tinta não está curada
lavar
A formulação não é
Usar tintas de formulação adequada
adequada

Calcinação
Envelhecimento superficial das pinturas resultando no seu engizamento
(chalking)
Origens Correções
Degradação da resina sob o
efeito dos raios solares Escolher tintas de formulação
Nas tintas brancas e pastéis adequada para resistir as radiações
uso de pigmento (dióxido de ultravioleta e às intempéries
titânio) inadequado

Casca de laranja
Origens Correções
Utilização do solvente Utilize o diluente indicado pelo
inadequado fabricante
Ajustar a pressão de ar de
Manuseio inadequado do
pulverização e pintar a
revolver ou da pressão
uma distância adequada
Aplicar na espessura recomendada
Aplicação de camada muito fina conforme boletim
técnico

Cobertura Deficiente
Origens Correções
Diluição excessiva Ajustar percentual de diluição

Aplicação de tintas sobre Utilizar um solvente de


superfícies quentes e lisas evaporação mais lenta
Agitação inadequada dos Agitar perfeitamente até completa
pigmentos homogeneidade
Solvente de evaporação muito
Utilizar solvente de evaporação
lenta causando
mais rápida
excessivo alastramento
Ajustar pressão do equipamento
Pressurização incorreta
de aplicação
Espessura do filme inferior a
Aplicar na espessura recomendada
indicada

Defeitos de aplicação
Verificação de defeitos na pulverização
Defeito Causa Correções
Configuração A) Acúmulo de A) Remova a capa e lave-
carregada em cima material na capa de a com solvente
ou embaixo ar B) Remova o bico e lave-
Configuração B) Obstrução parcial o com solvente
defeituosa em nos orifícios dos C) Substitua o conjunto
curva chifres ou nos orifícios bico e agulha
centrais da capa
C) Acúmulo de
material no bico de
fluído ou obstrução
parcial do mesmo
D) Bico de fluído
danificado
A) Excesso de A) Reduza o fluxo do
Configuração material material fechando o botão
carregada no entro B) Material muito de ajuste de vazão de
viscoso fluído
A) Aumente o fluxo de
Configuração
material, abrindo o botão
dividida ou A) Falta de material
de ajuste de fluído
cinturada
B) Dilua o material
A) Pouco material na
caneca A) Encher a caneca
B) Pistola e caneca B) Não incline
inclinada num ângulo excessivamente a pistola
excessivo ou gire o tubo da caneca
C) Passagem de fluído C) Limpar a passagem do
obstruída tubo
D) Tubo de caneca D) Aperte ou substitua o
Pulverização
solto ou rachado tubo
intermitente ou
E) Bico de fluído solto E) Aperte ou substitua o
ondulante
ou assento do bico de conjunto bico e agulha
fluído danificado F) Dilua o material ou
F) Material muito gire a válvula seletora
viscoso para trabalhar para P (pressão)
ern S (sucção) G) Troque ou lubrifique a
G) Caxeta gasta ou guarnição ou aperte a
seca. ou sobreposta sobreposta
da guarnição solta
A) Furos do bico de A) Limpe os furos
fluído entupidos B) Abra o botão de ajuste
B) Botão de ajuste de de vazão do fluído
vazão de fluído C) Dilua o material ou
fechado gire a válvula seletora
Não pulveriza
C) Material muito para Pressão
viscoso D) Aperte a capa
D) Capa solta E) Mude a válvula
E) Capa sem chifre seletora para a posição
com válvula seletora Pressão
na posição Sucção
A) Ponta da agulha ou
Pingos ou
bico de fluído A) Troque o conjunto bico
escorrimento de
desgastado ou e agulha
materiais pelo bico
danificados
Vazamento de A) Sobreposto de A) Aperte rnas não tanto,
material pelo guarnição solta que prenda a agulha
sobreposto da B) Guarnição gasta ou B) Troque a guarnição da
guarnição seca agulha ou lubrifique

Descascamento
Descascamento do filme de tinta do substrato, parcial ou totalmente
Origens Correções

Superfície mal preparada, Melhorar a limpeza superficial


contaminada com gorduras ou removendo os contaminantes.
partículas sólidas soltas Eliminar partículas sólidas soltas.

Ajustar a viscosidade de maneira a


garantir a tensão
Baixa umectação da tinta no
superficial baixa para uma completa
substrato
umectação da
superfície
Usar tintas adequadas para aplicação
Pintura sobre superfície
sobre
aquecida acima de 60°C
superfícies aquecidas
Condensação de umidade no Eliminar a umidade antes da
substrato aplicação

Descoramento
Perda de cor por degradação dos pigmentos ou por fotodegradação da resina
Origens Correções
Pigmentos ou resinas Empregar tintas de formulação
inadequadas para a adequada para resistir às condições
finalidade específicas

Eflorescência
Sais orgânicos de coloração esbranquiçadas que migram do interior da
superfície e podem inclusive, romper a película de tinta
Origens Correções
Superfície de alvenaria Raspar o substrato e aguardar cura
contendo alto teor de completa do mesmo
umidade, sem estar Utilizar fundo selador álcali-resistente e
suficientemente curada repintar com látex adequado
Se necessário, neutralizar previamente
a superfície com solução de ácido
muriático

Empolamento
Formação de bolha contendo sólidos, líquidos ou gases
Origens Correções
Superfície mal preparada ou
Melhorar a limpeza superficial
oleosa

Excesso de umidade no substrato Eliminar a umidade no substrato


Solvente retido no substrato Aplicar camadas mais finas e usar
devido à secagem solvente de
rápida da tinta evaporação mais lenta
Eliminar a umidade do ambiente
Excesso de umidade no ambiente ou utilizar tinta
adequada para esta condição
Camada elevada Diminuir espessura
Usar solventes de evaporação mais
Secagem superficial muito rápida
lenta

Escorrimento
Em superfícies verticais as tintas tendem a se deslocar enquanto líquidas,
em forma de ondas ou gotas até a parte inferior
Origens Correções
Viscosidade muito baixa de tinta Acertar viscosidade
Camada muito espessa Aplicar camadas finas
Desbalanceamento de solventes Usar solventes mais voláteis
Falta de tixotropia Utilizar produtos de boa tixotropia

Fervura ou crateras
Superfícies totalmente coberta por microcrateras
Origens Correções
Evaporação muito rápida do Usar solventes menos volátil
solvente
Aplicação sobre superfícies muito
Esfriar o substrato
aquecidas
Tinta formulada Usar tinta aditivada com
inadequadamente para aplicação ensoativos/antiespumantespara
a rolo aplicação a rolo

Fungos ou bolor
Formação de colónias de fungos que se desenvolvem escurecendo ou
manchando a superfície
Origens Correções
Umidade elevada associado à
presença de materiais orgânicos Lavar a superfície com solução de
em decomposição ou parasitas hipoclorito de sódio
de plantas
Usar tintas que contenham agentes
fungicidas
Diminuir a umidade aquecendo a
Temperatura ambiente entre
ambiente e aumentando a
0°C e 10°C e Oxigénio
ventilação
favorecem o desenvolvimento de
Aplicar esquemas de pintura que
fungos
tornem a superfície nivelada, livre
de microcavidades e imperfeições
onde os fungos se alojam

Gretamento
A superfície apresenta-se com textura igual ao couro de jacaré
Origens Correções
A tinta aplicada deve ser de
Aplicação de tinta de alta dureza
compatibilidade
sobre fundo de menor dureza
adequada
Secagem superficial rápida,
enquanto a película continua Usar solvente adequado
pastosa por retenção do solvente
Camada muito espessa Aplicar baixas camadas

Manchas
Aparecimento de áreas com coloração e texturas diferenciadas
Origens Correções
Fixação de sujeiras em áreas de
maior porosidade ou de fusão Lavar a superfície
térmica
Efeitos de sais do substrato sobre o Lavar a superfície ou usar
veículo da tinta ou sobre os selador adequado
pigmentos/cargas
Eliminar a causa da umidade no
Presença de umidade no substrato
substrato

Marcas de trincha
Falta de nivelamento, pintura estriada no sentido da aplicação
Origens Correções
Tinta com desbalanceamento Utilizar produtos adequados
tixotrópico para esta aplicação

Usar solventes de evaporação


Solvente de evaporação rápida
mais lenta
Inabilidade do pintor ou pincel de Treinamento ou utilização de
cerdas muito duras pincel mais macio

Over spray
Origens Correções
Utilização de solvente Utilizar diluente recomendado pelo
inadequado fabricante
Diluir na quantidade estipulada
Excessiva diluição do material pelo fabricante conforme boletim
técnico
Pistola de pintura muito distante Aplicar numa distância mais
da superfície próxima (15a 30cm)
Utilizar solvente de evaporação
Temperatura alta da peça
mais lenta Local de aplicação sem
Correntes de ar
correntes de ar (ventos)

Oxidação prematura
Manchas de oxidação vindas do substrato
Origens Correções
Insuficiência de espessura seca Adequar e controlar espessuras
final secas conforme recomendado
Resíduos de abrasivos ou
Contaminação contaminantes no substrato -
umidade, sais, argila, etc
Aplicação defeituosa Falhas de pinturas com microporos
Perda de aderência
Origens Correções
Em superfícies de aço Aplicar fundo promotor de aderência
galvanizado, zinco: alumínio estes substratos
e metais não ferrosos

Proceder a limpeza correia com


Superfície mal preparada -
solvente ou água dependendo do
desengraxada
contaminante
Desmoldantes ceras; óleos Desengraxe seguido de leve lixamento
sobre a superfície: ou sobre e retirada de poeira.Alternativas:
pintura velha jateamento ou removedores de tinta
Consulte o fabricante sobre a tinta que
Incompatibilidade do sistema
seja adequada para o substrato
com o substrato
específico

Perda de aderência entre demãos


Origens Correções
Acabamento não recomendado
Escolha do acabamento indicado
para utilização sobre o primer
consultado o fabricante
usado

Primer excessivamente duro: liso, Lixar previamente o primer ou


brilhante ou envelhecido utilizar preparador de superfície
Obedecer o intervalo mínimo e
Intervalo entre demãos
máximo estabelecido pelo
ultrapassado (cura excessiva)
fabricante

Secagem retardada
Origens Correções
Pintar com umidade relativa do ar
Ambiente úmido inferior a 85%

Temperatura mínima 15CC sendo a


Temperatura baixa
ideal 25°C e máx. 40CC
Graxa, cera ou outros
Limpeza da superfície
contaminantes no substrato
Agitar convenientemente até
Agitação inadequada da tinta
perfeita homogeneidade
Trincamento
Defeito Causa Correções
Intervalos entre Obedecer o tempo
demãos menor que o recomendado pelo
estipulado fabricante para repintura
Uso excessivo de
A superfície Usar menor quantidade
solvente nas camadas
apresenta-se com de solvente
subsequentes
minúsculas trincas
Ganho ou perda de
Selar o substrato da
água (quando a
madeira
superfície é de
convenientemente
madeira)

XI

NORMAS PETROBRAS

 PETROBRAS – Tintas Normalizadas Válidas

Norma Descrição
N-1202 TINTA EPÓXI ÓXIDO DE FERRO
N-1259 TINTA ALUMINIO FENÓLICA
N-1277 TINTA DE FUNDO EPOXI – PÓ DE ZINCO POLIAMIDA
N-1514-I TINTA INDICADORA DE ALTA TEMPERATURA
N-1514-II TINTA INDICADORA DE ALTA TEMPERATURA
N-1661 TINTA DE ZINCO ETIL SILICATO
N-1841 SHOP PRIMER DE ZINCO ETIL SILICATO
N-2198 TINTA DE ADERÊNCIA EPOXÍ ISOCIANATO OXIDO DE
FERRO
N-2231 TINTA DE ETIL SILICATO DE ZINCO - ALUMÍNIO
N-2288 TINTA DE FUNDO EPÓXI PIGMENTADA COM ALUMÍNIO
N-2492 TINTA ESMALTE SINTÉTICO BRILHANTE
N-2628 TINTA EPÓXI POLIMIDA DE ALTA ESPESSURA
N-2629 TINTA DE ACABAMENTO EPÓXI SEM SOLVENTE
N-2630 TINTA EPÓXI – FOSFATO DE ZINCO DE ALTA
ESPESSURA
N-2677 TINTA DDE POLIURETANO ACRILICO
N-2678 TINTA EPOXI POLIAMIDA PIGMENTADA COM ALUMINIO
N-2680 TINTA EPOXI SEM SOLVENTE TOLERANTE A
SUPERFICIE MOLHADA
N-2851 TINTA EPOXI MODIFICADA ISENTA DE ALCATRÃO DE
HULHA
N-2912-I TINTA EPOXI NOVOLAC – TIPO I
N-2912-II TINTA EPOXI NOVOLAC – TIPO II
N-2912-III TINTA EPOXI NOVOLAC – TIPO III

 PETROBRAS - Tintas Normalizadas Obsoletas em Uso

Norma Descrição
N-1195-I TINTA EPÓXI POLIAMINA DE ALTA ESPESSURA
N-1195-II TINTA EPÓXI POLIAMIDA DE ALTA ESPESSURA
N-1197 TINTA ACRILICA
N-1198-I TINTA EPÓXI ACABAMENTO POLIAMINA – BAIXA
ESPESSURA
N-1198-II TINTA EPÓXI ACABAMENTO POLIAMIDA – BAIXA
ESPESSURA
N-1211 TINTA EPÓXI ÓXIDO DE FERRO – ALTA ESPESSURA
N-1232 TINTA ESMALTE SINTÉTICO SEMI-BRILHO
N-1261 TINTA DE ADERÊNCIA CROMATO DE ZINCO POLIVINIL
BUTIRAL
N-1585 SHOP PRIMER EPÓXI ÓXIDO DE FERRO
N-1761 TINTA DE ALCATRÃO DE HULHA – EPOXI POLIAMINA
N-1850 TINTA EPÓXI FOSFATO DE ZINCO – BAIXA ESPESSURA
N-1342 TINTA ESMALTE POLIURETANO ALIFÁTICO
N-1349 TINTA FUNDO EPOXI POLIAMINA OXIDO FERRO

    PETROBRAS – Especifícações de Pintura

Norma Descrição
N-0002 PINTURA DE EQUIPAMENO INDUSTRIAL
N-0442 PINTURA EXTERNA DE TUBULAÇÃO EM INSTALAÇÕES
TERRESTRES
N-0449 REVESTIMENTO DE ESTRUTURA METÁLICA EM ZONA
DE TRANSIÇÃO
N-1019 PINTURA DE MONOBÓIAS
N-1021 PINTURA DE SUPERFÍCIE GALVANIZADA
N-1192 PINTURA DE EMBARCAÇÕES
N-1201 PINTURA INTERNA DE TANQUES
N-1205 PINTURA EXTERNA DE TANQUES
N-1374 PINTURA DE PLATAFORMA MARITIMA DE EXPLOR. E DE
PRODUÇÃO
N-1375 PINTURA ESFERA E CILINDRO P/ARMAZ. DE GÁS
LIQUEFEITO E AMÔNIA
N-1550 PINTURA DE ESTRUTURA METÁLICA
N-1735 PINTURA DE MÁQUINAS, EQUIPAM. ELÉTRICOS E
INSTRUMENTOS
N-1849 PINTURRA INTERNA DE ADUTORAS
N-2037 PINTURA EQUIPAM. SUBMERSOS EM ÁGUA DO MAR
N-2104 PINTURA DE SONDA TERRESTRE
N-2441 PINTURA PARA TORRE GALVANIZADA
N-2631 PINTURA INTERNA DE TUBULAÇÕES
N-2843 PINTURA INTERNA TUBOS P/TRANSP. GÁS NATURAL
NÃO CORROSIVO

XII

CORES PARA SINALIZAÇÃO INDUSTRIAL


CORES PARA IDENTIFICAÇÃO DE RESÍDUOS INDUSTRIAIS
CORES PARA SINALIZAÇÃO DE GASES INDUSTRIAIS

XII

FORMULAS E TABELAS
TABELA DE QUEDA DE PRESSÃO DE ÁR

Leitura da Mangueiras Pressão real no revólver para mangueiras de


pressão no (diâmetro diferentes comprimentos (lb / pol 2)
transformador interno) 1,5 3 5 7 8
16 metros
de ar (lb/pol 2) polegadas metro metros metros metros metros
1/4 26 24 23 22 21 9
30
5 / 16 29 28,5 28 27,5 27 23
1/4 34 32 31 29 27 16
40
5 / 16 38 37 37 37 36 32
1/4 43 40 38 36 34 22
50
5 / 16 47 47 46 45 45 40
1/4 51 48 46 43 41 29
60
5 / 16 57 56 55 55 54 49
1/4 59 56 53 51 48 36
70
5 / 16 66 65 64 63 63 57
1/4 68 64 61 58 55 43
80
5 / 16 75 74 73 72 71 66
1/4 76 71 68 65 61 51
90
5 / 16 84 83 82 81 80 74

TABELA DE REDIMENTO TEÓRICO / SOLIDOS P/VOLUME

% Sólidos por volume 20 25 30 35 40 45 50


Espessura película
Rendimento teórico – m2 /litro
seca (microns)
20 10,0 12,5 15,0 17,5 20,0 22,5 25,0
25 8,0 10,0 12,0 14,0 16,0 18,0 20,0
30 6,7 8,3 10,0 11,7 13,3 15,0 16,7
50 4,0 5,0 6,0 7,0 8,0 9,0 10,0
60 3,3 4,2 5,0 5,8 6,7 7,5 8,3
80 2,5 3,1 3,8 4,4 5,0 5,6 6,2
100 2,0 2,5 3,0 3,5 4,0 4,5 5,0
125 1,6 2,0 2,4 2,8 3,2 3,6 4,0
150 1,3 1,7 2,0 2,3 2,7 3,0 3,3

CONSTRUÇÕES METÁLICAS
TABELA DEPONTO DE ORVALHO

Na aplicação de tintas anticorrosiva é de vital importância seguirmos


alguns parâmetros de condições ambientais para obtermos um filme
de tinta com qualidade assegurada.
Os parâmetros mais importantes estão listados a seguir:
• Não deve ser feita nenhuma aplicação de tinta quando a
temperatura ambiente for inferior a 5 °C, exceto quando se tratar de
tinta cujo mecanismo de formação de película seja por evaporação do
solvente. Tais tintas podem ser aplicadas desde que a temperatura
ambiente seja igual ou superior a 2°C.
• Nenhuma tinta deve ser aplicada, se houver a expectativa de que a
temperatura ambiente possa cair até 0 °C, antes de a tinta ter
secado.
• Não deve ser aplicada tinta a superfícies metálicas cuja
temperatura seja inferior à temperatura de ponto de orvalho + 3, ou
em superfícies com temperatura superior a 52 °C. No caso de tintas a
base de silicatos inorgânicos ricos em zinco, a temperatura da
superfície metálica não deve exceder a 40 °C.
• Não deve ser feita nenhuma aplicação de tinta em tempo de chuva,
nevoeiro ou bruma, ou quando a umidade relativa for superior a 85
%, nem quando haja expectativa deste valor de umidade ser
alcançado.

• Não deve ser feita nenhuma aplicação de tinta em tempo de chuva,


nevoeiro ou bruma ou quando a umidade relativa do ar for superior a
85 %, nem quando haja expectativa deste valor ser alcançado.
• As tintas formuladas especificamente para aplicação sobre
superfícies com condensação de umidade, com umidade residual ou
úmida, não estão sujeitas às restrições do ponto de orvalho e de
umidade relativa
Como usar a tabela:
Podemos utilizar os seguintes dados: suponhamos que a temperatura
ambiente seja igual a 25ºC e a umidade relativa do ar igual a 75%. O
seu ponto de orvalho será de 19,9 ºC (valor obtido diretamente pela
tabela acima). Portanto, não se deve aplicar qualquer tinta se a
temperatura do substrato não estiver pelo menos a 22,9 ºC.

TABELA DE CALCULO DE ÁREAS

TABELA DE CALCULO DE ESPESSURA DE FILME


TABELA DE PH

O carácter ácido de uma solução está relacionado com a concentração de íons H+ presente nessa solução
(quanto mais forte é um ácido, maior é a concentração desses íons na solução).

A escala de pH é uma maneira de indicar a concentração de H+ numa solução.

Esta escala varia entre o valor mínimo 0 (acidez máxima), e o máximo 14 (acidez mínima ou basicidade
máxima).

A 25 ºC uma solução neutra tem um valor de pH = 7

TABELA DE DILUIÇÃO DE TINTAS


XIII
GLOSSÁRIO

AIR LESS Sem ar, tipo de pistola que não utiliza ar para a atomização da
tinta, mas pressões hidráulicas da ordem de 2000 a 4000
libras/pol2
CLEAR Claro, Verniz ( sem pigmento )
DAMP Úmidade
EPOXIMAST Tinta Epoxí de alta espessura, alta aderência e alta
IC impermeabilidade, geralmente aplicada em demão única, com
cerca de 125 µm, fundo / acabamento.
FLASH Ponto de fulgor – temperatura na qual os vapores dos solventes
POINT atingem uma concentração critica em mistura com o ar
atmosférico e pode ser incendiado por uma faísca ou chama
aberta.
FLASH Ferrugem instantânea, formada pela presença de umidade em
RUST superfície jateadas
FILLER Enchimento, recheio, pó para ser adicionado a tinta (ex.: Pó de
Zinco nas tintas de Etil Silicato de Zinco).
GRIT Granalha de aço angular – abrasivo usado em serviços de
jateamento.
HB High Build, Tintas de alta espessura
HS High Solids, Tintas de alto sólidos
LEAFING Folheamento, pigmento de alumínio de formato lamelar
LOW VOC Tintas de baixo teor de compostos orgânicos voláteis, são as
tintas de alto sólidos
MIST–COAT Demão muito diluída de uma tinta ( 40% a 50% )
OVER- Poeira produzida durante a aplicação de uma tinta a pistola,
SPRAY geralmente causada pela pressão muito alta ou distancia da
pistola.
PIN HOLE Furo de alfinete ou bico de agulha – defeito minúsculo na
película, que seassemelha a um furo provocado pela
PRIMER Primeira demão de tinta , tinta de fundo
GRIT Granalha de aço angular
SHOT Granalha de aço esférica
WB Tintas a base de água – também chamadas de hidrossolúveis
TIE–COAT Tinta de amarração tinta intermediária geralmente aplicada
sobre as tintas de zinco
Wash Tinta de fundo indicada para promover aderência em esquemas
Primer . de pintura sobre metais não ferrosos, sua película é fina e quase
transparente.
Pot- Tempo de vida útil da mistura (tempo que o pintor tem para
Life usar a tinta catalisada antes de endurecer)
Shef-Life Vida de Prateleira, vida útil em estoque, tempo de validade que
o fabricante da tinta
XIV

BIBLIOGRAFIA

FONTES INFORMATIVAS:

 Coletânea do Aço - Fabio Domingos Pannoni, Ph.D.


Gerdau Açominas S.A., São Paulo, SP

 Pintura na Proteção Anticorrisva


Murillo de Carvalho Magnan, SP

 Secretaria de Estado de Ciência e Tecnologia


Centro Universitário Estadual da Zona Oeste-RJ

 Manual de Construção em Aço – Manual de Tratamento de Superfície


e Pintura
Instituto Brasileiro de Siderurgia-Centro Brasileiro de Siderurgia-
Centro Brasileiro da Construção em Aço
Celso Gnecco - Roberto Mariano – Fernando Fernandes

 Guia Técnico Ambiental Tintas e Vernizes – Série P+L –


ABRAFATI Associação Brasileira dos Fabricantes de Tintas

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