Segurança em QE e As Novas Regras Técnicas
Segurança em QE e As Novas Regras Técnicas
Segurança em QE e As Novas Regras Técnicas
em Quadros Eléctricos
e as novas regras técnicas
SEGURANÇA EM QUADROS ELÉCTRICOS E AS NOVAS REGRAS TÉCNICAS
Figura 1 Figura 2
Prisma Plus Pack Prisma Plus G
PROTECÇÃO CONTRA OS CHOQUES ELÉCTRICOS A protecção contra os contactos directos pode ser obtida pela con-
strução do quadro eléctrico ou por disposições complementares a
segundo definição das RTIEBT § 231.1: o choque eléctrico é o efeito tomar aquando da sua instalação, o que pode exigir que o fabricante
fisiopatológico resultante da passagem de uma corrente eléctrica at- forneça as indicações correspondentes a estes equipamentos.
ravés do corpo humano ou do corpo de um animal.
Protecção contra os contactos indirectos
O choque eléctrico tem como origem um contacto directo com as
partes em tensão, ou um contacto indirecto com uma massa condu- segundo definição das RTIEBT § 231.3: é prevenção dos contactos
tora acidentalmente colocada em tensão. perigosos das pessoas ou de animais com massas que fiquem em
A protecção contra os choques eléctricos deve ser garantida pela tensão em consequência de um defeito.
aplicação das medidas apropriadas, como a seguir se define: A medida de protecção contra os contactos indirectos em quadros
eléctricos pode ser assegurada de duas formas: Isto significa que o conjunto (quadro mural ou armário) fornecido sem
Na prática, para respeitar esta condição, os fabricantes propõem Como ilustrado (figura 4), um fabricante pode fornecer acessórios que
invólucros isolantes em todas as suas faces, incluíndo os espelhos. permitem realizar um sub-conjunto com nível de isolamento duplo ou
Neste caso, o invólucro tem o símbolo , sendo declarado pelo fabri- reforçado no interior de um invólucro classe I. A colocação em serviço
cante como apto a realizar o nível de isolamento da classe II. (acessórios, platinas, fixação, ligação dos condutores, etc.) deve ser
efectuada segundo as instruções do fabricante desses materiais de
forma a não danificar a protecção assegurada conforme as regras do
fabricante.
(1) Ver RTIEBT § 413.2.7 equipamentos de classe I no interior do invólucro sendo permitidos mas não podem ser ligados á terra, excepto por razões funcionais.
(2) Utilização equipamentos de classe I no interior do invólucro só é possível apenas se for separado das partes metálicas do invólucro por um isolamento suplementar e os equipamentos não
forem ligados á terra.
(3) Isto impõe que o manípulo de comando dos aparelhos seja obrigatoriamente de classe II e que as aberturas realizadas para a sua passagem conservem as exigências da classe II após
instalação do equipamento (teste de ensaio ao dedo).
(4) Este artigo não tem correspondência na EN 60364.
Figura 7 - Coordenação entre dispositivos diferenciais (na origem da instalação)
Figura 5 - Quadro de distribuição da classe I em que: Na prática, no esquema TT e segundo as RTIEBT § 413.1.4.2, Ia é a
DE - Disjuntor de entrada, não diferencial; corrente diferencial-residual estipulada I n do dispositivo diferencial
DR - Dispositivo diferencial (no esquema TT); residual, devendo verificar-se a condição seguinte:
DP - Dispositivo de protecção contra as sobreintensidades (fusível ou disjuntor). RA x Ia ≤ 50
O invólucro metálico deve ser ligado à terra. em que:
RA é a soma das resistências do eléctrodo de terra e dos condutores
Os equipamentos colocados acima da linha tracejada (parte situada de protecção das massas, em ohms;
a montante dos terminais de saída dos dispositivos DR) devem satis- Ia é a corrente que garante o funcionamento automático do disposi-
fazer a uma das condições seguintes: tivo de protecção, em amperes.
a) Serem da classe II;
b) Serem dotados de isolamento suplementar durante a instalação; Para garantir a selectividade entre DDR podem utilizar-se dispositivos
c) Serem separados do invólucro metálico por um isolamento suple- diferenciais do tipo S em série com dispositivos diferenciais do tipo
mentar. geral. Nos circuitos de distribuição, a selectividade é garantida com
os dispositivos diferenciais do tipo S para tempos de funcionamento
Nota: Esta regra aplica-se também aos cabos, que devem ser considerados não superiores a 1 s.
da classe II; em conformidade com as RTIEBT § 522.15: são considerados da
classe II os cabos que não possuam bainhas ou armaduras metálicas e que se-
jam usados a uma tensão não superior a metade da sua tensão estipulada.
Por exemplo, uma canalização realizada com cabos do tipo VV (0,6/1 kV) ou
com condutores H07V protegidos por condutas isolantes satisfaz esta condição.
Se a canalização for dotada de condutor de protecção, este deve ter o mesmo
isolamento que os condutores activos.
b As disposições anteriores dizendo respeito a aplicações cujo dis- Figura 8 - Exemplos de tecnologias disponíveis para realização de protecção
positivo de protecção colocado na origem de uma instalação reali- diferencial residual (associações blocos Vigi, Vigirex,toros,...
zada em esquema TT não possua função diferencial.
b Estando a instalação protegida por um único dispositivo diferen- Carlos Duarte (Engº)
cial-residual (DDR), este deve estar colocado na origem da instalação, Gerente Clientela Gabinetes de Estudo
sendo esta disposição no esquema TT, correspondente a um requisito Schneider Electric Portugal
mínimo obrigatório e em caso de defeito, o conjunto da instalação pt-mg-news@pt.schneider-electric.com
será colocado fora de tensão (ver RTIEBT § 531.2.4: Esquema TT e
figura 6 seguinte).