O documento descreve as origens da Guerra Fria na Europa entre 1945-1950, quando a aliança entre Estados Unidos e União Soviética começou a se desfazer após o fim da Segunda Guerra Mundial, levando ao surgimento da rivalidade entre os blocos capitalista e comunista. As conferências de Yalta e Potsdam tentaram estabelecer acordos sobre a Alemanha e a Europa pós-guerra, mas revelaram visões divergentes entre americanos e soviéticos, dando início ao período da Guerra Fria.
O documento descreve as origens da Guerra Fria na Europa entre 1945-1950, quando a aliança entre Estados Unidos e União Soviética começou a se desfazer após o fim da Segunda Guerra Mundial, levando ao surgimento da rivalidade entre os blocos capitalista e comunista. As conferências de Yalta e Potsdam tentaram estabelecer acordos sobre a Alemanha e a Europa pós-guerra, mas revelaram visões divergentes entre americanos e soviéticos, dando início ao período da Guerra Fria.
Título original
cap 2 - guerra fria Robert McMahon - Maria Beatriz
O documento descreve as origens da Guerra Fria na Europa entre 1945-1950, quando a aliança entre Estados Unidos e União Soviética começou a se desfazer após o fim da Segunda Guerra Mundial, levando ao surgimento da rivalidade entre os blocos capitalista e comunista. As conferências de Yalta e Potsdam tentaram estabelecer acordos sobre a Alemanha e a Europa pós-guerra, mas revelaram visões divergentes entre americanos e soviéticos, dando início ao período da Guerra Fria.
O documento descreve as origens da Guerra Fria na Europa entre 1945-1950, quando a aliança entre Estados Unidos e União Soviética começou a se desfazer após o fim da Segunda Guerra Mundial, levando ao surgimento da rivalidade entre os blocos capitalista e comunista. As conferências de Yalta e Potsdam tentaram estabelecer acordos sobre a Alemanha e a Europa pós-guerra, mas revelaram visões divergentes entre americanos e soviéticos, dando início ao período da Guerra Fria.
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Universidade Estadual do Ceará – UECE
Faculdade de Educação, Ciências e Letras do Sertão Central – FECLESC
Licenciatura Plana em História Disciplina: Contemporânea III Prof.: Tácito Rolim Nome: Maria Beatriz Silva Duarte Matrícula: 1374217 MCMAHON, Robert J.. Guerra Fria. Porto Alegre, RS: L&PM, 2012.
Capitulo 2: As origens da Guerra Fria na Europa: 1945-1950
Como se viu no capítulo anterior as relações entre União Soviética e Estados Unidos era circundada de interesses próprios e desconfianças. Neste capitulo o autor dá o ponto de partida para o que hoje conhecemos como Guerra Fria, que expos toda a rivalidade e ressentimento guardado pela União Soviética e pelo seu até então parceiro de guerra os Estados Unidos, onde o primeiro via no segundo a pura representação do capitalismo odiado por sua ideologia, enquanto que o segundo via a ameaça comunista surgir na URSS. Hoje sabemos que o sentimento anticomunista está presente em muitos discursos políticos por todo o mundo, mas poucas vezes percebemos onde e como ele nasceu. Esse movimento teve início ainda durante a segunda guerra quando a aliança alemã-soviética de não agressão era mal vista pelos americanos, principalmente depois que Stalin usou dessa aliança para invadir e anexar países próximos a seu território fazendo com que a aversão aos soviéticos crescesse ainda mais na américa. Os Estados Unidos mais temiam que o incentivo ideológico dado pela União Soviética as classes operarias gerasse uma forte revolução e por esse motivo tentaram cada vez mais colocar em um cerco esse tipo de ideologia, até mesmo criando no imaginário popular o monstro comunista. Mas para além disso era de interesse da Grã Bretanha e dos Estados Unidos que os nazistas não tomassem o poder soviético após a quebra do acordo, pois temiam o fortalecimento dos alemães com os recursos soviéticos. Com a ameaça alemã contra os soviéticos surgiu a necessidade de americanos e ingleses apoiarem o levante soviético contra os nazistas, até mesmo porque a Alemanha já tinha declarado guerra aos Estados Unidos após o ataque japonês a Pearl Harbor. Para amenizar os impactos dessa aliança na população americana, o governo decide amenizar um pouco a campanha antissoviética que já vinha ganhando força. Ao contrário do que Stalin esperava a ajuda britânica e americana não foi rápida e direta, preferiram a estratégia do ataque em partes em territórios mais periféricos a União Soviética e seguiram esse plano por mais de dois anos de guerra. Já Stalin começava a perceber o desinteresse de seus colegas de guerra e ele estava certo, pois era mais interessante para ingleses e americanos que Stalin ficasse frágil ou morresse no enfrentamento aos nazistas do que eles perdessem mais do seu exército. Na área política da guerra todos se mostraram preocupados com a situação pós guerra da Alemanha, mas Stalin estava especialmente interessado nesse assunto. A União Soviética temia que após a Guerra a Alemanha fortalecesse seu poder industrial, para Stalin a Alemanha devia reparar os danos provocados contra seu país e ele mesmo tratou de externar essa ideia aos demais aliados. Roosevelt por sua vez não se mostrou inteiramente de acordo com essa proposta, apesar de concordar que devia-se impor algumas condições para a Alemanha pós guerra. O único ponto que estava de comum acordo entre os aliados era que eles tinham o poder de decidir qual o destino alemão para o pós guerra. O autor nos mostra duas opções possíveis de serem executadas: a primeira se refere a uma ação mais punitiva contra a Alemanha em vista do tamanho prejuízo provocado, ou, em segundo lugar, poderiam usar o poder industrial alemão para moldar uma nova Europa, um caráter de reconstrução do que foi destruído pelos nazistas. Mas o que realmente se consolidou na Europa pouco antes do fim da Guerra foram as áreas de influência britânicas e soviéticas, dividiam a Europa em lado Ocidental e Oriental. Stalin considerava que a parte Oriental era fundamental para a permanência da segurança de seu país e por isso preferia consolidar sua influência nesta parte. Já os britânicos permaneceram com a parte Ocidental onde já tinham influência. Percebemos com isso que Stalin e Churchill consolidaram importantes divisões de território e áreas de influência, mas para o americano Roosevelt isso iria contra os ideias democráticos dos americanos e dizia que esse tipo de divisão deixava exposta a violação dos direitos democráticos dos países derrotados e dos países devastados, e por isso os americanos nunca se comprometeram com a divisão da Europa. Mas essa ideia de democrática de não divisão e não polarização não era uma tarela lá tão fácil, visto que as áreas de influência britânica e soviética tinham muita força, como o autor destaca bem o exemplo da Polônia que estava bem polarizada. Apenas na Conferência de Yalta em 1945 que os três líderes se reuniram e decidiram os destinos europeus. Americanos e inglese concordaram em reconhecer a influência soviética na Polônia Oriental desde que se houvesse eleições democráticas, essa parte do acordo também serviu para aliviar a imagem de Roosevelt entre os americanos descendentes da porção Oriental e que eram a favor do partido democrata do presidente. Também concordaram que a Alemanha deveria pagar indenização de 20 bilhões de dólares onde metade do valor seria enviado a União Soviética para reparar seu territorial destruído. Após a conferencia Roosevelt acreditava nos soviéticos, mesmo que Churchill alertasse o americano sobre o não cumprindo do acordo, pois os soviéticos perseguiam de forma violenta quem não seguisse as ideologias de Stalin, e não só na Polônia, mas na Bulgária, Romênia e Hungria era percebido esse tipo de ações. Mesmo assim não houve intervenção americana ou inglesa, até mesmo porque o presidente americano sofreu uma hemorragia cerebral e veio a falecer, no seu lugar assumiu o vice Harry Truman que já se mostrava disposto a acatar as previsões políticas de seus conselheiros e logo tratou de intimidar o ministro soviético Molotov com o intuito de provar se a União Soviética estava ou não acatando as condições do acordo de Yalta. Após o fim definitivo da Segunda Guerra os três líderes mais importantes do momento se encontraram em uma nova conferência na cidade de Potsdam para discutir várias questões importantes no momento, entre elas os acordos que giravam em torno da Europa Oriental e Alemanha. De início o líder soviético conseguiu que os outros líderes reconhecessem seu domínio sobre a região da Varsóvia, mas não aceitaram o domínio estabelecidos na Bulgária e Romênia. Para isso também foi criado um Conselho de Ministros das Relações Exteriores que ficariam encarregados de cuidar da questão territorial no pós guerra e tratar também sobre os acordos de paz entre os derrotados. Já sobre a Alemanha o que mais se discutiu foi a questão da reparação de danos, principalmente para a União Soviética que acreditava que iria receber os 10 bilhões do acordo de Yalta. Porém os interesses do novo presidente americano eram outros. Truman se mostrou a verso as exigências de Stalin, pois era mais interessante para a Europa Ocidental e Estados Unidos que a Alemanha tivesse sua economia recuperada para que essa economia conseguisse produzir e recuperar a economia europeia do ocidente. Um novo acordo aceito por Estados Unidos, Grã Bretanha, União Soviética e França, que também era país influente, foi o que cada país conseguiria os bens necessários para a reparação de seus país nas áreas já ocupadas por eles e a União Soviética ainda receberia alguns bens das áreas industrializadas e mais abundantes da parte ocidental, mas não poderiam exercer influência nessas regiões. Sobre a Alemanha é importante dizer que ainda se tentou manter a área unificada, mas no final ficou decidido que a Alemanha ficaria dividida, o que serviu para separar em dois hemisférios toda a Europa. Para o presidente americano era nítida a confiança que ele tinha sobre suas relações com os soviéticos, pois a economia e a bomba atômica eram dois elementos que deixavam Truman em boa posição, até mesmo porque a bomba teve objetivo alcançado nas cidades japonesas e os novos testes no Novo México também eram promissores, com isso o presidente Truman não dependia da União Soviética para alcançar seus objetivos. Mas os estranhamentos entre americanos e soviéticos estava apenas começando. A essa altura as diferentes visões desses grupos sobre o controle internacional nuclear, sobre os conflitos no Oriente Médio e Mediterrâneo, a questão de ajuda econômica americana e o papel soviético na Manchúria estavam em evidencia entre esses países e marcando a chegada do período da Guerra Fria. A imagem que os americanos tinham dos soviéticos a esse ponto não era das melhores, eles eram vistos com oportunistas e sedentos por mais territórios. Em relatório oficial de um correspondente americano foi relatado que o governo soviético era totalitário e opressivo com o povo e usavam o discurso de ameaça estrangeira para justificar seus atos. O relator da carta, Kennan, ainda diz que os Estados unidos não poderiam se acomodar, deveriam na verdade deter o avanço soviético. Mas para além da atuação soviética nessas áreas de influência o que realmente preocupava britânicos e americanos era o fato do possível interesse da União Soviética em se aproveitar da situação econômica atual alcançando mais influência na Europa, como já havia se observado com o aumento de partidos comunista no lado Ocidental, com movimentos revolucionários e nacionalistas radicais. Isso poderia representar o surgimento de uma nova força política capaz de espalhar sua ideologia sobre a Eurásia e acabar com a hegemonia Ocidental. Na tentativa de barrar a influência soviética os Estados Unidos começaram a pensar em estratégias que poderiam ajudar a executar seus planos. A primeira possibilidade de ação surgiu quando a Grã Bretanha, falida e devastada pela Guerra, declarou que não havia mais condições de manter os conflitos na Grécia e na Turquia, o presidente Truman por sua vez decidiu começar uma campanha no Congresso a fim de conquistar o apoio necessário para tomar o lugar dos ingleses. Com a saída britânica da região sem dúvidas os soviéticos conseguiriam expandir ainda mais sua influência, e era isso que Truman pretendia impedir. Ele usou de muitas estratégias para conseguir apoio popular e do Congresso, principalmente com o discurso antissoviético e anticomunista. Em pouco tempo Truman conseguiu a aprovação de seu plano de ajuda aos países europeus no combate a fome, pobreza e o avanço da esquerda. O secretário de estado americano George Marshall logo provocou entusiasmo dos ministros das Relações Exteriores britânico e francês com suas propostas para reabilitar a Europa. Logo alguns países da região abraçaram a iniciativa américa, pois assim além de impedir o avanço comunista e soviético também poderiam recuperar suas economias que ainda estavam fragilizadas. O Plano Marshall teve muito sucesso em território europeu, enviando 13 bilhões de dólares em assistência econômica e de reestruturação da Europa. No outro extremo Stalin de encontrava preocupado com essa investida americana, principalmente o retorno de seu ministro Molotov de um encontro de ministros das Relações Exteriores, se abriu um grande sinal de alerta para os soviéticos com a possibilidade de a Europa se dividir em duas, a ação de Stalin foi proibir que a Europa Ocidental participasse dessas ações americanas. Já sobre a Alemanha o plano acreditava que sua recuperação econômica era necessária para reconstruir a Europa, os recursos alemães dariam grande impulso para isso. Os Estados Unidos acreditavam também que se a economia europeia de recuperasse sua segurança e economia estariam fora de perigo. Era fato que nenhuma das partes desejava uma reunificação alemã, o grande objetivo era usar e sugar o que restava da derrotada Alemanha. Tanto para Ocidentais como para orientais a reunificação da Alemanha poderia ditar perdas ou declaração da própria Alemanha de apoio ao lado Ocidental ou Oriental. Por isso alguns países europeus junto com os americanos começaram a trilhar os caminhos para a possível criação de um novo estado no lado Ocidental da Alemanha. A reação de Stalin foi apertar sua autoridade sobre a influência que tinha na região alemã e sob os partidos comunistas no lado Ocidental. Com o mundo novamente dividido entre dois hemisférios ainda acontece na Tchecoslováquia um golpe de estado apoiado pelos soviéticos que levou todo e qualquer político não comunista a sair de seu cargo e provocando também a morte do ministro tcheco Masaryk, mostrando assim em que circunstâncias a União Soviética estava disposta. Stalin finalmente em 1948 barrou qualquer acesso terrestre a porção Oriental da Alemanha, mas mesmo assim os americanos conseguiram enviar suprimentos as pessoas do outro lado da barreira por meio aérea. Com isso Stalin dizimou qualquer possibilidade de acordo com Estados Unidos e países europeus, assim como sujou sua imagem nesses países. Não tardou para que a porção Ocidental criasse a República Federal da Alemanha e a porção Ocidental criasse a República Democrática Alemã. E por iniciativa do ministro Bevin em 1948 houve um encontro entre países do bloco Ocidental no que ficou conhecido como Pacto de Bruxelas e onde foi criada a OTAN, importante órgão internacional que assegurava para os países membros a proteção mutua e a segurança. Entre os países que compunham a OTAN podemos citar Itália, Dinamarca, Noruega, Portugal, Canadá e Estados Unidos.