Esportes Adaptados PDF

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* O esporte adaptado, ou esporte inclusivo, compreende o

esporte direcionado para os deficientes.

* Dessa forma, diversos aparelhos e locais são adaptados de acordo


com as necessidades e tipos de deficientes, para que eles também
tenham a oportunidade de praticar.
* Que praticar esportes é fundamental para a saúde, todo mundo sabe,
e para a prática adaptada é ainda mais importante, com os diversos
casos de pessoas com deficiências diferentes a atividade física
melhora a condição cardiovascular de quem as pratica, aprimora a
força, a agilidade, a coordenação motora, o equilíbrio e o repertório
motor.
* Além disso, o esporte proporciona a oportunidade de sociabilização e
torna quem tem deficiência mais independente, melhorando a
autoconfiança e elevando a autoestima.
* Embora seja uma modalidade recente, o esporte adaptado surgiu na primeira
década do século XX, há quase 100 anos.
* As primeiras atividades competitivas eram voltadas a jovens com deficiência
auditiva, que participavam de modalidades coletivas.
* Alguns anos depois, foram adaptadas atividades para jovens com deficiência
visual, especialmente a natação e o atletismo.
* Para pessoas com deficiências físicas, o esporte foi adaptado ao final da
Segunda Guerra Mundial, em 1945, quando soldados voltaram para os seus
países com mutilações e outras deficiências, no Brasil, a prática surgiu por volta
de 1960.
* Existem alguns critérios de mudança na hora da adaptação do local
de prática da modalidade, e é aconselhável que o espaço seja
modificado de acordo com o esporte a ser praticado (quadra, campo,
pista, etc.) seja limitado e bem sinalizado, sem qualquer tipo de
obstáculo que possa dificultar a locomoção dos atletas.
* Os materiais utilizados também devem ser apropriados (modificados)
para cada tipo de modalidade e deficiência, além disso, algumas
regras são alteradas para que atendam melhor ao perfil e às limitações
de cada deficiência para que se tenha o máximo de igualdade entre os
atletas.
➢Deficiência visual: atletismo, ciclismo, futebol, judô, natação, goalball, hipismo,
halterofilismo e esportes de inverno.
➢Deficiência mental: atletismo, basquetebol, ciclismo, futebol, handebol, natação, vôlei,
natação, judô, karatê, etc.
➢Deficiência auditiva: atletismo, basquetebol, ciclismo, futebol, handebol, natação, vôlei,
natação, e muitas outras (quase as mesmas das pessoas sem deficiência, pois não
existem grandes limitações dos deficientes auditivos).
➢Deficiência física: atletismo, arco e flecha, basquetebol em cadeira de rodas, bocha,
ciclismo, esgrima em cadeira de rodas, futebol para amputados e paralisados cerebrais,
halterofilismo, hipismo, iatismo, natação, rugby, tênis em cadeira de rodas, tênis de mesa,
voleibol sentado e para amputados e modalidades de inverno.
ORIGEM DO ESPORTE ADAPTADO

* Em 1870, nos Estados Unidos, começava a se ter conhecimento de


modalidades esportivas adaptadas, mas era restrito a deficientes
auditivos, que eram organizados por escolas especiais.
* No ano de 1924, na cidade de Paris, aconteceu uma grande
competição, mas novamente era apenas para esse mesmo público
específico.
* O campeonato foi intitulado “Jogos do Silêncio” e reunia atletas de
diversos países.
A SEGUNDA GUERRA MUNDIAL

* Mas o esporte adaptado só começou a ganhar bastante


reconhecimento após o final da Segunda Guerra Mundial.
* Devido aos horrores da guerra, muitos soldados voltavam para suas
casas com marcas irreversíveis da guerra, como:
✓ Distúrbios Motores
✓ Visuais
✓ Auditivos
* Isso fez com que diversos políticos tomassem atitudes para
minimizar a dor dessas pessoas prejudicadas, investindo em práticas
esportivas e atividades físicas.
* Os países que tiveram maior investimento nesse período foram
Inglaterra e Estados Unidos.
* Na Inglaterra, a pedido do governo britânico, o neurologista Ludwig
Guttman criou o Centro Nacional de Lesionados Medulares do
Hospital de Stoke Mandeville, que era destinado a tratar homens e
mulheres do exército inglês feridos na Segunda Guerra Mundial.
JOGOS PARAOLÍMPICOS

* No ano de 1948, a cidade de Londres sediou os Jogos Olímpicos de


Verão e Ludwig Guttman aproveitou esse fato para criar uma
olimpíada especial.
* Seu evento se chamou: “Jogos de Stoke Mandeville”, que contou
com 16 atletas ingleses, jogando nas modalidades de:
✓ Arco e Flecha
✓ Tiro ao Alvo
✓ Arremesso de Dardo
* Em 1952, os jogos de Stoke Mandeville ganharam mais adeptos, com equipes
dos Estados Unidos, Inglaterra e Holanda, reunindo 130 participantes.
* A nona edição dos Jogos foi realizada em Roma, Itália, logo após as Olimpíadas,
e o evento contou com o apoio do COI (Centro Olímpico Italiano) e marca o
envolvimento da política com os jogos para deficientes.
* Entretanto o nome “Paraolimpíadas” só foi oficializado nas Olimpíadas de
Tóquio, no ano de 1964.
* A partir de Seul (1988), os jogos paralímpicos vêm sendo organizados no mesmo
local das Olimpíadas, não ocorrendo mais como movimento paralelo, ou seja,
quem se candidata a sediar as Olimpíadas precisa também sediar as
Paraolimpíadas.
ESPORTE ADAPTADO NO BRASIL

* O esporte adaptado chega ao Brasil no ano de 1958, quando surgem os 02


primeiros clubes de esporte em cadeira de rodas, um no Rio de Janeiro e outro em
São Paulo.
* Seus fundadores foram Robson Sampaio de Almeida e Sérgio Serafim de
Almeida, que trouxeram o conceito do esporte adaptado dos Estados Unidos para
o Brasil.
* O primeiro ano que o país participou dos Jogos Paraolímpicos foi em 1972, na
Alemanha concorrendo na modalidade Bocha, mas não conquistou medalhas.
* Desde 1984, o Brasil participa de todos os Jogos Paraolímpicos.
ROBSON SAMPAIO DE ALMEIDA
BENEFÍCIOS DO ESPORTE ADAPTADO PARA DEFICIENTES FÍSICOS

✓ Reabilitação física, psicológica e social;


✓ Ganho de autoconfiança;
✓ Ganho de independência nas atividades diárias;
✓ Criação de amizades;
✓ Melhora no bem-estar e na qualidade de vida;
✓ Prevenção de doenças;
✓ Prevenção de ansiedade e depressão;
✓ Melhora a auto estima.
PRINCIPAIS BARREIRAS COM DEFICIENTES FÍSICOS

As principais barreiras a serem superadas são:


✓Falta de uma política que possibilite de fato o desenvolvimento
desta prática;
✓ Preconceito;
✓ Falta de qualificação profissional;
✓ Falta de apoio de pessoas próximas.
PAPEL DO PROFISSIONAL DE EDUCAÇÃO FÍSICA NOS EXERCÍCIOS PARA
DEFICIENTES
* O profissional de educação física precisa ter uma postura diferenciada com os
deficientes, eles precisam saber como adaptar esportes, além de engajar e
animar os alunos.
* A resolução 03/87 foi um grande marco para a inclusão de exercícios para
deficientes físicos, ela introduz uma matéria voltada à pessoas com deficiência
física nos cursos de Licenciatura em Educação Física.
* Entretanto muitos profissionais ainda não se sentem confiantes para trabalhar
com esse público, sendo necessário uma conscientização maior por parte da
população para que a inclusão seja maior.
CLASSIFICAÇÃO FUNCIONAL PARALÍMPICA

* Utilizada para equilibrar a competição e garantir a participação de


atletas com os mais diversos tipos de lesão ou restrição motora, a
Classificação Funcional disponibiliza aos jogos uma estrutura
competitiva mais justa possível.

* Ela permite que o sucesso alcançado seja atingido pela estratégia,


habilidade e talento do atleta e da equipe, e não unicamente pela
função física, sensorial e/ou intelectual.
* Na prática, as classificações funcionais são aplicadas em um
regulamento que busca tentar aproximar os limites de cada
competidor, colocando todos em condições de igualdade para as
competições.
* O Comitê Paralímpico Internacional (IPC) reconhece cinco
categorias de deficiência para a participação em competições.
* São elas: paralisados cerebrais, deficientes visuais, atletas em
cadeira de rodas, amputados.
* O sistema nivelador tem duas funções principais: determinar a
elegibilidade para competir e agrupar os atletas para as disputas.
* Cada esporte determina o próprio sistema de classificação, baseado
nas habilidades funcionais e identificando as áreas chaves que afetam o
desempenho para a performance básica da modalidade.
* Cada modalidade tem sua própria regra de classificação.
* A Classificação Funcional é feita por profissionais da área da saúde
capacitados e registrados como classificadores funcionais, que podem
ser médicos, fisioterapeutas ou professores de educação física.
➢ A avaliação é realizada em três estágios:

1.Médico - EXAME FÍSICO (para verificar exatamente a patologia do atleta, além


da sua inabilidade, que afeta a função muscular necessária para um determinado
movimento).
2. Fisioterapeuta - FUNCIONAL (testes de força muscular, amplitude de
movimento articular, mensuração de membros e coordenação motora, buscam
evidenciar os resíduos musculares utilizados para a performance no esporte)
3. Professor de Educação Física - TÉCNICO (são observados os grupos
musculares na realização do movimento, a técnica e a prótese e a ortese
utilizadas).
TCC

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