T12 Pei
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EDUCACIONAL INDIVIDUALIZADO
Autor: Cristina Angélica Aquino de Carvalho Mascaro
Resumo:
O trabalho se insere no recorte de uma tese sobre o plano educacional individualizado (PEI). A
pesquisa pauta-se nos referenciais das metodologias de cunho qualitativo, foi realizado um estudo de
caso e apresentado os resultados da aplicação do PEI com um estudante do m deficiência intelectual
no âmbito de uma sala de recursos de uma escola de ensino comum. A partir da individualização do
ensino foi elaborado um modelo para aplicação do PEI com ênfase nas habilidades de comunicação
oral, alfabetização e conceitos matemático. Apresenta-se por opção de recorte os resultados na área da
comunicação oral. Foi evidenciado ao longo do estudo que, na medida que a estudante desenvolvia
maior autonomia na comunicação oral, a expressão de seus sentimentos, desejos, opiniões
favoreceram seu desenvolvimento acadêmico. As considerações apontam que no cotidiano
escolar, a dificuldade de expressão oral de alunos com deficiência intelectual pode ser
interpretada indevidamente como uma entraves de cunho pedagógico, sendo assim esta é uma
área que deve ser considerada nas ações do Atendimento Educacional Especializado tendo
como viés o PEI para atendimento às especificidades deste alunado.
Palavras-chave:
Plano Educacional Individualizado, Sala de recursos, Deficiência intelectual.
Introdução
Nas últimas duas décadas vivenciamos o movimento pela inclusão escolar, nesta
perspectiva a escola contemporânea precisa se modificar para receber todos os estudantes,
independente de apresentarem por exemplo uma necessidade educacional especial oriunda de
uma deficiência. De acordo com os documentos orientadores nacionais sobre a política
educacional inclusiva, os estudantes, público alvo da Educação Especial, devem estar
matriculados em turmas do ensino comum e possuem o direito ao Atendimento Educacional
Especializado - AEE no turno inverso ao de sua escolarização (BRASIL, 2008, 2009, 2011).
Esta modalidade de atendimento acontece, de forma prioritário no cenário nacional nos
espaços denominados salas de recursos, um espaço dotado de equipamentos e materiais
específico no qual os estudantes são atendidos por um professor especialista. Neste trabalho,
recorte de uma tese de doutorado, apresentamos uma proposta de AEE por meio do
atendimento pedagógico na sala de recursos para estudantes com deficiência intelectual, tendo
como fio condutor uma estratégia denominada Plano Educacional Individualizado.
Ao investigarmos a legislação nacional sobre a implantação do Atendimento
Educacional Especializado -AEE na modalidade de
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sala de recursos, é possível encontrar orientações sobre os objetivos deste serviço, assim como
diretrizes para operacionalização nas escolas. Entretanto, não há instruções claras sobre como
o mesmo deve ser realizado no cotidiano escolar para favorecer o processo de inclusão dos
alunos com base em um trabalho colaborativo com todos os profissionais envolvidos neste
processo (BRASIL, 2000, 2006, 2007, 2008, 2009, 2010, 2011).
Em países da Europa e nos Estados Unidos, o trabalho pedagógico com alunos da
Educação Especial é embasado a partir da elaboração de um plano educacional
individualizado - PEI, sendo essa proposta parte integrante da legislação educacional (IRIS,
2006; CORREIA, 2008; PORTUGAL, 2008; TANNUS-VALADÃO, 2010, 2013). A diretriz
nestes países é que seja elaborado um plano individualizado com metas relativas à vida
escolar do aluno, e o mesmo é montado pela equipe escolar com a colaboração da família.
Este plano é constantemente reavaliado com o objetivo de acompanhar o percurso acadêmico
do estudante, favorecendo seu desenvolvimento e inserção social.
Dentre as atribuições do professor especialista que atua no AEE, destacamos aquelas
que estão diretamente relacionadas à sua atuação na sala de recursos. Conforme consta no
segundo parágrafo do artigo 10 da Resolução nº 4, para realizar o atendimento na sala de
recursos é preciso que seja feito, para cada aluno o plano de AEE, o qual deve ser realizado
em articulação com os professores do ensino comum, incluindo a participação da família, e
em interface com demais serviços setoriais (BRASIL, 2009). Vale ressaltar que, embora a lei
proponha essa articulação, ela não sistematiza de que forma este trabalho colaborativo deve
ser realizado no cotidiano escolar.
Cabe destacar, também, que as atividades desenvolvidas com os estudantes no espaço
da sala de recursos, de acordo com as proposições legais (BRASIL, 2008, 2009), devem
diferenciar-se daquelas realizadas na sala de aula comum, não sendo substitutivas às que
acontecem no âmbito do ensino comum. Cabe ao professor da especialista proporcionar um
atendimento individualizado a cada um dos estudantes, de acordo com as suas peculiaridades
e necessidades. Assim como é este docente quem decide o conteúdo, tempo e periodicidade
destinado o atendimento.
Nas salas de recursos multifuncionais, como já ocorria com as salas de recursos
tradicionais, os alunos são atendidos no turno contrário ao da escolarização individualmente
ou em pequenos grupos, conforme necessidades específicas contidas no plano de AEE, o qual
deve ter
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[...] identificação das habilidades e necessidades educacionais específicas do aluno;
planejamento das atividades a serem realizadas, avaliação do desenvolvimento e
acompanhamento dos alunos; oferta de forma individual ou em pequenos grupos;
periodicidade e carga horária; e outras informações da organização do atendimento
conforme as necessidades de cada aluno (BRASIL, 2010, p.70).
De acordo com o exposto, o plano do AEE é bem amplo e se refere à estrutura geral
do atendimento a um determinado aluno. Destacamos o fato de que esse aluno passa a maior
parte do tempo na turma comum, sendo atendido na sala de recursos apenas duas ou três vezes
por semana por algumas horas. A atuação do professor de AEE é de caráter pedagógico, sem
viés terapêutico, cabendo-lhe fazer a interface com os profissionais da área clínica quando
necessário.
Nesse sentido, esta investigação busca contribuir com novas possibilidades de
atendimento para alunos com deficiência intelectual no contexto da inclusão escolar.
Apresentamos uma proposta de aplicação de um PEI no contexto do atendimento em sala de
recurso na escola comum. Tannús-Valadão (2013, p.53) define este instrumento como “um
mecanismo essencial para se garantir os resultados esperados do processo de escolarização de
pessoas em situação de deficiência”, seja em escolas ou classes especiais ou em turmas de
ensino comum.
Metodologia
O estudo insere no contexto de uma tese sobre o Plano Educacional Individualizado-
PEI, apresentamos aqui os dados referentes ao resultado da sua aplicação com uma aluna com
deficiência intelectual na sala de recursos. A metodologia empregada pautou-se nos
referenciais qualitativos, por meio de um estudo de caso nos pressupostos da pesquisa-ação
(CHIZZOTTI, 2006; THIOLLENT, 2011). O estudo justifica-se pela necessidade de se
investigar ações e práticas pedagógicas que favoreçam a inclusão e aprendizagem de alunos
com deficiência intelectual.
A literatura brasileira aponta diversos estudos pautados na abordagem metodológica
da pesquisa-ação que objetivavam intervir em situações do cotidiano escolar para favorecer o
processo de inclusão e aprendizagem de alunos com necessidades educacionais especiais.
Entre esses, podemos citar Capellini (2004); Glat e Pletsch (2011); Mascaro (2012); Menezes
(2012); Redig, (2014).
A pesquisa teve como locus uma escola estadual de Ensino Fundamental da Fundação
de Apoio à Escola Técnica – FAETEC, rede de escolas vinculada à Secretaria de Ciência e
Tecnologia do Estado do Rio de Janeiro. Os
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participantes focais foram: uma professora de Sala de recursos e uma aluna com deficiência
intelectual que no início da pesquisa frequentava uma turma de segundo ano do Ensino
Fundamental nesta escola. O estudo aconteceu durante os anos de 2014 até 2015.
De acordo com os pressupostos da pesquisa-ação, a investigação foi realizada de
forma cooperativa, pois a escola se abriu como campo de pesquisa para que a proposta do PEI
pudesse ser avaliada como um caminho para resolver a situação específica, no caso uma
forma de sistematização do AEE na unidade.
A investigação desenvolvida por meio desta estrutura de colaboração permitiu
contínuas revisões durante as três etapas da pesquisa, tanto no que era desenvolvido na
formação continuada da professora quanto no desenvolvimento das atividades elaborar e
aplicar o PEI.
Cabe pontuar que cada etapa da pesquisa demandou fontes diferentes de coleta de
dados. Segundo Thiollent (2011) a metodologia selecionada vai influenciar diretamente na
seleção de cada técnica que o pesquisador precisará utilizará para responder o seu problema.
Após a delimitação do problema e investigação da literatura sobre o tema, para implementar a
pesquisa, foram utilizadas neste estudo técnicas de: análise documental, observação,
entrevistas semiestruturadas, registro de notas e diários de campo.
De acordo com Lüdke e André (2013), a análise documental permite a
complementação de informações obtidas por outras técnicas. Neste estudo foi utilizado a
análise de documentos referentes a vida acadêmica da aluna participante.
A observação, segundo Lüdke e André (2013, p.30), ocupa um lugar de destaque na
realização de investigações no âmbito da escola. Para as autoras, “quando associada a outras
técnicas de coleta, a observação possibilita um contato pessoal estreito do pesquisador com o
fenômeno pesquisado”. Indo mais além, destacam que a observação permite descobrir
aspectos diferenciados em um problema. No caso desta investigação, as observações da aluna
durante a realização das atividades eram relevantes para demonstrar aspectos relacionados ao
seu desenvolvimento que não estavam evidentes em relatórios ou relatos de pais ou
professores.
A entrevista semiestruturada é uma técnica utilizada com bastante frequência nas
pesquisas educacionais, pois, embora siga um roteiro previamente elaborado, permite interagir
com os entrevistados de maneira a aprofundar questões relacionadas ao estudo que emergem
no momento da realização. Utilizamos esta técnica para colher informações prévias sobre a
aluna participante, a partir de entrevistas
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semiestruturadas com a professora e com o pai da aluna. Realizamos uma entrevista
individual com cada participante, com a duração aproximada de 45 minutos. As entrevistas
foram áudio-gravadas e transcritas para posterior análise.
Trabalhamos a coleta de dados, em todas as fases do estudo, nessa perspectiva cíclica,
procurando desvelar questões sobre a investigação proposta, no caso o processo de elaboração
e aplicação do PEI em uma sala de recursos.
Resultados
Nossa investigação voltou-se para construção de novas possibilidades de desenvolver
um trabalho pedagógico no espaço da sala de recursos, que contribuísse para o processo de
aprendizagem de estudantes com deficiência intelectual matriculado no ensino comum. Com
essa finalidade foi elaborado um modelo de protocolo para a aplicação do Plano Educacional
Individualizado (PEI).
Na escola que foi campo do estudo, a não ser nos casos de Conselhos de Classe ou
outras reuniões gerais, não havia, de forma sistemática, momentos de encontro entre a
professora da sala de recursos e os do ensino comum que atuam com os alunos da Educação
Especial com finalidade única de planejar e avaliar a s ações do AEE. Neste sentido, foi
elaborada uma proposta para que o PEI para atender ao trabalho pedagógico no espaço da sala
de recursos, na qual não havia a comunicação sistemática entre as professoras.
A investigação permitiu que a aluna participante do estudo de caso tivesse acesso a
processos de elaboração conceitual, a partir de uma reestruturação curricular, realizada pela
seleção de metas prioritárias em relação às suas necessidades específicas de aprendizagem,
pela utilização de práticas pedagógicas diferenciadas, e a avaliação se constituindo como
mediadora de todo o processo. Os dados apresentados foram fundamentados tantos nos
registros de campo da professora, quanto nos da pesquisadora. Os resultados revelaram um
crescente desenvolvimento da estudante nas atividades propostas no PEI elaborado para a
mesma.
O trabalho de campo com a estudante teve a duração de um ano e meio. Foi um
trabalho permeado por diferentes práticas avaliativas para alcançar os objetivos propostos. A
meta estabelecida em longo prazo visava favorecer o seu processo de inclusão escolar, tendo
como base a realização de atividades voltadas para seu desenvolvimento nas áreas da
comunicação oral, leitura e escrita e da matemática.
Cabe esclarecer que, mesmo ainda não tendo alcançado o objetivo do processo de
alfabetização, ao final do ano letivo de 2014, a equipe
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escolar considerou importante a promoção da aluna para o próximo ano de escolaridade. Entre
diferentes fatores que a equipe escolar discutiu sobre a decisão da promoção da aluna,
podemos destacar: a) como a coetaneidade com demais colegas da turma; b) evolução na sua
inclusão social; c) continuidade do trabalho com o PEI na sala de recursos. Essas foram,
portanto, etapas importantes para favorecer o processo de inclusão escolar da aluna (Nota de
campo da pesquisadora, 8 de dez de 2014).
Nesse sentido, de considerar a necessidade educacional específica de aprendizagem da
estudante, para que avançasse em seu processo de escolarização concordamos com Beyer
(2010, p. 65) ao dizer que:
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Nome fictício da estudante participante
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inventário. Nesta área foram planejadas e aplicadas atividades na sala de recursos que
pudessem auxiliar a estudante a melhorar sua comunicação verbal através do desenvolvimento
da oralidade.
Discussão
Na fase exploratória da pesquisa, detectamos que Juliana apresentava dificuldade para
se expressar oralmente, por conta de sequelas da paralisia cerebral, o que representava uma
barreira para o processo de interação com colegas e professores.
Durante o desenvolvimento das atividades na sala de recursos estabelecíamos
conversas com ela, perguntando, por exemplo, o que havia acontecido na sala de aula ou no
fim de semana. A aluna evitava manter a continuidade da conversa, respondendo com poucas
palavras como: “nada”, “esqueci”, “legal”, “não lembro” (Diário de campo da pesquisadora,
19/03/2014).
O Gráfico 1 apresenta o seu desenvolvimento na área da Comunicação Oral em cinco
itens dessa parte do inventário: a) “relata acontecimentos simples de modo compreensível”; b)
“lembra-se de dar recados após, aproximadamente 10 minutos”; c) utiliza a linguagem oral
para se comunicar”; d) “mantém turnos de conversação”; e e) “oferece pistas de
contextualização em seus discursos”.
Fonte: A autora
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As atividades executadas tinham a finalidade de desenvolver habilidades de
comunicação oral, visando melhorar melhoria sua interação com colegas e professores, bem
como estimulando sua participação nas aulas sala de aula, com perguntas ou alguma
solicitação. No desenvolvimento de atividades com este objetivo, era de caráter relevante uma
mediação intencional da professora para que a aluna avançasse nessa área. Levamos em
consideração a proposição de Bakhtin (1995) de que o domínio da expressão oral possibilita
que o sujeito possa se posicionar, assim como entender a enunciação dos outros, e, no caso de
nossa aluna com deficiência intelectual, esta habilidade sendo potencializada seria
impulsionadora do seu desenvolvimento escolar.
Exemplificamos na figura 1 uma atividade que tinha o objetivo de incentivar que a
aluna expressasse seu pensamento através da comunicação oral, ou seja, a professora buscava
estimular o desenvolvimento da oralidade. Ao apresentar a proposta, antes mesmo de
direcionar a atividade, a aluna era provocada a interagir oralmente por meio de perguntas
como: “Este é um menino ou uma menina?” “Vamos dar um nome para ele (a)”? E a partir
daí partíamos para organização da sequência lógica da história (Diário de Campo da
pesquisadora, 14/07/2014).
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Os dados no gráfico 1 demonstram a evolução crescente do desempenho de Juliana
nos cinco itens trabalhados na área de Comunicação Oral. Esse processo foi decorrente de um
trabalho pedagógico planejado de acordo com a necessidade específica de aprendizagem da
aluna, possibilitado mediante um acompanhamento sistemático através do PEI. Conforme
pontuam Rodrigues e Capellini (2014) o planejamento nesta proposta deve considerar o que
se deseja ensinar e, a partir de então, identificar os passos para atingir o objetivo, avaliando o
conhecimento do aluno em cada um deles. A partir das informações desta avaliação contínua
podemos
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A aluna logo que chegou apresentou uma aparência de cansada, mostrando que não
estava muito bem. Assim que entrou na sala e me viu tirar o material da atividade e
colocar sobre a mesa, Júlia respondeu que “-Não!” “_ Hoje eu estou cansada! Não
quero!”. Achei melhor não insistir, mas fiquei com uma cara de decepcionada. Júlia
percebeu e pediu desculpas: “Desculpa, tá!”. Disse a ela que não precisava pedir
desculpas, que eu entendia o quanto estava cansada, e que nem sempre estamos bem.
Sendo assim, disse à aluna que desejava que estivesse melhor na segunda. Não fez
as atividades propostas. Pintou livremente utilizando giz de cera, hidrocor e ofício
(Diário de Campo da professora, 20/03/2015).
.
Neste episódio, observamos que a aluna já estabelece uma conversa com a professora
com relação aos seus sentimentos e interesses, fato que anteriormente não ocorria. Dessa
forma, o fato de não realizar o que havia sido previamente planejado, foi devido às condições
físicas da aluna no momento da atividade proposta. Esse tipo de situação aparece no
comportamento de muitos alunos na escola, no entanto, o silêncio acaba sendo interpretado
como preguiça, desobediência e falta de interesse.
Por meio da avaliação das atividades desenvolvidas na área da linguagem,
constatamos uma melhor organização do pensamento, pois Juliana passou a relatar situações
envolvendo uma sequência lógica temporal (começo, meio e fim), habilidade importante para
o processo de alfabetização, no que diz respeito a ordem de letras, dos números e etc. Passou
a emitir recados de forma clara (exercitando a memória), apresentou melhoria na
comunicação com os colegas, o que favoreceu as relações afetivas na sala de aula e
consequentemente reforçou sua autoestima e autonomia.
De acordo com Vigostski (1994), a aprendizagem impulsiona o desenvolvimento do
sujeito. No caso da aluna com deficiência intelectual participante deste estudo foi fundamental
trabalhar conceitos acadêmicos com elementos presentes no seu dia a dia, o que tornou
significativa a ação pedagógica. Não resta dúvida de que trazer a vivência da aluna para o
cotidiano das atividades facilitou a aproximação da aluna ao conteúdo proposto. Tal fato
tornou-se possível a partir da aplicação do PEI elaborado na investigação.
A proposta embasada em atividades personalizadas na sala de recursos para demanda
de um estudante, foi de encontro, ao que o modelo de funcionamento humano proposto pela
AAIDD (2012) ao preconizar que o sujeito terá melhor condições de desenvolvimento
conforme os apoios que receber em diferentes áreas de sua vida. No caso do processo de
escolarização, o trabalho com o PEI proporciona o planejamento de apoios conforme as
necessidades do aluno com deficiência intelectual.
Referências
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AMERICAN ASSOCIATION ON INTELLECTUAL AND DEVELOPMENTAL
DISABILITIES. User’s Guide to accompany the 11th edition of Intellectual Disability:
Definition, Classification, and Systems of Supports. AAIDD, 2012.
MENEZES, Adriana Saldanha de. Inclusão escolar de alunos com autismo: quem ensina e
quem aprende? 2012. 160f. Dissertação (Mestrado) – Programa de Pós-Graduação em
Educação da UERJ, 2012.
PORTUGAL. Decreto-Lei n.º 3/2008 de 7 de Janeiro. Diário da República, 1.ª série, N.º 4, 7
de Janeiro de 2008.
THIOLLENT, Michel. Metodologia da Pesquisa-Ação. 18. ed. São Paulo: Cortez, 2011.
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