Processos de Refino 2 - Craqueamento Catalítico
Processos de Refino 2 - Craqueamento Catalítico
Processos de Refino 2 - Craqueamento Catalítico
de Técnicos de Operação Jr
do Abastecimento
2ª edição
PROCESSOS
DE REFINO
CRAQUEAMENTO CATALÍTICO
O CONVERSOR 14
(a) Carga para craqueamento 14
(a.1) Introdução 14
(a.2) Influência da qualidade da carga no processo 16
(a.3) Caracterização da carga 19
(a.3.1) Faixa de destilação 19
(a.3.2) Densidade (oAPI) 21
(a.3.3) Resíduo de carbono (RCR e RCC) 22
(a.3.4) Teor de metais 22
(a.3.5) Fator de caracterização (K) 23
(a.3.6) Ponto de anilina 24
(a.3.7) Teor de enxofre 25
(a.3.8) Teor de asfaltenos 26
(a.3.9) Coeficiente de carga Petrobras (CCP) 26
(b) Equipamentos 26
(c) Catalisadores para FCC 34
(c.1) Introdução 34
(c.2) Funções exercidas no processo 35
(c.3) O catalisador 36
(c.4) Propriedades físico-químicas dos catalisadores 37
(c.4.1) Atividade 38
(c.4.2) Seletividade 39
(c.4.3) Estabilidade 40
(c.4.4) Área superficial específica 41
(c.4.5) Diâmetro dos poros 41
(c.4.6) Índice de atrito (IA) 42
(c.5) A formulação do catalisador 43
(c.6) Reposição do catalisador virgem 44
(d) Reações 44
(d.1) Conceito básico de craqueamento 44
(d.2)Reações de craqueamento 46
(d.2.1) Reações primárias 47
(d.2.2) Reações secundárias 51
(d.3) Reações de formação de coque 56
(d.3.1) Coque catalítico 56
(d.3.2) Coque resíduo de carbono 57
(d.3.3) Coque contaminante 57
(d.3.4) Coque catalisador/óleo 57
(d.4) Reações de regeneração 58
(d.4.1) A combustão do coque 58
(e) Produtos de craqueamento 60
(e.1) Gás combustível (GC) 61
PETROBRAS ABASTECIMENTO 2008 2
QualificAbast
(e.2) Gás liquefeito de petróleo (GLP) 62
(e.3) Nafta de craqueamento 63
(e.4) Óleo leve de craqueamento (LCO) 64
(e.5) Óleo decantado 65
(f) Variáveis operacionais 66
(f.1) Introdução 66
(f.1.1) Balanço térmico 67
(f.1.2) Balanço de pressões 68
(f.1.3) Balanço de carbono 69
(f.2) Variáveis independentes 71
(f.2.1) Vazão da carga fresca 71
(f.2.2) Qualidade da carga fresca 72
(f.2.3) Atividade do catalisador 73
(f.2.4) Temperatura de reação 74
(f.2.5) Temperatura da carga fresca 75
(f.2.6) Razão de carga combinada (RCC) 76
(f.3) Variáveis dependentes 78
(f.3.1) Conversão 78
(f.3.2) Rendimento de produtos 80
(f.3.3) Circulação de catalisador 81
(f.3.4) Razão catalisador/óleo (C/O) 82
(f.3.5) Tempo de contato 82
(f.3.6) Temperatura da fase densa do regenerador 84
(f.3.7) Vazão de ar para a combustão de coque 84
(g) Regeneração do catalisador 85
(g.1) Introdução 85
(g.2) Processos de regeneração 86
(g.3) Variáveis de regeneração 87
(g.3.1) Vazão de ar para combustão 88
(g.3.2) Pressão do regenerador 89
(g.3.3) Temperatura da fase densa 89
(g.3.4) Teor de coque no catalisador gasto 90
(g.3.5) Tempo de regeneração 91
(g.4) Problemas operacionais 92
(g.4.1) Atraso de queima (behind-burning) 92
(g.4.2) Avanço de queima (after-burning) 94
O CONVERSOR
Figura 1
Curvas de destilação de cargas típicas de craqueamento 20
Figura 2
Conjunto de ciclones de duplo estágio e câmara plena 30
Figura 3
Corte longitudinal e cortes radiais de um regenerador 31
Figura 4
Conversor UOP side by side 33
Figura 5
Conversor PAC 34
Figura 6
Composição típica de um catalisador de craqueamento 37
Figura 7
Craqueamento de um hidrocarboneto parafínico 48
Figura 8
Craqueamento de um hidrocarboneto olefínico 49
Figura 9
Craqueamento de um hidrocarboneto naftênico ramificado 50
Figura 10
Craqueamento de hidrocarbonetos aromáticos ramificados 51
Figura 11
Isomerização de um hidrocarboneto olefínico 52
Figura 12
Ciclização de um hidrocarboneto olefínico 52
Figura 13
Reação de transferência de hidrogênio 53
Figura 14
Reação de condensação 54
Figura 15
Efeito do excesso de O2 sobre o tempo de regeneração 88
Figura 16
Efeito da pressão sobre o tempo de regeneração 89
Figura 17
Tempo de regeneração em função da temperatura do leito
90
denso
Figura 18
Atraso de queima causado por um aumento na produção de
93
coque
Figura 19
Atraso de queima causado por uma queda na vazão de ar 94
Figura 20
Variação da temperatura do regenerador em avanço de queima 95
PETROBRAS ABASTECIMENTO 2008 4
QualificAbast
TABELAS
O CONVERSOR
Tabela 1
Fator F para derivados de petróleo 25
Tabela 2
Principais reações ocorridas durante o craqueamento 55
Tabela 3
Composição típica do GC 61
Tabela 4
Composição típica do GLP 62
Tabela 5
Propriedades típicas da gasolina 64
Tabela 6
Propriedades típicas do LCO 65
Tabela 7
Propriedades típicas do óleo decantado 66
Até 1913, toda a gasolina produzida era obtida por destilação direta do
petróleo. Portanto, tanto a sua qualidade quanto a sua quantidade dependiam
Como resultado dessa união, o primeiro conversor com leito fluidizado co-
meçou a operar em 1942, na refinaria da Esso, Louisiana. Revogada a
(a.1) Introdução
Atualmente, diversos outros tipos de cargas são por vezes utilizados, tais
como aquelas procedentes de unidades de desasfaltação a propano, de
coqueamento retardado e de viscorredução.
Dentro dos três primeiros tipos, quanto mais alto for o peso molecular, mais
fácil é o craqueamento. A taxa de craqueamento dos hidrocarbonetos não
costuma ser um fator limitante da conversão, que pode ser ajustada usan-
do-se catalisadores de alta atividade ou alterando-se as condições
operacionais de modo a trabalhar-se com maior severidade. O fator limitante
normalmente é a formação de coque no catalisador, que por sua vez depen- de
do tipo de carga. Por exemplo, cargas aromáticas produzem grande quan-
tidade de coque, o qual rapidamente se deposita sobre o catalisador e
bloqueia seus centros ativos. A degradação principal ocorre nas cadeias
laterais, permanecendo intacto o anel benzênico. Estruturas aromáticas
polinucleares são muito estáveis, não se craqueando nem mesmo quando
submetidas a altas temperaturas e ao longo tempo de contato com o
catalisador. No entanto, podem sofrer desidrogenação, convertendo-se qua-
se que totalmente em coque.
Os metais pesados presentes na carga – níquel (Ni), cobre (Cu), vanádio (V)
e ferro (Fe) –, estão associados, principalmente, aos asfaltenos e às resinas.
Embora esses metais permaneçam nas frações residuais do petróleo, sua
presença no gasóleo é devida ao arraste físico de gotículas de resíduo ou à
volatilização de alguns compostos organometálicos durante a destilação
a vácuo. À medida que os gasóleos se tornaram mais pesados, o teor desses
metais aumentou devido à maior severidade na torre de destilação a vácuo.
Com a adição de resíduo à carga, os teores desses metais se tornaram ainda
mais elevados. Eles se depositam sobre a superfície do catalisador, afetando
sua atividade e seletividade e causando uma redução na produção de gaso-
Por outro lado, frações pesadas são de fácil degradação pelo catalisador,
porém produzem uma grande quantidade de coque e gás combustível, por
apresentarem maior quantidade de asfaltenos, organometálicos e outras
impurezas.
FM = 10Ni + V
3
K= PEMC
d 60ºF / 60ºF
onde PEMC é o ponto de ebulição médio cúbico (oR) e d 60ºF / 60ºF é a densida-
de da amostra em relação à da água a 60oF.
Para as frações de petróleo, o fator K varia entre 10,0 e 13,0. Quanto maior
for o valor de K mais elevado será o teor de hidrocarbonetos parafínicos na
fração, o que favorece o craqueamento. Por sua vez, valores baixos de K (em
geral, valores inferiores a 11,2) indicam um alto teor de aromáticos e,
conseqüentemente, dificuldade de craqueamento e alta possibilidade de for-
mação de coque. A faixa de variação usual do K para a carga de craqueamento
se situa entre 11,2 e 12,0.
O ensaio do ponto de anilina não costuma ser utilizado para frações pesa-
das, pois a anilina em geral se apresenta como um líquido escuro (devido à
presença de produtos de oxidação), tornando difícil a visualização do ponto
de completa miscibilidade, o que poderia levar a resultados pouco confiáveis.
%S (produto) = F . %S (carga)
(b) Equipamentos
· Modelos Kellogg:
Orthoflow B: RLAM
Orthoflow C: RPBC e REPLAN
Orthoflow F: REPAR, REVAP e REPLAN II
· Modelo Petrobras:
(Petrobras Advanced Convertor – PAC): RECAP e RLAM
(c.1) Introdução
Em 1964, foi lançado um novo catalisador, que tinha como principal com-
ponente a zeólita (ou zeolito), um aluminossilicato cristalino. Esse catalisador
rapidamente dominou o mercado, substituindo os catalisadores de sílica-
alumina amorfa utilizados até então. Essa substituição permitiu um aumen-
to substancial no rendimento de gasolina e uma redução nos rendimentos de
gás combustível e coque, embora fosse obser vado um decréscimo na
octanagem RON da gasolina devido à menor produção de olefinas.
(c.3) O catalisador
(c.4.2) Seletividade
(c.4.3) Estabilidade
(d) Reações
(d1
. ) Conceito básico de craqueamento
isonaftênicos isoaromáticos
+ +
R CH2 CH2 CH2 C CH2 CH3 R CH2 CH2 + H2C = C CH2 CH3
CH3 CH3
No final do riser, onde a ação catalítica já não existe, pois o coque agregado
à superfície do catalisador bloqueia o acesso aos poros, voltam a prevalecer
as reações de ação térmica em função do catalisador ainda estar com tem-
peraturas de 490 a 590°C (914 a 1094°F), dependendo do projeto. Essa
seção do riser é conhecida como seção das reações de sobrecraqueamento.
É importante lembrar que esta seção deve ser minimizada no projeto do riser.
· Craqueamento de parafinas
onde: n = m + p
· Craqueamento de olefinas
onde: n = m + p
· Craqueamento de naftênicos
onde: n = m + p
· Desalquilação de aromáticos
hepteno iso-hepteno
· Ciclização
CH2
H H H H H CH2 CH2
H C C C C C C H
CH2 CH2
H H H H
CH2
hexeno cicloexano
· Transferência de hidrogênio
· Condensação
Poliaromático > Diaromático > Monoaromático > Olefina > Naftênico > Parafínico
Ho f do NO2 = 8,09kcal/mol
O óleo leve de craqueamento ou de reciclo (light cycle oil – LCO) possui uma
elevada concentração de aromáticos bi e trinucleados com ramificações,
além de grande quantidade de olefinas e diolefinas de cadeias longas.
o
Destilação ASTM C Propriedade Valor
253 o
API 15,6
10% vaporizados
37,8 oC 39,0
50% vaporizados 292
Viscosidade (SSU)
65,0 oC 34,0
90% vaporizados 362
(SSU)
Ponto final de 386 Enxofre (% em massa) 0,5 –1,8
ebulição (PFE)
o
Destilação ASTM C Propriedade Valor
4 05 o
API - 0,5
10% vaporizados
(f.1) Introdução
O equilíbrio (ou balanço) de calor tem que ser obedecido para que a deman-
da de energia, necessária principalmente às reações de craqueamento, seja
adequadamente fornecida pelo regenerador. Um excesso de geração de ener-
gia causará temperaturas elevadas nesse vaso, podendo acarretar severos
danos ao equipamento e ao catalisador. Por sua vez, uma baixa geração de
energia provocará uma temperatura insuficiente do catalisador, impedindo
que as reações de craqueamento ocorram corretamente.
(f.3.1) Conversão
· Maximização de gasolina:
temperatura de reação moderada;
média razão catalisador/óleo;
médio tempo de contato;
elevada atividade do catalisador (alta taxa de reposição); e
formulação de catalisador específico (aumentando-se o teor de
zeólita e/ou o de terras raras).
K(1 - H/K)
X=
14,4(%CCG - %CCR)
(g.1) Introdução
Pode-se dizer que a queima está equilibrada quando está sendo injetado, no
regenerador, o ar necessário e suficiente para queimar o coque produzido
O torch oil será reduzido à medida que o coque formado nas reações for
suficiente para manter a temperatura do regenerador.
[Referências bibliográficas
REF
INO
DE
BAPTISTA, W. Monitoração da unidade de craqueamento catalítico fluido da
REDUC. Rio de Janeiro: CENPES/COPPE/INT, 1994. Relatório técnico.