Patologia Das Estruturas
Patologia Das Estruturas
Patologia Das Estruturas
Brasília-DF.
Elaboração
Produção
APRESENTAÇÃO.................................................................................................................................. 5
INTRODUÇÃO.................................................................................................................................... 8
UNIDADE I
ESTRUTURAS DE CONCRETO................................................................................................................. 11
CAPÍTULO 1
LINHA DO TEMPO E EVOLUÇÃO ............................................................................................. 11
CAPÍTULO 2
MATERIAIS DE COMPÕEM A MISTURA ..................................................................................... 15
CAPÍTULO 3
NORMAS TÉCNICAS ............................................................................................................... 28
UNIDADE II
PATOLOGIA.......................................................................................................................................... 30
CAPÍTULO 1
PATOLOGIAS EM CONCRETO ARMADO................................................................................... 30
CAPÍTULO 2
AGENTES CAUSADORES ......................................................................................................... 38
CAPÍTULO 3
ANÁLISE DAS POSSÍVEIS CAUSAS.............................................................................................. 46
UNIDADE III
PRINCIPAIS OCORRÊNCIAS PATOLÓGICAS EM CONCRETO ARMADO E TERAPIAS.................................. 51
CAPÍTULO 1
FISSURAS E EFLORESCÊNCIAS ................................................................................................. 51
CAPÍTULO 2
CORROSÃO DE ARMADURAS E FLECHAS EXCESSIVAS.............................................................. 58
CAPÍTULO 3
MANCHAS NO CONCRETO APARENTE E NINHOS DE CONCRETAGEM...................................... 64
UNIDADE IV
ESTRUTURAS METÁLICAS........................................................................................................................ 69
CAPÍTULO 1
PERFIL DO SETOR – PROJETOS E MONTAGEM.......................................................................... 71
CAPÍTULO 2
MONTAGEM DA ESTRUTURA METÁLICA..................................................................................... 78
CAPÍTULO 3
PATOLOGIAS NAS ESTRUTURAS DE AÇO................................................................................... 81
REFERÊNCIAS................................................................................................................................... 87
Apresentação
Caro aluno
Conselho Editorial
5
Organização do Caderno
de Estudos e Pesquisa
A seguir, apresentamos uma breve descrição dos ícones utilizados na organização dos
Cadernos de Estudos e Pesquisa.
Provocação
Textos que buscam instigar o aluno a refletir sobre determinado assunto antes
mesmo de iniciar sua leitura ou após algum trecho pertinente para o autor
conteudista.
Para refletir
Questões inseridas no decorrer do estudo a fim de que o aluno faça uma pausa e reflita
sobre o conteúdo estudado ou temas que o ajudem em seu raciocínio. É importante
que ele verifique seus conhecimentos, suas experiências e seus sentimentos. As
reflexões são o ponto de partida para a construção de suas conclusões.
Atenção
6
Saiba mais
Sintetizando
7
Introdução
Outra observação importante no período foi que, com o acréscimo das exigências
dos consumidores – impulsionados pelo CDC (Código de Defesa do Consumidor)
e, claro, pelo elevado investimento em um sonho, a casa própria –, exigir
adequado padrão de qualidade passou a ser a nova realidade a ser atendida pelas
incorporadoras e construtoras.
8
sua construção e, principalmente, à existência ou não de manutenções periódicas.
Sobre a qualidade da construção, caberá ao construtor providenciar as correções e
reparos necessários. A existência de uma patologia poderá ocorrer devido a vários
fatores: falhas no projeto, má qualidade de materiais, mão de obra inadequada,
falta de planejamento etc. Negligenciar as correções refletirá, para o proprietário,
na desvalorização do seu imóvel; já para a construtora, resultará em propaganda
negativa, comprometendo assim vendas futuras.
Objetivos
Este material objetiva atender os requisitos propostos pela ementa do curso
apresentando:
9
10
ESTRUTURAS DE UNIDADE I
CONCRETO
CAPÍTULO 1
Linha do tempo e evolução
Fonte: http://www.minutoengenharia.com.br/uploads/posts/595/como-era-feito-o-concreto-da-roma-antiga.jpg.
Fonte: https://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/03.028/748/pt.
12
ESTRUTURAS DE CONCRETO │ UNIDADE I
Fonte: https://diariodorio.com/wp-content/uploads/2015/05/A-Noite-Edificio.jpg.
14
CAPÍTULO 2
Materiais que compõem a mistura
Pasta
Argamassa
15
UNIDADE I │ ESTRUTURAS DE CONCRETO
Concreto Compressão
Fonte: http://arquitetandoestruturas.weebly.com/uploads/7/4/0/3/74037971/9443831.jpg?488.
Cimento Portland
Anteriormente mencionado neste texto, apresentamos, a seguir, o processo
de fabricação do cimento Portland com maior detalhamento. Atualmente
encontramos variações mais específicas do produto inicial, ou seja, além do
cimento comum, encontramos no mercado os cimentos especiais e compostos.
16
ESTRUTURAS DE CONCRETO │ UNIDADE I
O cimento Portland é o mais usual, uma vez que é utilizado sempre que as
características da construção não exigem propriedades especiais, como atingir
uma resistência ainda mais elevada ou a um determinado agente agressivo.
Sua classificação é dada por CP 1-25, CP 1-32 e CP 1-40, conforme a resistência (em
MPa), alcançada aos 28 dias. A verificação é realizada por meio de corpos-de-prova
moldados rompidos pelo método MB-1 (NBR – 7215).
17
UNIDADE I │ ESTRUTURAS DE CONCRETO
18
ESTRUTURAS DE CONCRETO │ UNIDADE I
CP I-25
CP I-40
CP I-S-25
CP I-S-40
CP II-E-25
CP II-E-40
CP II-Z-25
CP II-Z-40
CP II-F25
CP II-F-40
CP III – 25
CP III – 40
CP IV – 25
Cimento Portland pozolânico NBR – 5736
CP IV – 32
19
UNIDADE I │ ESTRUTURAS DE CONCRETO
Fonte: http://www.comunidadedaconstrucao.com.br/sistemas-construtivos/3/concreto-preparado-na-obra/execucao/58/
concreto-preparado-na-obra.html.
120
60
40
20
1° semestre 2016
1° semestre 2017
Fonte: https://cimento.org/wp-content/uploads/2017/09/Vendas-Cimento-dos-Maiores-do-mundo-em-2017-768x483.png.
20
ESTRUTURAS DE CONCRETO │ UNIDADE I
Água
A quantidade de água utilizada na mistura define o que se chama de “fator
água/cimento” (Figura 10), que influencia diretamente na resistência final do
concreto.
50
50
Resistência à compressão –
à compreensão – MPa
40
40
30
30
20
20
Resistência
20
10
MPA
0
0
0,4 0,4 0,6 0,6 0,8 10,8 1,2 1 1,2
Relação água/
Relação cimento
água/cimento
Agregados
A utilização de agregados nas misturas de concreto aumenta sua resistência
quanto aos esforços mecânicos, além de reduzir a retração na peça. Considerados
inicialmente inertes, é sabido que possuem características químicas e físicas que
são capazes de intervir no comportamento do concreto.
Quando da sua utilização, devem ser verificados o teor de umidade – uma vez que
pode alterar o fator água/cimento – e a existência de materiais que podem conter
carbono ou torrões de argila, que reduzem a qualidade da mistura final.
Fonte: https://www.visualconcretos.com.br/wp-content/uploads/2018/11/agregados-para-concreto-768x330.jpg.
Outro controle que se faz necessário é do formato dos grãos. Para tanto, temos
que verificar o índice de forma do agregado, que é a relação entre a maior e
a menor dimensão de grão (altura e comprimento). O resultado melhor será o
menor índice de forma, pois teremos uma redução de vazios, o que também terá
grande influência no consumo do cimento e, consequentemente, no custo final
da mistura.
22
ESTRUTURAS DE CONCRETO │ UNIDADE I
Aditivos
Os aditivos utilizados na mistura do concreto de cimento Portland têm como
objetivo melhorar as propriedades do concreto fresco, mas também após o
seu endurecimento. As substâncias químicas que compõem os aditivos serão
misturadas ao concreto em dosagens previamente estudadas para que, no
momento da utilização, seu preparo seja facilitado.
Fonte: https://s3.amazonaws.com/mapa-da-obra-producao/wp-content/uploads/2018/12/aditivos-de-concreto.jpg.
23
UNIDADE I │ ESTRUTURAS DE CONCRETO
Aço
O aço é obtido através da mistura de minério de ferro, coque (retirado de
carvão mineral), e fundentes (como as “castinas”, que são argilas calcárias,que
funcionam também como corretor de pH), que são sintetizados em um
equipamento chamado alto-forno, sob temperaturas da ordem de 1500 ºC
(FREITAS, 2007). O aço é uma liga de ferro e carbono adicionada a outros
elementos como o silício, fósforo enxofre etc., sendo que seu teor de carbono
pode variar de 0% a 1,7%.
O aço adere ao concreto, não permitindo que haja nenhum tipo de escorregamento
do vergalhão interno das peças. Sua aderência decorre da existência das nervuras
ou entalhes na barra. Para dessa aderência entre aço e concreto, é utilizada uma
medida quantitativa baseada no coeficiente de conformação superficial das barras
(η), conforme a NBR 7480:2007 a qual estabelece seus valores mínimos.
Coeficiente de conformação
superficial para Ø ≥ 10mm 1,00 1,50 1,50
Fonte: http://www.set.eesc.usp.br/mdidatico/concreto/Textos/03%20Acos.pdf.
Para as barras lisas, também é possível encontrar este efeito, em razão das
irregularidades existentes próprias destas barras quando do processo de laminação.
Fonte: https://www.redfer.com.br/images/artigos/barras-de-aco-para-construcao-civil.jpg.
24
ESTRUTURAS DE CONCRETO │ UNIDADE I
Para que seja utilizado na construção civil, o aço deve possuir as seguintes
características:
» homogeneidade;
» ductilidade; e
» soldabilidade.
25
UNIDADE I │ ESTRUTURAS DE CONCRETO
Durabilidade da estrutura
Envelhecimento e deterioração
Agressividade em ambientes
26
ESTRUTURAS DE CONCRETO │ UNIDADE I
27
CAPÍTULO 3
Normas técnicas
Tal mudança agregou qualidade tanto para consumidores como para as empresas,
e seus fornecedores possuem padrão estabelecido de excelência. As exigências para
adequação e fornecimento por parte das usinas é grande; todavia, resultam no
crescimento das indústrias.
Essas normas são chamadas de NBR, abreviação para “Normas Brasileiras”. A NBR
não está vinculada somente ao concreto, mas estabelece diretrizes e orientações
acerca de milhares de materiais, produtos e serviços.
Fonte: https://blog.apl.eng.br/wp-content/uploads/2018/08/233285-norma-abnt-as-exigencias-tecnicas-para-o-concreto-de-
cimento-portland.jpg.
28
ESTRUTURAS DE CONCRETO │ UNIDADE I
29
PATOLOGIA UNIDADE II
CAPÍTULO 1
Patologias em concreto armado
30
PATOLOGIA │ UNIDADE II
Fonte: https://www.ecivilnet.com/dicionario/images/nicho-de-concretagem.jpg.
Uma obra, da mesma forma que um ser vivo, encontra-se submetida à ação de
elementos tais como calor, umidade, ventos, geadas etc., além de ter que suportar
ações mecânicas, que podem cansá-la, fadigá-la e inclusive feri-la (CÁNOVAS, 1988).
31
UNIDADE II │ PATOLOGIA
Na maioria das vezes, apenas quando a estrutura está com aspecto ruim,
apresentando anomalias, é que se busca verificar a causa para posterior tomada
de decisão sobre o que é urgente e imediato e o que pode esperar.
Acidentes
Edifício Palace 2
» falta de manutenção;
Fonte: https://upload.wikimedia.org/wikipedia/pt/d/df/Palace_II.jpg.
32
PATOLOGIA │ UNIDADE II
Fonte: https://acervo.oglobo.globo.com/fatos-historicos/pavilhao-da-gameleira-desabamento-deixou-65-mortos-50-feridos-
em-1971-18608430.
Edifício Andrea
Outro acidente mais recente foi o do Edifício Andrea, em Fortaleza, que desabou em
outubro de 2019. Segundo relatos (FREITAS, 2019), já havia ocorrido uma reforma
estrutural no prédio oito meses antes do ocorrido. Todavia, os reparos não foram
suficientes, sendo necessária nova contração. Logo após o início das atividades,
porém, o prédio desabou.
33
UNIDADE II │ PATOLOGIA
7 andares
Edifício Andrea
cobertura
Desabamento ocorreu às 10h28
172,20 m2 – área comum
de 36,51 m2 O imóvel foi registrado em 1982
12 apartamentos
Fonte: hhttps://s2.glbimg.com/bNIX2H2XiQpQnvPlYJuFOindseE=/0x0:1600x4350/984x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/
v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2019/M/A/Nzkm5VRSOa1BqMb5boWA/queda-predio-
fortaleza-vale.jpg.
Transcorridos alguns meses do ocorrido, ainda não foi divulgado relatório da perícia
que foi executado no local, não sendo possível, então, afirmar que o desmoronamento
ocorreu quando dos inícios da atividade referente à segunda reforma. Se sabe com
certeza que nove pessoas perderam a vida nesta ocorrência.
Fonte: https://s2.glbimg.com/5yIHw-8UWKTHyLnVU6D6mQisMTE=/0x0:1280x720/984x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/
AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2019/k/D/PJCJejRrGXMZOGvfXJDg/whatsapp-image-2019-10-
16-at-13.01.02.jpeg.
34
PATOLOGIA │ UNIDADE II
Tipos de patologias
Para evitar a ocorrência das patologias e, com isso, incrementar a vida útil do
projeto, poderemos investir em:
» manutenção periódica; e
» adaptações planejadas.
As manifestações patológicas são verificadas por meio de sinais que podem vir a
aparecer em peças estruturais, conjunto de peças ou ainda em outro componente,
porém tendo como problema inicial uma peça estrutural, como, por exemplo,
rompimento de uma tubulação em decorrência de uma manifestação na estrutura.
De acordo com Pedro et al. (2002), a origem das patologias pode ser classificada em:
35
UNIDADE II │ PATOLOGIA
Fonte: https://www.guiadaengenharia.com/wp-content/uploads/2018/11/projeto-estrutural-etapas.jpg.
Fonte: hhttps://diariodonordeste.verdesmares.com.br/image/contentid/policy:1.2162621:1590244772/rachaduras-risco-cair-
casa-predio.jpg?f=16x9&$p$f=6bc1af8.
36
PATOLOGIA │ UNIDADE II
Fonte: https://thorusengenharia.com.br/wp-content/uploads/2018/05/raio-1.jpg.
37
CAPÍTULO 2
Agentes causadores
Fonte: https://mundoeducacao.uol.com.br/upload/conteudo/terremoto_12.jpg.
38
PATOLOGIA │ UNIDADE II
» vistorias no local;
39
UNIDADE II │ PATOLOGIA
V - Caracterís�ca da Estrutura
VI - Caracterização do Pavimento
em mal
asfál�co concreto em bom estado estado
X - Avaliação da Obra
40
PATOLOGIA │ UNIDADE II
Nem toda a estrutura será uma ponte, porém é importante montar uma ficha que
contenha dados importantes para análise posterior. A etapa de é fundamental para
caracterização dos problemas.
Para tanto, quando no local, é importante verificar junto tanto às pessoas envolvidas
no processo de produção quanto às que habitam o local, vizinhos etc.
» resistividade;
» esclerometria;
» ultrassom;
» profundidade de carbonatação;
» concentração de cloretos;
» resistência a compressão; e
» porosidade.
» resistência do material: 𝑅 = 𝜌. 𝑙/ 𝐴; e
41
UNIDADE II │ PATOLOGIA
Fonte de corrente
alternada Amperímetro
Voltímetro
Eletrodos
Linhas equipotenciais
Linhas de fluxo de
correntes
Ensaio de esclerometria
Corpo
Trava
Indicador
Martelo
Mola
Êmbolo
42
PATOLOGIA │ UNIDADE II
Fonte: http://www.concrelab.com.br/wp-content/uploads/2018/11/ENSAIO-DE-ESCLEROMETRIA-768x280.jpg.
Ensaio de ultrassom
43
UNIDADE II │ PATOLOGIA
Profundidade de carbonatação
Co2
Criação de duas
camadas distintas pH = 12,6
pH = 8,3
» medição de potenciais; e
Os ENDs (ensaios não destrutivos) são teste realizados em peças que estão
de alguma forma lesadas, através de seus princípios físicos, mantendo as
características físicas, químicas, mecânicas ou dimensionais e, assim, não
interferindo no uso posterior.
45
CAPÍTULO 3
Análise das possíveis causas
46
PATOLOGIA │ UNIDADE II
Fonte: http://www.engeplus.com.br/cache/noticia/0087/0087113/suspeita-de-deterioracao-do-pilar-da-ponte-de-laguna-e-
esclarecida.jpg?t=20150316184710.
47
UNIDADE II │ PATOLOGIA
» sabotagem.
48
PATOLOGIA │ UNIDADE II
Fonte: https://s2.glbimg.com/POhpRgaJBfEFI9mDux5aJBbYRns=/0x0:1000x750/984x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/
AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2018/y/Q/NhYK0eS3CNBH71rqstrw/whatsapp-image-2018-02-
22-at-16.28.55.jpeg.
7%
11%
45%
15%
22%
49
UNIDADE II │ PATOLOGIA
MANUTENÇÃO
CORRETIVA
MANUTENÇÃO PREVENTIVA
TEMPO
EXECUÇÃO
PROJETO
50
PRINCIPAIS
OCORRÊNCIAS
PATOLÓGICAS EM UNIDADE III
CONCRETO ARMADO
E TERAPIAS
CAPÍTULO 1
Fissuras e eflorescências
51
UNIDADE III │ PRINCIPAIS OCORRÊNCIAS PATOLÓGICAS EM CONCRETO ARMADO E TERAPIAS
Brecha acima de 10
Fonte: https://www.nucleodoconhecimento.com.br/wp-content/uploads/artigo-cientifico/pdf/inspecao-de-uma-ponte.pdf.
52
PRINCIPAIS OCORRÊNCIAS PATOLÓGICAS EM CONCRETO ARMADO E TERAPIAS │ UNIDADE III
Fonte: http://www.fissurometros.pt/imagenes/FI125.jpg.
» retração hidráulica;
» flexão;
» compressão;
» cisalhamento;
» cargas concentradas; e
» retração.
torção
flexão
Fissuras de flexão
53
UNIDADE III │ PRINCIPAIS OCORRÊNCIAS PATOLÓGICAS EM CONCRETO ARMADO E TERAPIAS
Tal situação pode se tornar insalubre à medida que pode percolar umidade e deixar
o ambiente comprometido. É necessário considerar a redução da durabilidade de
estrutura em muitos casos.
Fonte: https://www.aecweb.com.br/tematico/img_figuras/estrutura-de-concreto-com-fissura$$15642.jpg.
Em peças que perdem a rigidez devido à fissuração, como é o caso das peças
torcidas, devem-se analisar os efeitos da redistribuição de esforços no restante
da estrutura e limitar-se a fissuração, com dimensões e detalhamento das
armações.
M
elástico
M plástico
M
elástico M plástico
54
PRINCIPAIS OCORRÊNCIAS PATOLÓGICAS EM CONCRETO ARMADO E TERAPIAS │ UNIDADE III
A estrutura deve ter dimensões tais que se considere a seção homogênea, fissurada,
com a armadura calculada desprezando a resistência à tração do concreto, com
tensões baixas de tração nas armaduras (Estádio II).
Os estádios podem ser definidos como vários estágios de tensão pelo qual um
elemento fletido passa, desde o carregamento inicial até a ruptura. A Figura
43 descreve o comportamento de uma viga simplesmente apoiada submetida a
um carregamento externo crescente, a partir do zero. Os estágios de tensão são
quatro, cada um apresentado particularmente:
O restauro nas fissuras só poderá ocorrer à medida que a causa tenha sido
constatada e os agentes causadores eliminados, sendo necessária a execução dos
procedimentos de reparo só após essa ocorrência, lembrando que o processo de
identificação levará a diversas possibilidades.
55
UNIDADE III │ PRINCIPAIS OCORRÊNCIAS PATOLÓGICAS EM CONCRETO ARMADO E TERAPIAS
bloco
Tela soldada
chapisco
bloco
Tela soldada
pilar
Fonte: https://www.custodaconstrucao.com/etapas-obra-e-valor/.
Fonte: https://cimentomaua.com.br/wp-content/uploads/2018/01/2ndary_efflorescence_07-1024x652.jpg.
Após a aplicação dos ácidos deve-se lavar o local com água abundante. É importante
descobrir inicialmente a infiltração da água, pois, caso seja a causa da umidade,
somente dessa forma ela não retornará. Em algumas situações, dependendo do
grau de comprometimento da peça, será necessário executar uma nova camada de
regularização (chapisco e emboço).
Fonte: https://cimentomaua.com.br/wp-content/uploads/2018/01/img1_2013-10-08_13-48-17.jpg.
57
CAPÍTULO 2
Corrosão de armaduras e flechas
excessivas
Fonte: https://www.aecweb.com.br/tematico/img_figuras/concreto-corrosao$$13232.jpg.
58
PRINCIPAIS OCORRÊNCIAS PATOLÓGICAS EM CONCRETO ARMADO E TERAPIAS │ UNIDADE III
Figura 51. A perda de fragmentos de concreto do viaduto sobre a Linha Amarela é ameaça para motoristas.
Fonte: https://ogimg.infoglobo.com.br/in/2875947-b4d-61e/FT1086A/652/A-perda-de-fragmentos-de-concreto-do-viaduto-
sobre-a-Linha-Amarela-e-ameaca-para-motoristas-Foto-Marcelo-CarnavalAgencia-O-Globo.jpg.
59
UNIDADE III │ PRINCIPAIS OCORRÊNCIAS PATOLÓGICAS EM CONCRETO ARMADO E TERAPIAS
Fonte: https://www.tecnosilbr.com.br/wp-content/uploads/2017/12/corrosao-de-armaduras.jpg.
60
PRINCIPAIS OCORRÊNCIAS PATOLÓGICAS EM CONCRETO ARMADO E TERAPIAS │ UNIDADE III
Fonte: https://guideengenharia.com.br/wp-content/uploads/2.png.
Fonte: https://guideengenharia.com.br/wp-content/uploads/4.png.
61
UNIDADE III │ PRINCIPAIS OCORRÊNCIAS PATOLÓGICAS EM CONCRETO ARMADO E TERAPIAS
Fonte: http://www.ct.ufsm.br/engcivil/images/PDF/2_2015/TCC_FERNANDO%20LUIZ%20ZUCCHI.pdf.
» tipo de cimento;
» aços inoxidáveis;
62
PRINCIPAIS OCORRÊNCIAS PATOLÓGICAS EM CONCRETO ARMADO E TERAPIAS │ UNIDADE III
63
CAPÍTULO 3
Manchas no concreto aparente e
ninhos de concretagem
Fonte: https://images.adsttc.com/media/images/5b5f/5b79/f197/cc3b/cf00/0239/slideshow/FAUUSP_Vilanova_Artigas_Flickr_
Fernando_Stanklus.jpg?1532975988.
Normalmente, a terapia para essa patologia é simples: uma limpeza no local, com
aplicação de jatos de água ou produtos específicos e nova pintura ou verniz. Já em
casos mais graves, será necessário verificar com mais detalhe o problema, promover
um lixamento mecânico e posterior recomposição da superfície.
» verniz antipichação.
» verniz poliuretano;
64
PRINCIPAIS OCORRÊNCIAS PATOLÓGICAS EM CONCRETO ARMADO E TERAPIAS │ UNIDADE III
Fonte: https://www.amengenharia.eng.br/img/servicos/tratamento-de-concreto-aparente/tratamento-de-concreto-aparente.
jpg.
65
UNIDADE III │ PRINCIPAIS OCORRÊNCIAS PATOLÓGICAS EM CONCRETO ARMADO E TERAPIAS
» traço do concreto; e
» lançamento do concreto.
Fonte: http://www.construcaocivil.info/wp-content/uploads/2015/04/Ninho-de-concretagem-tambem-conhecido-como-broca-
ou-bicheira-em-um-reservatorio-inferior-com-89-m3.-.jpg.
Lembramos que o graute é um material formulado para que, com a simples mistura
adequada das partes, em proporções bem definidas, torne-se fluido e autoadensável
no estado fresco e aderente, resistente e sem retração no estado endurecido.
66
PRINCIPAIS OCORRÊNCIAS PATOLÓGICAS EM CONCRETO ARMADO E TERAPIAS │ UNIDADE III
Fonte: http://www.comunidadedaconstrucao.com.br/upload/imagens/PR_concret02d%20-%20Distribuir%20o%20concreto%20
uniformemente.jpg.
Ninhos
20% Físsuras -
ativas e
passivas
21%
Corrosão na
armadura
20%
Fonte: https://encrypted-tbn0.gstatic.com/images?q=tbn%3AANd9GcTLDCUz3XxVC2g8OIljSnHxyzOVmaKaxoeVlyXg_
CRST2Q9SXBo&usqp=CAU.
67
UNIDADE III │ PRINCIPAIS OCORRÊNCIAS PATOLÓGICAS EM CONCRETO ARMADO E TERAPIAS
Figura 61. Tabela 6.1 NBR 6118 – Classe de agressividade ambiental (CAA).
Classe de
agressividade Agressividade Classificação geral do tipo de Risco de deterioração
ambiental ambiente para efeito de projeto da estrutura
Rural
I Fraca Insignificante
Submersa
Marinha (1)
III Forte Grande
Industrial (1) (2)
Fonte: https://neoipsum.com.br/wp-content/uploads/2019/09/6.1.jpg.
68
ESTRUTURAS UNIDADE IV
METÁLICAS
Fonte: https://metalica.com.br/wp-content/uploads/2019/09/pontes-historia-7.jpg.
69
UNIDADE IV │ ESTRUTURAS METÁLICAS
70
CAPÍTULO 1
Perfil do setor – projetos e montagem
» volume de produção;
» tipos de certificação;
» número de funcionários;
» expectativa de crescimento.
PARTICIPAÇÃO NA
ESTADOS PRODUÇÃO
Sudeste 60%
SP 29%
MG 19%
ES 7%
RJ 5%
Sul 24%
RS 17%
SC 5%
PR 2%
Nordeste 8%
BA 4%
CE 3%
PE 1%
PB 0%
MA 0%
SE 0%
PI 0%
Centro-Oeste 5%
GO 2%
DF 1%
MT 2%
MS 0%
Norte 3%
PA 0%
AM 1%
RO 2%
TOTAL 100%
PARTICIPAÇÃO NA PRODUÇÃO
5% 3%
8%
24%
60%
72
ESTRUTURAS METÁLICAS │ UNIDADE IV
Áreas de atuação
2011 2012 2013 2014 2015 2011 2012 2013 2014 2015
2011 2012 2013 2014 2015 2011 2012 2013 2014 2015
milhão t milhão
milhã t milhão t milhão t
milhã
milh
milhão t
milhã
milh
73
UNIDADE IV │ ESTRUTURAS METÁLICAS
9,00 9,10
6,9
74
ESTRUTURAS METÁLICAS │ UNIDADE IV
Fonte: https://www.cimentoitambe.com.br/wp-content/uploads/2017/09/estrutura-mista2_pilar.jpg.
75
UNIDADE IV │ ESTRUTURAS METÁLICAS
» fornecimento de energia;
A verificação das fundações ou das vigas de suporte deve possuir precisão, pois
elas influenciarão a qualidade dimensional da montagem, do detalhamento e da
fabricação da estrutura. Chumbadores, insertos ou outros aparelhos de fixação
das colunas às bases normalmente são instalados por terceiros, mas devem ser
verificados pelo montador antes de se iniciar a montagem.
76
ESTRUTURAS METÁLICAS │ UNIDADE IV
» Cada base pode receber dois ou mais calços, que devem estar
perfeitamente nivelados entre si para não introduzir erro de prumos
nas colunas.
77
CAPÍTULO 2
Montagem da estrutura metálica
A fase final de uma estrutura metálica é a sua montagem. Após todo o estudo
e desenvolvimento dos projetos e fabricação das peças, estas chegam na obra
para execução da montagem. O investimento nesta etapa é em torno de 30%
em relação ao total gasto no projeto e, caso haja alguma incompatibilidade, os
investimentos serão muito maiores. O planejamento será de acordo com o tipo
de projeto desenvolvido e seguirá as seguintes etapas.
» prazo; e
78
ESTRUTURAS METÁLICAS │ UNIDADE IV
» alinhamento;
» nivelamento;
» esquadro; e
» prumo.
Fonte: https://1.bp.blogspot.com/-euSMXh3EFwY/WgI7q7N9cqI/AAAAAAAAA-0/fBF-clyyCjE4Qgd5HOMRRsXDlKHp80NjACLcBGAs/
s1600/estrutura.jpg.
79
UNIDADE IV │ ESTRUTURAS METÁLICAS
O içamento das peças é uma etapa que merece atenção, uma vez que envolve
aspectos relacionados à segurança, sendo necessário conhecer todas as cargas e
esforços envolvidos. Essas informações deverão ser repassadas aos fornecedores
dos equipamentos para o correto dimensionamento dos guindastes e gruas. Estes
deverão:
» Calcular a carga.
» Compor as forças.
Fonte: http://guinchocadserv.com.br/wp-content/uploads/2016/05/cadserv-guincho-teresina-22-1024x600.jpg.
80
CAPÍTULO 3
Patologias nas estruturas de aço
Fonte: https://metalica.com.br/wp-content/uploads/2019/09/acos-estruturais-04.jpg.
» variações térmicas.
81
UNIDADE IV │ ESTRUTURAS METÁLICAS
Fonte: http://www1.sp.senac.br/hotsites/blogs/revistainiciacao/wp-content/uploads/2016/11/15.175_IC.pdf.
Fonte: http://incopre.com.br/wp-content/uploads/2015/09/corrosao-concreto-2.jpg.
82
ESTRUTURAS METÁLICAS │ UNIDADE IV
Fonte: https://www.nucleodoconhecimento.com.br/wp-content/uploads/2019/10/tipos-de-corros%C3%A3o.png.
Fonte: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/3/3144/tde-04092008-155911/publico/6_cap.pdf.
83
UNIDADE IV │ ESTRUTURAS METÁLICAS
Incompatibilidade de projetos
Fonte: https://www.researchgate.net/publication/308180886/figure/fig1/AS:540484147703810@1505872870503/FIGURA-1-
Situacao-de-falhas-na-estrutura-metalica-devido-a-incompatibilidade-de-projeto.png.
Falha de gabarito
Uma das falhas recorrentes diz respeito ao gabarito das furações para passagens
dos parafusos, que muitas vezes não estão com o diâmetro correto ou no local
adequado, conforme demostram as imagens abaixo.
Figura 79. (a) Falha no gabarito de furação – (b) Furos não previstos nos projetos.
Fonte: https://www.abcem.org.br/construmetal/2012/arquivos/Cont-tecnicas/apresentacoes/31_FALHAS-E-PATOLOGIAS-NAS-
ESTRUTURAS-METALICAS.pdf.
84
ESTRUTURAS METÁLICAS │ UNIDADE IV
Falta de parafusos
Fonte: https://www.abcem.org.br/construmetal/2012/arquivos/Cont-tecnicas/apresentacoes/31_FALHAS-E-PATOLOGIAS-NAS-
ESTRUTURAS-METALICAS.pdf.
Fonte: https://www.abcem.org.br/construmetal/2012/arquivos/Cont-tecnicas/apresentacoes/31_FALHAS-E-PATOLOGIAS-NAS-
ESTRUTURAS-METALICAS.pdf.
85
UNIDADE IV │ ESTRUTURAS METÁLICAS
Uso Cálculo,
11% Detalhamento,
Materiais Plantas Executivas
16% e Construtivas,
Plantas de
Montagem
41%
Erros de re-
orientação,
Modificação de
projeto, Não
cumprimento de
normas, Falta de
definição de projeto,
Modificação nos
materiais
32%
Uso
Fonte: https://www.abcem.org.br/construmetal/2012/arquivos/Cont-tecnicas/apresentacoes/31_FALHAS-E-PATOLOGIAS-NAS-
ESTRUTURAS-METALICAS.pdf.
Ao longo do texto, foi possível verificar que podemos incorrer em falhas nas
diversas etapas de uma obra, desde o projeto, passando pela construção, até a
sua manutenção. Sendo assim, executar um projeto e obras dentro das normas
técnicas e seguir boas práticas de manutenção são ações efetivas para a vida útil
de uma construção.
86
Referências
CAMPOS, Vinícius Chaves; et.al. Inspeção De Uma Ponte De Acordo NBR 9452, Na
Cidade De Palmas-TO: Análise Das Manifestações Patológicas. Revista Científica
Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento. v. 2, n. 2, pp. 98-109, fev. 2018.
Disponível em: https://www.nucleodoconhecimento.com.br/wp-content/uploads/
artigo-cientifico/pdf/inspecao-de-uma-ponte.pdf. Acesso em: 13 jul. 2020.
FREITAS, Cadu. Edifício Andrea passou por reforma em coluna meses antes do
desabamento. In: Diário do Nordeste. 30 dez. 2019. Disponível em: https://
diariodonordeste.verdesmares.com.br/seguranca/edificio-andrea-passou-por-
reforma-em-coluna-meses-antes-do-desabamento-1.2192716. Acesso em: 22 jul. 2020.
87
REFERÊNCIAS
LINCOLINS, Thiago. Edifício Palace II: a tragédia na Barra da Tijuca. In: Portal
Aventuras na História. 15 out. 2019. Disponível em: https://aventurasnahistoria.
uol.com.br/noticias/reportagem/historia-palace-ii.phtml. Acesso em: 22 jul. 2020.
88
REFERÊNCIAS
SOUSA NETO, Jose Afonso Gayoso de. Boas práticas para execução de
estrutura – notas de aula. IPOG, 2020.
PINHEIRO, Libânio M.; SANTOS, Andreilton P.; MUZARDO, Cassiane D.; SANTOS,
Sandro P. Estruturas de concreto – capítulo 3. Mar. 2010. http://www.set.eesc.usp.
br/mdidatico/concreto/Textos/03%20Acos.pdf. Acesso: 22 mar. 2020.
SERPOL. Tratamento de concreto aparente: por que ele é a sua melhor opção?. In:
Serpol. Disponível em: http://serpolengenharia.com.br/2018/10/02/concreto-
aparente-tratamento/. Acesso em: 13 jul. 2020.
90