Psicoteoterapia
Psicoteoterapia
Psicoteoterapia
HOMO-PSÍQUICO
Traumas Emocionais
1ª Edição - 2008
Itapajé
Masters Divinity Center
Homo Psíquico – Traumas Emocionais 5
Copyright©Benne Den
FICHA CATALOGRÁFICA
.
Frota, Denis (Benne Den)
F961e
Psicoterapia Teocêntrica – Sanidade Para os Traumas
Emocionais - 1.ed. - CE – MDC - CE, 2008.
Divulgação Livre
Autorizamos a reprodução deste livro para fins não comerciais,
desde que citada a fonte.
Contatos:
E-mail: benneden@mail.com
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Homo Psíquico – Traumas Emocionais 7
SUMÁRIO
Apresentação
Os Traumas e a Afetividade
Os Traumas Emocionais
Proposta Teocêntrica
A Reengenharia da Alma
Imaginação Direcionada
Modulação Emocional
Vencendo a Amargura
Bibliografia
Homo Psíquico – Traumas Emocionais 9
Apresentação
Benne Den
Capítulo 1
Heranças e Vivências
Homo Psíquico – Traumas Emocionais 15
Capítulo 2
Os Traumas e a Afetividade
Homo Psíquico – Traumas Emocionais 21
Traumas – Emoções
Emoção [do fr.. émotion.] - reação intensa e breve do
organismo a um lance inesperado. Essa reação é acompanhada
dum estado afetivo de conotação penosa ou agradável. É o
estado em que o organismo sai de seu equilíbrio e é agitado.
Capítulo 3
Traumas Emocionais
Homo Psíquico – Traumas Emocionais 27
Nota: O que pode ser traumático para um indivíduo, pode não ser
para outro, que tenha capacidade de tolerar o acontecimento e
elaborá-lo psiquicamente, sem maiores conseqüências.
Conseqüências
Neuroses
São reações vivenciais anormais: as reações ansiosas, reações
histéricas ou neurose de ansiedade, neurose histérica, por
exemplo. São maneiras anormais de se responder às emoções,
nas vivências. Quando uma angústia não é suportada
satisfatoriamente, o conflito interior implica em sofrimento, em
Angústia Patológica ou Angústia Neurótica.
Depressão
É um estado de sofrimento psíquico caracterizado
fundamentalmente por rebaixamento de humor, acompanhado
por diminuição significativa do interesse, prazer e energia. As
características mais comuns são: alterações do sono e apetite,
retardo psicomotor, sensação de fadiga, falta de concentração,
Homo Psíquico – Traumas Emocionais 30
Angústia
Tédio; tristeza com amargura e senso de sufocação. Um
sentimento freqüente e torturante que tem origem em uma
ameaça conscientemente percebida.
Ansiedade
É o estado psíquico de inquietude e impaciência. Os padrões
variam amplamente. Alguns pacientes têm sintomas
cardiovasculares, tais como palpitações, sudorese ou opressão
no peito, outros manifestam sintomas gastrointestinais como:
náuseas, vômito, diarréia ou vazio no estômago; outros ainda
apresentam mal-estar respiratório ou predomínio de tensão
muscular exagerada, do tipo espasmo, torcicolo e lombalgia.
No plano da Consciência a ansiedade pode monopolizar as
atividades psíquicas e comprometer, desde a atenção e
memória, até a interpretação fiel da realidade.
Fobia
Temor insensato, obsessivo e angustiante, que certas pessoas
traumatizadas sentem em situações específicas. A característica
essencial da Fobia consiste no temor patológico, absurdo que
escapa à razão e resiste a qualquer espécie de objeção da lógica
e da razão. Refere-se a certos objetos, atos ou situações e
pode apresentar-se sob os aspectos mais variados. O temor
obsessivo aos espaços abertos (agorafobia) ou fechados
(claustrofobia), aos contatos humanos ou com animais (cães,
ratos), temor de atravessar ruas, de subir ou descer elevadores,
de lugares altos etc.
Transtornos de Pânico
Ataques de pânico recorrentes: crises de medo agudo e
intenso, extremo desconforto, sintomas associados ao medo
de morte iminente. A Síndrome do Pânico é, literalmente, uma
Homo Psíquico – Traumas Emocionais 31
Irritabilidade
Uma predisposição especial ao desgosto, à ira e ao furor. As
pessoas irritáveis manifestam impaciência e aumento da
capacidade de reação para determinados estímulos e
intolerância à frustração, aos ruídos, às aglomerações. Nesses
casos, a perturbação consiste no aumento da tonalidade afetiva
própria das percepções; um ruído, por exemplo, é interpretado
mais como uma provocação do que um incômodo acústico.
Sintomas
O indivíduo tem recordações fortes com muita aflição,
incluindo imagens ou pensamentos do trauma vivenciado.
Sonhos amedrontadores também podem ocorrer e o indivíduo
pode agir ou sentir como se o evento traumático estivesse
Homo Psíquico – Traumas Emocionais 32
ocorrendo novamente.
Um grande sofrimento psicológico se desenvolve
quando surgem lembranças de algum aspecto do trauma. Há
uma intensa necessidade de se evitar sentimentos,
pensamentos, conversas, pessoas ou lugares que ativem
recordações do trauma. Também pode ocorrer uma
incapacidade de se recordar algum aspecto importante do
trauma, uma dificuldade em conciliar e manter o sono,
irritabilidade ou surtos de raiva e baixa concentração.
Desenvolvimento
O transtorno de estresse pós-traumático pode se
desenvolver algum tempo após o trauma. O intervalo pode ser
breve como uma semana, ou longo como trinta anos. Os
sintomas podem variar ao longo do tempo e se intensificar
durante períodos de estresse.
As crianças e os idosos têm mais possibilidade de
desenvolver estresse pós-traumático do que as pessoas na meia
idade. Por exemplo, cerca de 80% das crianças que sofrem uma
queimadura extensa mostra sintomas de transtorno de estresse
pós-traumático um a dois anos após o ferimento.
Emoções Primárias
Os efeitos dos traumas passados são emoções
negativas, chamada de emoções primárias. A intensidade das
emoções primárias determina a história da vida da pessoa
traumatizada. Quanto mais traumática a experiência de vida,
mais intensas serão as emoções primárias.
Mecanismos de Defesa
A maioria das pessoas têm traumas. Alguns traumas
são tão fortes que prejudicam completamente o
desenvolvimento da vida profissional, afetiva e social do
indivíduo.
Inconscientemente, aquelas que não sabem como lidar
com suas experiências traumáticas, desenvolvem múltiplos
mecanismos de defesa para controlar suas emoções negativas.
Nem sempre o homem consegue superar seus conflitos
emocionais. Há casos difíceis de se controlar, daí a
manifestação da dinâmica do inconsciente criando
Homo Psíquico – Traumas Emocionais 34
mecanismos de defesa.
Algumas pessoas sofreram abusos tão intensos que não
têm consciência exata de suas experiências; muitas não
conseguem lembrar de todas as cenas que envolveram o
trauma.
A resposta para a memória reprimida se encontra no
Salmo 139:23-24.
1) O Reconhecimento;
2) A Resistência – efetuando uma Modulação das
emoções negativas;
3) Ajuda especializada.
Emoções Secundárias
Felizmente as emoções primárias podem ser
moduladas e estabilizadas no tempo presente. A solução está
em avaliarmos mentalmente as emoções primárias à luz das
circunstâncias presentes.
A racionalização correta consegue modular a
intensidade da emoção primária até estabilizá-la por completo.
Quando a emoção primária é confrontada com a
racionalização correta, há uma combinação do passado com o
presente, produzindo um outro tipo de emoção, chamada de
emoção secundária.
Capítulo 4
Propostas Científicas de Cura
Homo Psíquico – Traumas Emocionais 40
Psicoterapia Breve
Em 1994, um estudo realizado pelos professores
Charles Figley, PhD e Joyce L. Carbonell, PhD, da Florida State
University, sobre as abordagens breves para o tratamento de
traumas e fobias, foi objeto de um artigo na revista The Family
Therapy Networker. EMDR (Eye Moviment Desensitization
and Reprocessing).
Ressonância Afetiva
Coerência Cardíaca
Os estudos fisiológicos modernos confirmam antigas
teses: quando se mede a variação cardíaca no computador,
constata-se que a maneira mais simples e rápida para fazer com
que o corpo entre em "coerência cardíaca" é experimentar
sentimentos de gratidão ou de carinho em relação ao outro.
Capítulo 5
Proposta Teocêntrica de Cura
Homo Psíquico – Traumas Emocionais 47
em Cristo.
Saiba que Deus quer resolver suas emoções negativas
do passado. Você tem uma nova herança em Cristo. O trauma
exerce efeito sobre sua natureza adâmica, não sobre sua nova
natureza em Cristo.
Todos nós podemos ser vítimas de traumas e isto não
pode ser modificado porque está relacionado ao nosso
passado; algo que aconteceu e não há como voltar no tempo e
mudar nossa experiência dolorosa. Mas, o cristão tem como
romper com o “emocional negativo” do passado e deixar de
ser vítima, seguindo a vida com sua nova identidade em Cristo.
“Ora, se vós, que sois maus, sabeis dar boas dádivas aos vossos
filhos, quanto mais o Pai celestial dará o Espírito Santo àqueles
que lho pedirem?” (Lc 11:13).
Homo Psíquico – Traumas Emocionais 53
Sofonias 3.17 - O Senhor teu Deus está no meio de ti, poderoso para
te salvar; ele se deleitará em ti com alegria; renovar-te-á no seu amor,
regozijar-se-á em ti com júbilo.
Isaías 61.3 – “... a ordenar acerca dos que choram em Sião que se
lhes dê uma coroa em vez de cinzas, óleo de gozo em vez de pranto,
vestidos de louvor em vez de espírito angustiado; a fim de que se
chamem árvores de justiça, plantação do Senhor, para que ele seja
glorificado”.
Capítulo 6
Promovendo Uma Mudança de Vida
Homo Psíquico – Traumas Emocionais 57
Pensai nas coisas que são de cima, e não nas que são da terra;
Cl 3:2
Para que, no tempo que vos resta na carne, não vivais mais
segundo as concupiscências dos homens, mas segundo a
vontade de Deus.
1Pe 4:2
Capítulo 7
Reengenharia da Alma
Homo Psíquico – Traumas Emocionais 64
Capítulo 8
Imaginação Direcionada
Homo Psíquico – Traumas Emocionais 73
Capítulo 9
Modulação Emocional
Homo Psíquico – Traumas Emocionais 79
Pv 23:7 - Porque, como ele pensa consigo mesmo, assim ele é; ele te
diz: Come e bebe; mas o seu coração não está contigo.
(Rm 1:17)
Tela Mental
Esta é uma forma de se gravar imagens como fatos.
Escolhida a meta bíblica que deseja representar na imaginação,
o aconselhado cria seu cenário interior, tornando-se seu
próprio assistente e diretor, apresentando cenas adequadas ao
alvo estabelecido.
claramente;
− Medita profundamente nos textos bíblicos selecionados,
procurando assimilar a vontade de Deus para sua vida;
− Repete na mente as atitudes corretas que Deus expressa na
Bíblia, como se fossem reais até poder senti-las claramente;
− Repete os mecanismos de êxito três vezes ao dia, uma em
cada turno;
− Continua exercitando na imaginação as experiências nas
quais tenha sido bem sucedido.
O Espiritual e o Humano
Capítulo 10
A Natureza de Cristo em Nós
Homo Psíquico – Traumas Emocionais 91
Faixa da Irritabilidade
1- Sempre 2- Na maioria 3- De vez em quando - 4- Raramente.
Anexo
Vencendo a Amargura
Homo Psíquico – Traumas Emocionais 99
O que é ressentimento?
É sentir de novo todas as emoções ruins provocadas por uma
mágoa guardada no coração e enraizada pelo tempo. É sentir
profundamente, estar magoado, ofendido, ferido, afligido,
triste, desgostoso, angustiado.
(IS 59:1) "EIS que a mão do SENHOR não está encolhida, para que
Homo Psíquico – Traumas Emocionais 102
não possa salvar; nem surdo o seu ouvido, para não poder ouvir."
(IS 59:2) "Mas as vossas iniqüidades fazem separação entre vós e o
vosso Deus; e os vossos pecados encobrem o seu rosto de vós, para
que não vos ouça."
Confissão e Arrependimento
Há muitas pessoas em nosso meio que precisam muito
mais de arrependimento e confissão de pecados do que
tratamento psicológico. Suas vidas estão superlotadas de lixo.
São portadoras de enfermidades físicas e diversos problemas
emocionais porque guardam sentimentos maldosos para com
outras pessoas. Podem ser totalmente curadas quando
estiverem dispostas a confessar seus pecados e a ministrar o
perdão.
Bibliografia
BÍBLIAS
Bíblia 98 - Freeware - www.jesuslife.org - www.biblia.net e
outros
Bíblia Sagrada – Almeida Corrigida Fiel – Sociedade Bíblia
Trinitariana do Brasil – 1994
Bíblia Sagrada – Edição Revista e Atualizada – Sociedade
Bíblica Barsileira - .
REVISTAS E JORNAIS
Revista - Aconselhamento Cristão – Editora Socep - Volume
XI
Jornal O Ultimato – Ed. Ultimato – Números: 263 e 282
LIVROS
ADAMS, JAY E - CONSELHEIRO CAPAZ – Editora Fiel
- 7ª edição – 1993;
ANDERSON, NEIL T. – VITÓRIA SOBRE LA
OSCURIDAD – 1ª EDIÇÃO – 2002 – Editora Unilit, Miami
FL (USA);
BALEN, FREI CLAUDIO VAN - DINÂMICA
RELIGIOSA E CONSTRUÇÃO DO SER HUMANO.
ENSINO RELIGIOSO ESCOLAR - REVISTA DE
EDUCAÇÃO
AEC, Nº 88. Charbel Gráfica e Editora Ltda. Brasília, DF –
1993;
BOLT, MARTIN – David G. Myers – INTERAÇÃO
HUMANA – Edições Vida Nova – 1ª edição – 1989 – São
Paulo;
BROGER, JOHN - AUTOCONFRONTAÇÃO – Biblical
Homo Psíquico – Traumas Emocionais 108
APOSTILA
TEOTERAPIA
1. TERAPIA
1.1. Psique era o conceito grego para o self ("si-mesmo"), abrangendo as idéias
modernas de alma, Ego e mente. Do grego psychein ("soprar"), é uma
palavra ambígua que significava originalmente "alento" e posteriormente,
"sopro". Dado que o alento é uma das características da vida, a expressão
"psique" era utilizada como um sinônimo de vida e por fim, como sinônimo
de alma, considerada então o princípio da vida.
1.2. Emoção, numa definição mais geral, é um impulso neural que move um
organismo para a ação. A emoção se diferencia do sentimento, porque,
conforme observado, é um estado psico-fisiológico. O sentimento, por
outro lado, é a emoção filtrada através dos centros cognitivos do cerebro,
especificamente o lobo frontal, produzindo uma mudança fisiológica em
acréscimo à mudança psico-fisiológica. Daniel Goleman, em seu livro
Inteligência Emocional, discute esta diferenciação por extenso. A palavra
emoção provém do latim emotionem, "movimento, comoção, ato de
mover". É derivado tardio duma forma composta de duas palavras latinas:
ex, "fora, para fora", e motio, "movimento, ação", "comoção" e "gesto".
Esta formação latina será tomada como empréstimo por todas as línguas
modernas européias. A primeira documentação do francês émotion é de
1538. A do inglês emotion é de 1579. Do italiano emozione, o português
emoção datam do começo do seculo XVII. Nas duas primeiras línguas, a
acepção mais antiga é a de "agitação popular, desordem". Posteriormente,
é documentada no sentido de "agitação da mente ou do espírito". A palavra
aparece normalmente denotando a natureza imediata dessa agitação nos
humanos e a forma em que é experimentada por eles, ainda que em
algumas culturas e em certos modos de pensamento é atribuída a todos os
seres vivos.
2.THEOTERAPIA
2.3. A VIDA
A vida transcorre em estreita ligação com as pessoas. Em sua natureza
comunitária, o ser humano experimenta a lei da reciprocidade, segundo a qual
acertadamente se afirma: “Nenhum homem é uma ilha”. Pois, a vida se compõe de
relacionamentos.
Segundo o minidicionário da Língua Portuguesa relacionamento é: o ato de
relacionar ou relacionar-se; relacionação; relação; capacidade de relacionar-se ou
conviver com os outros; comportamento pessoal e social.
O homem que cada dia mais solitário torna-se cada vez mais individualista. No
religar com Deus há, também, uma religação total do ser humano consigo mesmo. Com
isso, há o existir completo, integrando o psicológico, físico, social e o espiritual.
É a espiritualidade que une, liga re-liga e integra. Ela e não a religião ajuda a
compor as alternativas de um novo paradigma civilizatório. Ao “complexo de Deus” é
proposto de acordo com Leonardo Boff “nascimento de Deus” dentro de cada pessoa,
da história, da humanidade e sua aparição no universo. Pois, diante dos problemas,
haverá o poder de Deus para enfrentá-los com confiança, segurança, humildade e
paciência diminuindo as possibilidades de que o corpo e a mente adoeçam.
Um dia mais precisamente no dia 7 de janeiro do ano de 1855, Charles Haddon
Spurgeon, em sermão na capela da Rua New Park disse algo que cabe aqui ressaltar
devido o assunto tratado.
Já foi dito por alguém que "o estudo adequado da humanidade é o próprio
homem". Não me oponho à idéia, mas creio ser igualmente verdadeiro que o
estudo correto do eleito de Deus é Deus; o estudo apropriado ao cristão é a
divindade. A mais alta ciência, a mais elevada especulação, a mais poderosa
filosofia que possa prender a atenção de um filho de Deus é o nome, a
natureza, a pessoa, a obra, as ações e a existência do grande Deus, a quem
chama Pai.
Nada é melhor para o desenvolvimento da mente que contemplar a divindade.
Trata-se de um assunto tão vasto, que todos os nossos pensamentos se
perdem em sua imensidão; tão profundo que nosso orgulho desaparece em
sua infinitude. Podemos compreender e aprender muitos outros temas,
derivando deles certa satisfação pessoal e pensando enquanto seguimos nosso
caminho: "Olhe, sou sábio". Mas quando chegamos a esta ciência superior e
descobrimos que nosso fio de prumo não consegue sondar sua profundidade e
nossos olhos de águia não podem ver sua altura, nos afastamos pensando que
o homem vaidoso pode ser sábio, mas não passa de um potro selvagem,
exclamando então solenemente: "Nasci ontem e nada sei". Nenhum tema
contemplativo tende a humilhar mais a mente que os pensamentos sobre
Deus...
Ao mesmo tempo, porém, que este assunto humilha a mente, também a
expande. Aquele que pensa com freqüência em Deus terá a mente mais aberta
que alguém que apenas caminha penosamente por este estreito globo. [...] O
melhor estudo para expandir a alma é a ciência de Cristo, e este crucificado, e
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Como vemos, este sermão mostra muito bem que, o relacionar ou meditar em
Deus traz saúde ao homem, pois este só é completo em Cristo. A maioria das pessoas
está buscando viver através das suas emoções, admirando suas habilidades, achando-se
importantes, outras valorizam suas experiências, outras se acham “supers”, melhores do
que os demais acham que sua eloqüência supera a todos, que sua rapidez de ação e
exatidão é superior, e assim por diante. Mas, na realidade todos sabem, ou estão
descobrindo que, o seu interior e o seu exterior não estão em harmonia, pois tendem por
caminhos opostos. O interior é o lado da espiritualidade do ser humano, e o exterior a
mente, razão. Deus tem que habitar o interior do homem através do Espírito Santo para
que haja harmonia entre interior e exterior, pois a obra do Espírito é expressar a saúde
de Cristo no viver da humanidade. Por isso, o homem precisa do Deus revelado em
Jesus através do Espírito Santo.
Quando Deus determinou criar a raça humana, ele estabeleceu alguns
propósitos e parâmetros para um bom relacionamento entre criador e criatura. Esses
propósitos e parâmetros são descritos pela Bíblia e por nossa teologia na forma de
orientações como vemos nos livros de salmos, provérbios e outros
Por que o relacionamento é tão difícil para certas pessoas? Certamente por
terem um vazio interior, há o medo de relacionar-se, pois esse vazio, mais cedo ou mais
tarde será exposto. Para essas pessoas parece mais seguro manter-se distante.
Relacionar significa compartilhar. Faz parte do ser humano manter
relacionamento entre si, para isso ele foi criado, e que para tanto se exige conteúdo. “O
que temos visto e ouvido anunciamos também a vós outros, para que vós, igualmente,
mantenhais comunhão conosco. Ora, a nossa comunhão é com o Pai e com seu Filho,
Jesus Cristo” (1 Jo. 1: 3).
A uma necessidade de um relacionamento pessoal e profundo que está
enraizado na natureza humana. Este deve à sua existência, não às forças impessoais, e
5
sim, a um Criador pessoal. Foi o próprio Criador quem disse: “Não é bom que o homem
esteja só” (Gn. 2: 18). O ser humano é um ser pessoal, planejado para relacionamentos
plenos e vibrantes. Contudo, o pecado destruiu o relacionamento. Ele separa o homem
de Deus e dos outros, afastando-o daquilo que é necessário à sua natureza. Talvez não
haja nenhum sintoma do pecado mais óbvio que a profunda e latejante dor do
isolamento. E, no pecado, não há gemido mais desesperador do que aquele que pede a
libertação do homem da sua solidão.
Mas, independente do quanto o homem precisa de relacionamento, a
necessidade mais vital, a única sem a qual não se pode sobreviver, é a de ter uma
relação com Deus. “Em cada homem há solidão, um local interno de vida peculiar no
qual somente Deus pode entrar” (George MacDonald). O desejo do homem por Deus é
uma dependência criada de propósito. A humanidade falha em não deixar-Lo suprir sua
necessidade pelo amor, se não se encontra N’ele a solução da solidão humana, força-se
então um mandato impossível a outros seres. Exige-se dos outros uma satisfação que
são incapazes de proporcionarem. Somente o Deus infinito pode identificar-se com sua
criação de maneira completa. E mesmo com Deus, o que se pode ter nesta vida é apenas
uma amostra da união perfeita que será no céu. “Me deste esta solidão sem saída para
que fosse mais fácil eu te dar tudo”?
Cada geração tem um encontro consigo mesma e com sua história. Levando em
conta o princípio básico da existência: nascer, crescer e morrer, cada geração tem seu
próprio aprendizado no seu tempo de vida. O que se pode notar é que, diferente da
natureza, o ser humano tem séria dificuldade em aprender com o outro. As separações
entre as gerações são decorrentes da natureza essencial do homem, visto que diferente
da terra, que gira em torno do sol, o homem tem como eixo a si mesmo, já que desde o
Éden Deus deixou de ser o centro de sua existência. Esse egocentrismo fez com que o
apóstolo Paulo denominasse o indivíduo, enquanto ser natural, como filho da ira,
conforme se lê: “entre os quais todos nós também antes andávamos nos desejos da
nossa carne, fazendo a vontade da carne e dos pensamentos; e éramos por natureza
filhos da ira, como também os demais” (Ef. 2: 3).
A conseqüência deste comportamento apresenta-se em todos os aspectos da
existência, como por exemplo, na quebra de comunicação entre as pessoas, nas
expectativas frustradas que uns nutrem pelos outros, nos silêncios incontidos das
incompreensões pessoais. Quem dera o entendimento dessa verdade de si mesmo fosse
o suficiente para libertar o homem e habilitá-lo a conviver com o seu semelhante, mas
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não o é. É preciso ter consciência de que, somente com Cristo surge à nova forma de
viver, sendo o homem incapaz de lidar consigo mesmo, e de desenvolver
relacionamentos profundos e duradouros mediante seu esforço próprio, esta é uma obra
que somente Deus através de Cristo pode fazer em nós. Como se lê em Efésios:
ISSO É THEOTERAPIA!
7
Essa atitude não é estranha em nossos dias. Não são poucas as manifestações
religiosas que ensinam seus fiéis a interpretarem o mundo dessa forma. Os pecadores,
os não religiosos ou os pertencentes à outra religião são demonizados, como se não
fossem alvos do grande amor de Deus. Quando muito, são vistos apenas como
candidatos a serem evangelizados e não como seres humanos plenos. A graça de Deus
procura desenvolver no ser humano uma atitude misericordiosa e graciosa, que vê em
cada pessoa diferente semelhante, cristão ou não. O relacionamento do homem para
com Deus precisa ser revisto, E que nesse religar com Deus através de Jesus Cristo há,
também, uma religação total do ser humano consigo mesmo com o outro. Com isso, há
o existir completo, integrando o psicológico, físico, social e o espiritual. Cuidar bem do
que lhe cerca. Seria cuidar da sua saúde física e mental, trabalhe com amor, cuide da sua
visão, acredite que você está, em todos os dias, iniciando o resto de sua vida e saiba que
nada que você tem é um direito adquirido e agradeça muito a Deus por tudo que tem.
John Lennon, disse que “a vida é aquilo que acontece enquanto estamos ocupados com
outras coisas”.
O Dr. Dias (2005) explica que a Theoterapia e uma associação entre a Teologia e
a necessidade curativa dentro da natureza humana quando diz:
A proposta da Theoterapia é integrar a teologia ao caráter terapêutico do ser humano.
No mundo atual as pessoas têm perdido o contato com Deus, com o próximo, consigo e
com a natureza, gerando uma alienação adoecida. (DIAS: 2005, p. 12).
Ocupe o seu pensamento com tudo que é bom e edificante (Filipenses 4: 8);
Leia a Palavra de Deus e renove sua mente todos os dias (Romanos 12: 2). Ela
penetra no mais fundo do nosso ser, onde nenhum remédio, médico, psicólogo
ou psicanalista é capaz de penetrar e tratar; Ore, fale com o Senhor;
Exerça o perdão diariamente. Não acumule em sua alma qualquer raiz de
amargura (Hebreus 12: 15);
Cultive uma vida de louvor, oração e adoração a Deus (I Tessalonicenses 5: 16-
18);
Participe de grupos de mútua-ajuda;
Procure envolver-se em atividades de sua igreja. Descubra seus talentos e use-
os;
Envolva-se em atividade agradáveis;
Faça exercícios diariamente (caminhada, natação, ginástica, cultive um hobbie);
Faça amizades. Não fomos feitos para vivermos isolados; os amigos podem
ajudar-nos em momentos difíceis de nossa vida (Provérbios 17: 17; 18: 24).
“Lindo é o sol que não tem medo de morrer para nascer no outro dia.”
Joyce Morgan
Slides Data show power point: MILAGRES
Oração:
“Querido Deus, sei que me amas e, por isso, és paciente comigo. Sei que todas
as circunstâncias de minha vida estão sob o teu controle, e tudo o que tem me sucedido
é para o meu crescimento espiritual, emocional e físico. Porque me amas, sei que estás
sempre ao meu lado, ajudando-me a amadurecer e a desenvolver o teu amor em todas as
áreas da minha vida. Porque me amas, sei que sofres profundamente quando não ando
nos teus caminhos, duvido do teu poder ou não confio em tuas promessas, e leva-me ao
arrependimento para perdoar-me, dar-me uma nova unção, renovar as minhas forças
espirituais, emocionais e físicas, pois, com a tua graça sobre mim, sou capaz de suportar
todas as pressões da vida, e vencer. Sei que, porque me amas, continuas a operar em
minha vida quando tenho vontade de desistir de tudo e de todos. O teu amor por mim é
tão grande que não permites que desistas de mim. Por meio do teu grande amor e da tua
palavra, estás sempre me dizendo que há esperança para mim; e é esta força que me
motiva a prosseguir. Porque me amas, sei que nunca vais abandonar-me, mesmo que
amigos ou familiares me abandonem. Permaneces fiel ao meu lado, ajudando-me na
jornada da vida. Sou grata a ti, por tão grande amor que tens feito com que os meus
medos do dia a dia, não me impeçam de adorar, louvar e agradecer-te por eu existir e ser
tua filha amada. Amo-te, Senhor, de todo o meu coração! Recebe o meu amor e a minha
oração em Nome de Jesus Cristo, Amém!”
9
Completando que existe nos dias atuais uma investigação mais profunda em
cada ser humano, segundo ele, “...uma busca está assombrando o mundo
contemporâneo: a busca de si mesmo Porque o homem é um grande líder do mundo
extra psíquico, mas porque não é um grande líder dos seus pensamentos e das suas
emoções?”. Tais declarações tem sido importante por focar que a questão que a
Theopsicoterapia Multifocal vem corroborando “dados, fatos, idéias, reflexões, estudos
etc., a fim de integrar a vida em todas as áreas do ser humano como um todo... espírito,
alma e corpo.” O autor ainda lembra-se de Gên. 1:26 e 27 em que Deus disse:
“Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança... Criou Deus o
homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou.”.
Para ele,
...essa imagem não se tratava de uma imagem física, mas de uma
imagem espiritual, sem conflitos existenciais, sem “pecado”. Quanto à
semelhança, também não significava igual a Deus, mas semelhante a
Deus intelectualmente, pois Deus deu ao ser humano o livre arbítrio
para tomar decisões, administrar tudo o que Deus havia criado. Deus
não criou um robô, mas um ser pensante, capaz de fazer escolhas.
(DIAS: 2005, p. 15).
10
E, que
Completando que existe nos dias atuais uma investigação mais profunda em
cada ser humano, segundo ele, “... busca está assombrando o mundo contemporâneo: a
busca de si mesmo Porque o homem é um grande líder do mundo extra psíquico, mas
não é um grande líder dos seus pensamentos e das suas emoções?” Tais declarações
tem sido importante por focar que a questão que a Theopsicoterapia Multifocal vem
corroborando” dados, fatos, idéias, reflexões, estudos etc., a fim de integrar a vida em
todas as áreas do ser humano como um todo... espírito, alma e corpo.”
4.1. DCD
eduquei para ser uma galinha, ela nunca aprendeu a voar”; replicou o dono.
"Se comporta como uma galinha, não é mais uma águia." "Mas", insistia o
naturalista, "ela tem coração de águia e certamente poderá aprender a voar."
Depois de falar muito sobre o assunto, os dois homens concordaram em
descobrir se isso seria possível. Cuidadosamente o cientista pegou a águia
nos braços e disse: "Você pertence aos céus e não à terra. “Bata bem as asas e
voe”. A águia, entretanto, estava confusa; não sabia quem era, e vendo as
galinhas comendo pulou para ir juntar-se a elas. Inconformado, o naturalista
levou a águia no dia seguinte para o alto do telhado da casa, e insistiu
novamente, dizendo: "Você é uma águia. Bata bem as asas e voe". Mas a
águia tinha medo do seu eu desconhecido e do mundo que ignorava e voltou
novamente para a comida das galinhas. No terceiro dia o naturalista levantou-
se bem cedo, tirou a águia do galinheiro e levou-a para uma alta montanha.
Lá, segurou a rainha dos pássaros bem no alto e encorajou-a de novo,
dizendo: Você é uma águia. Você pertence ao céu e a terra. “Bata bem as
asas agora e voe”. A águia olhou em torno, olhou para o galinheiro e para o
céu. Ainda não voou. Então o cientista levantou-a na direção do sol e a
águia começou a tremer, lentamente abriu as asas. Finalmente, com um grito
de triunfo, levantou vôo para o céu. (BOFF, p.23 1998).
Um dos objetivos deste texto é nos fazer refletir sobre crenças erradas ou falsos
mandatos lançados sobre a vida de muitos no passado. E, nos libertarmos delas ainda
que venham momentos que esses velhos e antigos paradigmas queiram nos esmagar.
Pois se trata de situações aquém daquelas que verdadeiramente somos e temos em Deus.
Mesmo que este exercício possa parecer um tanto impossível diante de nossos olhos, se
buscarmos as novas descobertas que essa técnica nos propõe, poderá se tornar
perfeitamente possível. Devido aos potenciais que poderão ser liberados. A prática do
DCD desafia os indivíduos ao aprendizado de tornar-se um vencedor. Por meio da
esperança de refazerem suas lembranças negativas. Esse exercício é altamente cativante
quando o levamos em direção a várias questões da vida emocional. Ocasionando maior
motivação para os nossos atos. Nos desvencilhando de medos, maus pensamentos e
desejos. Para a Abordagem Multifocal também é preciso decidir ser um vencedor se
tratando da auto-estima. E, nos sinalizam duas tendências marcantes na vida dos
indivíduos. Aqueles que se consideram e agem como vencedores. E, o que se sentem e
reagem, portanto como perdedores.
Para a Abordagem Multifocal os vencedores possuem uma tendência de verem
os problemas como desafios que só irão acrescentar coisas novas e interessantes em
suas vidas. Para eles os desafios são provocações intimas e externas para crescerem um
pouco mais. Por se sentirem responsáveis por seu próprio destino e terem
autoconsciência emocional e física de que são eles que dirigem a si mesmos. Que os
fazem ser autênticos e espontâneos. Os vencedores geralmente são sinceros.
Interessando-se verdadeiramente pelos outros. São interdependentes. E, utilizam de
14
de um fato, por meio de suas lembranças. Para evitar a repetição de sua natureza
traumática vinculada a outros aspectos psíquicos este indivíduo viveria uma qualidade
alucinatória do relembrar. Residindo ai a especificidade da compulsão à repetição. Em
que o indivíduo repete de diferentes modos. Mas, sem nenhuma consciência de que se
está repetindo um mesmo conteúdo similar em sua memória. As diferentes formas de
repetição parecem não se relacionar umas às outras. A falha de reconhecimento dos
diferentes modos de repetir é responsável por sua recorrência continuada. Freud fala até
mesmo que seria um “impulso à recordação”. O que nos leva a qualificar a compulsão
à repetição de “inexorável” ou “implacável”. Um dos aspectos dessa teoria
psicanalítica, é que ela obriga Freud a abandonar sua confiança excessiva no
“recordar”. Por isso, o único lugar onde uma mudança verdadeira pode ocorrer. E,
onde o passado pode ser desfeito é no Agora. Toda a negatividade é provocada por uma
acumulação de tempo psicológico e pela recusa do presente. Mal-estar, ansiedade,
tensão, est resse e preocupação — todas as formas de medo — são causados por um
excesso de passado ou de futuro e falta de presente.
...dou graças a Deus, a quem, desde os meus antepassados, sirvo com consciência pura,
porque, sem cessar, me lembro de ti nas minhas orações, noite e dia. Lembrado das
tuas lágrimas, estou ansioso por ver-te, para que eu transborde de alegria pela
recordação que guardo de tua fé sem fingimento. II TIMOTEO 1:3 a 5.
16
A vida de Paulo era uma vida transparente, sua mente não o podia acusar de
nada, pois tudo o que fazia era voltado para Deus, à maior alegria de Paulo era ter a
certeza que estava fazendo a vontade de Deus em todo o tempo. Sua mente era tranqüila
e limpa, não importava o que as pessoas falassem. Um sentimento elevado de auto-
estima denota uma consciência limpa. Paulo era transparente no seu modo de agir.
Cultivava uma consciência limpa e por isso mantinha uma auto estima fortalecida
teoterapeuticamente. “... sejam meus imitadores”. Ao agir com consciência limpa, tudo
o que fizermos ficará imbuído de uma sensação de qualidade, de cuidado e de amor —
até mesmo o ato mais simples.
Tendo, pois, irmãos, intrepidez para entrar no Santo dos Santos, pelo sangue
de Jesus, pelo novo e vivo caminho que ele nos consagrou pelo véu, isto é,
pela sua carne, e tendo grande sacerdote sobre à casa de Deus, aproximemo-
nos, com sincero coração, em plena certeza de fé, tendo o coração purificado
de má consciência e lavado o corpo com água pura. HEBREUS. 10:19-22;
Além de ser também um dos mais importantes quesitos para que possamos
compartilhar nossa fé com outros.
Paulo podia dizer “... dou graças a Deus, a quem, desde os meus antepassados,
sirvo com consciência pura” II Tm. 1:3. Que venhamos assim, ter um testemunho que
traga convicção de nosso bem estar biopsicossocioespiritual diante da sociedade que
estivermos inseridos. Que Deus nos abençoe conservando em nos uma consciência
limpa diante dEle e dos homens. Pois, a graça de Deus tem sido conosco “... a mão do
SENHOR não está encolhida, para que não possa salvar; nem surdo o seu ouvido, para
não poder ouvir.” Is. 59:1.
Oração:
“Querido Deus, sei que me amas e, por isso, és paciente comigo. Sei que
todas as circunstâncias de minha vida estão sob o teu controle, e tudo o que
tem me sucedido é para o meu crescimento espiritual, emocional e físico.
Porque me amas, sei que estás sempre ao meu lado, ajudando-me a
amadurecer e a desenvolver o teu amor em todas as áreas da minha vida.
Porque me amas, sei que sofres profundamente quando não ando nos teus
caminhos, duvido do teu poder ou não confio em tuas promessas, e leva-me
ao arrependimento para perdoar-me, dar-me uma nova unção, renovar as
minhas forças espirituais, emocionais e físicas, pois, com a tua graça em
mim, sou capaz de suportar todas as pressões da vida, e vencer. Sei que,
porque me amas, continuas a operar em minha vida quando tenho vontade de
desistir de tudo e de todos. O teu amor por mim é tão grande que não
permites que desistas de mim. Por meio do teu grande amor e da tua palavra,
estás sempre me dizendo que há esperança para mim; e é esta força que me
motiva a prosseguir. Porque me amas, sei que nunca vais abandonar-me,
mesmo que amigos ou familiares me abandonem. Permaneces fiel ao meu
lado, ajudando-me na jornada da vida.
Sou grata a ti, por tão grande amor que tens feito com que os meus medos do
dia a dia, não me impeçam de adorar, louvar e agradecer-te por eu existir e
ser tua filha amada. Amo-te, Senhor, de todo o meu coração! Recebe o meu
amor e a minha oração em Nome de Jesus Cristo, Amém! ”
18
TÉCNICAS OBJETIVOS
respiratório orgânico.
Alinhamento do
Reeducação da postura
eixo postural
Tais princípios e inspirações formam a ética. Sempre que surge o outro diante
de mim, aí surge o imperativo ético de tratá-lo humanamente. Sem tais valores, a vida
se torna impossível.
Por isso, ethos, de onde vem ética, significava, para os gregos, "a casa”. Na casa,
cada coisa tem seu lugar, e os que nela habitam devem ordenar seus comportamentos
para que todos possam sentir-se bem. Hoje a casa não é apenas a casa individual de cada
pessoa, é também a cidade, o estado e o planeta Terra como Casa Comum. Eis, pois, o
que é a ética. Vejamos agora o que é moral.
Quando o espírito está cego pela ira, pelo ódio ou pelo desprezo, a diferença
cresce e o outro é excluído da identidade humana. Transforma-se em cão, porco ou, pior
ainda, em dejeto e excremento.
A Theoterapia propõe :
27
A tolerância é fácil para o indiferente e para o cínico, mas difícil para o sujeito de
convicções.
Como diz Lichtenberg: "Regra de ouro, não julgar os homens pelas suas
opiniões, mas sobre o que as suas opiniões fazem deles".
5.3.3.Ética do Amor
Há muito mau amor não somente nas sociedades em que persiste a submissão
das mulheres à autoridade masculina, mas também em nossa civilização individualizada
em que dois egocentrismos podem, em confronto, dividir o amor.
Nosso mundo sofre de insuficiência de amor. Mas sofre também de mau amor
(amor possessivo), de cegueiras de amor (inclusive, como já dissemos, na religião do
amor e na ideologia da fraternidade), de perversões de amor (fixações em fetiches, obje-
tos, coleções de selos, anões de jardim), aviltamentos do amor que degeneram em ódio,
ilusões de amor e amor por ilusões.
Não se pode resolver tudo pelo amor. O amor tem os seus parasitas íntimos, que
o cegam, a sua ânsia auto-destrutiva e os seus surtos devastadores. No máximo da
intensidade de toda paixão, inclusive a amorosa, precisamos contar com a vigilância da
razão. Mas não existe razão pura e a própria razão deve ser estimulada pela paixão. No
mais frio da razão, precisamos de paixão, ou seja, de amor.
CONCLUSÃO
BIBLIOGRAFIA
Everaldo Cescon*
Resumo
Desde o caso Galileu, ciência e religião se opuseram e, muitas vezes, con-
frontaram-se por causa das direções dos seus olhares: uma em direção a um
mundo e a outra em direção a outro mundo. Atualmente, porém, os neurocientistas
defendem que se pode estudar de um ponto de vista objetivo as experiências
religiosas por meio de metodologias de neuroimagem e de visualização in vivo
da atividade cerebral. Este artigo pretende analisar a possibilidade de descrever
a experiência religiosa em termos neurológicos. Procura-se indicar como a
experiência religiosa é tratada, continuamente construída e reconstruída por
meio da implementação de diversos dispositivos experimentais e teóricos.
O corpo de referência é constituído por uma série de estudos recentes que
procuraram descrever as bases neurais de experiências religiosas diferentes
entre si. Os resultados indicam que o pesquisador pode ter acesso aos efeitos
(cerebrais, eletrofisiológicos, comportamentais) da experiência, mas nada pode
dizer deles senão confrontar esta experiência com o self-report dos sujeitos.
Apenas pode realizar um mapeamento formal dos efeitos.
Palavras-chave: Neurociência. Religião. Fenomenologia.
Abstract
Since the case Galileo, science and religion opposed and often encountered
because of their looks directions: one towards the world and the other toward
another world. Currently, however, the neuroscientists advocate that can study
Introdução
Nos últimos anos, houve consideráveis progressos nas pesquisas
que buscam os correlatos neurofuncionais dos estados mentais da
espiritualidade, das experiências místicas e do sentimento religioso.
Entre os pesquisadores aplicados à área, que tem sido chamada por eles
de Neuroteologia (Neurotheology) ou Neurociência do Espírito (Spiritual
Neuroscience), parece bastante difusa a ideia de que os resultados de tais
estudos possam ter um fim terapêutico: identificação dos processos
que geram bem-estar na experiência religiosa deveria ser seguida da
elaboração de métodos e técnicas para induzi-los, independentemente
desta.1
O estudo do tema leva a duvidar da utilidade de delimitar em rígidos
limites este âmbito experimental e leva a ter alguma reserva acerca da
possibilidade de conservar os efeitos de bem-estar numa indução avulsa
da experiência mística ou religiosa.
Como para qualquer outro objeto de investigação neurocientífica,
a cultura do âmbito no qual foram realizadas as pesquisas influenciou
de maneira determinante a constituição dos modelos para as teses, as
hipóteses e as interpretações dos resultados, mas uma revisão atenta das
publicações científicas das últimas três décadas nos permite verificar que,
neste caso, as convicções pessoais dos autores dos estudos influenciaram
1
A exemplo das já numerosas técnicas de relaxamento e meditação que muitas vezes
tiveram origem em práticas teosóficas, filosóficas ou religiosas.
2
Veja-se, por exemplo, BIELLO, David. Searching for God in the Brain. Scientific
American MIND, n. 18, v. 5, p. 38-45, 2007.
das com o divino. Uma tal visão não se limitava às aplicações clínicas
relativas a casos de distúrbios mentais, mas constituía uma atitude
cultural estendida à interpretação dos fatos da história. Assim, as vozes de
Joana d’Arc eram alucinações auditivas; as aparições de Nossa Senhora,
alucinações visuais; e os êxtases místicos, nada mais do que fenômenos
para-hipnóticos, auto ou heteroinduzidos. Em 1892, a associação entre
religiosidade emocional e epilepsia foi incluída nos tratados de doenças
nervosas e mentais.3
Em 1975, Norman Geschwind foi o primeiro a descrever uma
forma clínica de crises epiléticas originadas de alterações elétricas do
lobo temporal, nas quais os pacientes relatavam intensas experiências
espirituais. Geschwind e seus colegas hipotetizaram que descargas
elétricas sincronizadas de grupos neuronais do córtex temporal poderiam
estar na origem de pensamentos e obsessões com conteúdos religiosos
ou atinentes a questões morais.
Vinte anos depois, V. S. Ramachandran e Blakeslee (1998)
examinaram esta hipótese. Sabendo que o conteúdo emocional de um
estado mental é transmitido do sistema nervoso vegetativo à epiderme,
a qual determina uma resposta galvânica proporcional à intensidade da
emoção, o grupo de Ramachandran explorou este fenômeno segundo
um corroborado modelo experimental, fazendo pacientes afetados pela
epilepsia temporal escutarem uma série de palavras com significado
sexual, religioso ou neutro e, depois, observando a sua resposta cutânea.
Verificaram que palavras como “Deus” produziam uma reação muito
intensa, que não tinha paralelo nas pessoas não afetadas.
Para que a tese de Ramachandran possa ser considerada uma ex-
plicação neurofisiológica é necessário aceitar a hipótese de que os sen-
timentos ligados ao sagrado e ao divino sejam gerados por uma espécie
particular de emotividade com uma base límbica ainda não definida.
3
Depois de quase um século, o maior tratado de psiquiatria americano, numa descrição
da personalidade epilética, incluía a “religiosidade emocional” [ARIETI, Silvano
(Org.). Manuale di Psichiatria. V. II, p. 1270, Torino: Boringhieri, 1969-1987, tradução
italiana da American Handbook of Psychiatry, New York: Basic Books, 1959-1966. 3v.].
4
Como veremos mais adiante, o estudo da neurofisiologia do espírito é o objeto das
pesquisas mais recentes. Pode-se observar que a posição de Persinger parece marcada
pelo peso do prejuízo da psiquiatria do século XIX que considerava expressão de
patologia todo estado ou fenômeno mental remetido ao sobrenatural.
5 Faz-se menção a este trabalho na página 41 de BIELLO, David. Searching for God in
6
Como veremos mais adiante, Mario Beauregard, da Universidade de Montreal,
estudou, por meio da fMRI, 15 irmãs carmelitas que responderam ao seu convite no
qual se pedia a participação de voluntários “who have had an experience of intense
union with God”. Beauregard escolheu um procedimento mais específico do estudo
de um estado meditativo.
7
Hipótese de Newberg e d’Aquili.
8
Também em psicologia e em filosofia da mente a distinção entre conteúdo e consciência
constitui um problema de não fácil solução com o qual, por mais de quarenta anos, se
defrontou uma multidão de estudiosos que teve em Daniel Dennet o seu líder. Veja-
se: DENNET, Daniel C. Content and Consciousness. Londres: Routledge and Kegan
Paul, 1969 (texto originário apresentado como tese de doutorado).
9
Na cultura ocidental, é o lugar privilegiado do ser, no qual a vontade do sujeito assume
a responsabilidade das escolhas.
10
A teologia do pacto ou aliança, no cristianismo, prossegue a tradição hebraica do
Antigo Testamento que, nos dez mandamentos, exprime os vínculos que ligam a
consciência moral à vontade de Deus.
11
O sacrifício de Abraão é um exemplo paradigmático da provação: pedindo-lhe para
sacrificar o filho unigênito Isaac, Deus testa a fidelidade do patriarca levando-o para
além do limite tolerável para o homem, mas constatada a sua fé, o para e o premia
com benefícios estendidos às gerações sucessivas. Este episódio bíblico exemplar traz
à mente uma constante da cultura judaico-cristã: Deus chama e o homem responde;
uma cena que tem por palco a consciência e por protagonista a vontade.
12 Como vimos precedentemente, os estudos de Davidson e colegas na Wisconsin-
13
Esquematicamente podemos distinguir a oração, com o objetivo de comunicação, e a
cerimônia com a intenção de comemoração. No Pai Nosso, exemplo paradigmático da
oração cristã, o fiel se dirige a um interlocutor invisível e presente na própria mente,
ligando, através da própria consciência, o individual ao universal. Os ritos cerimoniais
coletivos, que incluem a oração e preveem numerosas formas e procedimentos, têm
em comum a comemoração, no sentido etimológico de tornar atual à consciência.
14
Franz Joseph Gall, famoso anatomista do século XIX, publicou em 1825 a sua teoria
dos órgãos mentais, à qual chamou Organologia. As suas teses foram partilhadas
por Johan Kasper Spurzheim, que rebatizou esta localização das funções psíquicas
em presumidos órgãos cerebrais, Frenologia. A Organologia de Gall postulava a
repartição do cérebro num grande número de regiões, correspondentes a verdadeiros
e próprios órgãos mentais, independentes entre si e presentes desde o nascimento.
Cada órgão constituía a sede daquelas que a cultura do tempo reconhecia como
tendências, instintos e faculdades, tais como o instinto de reprodução, o amor pela
própria prole, o sentido da linguagem, a memória para coisas e fatos, a memória
para as pessoas, o gosto pelas lutas e combates, e assim por diante; ao todo vinte
e sete numa primeira versão e trinta e cinco numa segunda. A frenologia chegou a
considerar que o particular desenvolvimento de um órgão cerebral destinado a uma
tarefa fosse hereditário e determinasse uma evidente deformação crânica.
15 “Você elenca um grupo de lugares no cérebro como se denominar algo lhe permitisse
compreendê-lo”.
16
O propósito de Newberg não é de fácil realização, sobretudo no que se refere aos
muçulmanos, que se revelaram mais arredios do que os hebreus a submeterem-se a
pesquisa científica durante as manifestações da sua fé.
sua base neural não sejam a via correta a seguir e propõe uma solução
oposta. O estudo das bases biológicas da cognição e das emoções no
homem apresentou obstáculos intransponíveis até quando não se optou
pela decomposição em elementos remissíveis à percepção, à atenção e à
memória. Do mesmo modo, segundo Davidson, para estudar eficazmente
a neurofisiologia da espiritualidade, seria necessário decodificá-la em
termos de mudanças na atitivade dos três subsistemas, perceptivo,
atentivo e mnemônico: “A nossa única esperança é especificar aquilo
que ocorre em cada um daqueles subsistemas” (apud BIELLO,
2007, p. 45).
Considerações conclusivas
Se a Spiritual Neuroscience quiser reivindicar o direito à existência
como área distinta de estudos, não pode certamente limitar os seus
interesses às aplicações terapêuticas da meditação, mas deve aprofundar
todos os aspectos da influência da experiência espiritual sobre processos
cerebrais, das modificações fisiológicas na correlação mente-corpo a
uma atitude diferente em relação ao mundo.
Este tipo de pesquisa está apenas no início, mas a determinação, por
outro lado, não falta em muitos pesquisadores, sobretudo entre aqueles
que mais ativamente estão se empenhando para obter o reconhecimento
da independência e do valor do estudo das bases neurobiológicas da
dimensão transcendente.
Os estudos até agora realizados não foram concretizados com base
em programas e protocolos concebidos na ótica da dimensão espiritual
entendida como realidade neurofuncional. Por exemplo, foi estudada a
influência sobre parâmetros imunológicos ao assistir a curas no decurso
de cerimônias religiosas, ou foram avaliados os efeitos sobre o sistema
Referências
ARIETI, Silvano (Org.). Manuale di Psichiatria. Torino: Boringhieri, 1969-
1987. Trad. it. da American Handbook of Psychiatry. New York: Basic Books,
1959-1966. 3v.
BEAUREGARD, Mario; O’LEARY, Denise. The spiritual brain: a neuro-
scientist’s case for the existence of soul. New York: Harper One and Harper
Collins Publishers, 2007.
BEAUREGARD, Mario; PAQUETTE, Vincente. EEG activity in carmelite
nuns during a mystical experience. Neuroscience Letters, v. 444, n. 1, p. 1-4,
2008.
BEAUREGARD, Mario; PAQUETTE, Vincente. Neural correlates of a
mystical experience in carmelite nuns. Neuroscience Letters, v. 405, n. 3,
p. 186-190, 2006.
BIELLO, David. Searching for God in the Brain. Scientific American MIND,
v. 18, n. 5, p. 38-45, 2007. Disponível em: <http://www.scientificamerican.
com/article.cfm?id=searching-for-god-in-the-brain>. Acessado em: 02 out.
2009.
Recebido: 28/03/2011
Avaliado: 09/05/2011