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Dimensionamento Automático de Vigas Protendidas Biapoiadas Considerando A Protensão Parcial

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Dimensionamento automático de vigas protendidas biapoiadas

considerando a protensão parcial


Izaura de Vargas Martins1, Lorenzo Augusto Ruschi e Luchi2, Wagner Klippel
Dominicini3
1
Universidade Federal do Espírito Santo / Programa de Pós-Graduação em Engenharia Civil /
vargas.izaura@gmail.com
2
Universidade Federal do Espírito Santo / Departamento de Engenharia Civil /
lorenzo@rl.eng.br
3
Universidade Federal do Espírito Santo / Programa de Pós-Graduação em Engenharia Civil /
wagner.kd@gmail.com

Resumo

Este artigo trata da elaboração de uma ferramenta computacional para o


dimensionamento de vigas protendidas biapoiadas conforme a ABNT NBR 6118:2014
– Projeto de Estruturas de Concreto – Procedimento. São contemplados os níveis de
protensão completa, limitada e, especialmente, parcial. Para diferentes tipos de
carregamento, distribuídos e pontuais, o programa realiza o pré-dimensionamento da
força de protensão, calcula as perdas imediatas e progressivas, verifica os estados-
limites de serviço e último. Em casos de protensão parcial, é verificada a abertura de
fissuras na seção transversal mais solicitada. O programa foi desenvolvido utilizando o
Microsoft Excel e o Microsoft Visual Basic for Applications, apresenta interface gráfica
com o usuário e geração de memoriais de cálculo, servindo como recurso didático no
meio acadêmico a níveis de graduação e pós-graduação. Os resultados obtidos são
validados pela comparação com exemplos presentes na literatura.

Palavras-chave
Vigas protendidas; protensão parcial; abertura de fissuras; força cortante.

Introdução

A protensão tem sido muito utilizada na engenharia brasileira, tornando possível a


execução de estruturas antes inviáveis ao concreto armado convencional. Assim, torna-
se interessante o investimento no aperfeiçoamento dos métodos de cálculo e
dimensionamento de peças protendidas. São poucos os programas que realizam esse
dimensionamento, seguindo a ABNT NBR 6118:2014 – Projeto de Estruturas de
Concreto – Procedimento, e os que existem, geralmente são comerciais.
O desenvolvimento de ferramentas computacionais para o dimensionamento de
estruturas de concreto armado e protendido, assim como para o ensino de engenharia, é
um campo de fundamental importância para a pesquisa, uma vez que a utilização de
muitos programas fica limitada ao escritório técnico desenvolvedor. VENTRI e
LINDENBERG NETO (2001) apontam a importância da utilização da informática e o
desenvolvimento de animações no ensino de conceitos fundamentais da mecânica das
estruturas, ASSIS et al. (2002) desenvolvem material didático multimídia via web para
as disciplinas de concreto armado e concreto protendido.
No campo da protensão alguns trabalhos podem ser citados, KLEIN e LORIGGIO
(2006), assim como NACHT (2015) apresentam uma ferramenta computacional para o
dimensionamento de vigas protendidas, nos níveis de protensão completa e limitada,
que verificam apenas os estados-limites de serviço.
Em LAZZARI et al. (2013) é proposta uma ferramenta automática para o cálculo
de vigas de concreto submetidas à flexão, protensão completa, limitada e parcial,
utilizando a norma brasileira NBR 6118:2007 e a francesa Règles BPEL 91. SILVA
(2015) apresenta o desenvolvimento de um programa para a verificação de seções
poligonais de concreto armado e protendido submetidas à flexão composta oblíqua.
LABADAN (2016) desenvolve um programa para o dimensionamento de vigas
contínuas protendidas pós-tracionadas.
Observa-se que o concreto protendido é amplamente estudado, entretanto, poucos
são os programas que abordam o nível de protensão parcial. Fato que contraria o
mercado atual, uma vez que a protensão parcial proporciona um aproveitamento mais
racional dos materiais, dosando-se convenientemente as armaduras ativas e passivas,
como expõe EMERICK (2005).
Assim, este trabalho visa à elaboração de uma ferramenta computacional para o
dimensionamento de vigas protendidas, contemplando em especial a protensão parcial e
o dimensionamento a força cortante, que possa ser utilizada no meio acadêmico como
recurso didático adicional na disciplina Concreto Protendido. O programa é
desenvolvido utilizando o Microsoft Excel e o Microsoft Visual Basic for Applications,
a partir de DOMINICINI (2014), que desenvolve uma ferramenta para o
dimensionamento de vigas biapoiadas protendidas, para os níveis de protensão completa
e limitada, de acordo com a NBR 6118:2007.

Protensão parcial

O nível de protensão parcial produz tensões de compressão mais brandas do que a


limitada e completa. É especificado para a pré-tração na classe de agressividade
ambiental I e pós-tração nas classes I e II. Deve-se verificar o estado-limite de serviço
de abertura das fissuras, com valor limite de 0,2 mm, para a combinação frequente.
CHOLFE e BONILHA (2013) apresentam um roteiro para a verificação de peças
com protensão parcial. Inicialmente, deve-se escolher o par das áreas de armadura
passiva e ativa As e Ap, definir o número de barras e cabos e o seu alojamento. Então, é
calculada a força de protensão provocada pelo pré-alongamento dos cabos, e verificada
se a seção ultrapassou o estado-limite de serviço de formação de fissuras na combinação
frequente, chegando ao estádio II, configurando a protensão parcial.
Passa-se ao cálculo do acréscimo de tensão da armadura ativa, com exceção
daquela dentro de bainhas, e da armadura passiva que controla a fissuração no estádio
II. Considera-se o diagrama linear do concreto comprimido, desprezando-se a sua
resistência à tração (ver Figura 1).

Figura 1 – Equilíbrio da seção transversal no estádio II


Do equilíbrio das forças, obtém-se a tensão na armadura passiva, ver equação (1).

(1)

pré é o pré-alogamento dos cabos, Acc é área de concreto comprimida, e é a relação


entre os módulos de elasticidade do aço e do concreto, x é a posição da linha neutra, d e
As são a altura útil e a área da armadura passiva, respectivamente.
Do equilíbrio dos momentos, chega-se a expressão (2).
( )
(2)
( )
Onde é o acréscimo de momento entre o estado-limite de descompressão e o
carregamento na combinação frequente, e dp é a altura útil da armadura ativa.
As equações (1) e (2) permitem o cálculo da tensão na armadura passiva de forma
interativa para cada posição da linha neutra. A resposta será o par e x que atender
simultaneamente as duas equações. O programa desenvolvido calcula o par e x tanto
para seções retangulares quanto para seções T, neste último caso as equações de tensões
nas armaduras passivas foram desenvolvidas de maneira análoga à apresentada
anteriormente para seções retangulares.
Determinada a tensão , deve-se calcular o valor característico da abertura de
fissuras wk conforme a NBR 6118:2014. Assim, para cada elemento ou grupo de
elementos de armaduras passiva e ativa aderente que controla a fissuração, excluídos
cabos em bainhas, considera-se uma área da região de envolvimento do concreto,
constituída por retângulos com lados à distância máxima de 7,5 ϕ do eixo de cada
elemento de armadura, ver Figura 2.

Figura 2 – Concreto de envolvimento da armadura

O valor característico da abertura de fissuras, calculado para cada parte da região de


envolvimento, deve ser o menor dos obtidos nas equações (3) e (4).
(3)

( ) (4)
Em que , , e são definidos para cada área de envolvimento em exame;
é a área da região de envolvimento protegida pela barra ; é o módulo de
elasticidade do aço da barra considerada; é o diâmetro da barra que protege a região
de envolvimento considerada; é a taxa de armadura passiva ou ativa aderente, exceto
em bainhas, em relação à área da região de envolvimento ; é o acréscimo de
tensão entre o estado-limite de descompressão e o carregamento frequente, no centro de
gravidade da armadura, calculado no estádio II, considerando toda a armadura ativa; e
é o coeficiente de conformação superficial da armadura considerada.

Dimensionamento à força cortante

NAAMAN (2012) aponta duas vantagens do concreto protendido em relação ao


armado, relativas à resistência à força cortante: para mesmo carregamento e condições,
o cortante no concreto protendido é menor, devido à angulação da força de protensão
que gera uma componente vertical geralmente oposta ao carregamento externo, ver
Figura 3; e a redução da tração diagonal devido à compressão induzida pela protensão.
O seu ângulo de inclinação em relação ao eixo longitudinal da peça é reduzido.

Figura 3 – Redução da força cortante no caso de cabo inclinado

No valor da força cortante solicitante de cálculo, , deve ser considerado o efeito


da força de protensão na sua direção, , com o valor de cálculo correspondente ao
tempo t considerado. será dado pela soma dos cortantes de cálculo devido às cargas
permanentes e acidentais, com o cortante de cálculo devido à protensão, ver a equação
(5), em que são os coeficientes de ponderação. No dimensionamento de vigas, devem
ser satisfeitas, simultaneamente, as equações (6) e (7).
(5)
(6)
(7)
Em que é a força cortante resistente de cálculo, relativa à ruína das diagonais
comprimidas de concreto; é a força cortante resistente de cálculo relativa à ruína
por tração diagonal; é a parcela de força cortante absorvida por mecanismos
complementares ao da treliça; e é a parcela resistida pela armadura transversal.
O programa desenvolvido realiza o dimensionamento de vigas protendidas à força
cortante pelos modelos de cálculo I e II, apresentados na NBR 6118:2014.

Funcionamento geral do programa

O programa desenvolvido apresenta tela inicial com uma barra de ferramentas com
ícones para entrada de dados e geração de memórias de cálculo, ver Figura 4.

Figura 4 – Barra de ferramentas da tela inicial


Inicialmente, o usuário deve definir a geometria da seção tranversal, que pode ser T
ou retangular, o vão da viga e o número de seções de análise. Então, devem ser
informadas a resistência característica à compressão do concreto, a resistência à
compressão do concreto no momento da protensão e o módulo de elasticidade da
armadura ativa, ver Figura 5.
Na próxima janela, ver Figura 6, são definidas a classe de agressividade ambiental e
o nível de protensão. Para o caso de protensão parcial, deve-se informar a porcentagem
do momento permanente a balancear, para o cálculo da área de armadura ativa
necessária. Então, o usuário deve definir os carregamentos permanentes e acidentais,
distribuídos e ou concentrados. Além disso, deve ser informada a excentricidade e
porcentagem estimada de perda para o pré-dimensionamento da força de protensão
inicial necessária.

Figura 5 – Definição das propriedades geométricas da seção e materiais

Figura 6 – Definição do nível de protensão e cargas

O programa calcula a força de protensão inicial necessária e fornece opções para o


aço a ser adotado, realizada a escolha, e é calculado o número necessário de fios,
cordoalhas ou barras. O usuário deve definir em quantos cabos estes elementos devem
ser alojados e definir o perfil dos cabos, ver Figura 7 e 8. Para os níveis de protensão
completa e limitada, o programa fornece também o fuso limite para os cabos.
Figura 7 – Definição da armadura ativa

Figura 8 – Cálculo das perdas de protensão

Em seguida são calculadas as perdas de protensão imediatas e progressivas. O


programa calcula a força de protensão ao longo do cabo e tensões nas seções de análise
após as perdas, verifica os estados-limites de serviço e último no ato da protensão. Para
protensão parcial, nas seções que ultrapassam o estado-limite de formação de fissuras na
combinação frequente emite-se um aviso indicando a verificação do estado-limite de
abertura das fissuras, que é analisado pelo programa posteriormente.
O usuário deve informar a largura da alma, dimensões da mesa, altura útil para as
armaduras passiva e ativa, área de armadura dupla e sua altura útil. Então, o programa
realiza o dimensionamento no estado-limite último e gera um relatório com a área de
aço necessária em cada seção de análise (não é considerada a decalagem), ver Figura 9.

Figura 9 – Estado-limite último: dados de entrada e relatório

Obtida a área de armadura passiva necessária, realiza-se a verificação do estado-


limite de abertura das fissuras na seção mais solicitada. Inicialmente, o usuário deve
definir o diâmetro da armadura passiva longitudinal e da armadura transversal, bem
como o número de ramos dos estribos. A partir destes dados, o programa aloja a
armadura longitudinal e indica quantas camadas serão utilizadas e o número de barras
por camada, assim é calculada a área da região de envolvimento da armadura.
Em seguida, o programa calcula a tensão na armadura passiva, s, e a posição da
linha neutra, de maneira que as equações (1) e (2) sejam satisfeitas simultaneamente.
Então, é calculado automaticamente o valor da abertura das fissuras, pelas equações (3)
e (4). Assim, é verificado o estado-limite de abertura das fissuras, ver Figura 10.

Figura 10 – Verificação da abertura das fissuras


Para o dimensionamento à força cortante, o usuário deve optar pelo modelo de
cálculo I ou II, informar o diâmetro da bainha da armadura ativa. É apresentada a opção
de redução do cortante solicitante no caso de cargas próximas aos apoios. O programa
verifica as diagonais comprimidas de concreto e calcula as armaduras transversais
necessárias. O usuário deve arbitrar três faixas de distribuição para os estribos, onde
serão automaticamente alojados, conforme escolha do diâmetro, ver Figura 11.

Figura 11 – Dimensionamento à força cortante


Protensão parcial: aplicação numérica

CHOLFE e BONILHA (2013) apresentam uma aplicação do dimensionamento de uma


viga com protensão parcial e verificação do estado-limite de abertura das fissuras, cujos
resultados são comparados com os obtidos pelo programa. Trata-se de uma seção
retangular de 0,3m x 1,0m, dimensionada no estado-limite último resultando em Ap =
5,6 cm² (4 15,2) e As = 18,11 cm² (6 20; 18,90 cm²), ver Figura 12.

Figura 12 – Aplicação numérica: seção transversal

Utiliza-se o concreto C30, aço CP190 (Ep = 200000 MPa; pré = 5,50 ‰) e CA50
(Es = 210000 MPa, e = Es/Ec = 15). As solicitações são Mg1k = 350 kN.m, Mg2k = 227
kN.m, Mq1k = 220 kN.m (1 = 0,6; 2 = 0,4) e Mq2k = 120 kN.m (1 = 0,7; 2 = 0,6).
Não é indicado o vão da viga nem o carregamento, apenas os momentos fletores
solicitantes. Porém, estes não são dados de entrada no programa, que os calcula a partir
do peso próprio da estrutura, cargas permanentes, acidentais e vão da viga. Portanto,
para utilização da ferramenta, devem ser calculados o vão da viga e carregamentos que
resultem nos momentos fletores apresentados. Considerando Mg1k = 350 kN.m referente
ao peso próprio da estrutura, é calculado o vão da viga, L = 19,322m, e a partir dele,
obtém-se as cargas distribuídas g2 = 4,864 kN/m, q1 = 4,714 kN/m e q2 = 2,571 kN/m.
A Tabela 1 apresenta a comparação dos resultados obtidos, observa-se que são
muito próximos. CHOLFE e BONILHA (2013) arbitram o valor do pré-alongamento
dos cabos como 5,5 ‰, enquanto o programa calcula este valor em função da força de
protensão após as perdas, encontrando o valor 5,789 ‰. Ao arbitrar o mesmo valor no
programa, são encontrados resultados semelhantes para Np∞, ∆M, x, s e wk.

Tabela 1 – Protensão parcial: comparação dos resultados


CHOLFE e
BONILHA (2013)
Programa

Área de armadura ativa Ap (cm²) 5,6 5,6


Alojamento da armadura ativa 15,2 
Área de armadura passiva necessária As (cm²) 18,11 16,448
Alojamento da armadura passiva 20 (1ª cam) 20 (1ª cam)
Momento fletor na combinação frequente Mcf (kN.m) 781 780,98
Pré-alongamento dos cabos pré 0,0055 0,005789
Força de protensão provocada pelo pré-alongamento dos cabos Np∞ (kN) 616 648,35
Acréscimo momento entre ELS-D e carregamento comb frequente (kN.m) 522,25 508,67
Área da região de envolvimento da armadura Acr (cm²) 570 570
Posição da linha neutra x (cm) 63 68,3
Acréscimo de tensão na armadura passiva s (kN/cm²) 6 4,33
Valor característico da abertura das fissuras wk (mm) 0,013 0,007
Dimensionamento à força cortante: aplicação numérica

A seguir, apresentam-se os cálculos do dimensionamento à força cortante para a viga


exposta anteriormente, para comparação com os resultados obtidos pelo programa. A
distribuição dos estribos é realizada em três faixas, a primeira até a coordenada xf1 = xi2
= 6,5 m, a segunda até xf2 = xi3 = 12,822 m e a terceira até o segundo apoio.
Para consideração do efeito da armadura ativa, utiliza-se a carga equivalente ao
esforço de protensão, qeq, dada pela equação (8), onde L é o vão da viga, Pfinal é a força
de protensão após as perdas e ep é a excentricidade do cabo no meio do vão.
(8)
Então, são calculados os cortantes solicitantes de cálculo máximos para cada faixa,
conforme as equações (9) e (10), que satisfazem a expressão (11).
( )
(9)
( ) (10)
(11)
A força cortante resistente de cálculo, relativa à ruína das diagonais comprimidas é
dada por (12), e observa-se que é maior que o cortante solicitante de cálculo máximo.
( ) ( ) (12)
O momento fletor de cálculo solicitante máximo é Msd,max = 1283,76 kN.m e o
momento fletor que anula p na borda tracionada por Msd, M0, é dado por (13).
( ⁄ ) ( ⁄ ) 362,5 kNm (13)
A parcela de força cortante absorvida por mecanismos complementares ao da
treliça é dada por (14).
( ) ( ) (14)
A área de armadura transversal necessária para a primeira e terceira faixa é obtida
da equação (15). Logo, é necessário adotar nas três faixas, a armadura mínima dada por
(16), em que  é a inclinação dos estribos em relação ao eixo longitudinal e s = 100 cm.
Portanto, as armaduras transversais podem ser alojadas em 2 ramos de  5 mm c/13.
(15)

(16)
Os resultados dos cálculos e os obtidos pelo programa são semelhantes. (Tabela 2)

Tabela 2 – Dimensionamento à força cortante: comparação dos resultados


Cálculos Programa
Carga equivalente ao esforço de protensão (kN/m) -6,179 -6,18
Cortante solicitante de cálculo máximos para 1ª e 3ª faixa (kN) 212,03 212,03
Cortante solicitante de cálculo máximos para 2ª faixa (kN) 69,37 69,373
Cortante resistente de cálculo relativa à ruína das diagonais comprimidas (kN) 1466,33 1466,33
Parcela de força cortante absorvida por mecanismos complementares ao da treliça (kN) 320,9 320,92
Área de armadura transversal necessária para 1ª e 3ª faixa (cm²/m) -2,42 -2,42
Área de armadura transversal mínima (cm²/m) 2,9 2,9
Conclusões

O programa desenvolvido é capaz de realizar o dimensionamento de vigas protendidas


biapoiadas de maneira satisfatória, inclusive para o nível de protensão parcial,
verificando o estado-limite de aberturas das fissuras, área ainda pouco explorada pelos
programas acadêmicos. A ferramenta também apresenta bons resultados para o
dimensionamento à força cortante, além de apresentar interface gráfica com o usuário, o
que facilita e amplia sua utilização. A geração de relatórios e memórias de cálculo torna
a ferramenta mais didática, possibilitando sua adoção como recurso auxiliar no meio
acadêmico a níveis de graduação e pós-graduação. O programa continua em
desenvolvimento para a inclusão do cálculo e verificação das flechas, e futuramente
pretende-se, ainda, expandi-lo para análise e dimensionamento de vigas hiperestáticas e
lajes.

Referências

ASSIS, W. S.; BITTENCOURT, T. N.; NORONHA, M. Desenvolvimento de recursos


multimídia para o ensino de engenharia de estruturas. Instituto Brasileiro do Concreto. São
Paulo, 2002.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. Projeto de Estruturas de Concreto –
Procedimento. NBR 6118. Rio de Janeiro, 2014.
BPEL 91. Règles techniques de conception et de calcul des ouvrages et reconstructions en béton
précontraint suivant la méthode des états limites. Paris, 1992.
CHOLFE, L.; BONILHA, L. Concreto Protendido: Teoria e prática. São Paulo: PINI, 2013.
DOMINICINI, W. K.; COELHO, L. H. Desenvolvimento de software educacional para análise
e dimensionamento de estruturas em concreto protendido. Congresso Brasileiro de Ensino
de Engenharia. Juiz de Fora, 2014.
EMERICK, A. A. Projeto e Execução de Lajes Protendidas. Rio de Janeiro, Ed. Interciência,
2005.
KLEIN, R.; LORIGGIO, D. D. Dimensionamento por computador de vigas simplesmente
apoiadas de concreto protendido pós tracionadas. Anais do VI Simpósio EPUSP sobre
Estruturas de Concreto. São Paulo, 2006; p. 1132-1144.
LABADAN, R. S. Design of post-tensioned prestressed concrete beam using Excel spreadsheet
with Visual Basic Applications. International Journal of Advances in Mechanical and Civil
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NAAMAN, A. E. Prestressed Concrete Analysis and Design: Fundamentals. 3.Ed. Michigan:
Techno Press 3000, 2012.
NACHT, P. K. K. Ferramenta gráfico-interativa de verificação de tensões no estado limite se
serviço de vigas protendidas com pós-tração aderente. Dissertação de Mestrado, Pontifícia
Universidade Católica do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2015.
SILVA, L. M. Programa computacional para análise e verificação de seções de concreto armado
e protendido com flexão oblíqua composta. Dissertação de Mestrado, Universidade Federal
de São Carlos, São Carlos, 2015.
VENTRI, D. A. B.; LINDENBERG NETO, H. Utilizando animações para introduzir conceitos
fundamentais da mecânica das estruturas. XXIX Congresso Brasileiro de Ensino de
Engenharia. Porto Alegre, 2001.

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