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potássio 

não são tão efetivos quanto os de sódio. A excreção de potássio é regulada pela aldosterona, a qual aumenta sua
secreção  no  tubo  coletor  pela  ativação  de  Na­K­ATPase  e  por  aumento  da  permeabilidade  da  membrana  luminal  ao
potássio.  Quando  a  concentração  de  Na+ está  mais  elevada  no  tubo  coletor  e  esse  cátion  é  reabsorvido,  o  lúmen  tubular
torna­se  mais  negativo,  favorecendo  a  secreção  de  potássio  no  lúmen  tubular.  Outro  mecanismo  importante  decorre  da
presença de alcalose sistêmica, pois o decréscimo da concentração de H+ estimula a secreção tubular de K+.
Mecanismo de multiplicação por contracorrente. Para  que  os  rins  possam  conservar  eficientemente  água,  precisam
estar  aptos  a  formar  urina  hiperconcentrada  (1.200  mOsm/ ℓ ),  a  qual  atinge  até  cerca  de  quatro  vezes  a  concentração
osmolar  do  plasma.  Assim  é  necessário  que  o  interstício  da  medula  renal,  na  ponta  da  papila,  atinja  uma  osmolalidade
moderadamente maior que a da concentração final de urina que está sendo formada.
Esta função é possibilitada por sua organização estrutural e funcional, que permite o funcionamento do mecanismo de
multiplicação por contracorrente, na medula renal e pela ação do hormônio antidiurético.
O  processo  de  concentração  urinária  está  representado  na  Figura  130.6,  que  esquematiza  um  néfron  justamedular.
Através  dos  glomérulos,  cerca  de  120  m ℓ   de  ultrafiltrado  do  plasma  chegam  ao  túbulo  proximal  por  minuto,  na
concentração de 300 mOsm/ℓ, dos quais 60 a 70 mℓ são reabsorvidos sem alterar a isotonicidade do filtrado em relação à
do  plasma.  Ao  atingir  o  segmento  descendente  da  alça  de  Henle,  até  a  sua  curvatura,  a  água  é  progressivamente
reabsorvida graças à hipertonicidade do interstício medular. Isto provoca um aumento da concentração da urina tubular. Ao
atingir  a  extremidade  da  alça  de  Henle,  o  filtrado  atinge  sua  concentração  máxima  (cerca  de  1.000  mOsm/ ℓ ).
Posteriormente, atravessando o ramo ascendente estreito da alça de Henle, a concentração da urina tubular é reduzida. Isto
porque,  sendo  este  segmento  impermeável  à  água,  ela  deixa  de  se  difundir  para  o  exterior  do  túbulo,  evitando  que  o
líquido  tubular  se  concentre.  Como  os  íons  Na+  e  Cl−  se  difundem  passivamente  para  fora  do  túbulo,  em  função  do
gradiente de concentração, esta situação faz com que o líquido tubular se torne isotônico. Posteriormente, o transporte de
Na+ e Cl− passa a ser ativo, ao nível da porção ascendente larga da alça de Henle. Por causa desta reabsorção de sódio e
cloro  e  da  impermeabilidade  à  água,  a  urina  que  atinge  o  túbulo  contornado  distal  torna­se  hipotônica  (cerca  de  200
mOsm/ ℓ ).  Esta  hipotonicidade  é  transitória.  A  urina  volta  a  concentrar­se  durante  seu  percurso  pelo  segmento  final  do
túbulo contornado distal e tubo coletor (600 mOsm/ℓ), graças à ação do hormônio antidiurético.

Figura 130.6  Diagrama representando os mecanismos de concentração urinária.

Acredita­se que o transporte de NaCl no segmento ascendente da alça de Henle constitua o principal elemento gerador
da  hiperosmolaridade  medular  e,  consequentemente,  do  mecanismo  de  multiplicação  por  contracorrente.  Quando  há
necessidade de reter água, o estímulo para a conservação da água está associado à elevação dos níveis do HAD circulante.
O HAD aumenta grandemente a permeabilidade da parte final do túbulo distal e do tubo coletor. Por isso a água, em razão
do  gradiente  osmótico,  passa  do  túbulo  ao  interstício  e  daí  à  circulação  geral.  Assim,  o  líquido  hipotônico  que  chega  ao
túbulo  distal  volta  de  novo  a  concentrar­se,  podendo  atingir  sua  osmolaridade  máxima,  cerca  de  1.200  mOsm.  A  ureia

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