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Reprodução Simulada - Criminalistica

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RECONSTITUIÇÃO: ASPECTOS TÉCNICOS E JURÍDICOS

José Lopes Zarzuela*


Professor Assistente do Departamento de Medicina Forense
da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo

Resumo:
O Autor analisa a importância da Reconstituição, como
modalidade de exame de corpo de delito complementar, suas
características jurídicas e técnicas e a estrutura que o perito poderá dar a
este tipo de Prova, e m alguns casos essencial para fornecer ao juiz de
Direito a necessária convicção para prolatar a sentença.

Abstract:
The Author analyses the importance of the Reconstituation, as
modality of complementary corpus delicti, its juridical and technic
characteristics and the structure that the expert wül give to that kind of
Proof, in some circunstances essential to furnish to the District Judge the
necessary assurance to pass judgement.

Sumário:
I Conceito
II - Previsão legal
III Comentários d o art. 7 e d o C P P
IV - Importância da Reconstituição
V Conceito de Moralidade Pública
V I - Conceito de O r d e m Pública
VTI Valor da Reconstituição
VQI Características Jurídicas da Reconstituição
L X - Características Técnicas da Reconstituição
X Estrutura d o L a u d o Pericial de Reconstituição
X I - Casuística de Reconstituições d o Instituto de Criminalística

* Perito Criminal Aposentado do Instituto de Criminalística-SP


178 JOSÉ LOPES ZARZUELA

I - Conceito

Reconstituição é u m tipo de exame de corpo de delito complementar,


facultativo, destinado a verificar a viabilidade de u m determinado fato, de
interesse judiciário-penal, ter ocorrido efetivamente, ou não, de acordo com as
afirmações oferecidas por testemunha(s), pelo(s) indiciado(s) e pela(s) vítima(s).

II - Previsão Legal

A Reconstituição ou, na linguagem processual penal contida no art.


Q
7 d o C P P , reprodução simulada dos fatos, constitui u m a atividade pericial
realizada "para verificar a possibilidade de haver a infração (penal) sido praticada
de determinado modo; a autoridade policial, poderá proceder (requisitar) à
reprodução simulada dos fatos, desde que esta não contrarie a moralidade ou a
ordem pública".1

III - Comentários do art. 7° do CPP

A Reconstituição representa exame de corpo de delito retrospectivo


complementar, destinado a indicar a viabilidade de u m a infração penal (crime
c o m u m , crime previsto e m legislação complementar e contravenção penal) ter
sido consumado, ou tentado, dentro de determinadas circunstâncias referidas
pela(s) testemunha(s) presencial(ais) do fato, pelo(s) indiciado(s) e pela(s)
vítima(s).
Deve esta atividade, sempre que possível, contar c o m as mesmas
pessoas que diretamente (vítima) (s) e indiciado(s) ou indiretamente
testemunha(s) tenham participado ou intervido no fato e, inclusive de
preferência, pelo m e s m o perito que, originalmente, atendera a ocorrência.
O art. 7 Q do C P P expressa que a Reconstituição poderá (não deverá)
ser requisitada por autoridade policial (Judiciária Criminal, Judiciária Militar,

1. Apesar de o art. 7 o do C P P vigente expressar apenas a autoridade policial c o m o órgão


legalmente habilitado para requisitar a Reconstituição, tal solicitação também poderá,
diretamente, ser dirigida pelo juiz de Direito, pelo m e m b r o do Ministério Público e pelo oficiai
das Forças Armadas e da Polícia Militar, encarregado do IPM, podendo quaisquer destes órgãos
acompanhar os trabalhos de sua execução.
RECONSTITUIÇÁO: ASPECTOS TÉCNICOS E JURÍDICOS 179

Policial Militar e m e m b r o do Ministério Público.2 Conclui-se, assim, que a


Reconstituição constitui u m exame de corpo de delito facultativo e requisitado
quando remanescem dúvidas da forma ou circunstâncias c o m o o fato
verdadeiramente se desenrolou, isto é, quais foram os comportamentos
assumidos pelo(s) sujeito(s) ativo(s) da infração penal, relativamente à(s)
vítima(s), quando da consumação ou tentativa de perpetração do evento.
N o caso do perito que diligencia a Reconstituição não ser o m e s m o
que atendera originalmente a ocorrência, deverá:
A estudar detidamente os autos do IP, I P M ou do Processo
Criminal, devendo para tanto solicitar vistas dos mesmos, quando não forem
encaminhados;
B - ouvir o(s) indiciado(s);
C - ouvir a vítima, quando possível;3
D ouvir testemunha(s),
a fim de formar seu próprio juízo sobre os aspectos e circunstâncias que
envolveram o fato e, assim, poder tecer considerações sobre a veracidade, ou
inveracidade, das alegações que lhe são expostas pelas partes (sujeitos ativo e
passivo da infração penal) e testemunha(s).
N ã o deverá o perito, e m quaisquer hipóteses, deixar de esgotar os
recursos de que poderá dispor para prover o Laudo Pericial do necessário
conteúdo técnico, de m o d o que esta peça processual possa, efetivamente,
prestar-se c o m o elemento de prova.
Faltando-lhe os elementos materiais arrolados, não deverá
improvisar, procedendo u m a Reconstituição claudicante, unilateral, e sim
solicitar à autoridade policial, policial militar, judiciária ou ao m e m b r o d o
Ministério Público os necessários meios para elaborar seu trabalho de m o d o
coerente e assim formar sua própria convicção sobre o trabalho que,
tecnicamente, deverá dirigir. Deste modo, deverá o perito solicitar a intimação
das partes e testemunhas, vistas dos autos, isto é, deve partir do perfeito

2. Art. 13, "P e art. 13, § único do C P P M ; art. 47 do C P P e art. 101, II, "b" da L O M P .
3. Obviamente nos casos de homicídios consumados isto não é possível, pois a vítima faleceu.
180 JOSÉ LOPES ZARZUELA

conhecimento da atividade que deverá orientar no local do fato afimde serem


atingidos os reais objetivos de seu trabalho.
O s depoimentos pessoais das partes e testemunhas devem ser
cuidadosamente analisados e confrontados com dados já conhecidos pelo perito
(se atendera o caso anteriormente), ou estudados através dos autos (se não
atendera o caso anteriormente).

IV Importância da Reconstituição

A relevância deste tipo de exame de corpo delito reside nos


seguintes aspectos:
A - comprovar, ou não, a viabilidade de c o m o determinada infração
penal ocorrera;
B - evitar falsas responsabilidades penais oriundas de confissões
espontâneas a fim de acobertar o verdadeiro infrator;
C evitar falsas responsabilidades penais oriundas de confissões
viciadas por coação física ou psicológica.
A Reconstituição elaborada c o m o mero registro de informações
mecânicas da ocorrência, não raro distorcidas pelas partes e testemunhas, não
tem o menor valor c o m o elemento instrutório, não atendendo seu próprio
conteúdo, segundo os ditames da processualística penal referidos no art. 1- do
C P P , que é o de evidenciar e comprovar a possibilidade da infração penal ter
sido produzida de determinada forma.
A Reconstituição, pela própria natureza de que deve simuladamente
reproduzir, é defesa e m dois casos:
A - quando contrariar a moralidade pública;
B - quando contrariar a ordem pública.

V Conceito de Moralidade Pública

Entende-se por moralidade não apenas os bons costumes tutelados


pela lei penal,4 particularmente o poder público, b e m c o m o as normas de

4. Titulo VI, Dos Crimes contra os Costumes, capítulos I a VI do CP vigente.


RECONSTITUIÇÃO: ASPECTOS TÉCNICOS E JURÍDICOS 181

convivência ou de respeito próprio, não previstos no direito, mas que obrigam


e m consciência.
O conceito de moral é cultural e valorativo e está na dependência da
sociedade de cada lugar e e m cada tempo.
Conclui-se assim que a concepção de moralidade é subjetiva,
variando no tempo e no espaço. Assim, o atual conceito de moral na sociedade
brasileira não é o m e s m o que existia no início do século e diverge também das
sociedades atuais de outros países.
O s costumes e a moralidade média que refletem práticas constantes
de determinadas sociedades e m épocas, igualmente determinadas, são variáveis,
isto é, muito flexíveis. Todavia, dentro da temática que analisamos e dentro da
atual conjuntura processual penal, as Reconstituições de casos que envolvem
delitos contra os costumes ainda são proibidas.

VI - Conceito de Ordem Pública

O r d e m pública é o conjunto de normas jurídicas, políticas e morais,


cuja violação perturba a convivência harmônica da sociedade. N ã o há, c o m o no
conceito de moralidade, u m critério racional, ausente de empirismo, afimde se
proceder a sua avaliação. Assim, pode-se afirmar que ordem pública representa
u m a concepção intrínseca a cada u m de nós.
D a m e s m a forma que os delitos que atentam contra a moralidade,
aqueles que afetam a ordem pública, podendo gerar tumultos ou agitações, não
são passíveis de Reconstituições.5

VII Valor da Reconstituição

E m muitos casos a Reconstituição tem u m valor probatório decisivo,


permitindo, inequivocamente, firmar a convicção do m e m b r o do Ministério
Público ou do juiz de Direito. A Reconstituição constitui u m excepcional meio de
convicção sempre que possa demonstrar ao juízo:

5. Titulo IX, Dos Crimes contra a Paz Pública.


182 JOSÉ LOPES ZARZUELA

A - que não foi conduzida através do emprego da coação, ameaça ou


sevícias;

B - que não houve adulteração nas declarações das partes e


testemunhas, seja no caso do indiciado para acobertar u m a infração penal
cometida por pessoa (pai que avoca a responsabilidade penal de crime ou de
contravenção penal cometida pelo filho; irmão mais velho que se responsabiliza
por delito ou ato anti-social cometido por irmão mais jovem; caso de vítima que
aproveita a oportunidade para tentar atingir o autor da infração, como
represália; caso de testemunha que se deixa levar pela emoção, emitindo
pronunciamentos irracionais sobre fatos ou circunstâncias que presenciou).
C o m o se pode inferir, a verificação da possibilidade de haver a infração penal ter
sido praticada de determinada forma, constitui precioso meio que atende tanto
aos interesses do acusado c o m o da vítima;

C - que a Reconstituição presta-se para demonstrar a falsidade da


confissão de u m a infração penal não cometida por pessoa sequiosa de
publicidade; não é raro que certos indivíduos tomando conhecimento, através da
imprensa, de delitos de autoria não determinada, dirijam-se a u m a delegacia de
polícia declarando-se responsável por aquele delito.

A Exposição de Motivos do C P P 6 esclarece que "o juiz deixará de ser


um espectador inerte da produção de provas. Sua intervenção na atividade
processual é permitida, não só para dirigir a marcha da ação penal e julgar, mas
também para ordenar, de ofício, as provas que lhe parecerem úteis ao
esclarecimento da verdade".
Para a indagação desta, não estará sujeito a preclusões. Enquanto
não estiver averiguada a matéria da acusação ou da defesa e houver u m a fonte
de prova ainda não explorada, o juiz deverá pronunciar o in dúbio pro reo ou o
non liquet.

6. ítem VII, Das Provas.


RECONSTITUIÇÃO: ASPECTOS TÉCNICOS E JURÍDICOS 183

VIII Características Jurídicas da Reconstituição

A a autoridade policial ou judiciária não pode, legalmente, obrigar


o acusado a figurar na Reconstituição a fim de verificar suas reações ao
apresentar os eventos do delito;

B a Reconstituição poderá, e m alguns casos, formar a convicção do


julgador, particularmente quando acompanhada de confissão espontânea e
comprovada do delito e o acusado foi assistido pelo m e m b r o do Ministério
Público;

C - é defesa pela lei processual Reconstituições de casos que possam


ofender a moralidade ou a ordem pública;

D - o juiz de Direito é competente para promover ex officio, isto é,


pode por iniciativa pessoal determinar a Reconstituição do delito. Esta norma se
estende aos oficiais das Forças Armadas e da Polícia Militar, nos IPMs;

E o m e m b r o do Ministério Público goza da atribuição legal de


requisitar diretamente providências no sentido de que seja procedida a
Reconstituição, b e m como, se quiser, acompanhá-la.

IX - Características Técnicas da Reconstituição

O perito designado para, tecnicamente, orientar os trabalhos de


Reconstituição, deverá:

A - estudar os autos do Inquérito Policial, Inquérito Policial Militar


ou dos autos do Processo Criminal, solicitando-os para vistas quando não forem
expedidos juntamente c o m a requisição de exame;

B proceder à oitiva das partes - indiciado(s) e vítima(s) e da(s)


testemunha(s) e reduzi-las a termo;

C determinar no local do fato, a fixação fotográfica das fases do


evento de maior relevo, legendando as fotografias segundo u m a seqüência lógica
184 JOSÉ LOPES ZARZUELA

dos fatos versados pelas partes e testemunha(s), depois de confrontados com


depoimentos prestados pelos m e s m o s nos autos e devidamente analisados;

D determinar, se necessário e conveniente, a elaboração de


desenho(s) esquemático(s) ou desenho(s) e m planta (em escala) sempre que a
Reconstituição demandar:
a) longos trajetos;
b) - a reprodução de locais distintos e distantes;
c) - a reprodução da dinâmica de acidente automobilístico,
indicando-se posições e situações do(s) veículo(s) envolvido(s) no evento;
d) - a reprodução das fases e m delitos patrimoniais (furtos
qualificados, roubos, extorsões, etc);
e) - a fixação de posições e situações de policiais e marginais
e m locais de troca de disparos de armas de fogo.

E proceder à análise crítica dos fatos que:


a) originalmente atendera, e m confronto c o m os
esclarecimentos que lhe são prestados, na Reconstituição, pelas partes e
testemunha(s);
b) - constam nos autos, quando não atendeu anteriormente a
ocorrência, diligenciando o levantamento do local7 (se necessário e conveniente),
a fim de comprovar a sinceridade das partes e testemunha(s) nos depoimentos
que prestaram e, deste modo, revelar ao órgão julgador a verdade ou a mentira
dos relatos ou versões apresentadas.

F - sugerir ao órgão requisitante que a Reconstituição seja ultimada


o mais rapidamente possível, pois, à medida que o tempo distancia o fato da
Reconstituição, muitas imagens do m e s m o serão apagadas da memória,
particularmente da(s) testemunha(s), e m virtual prejuízo dos interesses da
justiça na apuração de aspectos nebulosos da infração penal.

7. Art. 172, § único, d o C P P : "Se impossível a avaliação direta (exame de corpo de delito
direto), os peritos procederão à avaliação por meio dos elementos existentes nos autos e dos que
resultarem de diligências".
RECONSTITUIÇÃO: ASPECTOS TÉCNICOS E JURÍDICOS 185

X Estrutura do Laudo Pericial de Reconstituição

O legislador processual, c o m o nos demais tipos de trabalhos


periciais, deixou ao arbítrio do perito a forma de apresentação e a composição
do Laudo de Reconstituição. A estrutura deste tipo de trabalho não está previsto
e m dispositivos processuais penais n e m sujeito a preceitos técnicos, deixando-se
ao perito plena liberdade e m sua feitura, compreendendo-se, todavia, pelo teor
do art. 160, caput, do CPP, 8 que esse Laudo deva atender aos seguintes
requisitos de ordem técnica:

A - deve ser minucioso e circunstanciado;

B - deve ser fundamentado através


a) - da análise dos fatos conhecidos pelo perito que atendera
anteriormente a ocorrência e dos depoimentos que lhe são apresentados;
b) do estudo dos autos e da realização de diligências (se
necessárias), se não foi designado para proceder à Reconstituição o m e s m o
perito que atendera originalmente a ocorrência e assim tenha condições de
comprovar, realmente, a viabilidade dos fatos terem ocorrido da maneira c o m o
foram apresentados pelas partes e testemunha(s).

O Laudo de Reconstituição poderá (não deverá) ser constituído das


seguintes partes:

A - preâmbulo ou cabeçalho;

B histórico sumário;

C - rol defigurantes:partes e testemunha(s);

D - n o m e de eventuais pessoas que acompanharam os trabalhos:


m e m b r o do Ministério Público; autoridade policial; oficial encarregado do IPM;
advogado de u m a ou de ambas as partes;

E - n o m e da pessoa que representa a vítima - quando falecida ou


quando se encontra e m lugar incerto e não sabido;

8. "Os peritos descreverão minuciosamente o que examinarem e responderão (quando


solicitados) aos quesitos formulados''.
186 JOSÉ LOPES ZARZUELA

F - redução sumária a termo das declarações de cada u m a das partes


e da(s) testemunha(s);

G - levantamento fotográfico das diversas etapas e m u m a seqüência


coerente, segundo o arbítrio do perito, de m o d o a oferecer u m a concepção dos
fatos que configuram a infração penal;

H sempre que necessário e conveniente ou e m função de


requisição expressa, a Reconstituição deverá ser ilustrada com desenho(s)
esquemático(s) ou desenho(s) e m planta, de m o d o a preencher as lacunas da
fotografia judiciária e ambos (fotografia e desenho) complementarem a
descrição escrita.

I Conclusão
1. - análise comparativa dos fatos conhecidos ou estudados pelo
perito nos autos ou decorrentes de diligências, com as versões apresentadas pelas
partes e testemunha(s), devendo ser indicadas neste cotejo:
1.1 - viabilidade dos fatos terem, efetivamente, ocorrido de u m a
determinada forma, segundo as versões apresentadas;
1.2 a impossibilidade dos fatos terem ocorrido segundo as
versões oferecidas, segundo diligências, ou quaisquer outros tipos de exames
realizados pelo perito.
Este aspecto deve ser cuidadosamente considerado e m
ocorrências de Disparos de A r m a s de Fogo relacionadas com homicídios,
suicídios e acidentes; na dinâmica de acidentes de trânsito; e m furtos
qualificados e roubos; e m Acidentes do Trabalho, Fuga de Presos, etc.

J - fecho do Laudo;

L - data e assinatura.

XI - Casuística de Reconstituições

A fim de oferecer u m a visão de u m dos diversos tipos de


Reconstituições elaboradas por peritos do Instituto de Criminalística de São
Paulo, o presente trabalho é ilustrado por u m Laudo de Reconstituição de
Acidente de Trânsito.
s:-0<l.r.M;l.\ H A M•(,l!KA\rA PUNI K A
ni:i\\K I A M l . N I Ü I SI AHIIAI D I : 1*1)1 Í C I A CII-NTlT h.f>

INSTITUTO DE CRIMINALÍSTICA / V
1'llillO < ItIMIVU |)K <>( TÁVIO I liLAKDO Di KltllO Al \ AK|:M.A'( -'/^"

Ndlureva do Exa,ne:
Exame LAUDO COMPLBCENTAH DE ACIDENTE DE TRANSITO

LAUDO
AOS 27 de novembro H 1C30 .. . , São Paulo
HU5
"B de 1£r , na cidade de
e no INSTITUTO D E CRIMINALÍSTICA, do Departamento Estadual de Policia'
Cientifica, tia Secretaria da Segurança Pública do Estado do São Paulo, de confor-
midade c o m o disposto no artigo 178 do Decreto-Lei n.° 3.689. de 3 de outubro de
1941. polo Delegado de Polícia Titular deste I.C., '^..Z'.~1U lv „w^".»JLl 1*11. JA
'. 1 J . -u u .. ;» • • • • • • • • • • • • • • • • « • • • * . foram designados os Peritos Criminais

para piocederem o exame supra especificado, e m atendimento á requisição do De


legado de Polícia 1... C ^ .--. >1 - C.-..!-'.. C.__T, da Depol dO Ca-
randiru, referente ao I.P. 470/90, ocorrido n a rua Dr,' Olavo
Egídio, alt. 842, no qual figura como vítima C ->.„ I." 1.: -
1 .._ ] „ , e como indiciado . ^._.„._I_ .... 1» "„.!_
I - OBJETIVO DA PERÍCIA
Cumprimento da Cota do DD*Representante do üiniatério Pu
blico, exarada noa seguintes termos "elaboração de croquis -
dos fatos".
II - REALIZAÇÃO DOS TRABALHOS
Após ultimar os trabalhos, a .. "... signatária apreaen
ta os resultados, çonfoi-me seguet
1 - A ooorréncia, verificou-se às 11»30 horas do dia
17/02/90, na. rua Dr,' Olavo Egídio, altura do n« 842, envolvei L
o coletivo de prefixo HR-7028, segundo requisição de exeme.
2 - A reoonstituição foi ultimada no dia 11/12/90» pela-
; _' .'. . signatária.*
/
3 - A reprodução simulada dos fatos, baseou-se na inter4
pretação das declarações, cujas cópias, foram encaminhadas^
este I.C. L
III - 0 LOCAL DO PATO
A rua Dr* Olavo Egígio, no trecho onde ocorrera o/^ttro--
pelamento, desenvolve-se em suave declive, oonsiderando o seu
tido de marcha do coletivo de prefixo HR-7028, isto é, centro
bairro; é dotada de pista simples com sentido unidireclonal u
oom faixa exclusiva ao trafego de ônibusj o leito carroçável,
é provido de camada asfáltica que, por ooaaião do exame, ae ••
encontrava em bom eatado de conservação; a iluminação á provL
SEORRTAMA 1>A SEGURANÇA l'1'Hl IOA
/
DEPARTAMENTO ESTADUAL DE POLÍCIA CIENTÍFICA
INSTITUTO DE CRIMINALÍSTICA
lUKITO ( K1MIVU DK oi I AVIO I Dl ARPO Dl IWITO Al VARI M.A

da de lâmpadas de vapor de mercúrio»


Vi - SINALIZAClO
No trecho onde ocorrera o acidente, foram observados vea
tígios de sinaliaação de solo - limitativa de velocidade - 40-km/a

Y - DINfcíICA DO ATROPELAMENTO
Segundo deolaraç3ea do indiciado, trafegava o coletive de
placas HR-7028, pela rua Dr. Olavo Egídio pela faixa exclusiva 80
trafego de ônibus, em sua mão de direção a no sentido centro-baijf-
ro quando, ao atingir a altura do n» 842 deata via pública, a
ma prooedia travessia, momento em que fora colhida pela dianteirap
direita do coletivo*'

Este laudo, datilografado no anverso de duas folhas deste papal»


foi redigido pela : ;."_.i.w signatária a quem coube a realização -
doa trabalhos,'
Huetra-o, ».:; _ Z.\ ^„ZL~ lc0-„l~l_ c . \~' „."«. c um desenho
quemático. Deste laudo, fioa arquivada neste Instituto cópia, asa^.
nada e autenticada, /
/

São Paulo, U r^
de/dezembro de 1,990

_• - : - _ _ r .

PERITA

«3TITUT0 0E CRIMINALltTlQáV
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Desenho esquemático
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Reprodução de laudo d o Instituto de Criminalística d o
Diparlamento Rstadual de Polícia Científica da Secretaria da
Segurança Pública de São Paulo

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