Aula 1 Sólidos Cristalinos e Defeitos Cristalinos
Aula 1 Sólidos Cristalinos e Defeitos Cristalinos
Aula 1 Sólidos Cristalinos e Defeitos Cristalinos
Sólidos Cristalinos
Teoria:
-Mecânica do
contínuo
-Mecânica
Computacional
-Termodinânica
-Transf. de fases
Propriedades
Processamento: Mecânicas:
-Forjamento -Fadiga
-Laminação -Fluência
-Extrusão -Fratura
-Fundição -Resistência
Propriedades dos
Materiais
E
N
G
Microestrutura E
N
H
A
Composição e Processo R
de Fabricação I
A
FAMÍLIAS DE MATERIAIS DE ENGENHARIA
METAIS
POLÍMEROS CERÂMICOS
COMPÓSITOS
ELASTÔMEROS VIDROS
CLASSIFICAÇÃO DOS
MATERIAIS
• Metais
• Cerâmicas Classificação tradicional
• Polímeros
• Compósitos
• Semicondutores (ex. Circuitos
integrados)
• Biomateriais (Mat. Biocompatíveis)
REPRESENTAÇÃO DA RESISTÊNCIA DAS
VÁRIAS CATEGORIAS DE MATERIAIS
COMPÓSITOS
Al/SiC
Co/WC
SiN4/SiC Epóxi/Vidro
CLASSIFICAÇÃO DOS MATERIAIS
• Materiais semicondutores
apresentam propriedades
elétricas que são intermediárias
• Semicondutores entre metais e isolantes
• Além disso, as características
elétricas são extremamente
sensíveis à presença de
pequenas quantidades de
impurezas, cuja concentração
pode ser controlada em pequenas
regiões do material (para formar
InP as junções p-n)
• Os semicondutores tornaram
possível o advento do circuito
integrado que revolucionou as
indústrias de eletrônica e
computadores
• Ex: Si, Ge, GaAs, InSb, GaN,
CdTe..
CLASSIFICAÇÃO DOS
MATERIAIS
• Biomateriais • Biomateriais são empregados em
componentes para implantes de
partes em seres humanos
• Esses materiais não devem
produzir substâncias tóxicas e
devem ser compatíveis com o
tecido humano (isto é, não deve
causar rejeição).
• Metais, cerâmicos, compósitos e
polímeros podem ser usados
como biomateriais.
Propriedades Elástica dos Materiais
(1) (2)
(2) (3)
a a
b b a a
MONOCLÍNICO TETRAGONAL
b b b b
b
c c c c
a a a a
Uma avaliação mais aprofundada dos arranjos
ORTORRÔMBICO
cristalinos de Bravais revela que as estruturas
cúbica de corpo centrado (CCC), cúbica de face
centrada (CFC) e hexagonal compacta (HC) são
a
aquelas que permitem maior grau de
a
empacotamento atômico.
a c
c
a a a
b a
1.300 -
Nas mudanças Ferro
polimórficas há 1.200 -
Temperatura oC
normalmente uma CFC
alteração da 1.100 -
densidade e de
1.000 -
outras propriedades
912 oC
físicas 900 -
Ferro
CCC
800 - 768 oC
Ferro
Líquido
700 -
Tempo
(0,0,1)
(0,1,1)
(1,0,1) (1,1,1)
c
b
(0,0,0) (0,1,0) y y
a v xyz
(1,1,0)
(1,0,0)
x x
A existência de propriedades dependentes da orientação cristalográfica
..
resulta na necessidade de se determinar direções e planos em um cristal. Uma direção em uma célula unitária é determinada a
Posições atômicas em uma
célula unitária da estrutura C.S partir de um vetor que parte da origem e atinge a
posição definida pelas coordenadas consideradas.
z
[0 1 1]
4
[111]
3
1 2
[100] y
[110]
x
Direções em uma célula unitária cúbica. Planos cristalográficos em estruturas cúbicas.
DEFEITOS CRISTALINOS
O QUE É UM DEFEITO?
É uma imperfeição ou um "erro" no arranjo periódico regular dos átomos em um cristal.
Podem envolver uma irregularidade
· no tipo de átomos
O tipo e o número de defeitos dependem do material, do meio ambiente, e das circunstâncias sob as quais
o cristal é processado.
Tipos de defeitos
·Defeitos Pontuais: irregularidades que se estendem sobre somente alguns átomos (0-D)
·Defeitos Lineares: irregularidades que se estendem através de uma única fileira de átomos (1-D)
·Defeitos Planares (superfície): irregularidades que se estendem através de um plano de átomos (2-D)
·Defeitos Volumétricos: irregularidades que se estendem sobre o conjunto 3-D dos átomos na estrutura
Os defeitos, mesmo em concentrações muito pequenas, podem causar uma mudança significativa nas
propriedades de um material.
Sem a presença de defeitos:
· os dispositivos eletrônicos do estado sólido não existiriam
· os metais seriam muito mais resistentes
· os cerâmicos seriam muito mais tenazes
· os cristais não teriam nenhuma cor
DEFEITOS PONTUAIS
Vazios (Lacunas ou Vacâncias) e Intersticiais
Impurezas nos Sólidos
Impurezas Substitucionais
Vazios (Lacunas ou Vacâncias) e Intersticiais
·Vazios = ausência de um átomo da sua posição normal em uma estrutura cristalina perfeita
A presença de um vazio significa que as ligações atômicas na vizinhança do defeito não foram satisfeitas
·Intersticiais = ocorrência de um átomo em uma posição que não pertence à estrutura do cristal perfeito,
como um vazio intersticial
· · A presença de um intersticial significa uma distorção na estrutura devido ao desajuste causado pela presença
deste átomo
O cristal matriz contendo impurezas é chamado uma solução sólida, porque os átomos de impureza
ocupam posições aleatórias no cristal, similarmente a um soluto em um líquido.
· soluções sólidas Substitucionais :os átomos de impureza estão localizados em posições normalmente
ocupadas pelos átomos do cristal matriz. Eles "substituem" os átomos do cristal matriz.
· soluções sólidas Intersticiais os átomos de impureza estão localizados nos interstícios da estrutura cristalina
matriz. Normalmente tem um pequeno tamanho quando comparadas aos átomos da matriz.
IMPERFEIÇÕES EM SÓLIDOS CRISTALINOS
i) DEFEITOS PUNTUAIS
Movimento de um
cátion numa posição Lacuna de cátion e
normal para um lacuna de ânion
interstício
· Os defeitos em linha são imperfeições em uma estrutura cristalina nas quais uma linha de átomos
tem uma estrutura local que difere da estrutura circunvizinha.
· ° eles são criados devido às condições de processamento (a forma usada na fabricação do material)
e por forças mecânicas que atuam sobre o material.
Em outras palavras, o cristal se deforma plasticamente com tensões 1/10.000 de sua resistência teórica.
Analogamente, os cristais reais de outros metais se deformam sob tensões que são frações pequenas de suas
resistências teóricas (1/1.000 a 1/10.000).
A explicação para a discrepância entre os limites de escoamento calculado e real reside no fato de que os
cristais não são perfeitos, pois contem defeitos, sendo que as discordâncias são o tipo de defeito responsável
por este fato.
Discordâncias
· o tipo mais simples de discordância pode ser visto como um semi-plano atômico extra, inserido na estrutura,
o qual termina em qualquer lugar do cristal.
Consideremos agora o semiplano extra que está dentro do cristal. Um exame da figura abaixo
(esquema tridimensional de uma discordância em aresta) mostra claramente que o cristal está distorcido onde
o semiplano atinge o plano de escorregamento
DISCORDÂNCIA MISTA
As discordâncias são produzidas durante solidificação do material ou quando é aplicada uma tensão
cisalhante sobre a estrutura cristalina. Em geral, uma discordância em cunha está associada a uma
discordância em hélice, o que forma uma discordância mista e neste caso, a linha de discordância é única
para as duas discordâncias, como ilustra a figura abaixo.
Movimento das Discordâncias
Interação entre uma discordância e
um obstáculo (precipitado)
Interação entre a Ponta de uma
trinca e uma discordância
DISCORDÂNCIAS NO TEM
Defeitos tipo Superfície
Defeitos Volumétricos
LÍQUIDO
EMBRIÕES DA
FASE SÓLIDA
Desenvolvimento da estrutura cristalina em um lingote fundido
durante o processo de fundição
(c)Crescimento preferencial
produz uma zona de grãos
colunares;
(d)Nucleação adicional
criando uma zona equiaquixial.
Crescimento dendrítico de
uma estrutura bruta de fusão
(real)
Crescimento dendrítico de
uma estrutura bruta de fusão
(Modelo)
Esses embriões, com a evolução da transformação,
são transformados em núcleos da nova fase,
como mostra a figura 1)
Na etapa de nucleação, os núcleos surgem de
forma aleatória, cada um com orientação
cristalográfica própria, porém, em um mesmo
núcleo, seus átomos têm a mesma orientação
cristalográfica e assim se define tal região
como grão cristalino.