Resumos ENEM
Resumos ENEM
Resumos ENEM
Ainda, é sempre bom reforçar que ter um texto semipronto em mente pode
acabar te atrapalhando, pois escrever, por exemplo, sobre “intolerância religio-
sa” é diferente de escrever sobre “caminhos para combater a intolerância reli-
giosa no Brasil”, correto? Por isso, ter um texto estruturado para reproduzir,
além de te fazer perder tempo tentando lembrar dele, ainda pode te levar ao
tangenciamento do que foi proposto.
1º Não tente adivinhar, mas descarte os temas que sabemos que não cairão,
pois já foram foco em outras provas. Por isso, logo abaixo, disponibilizamos
um levantamento de todos os temas que já foram abordados no ENEM;
2º Entenda que os temas do ENEM são formados por várias partes. Lembra
que falamos que escrever sobre “intolerância religiosa” é diferente de escrever
sobre “caminhos para combater a intolerância religiosa no Brasil”? Para notar
essa diferença, você deve dividir os temas nos vários núcleos que os com-
põem e, assim, terá uma visão mais objetiva de tudo que precisará abordar.
4
TEMAS DO ENEM:
5
COMO PLANEJAR O TEXTO
A tese é o elemento mais importante do texto dissertativo, pois é ele que deter-
mina o que você irá defender. Dessa forma, como a função do texto dissertativo
é defender um ponto de vista, a determinação da tese é essencial para que
esse posicionamento seja bem apresentado e enfatizado no decorrer do texto.
Para definir a sua tese, você pode utilizar o esquema que segue:
6
Você já deve saber que a estrutura da redação do Enem é composta por três
partes principais: Introdução, Desenvolvimento e Conclusão. Esses elementos
se distribuem, na grande maioria das vezes, em um texto de quatro parágra-
fos, como o esquema que segue:
A INTRODUÇÃO DO
TEXTO DISSERTATIVO
Para uma introdução completa, é essencial que você apresente do que se
trata o texto (tema), relacione-o com outros elementos que contextualizem a
temática e que mostrem a sua linha de raciocínio (assunto) e delimite o que
irá defender, ou seja, qual a proposição que delimitará sua argumentação
(tese). Esses três elementos (assunto, tema e tese) são constitutivos de uma
boa introdução e devem se relacionar de maneira que uma questão mais
ampla (assunto), demonstre a temática e desenvolva a visão mais específica, o
olhar do escritor (a tese), como mostramos na figura a seguir:
7
De maneira geral, as ideias na introdução se apresentam da seguinte maneira:
8
O DESENVOLVIMENTO DO TEXTO DISSERTATIVO
Para defender seu ponto de vista no parágrafo de desenvolvimento, você
deve argumentar. Basicamente, consideramos que para criar uma argumen-
tação consistente é preciso seguir a seguinte fórmula:
9
Para fortalecer esta estrutura, então, é importante trazer e mobilizar na dis-
cussão várias áreas do conhecimento e da cultura: história, ciências, literatura,
música, cinema, etc. É preciso, sobretudo, que as referências devem ser feitas
com todo o cuidado, trazendo as devidas fontes e estabelecendo relações que
sejam coerentes, que não somente ocupem um espaço solto e desconexo no
texto, mas que mostrem o caminho argumentativo que relaciona as infor-
mações e exemplos com o ponto de vista defendido. As informações devem ser
bem selecionadas, pois ao trazer muitas informações de uma só vez se impede
o aprofundamento da discussão. Ainda, é de suma importância que a discussão
que se propõe no texto tenha relevância para a sociedade de forma geral. Ou
seja, é necessário que as questões debatidas se refiram não somente a um
indivíduo ou grupo específico, mas tenha importância social.
10
De maneira geral, ao contrário do que foi feito na introdução, você deve partir
de um elemento mais específico e ampliá-lo na finalização do texto. No caso
do ENEM, esse elemento que finalizará a discussão é a proposta de inter-
venção, como pode ser visto no esquema a seguir:
RETOMADA DA
TESE E DAS SUB-TESES
PROPOSTA DE
INTERVENÇÃO
Para que uma solução seja completa no ENEM e, assim, atinja os 200 pontos
da competência 05, é preciso que ela contenha cinco eles mentos que são:
11
Como O que Quem Como Para que Explicação ou
exemplificação de
elaborar deve ser deve deve ser deve ser um dos pontos
feito? fazer? feito? feito? anteriores
Após escrever seu texto no ENEM, ele será avaliado por dois corretores forma-
dos em Letras e que se capacitaram para essa tarefa. Essa correção será feita
com base em na matriz de correção do ENEM que apresenta cinco competên-
cias avaliativas e sua nota será a média das notas atribuídas pelos avaliadores.
É interessante lembrar, ainda, que pela primeira vez, no ano de 2019, o INEP
disponibilizou o material completo utilizado pelos corretores na tarefa de
avalição dos textos. Nesse material, podemos ver de maneira muito objetiva
exatamente o que é corrigido em cada uma das cinco competências (lembran-
do que cada uma delas te dará 200 pontos).
Com base nesse material disponibilizado pelo INEP e também da estrutura que
estudamos, podemos definir o seguinte checklist para ir bem nas cinco com-
petências e, assim, nos aproximarmos da nota máxima:
12
COMPETÊNCIA 01 – norma padrão
Máximo dois desvios (revise BEM o seu texto antes de passar a limpo);
Não utilize palavras se não tiver certeza do seu significado;
Se possuir dúvida sobre a grafia de uma palavra, por segurança, substitua por outra;
Cuide com a estrutura sintática (saiba o porquê de separar os períodos).
COMPETÊNCIA 04 – coesão
Utilize pelo menos dois conectivos que relacionam os parágrafos (aqueles que ficam no
início de cada parágrafo);
Utilize pelo menos um conectivo dentro de cada parágrafo;
Utilize corretamente os conectivos. Para isso, se não souber o significado de algum termo,
substitua-o;
Evite repetir conectivos (preste atenção nisso na revisão do texto);
Evite repetir muitas vezes uma mesma palavra, mas não trave se tiver que ter alguma
repetição (se não configurarem vício de linguagem, as repetições são aceitas).
13
GRÉCIA
Sobre a história da Grécia Antiga é importante lembrarmos que ela se divide em cinco
períodos:
15
Com o fim da alta Idade Média, há um aumen-
to da produção agrícola devido ao uso de
técnicas agrícolas como: o arado de ferro, os
moinhos e a rotação trienal de culturas. Este
aumento da produção aquece o comércio, o
que propicia o retorno ao uso de moedas e a
formação de cidades.
Com o surgimento das cidades há um aumento do êxodo rural, pois se passou a acreditar
que a cidade seria um espaço de maior liberdade em relação aos feudos. Contudo, no
século XIV a população europeia entra em declínio devido a: 1) Grande Fome; 2) a Peste;
3) a Guerra dos Cem Anos.
É ainda durante a Alta Idade Média que Portugal e Espanha conseguem unificar seus
respectivos reinos ao expulsar os muçulmanos da Penínsua Ibérica, o que ficou conhecido
como a Guerra da Reconquista. Isso possibilita o início da expansão marítima.
1ª E 2ª REVOLUÇÕES INDUSTRIAIS
Porém, é com o surgimento da indústria na Revolução Industrial que vemos um salto pro-
dutivo inédito. A indústria tem início na Inglaterra em meados do século XVIII (por volta de
1750) quando a produção têxtil é impulsionada por ferramentas e máquinas que cortam
custos e aceleram a produção.
Sendo assim, a produção de bens passa de uma lógica artesanal para uma racionalidade
fabril que preza pela agilidade e pela padronização. Há uma divisão da mão de obra na
linha de produção, e o trabalhador não mais possuí controle ou conhecimento sobre a
cadeia produtiva. As principais características da Primeira Revolução Industrial são:
16
GUERRA FRIA
A Guerra Fria foi um período de polarização ideológica global que data do fim da Segunda
Guerra Mundial até o início dos anos 1990, com o fim da União das Repúblicas Socialistas
Soviética (URSS).
As duas maiores potências globais que saíram vitoriosas da Segunda Guerra foram os
Estados Unidos, defensores de um projeto capitalista de mundo, e a URSS, defensora de
um projeto socialista. Cada uma destas nações procurou formar blocos de influência, onde
prometiam investimentos e assistência a nações e grupos menores em troca de alinhamen-
to ideológico.
Alguns países que fizeram parte do bloco capi- Já no bloco de influência soviético estavam:
talista e estiveram sob influência dos Estados
Unidos neste período foram: Cuba; Angola; Vietnã; Líbia; Ucrânia;
Polônia.
1 Brasil
2 Turquia A China, apesar de socialista, não pode
3 países da Europa Ocidental ser considerada uma área de influência
4 países da Oceania; soviética por ter rompido com a URSS
5 países da Ásia como Japão e Coréia do Sul. devido a tensões entre os dois países.
Além destes blocos de influência foram criadas também organizações militares que ser-
viam como ferramentas de influência destas potências. O bloco capitalista contou com a
formação da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) e a o bloco socialista
com o Pacto de Varsóvia.
17
ESCRAVIDÃO, RESISTÊNCIA E ABOLICIONISMO
A escravidão existe no mundo desde as primeiras civilizações da antiguidade, mas é só no
contexto da modernidade que ela vai atingir suas maiores proporções.
Porém, como seres humanos, estas populações sempre encontraram modos para resistir à
escravidão. Algumas destas opções eram: 1) a fuga de fazendas e a formação de qui-
lombos; 2) a prática da capoeira; 3) a compra de alforrias; 3) o suicídio.
No século XIX vemos surgir o movimento abolicionista. Tal corrente de pensamento tor-
nou-se comum em setores da elite branca que viam a escravidão como um atraso social e
econômico, sem necessariamente ter um olhar humanitário. Contudo o movimento ganhou
também o apoio de lideranças negras.
BRASIL COLÔNIA
Ainda é possível fazer outras divisões, como separar o período republicano em: 1) República
Oligárquica (1889 – 1930); 2) República Nova (1930 – 1964); 4) Ditadura Civil Militar (1964
– 1985); 5) Brasil redemocratizado (1985 – atualmente).
O período colonial compreende o período em que o Brasil foi formalmente uma colônia por-
tuguesa. A colonização do Brasil pelos portugueses se inicia, na prática, por volta de 1530,
quando os lusitanos decidem ocupar e proteger este território das invasões estrangeiras.
18
Isso não foi o suficiente para impedir que outras nações disputassem a posse por territóri-
os no Brasil. De uma série de invasões podemos citar algumas, como: 1) os saques de
corsários ingleses; 2) a invasão francesa no Rio de Janeiro por franceses protestantes em
1555; 3) a invasão holandesa de 1630; 4) invasão espanhola em Desterro (atual Flori-
anópolis) em 1777.
Durante o período colonial o território brasileiro era visto apenas como um território desti-
nado a gerar arrecadação para a coroa portuguesa através da: extração de pau-brasil;
durante o ciclo do ouro com a extração de metais e pedras preciosas; produção de
açúcar e outros derivados da cana.
No início do século XIX a família real portuguesa se vê ameaçada por Napoleão Bonaparte
que inicia uma invasão ao seu território na Europa.
BRASIL IMPÉRIO
Após a Revolução do Porto em 1820 o rei D. João VI se viu obrigado a retornar à Portugal,
mas deixou seu filho D. Pedro como governante do Brasil. Entretanto, as elites brasileiras
receavam que o filho seguisse os mesmos passos do pai rumo à Europa, e por isso o pres-
sionou para que ficasse deste lado do Atlântico.
Esse último poder era de uso exclusivo do imperador e o permitia interferir nos outros 3
poderes, mostrando uma dificuldade em abrir mão do absolutismo. Mas D. Pedro I vê seu
governo ruir diante de diversas crises:
1) econômica, devido aos empréstimos com os britânicos
2) política, em virtude da centralização do poder
3) bélica, pois precisou reprimir a Confederação do Equador e perdeu a Província da Cisplatina
Em 1831 ele abdica do trono brasileiro e retorna para Portugal, deixando seu filho, D. Pedro
de Alcântara, de 5 anos de idade, no poder. Como o herdeiro é impossibilitado de governar
devido a idade e a Constituição, o Brasil passa a ser governado por regentes. Este é o
período Regencial, onde ocorrem diversos conflitos por questões sociais, separatismos ou
descentralização do poder:
19
Já com D. Pedro II no poder, a economia brasileira passa a ser
caracterizada pela produção e exportação de café. Pressionado
pela Inglaterra e pelo movimento abolicionista, o governo
adere a uma abolição gradual da escravidão.
PRIMEIRA REPÚBLICA
Também conhecida como República Oligárquica ou República Velha, este período da história
do Brasil vai desde 1894 a 1930. Ele é precedido pelos governos autoritários de Deodoro da
Fonseca e Floriano Peixoto, período que ficou conhecido como República da Espada.
Este período é definido como “oligárquico”, pois o governo, em todas as suas esferas,
visava favorecer os negócios das elites, em especial aos barões do café de Minas Gerais e
São Paulo. Estes dois Estados revezavam-se no poder indicando candidatos para a
presidência em cada nova eleição.
Em 1929 o presidente Washington Luís, representante dos interesses da elite paulista, que-
brou o protocolo e indicou o paulista Júlio Prestes para o substituir, iniciando um atrito
com as elites mineiras.
Getúlio Vargas, representante do Rio Grande do Sul apoiado por Minas Gerais e Paraíba
concorre às eleições contra Júlio Prestes, mas perde em uma eleição muito polêmica. João
Pessoa, vice de Vargas, acaba sendo assassinado e Vargas usa o episódio como motor para
marchar ao Rio de Janeiro e depor Washington Luís que ainda estava no poder. Chegava
ao fim a República Oligárquica.
20
ERA VARGAS
Vargas chega ao poder pela primeira vez em 1930, como um gover-
nante provisório, mas irá permanecer como chefe de Estado até 1945
e após isso ainda irá governar como presidente eleito de 1950 a 1953.
Ele foi o segundo governante a ficar mais tempo no poder desde que
o Brasil se tornou independente, estando atrás apenas de D. Pedro II.
Enquanto esteve à frente do governo provisório, Vargas logo tomou uma série de medidas:
1) escolheu interventores para auxiliá-lo a governar; 2) criou a justiça eleitoral; 3) dis-
solveu o Congresso Nacional.
Em 1932 os paulistas entram em atrito com o governo Vargas e pegaram em armas com o
intuito de dar fim ao governo provisório e recuperar sua autoridade. O movimento é mili-
tarmente derrotado, mas Vargas dá inicio a retomada da Assembleia Constituinte.
Vargas acabou eleito indiretamente para continuar no poder até 1938. Ocorre que ainda em
1937, Vargas lança mão de um falso golpe comunista para instaurar um Estado de Sítio e
reunir os poderes em sua pessoa. Era o início do Estado novo.
DITADURA CIVIL-MILITAR
A Ditadura civil-militar tem início com o golpe de 1964, que depôs o presidente João Gou-
lart (Jango), e se encerra com o fim do governo de João Figueiredo em 1985. Trata-se de
uma ditadura civil-militar pelo fato de que os militares contaram com o apoio de grupos do
setor civil.
21
A Ditadura civil-militar tem início com o golpe de 1964, que depôs o presidente João Gou-
lart (Jango), e se encerra com o fim do governo de João Figueiredo em 1985. Trata-se de
uma ditadura civil-militar pelo fato de que os militares contaram com o apoio de grupos do
setor civil.
Após a deposição de Jango o Brasil foi governado por cinco presidentes militares, todos
eleitos indiretamente:
Todos pertenciam ao alto escalão das forças armadas brasileiras e eram influenciados pela
doutrina de Segurança Nacional. Tornou-se comum entre os chefes de Estado governar
através dos Atos Institucionais, cujo os mais conhecidos foram os cinco primeiros:
22
GLOBALIZAÇÃO
O que é Globalização? Origens da Globalização
Globalização é um fenômeno amplo que Alguns autores defendem que o início da
ocorre em diferentes âmbitos, da econo- Globalização se deu na Modernidade. Entre-
mia à cultura, passando pela política e por tanto, muitos pesquisadores indicam que o
questões sociais, e está diretamente rela- início desse fenômeno se deu com o Mer-
cionado à expansão do capitalismo. cantilismo e a expansão marítima propicia-
A partir da ideia de Globalização, podem- da pelas Grandes Navegações, por volta do
os analisar, em escala global, questões século XVI.
como relações de poder, organização da Vale também ressaltar que atualmente a
produção, apropriação de padrões cul- velocidade do processo de Globalização é
turais e ideológicos, entre outros. muito maior e se dá especialmente pelas
tecnologias de comunicação digitais e pelo
Aldeia Global rápido transporte de pessoas e mercadorias.
Alguns estudiosos consideram que muitos
dos efeitos da Globalização são benéficos Problemas da Globalização
e naturais, uma vez que resultariam no
que chamam de "Aldeia Global". Por outro lado, muitos pesquisadores
Esse conceito traz a ideia de que através defendem que a ideia de uma Aldeia
das tecnologias e das facilidades que elas Global é uma visão bastante romantizada.
nos traz, assim como a rapidez com que Segundo eles, a Globalização tem con-
mercadorias e pessoas transitam no pla- tribuído para o aumento das desigual-
neta, poderíamos caminhar para uma dades e o aprofundamento dos prob-
unificação dos povos, permitindo uma lemas sociais em diversas partes do
cidadania global. mundo e também para a exploração
Essa visão traz uma ideia de "aperfeiçoa- desordenada dos recursos naturais.
mento da humanidade". Além disso, a ideia de homogeneização
promovida pela Globalização tende a
aniquilar a diversidade cultural.
INDÚSTRIA BRASILEIRA
Modelo primário exportador
Até o fim da 1ª República, a economia brasileira era baseada especialmente nas plantations,
como a lavoura de café cuja produção era principalmente dedicada à exportação, assim
como outras commodities agrícolas. Como havia grande quantidade de exportações, tínha-
mos um superavit na balança comercial. Sendo assim, era conveniente para o país fazer a
importação de grande parte dos produtos manufaturados.
24
Governo Juscelino Kubitschek
O Plano Econômico de Juscelino (Plano de Metas) tinha como uma das suas metas a
rápida industrialização do país, promovida especialmente por estímulos às transnacionais,
especialmente às indústrias automobilísticas.
25
Biomas brasileiros mais ameaçados
IMPACTOS AMBIENTAIS
DA POLUIÇÃO Mata Atlântica: foi quase extinta pelo
desmatamento provocado pela ocupação
Modelo primário exportador do litoral brasileiro. Resta menos de 6%
desse bioma.
Degradação ambiental é a deterioração do
ambiente, de seus nichos, hábitats e biodi- Cerrado: Assim como a Mata Atlântica, é
versidade por conta de qualquer pertur- um hotspot de conservação por conta de
bação ou alteração causada pelos seres sua grande diversidade. Atualmente é o
humanos, como o uso descontrolado dos bioma mais ameaçado pelo desmatamento
recursos naturais e a poluição. provocado pela monocultura e pecuária.
DEMOGRAFIA
Distribuição da água no planeta
Crescimento vegetativo
26
Teorias demográficas
Malthusiana: Em sua obra "Ensaio Geral sobre a população" (1798), Thomas Malthus afir-
mou que a população crescia em progressão geométrica, enquanto que os recursos cresci-
am em progressão aritmética. Isso, segundo ele, levaria a humanidade a guerras por conta
da escassez de recursos. Malthus foi um grande defensor do controle de natalidade, espe-
cialmente da população mais pobre, a quem ele culpava por esse desequilíbrio.
Marxista: Essa teoria é também conhecida como Reformista ou Otimista. Nessa teoria, Marx
interpreta o crescimento populacional exagerado como consequência das desigualdades
sociais promovidas pela má distribuição de renda. Sendo assim, Marx dizia que o controle
de natalidade seria ineficaz e a sua proposta para diminuir o rápido crescimento populacio-
nal seriam medidas de combate à miséria, através de uma melhor distribuição de renda.
CLIMATOLOGIA
Elementos climáticos: Fatores climáticos:
27
CARTOGRAFIA Projeções cartográficas
Escalas
Gráfica: escala é representada por uma linha
Numérica: representa a escala através de reta graduada.
fração numérica 1/100 ou 1:100
28
SOLOS
O que são solos?
Os solos são a camada mais superficial da crosta terrestre, representados por massas natu-
rais que fazem parte da superfície, sendo capazes de abrigar vida vegetal e de outros
organismos. São resultantes da ação do clima e da biosfera sobre as rochas – seu material
de origem.
Composição do solo
Tipos de solo
Aluviais: Formados a partir de sedimen- Eluviais - zonais: São os solos formados por
tos transportados de outros locais, materiais provenientes da rocha matriz que
como o solo de massapé. está logo abaixo deles, como a terra rocha
que é proveniente do basalto.
29
URBANIZAÇÃO
A urbanização se inicia no período feudal com a migração dos camponeses para os chama-
dos burgos, pequenas comunidades entre os feudos.
Entretanto, podemos dizer que o processo de urbanização foi alavancado pela industrial-
ização, que por conta da necessidade de mão de obra, atraiu a população dos campos para
a cidade.
Porém, é importante lembrar que atualmente, as indústrias tendem a fugir do espaço
urbano por conta dos problemas que este apresenta.
Outro fator importante a ser destacado é o fato de que a urbanização é comumente asso-
ciada à ideia de modernidade. Isso porque os espaços urbanos são tidos como o símbolo
da transição do setor primário de produção, para o setor industrial e de serviços.
Urbanização brasileira
O processo de urbanização brasileira se inicia na década de 1940. Isso porque nessa época
há um grande investimento na industrialização dos grandes centros, o que atrai a popu-
lação rural em busca de empregos de maiores rendimentos. O senso realizado nessa época
mostra que apenas cerca de 31% da população vivia nas cidades. Esse processo adquiriu
grande impulso a partir de 1970, quando a população urbana ultrapassou a rural no país.
Esse processo foi alavancado pelo chamado "Milagre econômico" que ocorreu durante a
ditadura, em que os investimentos em indústrias subiram consideravelmente e expandiu os
serviços urbanos.
Nas décadas seguintes observa-se que o Brasil continuou a se urbanizar muito rapida-
mente.
30
FUNÇÕES DA LINGUAGEM
Função emotiva (ou expressiva) - centralizada no emissor, revelando sua opinião, sua
emoção. Nela prevalece a 1ª pessoa do singular, interjeições e exclamações. É a linguagem
das biografias, memórias, poesias líricas e cartas de amor.
Função fática - centralizada no canal, tendo como objetivo prolongar ou não o contato
com o receptor, ou testar a eficiência do canal. Linguagem das falas telefônicas, saudações
e similares.
GÊNEROS TEXTUAIS
A tabela ao lado mostra que, para cada tipo textual, há variados gêneros textuais. Cada
gênero possui formas relativamente estáveis. Podemos identificar uma carta e diferenciá-la
de uma bula de remédio e de um editorial de jornal. Assim como podemos diferenciar pela
forma uma narrativa de uma dissertação. Essas formas estáveis que se encaixam na tipolo-
gia acima são chamadas de “gêneros textuais”.
Na maioria das vezes, entretanto, um texto utiliza mais de um procedimento textual. Isso
cria um texto com sequências discursivas variadas:
Exemplo - Uma crônica pode ser analisada sob vários aspectos: pode conter narrativa; pode
conter descrição; pode conter persuasão e desabafo. Cabe ao leitor perceber o tipo que
predomina. Tal predominância leva em consideração a intenção do autor ao produzir o texto.
32
Tipologia Textual
Tipologia textual Exemplos de gêneros textuais
Narração Crônica, conto, reportagem, romance,
novela, peça teatral, anedota, notícia.
DENOTAÇÃO E CONOTAÇÃO
O valor denotativo ou conotativo da
palavra depende do contexto em que
ela se encontra.
Denotação
Conotação
33
FUNÇÕES DA LINGUAGEM
Ambiguidade
Imagem 3
A ambiguidade é provocada pela má
colocação da expressão adverbial
“com frequência”. Assim, pode-se
entender que "As pessoas que, com
frequência, consomem bebidas
alcoólicas apresentam sintomas de
irritabilidade e depressão" ou que
Imagem 1 Imagem 1 "As pessoas que consomem bebidas
Explora propositalmente a O humor da charge decorre alcoólicas apresentam, com frequên-
ambiguidade visual. da ambiguidade resultante cia, sintomas de irritabilidade e
da palavra “nada”. depressão".
34
PRINCIPAIS FIGURAS DE LINGUAGEM
O uso de figuras de linguagem é um dos recursos empregados para valorizar o texto, tor-
nando a linguagem mais expressiva. Quando a palavra é empregada em sentido figurado,
não denotativo, ela passa a pertencer a outro campo de significação, mais amplo e criativo,
ou seja, no sentido conotativo, e isso ocorre por meio das figuras, que são verdadeiras ferra-
mentas de conotação. Veja as principais figuras de linguagem:
INTERTEXTUALIDADE
A intertextualidade é a relação que se estabelece entre uns textos e outros textos.
Todo texto se constrói como um mosaico de situações, todo texto é absorção e transfor-
mação de outro texto. Essa intertextualidade pode transparecer no texto sob várias formas:
citação (direta ou indireta), paráfrase, paródia, colagem, pastiche.
Nos textos opinativos, a citação é uma estratégia argumentativa que serve para sustentar a
tese do autor, isto é, serve para confirmar e dar valor de verdade à tese defendida. A
referência a outros autores para corroborar (ou também para refutar) uma tese é estratégia
muito usada de sustentação de uma opinião. Chama-se “argumento de autoridade”.
35
PRINCIPAIS FIGURAS DE LINGUAGEM
Linguagem verbal
36
FORMAÇÃO DE PALAVRAS
Ambiguidade
Derivação palavras formadas por meio da colocação de prefixos e sufixos ao um radical (ou
palavra primitiva). exemplos: pedreiro, empoderamento, descontentamento, infelizmente.
Hibridismo palavras formadas por meio de radicais de línguas diferentes. exemplos: sam-
bódromo, brinquedoteca, antropologia, feminicídio, homofobia, tuitar.
Onomatopeia palavra criada por meio da imitação dos sons humanos, naturais ou de obje-
tos. exemplos: miau, kkkk, tique-taque.
um não, um nada
Homem alto
Falamos alto
Flexão: alteração da forma da palavra sem que, com isso, surja nova palavra. acrescenta-se ao
radical as desinências (nominais ou verbais) com o objetivo de atribuir-lhe informação nova.
37
RECURSOS DE COESÃO:
Pronomes e conjunções
Coesão - refere-se às relações de sentido estabelecidas entre os enunciados que compõem
um texto, de modo que a interpretação de um elemento qualquer seja dependente de
outro. a coesão é obtida em parte pela gramática, em parte pelo léxico.
PONTUAÇÃO Vírgulas
PONTUAÇÃO – VÍRGULA – 10 MANDAMENTOS
38
MUNDO DO TRABALHO
O trabalho segundo Marx
CULTURA
O conceito de Indústria Cultural foi cunhado pelos filósofos
alemães Theodor Adorno e Max Horkheimer, na obra intitulada
‘Dialética do Esclarecimento’.
No capítulo ‘A indústria cultural: iluminação como
engano em massa’, os autores explicam como a
cultura popular se assemelha com uma fábrica que
produz bens culturais padronizados que visam uma
espécie de domesticação das massas.
40
Conceito de cultua:
O conceito de cultura é bastante amplo. Dentro da sociologia, podemos dizer que a cultura
corresponde a um conjunto de crenças, hábitos e conhecimentos de um povo ou de deter-
minado grupo que têm, de certas maneiras, padrões semelhantes. Sendo assim, podemos
dizer que a cultura é algo essencialmente humano e que se manifesta de diferentes formas
em diferentes sociedades.
Visa o lucro
Padronização dos gostos e interesses dos consumidores
Massificação dos produtos
Produtos fáceis de serem consumidos
Homogeneização dos produtos culturais (filmes, músicas,
novelas, peça etc)
CIDADANIA
O conceito de cidadão data da Antiguidade Clássica, quando cidades como Atenas se
estruturaram politicamente de maneira a assegurar direitos a uma parcela da população ao
passo que explorava as demais.
Na democracia ateniense, por exemplo, para ser considerado cidadão era preciso: ter pais
atenienses, ser ateniense, ser maior de idade, possuir terras e escravos. Vale ressaltar que,
embora a mulher fosse considerada cidadã, ela não tinha direitos políticos.
Atualmente, entende-se por cidadão o indivíduo que, como membro de um Estado, usufrui
de direitos civis e políticos por esse garantidos e desempenha os deveres que, nesta
condição, lhe são atribuídos.
41
Direitos civis:
MUSIC FESTIVA
São direitos dados aos cidadãos de determinado estado ou nação. Garantem as liberdades
Lorem ips
sed diam
um dolor
sit
nonummy amet, consectetu
dolore ma nibh euismod tinc
er adipis
cing elit,
L
individuais, como o direito de pensar e se expressar, o direito de ir e vir, ou o acesso à pro-
gna aliquam idunt
erat volutp ssuts laoreet
., quis nos mm.
tru
A Constituição Federal de nosso país dita que, os direitos e deveres do cidadão brasileiro,
devem sempre andar em conformidade, pois, quando um cidadão cumpre as suas
obrigações, o outro tem a garantia dos seus direitos.
Direitos políticos:
7 8 9
0
sufrágio e à representação política.
Direitos sociais:
Cidadania:
É a condição de uma pessoa que pertence a um Estado onde pode gozar de seus direitos e
cumprir seus deveres.
Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos bra-
sileiros e aos estrangeiros residentes no País, a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade,
à igualdade, à segurança e à propriedade.
MEIOS DE COMUNICAÇÃO
Meios de comunicação são instrumentos cria-
dos para que se propague a informação. Importante lembrar que as redes sociais
modificaram muito nossa comunicação.
Principais Meios de Comunicação: Se antes comunicação de massa era
Tv passiva (apenas assistíamos ao conteú-
Rádio do que chegava pela TV, por exemplo),
Jornais e revistas impressas hoje as novas TICs permitem a interação
dos comunicadores com a audiência.
Na internet:
Tecnologias da informação e comunicação
digitais.
42
Manipulação da Informação
MOVIMENTOS SOCIAIS
O conceito de movimento social se refere à ação coletiva de um grupo organizado que tem
como objetivo alcançar mudanças sociais por meio do embate político, dentro de uma
determinada sociedade e de uma determinada sociedade e de um contexto específico.
43
O Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto fundado em 1997 é
um movimento de caráter social, também marxista. Sua atuação
política e popular advoga principalmente pelo direito à moradia,
pela reforma urbana e pela diminuição da desigualdade social.
A existência de movimentos sociais se justifica por conta das diferenças entre os indivídu-
os e, consequentemente, da exclusão de políticas e práticas voltadas para as necessidades
reais e específicas de cada grupo.
A Constituição assegura direitos básicos e essenciais, mas faz isso de forma geral, sem
levar em conta as diferenças regionais e particularidades mais específicas de determinados
grupos. Para mudar a situação de exclusão, são então formados os movimentos sociais.
Ações coletivas
Revolucionários ou reformistas
44
ENTÃO THALES DISSE...
FAÇA-SE A FILOSOFIA!
Platão
46
ESCOLA DE FRANKFURT
Surgido no século XX, o Instituto para Pesquisa Social da Universidade de Frankfurt é um
dos locais de maior renome para o estudo da filosofia e da sociologia na atualidade.
Para eles, a cultura popular é algo análogo a uma indústria que produz bens culturais
padronizados, tais como: filmes, podcasts, revistas etc. usados para influenciar a socie-
dade a seguir os interesses das classes dominantes.
47
ÉTICA
Umas das primeiras reflexões filosóficas sobre as questões morais
foi protagonizada por Sócrates, que almejava estabelecer juízo
crítico racional para distinguir a verdadeira virtude via dialogo e
reflexão.
Seu discípulo Platão, foi influenciado por esta ideia, mas pensava
também que os conceitos morais deveriam residir simultaneamente
no indivíduo e na cidade como meio de alcançar a felicidade.
A Ética é parte da filosofia responsável pela investigação dos princípios que motivam,
distorcem, disciplinam ou orientam o comportamento humano, refletindo a respeito da
essência das normas, valores, prescrições e exortações presentes na sociedade
48
FILOSOFIA MODERNA
Niccolò di Bernardo dei Machiavelli foi um filósofo defensor da
monarquia. Para ele o sucesso de uma nação é a meta de todo
governante.
John Locke foi outro filósofo inglês que se consagrou om suas teorias
políticas. Famoso por suas ideias empiristas, Locke defendia um gov-
erno baseado no Direito Natural dos seres humanos, antagonizando o
absolutismo defendido por Thomas Hobbes.
49
RACIONALISMO
O Racionalismo é uma corrente filosófica que privilegia a
razão como meio de conhecimento e explicação da realidade.
Seus principais expoentes foram René Descartes, Gottfried
Leibniz e Baruch Espinoza, contudo Platão já operava nessa
linha com suas ideologias.
O pensamento racionalista visa conhecer o mundo, de
modo não aceitando qualquer elemento empírico como
fonte do conhecimento verdadeiro. Nesse sentido, as
ideias racionalistas têm um ponto de vista inatista, ou
seja, derivam do intelecto e da pura racionalidade.
CRITICISMO
O Criticismo é uma corrente filosófica que
EMPIRISMO pretendeu pôr um fim a contenta entre o
Racionalismo e o Empirismo. Pensada por
O Empirismo é a corrente filosófica pauta-
Immanuel Kant, essa vertente busca os limites
da na noção de que todo conhecimento
daquilo que pode ser conhecido, de modo se
válido só pode ser obtido única e exclusiv-
utilizar das noções apriorísticas da doutrina
amente da experiência.
racionalista para fundamentar conceitos
primordiais da nossa existência, ao passo que
Seus principais expoentes foram David
se vale das noções empíricas para fundamen-
Hume, Francis Bacon e John Locke, entre-
tar os conhecimentos a posteriori.
tanto suas origens podem ser retomadas
desde Aristóteles.
Essa corrente filosófica faz uma análise crítica
da realidade, que foi divida por Kant em três
O pensamento empirista pressupõe que o
grandes obras: A Crítica da ‘Razão Pura’, a
conhecimento sobre o mundo se dá a
‘Crítica da Razão Prática’ e a ‘Crítica do Juízo’.
partir da captação do mundo externo,
através dos sentidos, descartando as
verdades apriorísticas e inatas.
50
MACHADO DE ASSIS E O REALISMO
Machado de Assis é um dos escritores mais importantes da língua por-
tuguesa e o ENEM reconhece isso. É comum que tenhamos questões de
interpretação de texto sobre a obra Machadiana. Para resolver essas
questões vale pensar em algumas características típicas do Realismo
brasileiro e do escritor, tentando aplicá-las a sua interpretação.
A tentativa de representar a realidade externa, os cenários,
as reações e o tempo, por exemplo, é chamada de Veros-
similhança. E mesmo que isso seja uma característica típica
do Realismo, e apareça na obra Machadiana, há também a
sacada literária mais interessante: nem tudo que parece é!
E Machado é mestre nessa arte, ele é o rei da ironia.
LINGUAGEM REGIONALISTA
E VARIAÇÃO LINGUÍSTICA
A linguagem não normativa, ou não gramatical, aparece com frequência nas provas do
ENEM. Sendo assim, é importante saber que existem distintas possibilidades de fala e que
isso pode ou não ser variação regional. Por isso, ponha a atenção nos vocábulos para não
confundir Brasil com Regiões específicas.
52
Na literatura pode-se destacar a representação dos regionalismos feitas pelos escritores do
Modernismo da Segunda Geração, a prosa de 30.
Esses escritores são figuras importantes da vertente regionalista, já que falam sobre os seus
lugares, apresentando os cenários de forma plástica e falando sobre a cor local (se refere ao
texto que apresenta especificidades de um lugar - dialetos, costumes, história e topografia).
Jorge Amado, que Graciliano Ramos, Rachel de Queiroz, José Lins do Rego
desenvolve os cenári- que aborda a escritora crítica, que o pai da triologia da
os da Bahia e aponta questão do sertão, trabalha os ambientes cana de açúcar e o
as diferenças de a psicologia e os do Sertão e também as retrato da decadên-
classe social questionamentos relações interpessoais. cia coronelista.
sobre a vida.
Última dica: Lembrar também que o Cordel, um tipo de poesia popular que tem como
berço de ouro o nordeste, que conta histórias do cotidiano e se constrói em versos rimados
e musicais.
53
VANGUARDAS EUROPEIAS
Antecessoras da Semana de Arte Moderna, a Semana de 22, as Vanguardas Europeias foram
alicerces para a construção da arte do século XX. Revolucionários, os artistas das diferentes
correntes, abriram portas não somente na literatura, mas também nas artes visuais. Sendo
assim, acabam aparecendo de maneira recorrente no ENEM com imagens e textos
Futurismo
ode à velocidade e ao novo, culto à violência e formas em movimento. Na literatura se apre-
senta centralmente com a fragmentação do verso ou do parágrafo.
Surrealismo
estética do sonho e do inconsciente, trabalha com imagens oníricas, e aposta na escrita
automática.
Dadaísmo
reconstrução dos princípios artísticos, transformação dos objetos cotidianos em peças de
Arte Moderna; na literatura, a destruição do verso e a formação de imagens com palavras.
Cubismo
tem destaque centralmente nas artes plásticas,
o artista mais conhecido é Picasso.
SEMANA DE
ARTE MODERNA
A Semana de Arte Moderna aconteceu em 1922 e pode
ser considerada um rio divisor de mundos. Isso porque a
Semana de Arte Moderna rompeu com o conservadoris-
mo, com o preciosismo e com a repetição e cópia euro-
peia, que muito seguíamos até o século XIX.
54
Criou a chamada Geração Revolucionária - a Primeira Geração Moderna - que conferiu
destaque para Mario de Andrade, Oswald de Andrade e Manuel Bandeira. Essa geração
trouxe para as nossas artes um olhar para a linguagem popular, o uso da crítica irônica
contra os passadistas ou puristas da arte, retratos das cidades, vide o famoso “Pauliceia
desvairada” de Mario de Andrade.
De todos os escritores dessa geração se destaca como o mais irreverente, Oswald de An-
drade, que usa poemas pílulas e fragmentação do texto, buscando semelhança com a
linguagem dos takes de cinema e reproduzindo no texto as expressões populares.
55
Um dos poemas mais conhecidos da escritora
chama “Retrato”, ele apresenta bem os ele-
mentos constitutivos do conjunto literário de
Cecília Meireles:
“Eu não tinha este rosto de hoje, Vale lembrar que no olhar para o mundo em
assim calmo, assim triste, assim magro, que vivia, Cecília Meireles criou uma ponte
nem estes olhos tão vazios, com o passado resgatando a história da
nem o lábio amargo. Inconfidência Mineira, falando sobre liberdade,
sobre a função da palavra (metalinguagem),
Eu não tinha estas mãos sem força, incorporando elementos líricos e épicos. O
tão paradas e frias e mortas; livro “Romanceiro da Inconfidência” é consid-
eu não tinha este coração erado uma das mais importantes obras de
que nem se mostra. Cecília e pertence a sua chamada fase social.
56
GERAÇÃO DE 45
Terceira Geração
Essa geração do Modernismo abraça grandes escritores da nossa literatura, como João
Cabral de Melo Neto e Guimarães Rosa, autores que têm aparecido frequentemente na
prova do ENEM. Mas, aqui vamos duas escritoras que se repetem ano a ano na nossa prova:
Clarice Lispector e Lygia Fagundes Telles.
Vale começar dizendo que esse ano temos a efeméride de Clarice Lispector, que se
estivesse viva, no ano de 2020 completaria 100 anos. Então, fiquem bem ligado(a)!
Além de Clarice, a escritora Lygia Fagundes Telles também é importantíssima. Nas suas
obras existe uma investigação da dimensão psicológica das personagens. Seus contos e
romances desenvolvem uma perspectiva de entrelaçamento entre diferentes mulheres e
também diferentes gerações. Suas obras propõem-se a pensar as relações sociais e íntimas
das personagens, percebe-se o desenvolvimento dessas tramas em livros como “Ciranda de
Pedra” ou “As Meninas”.
57
CANÇÃO POPULAR
A interpretação de canções no ENEM passa por
autores como Chico Buarque e Vinicius de
Moraes (autor que também faz parte da Geração
de 30, ou segunda fase do Modernismo).
Em geral, as músicas desses compositores apa-
recem com um olhar para as relações interpes-
soais, o amor e também para a forma do texto.
Vale lembrar também que além desses dois importantes nomes, o ENEM já trouxe músicas
de rap e hip-hop como é o caso dos Racionais MC’s, ou músicas do rock brasileiro como a
canção de Cazuza. Também há um destaque especial nas provas para a importância do
Tropicalismo (movimento que surgiu com a influência da contracultura norte americana,
do pop nacional e internacional misturando manifestações tradicionais da cultura brasileira
a inovações estéticas internacionais) onde se destacam compositores como Caetano
Veloso e Gilberto Gil.
58
POESIA CONCRETA
Os poemas do Concretismo - movimento que nasce na década de 50 e que utiliza a lingua-
gem mista (verbal e não verbal) trazendo elementos da estética pop e também da propa-
ganda e o grafismo - são importantes e exercem influência em diferentes tipos de poesia
construídas a partir dessa época.
Outro ponto importante de ser destacado é que o Concretismo utiliza de diferentes influên-
cias da propaganda e também de marcas de produtos. Como se constrói num momento em
que há fluxo grande de importação de bens de serviço e também da popularização da tele-
visão, os poetas dessa fase utilizam dessas diferentes linguagens para criar sua lírica. Há até
mesmo poemas que falam da Coca-cola, por exemplo.
Além de Haroldo de Campos, Augusto de Campos e Décio Pignatari - que são os fundadores
do Concretismo, temos poetas e musicistas importantes como Arnaldo Antunes e Tom Zé.
O Concretismo também se desenvolveu nas artes visuais: com a escultora Lygia Clark e o
artista e performer Hélio Oiticica.
POESIA MARGINAL
A literatura marginal é também chamada de Geração Mimeógrafo - um aparelho de cópia
manual, no qual se usa álcool, papel e uma matriz para reproduzir textos e imagens. A asso-
ciação com o aparelho vem porque os artistas reproduziam suas obras de forma individual e
artesanal, fora do mercado literário e dos grandes centros culturais.
59
Aquarela Além da crítica social, vê-se temas como o amor e
erotismo. Em alguns autores como Ana Cristina
O corpo no cavalete Cesar e Caio Fernando Abreu, aparece a chamada
é um pássaro que agoniza “sexualidade desviante”, porque traziam a homos-
exausto do próprio grito. sexualidade como tema. Nas obras encontramos
As vísceras vasculhadas também muitas referências às questões do cotidia-
principiam a contagem no e das vidas periféricas.
regressiva.
No assoalho o sangue A maioria dos poemas são textos curtos, não exclu-
se decompõe em matizes indo a possibilidade de textos maiores e até mesmo
que a brisa beija e balança: a produção de romances e contos. A linguagem é
ο verde – de nossas matas composta por traços de oralidade e também de
ο amarelo – de nosso ouro gírias, é possível encontrar humor, sarcasmo e
ο azul – de nosso céu linguagem mista - charges ou Hq’s.
ο branco o negro o negro
CRÔNICA MODERNA
E CONTEMPORÂNEA
60
REDAÇÃO
Professora Daniela Cristina da Silva Garcia
HISTÓRIA
Professor Angelo Antônio de Aguiar
GEOGRAFIA
Professor Leandro Osmar de Souza
PORTUGUÊS
Professora Mercedes Prado Bonorino
FILOSOFIA E SOCIOLOGIA
Professor Ernani Júnior da SilvA
LITERATURA
Professora Camila Zuchetto Brambilla
ORGANIZAÇÃO
Juliana Evelyn dos Santos
DIREÇÃO DE CONTEÚDO:
Jade Phillipe dos Santos
DESIGN
Matheus Laste