Problema Nacional Brasileiro Alberto Torres
Problema Nacional Brasileiro Alberto Torres
Problema Nacional Brasileiro Alberto Torres
':<1o
NACIONAL BRASILEIRO
BIBLi cb.THECA PEDAGOGICA BRASILEIRA
SERIE V BRASIL~ANA VOL. XVI
I ALBERTO TORRES
Problenia Nacional
Brasileiro /"'
I
Introducção a um programma
de Organização Nacional
i COMPANHIA
1
EDITORA NACIO~AL
RUA DOS GUSMOES, 26 • 28. 30 , - SAO PAUMD - 1933
<\
OBRAS DO MESMO AUCTOR
,.. f
~ ..... ,·~--- ~ ~ B \ B l \ OT E C A
;
..
Á~
r'. 1
ARLOTA DE SEI4AS TORRES,
cuja existencia, consagrada, com incansavel lida,
a obras de amor e d·e virtude, é um dos maio·
res -estímulos da minha confiança no valor da
nossa raça.
/
\
\
\
\
\
' '
1i'
1.
1 I 1 , (:
* 8 *
· - enquadrava nas leis que regem a vid<i; ·dos homens e das
: . coisas; procurou har~onizal-as, approxiinando-as., compa-
: . rando-as, concfuindo, aconselhando.
O livro "O PROBLEMA NACIONAL BRASILEI· ,•
RO", que não omitte nada do que se refira ás grandes ne-
cessidades ,da .nossa patria é, por essa razão, um livro que
anima, que fortalece, que engrandece nossas energjas e tj.is-
ciplina nosso desejo de progredir. E só a introdm;ção á
esse livro, cheio todo de uma grande sinceridade, basta para
enlevar o mais indifferente espirito. Esta sinçeridade ê o
caracter dominante em toda a sua obra, desde quando o au-
tor ~enuncia e combate o ." espírito romantica e contempla-
tivo" brasileiro, tão inutil 1;10 nosso esforço d_e· construcção
mcial e política, até quando declara que "nas finanças, na
administr~ção, na justiça, na ordem poÜtica, na moralidade
administrativa, na instrucção, o declínio é manifesto".
E esta sinceridade é que o levava a appellar papa os
homens publicas para que lessem os seus .trabalhos e dis-
cutisse~ as suas idéas.
* 9 *
E a proposito, é significativo o trecho seguinte de umr.
carta de Alberto Torres a Pedro Lessa, datada de Feve-
reiro de 1915, quando se pensou na revisão constitucioml.
Dizia o Mestre:
"O nosso pa~z, que nunca se consolidou em nação c1
em sociedade, é presa de uma das mais escandalosas anar-:
chias, de que ha exemplo; e, para o simples criterio jurí-
dico, nada mais fr cil do que demonstrar que muitas das
causas . dessa anarfhia resultam, não de se não praticar a ,
Constituição, mas da indole e do espírito das suas institui-
ções, visivelmente repugnantes ao nosso teinperamento po ,
lítico. Nessa serie de desordens a que se chama, entre nós,
política -- exhibíç~o flagrante e superlativa da verdade de
que a vida institucional dos povos contemporaneos é ainda
a mesma fórma d~ .exploração dos postos de direcção pu-
blica, coh10 b1ttins da luta social - os conflictos· que se re-
produzem annualrr1ente demonstram a insufficiencia da lei 1
de 24 de Fevereiro. Mas isto é apenas a prova feita pelos
leve<los da espuma, agitada na s:uperficie política, pela
* 10 *
excitação das ambições e das paixões - estimulo quasi ex-
clusivo das luctas partidarias. Abaixo disso, a nossa patria
é um colosso em dissolução, - nessa épocha em que se está
-)leiteando a grande _concurrencia mundial entre os povos
10 terreno da synergia organizadora. Permita que lhe diga
com sinceridade a causa psychologica da sua opinião : a sua
educação mental é, nestes assumptos, unia educação jurista,
e como jurista, seguindo, aliás, os methodos das nossas es-
colas, - de applicador e de interprete da lei e do Direito.
Faltam-lhe o há.bito da observação política e o criterio da
organização. Esse é o immenso mal do nosso paiz, onde
as intelligencias não sabem manter, sobre todas as cousas,
senão a attitude critica e a de clillentantismo literario, quan-
do o que se nos está impondo é a coragem da iniciativa e
ela responsabilidade de solver. Se . o seu espirito se appli-
cas~e ao exame da anarchia que por ahi vae, a simples con-
sideração da desaggregação deste paiz - onde cada regulo
de -aldeia é mais soberano ' do que a nação, que tem vinte
Estados ge uma federação de caudilhagem e não tem o
* 11 *
Estado nacional - bastaria para provar-lhe que esta fór-
ma de governo, que vem compromettendo a nossa sorte,
com a sustentação de uma sociedade de parasitas mantidos
pelos cofres publicos ou vivendo á custa dos interesses ille-
gitimos creados pela organização anti-social da nossa po-
litica, e com esf a ostentação megalomaniaca de luxos, de
vaidades e de grandezas, sem gosto e sem cultura, que se
exhibe nas nossas cidades, ao passo que a producção per-
manece em ete111a crise, e que não formamos ainda econo-
mia nacional, ne1m para o simples effeito alimentar - não
pode deixar de ser substituída por uma verdadeira orga-
nização politica.
Os livros que lhe mandei são o espelho desta realida-
de e contém o yemedio para esta anarchia. Tenha pacien-
cia, meu caro Lessa, leia e medite, esses meus trabalhos:
é o appello que f~z ao seu alto espirito e ao seu recto ca-
racter um Brasileiro que está estudando as cousas do seu ·
tempo e da sua terra com a attenção e o cuidado pratico
de um capitão ele navio em acção e para a acção. '
* 12 •
Leia attentamente esses meus traba!hos, mas leia-os
na terra e na vida, e· não de camarote de theatro, seja do
theatro comico, dramatico ou tragico ; e se tiver duvidas e
obj1ecções, dê-me a honra de vir conversar commigo. Des-
culpe a fórma deste appello, do homem modesto. e isolado
--:- o mais fraco e o mais esquecido dos seus patrícios, o
. mais abandonado dos trabalhares mentaes desta terra, que
cumpre deveres de consciencia,. e não deveres de cargo, e
não conta, para compensação da alma, do sangue e dos ner-
vos, que põe em seus trabalhos, senão com a consoladora
ani!J1ação, puramente moral, da stta divisa: I n poster·um.
Muito e.i-corde - ALBERTO TORRES.
Infelizmente toda a obra magnifica e authenticamentc
grande de Alberto Torres, não teve repercussão em vida
do seu autor.
Edificante sarcasmo este da indifferença patrícia para
coni o maximo exegeta do seu caracter, e das suas índoles
historico-sociàes ·r
E este sarcasmo foi talvez a maior amargura que fe-
"' 13 *
rira a mentalidade de Alberto Torres. Elle morreu sem ver
a sua palavra doutrinaria e sincera ouvida pelos çlirigentes
e pelos legisladores brasileiros.
Humberto de Campos escreveu recentemente que "Al-
berto Torres tfve, de facto,. a previsão de todas as cala-
midades que tpmbariam, dentro de vinte annos, sobre o
paiz, e chamo~1 para ellas a attenção dqs homens publicos.
Das eminencias em que pairava o seu espírito, elle viu e
annunciou, as nuvens sinistras que se acastellavam no ho-
rizonte. Daniej, em Babylonia, decifrou a Balthazar a ver-
dade das palayras mysteriosas. Os generaes e fidalgos as-
syrios sorriram, porém, da ameaça do céo. E o resultado
ahi está : a an~trchia política, a anarchía economica, a anar-
chia social, o edifício de um p;;i.iz novo desmantelando
como as ruínas de um ·imperio oriental". ·
E o brilhante escriptor:
conclui~
"Durant~ tres lustros o, Brasil esqueceu esse grande
homem que d 1~via ter sido o palinuro da náu virgiliana dos
seus governo~.
* 14 . *
"N inguem acreditava nas suas preclicções. Até que os
acontecimentos, confirmando o que elle predissera, o im-
puzeram á admiração das gerações novas, que iniciaram,
finalmente, agora, para a admiração publica, a ressurreição
da sua obra e do seu nome. Morto ha dezesseis annos, Al-
berto Torres está hoje mais vivo do que na vespera da sua.
morte. As verdades que elle disse, levantam-se, agora, do
seu tumulo, Como o cajado de Elias, a pedra de uma s.e-
pultura -realiza o milagre que não fez, sobre a terra, o ho-
mem que sob ella dorme.
"Este grande homem morto, é, na verdade, nesta hora,
o melhÓr general para os vivos" .
. Sente-se, de facto, que a obra do pen~ador fluminen-
se vae viver com o sopro animador dos homens virídouros.
E' que a cultura sadia do seu espirito procurou criar a
consciencia "politica da nacionalidade.
SABOIA LIMA
* 15 *
Algumas palavras
de introducção
Dos trabalhos aqui reunidos, é o primeiro
inteiramente inédito; compõe-se o segundo de um
estudo publicado em 1912 no Jornal do Coninier-
cfo·
.... sob o titulo "Chanaan", de trechos do discurso
que pronunciei, no mesmo anno, perante o Insti-
tuto Historico e Geographico Brasileiro, ao to-
mar posse do lugar de socio honorario desta insti-
tuição, e mais um longo desenvolvimento inédito;
e os dous ultimos, de estudos publicados tambem
_em 1912 no mesmo. jornal, o penultimo com o ti-
tulo "Nação ou Colonia?", e o ultimo com o de
"Nacionalismo", que conserva. ·Estes dous ulti-
mas receberam alguns additamentos, e todos os
l~scriptos já publicados soffreram as alterações de
fórma impostas pela diversidade dos fins que têm
em vista .
. Representavam os escriptos já' publicadqs an-
tecipações impostas pela urgencia dos aconteci-
_mentas, de estudos emprehendidos para trabalhos
* 19 *
A L B E R T O T O R R E S
* 20 *
O PROBLEMA NACIONAL BRASILEIRO·
* 21 *
AI_,BERTO T O R R E S
* 22 *
O PROBLEMA NACIONAL BRASILEIRO
* 23 *
ALBERTO TORRES'
*' 24 *
O P R .O B L E 1YLA N AC I O N A L BR ASI LE I RO
* 25 *
A L B E R T O T O R R E 's
* 26 *
O PROBLEMA NACIONAL BRASILEIRO -
* 27 *
A L B E R T O T O R R E S
doutrma de Monroe". ·
A tran\scripção destes trechos tem o alto va-
lor de dar ao nosso paiz a imagem, clara e inillu-
divel, do pepsamento poyt_i.co dos americanos; ex-
presso pelo orgão de ' seus· mais eminentes esta-
- distas.
Como ~mçt.~de com tc:>~.os os pensamentos no-
vos, surpreheJ;.tÉÍeu este, e111 . começo, a nossa opi-
niã9, habituad-~ a ter por dogmas idéas correntes,
e a adoptar pór criterio, de Nlgamento e de acção,
conceitos g~~raes e fórmulas vagas. Em nosso
paiz, mais que em qualquer. 'Outro, a força dessas
1
O PROBLEMA NACIONAL BRASILEIRO
* 29 *
A LBERTO T O R R E S
* 30 *
O PROBLEMA NACIONAL BRASILEIRO
* 31 *
A L B E R T O T O· R R E S
* 32 * ô .
O PROBLEM A NACION A L BRASILEIRO
- \
"
)
'
A L B E R T O T O R R E S
* 34 *
O_ PR O, B L E M A N A C I O N: A L B. R A S I _L I~ I RO
* 3S *
'1' O R R :rt S
* 36 *
O PROBLEMA N,b.CIONAl,_ BRASILEIRO
* 39 .•
A L B E R T O T O R R E S
L--
ticas, em que está dividid_o, a organizar e pôr em
. movimento as suas proprias forças.
Tal é a base das conclusões destes estudos.
'
·* ,40 *
O PROBLE;MA - NACIONAL" BRASILEIRQ ,
* 41 *
· .r <,,Nd · B'rasff~ ;·o re·seécam@rito'·dàs ·forrà:s"'é' do 1àr,
as settas pêrióditas, c a'dá·--vez fiiaisi f>tOlbngátias,
a 'àltei-iaÇãó.- ei lrre·gulàfÍda·i:l'e .·das'. estaÇões ·u \facto
oràinàf.ió'- êín r tra'stisS'ima:s.: regiõ'es .·do .t érritoriô/ •:e
já patente em:,ót1tt·a:sr ortâé fo'.r àín ou'tt"ór~P áblirt
daintes: ·as'1 aiguasi ~ manifostand0.rse ,. no., ·atrazo <las
.. ,prima veras1·· 'r.elega:das, com ' quasi1·cert@i·sacirif:icio
.das· séme'a:duras;··pa;ra o come~o' @o :es.tio; ma::qúasi
.t:! st~rfüzaçã:q : .das pa.s tagens :-.e falta de·· Í0rraígenis,
·dtl'rante·ddngo· perio~o,r do ·'annó, ·frudo ..prihápail
das::nossas devastações fe .da »politica .é.okm.ial: que
. J~nios, feito ;t;---:-; ·Já ; se manifesta'. aos '..p foprios' :ólhos
distrahidos.·das:·afiortunadas
1 ' ·p0pti!aÇÕ€s 1cla:s ·:gr:lfl.·
"cl • -Hf-'l
.Q1.e.s . Cl · ~ es, 1com <. as,.:c1'1ses · a;' ,.,.
1 d d d''agua-·;
a.ta, ... . . .. : ;,. . 'ce
'11
an:tt.o·ip,a:r a ; <~nrio :;mªis'." f>enosas ; n:· ;I '":1': .' .,_, _; .,=,L·ft'_.
:: :·: ~ , Dest2ts·:r caü'sa~? ·ha :umili : que;- 1 mé1;ece·--'espeêi~1
~est~qüe/. If ~tte1:·~ ~'.ª~ n~1~er~ :da~;~~i;~~~~i-:ij".~ sr~;s
1
.* 43 *
A L .B E ·R T O T O R - R ;E S
• 44 *
O PROBLEMA NACIONAL BRASILEIRO
* 45 *
ção qµ~ _, fez . o,. go:verno. dqs Estados 1Jnidos, s:i<J.,ilej
Sh~,rman,; aos nossos d~posüos Jle :café Jer.rito."'. em
rio a,merjçano, evidepternente 1off,ensjy.os ,çlo~ _ ; pre-.
ceitos·~ d.~_ssa : Jei g,í!r,al çont_r~ O$ -, _aça:mqa,r~~meqt.Q.S :
co_mm,ercia.es,,. ai~m - de ,, um, ac~q , ped~i~amel:};te :i th
1'.!<:1,iq>) ,,uµia, cooperaç;icj; . :amigay~l ç]:~sse gQ\'.err1p,.
mtdef~sa dqs,1nos9os yer;çl,;:i.<;lefro:~ :.;.e leg~t;~IJlOS ._ig,
teresses. .. !.,'• :·· .: ·
A. T:
* 48 *
.
Senso, Conscíencia e
Caracter Nacional
"Não terás deuses estrangeiros deante de
niim!", disse o Senhor a Moysés no Monte Si-
( nai ( 1 ).
i J aveh era o deus unico ele um povo unico -
i
unico pela origem, pela r"aça e pela língua, é, ain-
da hoje, unico pela resistencia á dissolução, por ·
seculos ele luctas e de soffrimentos, ele trabalhos
e de _perseguições, sem terra, sem lei e sem gover-
no, entre gente adversa.
De Javeh de Israel nasceram dous deuses,
cujos destinos seguiram rotas, vicissitudes e glorias
clistinctas : o Deus ele Israel - deus ambulante
ele uma raça peregrinà de mercadores - seguiu a
sorte dos filhos, expulsos do solo natal, e não se
installou na ara das synagogas, senão depois que
a força do caracter hebreu - forjado, por esses
* 51 *
A L B E R T O T O R R E S
* 53 *
A . r~ B E R T O TORR 1E S
* 54 *
O PROBLEMA NACIONAL BRASILEIRO
* 55 *
A L B E R - T O T O R R E S
* 56 *
-
O PROBLEMA NACIONAL BRASILEIRO
* 57 *
A L B E R T O T O R R E S
* 58 *
O PROBLEMA NACIONAL BRASILEIRO
* 59 *
A L B E R T O T O R R E S
* 60 *
O PROBLEMA NACIONAL BRASILEIRO
. \
nossa époc~, devem conduzir-nos a dilatar o cir-
culo das n ssas colheitas de saber, substituindo a
attitude pas iva, que nos tem trazido a receber as
idéas ·que nos exporta o acaso, ou o instincto po-
lítico, de outros povos, por um trabalho autono-
mo de escolha e de selecção consciente. Apren-
der c01n allemães, coni americanos, com france-
zes, cam inglezes, e com brasileiros, quando f ôr
possivel, a ser brasileiros: eis a fórmula ideal do
nosso cosmopolitismo mental.
Philosophia, sciencia, arte e política, são sys-
temas de abstracções e de conceitos, que nada di-
zem e nada realizam, quando se não adaptam, e .
não se vitalizam, como elementos motores da vida
real - nervos e sangue, ela nutrição e ela vonta-
de de um povo. Na pratica, cada terra e cada
povo tem a sua philosophia, a sua sciencia, a sua
arte, a sua politica, que não altera1:n as idéas geraes,
::i.liás ·limitadissirrias, do saber humano, mas fun-
dam e desenvolvem fórmas e processos autonomos
de viver. ·
A idéa de "raça" é uma das mais abusivamen-
te empregadas entre nós. A raça é um typo bio-
logico, e, particularmente, morphologico, da espe-
ciê humana. Para que se po°ssa determinar dis-
tincção ethnica, é mistei· que se encontrem cara-" ·
cterés physicos e psychicos, distinctamente marca-
* 61 *
A
•,
L B E R T O TORRiES
* 62 *
O PROBLEM,A NACIONAL BRA ,SILEIRO
* 63 *
A L B E R T O T O R R E S
* 64 *
O PROBLEMA NACIONAL BRASILEIRO
·* 65 *
A L B. E R TO T O R, R E S
-* 66 *
b PRQBtE:MA NACIONAL BRASILEIRO
* 67 *
A L B E R T O T O R R E S
* 68 *
O PROBLEMA NACIONAL BRASILEIRO
* 69 *
A L B E R T O T O R R E S
* 70 *
O PROBLEMA NACIONAL BRASILEIRO
* 71 *
A L B E R T Q
gem.
A Frarn;a,
1
sob a propria influencia do natura-
lismo, contav a com prestigio bastante forte: seus
escriptores haviam sabido isolar zelosamente a
Pa!ria das P1:nas de suas observações de biologia
e psychologi~· social, para lhe manter a fama de
paiz são: condemnando seús patrícios_, os literatos
de Lisboa e çlo Porto condemnaram-nos tambem,
e habituaram-nos mais a guindar em sentenças de
critica social, bisbilhotices de esquina e de cafés
- a psycholqgia elos romances mundanos, onde se
julgam povos pelos escandalos da rua, e as pessoas,
* 72 *
O PROBLEMA NACIONAL BRASILEIRO
* 73 *
A L B E R T O T O R R E S'
* 74 *
O PROBLE1fA NACIONAL BRASILEIRO
* 75 *
A L B E R T O TO R R' E S
* 76 *
O PROBLEMA · NACIONAL BRASILEIRO
* 77 *
·A L B E R. 1' ó t ô . R li t $
* 78 *
O PROBLEMA - N.ACióNÀt., 13RASILiURô
* 79 *
A L B E R T O T O R R E S
* 80 *
O PROBLEMA NACIONAL BRASILEIRO
* 82 *
O PROBLEMA NACIONAL BRASILEIRO
* 83 *
A L B E R T O T O R R E S
* 84 *
O PROBLEMA NACIONAL BRASILEIRO
* 87 *
A L B E R T O T O R R E S
* 88 ~
O PROBLEMA NACIONAL BRASILEIRO
* 90 *
Q PRO:BJ;.,EMA NA.CIONAL BRASILEIRO
. 1
* 91 *
A L B E R T O T O !t R E S
* 93 *
A L BE R T ·o T O R R E S
* 94 *
b PROBLEMA NACIONAL BRASILEIRO -
* 95 *
A L B E R T O T O R R E S
estas zona,s.
Um i:,1aiz em que a cultura extensiva da terr a
- exgottou, em menos de tres seculos, zonas equi-
valentes ap duplo, talvez, da área do Egypto, ex-
plorado a~~ricolamente, só dentro da vida histori-
ca, quatro mil annos antes da nossa ér~, e ainda
hoje .em P/lena producção, nãó precisa abater seu
* 96 *
O PROBLEMA NACIONAL BRASILEIRO
* 97 *
A L B E R T O T .O ~ R E S
* 98 *
O PROBLEMA NACIONAL BRASILEIRO
* 99 *
A L B E R T O T O R R E S
* 100 *
O PROBL·EMA NACIONAL BRASILEIRO
* 101 *
A L B E R T O T O R R E S
• 102 *
O PROBLEMA NACIONAL BRASILEIRO
* 103 *
A ·L B ·E R T O T O R R E S
* 104 *
O PROBLEMA NACIONAL BRASILEIRO
* 105 *
A L B E R 'T O T O R R E S
* 106 *
O PR O B L EM A N A CI ON A L B R A S I L E I RO
* 107 *
A - L B E R TO T O R ~ E S
* 108 *
O PROBLEMA ~ACIONAL BRASILEIRO
* 109 *
A L B E R T O T O R R E S
* 110 *
O PROBLEMA NACIONA'L BRASILEIRO
---..
..-..
~~ _,,,,.,,
deante. t1f
-·~
Este progresso no caracter ·nacional, deman-
da dous esforços, que não chegam a ser sacrifícios:
repulsa defmit1va do habitual desencargo de cons-
ciencia e da inex tinguível confiança na magia
solutoria do amanhã - essa providente divindade
* 111 *
A L B E R T O T O R R E S
* 112 *
II
* 115 *
A L B E R T O T O R R E S
* 116 *
O PROBLEMA NACIONAL BRASILEIRO
* 117 *
A L B E R T O T O R R E S
* l19 *
A L B E R T O T o ·R R E
* 120 *
O PROBLEMA NACIONAL BRASILEIRO
* 121 ~
A L B E R T O T O R R E S
.* 1:23 '!<
A L B E R T O TORR ·E S
* 124 \tt
O PROBLEMA ~ACIÓNAL BRASILEIRO
"* 125 - *
A L B E R T O T O n. R E ·S
* 126 *
, '
* 127 *
A L B E R T O T O R R E S
* 128 *
ó PROBLEMA NACIONAL BRASILEIRO
* 129 *
A L B E R T O T O R R E S
* 130 *
O PR O B LEMA 1'T ,A CIO NA L BRASILEIRO
* 131 *
A L B E R T O TO 'R R E S
* 132 "'
O PR O B LEMA NACIONAL ·B R AS l LEI R O
* 133 *
A L B E R T· O T O R R E S
* 134 *
0 PROBLEMA NACIONAL BRASILEIRO
* 135 *
A L B E R T O T O R R E ~
* 136 *
O PROBLEMA NACIONAL BRASILEIRO
* '137 *
A L B E R T O T O R R E S
* 138 *
O PROBLEMA NACIONAL BRASILEIRO
* .139 *
A L B' E R T O T O R R E S
* 140 •
O PROBLEMA NACIONAL BRASILEIRO
* 141 *
AI.BERTO T O R R E S
* 142 *
O PROBLEMA NACIONAL BRASILEIRO
* 143 *
ALl:lER'tO .T o .R R .K S
* 144 *
O PROBLEMA NACIONAL BRASILEIRO
~ 145 *
A L B E R T O T O R R E '-
* 146 *
O PROBI.;EMA NACIONAL BRASILEIRO
* 147 *
A L B E R T O T o R R E S
* 148 *
O PRO~LEMA NACIONAL BRASILEIRO
* 149 *
A- L B E R T O T O R R E S
* 150 *-
O PROBLEMA NACIONAL B~ASTLEIRO
* 151 *
A L B E R T o T O R R E
* 152 *
O PROBLEMA NACIONAL BRASILEIRO
* 153 *
A L B E R T O · roRRES
* 154 *
'
O PROBLEMA N ACIONAL BRASILEIRO
* 155 *
A L B E R T O T O R R E S
* 156 *
O PRóBLEMA NACIONAL BRASILEIRO
'
trial. Não ha posição mais arriscada do que esta,;
na questão dos cruzamentos.
E cumpre accentuar ainda aqui um outro
grave equivoco, em que caem frequentemente os
que se referem, entre nós, a este assumpto. E' pre-
ciso não confundir o cruzamento ethnico com as
uniões entre indi·viduos da mesma raça a titulo de
aperfeiçoar a descendencia com a compensação de
elementos hereditarios que favoreçam disposições
progressivas. e neutralizem ou combatam tenden-
cias retrogressivas ou de degeneração.
Os factos biologicos são distinctos, no caso
de hereditariedade ethnica e no da simples heredi-
tariedade physiologica. Aconselhar o cruzamen-
to de . individuas de raças differentes, para corri~
gir, ou para evitar, diversás teridendas ou disposi-
ções pathologicas ou degenerativas, importa con-
fundir problemas distinctos: a hereditariedade
ethnica tem condições e obedece a processos pecu-
liares; se a união de indivíduos normaes com ihdi:.
viduos predispostos á molestia ou á decadencia
organica é um dos meios de regeneração physiolo-
gica da estirpe, não é possível dar por assentada a
idéa de que estas uniões devem, ou podem, consis- .
tir em cruzamentos entre individuas de raças dif-
ferentes, - e isto porque se o individuo de uma
das raças f ôr physiologicamente mais são, a van-
* 157 *
A L B E R T O T O R R E S
* 158 *
O PROBLEMA NACIONAL BRASILEIRO
---
effe1to de fact~l.QgiCQU, accet:úlladamen-
te, ~Isto posto, a affirmação mais segu-
ra que é !jeito fazer, com relação ás raças actuaes
do Brasil, é que a raça collocada em posição mais
vantajosa em relação ás condições da fl,daptação,
e, por conseguinte, a mais apta, é a dos autochto-
* 159 *
A L B E R T O T O R R E S
* 160 *
O PRCJBLEMA N A CION A L BRASILEIRO
* 161 *
A L B E R T O T O R R E S
* 162 *
O PROBLEMA NAC IONAL BRASILEIRO
* 163 *
A L ff E R 'T o T O R 'R E S
* 164 *
O PROBLEMA NACIONAL BRASILEIRO
* 165 *
A L B E R. TO T O R R E S
* 166 *
O P R OBL E M A ~A C I 0 -N A L . B R A S I L E I R O
* 167 *
A L B E R T O T O R R E S
* 168 *
. ·,
* 169 *
~· L B E R T O
* 170 *
O P ROBL E MA N A C I O N' A 1 B R A S I L E I R-0
* 171 *
B E; R T ,O T O R R E S
* 172 *
,. .
III
A soberania real
I'
Atravessamos, neste momento, a crise mais
seria da nossa Historia. Politicamente livres, com
todos os attributos formaes da soberania interna
e da independencia externa, depois de um passa-
do que é o melhor attestado do bom senso e da ex-
cepcional probidade do nosso povo, encontramo-
nos em situação melindrosa, perante factos da nos-
sa economia e da vida mundial, que põem em equa- . ·
ção o problema do nosso futuro.
Ha cerca de quatro annos, quando me foi pos-
sivel voltar o espírito para o estudo dos assumptos
politicos do paiz, que haviam sido objeto de meus
trabalhos, durante mais de metade da minha vi·
da, precisaram-se em meu espírito os traços da
tendencia que ia tomando a evolução do Brasil,
em face da politica e da economia dos outros po-
vos. Em estudos que fui publicando, procurei
* 175 *
A L B E R T O T O R R E S
* 176 *
O P R O B L E M A· N A C I O N A L B R A S I L E.I R O
* 177 *
A L B E R T O T O R R E S
* 178 *
O PROBLEM A NACIONAL BRASILEIRO
* 179 *
A L B E R T O T O R R E S
* 180 *
O PROBLEMA NACIONAL BRASILEIRO
* 181 *
A L B E R T O T O R R E S
* 182 *
O PROBLEMA NACIONAL BRASILEIRO
* 183 *
A L- B E R T O T O R R E S
* 184 *
O PROBLEMA NACIONAL BRASILEIRO
* 185 *
A I, B E R T o o . ~·
R tf E s
Di~eito Privado, que se debatem na França, na
Belgica, ifa Grecia, na Hespanha e na Turquia,
repetem-se, succedem-se, appa_recem e desappare-
cem, no "tapete da discussão"j fausto~ente sol-
vidas hoje, combatidas amanhã, ~r~ em· nome da
escola a, ora em nome da philosophi~ b, ~bedecen:
do ás sympathias doutrinarias dp _mirtistro que está
no poder' á pressão. .de tal ou qual irt~idente, refie-
~
* 186 *
.,
O PROBLEMA NACIONAL BRASILEIRO
* 187 *
A L B E R T ·· O T O R R E S
* 189 *
A L B E R T. O T O R R E S
* 190 *
O PROBLEMA NACIONAL BRASILEIRO
* 192 *
O PROBLEMA NACIONAL BRASILEIRO
* 193 *
A L ·B E R T O ·r O R R. E S
* 194 *
O PROBLEMA NACIONAL BRASILEIRO
* 195 *
A I. B .E R T O T· ORRES
* . 196 *
O -PROBLEMA NACIONAL BRASILEIRO
* 197 *
A L B E R T O T O R R E S
* 198 *
O PROBLEMA NACIONAL BRASILEIRO -
* 199 *
A L B E R T O T O R R E S
* 200 *
O PROBLEMA NACIONAL BRASILEIRO
* 201 *
A L B E . R TO
* 202 *
O PROBLEMA NACIONAL BRASILEIRO
* 203 '* -
A L B E R T O T O R R E S
* 204 *
O PROBLEMA . NACIONAL BRASILEIRO
* 205 *
A L B E R T O T O R R E S
* 206 *
O PROBLEMA NACIONAL BRAS!L ,EIRO
* 207 ·*
A L B E R T O T O R R E S
* 208 *
O PROBLEMA NACIONAL BRASILEIRO
* 209 *
A L B E R T O T O R R E S
* 21Ú *
O PROBLEMA NACIONAL BRASILEIRO
* 211 *
A L B E R T O T O R R E S
* 212 *
O PROBLEMA NACIONAL '
BRASILEIRO
cidez da consciencia.
. 1
* 214 *
-
O PRO B L EM A -N A C I O N KL B R A S I VE I R O
* 215 *
ALBEltTO T O R R E S
* 216 *
O PROBLEMA NACIONAL BRASILEIRO
* 218 *
O PROBJ.,EMA NACIONAL BRASILEIRO
* 219 *
A L B E R T O TORR .E S
* izo *
O PR_OBLEMA NACIONAL BRASILEIRO
* 221 *
A L B ·E R T O · .T O R R E S
* 222 *
O PROBLEMA NACIONAL BRASILEIRO
'~ 223 *
A L ·B E R T O T O R R E S
·"
* 224 *
O PROBLEMA NACIONAL BRAS!L:l:!:IRô
* ~25 *
A ~ B E R T O TORillt S
* 226 *
O PROBLEMA NACIONAL BRASILEIRO
* 227 *
A L B E R T O T O R R E S
* 228 *
O PROBLEMA NACIONAL BRASILEIRt)
* 229 *
A L B E R T O T O R R E S
* 230 *
O PROBLEMA NACIONAL BRASILEIRO
* 231 *
A L Il E R T O T O R R E S
* 232 *
,
IV
Nacionalismo
Neste caso de renuncia nàcional, aggravado
pela apropriação, por empresas e syndicatos es-
trangeiros, por estrangeiros recentemente immi-
gradps, por um commercio sem séde no paiz, e es-
trangeiros em transito - ou corp · estabelecimento
passageiro pelo tempo preciso para enriquecer, de
vastas regiões do nosso sólo, das melhores das nos-
sas estradas de ferro, das nossas fontes naturaes
de riqueza, de grande numero de propriedades pri-
vadas, dos mais importantes instrumentos de cre-
dito, de commercio e de industria, levada 'até ao
projecto ele uma rêde çontinental ele estradas de
ferro, que deve talhú o paiz em zonas de influen-
cia estrangeira; - é impossivel dissimular o es-
panto que provoca o contraste eli.tre a gravidade
dos factos e a singular attitude dos que têm go-
vernado o paiz e dirigido a sua opinião.
*. 235 *
'•
A L B E R T O T O R R E S
* 236 *
O PROBLEMA NACIONAL BRASILEIRO
* 237 *
A L B E·R T O T O R R E S
* 238 *
O PROBLEMA NACIONAL :BRASILEIRO
* 239 *
A L B E R T O T O R R E S
* 240 *
O PROBLEMA NACIONAL BRASILEI'RO
* 241 *
A L B E R T O T O R R E S
* 242 *
O -PROBLEMA NACIONAL BRASILEIRO
* 243 *
A L B E R T O T O R R E S
* 244 *
O PROBLEMA NACIONAL BRASILEIRO
* 245 *
ALBERTO 'rORRES
* 246 >!<
O PROBLEMA NACIONAL BRASILEIRO
* 247 . *
A L B E R T O T O R R E S
* 248 *
O PROaLEMA NACIONAL BRASILEIRO
* Z49 *
A J, B E R T O
* 250 *
O PR O B L EM·A NA CIO N A L B R A SI LEI R O
* 251' *
A b B E R T O T O R R E S
.. 253 •
A .L B E R T ,O T O R .R E S
* 254 *
O PR O B L E M A N A C Í O N A L 'B R A S 1' L E I R O
,q 255 :~
. A L B E R T, O T O R R E S
* 256 *
O PR O B LEMA NACIONAL B R ASILEI R O ..
* 25:(, *
A L B E R T O T O R R E S
* 258 * .
O PROBLEMA NACIONAL BRASILEIRO
* 259 *
A L. B E R T O T O R R E S
* 26Q *
O PROBLEMA NACIONAL BRASILEIRO
* 261 *
ALBERTO T O R R ·E S
* 262 *
O PROBLEMA NACÍÓNAL BRASILEIRO
* 263 *
A L B E R T O T O R R E S
* 264 *
O PROBLEMA NACIONAL BRASILEIRO
* 2ç;s *
A L _B E R TO T O R R E S
* 266 *
O PROBLEMA NACIONAL BRASILEIRO
* Z67 *
A L B E R·t ô T ó R R E .S
* 268 *
O PR O B L E M A N A CIO N A L ' B R A S I.L E I R O
* 269 '*
A L B E R T. O T O R R E S
* 270 *
O PROBLEMA NACIONAL BRASILEIRO
* 271 * .>
A L B E R T O T O R R E S
* 272 *
O PROBLEMA NACIONAL BRASILEIRO
* 273 *
A L B E R T O T O R R E S
• ·274 *
O PR O B LEMA NA C I O'N A L BRASILEIRO
IV - Nacionalismo . . . 233
* 277 *
E.STE LIVRO FOI COMPOSTO E IMPRESSO NAS
OFFICINAS DA
EMPRESA GRAPHICA DA "REVISTA DOS TRIBUNAES"
EM SÃO PAULO,
Á RUA XAVIER DE TOLEDO, 72,
PARA A COMPANHIA EDITORA NACIONAL,
RUA DOS GUSMõES, 26,
EM JULH'O
DE 1933
-,
- 1
_ ; .. 1 J G....1 _L
Câmara dos Deputados
. CEDI - BIBUOTECA
Procure ser pontual na devolução da obra
. emprestada;
Se necessária a prorrogação da data,
renove pessoalmente ou pelos telefones:
(061) 3216-5679 / 3216-5682
Esta obra deve ser devolvlda na últlma data
carimbada
..
j
1
:.
·1·· '
·
' ..
k
'-!)'>
rrrnrnm
CAt·100127E.70
11
.,