Laudo de Vistoria Técnica - Caixa D'Agua - Agil Engenharia
Laudo de Vistoria Técnica - Caixa D'Agua - Agil Engenharia
Laudo de Vistoria Técnica - Caixa D'Agua - Agil Engenharia
potável, em concreto armado, elevado, com capacidade para 51,84 m³, existente na
2 – OBJETIVOS
Foi realizada criteriosa inspeção dos componentes estruturais e de vedação para detecção
armaduras.
existentes;
Impermeabilização da Estrutura;
memoriais descritivos.
3 – DESCRIÇÃO E METODOLOGIA
2. espessura de cobrimento;
Trata-se de reservatório de água potável, em concreto armado, elevado, com capacidade para
51,84 m³, tendo apenas uma única célula, com dimensões de (3,60 x 3,60 x 4) metros. O
e=15cm).
Fonte: https://www.google.com/maps/@-2.5863677,-44.2446888,430m/data=!3m1!1e3
Figura 2 – Dimensões do Reservatório
5.1- PILARES
Os pilares foram numerados de 01 a 04, onde todos estão localizados nas extremidades
5.3- LAJES
O pano de laje onde há a abertura de entrada da célula ficou denominado L1 e o pano de laje
inferior (fundo) da célula L2.
A nomenclatura das paredes leva em consideração a sua posição geográfica. A parede onde
está a entrada da célula ficou denominada S1. Quem entra no reservatório, e tem a parede S1
nas suas costas, vê à sua esquerda a parede O1, à frente a parede N1 e à direita a parede E1,
conforme representado na Figura 6.
6 - VERIFICAÇÃO VISUAL
A impermeabilização presente nas paredes da célula do reservatório já perdeu toda a sua vida
útil e não possuem mais utilidade. Em vários trechos essa impermeabilização já não existe
mais e aonde ainda existe, o material está rijo, quebradiço e desplacando. É visível que esse
material está descolado da parede de concreto em vários pontos distintos e qualquer batida
nessa impermeabilização faz com que o material desplaque e deixe a parede de concreto
ainda mais exposta.
A iluminação do local foi feita através da abertura existente na laje do reservatório e com o
auxílio de lanterna.
Na inspeção realizada foi possível constatar que os pilares estão íntegros, apesar de
apresentarem pequenas fissuras na superfície do concreto.
Existe uma pequena rachadura/fenda que inicia na parede S1, onde já é visível a sua
percolação para a face externa dela (Figura 7).
Todo o pano de laje apresenta várias trincas e fissuras, já sendo possível notar que existem
barras de aço expostas e com corrosão em estágio avançado (Figura 8).
Figura 8 – Fissuras e exposição das barras de aço da laje L2 do Reservatório
7 - MEDIÇÃO DE FISSURAS
a) Presença generalizada de várias fissuras e trincas nas peças, sendo necessário tomar
medidas corretivas em todas as vigas e laje.
c) As paredes de concreto também estão integras, exceto no canto onde há uma grande
infiltração na parede, sendo possível ver a pela face externa conforme imagem
mostrada anteriormente.
8 - GRAU DE RISCO
Baseado na análise visual realizada, o grau de risco para a edificação é ruim, pois há perda
parcial do desempenho e funcionalidade da edificação com prejuízo à operação direta de
sistemas, e deterioração precoce.
Antes de iniciar qualquer procedimento de recuperação estrutural, deverá ser limpo com o
auxílio de jato d’água, toda a superfície de concreto dos pilares, laje, vigas e paredes internas
e externas do reservatório. Também se faz necessário a remoção completa da camada de
impermeabilização existente, pois essa já não tem mais funcionalidade e deverá ser trocada
por uma nova.
Os estribos na cabeça do pilar deverão ser fixados através de furos realizados nas vigas.
Quando da retirada dos recobrimentos da face inferior da laje, das vigas e dos pilares deve-se
prever a extensão da corrosão por pelo menos 10,0 cm além da armadura aparente e/ou
lascamento do concreto. Cuidados devem ser levados em conta na remoção do concreto de tal
forma que não danifique a armação nem prejudique a aderência do concreto.
Para os pilares, será necessário aumentar a seção dos mesmos, visto que houve um pequeno
deslocamento entre a base e o topo. A seção original dos pilares é de 30 x 30 cm, porém esses
pilares serão concretados com seção de 40 x 40 cm.
Como o reservatório já tem a laje e vigas concretadas, e por possuir uma altura de 4 metros,
faz-se necessário concretar os pilares em três etapas: Na primeira concretagem será realizado
os 04 metros iniciais, a segunda concretagem é referente ao restante do corpo do pilar e a
última concretagem será realizada na cabeça do pilar, junto às vigas. Em todas as etapas é de
extrema importância que o concreto seja bem adensado para evitar patologias, tais como
nichos de concretagem e segregações.
9.3 - ENCAMISAMENTO
Montar as formas distantes 8,0 cm das faces das peças estruturais e posiciona-las revestindo-
as. Prever janelas e/ou cachimbos para concretagem e adensamento (vibração).
Concretar o reforço com graute de retração compensada e com resistência de 35,0 MPa.
9.4 - DESFORMA E CURA
A desforma deverá ser realizada cuidadosamente para que não haja lascamentos das arestas
das peças concretadas. Os defeitos que porventura ocorram, deverão ser restaurados com
argamassa polimérica. Todo o concreto/graute deverá ser submetido à procedimentos de cura
seguindo as boas técnicas construtivas.
Utilizar material adesivo estrutural que proporcionará a ligação entre a superfície velha do
concreto com a parte nova e também protegerá a armadura contra a corrosão por cobrimento
alcalino.
As cavidades deverão ser preenchidas com produtos especialmente formuladas para cada
caso. Segundo julgamento do profissional responsável pela recuperação as peças receberão
argamassa polimérica (cavidades superficiais) ou graute (cavidades profundas, superiores a
5,0 cm).
A argamassa de reparo deve sempre ser aplicada úmida sobre a ponte de aderência também
úmida. Importante promover a cura úmida sobre a argamassa/graute de reparo.
Os concretos, argamassas e grautes devem ser formulados de tal maneira que a coloração
final, bem como a textura superficial fiquem assemelhadas aos substratos hoje existentes.
Tomar cuidado também com os procedimentos de desempeno e cura para atingir o resultado
esperado.
Proceder da seguinte maneira para tratar as fissuras e trincas estruturais encontradas na laje.
Ao longo da fissura, realizar perfurações para a instalação das cânulas de injeção e purgação
da resina base epóxi.
Proceder o enchimento das fissuras mediante injeção sob pressão de resina epóxi.
9.7.4 - LIMPEZA E ACABAMENTO FINAL
Para as trincas existentes no piso do reservatório, deve-se aplicar uma argamassa de areia e
cimento (1:3) misturadas com resina acrílica (proporção de 1 para 3 partes de água).
A parede está severamente danificada, com vazamentos existentes na face externa da mesma,
de acordo com registro fotográfico.
O estado de conservação da escada de acesso existente está muito precária e faz-se necessário
a troca por escada nova.
11 - SUBSTITUIÇÃO DA IMPERMEABILIZAÇÃO
As paredes internas e os pilares após receber tratamento das patologias existentes, como
corrosão de armaduras, fissuras, ninhos de concretagem e os pilares o devido encamisamento,
terão as superfícies impermeabilizadas com argamassa polimérica estruturada com tela de
poliéster.
Cura: Deve ser realizada cura úmida com aspersão de água por um período de pelo menos
três dias.
A superfície a ser tratada deverá estar limpa e com os poros abertos por processo de hidro
jateamento e todos os reparos estruturais devem ter sido anteriormente realizados.
Aplicação: A superfície deve ser umedecida até a saturação. O produto já misturado com
água pode ser aplicado com trincha, escovão ou até mesmo com equipamentos de spray em
uma única demão.
Cura: Após a pega inicial, deve ser realizada a cura com aspersão de água por pelo menos
dois dias.
Remover toda a areia e cascalhos que existem sobre a laje do reservatório e fazer a limpeza
do local.
Conforme foi verificado através de inspeção visual, a estrutura apresenta algumas patologias,
sendo o rompimento das lajes e vigas o mais grave.
A corrosão das armaduras ocorre por um fenômeno eletroquímico e, para que seja
desencadeada, pelo menos três fatores obrigatoriamente devem estar presentes: presença de
água, presença de oxigênio e diferença de potencial eletroquímico. A corrosão é um processo
contínuo e que deve ser tratado o quanto antes para que os danos e custos sejam reduzidos.
Através da visita técnica realizada me 27de julho do corrente ano, foi possível observar que a
superfície do concreto da laje inferior do reservatório e vigas, estão muito deterioradas.
É nosso parecer que o imóvel deva passar por uma recuperação estrutural e limpeza para que
possa voltar a ser utilizado de maneira adequada e que garanta a segurança e saúde de todos.
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Emerson de Almeida Ferreira
Eng. Civil CREA-MA nº 111928465-1
13 - REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA