Cromatografia em Camada Delgada

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LABORATÓRIO DE QUÍMICA ORGÂNICA

CROMATOGRAFIA EM COLUNA E EM CAMADA DELGADA

CROMATOGRAFIA EM COLUNA E EM
CAMADA DELGADA

A cromatografia é uma técnica utilizada para a análise, a identificação e a


separação dos componentes de uma mistura. Nesse método, o processo de separação
de componentes de uma mistura é baseado na interação destes com duas fases: uma
fase estacionária e uma fase móvel. É a natureza dessas fases que dá origem aos diversos
tipos de cromatografias: sólido-líquido (coluna, camada fina ou delgada, papel), líquido-
líquido (cromatografia líquida de alta eficiência - CLAE) e gás-líquido (cromatografia
gasosa – CG).

A cromatografia em camada delgada (CCD) é um dos métodos físico-químicos de


separação mais aplicados em misturas, apresentando manuseio relativamente fácil,
além de fornecer resposta rápida. As vantagens de sua utilização incluem ser uma
técnica simples, barata e eficiente na análise qualitativa da composição de uma mistura.
Essa técnica é fundamentada no princípio da adsorção. Seu uso também é relativamente
abrangente, variando desde o acompanhamento do curso de uma reação química até a
determinação da pureza de dado composto.

Na CCD (Figura 1), a fase móvel líquida (eluente) é responsável pelo


deslocamento para cima (eluir) da amostra em uma camada fina de sílica-gel (fase
estacionária adsorvente), estendida sobre um suporte. Essa amostra é aplicada na base
da placa como um spot (ponto) e colocada verticalmente em uma cuba cromatográfica
(recipiente fechado) que contém o eluente (quantidade de determinado solvente ou
mistura de solventes). A polaridade do eluente é muito importante para o processo. À
medida que a placa cromatográfica é eluída, a amostra é “arrastada” pela fase móvel
sobre a fase estacionária. Durante esse processo, os diversos componentes do solvente

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deslocam o soluto da superfície. Assim, quando trabalhamos com substâncias mais


polares, estas ficam mais adsorvidas (ficam “presas” à fase estacionária). Substâncias
menos polares são mais facilmente eluídas. Nesse processo, a separação de misturas
também sofrerá influências das propriedades de solubilidade e de adsorção da fase
móvel em relação à fase estacionária. Cada “mancha” que aparecer na placa
corresponde a um componente presente na mistura original. A Figura 1 mostra um
esquema da cromatografia de camada delgada.

Figura 1 – Cromatografia de camada delgada.

Um dado importante para CCD é que um composto sempre percorre a mesma


distância em relação ao deslocamento da frente de solvente. A razão entre esses
deslocamentos é chamada de fator de retenção (Rf), como mostra a Equação (1).

𝑑𝑖𝑠𝑡â𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑝𝑒𝑟𝑐𝑜𝑟𝑟𝑖𝑑𝑎 𝑝𝑒𝑙𝑎 𝑠𝑢𝑏𝑠𝑡â𝑛𝑐𝑖𝑎 (1)


𝑅𝑓 =
𝑑𝑖𝑠𝑡â𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑝𝑒𝑟𝑐𝑜𝑟𝑟𝑖𝑑𝑎 𝑝𝑒𝑙𝑜 𝑠𝑜𝑙𝑣𝑒𝑛𝑡𝑒

Os valores ideais para Rf se encontram entre 0,4 e 0,6. Quando as condições são
especificadas, Rf é constante para um composto e corresponde a uma propriedade física

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deste. O valor do fator de retenção pode ser usado para auxiliar a identificação de uma
substância ou composto, embora não tenha grande precisão, precisando ser
complementado com outra técnica. Assim, as comparações feitas do Rf obtido com o Rf
de padrões são consideradas como método qualitativo.

Já a cromatografia em coluna (CC) é uma técnica na qual ocorre a separação de


substâncias presentes em uma mistura entre duas fases, a fase sólida – estacionária,
geralmente sílica ou alumina – e a fase líquida, composta por um solvente ou uma
mistura de solventes, determinado com base na sua capacidade de solubilidade e
adsorção desses componentes. Os adsorventes sílica e alumina também podem servir
simplesmente como suporte para uma fase estacionária líquida. Fases estacionárias
sólidas levam à separação por adsorção, e fases estacionárias líquidas, por partição.
Suportes quimicamente modificados também têm sido usados, sendo o processo de
separação misto, nesse caso.

De modo geral, na CC, a mistura que se deseja separar é colocada no topo da


coluna utilizando-se o eluente menos polar. A polaridade do eluente pode ser
aumentada gradativamente, a fim de aumentar o poder de arraste de substâncias
polares, ou pode ser mantida durante todo o processo (de forma isocrática). Os
diferentes componentes da mistura vão se mover com velocidades diferentes
dependendo da sua maior afinidade com a fase móvel ou a fase estacionária.

Em geral, na CC, os compostos mais apolares passam pela coluna com maior
velocidade do que os compostos polares, que têm maior afinidade com a sílica, um
composto polar. Caso a fase estacionária interaja muito fortemente com um ou mais
componentes da mistura, estes não se moverão e ficarão retidos na coluna. No caso da
escolha de solventes muito polares, todos os componentes podem ser eluídos ao
mesmo tempo, e, com isso, não haverá separação, ou esta não será satisfatória. Assim,
a escolha do solvente ou da mistura de solventes utilizados na CC é o ponto crítico da
técnica.

Essa técnica é muito utilizada para isolamento de produtos naturais e purificação


de produtos de reações químicas.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

PAVIA, D. L.; LAMPMAN, G. M.; KRIZ, G. S.; ENGEL, R. G. Química orgânica experimental:
técnicas de escala pequena. 2. ed. Porto Alegre: Bookman, 2009.

RIBEIRO, N. M.; NUNES, C. R. Análise de pigmentos de pimentões por cromatografia em


papel. Química Nova na Escola, n. 20, ago. 2008.

ZUBRICK, J. W. Manual de sobrevivência no laboratório de química orgânica: guia de


técnicas para o aluno. 6. ed. Rio de Janeiro, RJ: LTC, 2005.

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