TCC Sobre Autismo
TCC Sobre Autismo
TCC Sobre Autismo
ESCOLARIZAÇÃO
RESUMO
1 INTRODUÇÃO
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Caracteriza-se como bibliográfica, realizando um levantamento de fontes pré-existentes
na literatura especializada sobre o autismo.
A fundamentação teórica da pesquisa inicia-se com a apresentação de
histórico de alguns conceitos sobre autismo, dando ênfase entre aos Transtornos Globais
do Desenvolvimento (TGD), às características do Autismo e do Espectro Autista e aos
aspectos legais que garantem os direitos do autista no Brasil, a fim de fundamentar a
discussão, situando os leitores na especificidade e contexto da temática. O referencial
teórico será finalizado com as reflexões sobre os primeiros momentos de escolarização
da criança autista, núcleo da problemática anunciada.
Sobre entender o que é autismo, Silva no seu trabalho Mundo Singular diz
que: “Entender e dominar o mundo singular dos indivíduos com autismo é ter a
oportunidade de participar de um milagre diário: a redescoberta do que há de mais
humano em nós e neles.” (SILVA, 2012, p.19).
Ainda na mesma linha de trabalho, Belisário Filho discorre que:
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Conforme Bruni:
Esta reflexão nos esclarece que muitas crianças com TGD podem aprender a
ler e escrever, variando o tempo necessário e o processo de ensino, necessitando o
desenvolvimento de metodologias adequadas para a especificidade de cada criança.
Para tanto, torna-se necessário criar estratégias para uma inclusão efetiva no
que se refere ao desenvolvimento e aprendizagem dessas crianças, o que se dá desde os
primeiros momentos de escolarização.
2 DESENVOLVIMENTO
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amizades, monólogo, um foco diferenciado para assuntos específicos, dificuldade
motora. Posteriormente, teve sua denominação para Síndrome de Aspereger.
1960 – Lorna Wing (psiquiatra inglesa), cuja filha era portadora de autismo,
publica textos importantes sobre o tema. Foi a primeira a descrever a tríade de sintomas;
alterações na sociabilidade, comunicação/linguagem e padrão alterado de
comportamento. Na mesma década, Ole Ivar Lovaas (psicólogo comportamental)
introduziu a ideia de que as crianças com autismo aprendem habilidades novas através
da técnica da terapia comportamental. O autismo ainda era visto como parte do grupo de
psicoses infantis, um tipo de esquizofrenia.
1980 – o autismo passou a ser estudado cientificamente, passando a ser
tratado como síndrome (distúrbio do desenvolvimento) e não mais como uma psicose.
2007 – a ONU (Organização das Nações Unidas) decreta 02 de abril o Dia
Mundial de Conscientização do Autismo. Celebrando-se pela primeira vez em 2008.
Através do DSM – TR (Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais), e o
CID 10 (Classificação Internacional de Doenças), da Organização Mundial de Saúde,
houve um melhor tratamento e definição do autismo.
No Brasil, o Dia Mundial de Conscientização do Autismo tem sido de
grande concentração e conscientização. A data foi celebrada pela primeira vez em 2010
com eventos nas grandes capitais brasileiras e o maior engajamento se deu pela AMA
(Associação de Amigos do Autista), que foi criada em 8 de agosto de 1983 por um
grupo de pais, sendo a maior parte deles, pais de autistas.
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social; falência em desenvolver e manter relações apropriadas ao seu nível de
desenvolvimento;
Observamos que a lei trás uma definição clara e precisa da síndrome clínica
que caracteriza o espectro autista em termos abrangentes, respeitando as formas
singulares de manifestação do transtorno.
Quanto aos direitos, destacamos alguns pontos que fundamentam a lei:
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VI - a responsabilidade do poder público quanto à informação pública
relativa ao transtorno e suas implicações;
O amplo espectro de ações para garantia dos direitos exige uma ação
intersetoria;, participação comunitária; capacitação de profissionais, pais e responsáveis
sobre o transtorno; viabilização de recursos educacionais, sociais e relativos à saúde
integral. A lei enfatiza também a importância de informar ao público sobre o transtorno
e o estímulo à pesquisa científica, o que consideramos imprescindível.
Cabe aos educadores e familiares conhecer estes direitos e lutar pela sua
efetivação já que a lei é um passo importante na garantia desses, porém a concretização
necessita da participação ativa de toda a sociedade.
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ao tratar com a criança autista. Faz-se necessário entender que para se obtiver êxito e
garantia de que essa criança tenha uma boa qualidade de vida e aprendizado, pais e
educadores devem estar esclarecidos quanto à síndrome; dificuldades, tratamentos
precoces e metodologias que façam com que essa criança possa estar inserida no
mundo, pois o mundo também pertence a ela.
AUTISMO
DIFICULDADES NA
ATIVIDADES
INTERAÇÃO
SOCIAL RESTRITO-
REPETITIVAS
COMPROMETIMENT
OS NA
COMUNICAÇÃO
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Quando jogamos uma pedrinha em um lago de água parada, ela gera várias
pequenas ondas que formam camadas, mais próximas e mais distantes do
ponto no qual a pedra caiu. O espectro autista é assim, possui várias camadas,
mais ou menos próximas do autismo clássico (grave), que poderia ser
considerado o centro das ondas, o ponto onde a pedra atingiu a água. Esse
espectro pode se manifestar nas pessoas de diversas formas, mas elas terão
alguns traços similares, afinal todas as ondulações derivam do mesmo ponto.
(SILVA, 2012, p. 63)
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Características principais
• Prejuízo no desenvolvimento da interação social e da comunicação.
• Pode haver atraso ou ausência do desenvolvimento da linguagem.
• Naqueles que a possuem, pode haver uso estereotipado e repetitivo ou uma
linguagem idiossincrática.
• Repertório restrito de interesses e atividades.
• Interesse por rotinas e rituais não funcionais.
Idade de manifestação
• Antes dos 3 anos de idade.
Importante para o diagnóstico diferencial
• Prejuízo no funcionamento ou atrasos em pelo menos 1 das 3 áreas:
• Interação social;
• Linguagem para comunicação social;
• Jogos simbólicos ou imaginativos.
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quando na vivência escolar, no convívio com outros colegas que a criança socializa,
vive em grupo e também com as diferenças e aprende respeitá-las com as suas mais
variadas formas.
Quem avalia um educando com autismo deve, desde o contato inicial, na sua
chegada à escola transmitir-lhe a segurança de que ele estará conquistando
um novo ambiente e que será bem recebido. Um ambiente para estímulos
afetivos, sensoriais e cognitivos. Ainda que o espectro autístico demande
cuidados por toda a vida, o derrotismo é o maior obstáculo para a
aprendizagem. É fundamental, por conseguinte, que a concepção na educação
seja centrada prioritariamente no ser humano e não na patologia. (CUNHA,
2012, p. 52-53)
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS
A pesquisa mostra que entender Autismo vai além do que uma preocupação
com suas definições e formas variadas de se manifestar, de propostas pedagógicas e
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processos de ensino aprendizagem, de inclusão por “inclusão”. Faz-se necessário
destacar o preconceito de que o autista não é capaz de aprender, mesmo diante de suas
limitações. Sobre esse aspecto:
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Concluímos com as reflexões que nos incitam a repensar o papel dos
educadores e da sociedade sobre a responsabilidade e compromisso social com a
educação inclusiva das crianças autistas.
REFERÊNCIAS
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