O Teste de Rorschach
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CENTRO DE ESTUDOS E APOIO PSICOLÓGICOIO P SIC O L Ó G IC O
Licenciatura em Psicologia
Cadernos de PSICOPATOLOGIA
O TESTE DE RORSCHACH
de Hermann Rorschach
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O TESTE DE RORSCHACH HERMANN RORSCHACH
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Nota Prévia
Em Portugal, as opiniões têm sobretudo pendido, nos últimos vinte anos, para a
parcimónia na sua utilização. Percebem-se as razões dos militantes do uso parcimonioso das
provas psicológicas. Em primeiro lugar, porque o uso das provas exige preparação e estudo
adequados; em segundo lugar, porque a maioria esmagadora das provas à disposição dos
psicólogos não estão adaptadas e aferidas para a população portuguesa. Depois ainda, porque a
sua preparação criteriosa e aferição acarretam custos mais ou menos insuportáveis para as
instituições que poderiam fazê-lo. Em quarto lugar porque, não tendo a maioria dos psicólogos
sido preparada para as utilizar, corre-se um sério risco de a sua utilização se transformar em
panaceia para iludir outros problemas.
O Professor
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examinador mas também de modo a que não se sinta constrangido pela sua
presença;
As pranchas devem ser apresentadas sempre na ordem da sua numeração e na
sua posição original; quaisquer movimentos que o examinando opere na
prancha devem ser devidamente anotados;
Antes do início da prova deve perguntar-se ao examinando se este já realizou a
prova anteriormente; caso a resposta seja positiva, deve anotar-se a data e as
circunstâncias da aplicação prévia;
6. TEMPO DE APLICAÇÃO
É extremamente variável, podendo ir de trinta minutos a duas horas ou mais; tal
variabilidade deve-se à arbitrariedade que os examinadores detêm na aplicação da
prova; por exemplo, KLOPFER concede três minutos para que emirjam as respostas,
enquanto HERTZ concede dois minutos (Adrados, 1980); embora estes sejam os
limites, estes deverão ser alargados se for facilmente perceptível que a mente do
examinando está a trabalhar no intuito de elaborar uma interpretação mais
substancial;
7. INSTRUÇÕES PARA APLICAÇÃO
Preparação do examinando:
Adequação da aplicação a cada caso, tendo em conta a formação cultural, a
inteligência, o nível de desenvolvimento, o que deve ser tido em conta no
fornecimento das instruções;
Criar um clima de confiança entre o examinando e o examinador;
A ansiedade ou bloqueio não devem estar presentes no indivíduo;
Existe um momento considerado «óptimo» que deve ser atingido, no qual não
devem figurar nem muita tensão nem muita descontracção;
As instruções devem ser breves e claras, como «o que vê aqui?», «o que pode
ser isto?», «no que é que isto o faz pensar?»; alguns indivíduos sofrem uma
espécie de estupor que os deixa incapazes de responder, ao que o examinador
deve combater com frases neutras e animadoras como «pode começar» ou «não
precisa de pensar muito, não se trata de errar ou acertar», «pode falar à
vontade», etc.; O examinador não deve sugestionar o examinando a girar a
prancha em várias posições, mas se este pedir o pedido deverá ser aceite; aqui
devem ser anotadas as várias posições utilizadas mediante os seguintes
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Nas respostas globais confabulatórias o sujeito toma por base um detalhe e, por
extensão, engloba o resto; recebe o símbolo DG, embora nas percentagens se
conte como G; embora na maioria das vezes estas respostas sejam negativas,
algumas podem ser positivas se o englobamento da percepção não prejudicar a
sua exactidão, recebendo o símbolo DG +;
As respostas globais contaminadas, apenas observadas em esquizofrénicos, são
segundo BOHM (1953, citado por Adrados, 1980, pp.27) «condensações
esquizofrénicas que fundem duas respostas como numa placa fotográfica
submetida a uma dupla exposição», portanto resultantes de combinações de
duas ou mais percepções; A percentagem normal de respostas G num
psicograma é de cerca de 20 a 30% relativamente ao número total de respostas;
o cálculo faz-se através da multiplicação do total de respostas G por 100 e
seguidamente da divisão pelo número total de respostas:
G * 100
_______
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Como já foi dito, as respostas zoomórficas (A) têm um índice ideal de 25%;
enquanto indivíduos imaginativos conseguem uma proporção de 30%, valores
iguais ou acima de 50% indiciam estereotipia e pouca flexibilidade do
pensamento (que pode surgir como uma defesa); por outro lado, uma
percentagem de respostas A excessivamente baixa indica uma dissociação do
pensamento demasiado intensa;
Para as respostas de conteúdo humano, elas determinam, em parte, o interesse
em si mesmo e nos outros seres humanos; a sua percentagem ideal é de 20%,
enquanto que baixas percentagens podem significar misantropia (antropofobia)
e valores acima da média podem indiciar ansiedade (principalmente nas
respostas Hd) resultante da incorporação negativa da figura humana; certos
detalhes humanos (Hd) podem ter um significado clínico especial; assim,
«olhos» que olham o sujeito são, por exemplo, normalmente reveladores de
tendências paranóides;
No que trata às respostas de conteúdo anatómico, alerte-se para as pessoas que
trabalham com a anatomia humana (por exemplo médicos, enfermeiros, …)
pois podem apresentar protocolos nos quais a percentagem destas respostas é
exagerada, mas este facto deve ser considerado normal; no entanto, se estas
respostas são mal vistas, elas podem significar índices de neuroses e
hipocondrias (cerca de 40% de respostas positivas), ou simplesmente
estereotipia do pensamento (como no caso de percentagens de 45 a 50%);
quando mal vistas, o diagnóstico é quase sempre bastante negativo;
RESPOSTAS ORIGINAIS E BANAIS: as percentagens e o número de respostas
originais e banais são tomados como prova do nível de inteligência do
indivíduo, se bem que a qualidade das respostas banais deva sempre ser
aprofundada, pois podem não ser mais do que itens estranhos ou distorções
perceptivas;
10. OBSERVAÇÕES
INTERRELAÇÕES: As relações existentes no seio de cada categoria de cotação
(isto é, entre os seus elementos), bem como as relações entre as categorias de
cotação (Localização, Determinantes, Conteúdo e Respostas Originais e Banais)
fornecem o material a partir do qual se inferem a estrutura e a organização da
personalidade; assim, nenhum indicador isolado permite, de forma exclusiva,
determinar tal estrutura e organização no indivíduo; todos os indicadores devem
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FREEMAN, F. (1980). Teoria e prática dos testes psicológicos (2ª ed.). Porto:
Fundação Calouste Gulbenkian.
Editores.
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