Nop Inea 45
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ESGOTO SANITÁRIO.
1 OBJETIVO
Esta norma não se aplica as estações de tratamento de lixiviado localizadas em aterros sanitários
e/ou industrias, efluentes industriais e/ou não sanitários.
Sem prejuízo da legislação específica, esta norma se aplica, no que couber, à disposição de
efluentes no solo, em cuja licença ambiental serão fixadas condicionantes de forma a se impedir a
contaminação das águas superficiais e subterrâneas.
Esta norma altera integralmente a DZ 215-R4 e NT 202 R10, no que se refere aos padrões de
lançamento de esgoto sanitário
Esta norma passa a vigorar a partir da data estabelecida no rodapé deste documento.
3 DEFINIÇÕES
SST (Sólidos Suspensos Quantidade de sólidos que fica retida no meio filtrante quando se
Totais) submete um volume conhecido de amostra à filtragem.
4.1.2. Lei nº 9605, de 12 de fevereiro de 1998 – Dispõe sobre as sanções penais e administrativas
derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente, e dá outras providências.
4.1.3. Lei nº 6.938, de 31 de agosto de 1981 – Dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente,
seus fins e mecanismos de formulação e aplicação, e dá outras providências.
4.1.4 Lei nº 9.433, de 08 de janeiro de 1997 - Instituiu a Política Nacional de Recursos Hídricos;
4.1.5. Lei nº 11.445, de 05 de janeiro de 2007 – Estabelece Diretrizes Nacionais para o Saneamento
Básico.
4.1.6. Lei Complementar n° 140, de 8 de dezembro de 2011 – Fixa normas, nos termos dos incisos
III, VI e VII do caput e do parágrafo único do art. 23 da Constituição Federal, para a cooperação entre
a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios nas ações administrativas decorrentes do
exercício da competência comum relativas à proteção das paisagens naturais notáveis, à proteção
do meio ambiente, ao combate à poluição em qualquer de suas formas e à preservação das
florestas, da fauna e da flora; e altera a Lei n° 6.938, de 31 de agosto de 1981.
4.1.9. Decreto Legislativo Federal nº 5.472, de 20 de junho de 2005 - Aprova o texto da Convenção
de Estocolmo sobre Poluentes Orgânicos Persistentes, adotada, naquela cidade, em 22 de maio de
2001.
4.1.10. Resolução CONAMA nº 357, de 17 de março de 2005 - Dispõe sobre a classificação dos
corpos de água e diretrizes ambientais para o seu enquadramento, bem como estabelece as
condições e padrões de lançamento de efluentes, e dá outras providências.
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ESTABELECE CRITÉRIOS E PADRÕES DE LANÇAMENTO DE
ESGOTO SANITÁRIO.
4.1.11. Resolução CONAMA n° 430, de 13 de maio de 2011 – Dispõe sobre as condições e padrões
de lançamento de efluentes, complementa e altera a Resolução CONAMA nº 357, de 17 de março de
2005.
4.1.12 Resolução CONAMA n° 430, de 13 de maio de 2011 – Dispõe sobre as condições e padrões
de lançamento de efluentes, complementa e altera a Resolução CONAMA nº 357, de 17 de março de
2005.
4.2.1. Lei no 2661 de 27 de dezembro de 1996 acrescentada pela lei n o 4692, de 29 de dezembro de
2005, Dispõe sobre padrões de DBO para lançamento em emissário submarino.
4.2.2. Lei nº 3.239, de 02 de agosto de 1999 – Institui a Política Estadual de Recursos Hídricos.
4.2.3. Lei nº 3.467, de 14 de setembro de 2000 – Dispõe sobre as sanções administrativas derivadas
de condutas lesivas ao meio ambiente no Estado do Rio de Janeiro, e dá outras providências.
4.2.12. Resolulão CONEMA nº 86, de 07 de dezembro de 2018 – NOP INEA 08 – Critérios e Padrões
para Controle da Ecotoxicidade aguda em efluentes líquidos.
4.2.15 NOP-INEA nº 37, de 29 de março de 2019 - Critérios, Definições e Condições para outorga de
direito de uso de recursos hídricos superficiais.
4.2.16 Deliberação INEA nº 12 de 21 de julho de 2010 – Aprova a norma institucional NOI INEA-01,
que estabelece os procedimentos relativos à normatização e padronização de documentos do INEA.
4.3.4 NBR 13969 – Tanques Sépticos – Unidades de Tratamento Complementar e disposição final
dos efluentes líquidos – Projeto, Construção e Operação.
5 RESPONSABILIDADES GERAIS
FUNÇÃO RESPONSABILIDADE
6. CONDIÇÕES GERAIS
6.1. Os efluentes de qualquer fonte poluidora somente poderão ser lançados nos corpos receptores
ou redes públicas após o devido tratamento e desde que obedeçam às condições, padrões e
exigências dispostos nesta NOP e em outras normas aplicáveis.
6.2. O órgão ambiental competente poderá, a qualquer momento, mediante fundamentação técnica:
6.2.1. Acrescentar outras condições e padrões para lançamento de efluentes, ou torná-los mais
restritivos, tendo em vista as condições do corpo receptor.
6.2.2. Exigir tecnologia ambientalmente adequada e economicamente viável para o tratamento dos
efluentes, compatível com as condições do respectivo corpo receptor.
6.3. Os efluentes não poderão conferir ao corpo receptor características de qualidade em desacordo
com as metas obrigatórias progressivas, intermediárias e final, do seu enquadramento.
6.4.5. Fixação de prazo máximo para o lançamento, prorrogável a critério do órgão ambiental
competente, enquanto durar a situação que justificou a excepcionalidade aos limites estabelecidos
nesta norma.
6.4.7.Caso ocorra lançamento de origem não sanitária ou efluentes não domésticos, por terceiro, que
prejudique os sistemas de tratamento de esgoto operados por concessionárias ou órgãos públicos, a
Concessionária deverá entrar em contato imediatamente com o órgão ambiental informando a
presença de substâncias prejudiciais ao tratamento.
6.5. Não será permitido lançamento de poluentes orgânicos persistentes ou compostos poluentes de
quaisquer origens que possam vir a produzir efeitos danosos nos sistemas de coletas e tratamento
de esgoto operados por órgãos públicos e empresas concessionárias desses serviços ou que exijam
tratamentos adicionais àqueles que normalmente são dados ao esgoto sanitário.
6.6. É vedada, para fins de lançamento, a mistura de efluentes com águas de melhor qualidade, tais
como: as águas de abastecimento, pluviais, fluviais, marinhas e de sistemas abertos de refrigeração
sem recirculação.
6.7. Nas águas de classe especial é vedado o lançamento de efluentes ou disposição de resíduos
domésticos, agropecuários, de aquicultura, industriais e de quaisquer outras fontes poluentes,
mesmo que tratados.
6.7.1. Em casos específicos e após autorização do órgão ambiental poderá ser permitido o
lançamento de efluente tratado por ETEs licenciadas pelos órgãos ambientais.
6.8. O lançamento de esgoto sanitário em corpos d’água não poderá exceder as condições e
padrões de qualidade de água estabelecidos para as respectivas classes, nas condições da vazão
de referência ou volume disponível, além de atender outras exigências aplicáveis.
6.11. Nos casos em que o lançamento ocorrer em corpos lênticos ou corpos d’água de uso recreativo
de contato primário, o órgão ambiental poderá solicitar a implantação de sistema de desinfecção para
as Estações de Tratamento de Esgoto, considerando o uso preponderante do corpo hídrico.
6.12. Os lançamentos de efluentes em corpos hídricos, independente da vazão e/ou volume, estão
obrigados a seguir os critérios de obtenção de outorga, conforme estabelecido em legislação vigente.
7.1. Os efluentes gerados nos empreendimentos de que trata esta Norma somente poderão ser
lançados no corpo receptor desde que obedeçam às condições e padrões previstos nesta NOP,
resguardadas outras exigências cabíveis:
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ESGOTO SANITÁRIO.
a) pH: entre 5 e 9;
b) Temperatura: inferior a 40°C, sendo que a variação de temperatura do corpo receptor não deverá
exceder a 3°C no limite da zona de mistura;
c) Sólidos sedimentáveis: até 1 mL/L em teste de 1 hora em cone Inmhoff. Para o lançamento em
lagos, lagunas e lagoas, cuja velocidade de circulação seja praticamente nula, os materiais
sedimentáveis deverão estar ausentes.
d) Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO) 5 dias, 20°C: o padrão de lançamento será em função da
carga orgânica afluente, de acordo com a tabela 1.
e) Sólidos Suspensos Totais: o padrão de lançamento será em função da carga orgânica afluente, de
acordo com a tabela 2.
i) Nitrogênio Amoniacal Total: 20mg N/L, para lançamento em corpo hídrico lótico.
O órgão ambiental competente poderá autorizar o lançamento acima de 20mg/L para Nitrogênio
Amoniacal Total, desde que observados ao menos um dos seguintes requisitos:
a) comprovação de relevante interesse público com adoção de soluções graduais e progressivas que
garantam a universalização dos serviços.
c) para os casos em que a carga orgânica afluente seja menor que 60 kgDBO/dia.
Nos casos em que o lançamento ocorrer em corpos lênticos, o valor máximo permitido será de 10 mg
N/L, podendo o órgão ambiental autorizar o lançamento de valores superiores a 10 mg N/L, após
estudos que comprovem que não ocorre a alteração da qualidade ou classificação do corpo hídrico
lêntico receptor.
O órgão ambiental competente poderá definir outros padrões para o parâmetro fósforo no caso de
lançamento de efluentes em corpos receptores com registro histórico de floração de cianobactérias,
em trechos onde ocorra a captação para abastecimento público.
Nos casos em que o lançamento ocorrer em corpos lênticos, o valor máximo permitido será de 1 mg
P/L.
7.2. Os efluentes de sistemas de tratamento de esgoto sanitário poderão ser objeto de teste de
ecotoxicidade no caso de interferência de efluentes com características potencialmente tóxicas ao
corpo receptor, a critério do órgão ambiental competente, conforme estabelecido em legislação
vigente.
8.1 O lançamento de esgoto sanitário por meio de emissários submarinos deverá atender aos
padrões da classe do corpo receptor, após o limite da zona de mistura e ao padrão de
balneabilidade, de acordo com as normas e legislação vigentes.
8.2. Este lançamento deve ser precedido de tratamento que garanta o atendimento das seguintes
condições e padrões específicos, sem prejuízo de outras exigências cabíveis:
a) pH entre 5 e 9;
b) temperatura: inferior a 40ºC, sendo que a variação de temperatura do corpo receptor não deverá
exceder a 3ºC no limite da zona de mistura;
8.3. Os efluentes de sistemas de tratamento de esgoto sanitário por meio de emissários submarinos
poderão ser objeto de teste de ecotoxicidade no caso de interferência de efluentes com
características potencialmente tóxicas ao corpo receptor, a critério do órgão ambiental competente,
conforme estabelecido em legislação vigente.
9.2. Os efluentes dessa fonte poluidora somente poderão ser lançados no corpo receptor desde que
obedeçam às condições e padrões previstos nesta NOP, resguardadas outras exigências cabíveis:
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ESTABELECE CRITÉRIOS E PADRÕES DE LANÇAMENTO DE
ESGOTO SANITÁRIO.
Tabela 3: Padrões de lançamento para estações de tratamento de esgoto sanitário que recebem
lixiviado de aterro sanitário de resíduos sólidos urbanos
9.3. Os efluentes de sistemas de tratamento de esgoto sanitário que recebem lixiviado de aterro
sanitário deverão ser objeto de teste de ecotoxicidade, conforme estabelecido em legislação vigente.
10.1. Os efluentes oriundos de serviços de saúde poderão ser lançados em rede coletora de esgoto
sanitário conectada à estação de tratamento, desde que atenda às normas e diretrizes da operadora
do sistema de coleta e tratamento de esgoto sanitário.
10.2. Os efluentes dessa fonte poluidora somente poderão ser lançados em corpo receptor, desde
que sejam tratados em sistema devidamente licenciado, dotado de etapa de desinfecção e atendam
aos padrões de lançamento de efluentes previstos no item 7.1.
11.1. As análises laboratoriais para caracterização do esgoto sanitário deverão ser efetuadas por
laboratórios credenciados pelo INEA, conforme as responsabilidades, os procedimentos e os critérios
para o credenciamento de laboratórios estabelecidos em legislação vigente.
11.2. Todos os registros e laudos devem ser mantidos no estabelecimento, armazenados pelo
período de 5 anos de forma íntegra, preservados em formulários físicos ou eletrônicos, e de fácil
obtenção para garantir a sua rastreabilidade.
12.1. O órgão ambiental competente poderá acrescentar outras condições, bem como estabelecer
restrições e medidas adicionais, de caráter excepcional e temporário, considerando a qualidade dos
efluentes e do corpo receptor.
12.3. Aos empreendimentos e demais atividades potencialmente poluidoras que já contarem com
licença ambiental expedida poderá ser concedido, a critério do órgão ambiental competente, por ato
motivado, prazo de até três anos contados da entrada em vigor desta norma, para se adequarem às
condições e novos padrões, desde que não exceda o prazo da licença ambiental.
12.4. Caso haja inviabilidade de se executar adequações necessárias ao atendimento aos novos
padrões, e onde o atual sistema de tratamento garanta condições satisfatórias aos usos a que se
destinam os corpos receptores finais, o órgão ambiental poderá autorizar a manutenção do sistema
existente.
12.5.1. Conforme item 6.2.1, é facultativo ao órgão ambiental competente acrescentar outras
condições e padrões para lançamento de efluentes, ou torná-los mais restritivos, tendo em vista as
condições do corpo receptor.
12.6. Esta NOP entrará em vigor após 180 dias da data de sua publicação.