Geografia Da Índia

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Geografia da Índia

A Índia situa-se na porção meridional do continente asiático,


possui cerca de 3,28 milhões de km2 e uma população de
aproximadamente 1,32 bilhão de habitantes. É formada pelo
subcontinente indiano, que além da Índia, conta com mais
seis países: Bangladesh, Butão, Ilhas Maldivas, Nepal,
Paquistão e Sri Lanka.

A Índia possui uma grande variedade cultural, étnica,


religiosa e linguística. A diversidade linguística é muito
grande, sendo que 1/3 da população fala o hindi.
O hinduísmo é a religião predominante (+ de 80% da
população), os muçulmanos correspondem a cerca de 12%
da população e estão concentrados no norte do país.
Aspectos físicos e naturais da Índia
Hidrografia

Os dois principais rios da região são: o Indo, que nasce no


Himalaia e deságua no Mar da Arábia; e o Ganges, rio
sagrado dos hindus; suas nascentes também ocorrem no
Himalaia, mas este rio corre para leste, desaguando na
Baía de Bengala, em Bangladesh.

Clima

Na Índia, predomina o clima tropical com grande


influência. Durante o verão, uma grande extensão do
continente asiático (mapa abaixo) possui baixas pressões
em função do maior aquecimento.

No inverno, as baixas temperaturas (alta pressão) no


continente originam ventos frios e secos, que são
denominados monções de inverno.

As chuvas abundantes provocam enchentes, muitas vezes,


catastróficas, mas, por outro lado, são fundamentais para o
o cultivo do arroz, que é o alimento básico da imensa
população.

Vegetação

Na Índia, a cobertura vegetal primitiva era constituída


principalmente por florestas tropicais e subtropicais, sendo
que na porção noroeste destacava-se a vegetação
savânica.

A cordilheira do Himalaia é o principal divisor de águas ou


interflúvio onde nascem os principais rios: o Indo, o Ganges
e o Brahmaputra.

A população indiana
A Índia é o segundo país mais populoso do mundo (+ de
1,32 bilhão), possui cerca de 330 hab./km2 e o seu
crescimento natural ou vegetativo está ao redor de 1,5% ao
ano. As projeções indicam que a população da Índia (1,5
bilhões de habitantes em 2040) ultrapassará a população
chinesa nas próximas décadas.

Uma das características mais marcantes do país são as


altas taxas de crescimento natural, o que evidencia ainda
um elevado grau de desinformação ou pouco acesso a
métodos contraceptivos.

Além das taxas de crescimento elevadas, a população


apresenta péssimos indicadores socioeconômicos: grande
taxa de mortalidade infantil, altos índices de analfabetismo,
baixa expectativa de vida, subnutrição e desnutrição.

Outra consequência importante dos altos índices de


crescimento é a formação de uma população
predominantemente jovem. Calcula-se que
aproximadamente 40% do total de habitantes da região
esteja na faixa etária entre zero e 19 anos.

Aspectos econômicos da Índia


Conhecida pelo mundo ocidental desde o século XVI, por
causa do comércio de especiarias, a Índia foi invadida por
portugueses, ingleses, holandeses e franceses. O domínio
britânico e a exploração consolidaram-se após uma guerra
contra a França (1756-1763).

O fim da colonização ocorreu em 1947, com a


independência política, sob a liderança de Mahatma
Gandhi. Por consequência, o início da industrialização
indiana ocorreu no período pós-independência, motivado
pelos seguintes fatores: investimentos externos, mercado
interno com probabilidade de crescimento, abundante mão
de obra e recursos minerais diversificados.

O subcontinente indiano faz parte do chamado mundo


subdesenvolvido, apresentando uma economia ligada às
atividades agropastoris e extrativas. A dependência externa
em relação aos capitais internacionais e à tecnologia
avançada também caracterizam a dinâmica econômica
dessa região.
Agropecuária
A agropecuária absorve grande quantidade de mão de
obra, que se baseia no trabalho familiar, com pouco
emprego de tecnologia, baixa produtividade e produção
voltada para o mercado interno. Os tipos de cultivo que se
destacam são o arroz e o trigo.

Quanto à pecuária, embora o rebanho bovino seja o maior


do mundo, possui pequena importância econômica: em
primeiro lugar, porque o consumo de carne é proibido por
princípios religiosos, sendo empregado apenas para o
trabalho e consumo de leite, e, depois, pelo fato de a
criação ser feita de forma rudimentar.

Indústria
Na atividade industrial, a Índia é o único país que apresenta
certo desenvolvimento na Ásia Meridional, especialmente
nos centros urbanos de Mumbai, Madras, Nova Délhi,
Kolkata (ex-Calcutá) e Bangalore. Os setores mais
desenvolvidos são aqueles vinculados à presença de
matérias-primas regionais, como a siderurgia, pela grande
riqueza em ferro, manganês e carvão, e o setor têxtil, que
aproveita a produção de juta e algodão.

A Índia é também, na atualidade, o maior exportador


de softwares do mundo, movimentando cerca de sete
bilhões de dólares ao ano.

Gandhi e a Independência da Índia


O advogado Mohandas Gandhi era mais conhecido como
“Mahatma” ou “Grande Alma”. Ele pregava a resistência à
dominação e a luta contra os colonizadores por meio da
não-violência e da desobediência civil. Gandhi conseguiu
chamar a atenção do mundo para a causa da liberdade dos
indianos desobedecendo às leis inglesas sem se importar
em sofrer as punições. Ele também fez greves de fome
para sensibilizar hindus e muçulmanos sobre a importância
de se unirem pela independência.

Entretanto, havia também o líder da Liga Muçulmana,


Mohamed Ali Jinnah, e os conflitos com os hindus eram
constantes. Essa realidade conflituosa foi interessante para
os ingleses, pois retardou a independência da Índia.
Contudo, a Segunda Guerra Mundial (1939-1945) foi a gota
d’água para o enfraquecimento da Inglaterra e no dia 15 de
agosto de 1947, a independência da Índia foi alcançada.

Mas como a rivalidade entre hindus e mulçumanos


permaneceu, o país foi divido em dois territórios: Índia e
Paquistão (dividido, por sua vez, em Oriental e Ocidental).
Logo após a independência, no ano de 1948, Gandhi
acabou sendo assassinado por um radical hindu.

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