Arte Naval - Cap. 07
Arte Naval - Cap. 07
Arte Naval - Cap. 07
CABOS
camada protetora nos filamentos, permitir que o cabo confeccionado resista melhor
à ação da umidade. Cerca de 10 a 15% do peso de um cabo branco consistem em
óleo de lubrificação.
As fibras longas, que são aproveitadas na primeira cardação, vão constituir
os cabos de primeira qualidade; as fibras que restam, mais curtas, podem ir nova-
mente às cardas, mas somente para confeccionar os cabos de segunda qualidade,
que não devem ser utilizados nos serviços de bordo.
7.3.2. Detalhes de construção – A fabricação dos cabos é realizada pela
união e torção de determinado número de fios primários, formando os fios que, no
cabo, tomam o nome de fios de carreta. Esses, reunidos e retorcidos, também em
certo número, mas em sentido contrário ao anterior, formam as pernas (cordões) do
cabo, que são reunidas, torcidas ou trançadas. Três ou quatro pernas, torcidas todas
juntas e em sentido inverso
ao anterior, formam um cabo.
O cabo assim confeccionado Fibras
Fios de carreta
chama-se cabo de massa Cordões
Direção da
(fig. 7-1), e é sempre forma- cocha
do de três ou quatro pernas,
qualquer que seja sua bitola. Cabo
Se fizermos um novo cabo
composto de três destes
cabos de massa, teremos um
cabo calabroteado (fig. 7-2). Fig. 7-1 – Cabo de massa
Cordões
Cabo de massa
Fios de carreta
Fibras
Cocha
direita. Neste caso, a terceira torcida, que é a das pernas para formar o cabo, será
também para a direita.
O princípio da construção dos cabos baseia-se na oposição destas cochas;
os fios de carreta, isoladamente, tendem a se descochar, mas como são cochados
em sentido contrário ao da primeira cocha para compor uma
perna, as duas tendências se neutralizam. Daí se deduz que
uma perna é neutra, isto é, não apresenta tendência para
descochar-se, mas ao torcermos as pernas para confeccionar
um cabo, este estado de equilíbrio fica alterado e o cabo terá
uma tendência contínua a descochar. Por isto, é necessário
dar às pernas, quando elas passam na máquina para compor
o cabo, uma torção extra, a qual deve ser apenas o suficiente
para neutralizar a tendência em sentido contrário que eles
adquirem ao serem cochados juntos.
Em alguns tipos, especialmente nos cabos finos, as per-
nas são trançadas, em vez de cochadas (torcidas); isto faz de-
saparecer a tendência para a coca, isto é, a dobra que o cabo
toma sobre si mesmo, no seio, mas diminui a elasticidade. Os Fig. 7-6 – Cabo
cabos trançados (fig. 7-6) têm um número variado de pernas. trançado
Em um cabo trançado de 8 pernas, dispostas 2 a 2, empregam-
se 4 pernas cochadas para a esquerda e 4 para a direita.
Há ainda pequenas variações na fabricação dos cabos, especialmente no
modo como são constituídas as pernas: em uns, as fibras elementares de cada
perna são torcidas em torno de um eixo longitudinal, em vez de serem torcidas em
fios de carreta; em outro tipo, a perna é constituída por duas ordens de fios de
carreta do tamanho comum envolvendo oito fios de carreta mais grossos.
Nas fábricas, depois de prontos, os cabos são enrolados em aduchas. É
importante notar que as aduchas são feitas sempre do mesmo modo, e por isto, ao
desenrolar um cabo novo, tem que se desfazer a aducha num determinado sentido,
contrário àquele em que o cabo foi enrolado.
A tabela 7-1 apresenta as características dos cabos de sisal dos tipos torci-
dos de 3 pernas e trançados de 8 pernas.
7.5. Elasticidade dos cabos – A fibra não possui, como um fio de metal ou
de aço, um limite de elasticidade permanente, dentro do qual pode trabalhar indefi-
nidamente sem deformação. Portanto, os cabos de fibra natural têm apenas a elas-
ticidade que lhes dá a espiral determinada pelo modo de cochar.
Quando se estica um cabo novo, uma parte do alongamento se torna definiti-
va, pois os fios de carreta tomam uma nova posição de equilíbrio uns em relação
aos outros. A esta posição de equilíbrio estável corresponde um limite de elasticida-
de permanente, que não deve ser excedido por um esforço de tração demasiado. Se
for atingido esse limite de elasticidade, o cabo põe-se em novo estado de equilíbrio
estático, pois as fibras escorregarão um pouco, apesar da cocha, e a sua resistên-
cia à ruptura ficará diminuída. Por isso, nunca devemos submeter um cabo de fibra
a esforços próximos de sua carga nominal de ruptura e, ao contrário, dá-se um
grande fator de segurança, na razão de 1 para 5, pelo menos, entre a carga de
trabalho e a carga de ruptura.
O alongamento máximo dos cabos brancos sujeitos a esforços é de 7% a
8% e dos cabos alcatroados, de 4% do comprimento. Se eles forem submetidos a
um esforço maior que o seu correspondente limite de elasticidade, os fios de
carreta, que ocasionalmente suportam maior tensão, começam a se romper, fazendo
com que os outros fios em sua volta também venham a ceder, até que os restantes
sejam insuficientes para o esforço atribuído ao cabo todo, e este se parte. A
ruptura pode começar indiferentemente na superfície das pernas ou nos fios
internos.
Os cabos fixos de mastreação devem receber sempre um grau de tensão
inferior ao limite de elasticidade permanente, levando-se em conta que eles ficam
expostos ao tempo, contraindo-se quando úmidos e distendendo-se ao secar.
A fibra que menos sofre a ação da umidade é a manilha, devido a certos óleos
que lhe são próprios. A água, entretanto, é facilmente absorvida pelo cânhamo e
pelo sisal, diminuindo a coesão das fibras e fazendo o cabo inchar.
A umidade altera também a elasticidade dos cabos de fibra natural, contrain-
do-os quando molhados e distendendo-os ao secar. Daí a razão por que, em tempo
úmido, os cabos bem tesados e as voltas apertadas devem ser afrouxados, e os
aparelhos de laborar solecados, a fim de lhes ser permitido contrair e distender
livremente.
Os cabos não-alcatroados não devem ser percintados ou forrados, pois a
cobertura não impede totalmente a umidade e esconde e aumenta o seu efeito,
contribuindo para sua deterioração.
Para evitar a umidade, os cabos de linho cânhamo recebem um banho de
alcatrão vegetal, o qual deve ser dado nas fibras antes de sua manufatura, a fim de
haver melhor distribuição da substância protetora. O alcatrão diminui cerca de 12%
a força dos cabos novos e com o tempo vai alterar sensivelmente a estrutura da
fibra, enfraquecendo-o mais. Considera-se geralmente um cabo de linho alcatroado
30% menos resistente que o linho branco.
Mesmo os cabos de manilha, que resistem melhor à umidade, recebem uma
proteção de um óleo lubrificante especial. Esta lubrificação é necessária durante a
manufatura do cabo para amaciar as fibras elementares e também serve para protegê-
lo contra a umidade, além de diminuir o atrito interior dos filamentos entre si.
Eliminando os inconvenientes da umidade, a lubrificação torna o cabo mais fácil
para a manobra, bem como aumenta a sua vida útil.
7.9. Medida dos cabos de fibra natural – Os cabos de fibra natural podem
ser medidos pelo diâmetro nominal ou pelo comprimento de sua circunferência
retificada. O mais comum é fazer-se a medida pela circunferência em polegadas ou,
mais raramente, em centímetros ou milímetros. Quando for dada a medida de um
cabo de fibra natural, sem especificar como ela foi feita, entenda-se em polegadas.
O comprimento das aduchas é variável em cada país e também varia para os
cabos de menor bitola. No Brasil é comum fabricar aduchas com 220 metros. O maior
cabo de fibra de três pernas usado a bordo dos navios é de 305 milímetros (12 polegadas)
de circunferência. Contudo, há cabos de fibra de 381 milímetros (15 polegadas) de
circunferência. Os cabos de quatro pernas são fabricados em tamanhos diversos a
partir de 31,7 milímetros (1 1/4 polegada). Os cabos calabroteados são fabricados de
12,7 centímetros (5 polegadas) até 61 centímetros (24 polegadas), que é o de maior
tamanho. A tabela 7-2 apresenta as características de manilha não alcatroados.
7.10. Cabos finos – São cabos de pequena bitola, assim considerados aque-
les cuja circunferência é igual ou menor que 38 milímetros (1 1/2 polegada). Eles
são empregados nos diversos trabalhos marinheiros, e são quase sempre fabrica-
dos com linho cânhamo, branco ou alcatroado. Os cabos finos são geralmente
designados pelo número dos fios de carreta que contêm, sendo de 21 fios o de
maior tamanho; podem também ser medidos pela circunferência, em milímetros ou
em polegadas. O comprimento é, em geral, medido em metros ou, nas medidas
inglesas, em jardas ou braças. No comércio são vendidos pela aducha, medida em
peso. São os seguintes os diversos tipos de cabos finos:
a. Linha alcatroada – Fabricada do mesmo modo que os cabos de massa
comuns, cochando-se três pernas compostas cada uma de 2, 3, 4, 5, 6 ou 7 fios de
carreta, formando as linhas alcatroadas de 6, 9, 12, 15, 18 ou 21 fios. É usada nos
trabalhos marinheiros em que se fizer necessário um material mais forte e mais
pesado que o merlim. É mais comumente empregada para engaiar e forrar os ca-
CABOS 309
bos, para tomar botões nos cabos grossos, para ovéns das enxárcias, degraus das
escadas de quebra-peito, massame das embarcações miúdas ou para pear os objetos
a bordo. A tabela 7-3 apresenta as características das linhas alcatroadas.
b. Mialhar – Forma-se cochando-se para a esquerda 2 ou 3 fios de carreta,
constituindo uma perna de linho cânhamo alcatroado de qualidade inferior. Serve
principalmente para forrar e engaiar os cabos, para fazer coxins, coseduras e para
os trabalhos marinheiros onde não haja necessidade de um acabamento perfeito. É
fornecido em palombas, isto é, novelos que se podem desfazer durante o trabalho,
tirando o chicote pelo centro. É usado nos tamanhos de 6 a 22 milímetros de circun-
ferência. O mialhar branco, para máquinas, serve para engaxetamento e também
para forrar tubos, na falta de amianto. É formado de uma perna de um número
variável de fios e tem 19, 25 ou mais milímetros de circunferência.
c. Merlim – Pode ser branco ou alcatroado, e é usado nas bitolas de 12,7
milímetros (1/2 polegada) a 25,4 milímetros (1 polegada) de circunferência. Distin-
gue-se do mialhar por sua confecção esmerada. Serve para tomar botões, falcaçar,
engaiar e forrar cabos, palombar e coser velas, para coxins e gaxetas e também
para todos os trabalhos marinheiros onde se deseja um bom acabamento. A tabela
7-4 fornece os dados característicos do merlim.
d. Fio de vela – Barbante naval, fino mas muito forte, utilizado para toda a
classe de costuras de lonas e couros e para falcaçar os cabos finos. É constituído
por uma perna de 2 ou 3 fios finos de linho cânhamo branco, oscilando o seu diâme-
tro de 0,6 a 1,2 milímetro.
e. Fio de palomba – É o fio de vela mais grosso, que serve para palombar,
isto é, coser as tralhas nas velas e toldos, por meio da agulha de palombar (agulha
curva). Pode-se, também, coser velas com fio de palomba. Palombadura é a costu-
ra feita nas tralhas de velas e toldos.
f. Sondareza – É uma linha calabroteada, isto é, aquela cujas pernas são
formadas pela linha alcatroada.
g. Filaça – É a reunião de pedaços de fio de carreta torcidos a mão.
h. Linha de algodão – Constituída por 6 a 24 fios de algodão, cochados em
torno de uma madre. É empregada para trincafios e aranhas das macas.
i. Fio de algodão – Composto por 3 a 8 filaças finas de algodão; é também
usado para coser, quando se exige melhor acabamento que com o fio de vela; serve
também para calafetos.
j. Fio de linho cru – Composto por 3 a 6 fios de linho branco ou em cores, é
usado para coser lona, couro etc.
l. Arrebém – Nome dado ao cabo de 1/2 polegada de circunferência (12,7
milímetros).
Se o cabo é
muito grosso
de um relógio (para os cabos cochados para a direita), a partir da maior, não ficando
bem unidas, de modo que a aducha apresente um tamanho bem maior do que
realmente vai ter. Quando se chegar ao chicote, que fica no centro da aducha,
unem-se as voltas menores e gira-se o conjunto, de modo a ir unindo todas as voltas
anteriormente dadas.
Esta aducha também é muito empregada para colher o tirador de uma talha
e, de modo geral, é usada para enfeite, sempre que não haja necessidade de uso
imediato do cabo. Seu modo de confecção permite realizar diversas figuras geomé-
tricas planas sobre o convés do navio. Um marinheiro hábil poderá, assim, idealizar
diferentes desenhos, como uma estrela, uma roda dentada, uma bandeira, uma
âncora, um remo etc. A estes trabalhos marinheiros chamamos de piegas. Fazer
piegas é confeccionar estes enfeites originais.
(I) ( II ) ( III )
Se colher na mão
Se colher na mão
direita, o polegar
esquerda, o polegar
deve estar voltado
deve estar voltado
para o chicote.
para o seio do cabo.
7.14. Uso e conservação dos cabos – Os cabos de fibra natural que exis-
tem no comércio variam muito em qualidade. Os melhores, quando bem cochados,
apresentam uma superfície lisa com poucos fiapos projetando-se fora dos fios de
carreta, mostrando-se as pernas homogêneas e lustrosas. Os cabos de segunda
cardação não servem para os serviços de bordo.
Nunca se deve tentar um esforço máximo no cabo que já tenha sofrido uma
única vez uma tensão próxima de sua carga de ruptura, nem no cabo que já tenha
sido usado em serviço contínuo, sob esforços moderados, isso porque, em razão do
limite de elasticidade, as fibras escorregam um pouco umas sobre as outras, ape-
sar da cocha, e às vezes se
partem.
Os cabos novos com
as cochas bem apertadas e
os cabos úmidos têm maior
tendência para tomar cocas
(fig. 7-15). Esta tendência
também pode ser resultado
de se ter posto o cabo e la-
borar em torno de guinchos,
cabrestantes ou roldanas,
sempre num mesmo senti-
do, pois isto altera a estrutura
do cabo. Convém, portanto,
inverter o sentido depois de
um certo tempo, fazendo o
cabo gurnir pelo outro chico-
te. Para uma espia, a regra
melhor é trocar a posição Fig. 7-15 – Resultado de colher um cabo com voltas
dos chicotes depois de cada para a esquerda
314 ARTE NAVAL
viagem. Isto não quer dizer que se deva inverter o cabo de um aparelho de laborar,
passando o chicote do tirador para a arreigada fixa e vice-versa; neste caso particular,
quando o cabo não for mais considerado em boas condições, deve ser substituído
por um novo e deixado para um serviço de menor importância.
Quando chover, as espias deverão ser colhidas sobre um xadrez de madeira
mais alto que o convés, e os tiradores das talhas colocados nos cunhos dos turcos
ou na balaustrada de modo que, estando molhados, possa a água escorrer e eles
receberem ventilação. Nas baldeações, evite que os cabos sejam molhados pela
água salgada; a umidade aumenta de 10% a resistência dos cabos de fibra e a manilha
resiste bem à ação corrosiva da água, o que entretanto não implica molhar os cabos.
Não se deve recolher aos paióis os cabos que não estejam bem secos, prin-
cipalmente as espias, que quase sempre se molham quando usadas. As espias
devem ser guardadas safas no convés, ficando a secar colhidas em aduchas de
pandeiro sobre xadrezes de madeira. Quando molhadas com água salgada, é acon-
selhável deixá-las na chuva ou dar-lhes, com mangueira, um banho de água doce, a
fim de tirar-lhes o sal. Os cristais de sal fazem os cabos absorverem mais facilmen-
te a umidade; assim, não sendo removidos, provocarão o apodrecimento mais rápido
dos cabos quando guardados nos paióis.
Os cabos devem ser guardados em paióis bem ventilados e secos; os paióis
do Mestre, colocados geralmente próximos ao compartimento de colisão, no bico
de proa, não satisfazem estes requisitos. Os cabos aí conservados devem ser leva-
dos, rotineiramente, ao convés para tomar um banho de sol, só regressando ao
paiol quando estiverem bem secos.
Os cabos que forem tesados secos, particularmente os dos aparelhos de
laborar, devem ser imediatamente solecados se molhados pela chuva. As adriças
de sinais e a da bandeira devem dar volta de modo que lhes seja permitido a contração,
se vierem a ficar molhadas pela chuva. Pode-se, ao contrário, aproveitar esta propri-
edade que têm os cabos de se contraírem quando molhados, por exemplo, nas
peias, botões e outros trabalhos marinheiros em que se dão voltas bem apertadas
com o cabo seco; quando molhadas pela ação da chuva, ou se lhes jogarmos água
em cima, as voltas ficarão mais seguras.
Não se deve alar os cabos arrastando-os sobre um chão áspero, arenoso ou
sobre pedras; isto faz cortar algumas fibras externas, enfraquecendo o cabo. Se
uma espia ficou suja de lama, deve-se lavá-la com água doce. Não deixe que os
cabos fiquem coçando uns aos outros, ou num balaústre, ou em arestas; não permi-
ta que trabalhem em roldanas de tamanho menor que o indicado, bastando para
isso consultar as tabelas respectivas no Capítulo 9. Não se deve deixar que os
cabos tomem cocas ou trabalhem sob dobras acentuadas, especialmente se forem
cabos de laborar. Se o cabo tem cocas, não o tese. Tire também as cocas de um
cabo molhado antes de deixá-lo secar.
Se tiver de emendar os cabos, lembre-se sempre que a costura, por ser mais forte,
é a emenda preferível quando não houver urgência, ou quando ela deva ser permanente.
Qualquer ácido é pernicioso à vida de um cabo e é também perigoso para os
que o estão usando. Deve-se ter o cuidado de manter os cabos afastados de ácidos
ou de gases ácidos fortes. Um cabo úmido absorve com facilidade estes gases, que
atuarão nele com rapidez.
CABOS 315
a. Sob as melhores condições (cabo novo para ser usado por pouco
tempo)
Carga de trabalho = 1/4 da carga de ruptura
7.17. Peso dos cabos – O peso de 100 metros de cabo pode ser obtido,
também, por fórmulas empíricas:
P = 0,90 c², para os cabos de massa, de linho cânhamo alcatroado, com três
pernas.
P = 0,84 c², para os cabos calabroteados de linho cânhamo.
P = 0,80 c², para os cabos de massa, de linho cânhamo branco, com três
pernas.
P = 0,70 c², para os cabos de massa, de manilha, com três pernas.
Em todos os casos, P em quilogramas, c em centímetros. As tabelas
fornecidas pelos fabricantes também indicam os pesos dos cabos.
26 d² F
(2) para um cabo de manilha novo f = ––––––––
D
Ao valor de f encontrado,devemos somar o valor da carga F que se deseja alar.
CABOS 317
c ²
Sabendo que: R = ()––
4
=> c = Ö3,06 x 16 @ 7 centímetros
d. Deseja-se conhecer qual o peso aproximado de uma aducha de 200
metros de cabo de manilha, de três cordões, de 7 centímetros de circunfe-
rência (art. 7.17)
Aplicando a fórmula do art. 7.17, teremos para 200 metros:
P = 2 x 0,70 x 7² = 68,6 quilogramas
Consultando a tabela 7-2 encontramos : P = 200 x 0,335 = 67 quilogramas.
318 ARTE NAVAL
g. Deseja-se saber qual o cabo de menor bitola que, usado com duas
pernadas (n = 2), pode substituir uma espia de 7 centímetros (art. 7.19, a)
2
(
(C
c
72
n = –––– = –––––
c 2
49
= –––––
c2
=> 2c2 = 49 => c = 4,95cm
Comparação da carga de
até 105 até 100 85 - 90 100
ruptura úmido/seco (%)
Alongamento em 75% da
40% 37% 42% 29%
carga de ruptura
Uma torção
Uma torção
Fio
d
Fig. 7-16 – Arquitetura de um
cabo torcido
S
S
Uma torção Z
Cabo
Z (torção Z)
S (torção S)
Perna
Fios retorcidos a 3
Fio torcido
Fio primário
N á i l o n t r a nç a d o
48 pol 40 pol 20%
d up l o
N á i l o n t r a nç a d o 40 pol 30 pol 40 %
P o l i p r o p i l e no
36 pol 30 pol 20%
to rc i d o
To r c i d o b a i xa m e l ho r a lta
Tr a n ç a d o d u p l o a lta pior b a i xa
Tr a n ç a d o mé d i a mé d i a a l t ís s i m a
326 ARTE NAVAL
C AR GA D E R E S IS T Ê N C IA
M AT É R I A - P R I M A E L AS T IC ID AD E
RUPTURA À AB R AS ÃO
Ná i lo n a lta m e l ho r a lta
P o li é s te r mé d i a boa b a i xa
P o l i p r o p i l e no b a i xa pior mé d i a
Observações:
(1) em determinadas aplicações, a elasticidade é uma vantagem;
(2) cabos de náilon e poliéster praticamente não sofrem decréscimo na carga
de ruptura decorrente da exposição à luz solar; mas os de polipropileno sim. Os
cabos de polipropileno podem perder até 40% de sua resistência à ruptura em 3
meses de exposição ao sol tropical;
(3) quando um cabo sintético é submetido à tração, ele estica; ao retirar-se a
carga, ele volta ao comprimento original. Esta recuperação, no entanto, leva algum
tempo. Se um cabo foi submetido a tração elevada por muito tempo, a sua recupe-
ração total pode levar um mês. Felizmente, a maior parte desta recuperação ocorre
nos primeiros três minutos após cessar a tração. Esta característica dos cabos
sintéticos é chamada de memória. Por causa da memória, cabos sintéticos não
devem ser aduchados em sarilhos tracionados por motores ou similar. Se um cabo
é colocado num sarilho, com tração motor (tensionado), as voltas em seu tambor
entrarão apertadas, não havendo espaço para que o cabo recupere o seu compri-
mento original; então o cabo continuará a recuperação no sarilho, ficando cada vez
mais apertado; em muitos casos, isto causará avaria ao sarilho e ao cabo por oca-
sião de sua retirada; e
(4) os cabos sintéticos que forem submetidos a grandes trações podem apre-
sentar áreas brilhantes onde o cabo atritou contra cabeços e buzinas. Essas áreas
brilhantes são causadas pela fusão das fibras de náilon ou pela tinta dos acessórios
onde o cabo atritou. Após longos períodos de uso, o cabo pode se apresentar cabe-
ludo. Nos dois casos, o efeito sobre a resistência à ruptura é desprezível. Quando
tal situação for excessiva e localizada, a parte danificada deve ser cortada, e feita
emenda através de uma costura.
+/- 1 0 %
a té 1 4 mm XXX
+/- 5 %
a c i ma d e 1 4 a té 9 6 mm 243a a961mm
2
+ 10%
a té 8 mm XXX
- 2%
+ 8%
a c i ma d e 8 a té 1 4 mm XXX
- 2%
+ 6%
a c i ma d e 1 4 a té 4 8 mm 24 3a 48
a 6mm
- 2%
+ 5%
a c i ma d e 4 8 a té 9 6 mm 56 7a 96
a 1mm
2
- 2%
(3) cor;
(4) diâmetro nominal (em mm ou pol.) e circunferência nominal (em mm ou
pol.);
(5) comprimento, em metros;
(6) extremidades; e
(7) norma de especificação.
Exemplo: cabo torcido, 3 pernas, poliéster, branco, DN 40mm, circunferência
tal, com mãos protegidas, conforme especificação tal.
f. Marcação / identificação – As bobinas serão obrigatoriamente identificadas
por etiqueta ou pintura, de modo indelével e legível, com as seguintes informações:
qualidade e tipo do cabo; circunferência (pol.) ou número de bitola do cabo; compri-
mento do cabo; pesos bruto e líquido; nome do fabricante; número de identificação
da bobina; e data de fabricação. Os fios do cabo devem ser identificados de acordo
com o quadro a seguir.
F IO C OR N AT U R AL C O R AD I T I VA
Ná i lo n b r a nc a ____
P o li é s te r b r a nc a p re ta
P o l i e t i l e no b r a nc a a zul
P o l i p r o p i l e no b r a nc a l a r a nj a o u p r e t a
7.31. Definições
a. Arames ou fios (fig. 7-22) –
Fios de aço carbono ou aço liga, obti-
dos por laminação ou trefilação. Os
fios devem ser contínuos;se
necessárias, emendas são admitidas,
desde que realizadas antes do
torcimento dos fios para formação das
pernas e por caldeamento ou solda
elétrica (de topo).
b. Perna (fig. 7-22) – Conjunto
de fios torcidos, em forma de hélice,
podendo ou não ter um núcleo ou alma,
de material metálico ou não.
c. Cabo de aço (fig. 7-22) –
Conjunto de pernas dispostas em forma
de hélice, podendo ou não ter um
centro ou alma, de material metálico
ou não, constituindo-se em um ele-
mento flexível de transmissão de força.
d. Cabo de aço polido – Cabo
Fig. 7-22 – Nomenclatura
de aço constituído por fios de aço, sem
qualquer revestimento.
e. Cabo de aço galvanizado – Cabo de aço constituído por fios de aço
galvanizados na sua bitola final, sem trefilação posterior.
f. Cabo de aço galvanizado retrefilado – Cabo de aço constituído por fios
de aço galvanizados em uma bitola intermediária, retrefilados posteriormente.
g. Alma (fig. 7-22) – Núcleo em torno do qual as pernas são dispostas em
forma de hélice. Nos cabos de fibra recebe a denominção de madre do cabo. A alma
pode ser constituída de fibras natural ou artificial, podendo ainda ser formada por
uma perna ou um cabo de aço independente. Os seguintes tipos de almas são
fabricados:
· AF (Alma de Fibra Natural) – constituída de fibra natural, podendo ser de
sisal, algodão, juta etc.;
· AFA (Alma de Fibra Artificial) – constituída de fibra sintética, podendo
ser de náilon, polipropileno, polietileno ou sucedâneo;
· AAIC – alma constituída de cabo independente; e
· AA – alma constituída preferencialmente do mesmo grau, mesma construção
e número de fios iguais ao das outras pernas que constituem o cabo.
h. Construção – Termo genérico para indicar o número de pernas, o número
de fios de cada perna e a sua disposição, o tipo de alma e a torção (cocha) do cabo.
i. Composição dos cabos – Maneira como os fios estão dispostos nas
pernas, podendo ser de dois tipos: cabos compostos com fios de mesmo diâmetro
ou de diâmetros diferentes (Filler, Seale e Warrington).
332 ARTE NAVAL
Para um mesmo diâmetro de perna, quanto maior for o número de fios maior
será a flexibilidade do cabo. Também serão mais flexíveis os cabos cujas pernas
tiverem uma alma de fibra, em vez da alma de aço. O uso da alma de fibra não
somente contribui para a flexibilidade, mas tem ainda a vantagem de constituir um
coxim, no qual as pernas dos fios se apertam quando o cabo se distende sob o
esforço de uma tensão forte, agindo assim, com a elasticidade própria do fio e a
espiral das torcidas, para reduzir o efeito de uma lupada. Sempre que o cabo for
lubrificado, a alma absorve uma parte do lubrificante, servindo como depósito para
a lubrificação dos fios internos, diminuindo deste modo o atrito mútuo interior. A
resistência de um cabo de determinado tipo depende do diâmetro e da matéria-
prima de que é feito.
Os cabos de aço empregados a bordo são classificados em tipos padrões,
entre eles: 6x7; 6x12; 6x19; 6x24; 6x37. O número 6 indica o número de pernas e
o segundo número mostra quantos fios tem cada perna. Assim, um cabo 6 x 12
tem seis pernas de 12 fios. O mais usado é o de 6 x 37, considerado aquele em
que se reúnem as melhores qualidades desejadas de um cabo de aço, realizando
a combinação ideal entre a resistência e a flexibilidade.
Há também outros tipos para serviços especiais, como os cabos de aço
cujas pernas são percintadas exteriormente por uma percinta de aço, usados nos
serviços de salvamento de navios. Os cabos cujas pernas são forradas por um
merlim especial de linho cânhamo são muito usados nos navios mercantes. Há os
cabos cujas pernas têm fios mais grossos na parte externa, a fim de melhor resistir
ao desgaste pelo uso, e os de fios mais finos no interior, para dar maior flexibilida-
de, pois sabemos que, para um mesmo diâmetro, a flexibilidade varia na razão
inversa da grossura dos fios. Para satisfazer requisitos para diferentes serviços,
os fabricantes disponibilizam no comércio grande variedade de tipos de cabos de
aço.
R E S IS T Ê N C IA À T R AÇ ÃO D E N OMIN AÇ ÃO AME R IC AN A
(e m k g /mm²) C OR R E S P ON D E N T E
200 a 230 E xt r a Im p r o ve d P l o w S t e e l ( E . I. P. S . )
180 a 200 Im p r o ve d P l o w S t e e l ( I. P. S . )
160 a 180 P l o w S t e e l ( P. S . )
140 a 160 M i l d P l o w S t e e l ( M . P. S . )
com a qualidade do material nos arados, para o que qualquer qualidade inferior
serve. O MPS empregado nos cabos tem a seguinte composição: carbono, de
0,50 a 0,95, dependendo do diâmetro do fio; fósforo e enxofre, até 0,050; manganês
e silício, em quantidades diversas. Ele é mais duro e sua resistência é 2,5 vezes
maior que a do ferro. Sua resistência de tração está representada pela carga
nominal de ruptura mínima de 1.370 N/mm2 (aproximadamente 140kg/mm2).
O Plow Steel (PS) é um aço de melhor qualidade, de grande resistência,
cerca de 3 vezes maior que a do ferro. O cabo fabricado deste material é empregado
no mar para reboque e serviços de salvamento, para o que se exige uma grande
resistência e o menor peso possível. Este é o material mais forte empregado nos
cabos de aço de bordo. Sua resistência de tração está representada pela carga
nominal de ruptura mínima de 1.570 N/mm2 (aproximadamente 160kg/mm2).
O Improved Plow Steel (IPS) e o Extra Improved Plow Steel (EIPS) são aços
de qualidades superiores, com resistência à tração representada, respectivamen-
2
te, pela carga nominal de ruptura mínima de 1.770N/mm (aproximadamente 180
2 2 2
kg/mm ) e 1.960 N/m (aproximadamente 200 kg/m ). São geralmente recomenda-
dos para trabalhos pesados, como, por exemplo, serviços de terraplenagem em
geral, perfurações de poços de petróleo, dragagens e outros usos.
As pernas, uma vez prontas, são enroladas em bobinas para depois forma-
rem os cabos por meio das máquinas de acabamento. A resistência de um cabo de
aço é de 80 a 95% da soma das resistências de seus fios, dependendo do tipo de
manufatura.
Os cabos de aço, depois de manufaturados, são sempre sujeitos a esforços
experimentais de tração e flexão, determinando-se ainda a força elástica e o
alongamento de cada um. Os cabos de fibra não permitem estas experiências
individuais sob grandes esforços; nem mesmo se costuma fazer neles a inspeção
visual, metro por metro, que é feita nos cabos de aço, a fim de se localizar qualquer
defeito. Daí a maior confiança que sempre mereceram os cabos de aço.
7.36. Medição dos cabos de aço – A medição da bitola dos cabos de aço
geralmente é feita pelo seu diâmetro, em milímetros, ou em polegadas. Ao medi-
los, deve-se ter o cuidado de colocar o calibre no sentido da maior grossura, isto é,
na direção de duas pernas opostas, pois o diâmetro do cabo é o da circunferência
que o circunscreve.
Para a medida precisa do diâmetro de um cabo de aço, devemos utilizar um
calibre como é indicado na figura 7-25, e em três partes do cabo distantes entre si
de, pelo menos, 1,5 metro; a média destes três diâmetros será o diâmetro do cabo.
A bitola dos cabos de aço empregados a bordo vai desde 1/4 até 2 3/4 polegadas de
diâmetro. O comprimento é medido em metros.
Quadro. B – As pernas dos dois cabos serão separadas nas extremidades, até
o ponto de amarração. As pernas de um dos cabos serão designadas, sucessivamente,
“A – F” e as do outro “a – f “. As pernas “B, D, F” e “a, c, e” serão encurtadas e a alma de
fibra será cortada à altura da amarração.
Quadro D – As amarrações serão soltas. A perna “a” será torcida para fora do
conjunto num comprimento de 10 m, e a perna “A” será torcida para dentro do respectivo
espaço vazio. Da mesma forma, se procede com as pernas “B” e ”b”.
342 ARTE NAVAL
Quadro E - As pernas “c” e D” serão torcidas para fora das extremidades dos
respectivos cabos, num comprimento de 6 m, e as pernas “e” e “F” num comprimento de
2 m, contados e partir do ponto de junção dos cabos, e as respectivas pernas serão
torcidas para dentro dos espaços anteriormente esvaziados.
( a ) Errado
1
2
( b ) Certo
1 2
3 4
Cabo de aço em coca. Para retirá-la desfaz-se a dobra no sentido das setas.
mação ocorre nos primeiros dias ou semanas de serviço do cabo de aço, dependendo
da carga aplicada. Nos cabos comuns, o seu valor pode ser aproximadamente de
0,50% a 0,75% do comprimento do cabo sob carga.
Ela pode ser quase totalmente removida por um pré-esticamento do cabo de
aço. Essa operação é feita por um processo especial e com uma carga que deve ser
maior do que a carga de trabalho do cabo e inferior à carga correspondente ao limite
elástico do mesmo. Cabos pré-esticados são fabricados para aplicação em servi-
ços especiais, como por exemplo nas pontes pênseis.
7.43.2. Deformação elástica – A deformação elástica é diretamente propor-
cional à carga aplicada e ao comprimento do cabo, e inversamente proporcional ao
seu módulo de elasticidade e área metálica.
DL = deformação elástica
PxL P = carga aplicada
DL = –––––––– L = comprimento do cabo
E x Am E = módulo de elasticidade
Am = área metálica
7.44. Cuidados com os cabos fixos – Os cabos para o aparelho fixo, além de
galvanizados, podem ser engaiados e percintados (art.8.77) e depois então cobertos
com alcatrão. O alcatrão deve ser renovado em intervalos de tempo regulares, geral-
mente de seis em seis meses. Se o cabo não for galvanizado, deverá ser coberto com
uma mistura de zarcão e óleo de linhaça fervido, antes de ser engaiado e percintado.
Os macacos de tesar devem ser protegidos na parte roscada com uma cama-
da de graxa espessa, mas não é boa a prática de cobri-los com lona; a lona, por mais
CABOS 347
bem costurada que seja, sempre deixa passar a umidade, a qual atacará o ferro nos
pontos que não foram bem protegidos pela graxa.
De um modo geral, todo o aparelho fixo, e em especial os estais, patarrases,
amantilhos, espinhaços e vergueiros de toldos que não são forrados, devem ser
tratados, rotineiramente, com lubrificantes e preservativos indicados pelo fabricante
dos cabos.
( a ) Certo ( b ) Errado
Certo
Errado
Um acidente com cabo de aço é, na certa, devido a descuido. Uma falha devido
a coca ou a uma dobra excessiva é bastante visível. Se considerarmos que o cabo de
aço tem sua alma de fibra bem lubrificada, e é usado sempre em roldanas apropriadas,
os fios se romperão, primeiramente, no lado externo das pernas, e a redução do
diâmetro, nessas partes, dá o primeiro indício de que o cabo já está cansado.
Cabo que sofreu amassamento e tomou a Ruptura de cabo de aço que soltou da
forma “espiral” por enrolamento desor- polia e ficou dobrado e preso no eixo
denado em tambor de pequenas dimensões da mesma.
ou cargas elevadas
pode ser ligeiramente maior que o seu valor nominal dado nas tabelas. A figura 7-35
apresenta ilustrações referentes à relação entre a bitola do cabo e o diâmetro do
goivado. A tabela 7-18 mostra a tolerância para o excesso do diâmetro do goivado
sobre o diâmetro nominal do cabo.
Circunferência do goivado
Cabo
Cabo Calibre
(A) (B)
(C) (E)
(D)
Cabo grande demais pro- Calibre para medir o
vocará o alargamento do Cabo novo num goivado goivado.
goivado. alargado pelo uso.
7.50. Desgaste dos cabos laborar – Quando um cabo de aço labora numa
roldana, o atrito dos fios externos tende a torcê-lo. Quanto menor a roldana, maior a
torção, em conseqüência de maior atrito, e também maior a pressão do cabo sobre
o seu goivado. Esta torção, sob pressão, faz com que o cabo deforme a roldana,
produzindo arestas vivas que irão depois ferir os fios externos do cabo, reduzindo a
vida deste. Para impedir que isso ocorra usam-se roldanas de aço fundido ou de aço
manganês. Uma prática muito prejudicial a um cabo é fazê-lo laborar numa roldana
desgastada e corrugada por um cabo avariado.
Os cabos de laborar ficam inutilizados devido a: (1) desgaste por atrito; (2)
defeito do material, contribuindo para que os fios se partam; (3) dobras acentuadas
e cocas; (4) corrosão, interna e externa; e (5) fadiga do material dos fios. Todas
estas causas resultarão no rompimento dos fios e, se não houver corrosão interna,
é possível estimar, com relativa segurança, por simples inspeção visual, quando há
necessidade de substituir o cabo (art.7.46.2).
354 ARTE NAVAL
o cabo deixar vazios entre as voltas de enrolamento no tambor, fazendo com que a
camada superior entre nesses vazios, proporcionando um enrolamento desordenado,
com todas as maléficas conseqüências para a vida do cabo.
7.52. Principais tipos dos cabos de aço usados a bordo – O quadro abaixo
apresenta os principais cabos de aço utilizados a bordo:
6 x 7 + AF C a b o c o m 6 p e r na s e nr o l a d a s e m t o r no d a a l m a d e f i b r a ( A F ) ,
A Ç O MP S c a d a p e r na c o m 7 f i o s .
6 x 7 + AA C a b o c o m 6 p e r na s e nr o l a d a s e m t o r no d a a l m a d e a ç o ( A A ) ,
A Ç O MP S c a d a p e r na c o m 7 f i o s .
6 x 1 9 +A F C a b o c o m 6 p e r na s e nr o l a d a s e m t o r no d a a l m a d e f i b r a ( A F ) ,
A Ç O MP S c a d a p e r na c o m no m íni m o 1 6 f i o s e no m á xi m o 2 6 f i o s .
6 x 19 + AF C a b o c o m 6 p e r na s e nr o l a d a s e m t o r no d a a l m a d e f i b r a ( A F ) ,
AÇO PS c a d a p e r na c o m no m íni m o 1 6 f i o s e no m á xi m o 2 6 f i o s
6 x 19 + AA C a b o c o m 6 p e r na s e nr o l a d a s e m t o r no d a a l m a d e f i b r a ( A A ) ,
A Ç O MP S c a d a p e r na c o m no m íni m o 1 6 f i o s e no m á xi m o 2 6 f i o s .
6 X 19 + AA C a b o c o m 6 p e r na s e nr o l a d a s e m t o r no d a a l m a d e f i b r a ( A A ) ,
AÇO PS c a d a p e r na c o m no m íni m o 1 6 f i o s e no m á xi m o 2 6 f i o s .
6 X 37 + AF C a b o c o m 6 p e r na s e nr o l a d a s e m t o r no d a a l m a d e f i b r a ( A F ) ,
AÇO PS c a d a p e r na c o m no m íni m o 2 7 f i o s e no m á xi m o 4 9 f i o s .
6 x 19 ou 6 x 37 (percinta-
do): consta de seis pernas cobertas
por percintas de aço. A percinta pro-
tege o cabo contra o desgaste pelo
uso. É um cabo especialmente fabri-
cado para reboques pesados; é utili-
zado em navios de salvamento (fig.
7-37f). Fig. 7-37f – Cabo 6 x 19, percintado
CABOS 357
5 x 19: cabo de aço forrado de merlim. Usado nos navios mercantes, para os
serviços gerais de bordo. É constituído por 5 pernas de 19 fios, sendo cada perna
forrada com merlim. Possui boa
flexibilidade e é muito mais forte que
o cabo de manilha de mesmo
diâmetro; o cabo deste tipo, de 1”
de diâmetro, tem uma carga de
ruptura de 12.000 kg, ao passo que
o cabo de manilha de mesma bitola
tem uma carga de ruptura de 3.400
Fig. 7-37h – Cabo 5 x 19, forrado de merlim kg (fig. 7-37h).
D IÂMETR O N OMIN AL D OS
TOLER ÂN C IAS (mm)
C AB OS (mm)
0 até 19 + 0,80
aci ma de 57 + 3,20
358 ARTE NAVAL
(2) presença de emendas (por solda ou não) tanto nas pernas quanto nos
cabos depois de prontos;
(3) falta de uniformidade nos diâmetros dos fios ou cabos, consideradas as
tolerâncias padronizadas;
(4) presença de fios rompidos ou com sinais de corrosão;
(5) presença ou sinais de apodrecimento ou rompimento da alma de fibra;
(6) deslizamento de pernas em torno da alma;
(7) ausência ou falhas na camada de zinco nos fios;
(8) ausência ou lubrificação insuficiente;
(9) embalagem em desacordo com as normas previstas;
(10) ausência ou marcação incompleta;
(11) inexistência dos certificados necessários.
C aracterísticas dos cabos de sisal (torcido com 3 pernas / trançados com 8 pernas)
C arga de
B itola
C ircunferência Massa linear do cabo sob pré-tensão ruptura à
(D N )
tração
mm pol. mm kg m kg kg
Observações:
(1) para os cabos de sisal, adotar uma carga de ruptura igual a 80% da indicada nesta tabela;
(2) para os cabos de quatro cordões, a carga de ruptura é aproximadamente a mesma e o peso é
de 5 a 7% maior que o do cabo de três cordões;
(3) a carga de trabalho é cerca de 5 vezes menor que a carga de ruptura; e
(4) para identificação dos sete cabos de menor bitola, damos o número de fios de carreta de cada uma.
366 ARTE NAVAL
TA B E L A 7 - 3
L in h a a lc a tro a d a (lin h o c â n h a mo )
Nº. de Peso da
Peso por C arg a d e
fio s d e C irc u n fe rê n c ia aducha
me tro ru p tu ra
c a rre ta de 183 m
mm P o l. kg kg kg
6 1 9 ,0 3 /4 0 ,0 4 5 8 ,2 295
9 2 5 ,4 1 0 ,0 6 2 11 , 3 454
12 2 8 ,6 1 1 /8 0 ,0 8 7 1 5 ,9 635
15 3 1 ,8 1 1 /4 0 , 111 2 0 ,4 816
18 3 4 ,9 1 3 /8 0 ,1 3 1 2 4 ,0 950
21 3 8 ,1 1 1 /2 0 ,1 4 9 2 7 ,2 1 .0 9 0
TA B E L A 7 - 4
Nº. de
Peso por C arg a d e
fio s d e C irc u n fe rê n c ia
me tro ru p tu ra
c a rre ta
mm P o l. g kg
4 1 2 ,7 1 /2 2 3 ,5 166
6 1 5 ,9 5 /8 2 9 ,7 254
9 2 2 ,2 7 /8 4 0 ,9 318
12 2 5 ,4 1 5 2 ,0 433
Tolerâncias de bitolas
2 16 e i nferi or a 3 24 1/8 3
3 24 e i nferi or a 4 32 3/16 4
4 32 e i nferi or a 6 48 1/4 6
6 48 e i nferi or a 7 56 3/8 10
7 56 e i nferi or a 8 64 1/2 13
8 64 e i nferi or a 10 80 5/8 16
10 80 e i nferi or a 12 96 3/4 19
CABOS 367
24 1 76 3 37,5 82 5 12.028
24 1 76 3 46 101 5 9.137
24 1 76 3 29,5 65 5 6.119
24 1 76 3 26 57 5 7.597
TA B E L A 7 - 1 0
Cabos de aço 6 x 7
AL MA F IB R A AL MA F IB R A AL MA AÇ O
a lma a lma
mm p o l. kn kgf kn kgf kn kgf
fib ra aço
4 ,8 3 /1 6 0 ,0 7 8 0 ,0 8 6 11 , 6 1 .1 8 2 1 3 ,2 1 .3 4 6 1 4 ,2 1 .4 4 8
6 ,4 1 /4 0 ,1 4 0 0 ,1 5 4 2 0 ,5 2 .0 9 0 2 3 ,4 2 .3 8 6 2 5 ,2 2 .5 6 9
8 ,0 5 /1 6 0 ,2 2 0 0 ,2 4 4 3 1 ,7 3 .2 3 2 3 7 ,6 3 .8 3 4 4 0 ,7 4 .1 5 0
9 ,5 3 /8 0 ,3 1 0 0 ,3 4 1 4 5 ,4 4 .6 2 9 5 2 ,1 5 .3 1 3 5 6 ,0 5 .7 1 0
11 , 5 7 /1 6 0 ,4 3 0 0 ,4 7 3 6 1 ,4 6 .2 6 1 7 0 ,5 7 .1 8 9 7 5 ,8 7 .7 2 9
1 3 ,0 1 /2 0 ,5 6 0 0 ,6 2 7 7 9 ,7 8 .1 2 7 9 1 ,6 9 .3 4 1 9 8 ,5 1 0 .0 4 4
1 4 ,5 9 /1 6 0 ,7 1 0 0 ,7 8 1 101 1 0 .2 9 9 11 6 11 . 8 2 9 125 1 2 .7 4 7
1 7 ,5 11 / 1 6 1 ,0 5 0 1 ,1 3 0 154 1 5 .7 0 0 - - - -
2 9 ,0 1 1 /8 2 ,8 3 0 3 , 11 3 385 3 9 .2 6 1 443 4 5 .1 7 6 - -
3 2 ,0 1 1 /4 3 ,4 8 0 3 ,8 2 8 471 4 8 .0 3 1 542 5 5 .2 7 2 - -
3 6 ,0 1 3 /8 4 ,2 3 0 4 ,6 5 3 565 5 7 .6 1 7 649 6 6 .1 8 3 - -
3 8 ,0 1 1 /2 5 ,0 3 0 5 ,5 3 3 666 6 7 .9 1 7 766 7 8 . 11 5 - -
372 ARTE NAVAL
TA B E L A 7 - 11
Cabos de aço 6 x 19
C AR GA D E R U P T U R A MÍN IMA C OR R E S P ON D E N T E AO
P eso ap ro x. GR AU D E T E N S ÃO N OMIN AL
B ito la k g /m 1 .3 7 0 N /mm² 1 .5 7 0 N /mm² 1 .7 7 0 N /mm²
(D N )
(MP S ) (P S ) (IP S )
AL MA AL MA AL MA F IB R A AL MA F IB R A AL MA F IB R A AL MA AÇ O
4 ,8 3 /1 6 0 ,0 8 8 0 ,0 9 6 - - 11 , 6 1 .1 8 2 1 3 ,7 1 .3 9 7 1 4 ,7 1 .4 9 4
6 ,4 1 ,4 0 ,1 5 6 0 ,1 7 2 - - 2 0 ,5 2 .0 9 0 2 4 ,3 2 .4 7 8 2 6 ,1 2 .6 6 1
8 ,0 5 /1 6 0 ,2 4 4 0 ,2 6 7 - - 3 1 ,7 3 .2 3 2 3 7 ,9 3 .8 6 4 4 0 ,7 4 .1 5 0
9 ,5 3 /8 0 ,3 5 1 0 ,3 9 0 - - 4 5 ,4 4 .6 2 9 5 4 ,2 5 .5 2 7 5 8 ,3 5 .9 4 5
11 , 5 7 /1 6 0 ,4 7 6 0 ,5 2 8 - - 6 1 ,4 6 .2 6 1 7 3 ,6 7 .5 0 5 7 9 ,0 8 .0 5 6
13 1 /2 0 ,6 2 5 0 ,6 8 4 - - 8 3 ,2 8 .4 8 4 9 5 ,2 9 .7 0 8 102 1 0 .4 0 1
35 1 3 /8 4 ,7 3 0 5 ,2 1 0 - - - - 691 7 0 .4 6 7 743 7 5 .7 6 9
38 1 1 /2 5 ,6 2 5 6 ,1 9 0 - - - - 818 8 3 .4 1 8 880 8 9 .7 4 0
42 1 5 /8 6 ,6 0 7 7 ,2 6 0 - - - - 952 9 7 .0 8 3 1 .0 2 0 1 0 4 .0 1 7
45 1 3 /4 7 ,6 6 4 8 ,4 4 0 - - - - 1 .1 0 0 11 2 . 1 7 6 1 .1 8 0 1 2 0 .3 3 4
48 1 7 /8 8 ,7 9 5 9 ,6 7 0 - - - - 1 .2 5 0 1 2 7 .4 7 2 1 .3 5 0 1 3 7 .6 7 0
52 2 1 0 ,0 0 0 11 , 0 0 0 - - - - 1 .4 2 0 1 4 4 .8 0 9 1 .5 3 0 1 5 6 .0 2 6
54 2 1 /8 - 1 2 .4 0 0 - - - - - - 1 .7 1 0 1 7 4 .3 8 3
58 2 1 /4 - 1 3 ,9 0 0 - - - - - - 1 .9 1 0 1 9 4 .7 7 8
60 2 3 /8 - 1 5 ,5 0 0 - - - - - - 2 .1 3 0 2 1 7 .2 1 3
64 2 1 /2 - 1 7 .3 0 0 - - - - - - 2 .3 3 0 2 3 7 .6 0 9
67 2 5 /8 - 1 9 ,0 0 0 - - - - - - 2 .5 6 0 2 6 1 .0 6 4
71 2 3 /4 - 2 0 ,8 0 0 - - - - - - 2 .7 9 0 2 8 4 .5 1 9
74 2 7 /8 - 2 2 ,8 0 0 - - - - - - 3 .0 3 0 3 0 8 .9 9 4
77 3 - 2 4 ,7 0 0 - - - - - - 3 .2 9 0 3 3 5 .5 0 8
80 3 1 /8 - 2 6 ,8 0 0 - - - - - - 3 .5 5 0 3 6 2 .0 2 3
83 3 1 /4 - 2 9 ,0 0 0 - - - - - - 3 .8 2 0 3 8 9 .5 5 7
87 3 3 /8 - 3 1 ,3 0 0 - - - - - - 4 .0 8 0 4 1 6 .0 7 1
90 3 1 /2 - 3 3 ,8 0 0 - - - - - - 4 .3 7 0 4 4 5 .6 4 5
96 3 3 /4 - 3 8 ,7 0 0 - - - - - - 4 .9 6 0 5 0 5 .8 1 2
102 4 - 4 4 ,0 0 0 - - - - - - 5 .5 8 0 5 6 9 .0 3 8
CABOS 373
C abo de aço 6 x 12 + AF
mm pol. kg/m hn kg f hn kg f
C arga de ruptura
B itola (D N ) Peso aprox. em mínima efetiva em kg
em polegadas kg/m
160 - 180 kg/mm² (PS)
TAB E L A 7 - 1 5
Cabos de aço 8 x 19
AL MA F IB R A AL MA D E AÇ O AL MA AÇ O
13 1 /2 0 ,5 8 0 0 ,7 0 0 82 8 .3 6 2 90 9 .1 7 8 104 1 0 .6 0 5
1 4 ,5 9 /1 6 0 ,7 4 0 0 ,8 9 0 103 1 0 .5 0 3 11 3 11 . 5 2 3 131 1 3 .3 5 9
22 7 /8 1 ,7 8 0 2 ,0 2 0 246 2 5 .0 8 6 271 2 7 .6 3 6 3 11 3 1 .7 1 5
42 1 5 /8 6 ,1 2 0 7 ,3 6 0 897 9 1 .4 7 4 987 1 0 0 .6 5 2 1 .1 3 6 11 5 . 8 4 7
45 1 3 /4 7 ,0 3 0 8 ,4 4 0 1 .0 3 0 1 0 5 .0 3 7 1 .1 3 3 11 5 . 5 4 1 1 .3 0 3 1 3 2 .8 7 7
48 1 7 /8 7 ,9 9 0 9 ,6 1 0 1 .1 8 7 1 2 1 .0 4 8 1 .2 9 5 1 3 2 .0 6 2 1 .4 9 1 1 5 2 .0 4 9
52 2 9 ,0 2 0 1 0 ,8 0 0 1 .3 2 4 1 3 5 .0 1 9 1 .4 5 6 1 4 8 .4 8 0 1 .6 6 7 1 6 9 .9 9 7
54 2 1 /8 1 0 ,1 0 0 1 2 ,2 0 0 1 .4 8 1 1 5 1 .0 2 9 1 .6 2 8 1 6 6 .0 2 0 1 .8 7 3 1 9 1 .0 0 5
58 2 1 /4 11 , 3 0 0 1 3 ,5 0 0 1 .6 5 7 1 6 8 .9 7 8 1 .8 2 4 1 8 6 .0 0 8 2 .0 9 9 2 1 4 .0 5 2
60 2 3 /8 1 2 ,5 0 0 1 5 ,0 0 0 1 .8 3 4 1 8 7 .0 2 8 2 .0 2 0 2 0 5 .9 9 6 2 .3 2 4 2 3 6 .9 9 7
64 2 1 /2 1 4 ,2 0 0 1 7 ,1 0 0 2 .0 8 9 2 1 3 .0 3 2 2 .2 9 5 2 3 4 .0 4 0 2 .6 4 8 2 7 0 .0 3 8
67 2 5 /8 1 5 ,6 0 0 1 8 ,7 0 0 2 .2 8 5 2 3 3 .0 2 0 2 . 5 11 2 5 6 .0 6 7 2 .8 9 3 2 9 5 .0 2 3
71 2 3 /4 1 7 ,5 0 0 2 1 ,0 0 0 2 .5 6 9 2 6 1 .9 8 2 2 .8 2 4 2 8 7 .9 8 6 3 .2 5 6 3 3 0 .2 2 3
74 2 7 /8 1 9 ,0 0 0 2 2 ,8 0 0 2 .7 9 5 2 8 5 .0 2 9 3 .0 7 0 3 1 3 .0 7 3 3 .5 3 1 3 6 0 .0 8 5
77 3 2 0 ,6 0 0 2 4 ,7 0 0 3 .0 2 1 3 0 8 .0 7 6 3 .3 2 5 3 3 9 .0 7 8 3 .8 2 5 3 9 0 .0 6 7
CABOS 377
TAB E L A 7 - 1 6
C a b o s d e a ç o 1 8 x 7 (n ã o ro ta tiv o s )
6 ,4 1 /4 0 ,1 6 0 0 ,1 7 0 23 2 .3 4 5 25 2 .5 4 9
8 ,0 5 /1 6 0 ,2 5 0 0 ,2 6 0 36 3 .6 7 1 40 4 .0 7 9
9 ,5 3 /8 0 ,3 6 0 0 ,3 8 0 52 5 .3 0 2 57 5 .8 1 2
11 , 5 7 /1 6 0 ,4 9 0 0 ,5 2 0 71 7 .2 4 0 78 7 .9 5 4
1 3 ,0 1 /2 0 ,6 4 0 0 ,6 7 0 88 8 .9 7 4 96 9 .7 8 9
1 4 ,5 9 /1 6 0 ,8 2 0 0 ,8 6 0 11 0 11 . 2 1 7 121 1 2 .3 3 9
1 6 ,0 5 /8 1 ,0 1 0 1 ,0 6 0 136 1 3 .8 6 9 149 1 5 .1 9 4
1 9 ,0 3 /4 1 ,4 4 0 1 ,5 2 0 194 1 9 .7 8 3 214 2 1 .8 2 3
2 2 ,0 7 /8 1 ,9 6 0 2 ,0 7 0 282 2 8 .7 5 7 289 2 9 .4 7 1
2 6 ,0 1 2 ,5 7 0 2 ,7 1 0 341 3 4 .7 7 4 375 3 8 .2 4 1
2 9 ,0 1 1 /8 3 ,2 6 0 3 ,4 2 0 429 4 3 .7 4 8 472 4 8 .1 3 3
3 2 ,0 1 1 /4 4 ,0 2 0 4 ,2 3 0 527 5 3 .7 4 2 579 5 9 .0 4 5
3 5 ,0 1 3 /8 4 ,8 7 0 5 ,1 0 0 634 6 4 .6 5 4 697 7 1 .0 7 8
3 8 ,0 1 1 /2 5 ,7 9 0 6 ,0 7 0 751 7 6 .5 8 5 826 8 4 .2 3 4
378 ARTE NAVAL
VALOR ES D E A
TIPO D O C AB O
Média recomendada Mínimo
6x7 72 42
6 x 12 54 36
6 x 19 45 30
6 x 24 36 24
6 x 37 27 18
8 x 19 31 21
8 x 37 31 24
D IÂMETR O N OMIN AL
Tolerância mínima
EM POLEGAD AS