Libras Complementação
Libras Complementação
Libras Complementação
1. Língua e Linguagem 5
Distinção entre Língua e Linguagem 5
Língua de Sinais Brasileira considerada como Língua 7
Língua 10
O que é um Mito? 12
Surdos e ouvintes 14
Exercícios para fixação 17
02
Bilinguismo 51
Quadro Resumo das Principais Abordagens na
Educação dos Surdos 52
Histórico no Brasil 52
Exercícios Para Fixação 53
4. Legislação Específica 55
Legislação na Antiguidade 55
Lei de Diretrizes e Bases (LDB) e a Constituição
Brasileira 55
Lei de Oficialização da Libras nº 10.436 56
Decretos e Leis que Antecederam a Oficialização
da Lei de Libras 58
Decreto 5.626 de 22 de Dezembro de 2005 58
Capítulo III - Da Formação do Professor de Libras e do
Instrutor de Libras 59
Da Garantia do Direito à Educação das Pessoas
Surdas ou com Deficiência Auditiva 60
Os Profissionais Intérpretes da Língua de Sinais 62
Exame Prolibras 67
Projeto de Lei que Reconhece a Profissão de
Intérprete 68
Acessibilidade 69
Símbolo Internacional de Surdez 70
Exercícios para fixação 71
5. Gabarito 73
Unidade 01 73
Unidade 02 75
Unidade 03 76
Unidade 04 78
6. Referências Bibliográficas 81
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1. Língua e Linguagem
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Ela
p. 33). A Língua de Sinais Brasileira
A criança doente e não é universal, cada país possui a
machucada
sua. Dessa forma, temos aqui no
Brasil (Libras), nos Estados Unidos
O que é um Mito? (American Sign Language – ASL) e
na França (Langue de Signes
Os mitos são ideias falsas de
Française - LSF).
natureza simbólica sobre alguma
pessoa, sobre um determinado lugar
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Mito 3 Mito 5
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8. Explique a expressão
“Ouvintismo”.
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Abraço
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Sinais Arbitrários
Historicamente, entretanto,
Vontade para marcar a diferença entre
esses dois sistemas linguísticos,
Stokoe (1960) propôs o termo
quirema para denominar as
unidades formacionais dos
sinais (Configuração de mão,
locação e movimento) e, ao
estudo de suas combinações
propôs o termo quirologia (do
grego mão). O dicionário
Aurélio Buarque de Holanda
apud Quadros (2004) define
Saúde quirologia como a arte de
conversar com as mãos por
meio de sinais feitos com os
dedos; dactilologia
(QUADROS, p. 49, 2004).
Posteriormente, um grupo de
pesquisadores, incluindo Stokoe em
outras edições (1978), adotou os
termos fonema e fonologia, tendo
em vista que estes agregam os
A área da linguística que
princípios linguísticos para a
estuda os constituintes básicos que
modalidade gestual-visual.
formam os sinais é a fonologia, esta
Estudando a composição dos
área se propõe a analisar como as
sinais, Stokoe os dissecou e
unidades mínimas se combinam e
observou que eles eram formados
quais as variações que podem
por três unidades mínimas a qual ele
existir.
chamou de parâmetros:
Como sabemos as línguas de
Configuração de Mão (CM), Locação
sinais e as línguas faladas, se
(L) e Movimento (M),
articulam em modalidades
analogamente, estas três unidades
diferenciadas, a primeira é oral-
seriam os fonemas nas línguas de
auditiva e a segunda gestual-visual.
sinais que se combinam para forma
Mesmo com estas diferenças, a
os morfemas.
fonologia também tem sido utilizada
para descrever e estudar os
Análises das unidades
elementos básicos que formam os
formacionais dos sinais, posteriores
sinais, ou seja, os fonemas.
à de Stokoe, sugeriram a adição de
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Azul
“Conforme Ferreira-Brito
apud Quadros (2004, p. 53), a língua
de sinais brasileira apresenta 46
CMs, um sistema bastante similar
àquele da ASL. Para a autora, as
CMs foram descritas a partir de
dados coletados nas principais
Nunca capitais brasileiras, sendo
agrupadas verticalmente segundo a
semelhança entre elas”.
As 46 CMs da Libras (Ferreira-
Brito e Langevin, 1995) apud
Quadros (2004, p.53).
Parâmetros da Língua de
Sinais Brasileira - Libras
A configuração de mão é o
formato que a mão assume para a
realização de um determinado sinal.
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Sinal de TRABALHAR
Movimento
Sinal de FAMÍLIA
Tem movimento
Sinal de SÁBADO
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Sinal de AJOELHAR
“Mudanças no movimento
servem ainda para diferenciar itens
lexicais, por exemplo, nomes e
verbos”. (SUPALLA E NEWPORT,
Algumas variações no 1978 apud QUADROS, 2004).
movimento são bastante
significativas na Libras e para que Direção dos Movimentos
haja movimento, é preciso haver
objeto e espaço. “Nas línguas de Os movimentos podem ser
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Unidirecional
Retilíneo
Exemplo: Mostrar
Bidirecional
Exemplo: Alto
Multidirecional
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Circular
Observe ainda as categorias do
Exemplo: Piauí parâmetro movimento na língua de
sinais brasileira (FERREIRA-
BRITO, 1990 apud QUADROS,
2004, p.56).
TIPO
o Contorno ou forma geométrica:
retilíneo, helicoidal, circular,
semicircular, sinuoso, angular e
Semicircular pontual.
o Interação: alternado, de
aproximação, de separação, de
Exemplo: Egoísta inserção, cruzado.
o Contato: de ligação, de agarrar, de
deslizamento, de toque, de esfregar,
de riscar, de escovar ou de pincelar.
o Torcedura do pulso: para cima,
para baixo.
o Interno das mãos: abertura,
fechamento, curvamento e
Angular dobramento (simultâneo-gradativo).
DIRECIONALIDADE
Exemplo: Enganar Direcional
o Unidirecional: para cima, para
baixo, para a direita, para a
esquerda, para dentro, para fora,
para o centro, para a lateral inferior
esquerda, para a lateral inferior
direita, para a lateral superior
direita, para a lateral superior
esquerda, para específico ponto
referencial.
Sinuoso o Bidirecional: para cima e para
baixo, para a esquerda e para a
direita, para dentro e para fora, para
Exemplo: Propaganda laterais opostas – superior direita e
inferior esquerda.
o Não-direcional
MANEIRA
o Qualidade, tensão e
velocidade: Contínuo | De
retenção | Refreado
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FREQUÊNCIA o Topo da
o Repetição: Simples | Repetido cabeça Testa
Fonte. Ferreira-Brito, 1990 apud o Rosto
Quadros & Karnopp, 2004, p.56 o Parte
superior
o do rosto
Locação (L)
o Parte
inferior do
Conhecido também como rosto Orelha
Ponto de Articulação (PA) ou locus o Olhos
de movimento do sinal; a locação é o Nariz
onde é feito um determinado sinal. o Boca
Bochechas
Que pode ser na cabeça, no tronco, Queixo
na mão ou ainda no espaço neutro
em frente ao corpo. Friedman apud Quadros
Observe o quadro abaixo das (2004, p.56 e 57), afirma que
locações propostas por Friedman locação “é aquela área do corpo, ou
(1977) e que foram adaptadas por no espaço de articulação definido
FerreiraBrito e Langevin (1995) pelo corpo, em que ou perto da qual
apud Quadros (2004, p. 58). o sinal é articulado”.
CABEÇA TRONCO
o Topo da o Pescoço
cabeça Ombro
Testa o Busto
o Rosto Estômago
o Parte o Cintura
superior do o Braços
rosto
o Braço|
o Parte Antebraço|
inferior do Cotovelo
rosto Sinal de AMAZONAS
o Pulso
o Orelha
o Olhos
A locação é na testa.
o Nariz
o Boca
Bochechas
Queixo
ESPAÇO
CABEÇA
NEUTRO
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Sinal de BANCO
A locação é no pescoço.
Duplo TOQUE
Exemplo: Alemanha
Sinal de CUIDADO
A locação é no nariz.
RISCO
Exemplo: Pessoa
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Exemplo: Educação
Orientação (Or)
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Sinal de QUERER-NÃO
As expressões não-manuais
são denominadas também de
expressões faciais e corporais. São
marcas diferenciadoras que
acompanham o sinal e que
Sinal de IR
expressam pelo canal gestual-visual,
o que um determinado sinal deseja
Apresenta uma oposição.
representar.
Segundo Silva (2007, p. 28)
“expressões faciais são formas de
comunicar algo, um sinal pode
mudar completamente seu
significado em função da expressão
facial utilizada”. Elas podem retratar
uma interrogação, exclamação,
negação, afirmação ou ordem.
Quadros e Pimenta (2006)
apud Silva (2007, p.28), explicam
que existem dois tipos diferentes de
expressões faciais: as afetivas e as
gramaticais (lexicais e sentenciais).
As afetivas são as expressões
ligadas a sentimentos /
emoções.
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As expressões faciais
gramaticais lexicais estão Expressões Faciais Grama-
ligadas ao grau dos adjetivos. ticais Sentenciais
As expressões faciais
gramaticais sentenciais estão Interrogativas
ligadas às sentenças.
Afirmativas / Negativas
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CABEÇA
o Balanceamento para frente e
para trás (sim)
o Balanceamento para os lados
(não)
o Inclinação para frente
Exclamativas o Inclinação para o lado
o Inclinação para trás
ROSTO E CABEÇA
o Cabeça projetada para frente,
olhos levemente cerrados
sobrancelhas franzidas
o Cabeça projetada para trás e
olhos arregalados
TRONCO
Acompanhe agora o quadro o Para frente
proposto por FerreiraBrito e o Para trás
Langevin, (1995) baseados nos o Balanceamento alternado dos
trabalhos de Baker (1983), apud ombros
o Balanceamento simultâneo dos
Quadros (2004, p. 61). ombros
o Balanceamento de um único
ROSTO ombro
o Parte superior
o Sobrancelhas franzidas
o Olhos arregalados
Exemplos de Parâmetros
o Lance de olhos
o Sobrancelhas levantadas
na Libras
o Parte inferior
o Bochechas infladas “As palavras da Libras e do
o Bochechas contraídas português se estruturam a partir de
o Lábios contraídos e projetados unidades mínimas sonoras e
e sobrancelhas franzidas espaciais, respectivamente. Essas
o Correr da língua contra a parte
inferior interna da
unidades ou fonemas, são
o bochecha distintivas, porque quando
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“nenhum dos experimentos de Itard era fundar uma escola para surdos
teve resultados satisfatórios. Para o na América.
mesmo autor, após várias tentativas Ao chegar na França, L’Epée
frustradas de curar a surdez, Itard apresenta Laurent Clerc, instrutor
concluiu que o ouvido dos surdos surdo, que passa a acompanhar
estava morto e que não havia nada Gallaudet ensinando a língua de
que a medicina pudesse fazer a sinais e o instruindo. Contratado por
respeito”. Gallaudet, ambos viajam para os
Estados unidos com o objetivo de
A Educação dos Surdos nos implantar a primeira escola pública
Estados Unidos (Século para surdos naquele país. Em 1817,
XVIII) eles conseguem atingir o objetivo
proposto fundando o que ficou
conhecida por Connecticut Asylum
for the Education and Instruction of
Deaf and Dumb Persons.
Para Lane apud Guarinello
(2007, p.27), “Laurent Clerc é
considerado a figura mais impor-
tante no desenvolvimento da língua
de sinais e da comunidade surda nos
Estados Unidos. Em sua época ele já
afirmava que os surdos faziam parte
Já nos Estados Unidos, até o de uma comunidade linguística
Século XVIII, não havia escolas para minoritária e que o bilinguismo
Surdos. As famílias que queriam que deveria ser um objetivo para eles”.
seus filhos estudassem, Como a Connecticut Asylum
costumavam mandá-los para a for the Education and Instruction of
Europa. Foi então que Thomas Deaf and Dumb Persons foi fundada
Hopkins Gallaudet, o primeiro por um instrutor francês,
americano a se interessar pela inicialmente os professores
educação dos surdos, ouve falar do aprendiam a língua de sinais
método desenvolvido por L’Epée na francesa, sendo aos poucos
França para educar os surdos e substituída pela língua de sinais
decide viajar para aprender de perto americana, até então em processo de
sobre o método e conhecer o formação.
Instituto de Paris, pois o seu objetivo Em 1821, todas as escolas
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4. Legislação Específica
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5. Gabarito
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3. Permitir a identificação de
pessoas portadoras de defi-
ciência auditiva.
4. Acessibilidade: possibilidade e
condição de alcance para
utilização, com segurança e
autonomia, dos espaços,
mobiliários e equipamentos
urbanos, das edificações, dos
transportes e dos sistemas e
meios de comunicação, por
pessoa portadora de
deficiência ou com mobilidade
reduzida.
5. Descreve as modalidades de
educação oferecidas aos
portadores de necessidades
educacionais especiais.
Defende que, de preferência, a
educação dessas pessoas deve
acontecer na escola regular.
Assegura que é dever do
estado a oferta de educação
infantil na faixa etária de 0 a 6
anos e confere que devam
existir ainda métodos,
técnicas e profissionais
adequados com vistas a
atender as especificidades das
pessoas especiais.
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6. Referências Bibliográficas
ALMEIDA, Elizabeth Oliveira Crepaldi de. SAUSURRE, F. Curso de linguística
Leitura e Surdez: um estudo com geral. 20.ed. São Paulo: Cultrix, 1995.
adultos não oralizados. Rio de Janeiro:
Revinter, 2000. SKLIAR, Carlos. A surdez: um olhar
sobre as diferenças. Porto Alegre:
BENVENISTE, Émile. Problemas de Mediação, 3ª. Ed, 2005.
Linguística Geral I. 4ª ed. Campinas:
Pontes, 1988. TEMÓTEO, Janice Gonçalves.
Diversidade linguístico-cultural da
BRITO, Lucinda Ferreira. (org). Educação Língua de Sinais do Ceará: Um estudo
Especial – Língua Brasileira de lexicológico das variações da Libras na
Sinais. V. III. Série Atualidades, n° 4. comunidade de Surdos do Sítio
Brasília: SEESP/MEC, 1998. Caiçara.Dissertação de mestrado, UFPB,
2008.
CAPOVILLA, Fernando César. RAPHAEL,
Walkiria Duarte. Dicionário PERLIN, G.; STROBEL, K.
Enciclopédico Ilustrado Trilíngue Fundamentos da Educação dos
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FELIPE, Tânia A. Libras em contexto:
curso básico livro do estudante. Recife: STOKOE, W.C. Sign language
EDUPE, 2002. strucuture. Silver Spring: Linstok Press
(1960) 1978.
KOJIMA, Catarina Kiguti; SEGALA, Sueli
Ramalho. LIBRAS: Língua Brasileira de SÁ, Nídia Regina Limeira de. Cultura,
Sinais – A Imagem do Pensamento. Vol. 1 Poder e Educação de Surdos. Manaus:
e 2. São Paulo: Escala, 2008. INEP, 2002.
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