CBMSP It 08 19

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SECRETARIA DA SEGURANÇA PÚBLICA

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO

Corpo de Bombeiros

INSTRUÇÃO TÉCNICA Nº 08/2019

Segurança estrutural contra incêndio

SUMÁRIO ANEXOS

1 Objetivo A Isenções e reduções do Tempo Requerido de resistência


2 Aplicação ao fogo (TRRF)
3 Referências normativas e bibliográficas B Tempos requeridos de resistência ao fogo (TRRF)
4 Definições C Tabela de resistência ao fogo para alvenaria
5 Procedimentos D Tabela de resistência ao fogo de paredes em chapas de
gesso para drywall
E Procedimento para redução do TRRF
F Tabela de Proteção da Estrutura

Atualizada pela Portaria nº CCB 021/800/20 publicada no Diário Oficial do Estado, nº 132, de 04 de julho de 2020

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1 OBJETIVO _______. NBR 14432: Exigência de resistência ao fogo de
elementos de construção de edificações – Procedimento. Rio
1.1 Estabelecer as condições a serem atendidas pelos de Janeiro: ABNT;
elementos estruturais e de compartimentação que integram as
_______. NBR 14715-1: Chapas de gesso para drywall –
edificações, quanto aos Tempos Requeridos de Resistência ao Parte 1 – Requisitos. Rio de Janeiro: ABNT;
Fogo (TRRF) para que, em situação de incêndio, seja evitado
_______. NBR 14715-2: Chapas de gesso para drywall –
o colapso estrutural por tempo suficiente para possibilitar a
Parte 2 – Métodos de ensaio. Rio de Janeiro: ABNT;
saída segura das pessoas e o acesso para as operações do
_______. NBR 14762: Dimensionamento de estruturas de aço
Corpo de Bombeiros Militar, atendendo ao previsto no
constituídas por perfis formados a frio – Procedimento. Rio de
Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e
Janeiro: ABNT;
áreas de risco do Estado de São Paulo.
_______. NBR 15200: Projeto de estruturas de concreto em
2 APLICAÇÃO situação de incêndio – Procedimento. Rio de Janeiro: ABNT;
_______. NBR 15217: Perfis de aço para sistemas
2.1 Esta Instrução Técnica se aplica a todas as edificações e construtivos em chapas de gesso para drywall – Requisitos
áreas de risco onde for exigida a segurança estrutural contra e métodos de ensaio. Rio de Janeiro: ABNT;
incêndio, conforme tabelas de exigências do Regulamento de
_______. NBR 15758-1: Sistemas construtivos em chapas de
Segurança contra Incêndio.
gesso para drywall – Projeto e procedimentos executivos
2.2 Na ausência de norma nacional sobre dimensionamento para montagem – Parte 1: Requisitos para sistemas usados
das estruturas em situação de incêndio, adota-se o Eurocode como paredes. Rio de Janeiro: ABNT;
em sua última edição ou norma similar reconhecida _______. NBR 15758-2: Sistemas construtivos em chapas de
internacionalmente. No momento da publicação de norma gesso para drywall – Projeto e procedimentos executivos para
nacional sobre o assunto, esta passará a ser adotada nos montagem – Parte 2: Requisitos para sistemas usados como
termos desta IT. forros. Rio de Janeiro: ABNT;
_______. NBR 15758-3: Sistemas construtivos em chapas de
3 REFERÊNCIAS NORMATIVAS E BIBLIOGRÁFICAS gesso para drywall – Projeto e procedimentos executivos para
montagem – Parte 3: Requisitos para sistemas usados como
Para mais esclarecimentos, consultar as seguintes normas revestimentos. Rio de Janeiro: ABNT;
técnicas:
NFPA 502 – Standard for Road Tunnels, Bridges, and Other
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS Limited Access Highways.
(ABNT). NBR 5628: Componentes construtivos estruturais –
Determinação da resistência ao fogo. Rio de Janeiro: ABNT; EUROCODE. European Committee for Standardization.

_______. NBR 6118: Projeto de estruturas de concreto – Regulamentação de MARGARET LAW and TURLOGH
Procedimento. Rio de Janeiro: ABNT; O’BRIEN – Fire Safety of Bare External Structure Steel.

_______. NBR 6120: Cargas para cálculo de estruturas de SILVA, Valdir Pignatta. Estruturas de aço em situação de
edifícios – Procedimento. Rio de Janeiro: ABNT; incêndio. Editora Zigurate. São Paulo: 2004.
_______. NBR 6479: Portas e vedadores – Determinação da 4 DEFINIÇÕES
resistência ao fogo – Método de ensaio. Rio de Janeiro: ABNT;
Além das definições constantes da IT 03 – Terminologia de
_______. NBR 8681: Ações e segurança nas estruturas –
segurança contra incêndio, aplicam-se as definições
Procedimento. Rio de Janeiro: ABNT;
específicas abaixo:
_______. NBR 8800: Projeto e execução de estruturas de
aço de edifícios – Procedimento. Rio de Janeiro: ABNT; 4.1 Elemento estrutural: todo e qualquer elemento de
_______. NBR 9062: Projeto e execução de estruturas de construção do qual dependa a resistência e a estabilidade total
concreto pré-moldado - Procedimento. Rio de Janeiro: ABNT; ou parcial da edificação.
_______. NBR 9077: Saídas de emergência em edifícios – 4.2 Tempo equivalente de resistência ao fogo: tempo,
Procedimento. Rio de Janeiro: ABNT; determinado a partir do incêndio-padrão, necessário para que
_______. NBR 10636: Paredes divisórias sem função um elemento estrutural atinja a máxima temperatura calculada
estrutural – Determinação da resistência ao fogo – Método por meio do incêndio natural considerado.
de ensaio. Rio de Janeiro: ABNT;
4.3 Tempo requerido de resistência ao fogo (TRRF): tempo
_______. NBR 11711: Porta e vedadores corta-fogo com
mínimo de resistência ao fogo de um elemento construtivo
núcleo de madeira para isolamento de riscos em ambientes
comerciais e industriais – Especificação. Rio de Janeiro: ABNT; quando sujeito ao incêndio-padrão.

_______. NBR 11742: Porta corta-fogo para saída de


5 PROCEDIMENTOS
emergência – Especificação. Rio de Janeiro: ABNT;
_______. NBR 14323: Dimensionamento de estrutura de aço
5.1 O tempo requerido de resistência ao fogo (TRRF) é
em situação de incêndio – Procedimento. Rio de Janeiro:
aplicado aos elementos estruturais e de compartimentação,
ABNT;
conforme os critérios estabelecidos nesta IT e em seu Anexo
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B. de acordo com a NBR 5628.

5.2 Para comprovar os TRRF constantes desta IT são aceitas 5.5.3 Outros materiais estruturais: na ausência de normas
as seguintes metodologias: nacionais, adota-se o Eurocode em sua última edição ou norma
similar reconhecida internacionalmente. No momento da
a. execução de ensaios específicos de resistência ao fogo publicação de norma nacional sobre o assunto, esta passará a
em laboratórios; ser adotada nos termos desta IT. Aceita-se também o
b. atendimento a tabelas elaboradas a partir de resultados dimensionamento através de ensaios de resistência ao fogo de
obtidos em ensaios de resistência ao fogo; acordo com a NBR 5628.
c. modelos matemáticos (analíticos) devidamente 5.6 Cobertura
normatizados ou internacionalmente reconhecidos.
As estruturas das coberturas, que não atendam aos requisitos
5.2.1 Para os elementos de compartimentação admitem-se as de isenção do Anexo A desta IT, devem ter no mínimo o
metodologias “a” e “b” e, para os elementos estruturais, todas mesmo TRRF das estruturas principais da edificação.
as metodologias acima podem ser aceitas.
5.7 Pisos metálicos vazados
Nota:
As lajes, os painéis pré-moldados que apresentam função estrutural e os painéis Consideram-se pisos metálicos vazados aqueles que possuam
alveolares utilizados para compartimentação são considerados como elementos
percentual mínimo de abertura de 50%.
estruturais.
5.8 Mezaninos metálicos
5.2.2 A metodologia prescrita no item 5.2, letra “c” desta IT,
somente será aceita após análise em Comissão Técnica. 5.8.1 Os mezaninos que não atendam aos requisitos de
5.2.3 Quando o Serviço de Segurança Contra Incêndio exigir a isenção do Anexo A, devem ter os TRRF estabelecidos
comprovação da metodologia utilizada para atender o TRRF, conforme esta IT, de acordo com a respectiva ocupação.
deverá ser apresentado o memorial de segurança contra 5.9 Passarelas metálicas
incêndio das estruturas e documento comprobatório de
responsabilidade técnica. 5.9.1 As passarelas metálicas para acesso às prateleiras,
constituídas por pisos vazados, estão isentas da exigência de
5.2.3.1 Quando aplicado algum material de revestimento TRRF e suas áreas não serão computadas, desde que
contra fogo, em complementação ao Anexo I da IT 01, deverá atendam aos seguintes requisitos:
também, ser apresentada tabela de proteção da estrutura
conforme o Anexo F desta Instrução Técnica, com a carta de a. não possuir permanência humana;
cobertura do material. b. possuir acesso externo por janelas ou portas em todos
os níveis para combate a incêndio e/ou resgate de
5.3 Procedimento para a redução do TRRF
pessoas;
Admite-se o procedimento para a redução do TRRF (vide c. possuir percentual mínimo de abertura de 50%;
Anexo E), excetuando-se as edificações do Grupo L
d. estar desvinculado da estrutura principal da edificação;
(explosivos) e das Divisões M-1 (túneis), M-2 (parques de
tanques), M-3 (centrais de comunicação) e K-1 (subestação e. não ser destinadas ao armazenamento de mercadorias;
elétrica), contudo fica limitada a redução de 30 minutos dos e
valores dos TRRF constantes no Anexo B, desta IT. f. os níveis de passarelas metálicas devem possuir todas as
medidas de segurança contra incêndio exigidas para a
5.4 Ensaios
edificação.
Os ensaios devem ser realizados em laboratórios reconhecidos 5.9.2 Os níveis de passarelas metálicas devem ser
de acordo com as normas técnicas nacionais ou, na ausência considerados para fins de definição das rotas de fuga, conforme
destas, de acordo com normas ou especificações estrangeiras parâmetros da IT 11 – Saída de emergência.
internacionalmente reconhecidas.
5.9.3 As escadas protegidas e à prova de fumaça devem ser
5.5 Dimensionamento de elementos estruturais em construídas em estrutura independente das prateleiras e das
situação de incêndio passarelas metálicas.
5.5.1 Aço: adota-se NBR 14323 – Dimensionamento de 5.10 Pavimentos metálicos
estruturas de aço de edifícios em situação de incêndio.
Recomenda-se que a temperatura crítica do aço seja tomada Nos pavimentos constituídos por pisos metálicos não se
como um valor máximo de 550 °C para os aços convencionais aplicam os itens acima e estes devem ser considerados para a
utilizados em perfis cujo estado limite último à definição das medidas de segurança contra incêndio.
temperatura ambiente não seja o de instabilidade local 5.11 Materiais de revestimento contra fogo
elástica ou calculada para cada elemento estrutural de acordo
com a norma supracitada. Aceita-se também o 5.11.1 A escolha, o dimensionamento e a aplicação de
dimensionamento através de ensaios de resistência ao fogo de materiais de revestimento contra fogo são de
acordo com a NBR 5628. responsabilidade dos responsáveis técnicos.
5.5.2 Concreto: adota-se a NBR 15200 – Projeto de estruturas 5.11.2 As propriedades térmicas e o desempenho dos
de concreto em situação de incêndio. Aceita-se também o materiais de revestimento contra fogo quanto à aderência,
dimensionamento por meio de ensaios de resistência ao fogo combustibilidade, fissuras, toxidade, erosão, corrosão,
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deflexão, impacto, compressão, densidade e outras 5.15 Estruturas encapsuladas ou protegidas por forro
propriedades necessárias para garantir o desempenho e resistente ao fogo
durabilidade dos materiais, devem ser determinadas por
ensaios realizados em laboratório nacional ou estrangeiro 5.15.1 O elemento estrutural encapsulado pode ser
reconhecido internacionalmente, de acordo com norma técnica considerado livre da ação do incêndio quando o
nacional ou, na ausência desta, de acordo com norma encapsulamento tiver o TRRF no mínimo igual ao exigido
estrangeira reconhecida internacionalmente. para a estrutura considerada.

5.12 Subsolo e Sobressolo 5.15.2 Considera-se forro resistente ao fogo o conjunto


envolvendo as placas, perfis, suportes e selagens das
5.12.1 Os subsolos e sobressolos, independentemente de seu aberturas, devidamente ensaiado (conjunto), atendendo ao
uso, devem ter o TRRF estabelecido em função do TRRF da TRRF mínimo igual ao exigido para o elemento protegido
ocupação a que pertencer, conforme Anexo B. Os TRRF dos considerado. O ensaio de resistência ao fogo deve mencionar
elementos estruturais do subsolo, cujo dano possa causar as soluções adotadas para as selagens das aberturas
colapso progressivo das estruturas dos pavimentos acima do (penetrações) no forro (tais como: iluminação, ar-condicionado
solo, a critério do profissional habilitado responsável pelo e outras).
projeto, não poderão ser inferiores ao TRRF dos pavimentos
situados acima do solo. 5.16 Edificação aberta lateralmente

5.13 Isenção de TRRF 5.16.1 Será considerada aberta lateralmente a edificação ou


parte de edificação que possua em cada pavimento:
5.13.1 As edificações isentas de TRRF, conforme Anexo A,
devem ser projetadas (considerando medidas ativas e 5.16.1.1 ventilação permanente em duas ou mais fachadas
passivas) visando atender aos objetivos do Regulamento de externas, providas por aberturas que possam ser consideradas
Segurança contra Incêndio, em caso contrário as isenções não uniformemente distribuídas e que tenham comprimentos em
são admitidas. planta que, somados, atinjam pelo menos 40% do perímetro da
edificação e áreas que, somadas, correspondam a, pelo menos
5.14 Estruturas externas 20% da superfície total das fachadas externas;
5.14.1 O elemento estrutural situado no exterior da edificação 5.16.1.2 ventilação permanente em duas ou mais fachadas
pode ser considerado livre da ação do incêndio e isento de externas, provida por aberturas cujas áreas somadas
TRRF, quando h o u v e r afastamento das aberturas correspondam a, pelo menos 1/3 da superfície total das
existentes na fachada suficiente para garantir que a elevação fachadas externas e pelo menos 50% destas áreas abertas
da temperatura não for superior a temperatura crítica situadas em duas fachadas opostas.
considerada. Esta situação deve ser tecnicamente comprovada
5.16.2 Em qualquer caso, as áreas das aberturas nas laterais
pelo responsável técnico do projeto estrutural.
externas somadas devem possuir ventilação direta para o meio
5.14.2 O procedimento para a verificação da possibilidade de externo e devem corresponder a pelo menos 5% da área do
aceitação do item anterior deve ser analítico para as estruturas piso no pavimento; as obstruções internas eventualmente
de aço, envolvendo os seguintes passos: existentes devem ter pelo menos 20% de suas áreas abertas,
com aberturas dispostas de forma que possam ser
a. definição das dimensões do setor que pode ser afetado
consideradas uniformemente distribuídas, para permitir a
pelo incêndio;
ventilação.
b. determinação da carga de incêndio específica;
5.17 Ocupações mistas
c. determinação da temperatura atingida pelo incêndio;
d. determinação da altura, profundidade e largura das Nas ocupações mistas, para determinação dos TRRF
chamas emitidas para o exterior à edificação; necessários, devem ser avaliados os respectivos usos, as
áreas e as alturas, podendo-se proteger os elementos de
e. determinação da temperatura das chamas nas
construção em função de cada ocupação.
proximidades dos elementos estruturais;
f. cálculo da transferência de calor para os elementos 5.17.1 Em edificações verticais, para se evitar o colapso
estruturais; progressivo da estrutura, o TRRF dos pavimentos inferiores
não poderá ser menor que o exigido para os pavimentos
g. determinação da temperatura do aço no ponto mais
situados acima.
crítico.
5.18 Vigas e estruturas principais
5.14.3 Para se atender aos itens 5.14.1 e 5.14.2 deve-se usar
a regulamentação de MARGARET LAW and TURLOGH 5.18.1 Vigas principais: considerar, para efeito desta IT, como
O’BRIEN - “Fire Safety of Bare External Structure Steel” ou sendo todas as vigas que estão diretamente ligadas aos pilares
regulamento similar. ou a outros elementos estruturais que sejam essenciais à
5.14.3.1 Caso a temperatura determinada de acordo com o estabilidade da edificação como um todo.
item 5.14.2 seja superior à temperatura crítica das estruturas 5.18.2 Estruturas principais: considerar, para efeito desta IT,
calculadas, essas devem ter o TRRF conforme o estabelecido como sendo todas as estruturas que sejam essenciais à
nesta IT. estabilidade da edificação como um todo.
5.14.4 Para outros materiais estruturais aceita-se o método 5.19 Vigas e estruturas secundárias
analítico internacionalmente reconhecido.

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5.19.1 São as vigas e estruturas não enquadradas no a. metodologia para atingir os TRRF dos elementos
conceito do item 5.18. estruturais da edificação, citando a norma empregada;
5.19.2 A classificação das vigas e estruturas como b. o TRRF para os diversos elementos construtivos:
secundárias ou principais é de total responsabilidade do técnico estruturas internas e externas, compartimentações,
responsável pelo projeto estrutural. mezaninos, coberturas, subsolos, proteção de dutos e
shafts, encapsulamento de estruturas etc.;
5.20 Memorial de segurança contra incêndio dos
c. especificações e condições de isenções e/ou reduções
elementos de construção de TRRF;
5.20.1 Quando houver aplicação de materiais de revestimento d. tipo e espessuras de materiais de revestimento contra
contra fogo nos elementos de construção, deve ser anexado o fogo utilizados nos elementos construtivos e respectivas
memorial com os seguintes dados (ver modelo na IT 01 – cartas de cobertura adotadas.
Procedimentos administrativos):
5.20.2 Este memorial pode ser assinado por mais de um
responsável técnico, discriminando no comprovante de
responsabilidade técnicas respectivas atribuições.

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ANEXO A
Isenções e reduções do Tempo Requerido de resistência ao Fogo (TRRF)

A.1 Os tempos requeridos de resistência ao fogo (TRRF) A.2.3.8 Edificações destinadas a academias de ginástica e
devem ser determinados conforme Anexo B, obedecendo-se similares (Divisão E-3), de classes P1 e P2 (Tabela A), nas
às recomendações contidas nesta IT e nas considerações áreas destinadas a piscinas, vestiários, salas de ginástica,
abaixo: musculação e similares, desde que possuam nestas áreas
materiais de acabamento e revestimento incombustíveis ou,
A.2 Condições de isenção de verificação e redução dos de classe II-A, conforme IT 10 – Controle de materiais de
TRRF acabamento e de revestimento;
A.2.1 As edificações desta seção para obterem o benefício A.2.3.9 Edificações térreas, quando atenderem um ou mais
de isenção de verificação ou redução dos TRRF devem requisitos abaixo:
atender aos objetivos do Regulamento de Segurança contra a. forem providas de chuveiros automáticos com bicos do
Incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São tipo resposta rápida, dimensionados conforme
Paulo e possuírem as saídas de emergência, as rotas de fuga normas específicas;
e as condições de ventilação dimensionadas conforme b. possuírem carga de incêndio específica menor ou igual a
regulamentações vigentes. 500 MJ/m²;
A.2.2 As isenções e reduções abaixo não se aplicam: c. forem do Grupo I (industrial), com carga de incêndio
a. aos subsolos com mais de um piso de profundidade específica menor ou igual a 1.200 MJ/m²;
ou área de pavimento superior a 500 m²; d. forem do Grupo J (depósito), com carga de incêndio
b. à estrutura e paredes de vedação das escadas e específica menor ou igual a 1200 MJ/m²;
elevadores de segurança, de isolamento de riscos e
A.2.3.9.1 A isenção deste item não se aplica quando os
de compartimentação;
elementos estruturais considerados forem essenciais à
c. às edificações do Grupo L (explosivos) e às Divisões estabilidade de um elemento de compartimentação ou de
M-1 (túneis), M-2 (parques de tanques) e M-3 (centrais
isolamento de risco. Esses elementos estruturais devem ser
de comunicação e energia).
dimensionados de forma a não entrarem em colapso caso
A.2.3 Edificações enquadradas nos subitens abaixo estão ocorra a ruína da cobertura do edifício.
ISENTAS de TRRF, nas condições dos itens A.2.1 e A.2.2,
A.2.4 As coberturas das edificações que não estão
considerando as áreas indicadas c o m o total construído
relacionadas em A.2.3 como isentas, estarão isentas quando:
da edificação:
a. não tiverem função de piso;
A.2.3.1 Edificações de classes P1 e P2 (Tabela A) com área
inferior a 750 m²; b. não forem usadas como rota de fuga;
A.2.3.2 Edificações de classes P1 e P2 (Tabela A) com área c. o seu colapso estrutural não comprometa a estabilidade
inferior a 1.500 m², com carga de incêndio (qfi) menor ou das paredes externas e da estrutura principal da
edificação.
igual a 500 MJ/m², excluindo-se dessa isenção as edificações
pertencentes às Divisões C-2, C-3, E-6, F-1, F-5, F-6,F-11, H- A.2.5 As edificações térreas podem ter os TRRF constantes
2, H-3 e H-5; da Tabela A reduzidos em 30 minutos, caso atendam a um
dos requisitos abaixo:
A.2.3.3 Edificações pertencentes às Divisões F-3, F-4
(exclusivo para as áreas de transbordo e circulação de a. forem providas de chuveiros automáticos; ou,
pessoas) e F-7, de classes P1 e P2 (Tabela A), exceto nas b. possuírem área total menor ou igual a 5.000 m², com
áreas destinadas a outras ocupações, que caracterizem ou pelo menos duas fachadas para acesso e
não ocupação mista (nessas regiões devem ser respeitados estacionamento operacional de viaturas, conforme
os TRRF constantes da Tabela A, conforme a ocupação consta na IT 06, que perfaçam no mínimo 50% do
específica); perímetro da edificação; ou,
A.2.3.4 Edificações pertencentes à Divisão J-1 de classes P1 c. forem consideradas lateralmente abertas, conforme item
e P2 (Tabela A); 5.16 desta IT.
A.2.6 O TRRF de elementos estruturais secundários pode ser
A.2.3.5 Edificações pertencentes às Divisões G-1 e G-2
reduzido de 30 min em relação aos determinados conforme
(garagens), de classes P1 a P4 (Tabela A), quando abertos
item 5.3 desta instrução, mantendo-se um valor mínimo de 15
lateralmente conforme item 5.16 desta IT e com as
min.
estruturas dimensionadas conforme Anexo C da NBR 14432;
A.2.7 A opção de escolha para a determinação do TRRF
A.2.3.6 Os mezaninos com área inferior a 750 m² e estrutura
conforme item 5.3 (tempo equivalente) fica a critério do
desvinculada do edifício principal, bem como os mezaninos
responsável técnico, não podendo haver em qualquer
com área superior a 750 m² das edificações isentas de
hipótese sobreposições de isenções, em função do item A.2 e
verificação do TRRF;
subitens ou em função de aços não convencionais.
A.2.3.7 As escadas abertas (não enclausuradas), desde que
A.2.8 As passarelas metálicas vazadas que atendem ao item
não possuam materiais combustíveis incorporados em suas
5.9 estão isentas de TRRF.
estruturas, acabamentos ou revestimentos;

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ANEXO B
Tempos requeridos de resistência ao fogo (TRRF)
Tabela para a classificação detalhada das ocupações (Grupo e Divisão), consultar a Tabela 1 do Regulamento de Segurança contra Incêndio
Profundidade do
Altura da edificação h
subsolo hs
Classe Classe Classe
Grupo Ocupação/Uso Divisão Classe P2 Classe P3 Classe P4 Classe P5 Classe P 6 Classe P 7 Classe P8
S2 S1 P1
6m < h ≤ 12m < h ≤ 23m < h ≤ 30m < h ≤ 80m < h ≤ 120m < h ≤
hs > 10m hs ≤ 10m h ≤ 6m 150m < h ≤ 250m
12m 23m 30m 80m 120m 150m
A Residencial A-1 a A-3 90 60 30 30 60 90 120 120 150 180
B Serviços de hospedagem B-1 e B-2 90 60 30 60 60 90 120 150 180 180
C-1 90 60 60 60 60 90 120 150 150 180
C Comercial varejista
C-2 e C-3 90 60 60 60 60 90 120 150 150 180
Serviços profissionais,
D pessoais e técnicos
D-1 a D-4 90 60 30 60 60 90 120 120 150 180

E Educacional e cultura física E-1 a E-6 90 60 30 30 60 90 120 120 150 180


F-1, F-2, F-5,
F-6, F-8, F-10 90 60 60 60 60 90 120 150 180 -
Locais de reunião de e F-11
F público
F-3, F-4 e F-7 90 60 Ver item A.2.3.3. 30 60 60 90 120 -
F-9 90 60 30 60 60 90 120 - - -
G-1 e G-2 não
abertos
90 60 30 60 60 90 120 120 150 180
lateralmente e
G Serviços automotivos G-3 a G-5
G-1 e G-2
abertos 90 60 30 30 30 30 60 120 120 150
lateralmente
H-1 e H-4 90 60 30 60 60 90 120 150 180 180
Serviços de saúde e
H institucionais H-2, H-3, H-5 e
90 60 30 60 60 90 120 150 180 180
H6
I-1 90 60 30 30 30 60 120 - - -
I Industrial I-2 120 90 30 30 60 90 120 - - -
I-3 120 90 60 60 90 120 120 - - -
J-1 60 30 Ver item A.2.3.4. 30 30 60 - - -

J Depósitos J-2 90 60 60 60 60 60 60 - - -
J-3 90 60 60 60 60 120 120 - - -
J-4 120 90 60 60 90 120 120 - - -
L Explosivos L-1, L-2 e L-3 120 120 120 - - - -
M-1 150 150 150 - - - -
M-2 - 120 120 - - - - - -
M Especial
M-5 120 90 60 60 90 120 - - - -
M-3 120 90 90 90 120 120 120 150 - -
K Energia K-1 120 90 90 90 120 120 120 150 - -
NOTAS:
1) Casos não enquadrados serão definidos pelo SSCI do Corpo de Bombeiros da Polícia Militar do Estado de São Paulo;
2) O TRRF dos subsolos e sobressolos não pode ser inferior ao TRRF dos pavimentos situados acima do solo (ver item 5.12);
3) Para indústria ou depósito com inflamáveis, considerar I-3 e J-4, respectivamente.

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ANEXO C
Tabela de resistência ao fogo para alvenaria

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ANEXO D
Tabela de resistência ao fogo de paredes em chapas de gesso para drywall

Altura Máxima da Resistência ao fogo CF


Espessura parede em m (corta fogo)
Designação das paredes Largura da Distância entre Chapas de Gesso
total da
Itens conforme norma ABNT estrutura em montantes em
parede em Montantes Tipo de chapas
NBR15.758 mm mm
mm
Quantidade Espessura Simples Duplo ST ou RU RF

1 73/48/600/1CH 12,5 - 1CH 12,5 73 48 600 2 12,5 2,50 2,90 CF30 CF30

2 73/48/400/1CH 12,5 - 1CH 12,5 73 48 400 2 12,5 2,70 3,25 CF30 CF30

3 98/48/600/2CH 12,5 - 2CH 12,5 98 48 600 4 12,5 2,90 3,50 CF60 CF90

4 98/48/400/2CH 12,5 - 2CH 12,5 98 48 400 4 12,5 3,20 3,80 CF60 CF90

5 108/48/600/2CH 15 - 2CH 15 108 48 600 4 15 3,00 3,60 CF90 CF120

6 108/48/400/2CH 15 - 2CH 15 108 48 400 4 15 3,30 3,90 CF90 CF120

7 95/70/600/1CH 12,5 - 1CH 12,5 95 70 600 2 12,5 3,00 3,60 CF30 CF30

8 95/70/400/1CH 12,5 - 1CH 12,5 95 70 400 2 12,5 3,30 4,05 CF30 CF30

9 120/70/600/2CH 12,5 - 2CH 12,5 120 70 600 4 12,5 3,70 4,40 CF60 CF90

10 120/70/400/2CH 12,5 - 2CH 12,5 120 70 400 4 12,5 4,10 4,80 CF60 CF90

11 130/70/600/2CH 15 - 2CH 15 130 70 600 4 15 3,80 4,50 CF90 CF120

12 130/70/400/2CH 15 - 2CH 15 130 70 400 4 15 4,20 4,90 CF90 CF120


13 115/90/600/1CH 12,5 - 1CH 12,5 115 90 600 2 12,5 3,50 4,15 CF30 CF30

14 115/90/400/1CH 12,5 - 1CH 12,5 115 90 400 2 12,5 3,85 4,60 CF30 CF30

15 140/90/600/2CH 12,5 - 2CH 12,5 140 90 600 4 12,5 4,20 5,00 CF60 CF90

16 140/90/400/2CH 12,5 - 2CH 12,5 140 90 400 4 12,5 4,60 5,50 CF60 CF90

17 150/90/600/2CH 15 - 2CH 15 150 90 600 4 15 4,30 5,10 CF90 CF120

18 150/90/400/2CH 15 - 2CH 15 150 90 400 4 15 4,70 5,60 CF90 CF120


19 160/48/600/DEL/2CH 12,5 - 2CH 12,5 160 48 600 4 12,5 4,90 5,80 CF60 CF90

20 160/48/400/DEL/2CH 12,5 - 2CH 12,5 160 48 400 4 12,5 5,50 6,50 CF60 CF90
Legenda:
CH = Chapa de Gesso ST = Standard RU = Resistente a umidade RF = Resistente ao fogo
Notas:
1) Especificações e execução de acordo com a norma ABNT 15.758.
2) Exigir atestado de qualificação do PSQ Drywall (Programa Setorial da Qualidade) do PBQP-H.
3) Será admitido o uso de parede de “drywall” com alturas superiores a 6,5 m em compartimentações de áreas, desde que seja apresentado atestado da empresa fabricante do drywall especificando a altura limite que pode ser
executada a parede; a tipologia (características construtivas) e o tempo de resistência ao fogo correspondente.
4) As chapas, ST (standard – cor branca), RU (resistente a umidade – cor verde) e RF (resistente ao fogo – cor rosa), possuem resistência ao fogo quando atenderem os parâmetros da parede de gesso conforme tabela acima.

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ANEXO E
Procedimento para redução do TRRF

O tempo equivalente a ser determinado de acordo com a formulação abaixo não poderá ter valores menores de TRRF conforme o
especificado no item 5.3 (e subitens) desta IT. A redução de TRRF desse está limitada a 30 min dos valores dos TRRF constantes
no anexo B (ver item 5.3).
teq = 0,07 qfi 𝐧 𝐬 W (Eq. 01)
Onde:
teq – tempo equivalente (minutos).
qfi – é o valor da carga de incêndio específica do compartimento analisado em MJ/m² e determinada conforme a IT 14.
n – é o produto n1 x n2 x n3 que são fatores adimensionais que levam em conta a presença de medidas de proteção ativa da
edificação e determinados conforme a Tabela D1.
s – é o produto s1 x s2 que são fatores adimensionais que dependem do risco de incêndio e determinados, respectivamente,
pela equação D2 e Tabela D2.
W – é um fator adimensional associado à ventilação do ambiente e à altura do compartimento analisado, determinado conforme
equação D3.
Tabela D1: Fatores das medidas de segurança contra incêndio
Valores de n1 x n2 x n3
Existência de chuveiros automáticos (n1) Brigada contra incêndio (n2) Existência de detecção automática (n3)
0,60 0,90 0,90
Nota: Na ausência de algum meio de proteção indicado na tabela acima, adotar o respectivo n igual a 1.
Característica da edificação (s1 )
Af (h+3)
s1 =1+ 105
(Eq. D2)
Onde:
1 ≤ s1 ≤ 3;
Af – área de piso do compartimento analisado (m²);
h – altura do piso habitável mais alto do edifício (m).
Tabela D2: Risco de ativação (s2 )

Valores de s2 Risco de ativação do incêndio Exemplos de ocupação

0,85 Pequena Escola, galeria de arte, parque aquático, igreja, museu


Biblioteca, cinema, correio, consultório médico, escritório, farmácia,
frigorífico, hotel, livraria, hospital, laboratório fotográfico, indústria de papel,
1,0 Normal oficina elétrica ou mecânica, residência, restaurante, teatro, depósitos de:
produtos farmacêuticos, bebidas alcoólicas, supermercado, venda de
acessórios de automóveis, depósitos em geral
1,2 Média Montagem de automóveis, hangar, indústria mecânica
1,5 Alta Laboratório químico, oficina de pintura de automóveis
Nota: As ocupações não relacionadas poderão ser enquadradas por similaridade.

4
Av
90 (0,4 -
6 0,3
)
Af
W= ( ) [0,62 + Av Ah
] ≥ 0,5 (Eq. D3)
H 1 + 12,5 (1 + 10 )
Af Af

Nota:
Av
Limites de aplicação da Eq. D3: 0,025 ≤ ≤ 0,50
Af

Onde:
H – altura do compartimento (m);
Av – área de ventilação vertical (janelas, portas e similares) (m²);
Ah – área de ventilação horizontal – piso (m²);
Af – área de piso do compartimento analisado (m²).

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ANEXO F
Tabela de Proteção da Estrutura

SECRETARIA DA SEGURANÇA PÚBLICA


POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO
CORPO DE BOMBEIROS
TABELA DE PROTEÇÃO DA ESTRUTURA
IDENTIFICAÇÃO
Logradouro público:
N.º. Complemento:
Bairro: Município: UF: SP
Proprietário: e-mail: Fone: ( )
Responsável pelo uso e-mail: Fone: ( )
Responsável Técnico:
Número do registro do profissional: e-mail:
Fone: ( )
Uso, divisão e descrição:
TABELA DE CÁLCULO DA ESPESSURA DO REVESTIMENTO DAS ESTRUTURAS
MATERIAL UTILIZADO:
TRRF:
PERFIL PERÍMETRO(m²) ÁREA FATOR DE FORMA (m-¹) ESPESSURA *
V1
V2
V3
.
.
.
Vn

P1
P2
P3
.
.
.
Pn
Memorial de Cálculo:
Fórmula: FF = P/A
FF = fator de forma; P = perímetro; e A = área
* Espessura do produto seco (DFT = Dry Film Thickness)
Anexar: Comprovante de Responsabilidade Técnica + Carta de Cobertura + Ensaio (relatório)
INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES

Ass. do Técnico Responsável


(Certificação digital)

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