O Impacto Da Panndemia No Pib e Economia Brasileira

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UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA

LEANDRO ZEFERINO MAESTRI

O IMPACTO DA PANDEMIA NO PIB E ECONOMIA BRASILEIRA

Palhoça
2021
LEANDRO ZEFERINO MAESTRI

O IMPACTO DA PANDEMIA NO PIB E ECONOMIA BRASILEIRA

Trabalho de Conclusão apresentado ao


Curso de Ciências Econômicas da
Universidade do Sul de Santa Catarina,
como requisito parcial para obtenção do
título de Bacharel em Ciências
Econômicas.

Orientadora: Prof.ª. Joseane Borges de Miranda. MSc.

Palhoça
2021
AGRADECIMENTOS
RESUMO

De um modo em geral, as situações globais severas, como a crise atual provocada


pela pandemia de COVID-19 extrapolam todas as previsões e planejamentos, tanto
de empresas, dos órgãos públicos, como das pessoas e impactam significativamente
na economia de uma país, e neste caso, na economia global. Assim, o objetivo do
presente trabalho foi de verificar os impactos macroeconômicos na economia
brasileira em decorrência da Covid-19. Utilizou-se o método da Revisão Bibliográfica
Narrativa, por meio de uma revisão da literatura. Verificou-se que ainda não se sabe
qual é o tamanho do impacto que a Covid-19 casou sobre a economia e PIB do país
e como vai ser a sua retomada. Porém, as situações econômicas de muitas empresas
apontam para um início de uma crise que repercute na produção interna do país, e
consequentemente em sua economia. O governo já adotou uma série de medidas
emergenciais para atendimento a muitas destas empresas, para aliviar os impactos
da crise, tais como auxílio financeiro, possibilidade de redução de carga horária,
auxílio em parte das folhas de pagamento, dentre outras. Porém, estas situações
requerem ainda um maior apoio governamental.

Palavras-chave: Pandemia. Covid-19. Crise. PIB.


ABSTRACT

In general, severe global situations, such as the current crisis caused by the
pandemic of COVID-19, go beyond all forecasts and plans, both of companies, public
agencies and people, and significantly impact the economy of a country, and in this
case, in the global economy. Thus, the objective of the present work was to verify the
macroeconomic impacts on the Brazilian economy as a result of Covid-19. The
Narrative Bibliographic Review method was used, through a literature review. It was
found that it is not yet known how big the impact that Covid-19 had on the economy
and GDP of the country and how it will be resumed. However, the economic situations
of many companies point to the beginning of a crisis that has repercussions on the
country's domestic production, and consequently on its economy. The government has
already adopted a series of emergency measures to assist many of these companies,
to alleviate the impacts of the crisis, such as financial assistance, the possibility of
reducing the workload, assistance in part of the payrolls, among others. However,
these situations still require greater government support.

Keywords: Pandemic. Covid-19. Crisis. PIB.


LISTA DE FIGURAS

Figura 1: Relação existente entre a taxa de juros Selic e a inflação efetiva. ............. 23
Figura 2: Variação trimestral do PIB, frente aos três meses anteriores. ................... 32
Figura 3: Desempenho dos setores no segundo trimestre de 2020. ......................... 33
LISTA DE TABELAS

Tabela 1: Evolução do PIB e seus componentes – 2014 a 2017. ............................. 30


Tabela 2: Impacto sobre variáveis econômicas selecionadas. .................................. 35
Tabela 3: Contribuição das variáveis macroeconômicas. ......................................... 36
LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1: Taxa de crescimento do PIB entre 2003 a 2017. ...................................... 26


Gráfico 2: PIB e FBCF – nível e variação. ................................................................. 28
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 10
1.1 EXPOSIÇÃO DO TEMA E DO PROBLEMA ....................................................... 10
1.2 OBJETIVOS ........................................................................................................ 11
1.2.1 Objetivo geral ................................................................................................. 11
1.2.2 Objetivos específicos..................................................................................... 11
1.3 JUSTIFICATIVA .................................................................................................. 12
1.4 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS ............................................................ 12
2. CONTEXTO DA ECONOMIA BRASILEIRA CONTEMPORÂNEA ...................... 14
2.1 O CENÁRIO ECONÔMICO DO BRASIL ............................................................. 14
2.2 ESPECIFICIDADES DA ECONOMIA BRASILEIRA CONTEMPORÂNEA... 17
2.3 O PIB – PRODUTO INTERNO BRUTO DO BRASIL .......................................... 18
2.4 POLÍTICA DO BANCO CENTRAL ...................................................................... 21
2.5 AS POLÍTICAS ECONÔMICAS DE COMBATE À INFLAÇÃO............................ 22
2.6 A INFLAÇÃO E O COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR ............................. 24
3. ANÁLISE DE RESULTADOS ............................................................................... 26
3.1.1 O crescimento 2003-2008 .............................................................................. 27
3.1.2 O crescimento 2009-2014 .............................................................................. 27
3.1.3 A recessão de 2015 e 2016 ............................................................................ 28
3.1.4 A recuperação de 2017 .................................................................................. 29
3.2 O PIB DO BRASIL E A PANDEMIA DE 2020 ..................................................... 31
3.3 IMPACTOS MACROECONÔMICOS DA PANDEMIA NO PIB BRASILEIRO ..... 34
3.4 ANÁLISE DA EFICÁCIA DAS MEDIDAS GOVERNAMENTAIS ADOTADAS ..... 38
3.5 O PERÍODO PÓS-PANDEMIA............................................................................ 40
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS .................................................................................. 43
REFERÊNCIAS......................................................................................................... 44
1 INTRODUÇÃO

Os conceitos gerais de economia pressupõem que nas ações cotidianas estão


incluídas inúmeras decisões econômicas. Essas decisões produzem consequências,
ou seja, sugestões sobre a vida de cada um disponível à existência humana. Daí a
importância dessas ações individuais sobre a coletividade e a construção de
responsabilidade para o exercício de uma cidadania plena.
Dessa forma, os conhecimentos sobre a economia são importantes não para
as relações comerciais profissionais, mas sim, também na economia familiar, relações
pessoas, dentre outras. Portanto, o entendimento dos assuntos relacionados à
economia é extremamente importante para todos os cidadãos.
Ainda, as ações de políticas econômicas capazes de conduzir o Brasil em
direção ao alcance de suas metas macroeconômicas estão estritamente ligadas ao
sucesso do plano econômico do país.
Este conjunto de ações necessárias para que a economia interna do país se
fortaleça e deixe o Brasil em condições de desenvolver com sustentabilidade social,
econômica e ambiental precisa ser construído através de uma série de ações
conjuntas, que envolva os três entes federados.
Porém, situações globais severas, como a crise atual provocada pela pandemia
de COVID-19 fogem de muitas perspectivas e planejamentos, tanto de empresas,
como das pessoas e impactam significativamente na economia de um país, e neste
caso, na economia global.

1.1 EXPOSIÇÃO DO TEMA E DO PROBLEMA

Neste momento de pandemia, onde as dificuldades aumentaram para todos os


setores, segundo o SEBRAE (2020), com o fechamento do comércio e de diversos
outros empreendimentos como medida de prevenção de combate ao Coronavírus,
com o isolamento social, muitos empreendedores tiveram que fechar as portas de
seus estabelecimentos. Outros que conseguiram se manter, tiveram que se reinventar
para garantir a sobrevivência dos negócios.
Pois, de um modo em geral, a preocupação deixou de ser uma questão apenas
da área da saúde, e atingiu o setor financeiro mundial. Com base nesta breve
contextualização, o tema do presente trabalho é em relação à evolução do PIB na
pandemia. Desse modo a pergunta norteadora deste trabalho se resume na seguinte
questão: “Quais os impactos causados pela pandemia?”.
Durante o período de crise e isolamento social, proprietários de pequenas
empresas e microempreendedores tendem a sofrer mais com a baixa nas vendas e
no faturamento. A pandemia do novo Coronavírus e as medidas de isolamento
determinadas pelas autoridades de saúde causou um impacto direto sobre a
economia e, em especial, nos pequenos negócios e repercutindo em todos os setores
da economia brasileira (SEBRAE, 2020).
Assim, o presente estudo se baseia na seguinte pergunta norteadora: Quais os
reais impactos macroeconômicos na economia brasileira em decorrência da Covid-
19? Portanto, durante o desenvolvimento este trabalho pretende-se responder a tal
questionamento, bem de como, de outras questões relacionadas a este importante
tema presente na sociedade contemporânea.

1.2 OBJETIVOS

Tomando como base o problema de pesquisa, apresentam-se, na sequência,


os objetivos a serem alcançados no trabalho de conclusão de curso.

1.2.1 Objetivo geral

O objetivo geral do trabalho de conclusão de curso é verificar os impactos


macroeconômicos na economia brasileira em decorrência da Covid-19.

1.2.2 Objetivos específicos

De forma a atingir e complementar o objetivo geral apresentam-se alguns


objetivos específicos a serem alcançados no decorrer do trabalho:

 Contextualizar o cenário econômico do Brasil; verificar os impactos do


coronavírus na economia e PIB brasileiro;
 Realizar uma análise da eficácia das medidas governamentais adotadas para
minimizar os impactos na economia.

1.3 JUSTIFICATIVA

O trabalho se justifica pela importância em contextualizar este tema relacionado


à economia brasileira, especialmente neste período de pandemia. Assim, com o
desenvolvimento do presente estudo pretende-se realizar uma contextualização sobre
o tema e responder às questões acima apresentadas de forma a atingir os objetivos
propostos e disponibilizar os dados junto à comunidade acadêmica, profissional e
público em geral.

1.4 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

No desenvolvimento dessa pesquisa utilizou-se o método da Revisão


Bibliográfica Narrativa, uma revisão da literatura, a qual é uma análise ponderada e
extensa da literatura disponível sobre um determinado assunto, utilizando livros,
periódicos, jornais, artigos impressos e eletrônicos, de forma a reconhecer os autores
que trataram sobre o tema anteriormente (TRENTINI; PAIM, 1999).
A metodologia da Revisão Bibliográfica Narrativa tem a função de ser um
trabalho amplo, delineadas para discutir o ‘estado da arte’ de um determinado assunto,
sob uma perspectiva teórica ou contextual (ROTHER, 2007).
O referencial teórico é essencial para fundamentar a proposta do estudo, assim
como enriquecer a reflexão entre os autores mais relevantes no campo de pesquisa
(SILVA; TRENTINI, 2002).
Segundo Gil (2017), a revisão é uma reflexão sobre o material já produzido por
outros autores, mas que se desenrola de forma imparcial tendo por base o
entendimento do pesquisador e sua própria interpretação, de acordo com os objetivos
pré-estabelecidos.
No que concerne ao tipo de pesquisa, elegeu-se a pesquisa qualitativa, esta
pode ser considerada um eficaz ponto de referência ao pesquisador, o qual é tratado
como ponto principal de todo o processo em um estudo baseado na metodologia de
Revisão Bibliográfica Narrativa – Revisão de Literatura (CAJUEIRO, 2012).
Nesse ínterim, um procedimento metodológico guiado pela pesquisa qualitativa,
a análise das informações coletadas tem o intuito de apresentar conclusões
importantes e conexas, com base em um problema de pesquisa específico
(MARCONI; LAKATOS, 2017).
Assim, a metodologia de Revisão Bibliográfica Narrativa tem como principal
objetivo o debate e a definição dos aspectos associados ao objeto de estudo (LÜDKE;
ANDRÉ, 2013). Para isso, utilizou-se exclusivamente os conceitos observados em
publicações de periódicos, livros, jornais, artigos, e demais meios de informação de
grande relevância e impacto neste meio acadêmico.
Segundo Rother (2007), os textos usados na revisão narrativa constituem uma
análise crítica, podendo contribuir no debate de temáticas e atualizar o conhecimento
em um curto espaço de tempo.
De tal modo, a metodologia de Revisão Bibliográfica Narrativa adotada se mostra
capaz de promover a devida discussão referente ao objeto de estudo definido no
presente trabalho de pesquisa, buscando uma conclusão inovadora e o
desenvolvimento de novos estudos.
2. CONTEXTO DA ECONOMIA BRASILEIRA CONTEMPORÂNEA

Neste tópico será apresentada uma breve contextualização teórica sobre o


assunto proposto, de forma a embasar cientificamente o conteúdo com base nas
referências utilizadas para o presente referencial teórico.

2.1 O CENÁRIO ECONÔMICO DO BRASIL

As relações econômicas estão relacionadas diretamente ao dia-a-dia da


população desde os primórdios da humanidade e foram evoluídos, assim como, a
própria humanidade. Pois, na atualidade com o crescimento econômico também se
relacionam as questões que envolvem o poder econômico das pessoas, o
desemprego, a inflação, e também com as instabilidades e estabilidades da economia
de forma geral, se interpretam em diferentes situações. Nesse sentido, os
economistas que são os estudiosos da área, interpretam estas questões e projetam
tendências baseando-se em teorias e conclusões teóricas distintas, dependendo de
cada ponto de vista.
A teoria macroeconômica conforme Garcia; Vasconcellos (2002) analisa a
economia como um todo, estudando a determinação e o comportamento de grandes
agregados, como por exemplo: renda e produto nacionais, nível geral de preços,
emprego e desemprego, estoque de moeda e taxas de juros, balança de pagamentos
e taxa de câmbio.
Dessa forma, o mercado de bens e serviços define o nível de renda, produto
nacional e de preços, consumo, poupança e investimentos agregados e exportações
e importações. E isso, influencia diretamente as ações de mercado, e poder de compra
da população (TÁVORA, 2020).
Segundo Vasconcellos; Garcia (2006) a taxa do crescimento da inflação afeta
o desemprego, não aceita pela tradicional teoria neoclássica, que, ao basear-se na
racionalidade econômica dos agentes, que afirma que o nível de produto e de
emprego deve depender das condições técnicas disponíveis para uma sociedade num
determinado momento do tempo, além, é claro, da disponibilidade dos fatores de
produção, influenciando assim o respectivo mercado, especialmente em relação à lei
de oferta e procura.
A teoria macroeconômica, como toda política possui metas a serem atingidas.
Portanto, dentre estas, destaca-se o alto nível de emprego; a estabilidade de preços;
a distribuição da renda e crescimento econômico. Nesse sentido, o nível de emprego
acaba sendo uma das metas mais importantes, pois, quando as pessoas recebem um
salário passam a ter reais condições de adquirir determinadas mercadorias,
aquecendo o mercado interno.
Segundo Garcia; Vasconcellos (2002), a correta distribuição de renda também
é meta da macroeconomia, tanto em relação ao nível pessoal quanto ao nível regional.
Porém, mesmo sendo considerada importante, não se veem no Brasil a criação de
políticas públicas efetivas para diminuir esta diferença que existe no país, pelo
contrário, percebe-se que a cada dia essa diferença vem aumentando, onde os ricos
ficam cada vez mais ricos e os pobres, mais pobres.
Para atingir estas metas a teoria macroeconômica se divide em alguns
instrumentos, tais como: as políticas fiscal, monetária, cambial e comercial e de
rendas, que envolvem a atuação do governo. Nesse sentido, apresentam-se abaixo
os conceitos de cada uma.
 A política fiscal: é aquela que tem relação com os instrumentos disponíveis
pelo governo para a arrecadação de impostos e contribuições, e o controle de
suas despesas. Ela também é utilizada para estimular ou inibir os gastos do
setor privado.
 A política monetária: é aquela que na qual o governo atua sobre a quantidade
de moeda e títulos públicos, portanto, os recursos disponíveis, a emissão de
compra e venda de títulos, regulamentação sobre crédito e taxas de juros são
alguns exemplos.
 A Política Cambial e Comercial: é aquela onde as duas juntas atuam sobre o
setor externo da economia. Desta forma, a política cambial diz respeito à ação
do governo sobre a taxa de câmbio. Onde, o governo fixa ou permite que a taxa
de câmbio seja flexível, através do Banco Central. Por outro lado, a política
Comercial refere-se aos instrumentos que estimulam as exportações como os
estímulos fiscais e taxas de juros subsidiadas ao controle das importações,
tarifas e barreiras maiores.
 Política de Rendas: é aquela que diz respeito à interferência do governo na
formação de renda, por meio do controle e congelamento dos preços. O
controle dos preços e salários é adquirido com o combate ao aumento
generalizado nos preços, que é a inflação. Como exemplos de políticas anti-
inflacionárias brasileiras se têm o salário mínimo, o congelamento de preços e
os salários.

Desta forma, o Banco Central (BC) tornou-se o principal responsável pela


definição das metas de inflação associando-as a uma política monetária rígida, a
altíssimos juros e, a partir de 1999, a um regime de crescimento econômico flutuante.
Nesse sentido, percebe-se que as ações de políticas econômicas capazes de
conduzir o Brasil em direção ao alcance de suas metas macroeconômicas estão
estritamente ligadas ao sucesso do plano econômico do país. Este conjunto de ações
necessárias para que a economia interna do país se fortaleça e deixe o Brasil em
condições de desenvolver com sustentabilidade social, econômica e ambiental precisa
ser construído através de uma série de ações conjuntas, que envolva os três entes
federados.
Sabe-se que no Brasil a questão política e partidária é muito forte, e às vezes
atrapalha muito o planejamento e execução de medidas fiscais mais uniformes ao
país. Mas para que o país alcance as suas metas macroeconômicas as políticas
públicas federais devem convergir com as estaduais e municipais, o que, pelo que
temos visto no cenário atual, estamos distantes de conseguir.
Dessa forma, conforme Mota (2014) verifica-se que a economia se separa em
correntes teóricas distintas, podendo, grosso modo, ser separada principalmente em
ortodoxia e heterodoxia.
A separação destas correntes econômicas analisadas em relação à produção,
da moeda, e do crédito, funciona como regulamento dos mercados, sendo que o papel
do Estado dentro da economia é de encarar as crises e as saídas para elas. Portanto,
a ortodoxia econômica tem em mente que o mercado se autorregula, ou seja, não
precisa da intervenção do Estado, pois, a economia ortodoxia se baseia em
mecanismo de preços eficientes (MOLLO, 2004).
Nesta perspectiva econômica, é preciso considerar o momento em que a
Pandemia provocada pelo coronavírus que está provocando grandes alterações no
cenário econômico mundial. Assim, se torna interessante também considerar as
características e especificidades da economia brasileira contemporânea.
2.2 ESPECIFICIDADES DA ECONOMIA BRASILEIRA CONTEMPORÂNEA

O ano de 2020 foi marcado por uma drástica mudança pela qual a população
teve que se acostumar, ou seja, com a pandemia de Covid-19 as pessoas tiveram que
adotar medidas de isolamento social, gerando uma queda na economia. Assim,
baseado em experiências anteriores, como as recentes crises de 2008 e 2009, mesmo
em amplitude bem menor, mas mostraram que às vezes os impactos podem ser mais
severamente sentidos em períodos posteriores.
Se no Brasil sentiu-se os reflexos da crise mundial de 2008/2009 apenas em
2013 e 2014 em diante, muito foi em função dos dados da economia brasileira terem
sido manipulados anteriormente a 2014 pelo governo brasileiro para esconder a real
situação.
Na época, como o país estava numa franca onda de consumismo, isso acabava
gerando altos valores de arrecadação de impostos. Dessa forma, nesta onda
consumismo as indústrias continuavam fabricando, as empresas vendendo, as
pessoas trabalhando e consumindo e o governo arrecadando. Por um período parecia
que estava tudo bem e que a crise mundial não afetava o Brasil.
Mas os primeiros sinais de deterioração da economia e do mercado de trabalho
começaram a aparecer realmente em 2014. Embora a taxa de desempregado da
pesquisa mensal de empregos (MPE), de 4,8%, tenha atingido o menor nível da série
histórica, houve redução do número de vagas naquele período. “Além da economia já
demonstrar fraqueza, o avanço da operação Lava Jato provocou uma série de
demissões em massa na construção civil, que se intensificou no início de 2015” (E&D,
2016).
Para Pastore; Pinotti (2008), a crise chega ao Brasil através de dois canais
distintos. O primeiro deles é o encolhimento dos fluxos de capitais que são
necessários para o país financiar os déficits nas contas correntes, para poder manter
elevada a taxa de investimento. O segundo canal foi a redução dos preços
internacionais das commodities, o que contribui em última instância para a redução do
preço médio das exportações mundiais.
Os efeitos da crise econômica na produção industrial chegaram através das
vias comercial e creditícia. A falta de crédito veio com o enfraquecimento dos
mercados financeiros.
Com isso, a indisponibilidade de aquisição de grandes empréstimos destinados
à produção afetou o nível de investimento na economia brasileira, bem como as
expectativas dos agentes. “Pela via comercial o canal de chegada da crise foi o
esgotamento da demanda externa, impactando negativamente nos setores de bens
intermediários e na produção de bens de capital, como ônibus e aviões” (BANCO
CENTRAL DO BRASIL, 2009).
A partir destes dados é possível ver como o setor de serviços e da construção
civil que antes alavancavam a economia com a geração de empregos atualmente
apresentam dados negativos.
Um dos fatores mais afetados com a desaceleração da economia brasileira foi
à oferta de emprego. Como a indústria e a construção civil frearam, devido à falta de
investimentos e com a redução nas vendas, sobrou para os empregados.
Em tempos de crise vividos pela pandemia atual, os desafios aos
empreendedores, aos gestores públicos e economistas, e para a população em geral
são ainda maiores. Pois, verifica-se um grande número de pequenas empresas que
estão fechando as portas no Brasil em decorrência dos fatores exógenos da
pandemia, sendo que, muitas destas nem irão mais voltar a atuar posteriormente
(OLIVEIRA, 2020).
Assim, se torna importante uma contextualização sobre os impactos possíveis
de serem sentidos e avaliados na economia brasileira provocada pela pandemia.

2.3 O PIB – PRODUTO INTERNO BRUTO DO BRASIL

Para analisar a forma que os fatores macroeconômicos influenciam as vendas


de varejo é necessário primeiramente fazer uma revisão sobre onde se encontra o
varejo dentro do agregado de bens e serviços produzido pelo país num determinado
ano (RABELO, 2007).
O PIB, ou seja, Produto Interno Bruto é a soma de todos os serviços e bens
produzidos por um país durante um ano. Portanto fazem parte do PIB a aquisição de
máquinas pelas empresas, a decisão dos consumidores de ir ou não ao supermercado
ou de realizar compra de computadores pelo governo federal (RABELO, 2007).
Os investimentos, os gastos do governo e as exportações líquidas são
consumos que fazem parte do PIB, sendo que, o varejo dentro do PIB nacional faz
parte do consumo. Assim, o maior agregado de todos os bens e serviços conquistados
pelos consumidores se faz por meio do consumo. Este consumo vai desde a compra
de uma roupa, gastos com alimentação e entretenimento, um carro novo ou qualquer
outro gasto que um consumidor realiza para satisfazer as suas necessidades
(BLANCHARD, 2004).
O segundo maior componente do PIB é o investimento, ou seja, a compra de
instalações ou máquinas pelas empresas (investimento não residencial), mais o a
compra de casas ou apartamentos pelas pessoas físicas (investimento residencial).
Estes dois investimentos tem muito em comum, sendo que, as empresas compram
máquinas ou instalações para produzir, e, compram casas ou apartamentos para obter
serviços de moradia (RABELO, 2007).
O terceiro componente que fazem parte do PIB são os gastos do governo, ou
seja, todos os bens e serviços adquiridos pelos governos federal, estadual e municipal.
Os serviços prestados pelos funcionários também são serviços adquiridos pelo
governo, bem como os pagamentos de juros, assistência médica ou benefícios de
previdência social não são considerados gastos governamentais (BLANCHARD,
2004).
O PIB é considerado um dos maiores indicadores da atividade econômica, ou
seja, que exprime o valor da produção realizada dentro das fronteiras geográficas de
um país, num determinado período. O PIB para os países representa a produção de
todas as unidades produtoras da economia (empresas públicas e privadas produtoras
de bens e prestadoras de serviços, trabalhadores autônomos, governo), (FEIJÓ,
2001).
O agregado de maior peso corresponde ao valor, a preços de mercado, de
todos os bens e serviços finais internamente produzidos. Portanto, o resultado final da
atividade produtiva, expressa monetariamente a produção, sendo que, a soma dos
valores é realizada com base nos preços finais de mercado (BONECHER, 2006).
Segundo Bonecher (2006) o PIB é muito usado pelas entidades privadas,
estudiosos econômicos, ou pelos elaboradores de projetos, análises e cenários
prospectivos como base de cálculo sobre o crescimento da economia de uma
determinada nação/país. Assim, nesta perspectiva, a sua avaliação é adotada como
o principal indicador para medir o desempenho econômico de um País, Região ou
Unidade Federativa.
A taxa de crescimento do PIB pode ser obtida pela comparação de tudo que se
produziu em um ano com o total do ano anterior. Assim, nesta perspectiva as taxas
positivas indicam que a economia está em crescimento. Para calcular o PIB
primeiramente se adota como marco referencial às recomendações contidas no
Sistema de Contas Nacionais – SCN/IBGE, proposto pelas Nações Unidas (FEIJÓ,
2001).
O PIB pode ser calculado por três diferentes caminhos, ou seja, pela produção,
pela renda e pelo dispêndio. O acompanhamento dos fluxos de produção, geração de
renda e de despesas num período permite que se calcule o valor adicionado ou
produto bruto de uma economia, por três óticas: “do produto (PIB), da renda (RIB) e
da despesa (DIB)”. O PIB é calculado pela seguinte formula: PIB = C + I + G + NX,
onde C = Consumo; I = Investimento; G = Despesa do Governo; e NX = Exportações
Líquidas (FEIJÓ, 2001).
O consumo trata de todos os bens e serviços comprados pela população, sendo
que, ele se divide em três subcategorias: bens não duráveis, bens duráveis e serviços.
Já o Investimento são os bens adquiridos para uso futuro: investimento fixo das
empresas (formação bruta de capital fixo) e variação de estoques. A Despesa do
Governo são os serviços adquiridos pelos governos Federal, Estadual ou Municipal.
E finalmente as Exportações Líquidas são a diferença entre exportações e
importações (BONECHER, 2006).
O PIB pode ser medido pelo valor dos bens e serviços a preços correntes e
reais, ou seja, pela produção avaliada em preços constantes, que leva em conta a
produção total de bens e serviços, sem a influência nos preços. Já o deflator do PIB,
é a razão entre o PIB Nominal e o PIB Real, o preço da mercadoria ou serviço, em um
determinado ano mais o preço desta no ano-base (ANGELICO, 1998).
Neste sentido, para calcular o valor dos bens e serviços, se utiliza os preços
finais de mercado, sendo que, não são computados no PIB os valores gerados pela
produção da economia informal, ou seja, o valor dos bens intermediários, pois, os
mesmos fazem parte dos bens finais (ANGELICO, 1998).
Assim, para padronizar o cálculo do PIB, é necessário fazer a comparação das
análises, e dos valores expressos em unidades monetárias. Portanto, para a análise
da taxa de crescimento do PIB têm-se as taxas positivas que indicam economia em
crescimento; as taxas nulas, que indicam a economia em estagnação; e as taxas
negativas, que indicam a respectiva economia em recessão (FEIJÓ, 2001).
Desta forma, o PIB (Produto Interno Bruto) computa a renda recebida pelos
estrangeiros residentes no país, porém, não inclui a renda recebida pelos habitantes
do país que residem no exterior. Já o PNB (Produto Nacional Bruto) computa a renda
total dos habitantes do país, residentes ou não, mas exclui a renda dos estrangeiros
residentes no país.
Segundo Blanchard (2004) os gastos do governo e os impostos influenciam no
consumo, pois, a aquisição de bens e serviços pelo governo movimenta a economia,
porque os impostos influenciam diretamente a renda disponível, que é de extrema
importância no consumo. O resultado final do PIB é obtido após a compra de bens e
serviços nacionais por estrangeiros. Já a subtração das importações, é obtida pelos
bens e serviços estrangeiros adquiridos pelos consumidores, empresas e governo.
Desta forma, a diferença entre a produção e as vendas é denominada de
investimentos em estoques, sendo que, no investimento em estoques acontece à
defasagem entre a política econômica adotada e seu efetivo efeito real, que varia
conforme o nível de estoques e com a velocidade que as decisões de nível de
produção são refeitas.

2.4 POLÍTICA DO BANCO CENTRAL

No que diz respeito à política econômica brasileira o Banco Central (BACEN)


tem a finalidade de empregar uma política fiscal, monetária e cambial nacional, para
conquistar seus respectivos objetivos macroeconômicos. A diferença entre estas
políticas é de que a política fiscal atua obre o nível de gastos do governo e dos
impostos. Por outro lado, a política monetária atua por meio dos juros e do crédito. Já
a política cambial determina a taxa de câmbio (RABELO, 2007).
Ainda no que diz respeito ao BACEN, o mesmo pode adotar políticas
econômicas expansionistas ou contracionistas, dependendo do nível de atividade
econômica. Portanto, as respectivas políticas econômicas expansionistas focam na
expansão do nível de atividade da economia. Por outro lado, as políticas econômicas
contracionistas visam à respectiva redução do nível de atividade da economia
(RABELO, 2007).
De um modo em geral, verifica-se que o governo utiliza três instrumentos de
política monetária: operações de mercado aberto, que afetam a base monetária;
mudanças na taxa de redesconto, que afetam as taxas de juros e a base monetária;
e as mudanças no nível de reservas compulsórias, que afetam o multiplicador
monetário. O maior instrumento de política monetária são as operações de mercado
aberto, ou seja, são os determinantes das taxas de juros e da base monetária
(RABELO, 2007).
Assim, verifica-se que o fator que expande a base monetária e que eleva a
oferta de juros em curto prazo são as compras de títulos em mercado. Por outro lado,
as vendas de títulos em mercado aberto reduzem a base monetária, com também
reduzem a oferta de moeda e elevam as taxas de juros de curto prazo (BLANCHARD,
2004).
Ainda, de acordo com Blanchard (2004) a política de redesconto são as
mudanças nas taxas de desconto dos bancos frente ao BACEN e afeta de moeda por
meio de sua influência sobre o volume de empréstimos de desconto e da base
monetária. Portanto, nesta perspectiva, verifica-se que uma elevação nas taxas de
redesconto eleva o custo de tomar empréstimos do BACEN, ou seja, com isso, os
bancos farão menos empréstimos de descontos. Já uma taxa de redesconto mais
baixa torna os empréstimos de desconto mais atraentes aos bancos.
Desta forma, a elevação no nível de exigência de depósitos compulsórios
diminuem os depósitos que podem ser criados por um dado nível de base monetária,
gerando a contração da oferta de moeda. Já uma diminuição no nível de exigência de
depósitos compulsórios, certamente elevara uma determinada expansão da oferta de
moeda.

2.5 AS POLÍTICAS ECONÔMICAS DE COMBATE À INFLAÇÃO

O BACEN tem sido também o principal responsável pelas metas de inflação,


de modo que o BBC é quem realmente estipulada variação de taxas do IPCA – índice
de Preços ao Consumidos Amplo, a cargo do Comitê de Política Monetária do Banco
Central (COPOM). Nesse sentido, o COPOM define a meta da taxa básica de juros e
analisa o Relatório de Inflação, utilizando como controle o respectivo nível de preços
a taxa de juros Selic (SOUZA, 2015).
A Selic (Taxa média ajustada dos financiamentos diários apurados no Sistema
Especial de Liquidação e de Custódia para títulos federais), por sua vez, significa a
taxa dos juros da economia brasileira utilizada para garantir os depósitos
interfinanceiros, que por sua vez são custodiados pelos bancos (CARRARA;
CORREA, 2012).
Segundo Souza; Lameiras (2014) 1999 e 2000 no regime de metas as políticas
de controle fizeram com que a inflação, ficasse a mesma dentro do valor estipulado
pelo governo. Portanto, em 2001 2002 a cotação do dólar provocou um efeito, fazendo
com que o Copom aumentasse os juros para combater a alta inflacionária.
Na figura 1 apresenta-se uma relação entre a taxa Selic e a inflação efetiva no
período compreendido pelo estudo de Souza (2015) entre os anos de 1999 e 2013,
de forma de exemplificar esta importante relação que existe.

Figura 1: Relação existente entre a taxa de juros Selic e a inflação efetiva.

Fonte: Adaptado de Souza (2015).

Conforme a figura acima é possível verificar que com a inflação menos


pressionada, os juros foram diminuindo, ficando acima da meta, e com a alta de 9,3%
do IPCA em 2003 ficou abaixo da observada no ano anterior (12,5%).
Segundo Souza (2015) o governo aumentou a taxa de juros em 2004, reduzindo
assim a inflação, por causa dos impactos inerciais e da alta de preços das
commodities. O BBC em 2005 voltou a diminuir a taxa de juros, e, em 2006 e 2007 a
inflação manteve-se bem a mesma. Em 2008, a crise chegou ao Brasil, onde, o Real
e o câmbio passaram a ser desvalorizados puxados pela queda dos preços das
commodities.
Com toda esta desvalorização cambial, o Copom do BCB precisou reagir, ou
seja, o BCB estabilizou o mercado de câmbio e garantiu o financiamento para o
comércio exterior com a realização de leilões de venda de moeda estrangeira
(CAVALCANTI; VONBUN, 2014). Ainda conforme o autor, o BCB facilitou o acesso ao
crédito para os agentes privados, para a concessão de empréstimos de redesconto, e
a liberação de recursos (CAVALCANTI; VONBUN, 2014).
Em 2009, o BBC com a intenção de sustentar a oferta de crédito criou a política
fiscal anticíclica, utilizando o BNDES, o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal
para que estes respectivos créditos ficassem disponíveis (AFONSO, 2012).
Segundo Afonso (2010) o Brasil socorre-se por meio do aumento do crédito
bancário, o que contribuiu para o aumento da dívida pública, e, dessa forma, o uso do
crédito foi uma estratégia para poder estimular o crescimento da renda e do emprego.
No ano de 2010 as medidas que o BCB adotou resultaram na elevação no
desestímulo às operações de crédito e nos recolhimentos compulsórios. Em 2012 e
2013 ocorreram algumas mudanças na meta da taxa Selic, onde, a meta da Selic
continuou a cair, chegando a 7,5% a.a. (SOUZA; LAMEIRAS, 2014).
Portanto, nestes mesmos anos houve um aumento da inflação, conduzidos
pela política monetária, que impôs uma elevada taxa de juros para à sociedade
brasileira, sendo que a redução da inflação aconteceu pela retração do nível de
atividade (MENEZES; MENDES, 2011).
Desta forma, com a credibilidade da política monetária estipulada entre 1999 e
2009 uma equação de demanda por moeda, se iguala aos resultados do modelo com
as expectativas de preços, gerando a construção de uma taxa de crescimento
monetário esperada. Neste caso, o regime de metas inflação foi eficaz para o processo
inflacionário do país, assegurando um aumento dos preços por uma demanda
agregada.

2.6 A INFLAÇÃO E O COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR

O plano econômico e suas variáveis têm grande importância como instrumento


de regulação do mercado, os indicadores como os citados quando impactados
negativamente exercem influência muito forte sobre o consumo das pessoas. Em
períodos de recessão, os consumidores são obrigados a repensar suas prioridades
de consumo. Mota (2014) afirma que as oscilações econômicas afetam principalmente
os hábitos de consumo e o rendimento dos consumidores, com reflexos imediatos
para os diferentes setores.
Para Scherer; Kowaleski; Rezende (2010), o clima econômico afeta o
comportamento do cliente por meio de três mecanismos: diretamente, expandindo ou
reduzindo os recursos financeiros de uma família, influenciando o sentimento do
consumidor e orientando os ciclos de negócios. Logo, a análise do comportamento do
consumidor em períodos de crise econômica tem grande importância para o mercado.
Diante deste cenário, há uma tendência geral em reduzir e cortar gastos,
optando por produtos e serviços mais baratos. O primeiro item que o consumidor abre
mão em tempos de crise financeira é o chamado item supérfluo, ou seja, aquele que
não será tão necessário naquele momento de sua vida. Supérfluo é um quesito bem
abrangente, indo desde uma viagem até mesmo a compra de um sapato ou uma
roupa. Portanto, vale destacar que se considera supérfluo, em momentos como esse,
o corte de uma necessidade.
O aumento da inflação, os escândalos políticos, a gestão do dinheiro púbico,
levam o consumidor a ficar desconfiado quanto ao seu futuro, e a mudar seu
comportamento para economizar e se possível poupar para um futuro incerto
(FERREIRA, 2015). Na crise econômica vivenciada no Brasil, um dos mais
prejudicados desta fase ruim é o consumidor, afetando diretamente no seu
comportamento.
O brasileiro precisa pesquisar mais antes de decidir uma compra, e com menos
poder de compra, o consumidor troca carne bovina por frango ou porco, assim como
procura economizar em produtos de limpeza. Porém, não diminuiu a compra de
produtos básicos. Além disso, os consumidores cortaram gastos supérfluos, como
salgadinhos e doces, e prefere economizar em alguns itens para gastar em outros que
considera mais relevante (BATISTA, 2016).
A crise muda a maneira com a qual a população se comporta e a divide em
públicos que consomem de formas diferentes. Contudo, de uma forma geral, o
consumidor está mais atento. Ele dá mais valor ao seu dinheiro e faz mais pesquisas.
Sem dúvida, é necessário ofertar preço, formas de pagamento e atendimento ágil e
de qualidade para conseguir efetivar uma venda em época de crise.
Na sessão a seguir será dada uma ênfase mais específica aos dados do PIB
brasileiro ao longo dos últimos anos, expressando os principais impactos provocados
pela pandemia global vivida na atualidade.
3. ANÁLISE DE RESULTADOS

Neste tópico apresentam-se alguns resultados sobre o tema proposto com


base nas referências disponíveis e escolhidas para compor este respectivo trabalho.

3.1 ANÁLISE DO PIB BRASILEIRO NOS ÚLTIMOS ANOS

De um modo em geral, a economia brasileira após um ciclo de crescimento


econômico considerável já foi marcada por uma fase de recessão antes mesmo da
pandemia atual, como se observa no gráfico 1 abaixo.

Gráfico 1: Taxa de crescimento do PIB entre 2003 a 2017.

Fonte: Adaptado de Oliveira (2018).

Os dados do gráfico acima identificam três períodos distintos, em especial o


ano de 2017, que marca o início da recuperação. O primeiro período entre 2003 e
2008, gerou um crescimento bem satisfatório, ou seja, a taxa média ficou em 4,2% ao
ano.
Já no segundo período, entre 2009 e 2014, aconteceu o aumento de produto,
porém, a desaceleração de ritmo se percebia, com exceção de 2010, ano marcado
pela recuperação após a recessão em 2009, sendo esta influenciada pela crise
internacional a taxa média ficou de 2,8% ao ano. Por fim, no último período, entre
2015 e 2016, aconteceu uma recessão, com perda superior a 7% para o PIB e de 8%
para o PIB per capita.

3.1.1 O crescimento 2003-2008

A taxa média de crescimento durante o primeiro período ficou em torno de


4,2%, sendo que, o desempenho da economia se tornou bastante positivo em se
tratando de crescimento. Em 2003 a taxa de desemprego caiu para 10,2%, e, em 2008
para 8,1%, em 2008.
Entre os anos de 2003 á 2008 realizaram-se reformas bem importantes, dentre
elas, a melhora macroeconômico, e o considerável aumento do crédito em relação ao
PIB, que passou de 25,8% do PIB em 2003 para 39,7% do PIB em 2008. Ainda neste
período houve o superávit primário médio de 3,4% do PIB, possibilitando neste
sentido, a queda dos indicadores de dívida, e a melhoria em seu perfil (OLIVEIRA,
2018).
Segundo Oliveira (2018) boa parte do desempenho econômico no período é
creditada ao ambiente externo. Portanto, este período apesar de ser considerado um
período curto, foi também de crescimento razoável, mesmo que a evolução do PIB
tenha sido explicada pelo aumento da população ocupada, as medidas de
produtividade se recuperaram.

3.1.2 O crescimento 2009-2014

Entre 2009 até 2014 o crescimento médio foi de 2,8% ao ano, se caracterizando
principalmente pela desaceleração do crescimento, crescimento este atribuído ao
ambiente externo, e a uma série de medidas intervencionistas, apresentadas pelo
Governo Federal a fim de evitar uma desaceleração ainda maior na economia
brasileira (OLIVEIRA, 2018).
Em 2011 a 2012, a economia a presentou um superaquecimento, porém, o
governo atribuiu um aumento do crédito público, as desonerações tributárias, o
congelamento de preços administrados, a intervenção no setor elétrico, a adoção de
uma política fiscal mais expansionista e uma política monetária menos preocupada
com o alcance da meta inflacionária.
Naquele período a taxa de desemprego, que havia atingido 8,1% na média de
2008, reduziu-se para em 6,8% em 2014. Em razão desta decadência, os
desequilíbrios na economia se acumularam, sendo que, o déficit em conta corrente
chegou a 4,2% do PIB. Mesmo com o crescimento do PIB houve uma evolução na
produtividade, e, com isso, percebe-se uma desaceleração em seu crescimento nesse
período.
Desta forma, a interpretação que se faz neste período é de que houve uma má
alocação do capital, reduzindo não só a produtividade da economia, mas também as
perspectivas de crescimento futuro.

3.1.3 A recessão de 2015 e 2016

A economia brasileira entre os anos de 2015 e 2016 reduziu de 3,5%, havendo


uma queda em todos os trimestres, pincipalmente no segundo trimestre de 2015,
quando a economia contraiu 1,9%, como está representado no gráfico 2 abaixo.

Gráfico 2: PIB e FBCF – nível e variação.

Fonte: Adaptado de Oliveira (2018).


De um modo em geral, verifica-se no gráfico acima que os índices são
expressos pelo PIB, pelo FBKF (formação bruta de capital fixo), e pelo consumo.
Assim, a queda do investimento precedeu a queda do produto, decaindo no último
trimestre de 2013. No final de 2016, o nível do investimento era de 30% abaixo dos
níveis apresentados no fim de 2013. Desde 2011, a economia brasileira se
desacelerou, em razão de uma piora da economia global, e por causa do esgotamento
do ciclo de crescimento anterior (OLIVEIRA, 2018).
Ressalta-se também que as contas públicas se deterioraram bastante no
período, gerando o aumento da dívida pública. No início de 2015, aconteceu a perda
de investimento, fazendo com que o governo implementasse um plano de ajuste fiscal,
e um aperto da política monetária, para tentar evitar que a inflação extrapolasse a
meta (OLIVEIRA, 2018).
A elevação das taxas de juros influenciaram negativamente a atividade e o
investimento. A incerteza relacionada ao processo político prejudicou o ambiente
econômico ao se manter demasiadamente elevada muito tempo. Naquele período a
retração econômica causou deterioração de todo o cenário macroeconômico,
prejudicando as empresas e famílias (OLIVEIRA, 2018).
Desta forma, conforme o autor acima citado, verifica-se que a taxa de
desemprego média, que ficou em 6,8% em 2014, subiu em 2015 e 2016 para 11,3%.
Nos anos de 2015 e 2016, foram destruídas mais de três milhões de vagas formais de
emprego, sendo estas vagas na indústria e na construção civil.

3.1.4 A recuperação de 2017

Em 2017, por sua vez, o crescimento da economia brasileira aumentou, sendo


que, diversos fatores contribuíram para isso, em especial, a política monetária, a safra
agrícola, e também um contexto internacional favorável às respectivas transações.
Na tabela 1 abaixo apresenta o crescimento em 2017 pelos componentes de
demanda e componentes de oferta.
Tabela 1: Evolução do PIB e seus componentes – 2014 a 2017.

Fonte: Adaptado de Oliveira (2018).

Mesmo que a indústria tenha apresentado estabilidade no ano, a indústria


extrativa e a indústria de transformação também apresentaram um bom desempenho,
pois, a primeira foi beneficiada pelos recordes de produção de petróleo e de minério.
Já a apresentou um bom desempenho no setor de veículos e equipamentos
eletrônicos.
Um dos principais problemas para a indústria foi à queda da construção civil.
Em se tratando de demanda, o destaque foi o consumo das famílias, com alta em
todos os trimestres do ano fechando em 2017 com elevação de 1%. Ainda sobre a
demanda, deve-se destacar o desempenho do investimento. Em 2017, o segmento de
máquinas e equipamentos mostrou recuperação, com crescimento de 3%.
As perspectivas para 2018 se mostram bastante positivas, sendo que, a política
monetária continuará expandindo, o mercado de trabalho deve seguir sua trajetória
de recuperação, a taxa de desemprego vem apresentando números melhores, a
população ocupada avançou, o rendimento real se recuperou, aumentando a massa
salarial real.
Desta forma, o FMI (fundo monetário internacional) em 2018 previa
crescimento de 3,9% para 2018 e 2019, acima dos 3,7%, sendo que, este cenário vem
favorecendo o fluxo de capital para países emergentes, reduzindo risco e o aumento
no preço e na demanda por commodities. Assim, o Brasil apresenta saldos comerciais
expressivos, dando um maior segurança para enfrentar os desafios fiscais e as
turbulências eleitorais.

3.2 O PIB DO BRASIL E A PANDEMIA DE 2020

O primeiro caso da COVID 19 foi confirmado em fevereiro no estado de São


Paulo, ou seja, por um homem de 61 anos, com histórico de viagem para a Itália,
evidenciando neste sentido que, os contágios acontecem inicialmente com as pessoas
que viajaram para o exterior (BOSQUEROLLI, et.al, 2020).

O ano de 2020 foi marcado por uma drástica mudança pela qual a população
teve que se acostumar, ou seja, com a pandemia de Covid-19 as pessoas tiveram que
adotar medidas de isolamento social, gerando uma queda na economia. Portanto, os
setores em especial da indústria, comércio, e serviços de acordo com o IBGE
apresentaram em março uma queda de 9.1%, 2.5 % e 6.9% (BOSQUEROLLI, et. al,
2020).

Desta forma, a economia entra em recessão técnica com a baixa, ou seja,


períodos recessivos são caracterizados por dois trimestres seguidos de queda na
atividade. Assim, entre o mês de janeiro e março, o PIB recuou em 2,5% em
comparação aos três meses anteriores. Na figura 2 apresenta-se um gráfico com a
variação trimestral do PIB, frente aos três meses anteriores.
Figura 2: Variação trimestral do PIB, frente aos três meses anteriores.

Fonte: Adaptado de Vieceli (2020).

Conforme a figura acima é possível verificar que a economia brasileira depois


de ser atingida pela pandemia em 2020 desabou, sendo que, em abril e junho o PIB
teve tombo de 9,7% comparados aos três meses anteriores. Portanto, na comparação
com o segundo trimestre de 2019, a queda foi ainda mais forte, de 11,4%.
Nos três primeiros meses de 2020 a taxa de desocupação foi de 12,2%, em
comparação ao ano anterior. A população mais prejudicada com a desocupação são
as mulheres, sendo que, a criação de novas vagas de emprego diminuiu
(BOSQUEROLLI, et. al, 2020).
O recorde de pessoas fora do ambiente de trabalho chegou a 67,3 milhões,
sendo que, este cenário expressa a grande informalização como uma alternativa de
sobrevivência para muitas pessoas. Assim, sem o aumento da formalização
consequentemente vai gerar a queda dos empregos (KREIN; BORSARI, 2020).
Na figura 3, por sua vez, apresenta-se um gráfico com o desempenho dos
setores no segundo trimestre de 2020.
Figura 3: Desempenho dos setores no segundo trimestre de 2020.

Fonte: Adaptado de Vieceli (2020).

Conforme a figura acima é possível verificar que os setores de serviço (-9,7%)


e indústria (-12,3%) foram os setores que mais sentiram os efeitos da crise. Em
relação às demandas, as importações (-13,2%) e investimentos privados (-15,4)
também apresentaram reduções drásticas.
De acordo com o os dados apresentados pelo IBGE, em março a produção
industrial recuou 9,1% em comparação ao mês anterior, sendo que, os bens de
consumo duráveis e de capital foram os que mais recuaram. Na indústria automotiva
os trabalhadores tiveram que reduzir 74% sua jornada de trabalho, e muitos deles
tiveram seus contratos suspensos (KREIN; BORSARI, 2020).
Segundo Krein; Borsari (2020) os dados com as medidas do governo para
contenção do desemprego, ou seja, com medidas provisórias são dados de solicitação
de seguro-desemprego e estimativas de atividades setoriais. Os pedidos de seguro
desemprego não foram observados, isso porque existiram muitas dificuldades da
forma de solicitar este seguro.
Os investimentos descaíram no mês de abril, ocasionado também o declínio
nas importações de máquinas e equipamentos, como também a desvalorização do
real influindo em rebatimentos sobre a estrutura de custos das firmas (MULINARI,
2020).
Os economistas em decorrência da paralisação das atividades econômicas
tiveram que entrar num consenso para reduzir o impacto social, pois, o déficit fiscal
será bem maior gerando o aumento da dívida pública brasileira. Este aumento poderá
chegar a um patamar de 100% em 2021, mas para haver um colapso fiscal
precisariam ser formadas algumas medidas de ajuste fiscal pós-pandemia (OREIRO,
2020).
Segundo Oreiro (2020) diante destes problemas, é impossível fazer uma
previsão do impacto da COVID-19 sobre o PIB brasileiro com exatidão, mesmo que
os dados são computados e as estatísticas avançadas. Em 2020 e 2021 acontecerá
um impacto no produto interno bruto de acordo com as previsões do DIEESE e do
Branco Central (KREIN; BORSARI, 2020).
Desta forma, a pandemia no Brasil tem agravado muito na desigualdade, pois,
a sociedade brasileira é vista por muitas vulnerabilidades socioeconômicas e de saúde
(OREIRO, 2020).

3.3 IMPACTOS MACROECONÔMICOS DA PANDEMIA NO PIB BRASILEIRO

De um modo em geral, os impactos macroeconômicos provocados pela


pandemia no Brasil podem ser representados ou expressos de várias formas. Pois, os
impactos variam de acordo com variáveis econômicas, ou seja, com o valor bruto da
produção (VBP); com as importações; com as ocupações; com a massa salarial; com
o valor adicionado (VA); com os impostos sobre produtos (ICMS); e também com o
produto interno bruto (PIB) (DWECK, 2020).
Ainda em 2020 muitos cenários (especulativos) foram criados para tentar
mensurar estes impactos. Assim, os resultados estão apresentados em uma
perspectiva macroeconômica, conforme a tabela 2 abaixo.
Tabela 2: Impacto sobre variáveis econômicas selecionadas.

Fonte: adaptado de Dweck (2020).

De acordo com a tabela acima a variável que foi mais prejudicada é a da


ocupação, nos senários otimista, referência e cenário pessimista. A redução desta
variável se traduz principalmente na demissão dos trabalhadores ou na redução das
horas trabalhadas (DWECK, 2020).
Neste sentido, a queda nas ocupações é bem maior do que a queda de
estimada para o PIB, nos cenário otimista, referência e pessimista. Já a queda
potencial na massa salarial é a menor queda nas ocupações, em razão de que os
setores que fazem parte da maior queda nas ocupações tem um salário médio inferior
do que os menos afetados (BARBOSA FILHO, 2017).
Segundo Barbosa Filho (2017) a produção doméstica sofreu uma grande
queda. Por outro lado, a queda nas importações é ainda maior, sendo que, a
estimativa dos fluxos comerciais é de que a queda das importações fique inferior à
estimativa de redução das exportações.
Na arrecadação de impostos e de ICMS a queda foi estimada nos três senários.
Portanto, os resultados estimados na tabela representam os impactos para o conjunto
da economia (BARBOSA FILHO, 2017).
Desta forma, na tabela a seguir, está especificada a contribuição de cada um
desses componentes nas variáveis VBP, ocupações, VA e massa salarial, os choques
por componente de demanda (Var. %) e impactos sobre variáveis selecionadas.
Tabela 3: Contribuição das variáveis macroeconômicas.

Fonte: adaptado de Dweck (2020).

Conforme a tabela acima, o impacto na redução do consumo das famílias se


torna bem mais acentuado nas ocupações. Por outro lado, sobre as exportações, a
variável ocupação é a menos afetada. Já a VBP e os salários sofrem mais por causa
da redução das vendas externas, refletindo principalmente na crise sobre as diferentes
atividades exportadoras (WECK, 2020).
Segundo Weck (2020) sobre o impacto, a FBCF, as ocupações e o VBP são as
variáveis mais afetadas. Portanto, o maior componente que sofre um maior impacto
sobre as ocupações nos cenários é o consumo familiar.
Desta forma, ainda sobre o VBP, os impactos do consumo das famílias, das
exportações e da FBCF são parecidos de acordo com o percentual, sendo que, o
mesmo não é observado para o VA, pois, a redução decorrente da queda do consumo
das famílias é bem superior.
Conforme os dados coletados pelo Ministério da economia, no ano de 2020 o
Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) mostrou que os preços da
alimentação aumentaram. Já na agricultura o medo é de que as cadeias produtivas
sejam interrompidas, colocando em risco à segurança alimentar da população. As
entradas de contêineres bem como as normas de restrições no comércio exterior são
problemas de planejamento e logística, mas que repercutem também no aumento de
preços dos produtos.
Já no comércio internacional o que se espera é um menor impacto no setor
animal, e de grãos, porém, os produtos perecíveis, durante o isolamento social tendem
a aumentar consideravelmente (TÁVORA, 2020).
Desta forma, em 2020 e, provavelmente no ano de 2021 a divida pública
brasileira irá aumentar, diminuindo o PIB e ocasionando problemas na economia
brasileira. A queda do PIB em junho se manteve negativa por causa da queda na
produção industrial, da queda nas vendas do comércio e também no volume de
serviços prestados. A produção agrícola como o, milho, soja e cana de açúcar se
manteve, mesmo com a queda generalizada do preço das commodities (SILVA;
SILVA, 2020).
Em decorrência da pandemia brasileira a produção industrial e o crescimento
do PIB indicam que a população irá enfrentar grandes dificuldades. Desta forma, as
decisões tomadas pelo governo do federal não suavizaram os efeitos nocivos da crise
para a economia, em razão de que o número de mortes diárias por covid-19 continua
alto.
No ano de 2020 para muitos economistas o déficit fiscal será muito grande, o
que irá ocasionar um aumento na dívida pública brasileira. A dívida também vai
repercutir ainda por todo o ano de 2021 de acordo com estes economistas (OREIRO,
2020).
Atualmente a dívida brasileira é formada pela moeda nacional, sendo
praticamente impossível prever o impacto da COVID-19 sobre o PIB brasileiro, mesmo
com a computação de dados e a realização de modelos estatísticos avançados.
Nas estatísticas do DIEESE o impacto da crise no produto interno bruto
brasileiro sofrerá uma queda (BOSQUEROLLI, et al, 2020).
Portanto, no Brasil em decorrência da pandemia a desigualdade tende a se
agravar ainda mais, pois, sociedade brasileira é vista principalmente pelas
desigualdades socais e pelas suas vulnerabilidades. A população brasileira vulnerável
é a mais prejudicada com a pandemia, sendo que, nos últimos meses a pandemia só
evolui, e, com isso, pessoas contaminadas vivendo em periferias só aumentaram
(INSTITUTO DE ECONOMIA DA UFRJ, 2020).
De acordo com o Instituto de economia da UFRJ (2020) a pandemia não
engendra o processo de desvalorização do real, mas, o influencia por causa da
posição do dólar como reserva de valor. Portanto, com o dólar só aumentando, o
Banco Central teve que atuar no mercado para poder conter a depreciação cambial,
e, a taxa Selic sofreu algumas quedas, chegando a um patamar de até 3,00% o mês
de maio. Sobre as transações correntes, o país apresentou um grande déficit, por isso,
os problemas se agravaram ainda mais com a pandemia, gerando a depreciação
cambial (MELLO, 2020).
Desta forma, o setor da economia sofreu um grande impacto, ocasionando
desempregos em um país marcado pela desigualdade social. Portanto, a
desestruturação política e econômica do Brasil ficou mais evidente com a divulgação
de dados estatísticos.
A seguir apresentam-se algumas das medidas governamentais adotadas no
período com uma breve contextualização sobre a sua eficácia.

3.4 ANÁLISE DA EFICÁCIA DAS MEDIDAS GOVERNAMENTAIS ADOTADAS

A procura por empréstimos no Brasil em razão do novo coronavírus cresceu,


mas o crédito bancário segue restrito e caro. Conforme pesquisas feitas pelo Sebrae
(2020), em torno de 60% dos pequenos negócios que pediram empréstimos tiveram
seu pedido negado (OLIVEIRA, 2020).
O Ministério da Economia disponibilizou valores mensais em um programa
federal de auxílio emergencial, tanto para pessoas físicas, como jurídicas de
microempresas em todo o Brasil. O que, de certa forma, ajuda a aliviar os prejuízos
destes e pelo menos manter a dignidade de sobrevivência nestes períodos.
Para as empresas, foram disponibilizadas ainda outras medidas relacionadas
à folha de pagamento dos funcionários, estimulando a permanência dos mesmos em
seus postos de trabalhos. Com isso, o governo subsidiou parte das folhas de
pagamento de algumas empresas, somadas a outras medidas, como redução de
carga horária, e outras.
Portanto, como, de um modo em geral, as linhas de crédito têm as taxas de
juro muito alta, e, as medidas propostas pelo governo e pelo banco central não são
tão eficientes assim, acredita-se que as instituições bancárias estão com receio do
aumento do índice de inadimplência.
A taxa de juros para pessoas jurídicas oscilou de 3,12% ao mês em fevereiro
para 3,17% em março. Por outro lado, para financiar salários dos trabalhadores, o
Tesouro Nacional arcará com 85% dos R$ 40 bilhões ofertados, os juros são de 3,75%
ao ano (OLIVEIRA, 2020).
Mesmo que com a queda da taxa Selic, de 3,75% e com as medidas do Banco
Central para aumentar a liquidez, as taxas impostas pelas instituições bancárias
seguem em alta. Portanto, as ações anunciadas pelo governo já equivalem a 7,8% do
PIB, e, desse respectivo percentual 2,1% trada de medidas de crédito.
As ações nas linhas de crédito ainda são insuficientes para que os micros e
pequenos negócios não “quebrem” financeiramente. Neste sentido, o que falta no
sistema financeiro é uma participação do governo para diminuir o risco e garantir maior
facilidade no acesso ao crédito, sendo que, é muito importante que o Governo Federal
ofereça recursos do Tesouro para que os bancos públicos atuem de forma mais
arrojada.
Desta forma, conforme Oliveira (2020), uma solução para todo este problema
seria de que o Banco Central atue comprando carteiras de crédito, como Banco
Central dos EUA faz.
O chamado “auxílio emergencial”, valor de R$ 600,00 mensais repassado pelo
governo federal aos brasileiros em vulnerabilidade econômica, tais como os
trabalhadores informais e de baixa renda, microempreendedores individuais e também
contribuintes individuais do Instituto Nacional do Seguro Social, acabou injetando um
recurso significativo na economia brasileira, fazendo com que muitos setores do
comércio e serviços se mantivessem aquecidos neste período de pandemia.
Outra ação mundial, que de certa forma interfere na economia brasileira e
mundial, sejam pelos investimentos, ou perspectiva de impacto positivo na prevenção
da doença é com relação ás vacinas. Ressalta-se o esforço mundial para acelerar os
protocolos, testes e produção das diferentes vacinas que estão chegando como
praticamente única solução. Porém, é de ressaltar a dificuldade ainda que se tenha
para a produção destas em larga escala.
Em paralelo a isso se tem em meados de março de 2021 (um ano dos primeiros
impactos da pandemia no Brasil) se tem uma nova onde de contaminação em grande
escala em praticamente todos os estados brasileiros, onde novas cepas (novas
variações e mutações) do vírus se espalham de forma muito rápida, levando os
governos á adotarem medidas mais rígidas em relação ao distanciamento social, que
por sua vez, impactam no comércio, serviços e, inevitavelmente na economia
brasileira.
A seguir apresenta-se uma breve contextualização sobre o período pós-
pandemia.

3.5 O PERÍODO PÓS-PANDEMIA

Após a pandemia a retomada econômica aconteceu somente no mês de


agosto, sendo que, os recursos que foram destinados ao combate da pandemia são
de 5,55% do PIB do país, recursos estes parecidos com os pacotes adotados em
diversas outras economias (SILVA; SILVA, 2020).
De um modo em geral, no Brasil, uma das formas encentradas para poder
recuperar a pós-pandemia é na área da construção civil, ou seja, é um segmento que
sustenta a demanda; aumenta a produtividade; induz o gasto e investimento privado.
Portanto, investir na construção civil em época de pandemia pode trazer crescimento
econômico para o Brasil (NOGUEIRA, 2020).
Na construção civil a infraestrutura é vista como um dos principias segmentos,
porém, em razão da pandemia os investimentos de infraestrutura diminuíram. Além
da infraestrutura outro segmento muito importante que faz parte da construção civil é
o da construção residencial, sendo pelo menos metade representada pelas
construções domésticas, que são base empresarial (NOGUEIRA, 2020).
Segundo Nogueira (2020) economistas tiveram algumas ideias para solucionar
a crise econômica brasileira, sendo que, alguns deles apresentam uma visão crítica
frente às medidas adotadas pelo Governo Federal brasileiro.
Desta forma, o principal papel do estado é de garantir o desbloqueio da
produção e do consumo por meio da expansão de seus déficits, ou seja, realizar um
bom planejamento estratégico, e saber com períodos de crise.
Os Estados Unidos, por sua vez, em decorrência da pandemia tiverem que
tomar algumas medidas drásticas na economia, ou seja, injetaram vários trilhões de
Dólares em sua respectiva economia para pagar os trabalhadores, e, 19 bilhões para
compras governamentais (TÁVORA, 2020).
A economia em 2020 poderá ser estimulada através de políticas monetária,
fiscal e creditícia. Já em 2021 o governo vai retomar a economia, baseando-se
principalmente na consolidação fiscal e, na busca por recursos (SILVA; SILVA, 2020).
Ainda em 2021, o que se pretende é reestimular a economia, com a realização
de concessões, de aprovação de projetos, com privatizações, e com a formação de
empresas (TÁVORA, 2020).
A dívida do Brasil no final de 2021 poderá ser de 55%, ou seja, um valor menor
que o ano de 2018, sendo que, o esperado para 2021 é de conter e reduzir os índices
de inflação, reduzir as taxas de juros e a taxa de câmbio depreciada. Portanto, se a
pandemia for controlada, os impactos negativos no curto prazo podem ser evitados
(SILVA; SILVA, 2020).
Os principais fatores que tendem a superar a pandemia brasileira é carência de
articulação entre os agentes e instituições governamentais, os efeitos negativos da
pandemia, e também a corrupção de recursos. Além destes fatores irá acontecer um
grande crescimento de desemprego, como também a desigualdade renda. Portanto,
com o isolamento social consequentemente irá desencadear prejuízos econômicos
(AGÊNCIA BRASIL, 2020).
Neste sentido, conseguir superar a pandemia e manter a economia estável,
será uma forma de superar a crise social, pois, o avanço do coronavírus aconteceu
de maneira mais acelerada no Brasil, em razão da falta de equipamentos de
segurança, pela carência de profissional, pela falta de testes, pela não utilização de
máscaras, e do funcionamento de serviços não essenciais (TÁVORA, 2020).
Desta forma, no Brasil a situação se agravou por causa de que pelos menos
75% da população brasileira não possuem planos de saúde, tendo que enfrentar
outras epidemias. A região mais prejudicada foi o Nordeste, Norte e Centro-Oeste, por
não possuírem UTIS suficientes para a demanda da população.
Enfim, mesmo em pleno final do primeiro trimestre de 2021, ainda são
pequenas as perspectivas de melhorias em curto prazo da economia mundial, e da
própria cura para o vírus, mas esforços tem que ser cada vez mais destinados para a
criação de estratégias que possam ajudar a minimizar os impactos provocados por
esta pandemia.
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS

De um modo em geral, verifica-se que ainda não se sabe qual é o tamanho do


impacto que a Covid-19 casou sobre a economia e PIB do país e como vai ser a sua
retomada. Porém, as situações econômicas de muitas empresas apontam para um
início de uma crise que repercute na produção interna do país, e consequentemente
em sua economia. Porém, de acordo com estimativas, principalmente nos anos de
2020 e 2021, o que se sabe com certeza é que houve um grande impacto econômico
da crise sanitária, bem como as medidas para atenuar os efeitos sociais e econômicos
da Covid-19.
Nestes dois anos (2020 e 2021) o PIB pode cair 11% e o emprego, 14%.
Portanto, este impacto depende da eficácia das medidas de isolamento, da forma de
retomada da economia após a contenção do pico de contágio da pandemia e de que
forma as pessoas que fazem parte desta demanda irão reagir às políticas domésticas
e à evolução da economia internacional.
A redução do consumo das famílias é mais acentuada nas ocupações, em
razão da importância da queda ocasionada nos setores de serviços. Sobre as
exportações, a variável ocupação é a menos afetada, enquanto o VBP e a massa
salarial são mais impactados por causa da redução das vendas externas.
O cenário demanda final que será mais afetado pela crise atual é a FBCF de
empresas e famílias, sendo que, os indicadores da capacidade produtiva que antes
da crise eram em torno de 30%, subiram para 50% nos primeiros dados divulgados,
desestimulando assim, o investimento das empresas.
O governo já adotou uma série de medidas emergenciais para atendimento a
muitas destas empresas, para aliviar os impactos da crise, tais como auxílio financeiro,
possibilidade de redução de carga horária, auxílio em parte das folhas de pagamento,
dentre outras. Porém, estas situações requerem ainda um maior apoio governamental.
Ainda, verifica-se que as universidades, bem como as instituições
governamentais e não governamentais são de extrema importância para uma melhor
aproximação e compreensão das realidades locais, além de que, podem aproveitar as
estratégias e orientações apresentadas pelo governo do estado.
Desta forma, mesmo de os primeiros sinais da crise econômica no país ter sido
observado nas atividades de serviços, outros setores serão afetados também, mesmo
de forma distintas.
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