O Impacto Da Panndemia No Pib e Economia Brasileira
O Impacto Da Panndemia No Pib e Economia Brasileira
O Impacto Da Panndemia No Pib e Economia Brasileira
Palhoça
2021
LEANDRO ZEFERINO MAESTRI
Palhoça
2021
AGRADECIMENTOS
RESUMO
In general, severe global situations, such as the current crisis caused by the
pandemic of COVID-19, go beyond all forecasts and plans, both of companies, public
agencies and people, and significantly impact the economy of a country, and in this
case, in the global economy. Thus, the objective of the present work was to verify the
macroeconomic impacts on the Brazilian economy as a result of Covid-19. The
Narrative Bibliographic Review method was used, through a literature review. It was
found that it is not yet known how big the impact that Covid-19 had on the economy
and GDP of the country and how it will be resumed. However, the economic situations
of many companies point to the beginning of a crisis that has repercussions on the
country's domestic production, and consequently on its economy. The government has
already adopted a series of emergency measures to assist many of these companies,
to alleviate the impacts of the crisis, such as financial assistance, the possibility of
reducing the workload, assistance in part of the payrolls, among others. However,
these situations still require greater government support.
Figura 1: Relação existente entre a taxa de juros Selic e a inflação efetiva. ............. 23
Figura 2: Variação trimestral do PIB, frente aos três meses anteriores. ................... 32
Figura 3: Desempenho dos setores no segundo trimestre de 2020. ......................... 33
LISTA DE TABELAS
1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 10
1.1 EXPOSIÇÃO DO TEMA E DO PROBLEMA ....................................................... 10
1.2 OBJETIVOS ........................................................................................................ 11
1.2.1 Objetivo geral ................................................................................................. 11
1.2.2 Objetivos específicos..................................................................................... 11
1.3 JUSTIFICATIVA .................................................................................................. 12
1.4 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS ............................................................ 12
2. CONTEXTO DA ECONOMIA BRASILEIRA CONTEMPORÂNEA ...................... 14
2.1 O CENÁRIO ECONÔMICO DO BRASIL ............................................................. 14
2.2 ESPECIFICIDADES DA ECONOMIA BRASILEIRA CONTEMPORÂNEA... 17
2.3 O PIB – PRODUTO INTERNO BRUTO DO BRASIL .......................................... 18
2.4 POLÍTICA DO BANCO CENTRAL ...................................................................... 21
2.5 AS POLÍTICAS ECONÔMICAS DE COMBATE À INFLAÇÃO............................ 22
2.6 A INFLAÇÃO E O COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR ............................. 24
3. ANÁLISE DE RESULTADOS ............................................................................... 26
3.1.1 O crescimento 2003-2008 .............................................................................. 27
3.1.2 O crescimento 2009-2014 .............................................................................. 27
3.1.3 A recessão de 2015 e 2016 ............................................................................ 28
3.1.4 A recuperação de 2017 .................................................................................. 29
3.2 O PIB DO BRASIL E A PANDEMIA DE 2020 ..................................................... 31
3.3 IMPACTOS MACROECONÔMICOS DA PANDEMIA NO PIB BRASILEIRO ..... 34
3.4 ANÁLISE DA EFICÁCIA DAS MEDIDAS GOVERNAMENTAIS ADOTADAS ..... 38
3.5 O PERÍODO PÓS-PANDEMIA............................................................................ 40
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS .................................................................................. 43
REFERÊNCIAS......................................................................................................... 44
1 INTRODUÇÃO
1.2 OBJETIVOS
1.3 JUSTIFICATIVA
O ano de 2020 foi marcado por uma drástica mudança pela qual a população
teve que se acostumar, ou seja, com a pandemia de Covid-19 as pessoas tiveram que
adotar medidas de isolamento social, gerando uma queda na economia. Assim,
baseado em experiências anteriores, como as recentes crises de 2008 e 2009, mesmo
em amplitude bem menor, mas mostraram que às vezes os impactos podem ser mais
severamente sentidos em períodos posteriores.
Se no Brasil sentiu-se os reflexos da crise mundial de 2008/2009 apenas em
2013 e 2014 em diante, muito foi em função dos dados da economia brasileira terem
sido manipulados anteriormente a 2014 pelo governo brasileiro para esconder a real
situação.
Na época, como o país estava numa franca onda de consumismo, isso acabava
gerando altos valores de arrecadação de impostos. Dessa forma, nesta onda
consumismo as indústrias continuavam fabricando, as empresas vendendo, as
pessoas trabalhando e consumindo e o governo arrecadando. Por um período parecia
que estava tudo bem e que a crise mundial não afetava o Brasil.
Mas os primeiros sinais de deterioração da economia e do mercado de trabalho
começaram a aparecer realmente em 2014. Embora a taxa de desempregado da
pesquisa mensal de empregos (MPE), de 4,8%, tenha atingido o menor nível da série
histórica, houve redução do número de vagas naquele período. “Além da economia já
demonstrar fraqueza, o avanço da operação Lava Jato provocou uma série de
demissões em massa na construção civil, que se intensificou no início de 2015” (E&D,
2016).
Para Pastore; Pinotti (2008), a crise chega ao Brasil através de dois canais
distintos. O primeiro deles é o encolhimento dos fluxos de capitais que são
necessários para o país financiar os déficits nas contas correntes, para poder manter
elevada a taxa de investimento. O segundo canal foi a redução dos preços
internacionais das commodities, o que contribui em última instância para a redução do
preço médio das exportações mundiais.
Os efeitos da crise econômica na produção industrial chegaram através das
vias comercial e creditícia. A falta de crédito veio com o enfraquecimento dos
mercados financeiros.
Com isso, a indisponibilidade de aquisição de grandes empréstimos destinados
à produção afetou o nível de investimento na economia brasileira, bem como as
expectativas dos agentes. “Pela via comercial o canal de chegada da crise foi o
esgotamento da demanda externa, impactando negativamente nos setores de bens
intermediários e na produção de bens de capital, como ônibus e aviões” (BANCO
CENTRAL DO BRASIL, 2009).
A partir destes dados é possível ver como o setor de serviços e da construção
civil que antes alavancavam a economia com a geração de empregos atualmente
apresentam dados negativos.
Um dos fatores mais afetados com a desaceleração da economia brasileira foi
à oferta de emprego. Como a indústria e a construção civil frearam, devido à falta de
investimentos e com a redução nas vendas, sobrou para os empregados.
Em tempos de crise vividos pela pandemia atual, os desafios aos
empreendedores, aos gestores públicos e economistas, e para a população em geral
são ainda maiores. Pois, verifica-se um grande número de pequenas empresas que
estão fechando as portas no Brasil em decorrência dos fatores exógenos da
pandemia, sendo que, muitas destas nem irão mais voltar a atuar posteriormente
(OLIVEIRA, 2020).
Assim, se torna importante uma contextualização sobre os impactos possíveis
de serem sentidos e avaliados na economia brasileira provocada pela pandemia.
Entre 2009 até 2014 o crescimento médio foi de 2,8% ao ano, se caracterizando
principalmente pela desaceleração do crescimento, crescimento este atribuído ao
ambiente externo, e a uma série de medidas intervencionistas, apresentadas pelo
Governo Federal a fim de evitar uma desaceleração ainda maior na economia
brasileira (OLIVEIRA, 2018).
Em 2011 a 2012, a economia a presentou um superaquecimento, porém, o
governo atribuiu um aumento do crédito público, as desonerações tributárias, o
congelamento de preços administrados, a intervenção no setor elétrico, a adoção de
uma política fiscal mais expansionista e uma política monetária menos preocupada
com o alcance da meta inflacionária.
Naquele período a taxa de desemprego, que havia atingido 8,1% na média de
2008, reduziu-se para em 6,8% em 2014. Em razão desta decadência, os
desequilíbrios na economia se acumularam, sendo que, o déficit em conta corrente
chegou a 4,2% do PIB. Mesmo com o crescimento do PIB houve uma evolução na
produtividade, e, com isso, percebe-se uma desaceleração em seu crescimento nesse
período.
Desta forma, a interpretação que se faz neste período é de que houve uma má
alocação do capital, reduzindo não só a produtividade da economia, mas também as
perspectivas de crescimento futuro.
O ano de 2020 foi marcado por uma drástica mudança pela qual a população
teve que se acostumar, ou seja, com a pandemia de Covid-19 as pessoas tiveram que
adotar medidas de isolamento social, gerando uma queda na economia. Portanto, os
setores em especial da indústria, comércio, e serviços de acordo com o IBGE
apresentaram em março uma queda de 9.1%, 2.5 % e 6.9% (BOSQUEROLLI, et. al,
2020).
E&D. Crise econômica faz aumentar espera de desempregos pro novas vagas.
Disponível em: http://economia.estadao.com.br/noticias/geral, crise-economica-faz-
aumentar-espera-de-desempregados-por-novavaga,10000006639>. Acesso em: 04.
mar. 2021.
GARCIA, M. O real dilema entre inflação e crescimento. 2005. Artigo. In: PUC Rio,
Departamento de Economia. Disponível em: < http://www.economia.puc-
rio.br/mgarcia/Artigos/Artigos%20Valor/050415%20Real%20dilema.pdf>. Acesso em:
04. mar. 2021.