Tarefa 1 - Lingua Latina

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Curso: Licenciatura Plena em Letras-Espanhol

Disciplina: Língua Latina – Período: 2021.1 – 60 horas


Professor: Me. José Mágno de Sousa Vieira

Curso: Licenciatura Plena em Letras-Espanhol


Disciplina: Língua Latina – Período: 2021.1
Professor: Me. José Mágno de Sousa Vieira
Aluno: Domingos de Barros Araújo

TAREFA 1

1. Ao compreendermos a língua enquanto instituição social, enquanto artefato cultural de


um povo, devemos desenvolver um estudo que parta dos aspectos históricos por meio dos
quais é possível depreender os elementos que a estruturam e constituem no que se refere à sua
constituição histórica, cultural e linguística. Partindo de tal premissa, iniciamos nossos
estudos sobre a língua latina inserida em um contexto social de usos que se acha atravessado
por critérios que hierarquizam as línguas em grupos. O latim, por exemplo, faz parte de do
chamado grupo itálico de línguas indo-europeias. No entanto, a ausência de documentação
histórica impossibilita o acesso registrado desse latim indo-europeu e nos possibilita acesso
apenas pelo que se toma por reconstituição.

Desse modo, partindo da leitura realizada do texto “A língua latina: sua origem, variedades e
desdobramentos, de Maria Cristina Martins, mais especificamente do item “A língua latina e
sua relação com a história social, política e etc, em termos gerais”, discorra sobre como se deu
a fixidez do latim entre os séculos III a. C. e II d. C. e o século V d. C.
Para caracterizar esse período, explique como o exército romano contribuiu para a expansão
da cultura latina através do uso do Latim como língua do estado romano.

Do século III a.C. ao século II d.C., ou até mesmo ao século V d.C., a língua latina
conservou uma aparente fixidez, mas que não correspondia à sua situação linguística real. A
imobilidade aparente da forma visível, escondia uma mudança radical que existia na estrutura
interna da língua, resultado da evolução do latim que continuava prosseguindo. Assim que se
deu a ruína do Império Romano e de sua civilização, os resultados dessa mudança se
manifestaram rapidamente.
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Disciplina: Língua Latina – Período: 2021.1 – 60 horas
Professor: Me. José Mágno de Sousa Vieira

O soldado romano ensinava a sua língua e a sua pronúncia, mas ao mesmo tempo
aprendia a prosódia e a língua de seus companheiros. Formava-se assim um latim um pouco
mestiçado, pois se casava com os dialetos afins e por isto mesmo apresentava arcaísmos
condenados em Roma. Por volta do ano 500 a.C., Roma conseguiu expulsar os etruscos,
originários do norte de Roma, que tinham estendido seus domínios a Roma e a Cápua, no sul.
A posição estratégica da cidade e a capacidade dos romanos de fazer alianças, fizeram
com que vencessem os etruscos ao norte e os samnitas, ao sul. Sucederam-se várias guerras na
expansão de Roma, desde 500 a.C. a 117 d.C. Nesta data, o Império Romano atingiu sua
extensão máxima, com 301 províncias.

2. Tome como base teórica o mesmo artigo de Maria Cristina Martins e realize ao que a
questão a seguir solicita.

Descreva as fases pelas quais passou o Latim arcaico, clássico (literário) e culto (falado) e
latim vulgar a partir do que se aponta a seguir:
a) Latim arcaico – epigrafia (discorrer sobre as características dialetais e principais
falares latinos, registros escritos):

Pela epigrafia latina que o ē e ō eram pronunciados como e fechado e o fechado,


respectivamente, pois o ō longo aparece frequentemente representado por u e o ē longo por i.
O umbro apresenta apócope do –m final e o osco-umbro apresenta a partícula de reforço dos
demonstrativos –ce, idêntica ao latim. Havia, pois, na origem, “falares latinos”, sendo o latim
de Roma um deles. Além do prenestino, outro importante é o falisco, falado em Falérios
(Falerii). Estes dois dialetos apresentam características mais arcaicas ainda do que se aponta
para o chamado latim arcaico.

b) Latim clássico literário (discorrer sobre a definição de clássico e literário no que se


refere à compreensão do latim clássico/literário, principais nomes desenvolvedores da
literatura escrita nessa língua):
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O latim “clássico” ou “literário” é fruto de prolongado amadurecimento e elaboração,


e representa o momento de seu maior esplendor. Este momento foi precedido de vários
estágios perfeitamente demarcados, e a ele se seguiriam outros estágios subsequentes, que
iriam culminar na formação das línguas românicas modernas.
O “Latim clássico” é a norma literária, altamente estilizada, que compreende o período
que vai de 81 a. C. a 14 d.C. Seus principais representantes são Cícero, César e Salústio, na
prosa e, no verso, Virgílio, Horácio, Ovídio, Lucrécio e Catulo. É uma estilização do sermo
urbanus ou usualis, língua coloquial das classes cultas, com o qual convivia.

c) Latim vulgar (discorrer sobre a definição do latim vulgar, os pontos em que se


distingue do latim culto falado e do latim clássico literário):

O “Latim vulgar” era o latim essencialmente falado pela grande massa popular menos
favorecida e quase que inteiramente analfabeta do Império Romano. Distinguia-se do latim
culto falado (e por extensão do latim clássico ou literário) em todos aspectos gramaticais. Era
mais simples em todos os níveis, mais expressivo, mais concreto e mais permeável a
elementos estrangeiros.
Meillet fala sobre o latim vulgar como um conjunto de tendências que se
manifestavam diferentemente conforme o maior ou menor grau de educação dos que o
falavam, e segundo o tempo e os lugares onde era falado.
Do ponto de vista gramatical, o latim clássico é: uma língua sintética e uma língua de
ordem livre e o latim vulgar é analítico na construção da sentença, pois, devido à progressiva
perda dos casos, começa a exprimir as funções gramaticais por meio de preposições
(complementos indiretos e circunstâncias) e pela ordem das palavras (sujeito e objeto).

3. No intuito de traçarmos os primeiros paralelos entre as estruturas morfossintáticas das


línguas latina e portuguesa devemos atentar para alguns elementos que constam e funcionam
em um dado sistema linguístico e que inexistem em outro. Lima (2012) no material básico da
disciplina nos aponta dois aspectos que merecem atenção no que diz respeito à morfologia e a
sintaxe da língua latina respectivamente.
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Tendo como base, na unidade 2, o item 2.4 intitulado “A morfossintaxe latina: aspectos
gerais”, discorra a respeito das peculiaridades mórficas do latim na comparação com o
português.
Para tanto, informe, quanto à morfologia, os seis elementos elencados pela autora bem como o
funcionamento do gênero e, quanto à sintaxe, discorra a respeito da função sintática não ser
exercida pela posição das palavras nas frases.

As peculiaridades mórficas do latim são: a) Não existem artigos; b) Os pronomes


pessoais do caso reto são pouco empregados; c) As preposições são menos empregadas que
em português, como se verá ao longo deste curso; d) As palavras, como no português,
dividem-se em variáveis e invariáveis; e) As variáveis são: substantivo, adjetivo, pronome e
verbo; f) As invariáveis: advérbio, preposição, conjunção e interjeição.
Os elementos morfológicos que incidirão nos substantivos marcarão as seguintes
gramaticais: a) Categoria de nominais: Os gêneros são masculino, feminino e neutro. Quanto
ao masculino: Os nomes próprios de homens ou os que figuram como nomes referendados a
homens, os nomes apelativos que designam homens, os nomes dos animais que significam o
macho da espécie e os nomes de meses. Quanto ao feminino: Os nomes próprios de mulheres,
os nomes apelativos que designam mulheres, os nomes de animais que significam a fêmea da
espécie, os nomes de ilhas e os nomes de arvores. Quanto ao neutro: Os nomes que indicam
frutos de árvores, metais e os indeclináveis, as palavras empregadas como objeto de referência
gramatical sem nenhuma significação e as letras do alfabeto.
A língua portuguesa não agasalha o gênero neutro. Deste gênero latino, existem
apenas vestígios no português, como: a) Nos pronomes demonstrativos; b) Nos pronomes
indefinidos; c) Nas formas adjetivas substantivadas; d) Nos casos de infinitivos
substantivados.
No que respeita à sua SINTAXE, observamos que em Latim posição das palavras na
frase não é ditada por sua função. Assim, uma mesma frase pode ser escrita de várias
maneiras, mudando-se a ordem das palavras.
Desta forma, para se determinar a função sintática (quer de sujeito, objeto,
complemento e outras) que um nome (substantivo, adjetivo, numeral) ou um pronome
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exercem na frase, a língua latina diferentemente da língua portuguesa, vale-se de um sistema
de flexões denominado morfemas de caso (FURLAN; BUSSARELA, 1977).

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