DT-5 Geradores - Revisão 2019
DT-5 Geradores - Revisão 2019
DT-5 Geradores - Revisão 2019
DT-5
Revisão 2019
www.weg.net
ÍNDICE
1 INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 9
1.1 HISTÓRICO .......................................................................................................................................9
1.2 NOÇÕES DE APLICAÇÕES ..............................................................................................................9
1.2.1 Tipos de acionamentos ......................................................................................................................... 9
2 NOÇÕES FUNDAMENTAIS ................................................................................... 10
2.1 PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO ..................................................................................................10
2.2 GERAÇÃO DE CORRENTE TRIFÁSICA ...........................................................................................11
2.2.1 Ligações no sistema trifásico .............................................................................................................. 11
2.2.2 Tensão nominal múltipla...................................................................................................................... 12
2.3 COMPORTAMENTO DO GERADOR EM VAZIO E SOB CARGA .....................................................13
2.4 MÁQUINAS DE POLOS LISOS E SALIENTES .................................................................................14
2.5 REATÂNCIAS ..................................................................................................................................14
2.6 POTÊNCIA EM MÁQUINAS DE POLOS SALIENTES .......................................................................15
2.7 DEFINIÇÕES ...................................................................................................................................16
2.7.1 Distorção harmônica ........................................................................................................................... 16
2.7.2 Fator de desvio ................................................................................................................................... 16
2.7.3 Modulação de tensão ......................................................................................................................... 16
2.7.4 Desequilíbrio angular ........................................................................................................................... 16
2.7.5 Desbalanceamento de tensão ............................................................................................................. 16
2.7.6 Transiente de tensão .......................................................................................................................... 17
2.7.7 Tolerância de tensão ........................................................................................................................... 17
2.7.8 Tensão Residual ................................................................................................................................. 17
3 PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO ........................................................................ 18
4 CARACTERÍSTICAS CONSTRUTIVAS ................................................................... 19
4.1 COMPONENTES PRINCIPAIS .........................................................................................................19
4.1.1 Estator da máquina principal ............................................................................................................... 19
4.1.2 Rotor da máquina principal ................................................................................................................. 19
4.1.3 Estator da excitatriz principal............................................................................................................... 19
4.1.4 Rotor da excitatriz principal e diodos retificadores girantes .................................................................. 19
4.1.5 Excitatriz auxiliar ................................................................................................................................. 19
4.1.6 Enrolamento auxiliar (ou bobina auxiliar) .............................................................................................. 19
4.2 PLACA DE IDENTIFICAÇÃO ............................................................................................................19
4.3 PINTURA - GERADORES PARA APLICAÇÃO INDUSTRIAL GERAL................................................20
4.4 TERMINAIS DE ATERRAMENTO .....................................................................................................20
4.5 MANCAIS ........................................................................................................................................20
4.6 FORMA CONSTRUTIVA ..................................................................................................................23
5 GERADORES WEG ............................................................................................... 28
5.1 NOMENCLATURA DAS MÁQUINAS SÍNCRONAS WEG .................................................................28
5.1.1 Linha G i-Plus ..................................................................................................................................... 28
5.1.2 Linha AG10......................................................................................................................................... 28
5.1.3 Linha GT10 ......................................................................................................................................... 29
5.1.4 Geradores WEG linha G ...................................................................................................................... 29
5.1.5 Geradores WEG linha S ...................................................................................................................... 29
5.2 NORMAS APLICÁVEIS ....................................................................................................................29
5.3 GERADORES COM EXCITAÇÃO POR ESCOVAS ...........................................................................29
5.4 GERADORES COM EXCITAÇÃO SEM ESCOVAS (BRUSHLESS) ...................................................30
5.5 GERADORES COM EXCITAÇÃO SEM ESCOVAS PARA APLICAÇÕES ESPECIAIS ........................... 32
5.5.1 Telecomunicações .............................................................................................................................. 32
5.5.2 Naval .................................................................................................................................................. 32
5.5.3 Marinizado .......................................................................................................................................... 32
5.6 MOTORES SÍNCRONOS .................................................................................................................32
5.7 SISTEMA DE EXCITAÇÃO SEM ESCOVAS (BRUSHLESS) PARA MOTOR SÍNCRONO ..................33
5.8 REGULADOR DE TENSÃO..............................................................................................................33
5.9 TEMPO DE REGULAGEM DA TENSÃO (TEMPO DE RESPOSTA) ..................................................33
6 CARACTERÍSTICAS DO AMBIENTE ...................................................................... 35
6.1 ALTITUDE........................................................................................................................................35
6.2 TEMPERATURA AMBIENTE ............................................................................................................35
6.3 DETERMINAÇÃO DA POTÊNCIA ÚTIL DO GERADOR NAS DIVERSAS CONDIÇÕES DE
TEMPERATURA E ALTITUDE ..........................................................................................................35
6.4 ATMOSFERA AMBIENTE ................................................................................................................35
6.4.1 Ambientes agressivos ......................................................................................................................... 35
6.5 GRAUS DE PROTEÇÃO ..................................................................................................................36
6.5.1 Código de identificação ...................................................................................................................... 36
6.5.1 Tipos usuais ....................................................................................................................................... 36
DT-5 - Características e Especificações de Geradores 3
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ÍNDICE DE TABELAS
ÍNDICE DE FIGURAS
1 INTRODUÇÃO
1.1 HISTÓRICO 1.2.1 Tipos de acionamentos
O gerador elementar foi inventado na Inglaterra em 1831 a) Grupos Diesel, Óleo Pesado, Gás, Etanol,
por MICHAEL FARADAY, e nos Estados Unidos, mais ou Gasolina, Biodiesel e Óleo de Pirólise:
menos na mesma época, por JOSEPH HENRY. São geradores acionados por Motores Diesel ou a Gás.
Este gerador consistia basicamente de um ímã que se Potência: 12,5 a 4.200 kVA (Linha G)
movimentava dentro de uma espira, ou vice-versa, 10 a 250 kVA (Linha GT10)
provocando o aparecimento de uma f.e.m. registrado 200 a 1.045 kVA (Linha AG10)
num galvanômetro. Acima de 3.000 kVA (Linha SG10);
Rotação: 1800 rpm (IV polos), 1200rpm (VI polos) ou
900rpm (VIII polos). Demais polaridade sob consulta.
Tensão: 220 a 13.800 V - 50 e 60 Hz.
b) Hidrogeradores:
São geradores acionados por Turbinas Hidráulicas.
Potência: 500 a 150.000 kVA (Linha S)
500 a 11.500 kVA (Linhas GH10 e GH11)
250 a 3.900 kVA (Linha GH20 Hydro)
1.400 a 18.000 kVA (Linha SH11)
Rotação: 1800 rpm ou abaixo (IV ou mais polos)
Tensão: 220 a 13.800 V – 50 e 60 Hz
c) Turbogeradores:
São geradores acionados por Turbinas a Vapor.
Potência: até 200.000 kVA (Linha ST20)
Até 62.500 kVA (Linha ST40)
Rotação: 3.600 e 1.800 rpm (II e IV polos)
Figura 1.1: Galvanômetro
Tensão: 220 a 13.800 V – 50 e 60 Hz
NOTA d) Eólicos:
São geradores acionados por turbinas eólicas.
O galvanômetro "G" indica a passagem de Potência: Sob consulta
uma corrente quando o ímã se move em Rotação, tensão e frequência sob consulta
relação a bobina.
2 NOÇÕES FUNDAMENTAIS
2.1 PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO Já nos geradores de campo giratório (Figura 2.3) a
tensão de armadura é retirada diretamente do
A característica principal de um gerador elétrico é enrolamento de armadura (neste caso o estator) sem
transformar energia mecânica em elétrica. Para facilitar o passar pelas escovas. A potência de excitação destes
estudo do princípio de funcionamento, vamos considerar geradores normalmente é inferior a 5% da potência
inicialmente uma espira imersa em um campo magnético nominal. Por este motivo, o tipo de armadura fixa (ou
produzido por um ímã permanente (Figura 2.1). campo girante) é o mais utilizado.
O princípio básico de funcionamento está baseado no
movimento relativo entre uma espira e um campo
magnético. Os terminais da espira são conectados a dois
anéis, que estão ligados ao circuito externo através de
escovas. Este tipo de gerador é denominado de
armadura giratória.
e = B.l.v.sen(B^v)
Onde:
e - força eletromotriz (f.e.m.) Figura 2.3: Esquema de funcionamento de um gerador
B - indução do campo magnético elementar (armadura fixa)
l - comprimento de cada condutor
Para uma máquina de um par de polos, a cada giro das
v - velocidade linear
espiras teremos um ciclo completo da tensão gerada.
Para N espiras teremos: Os enrolamentos podem ser construídos com um
número maior de pares de polos, que se distribuirão
e = B.l.v.sen(B^v).N alternadamente (um norte e um sul). Neste caso, teremos
um ciclo a cada par de polos.
A variação da f.e.m. no condutor em função do tempo é Sendo "n" a rotação da máquina em "rpm" e "f" a
determinada pela lei da distribuição da indução frequência em ciclos por segundo (Hertz) teremos:
magnética sob um polo. Esta distribuição tem um caráter
p . n
complexo e depende da forma da sapata polar. Com um F
desenho conveniente da sapata poderemos obter uma 120
distribuição senoidal de induções. Neste caso, a f.e.m.
induzida no condutor também varia com o tempo sob Onde:
uma lei senoidal. F = frequência (Hz)
A Figura 2.2. (A) mostra somente um lado da bobina no p = número de polos
campo magnético, em 12 posições diferentes, estando n = rotação síncrona (rpm)
cada posição separada uma da outra de 30º.
Note que o número de polos da máquina terá que ser
A Figura 2.2 (B) nos mostra as tensões correspondentes
sempre par, para formar os pares de polos. Na Tabela
a cada uma das posições.
2.1 são mostradas, para as frequências e polaridades
usuais, as velocidades síncronas correspondentes.
Tabela 2.1: Velocidades síncronas Como as correntes estão defasadas entre si, a soma
Número de polos 60 Hz 50 Hz deverá ser feita graficamente, como mostra a Figura 2.5
2 3600 3000 (C), pode-se mostrar que:
4 1800 1500
6 1200 1000 √3 1,732
8 900 750
10 720 600
12
a) Ligação triângulo:
Chamamos "tensões/correntes de fase" as tensões e
correntes de cada um dos três sistemas monofásicos
considerados, indicados por Vf e If. Se ligarmos os três
sistemas monofásicos entre si, como indica a Figura 2.5 (A),
podemos eliminar três fios, deixando apenas um em cada
ponto de ligação, e o sistema trifásico ficará reduzido a três
fios U, V e W.
A tensão entre dois quaisquer destes três fios chama-se
"tensão de linha" (Vl), que é a tensão nominal do sistema
trifásico. A corrente em qualquer um dos fios chama-se
"corrente de linha" (Il).
Examinando o esquema da Figura 2.5 (B), vê-se que:
1) A cada carga é aplicada a tensão de linha "Vl", que é a
própria tensão do sistema monofásico correspondente,
ou seja:
Vl = Vf.
2) A corrente em cada fio de linha, ou corrente de linha
"Il", é a soma das correntes das duas fases ligadas a Figura 2.6: Ligação estrela
este fio, ou seja, Il If1 If3.
Examinando o esquema da Figura 2.6 (B) vê-se que: Tabela 2.2: Relação entre tensões (linha/fase) e potência em um
sistema trifásico
1) A corrente em cada fio da linha, ou corrente de linha (Il), LIGAÇÃO
TENSÃO DE CORRENTE POTÊNCIA
é a mesma corrente da fase à qual o fio está ligado, ou LINHA DE LINHA TRIFÁSICA (VA)
seja, Il = If. Y Vl = √3 x Vf Il = If S = 3 x Vf x If
2) A tensão entre dois fios quaisquer do sistema trifásico é Vl = Vf Il = If x √3 S = √3 x Vl x Il
a soma gráfica das tensões das duas fases as quais
estão ligados os fios considerados, ou seja, Vl = Vf x √3 b) Ligação estrela-triângulo
= 1,732 x Vf. (Figura 2.6 C). É comum para partida de motores assíncronos a ligação
estrela-triângulo.
Exemplo:
Nesta ligação, o enrolamento de cada fase tem as duas
Temos uma carga trifásica composta de três cargas
pontas trazidas para fora do motor. Se ligarmos as três
iguais, cada carga é feita para ser ligada a uma tensão
fases em triângulo cada fase receberá a tensão da linha
de 220V, absorvendo, 5,77A.
de alimentação, por exemplo 220V (Figura 2.8.B). Se
Qual a tensão nominal do sistema trifásico que alimenta
ligarmos as três fases em estrela, o motor pode ser
esta carga em suas condições normais (220V e 5,77A),
ligado a uma linha com tensão de alimentação igual a
qual a corrente de linha (Il)?
Temos: 220 x √3 = 380V sem alterar a tensão no enrolamento de
Vf = 220V (nominal de cada carga) cada fase, que continua igual a 220V (Figura 2.8.A).
Vl = 1,732 x 220V = 380V Este tipo de ligação exige 6 terminais acessíveis na caixa
Il = If = 5,77A. de ligação do motor e serve para quaisquer tensões
nominais duplas, desde que a segunda seja igual a
2.2.2 Tensão nominal múltipla primeira multiplicada por√3. Exemplos: 220/380V,
380/660V, 440/760V.
A grande maioria dos geradores são fornecidos com Note que uma tensão acima de 600 Volts não é
terminais do enrolamento de armadura religáveis, de considerada baixa tensão, e entra na faixa da média
modo a poderem fornecer duas tensões diferentes pelo tensão, em que as normas são outras. Nos exemplos
menos. Os principais tipos de religação de terminais de 380/660V e 440/760V, a maior tensão declarada serve
geradores ou motores assíncronos para funcionamento somente para indicar que o motor pode ser religado em
em mais de uma tensão são: estrela-triângulo, pois não existem linhas nesses níveis de
tensões.
a) Ligação série-paralela
O enrolamento de cada fase é dividido em duas partes
(lembrar que o número de polos é sempre par, de modo
que este tipo de ligação é sempre possível).
Ligando as duas metades em série, cada metade ficará
com a metade da tensão nominal de fase da máquina.
Ligando as duas metades em paralelo, a máquina
fornecerá uma tensão igual à metade da tensão anterior,
sem que se altere a tensão aplicada a cada bobina. Veja
os exemplos numéricos da Figura 2.7.
Reatância transitória (Xd’) pela posição angular do rotor em relação ao fluxo girante
É o valor de reatância da máquina correspondente à de estator (Figura 2.18).
corrente que circula na armadura após o período
subtransitório do curto, perdurando por um número
maior de ciclos (maior tempo).
Seu valor pode ser obtido dividindo-se a tensão na
armadura correspondente ao início do período transitório
pela respectiva corrente, nas mesmas condições de
carga.
E
xd ' =
I
Onde:
E = Valor eficaz da tensão fase-neutro nos terminais do
gerador síncrono, antes do curto-circuito.
I'= Valor eficaz da corrente de curto-circuito do período
transitório considerado em regime permanente. Seu valor
é dado por:
I = I m áx RP
Onde:
xd e xq são as reatâncias de eixo direto e em quadratura,
2 respectivamente:
A importância do conhecimento destas reatâncias está P = PD + PQ
no fato de que a corrente no estator (armadura) após a Pd = Uf . Id . senδ
ocorrência de uma falta (curto-circuito) nos terminais da
máquina terá valores que dependem destas reatâncias.
Pq = Uf . Iq . cosδ
Assim, pode ser conhecido o desempenho da máquina
diante de uma falta e as consequências daí originadas.
O gerador síncrono é o único componente do sistema
elétrico que apresenta três reatâncias distintas, cujos
valores obedecem à inequação:
m . Uf 2
l 1
Pr - sen2
2 xq xd
2.7 DEFINIÇÕES
2.7.1 Distorção harmônica
O formato ideal da onda de tensão de uma fonte de
energia CA é senoidal.
Qualquer onda de tensão que contenha certa distorção
Figura 2.23: Fator de desvio
harmônica (Figura 2.21), pode ser apresentada como
sendo equivalente à soma da fundamental mais uma A amplitude da variação (Figura 2.24), expressa como
série de tensões CA de amplitudes específicas um percentual do valor de pico de uma onda senoidal de
relacionadas harmonicamente. referência, é o Fator de Desvio.
A distorção pode ser definida para cada harmônica em
relação a sua amplitude como um percentual da
fundamental.
A distorção harmônica total pode ser calculada
utilizando-se a equação:
m= m
(Em )2
Distorção =
m= 2 E1
Onde:
Em - Tensão harmônica de ordem "m".
E1 – Tensão da fundamental.
3 PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO
4 CARACTERÍSTICAS CONSTRUTIVAS
4.1 COMPONENTES PRINCIPAIS 4.1.5 Excitatriz auxiliar
O gerador completo pode ser dividido em uma série de A excitatriz auxiliar ou PMG (Permanent Magnets
unidades funcionais. As principais são mostradas a Generator) é um gerador trifásico com rotor constituído
seguir. por imãs, que são seus polos de excitação, acoplado ao
eixo da máquina principal. O estator, constituído de
4.1.1 Estator da máquina principal chapas, possui um enrolamento trifásico para
alimentação do regulador de tensão. Na linha G a
As carcaças das máquinas da linha G são fabricadas em excitatriz auxiliar é oferecida como opcional (sob pedido)
chapas de aço calandradas (formato tubular). e encontra-se no exterior da máquina, no lado não
Para a linha S, as carcaças são fabricadas em chapas de acionado, fixada na tampa do gerador. Na linha S é
aço soldadas através de solda tipo “MIG”. Todo o utilizada ou não dependendo da aplicação ou
conjunto da carcaça recebe um tratamento de especificação do cliente e é fixada na tampa ou na base,
normalização para alívio de tensões provocadas pelas dependendo da forma construtiva da máquina. Na linha
soldas. G é conectada diretamente ao regulador de tensão e na
O pacote de chapas do estator (ou núcleo do estator), linha S, através de bornes na caixa de ligação da
com seu respectivo enrolamento, é assentado sobre as excitatriz auxiliar.
nervuras da carcaça (linha S) ou prensado na carcaça
(linha G). 4.1.6 Enrolamento auxiliar (ou bobina auxiliar)
As máquinas de baixa tensão são produzidas com fios
circulares e as de média tensão com fios retangulares. Padrão na linha G é um conjunto auxiliar de bobinas,
O isolamento padrão das máquinas da linha S é classe F monofásico, que fica alojado em algumas ranhuras do
e para a linha G classe H. As bobinas são fixadas às estator principal da máquina, junto com as bobinas de
ranhuras por cunhas de fechamento, normalmente armadura, porém totalmente isolado delas.
compostas de material isolante, e as cabeças dos Sua função é fornecer potência para o regulador de
enrolamentos são fortalecidas para que possam resistir a tensão alimentar o campo da excitatriz principal, potência
vibrações. As máquinas de baixa tensão da linha G são essa retificada e controlada pelo regulador de tensão.
impregnadas por gotejamento e da linha S por imersão.
Máquinas de alta tensão são impregnadas pelo sistema 4.2 PLACA DE IDENTIFICAÇÃO
VPI (Vacuum Pressure Impregnation).
Quando o fabricante projeta um gerador e o oferece à
4.1.2 Rotor da máquina principal venda, ele tem que partir de certos valores adotados
para características da carga a ser alimentada e
O rotor acomoda o enrolamento de campo, cujos polos condições em que o gerador irá operar.
são formados por pacotes de chapas. Uma gaiola de O conjunto desses valores constitui as "características
amortecimento também é montada no rotor para nominais" do gerador. A maneira pela qual o fabricante
compensação nos serviços em paralelo e variações de comunica estas informações ao cliente é através da
carga. placa de identificação do gerador (Figura 4.1).
Evidentemente é impossível colocar na placa de
4.1.3 Estator da excitatriz principal identificação todas as informações por extenso, de modo
que é preciso recorrer a certas abreviações. Além disso é
A excitatriz principal é um gerador trifásico de polos preciso que os valores apresentados sejam objetivos e
salientes. Na linha G seu estator é fixado na tampa não dêem margens diversas sobre seu significado ou
traseira do gerador e dentro dele. Na linha S é limites de variação.
posicionado fora da máquina e é fixado na tampa traseira Para isto, o fabricante recorre a Normas Técnicas que
ou na base do gerador, dependendo da sua forma padronizam as abreviações e símbolos e também
construtiva. estabelecem de uma só maneira o significado e os limites
Os polos salientes acomodam as bobinas de campo, dos valores declarados.
que são ligadas em série, sendo sua extremidade Os geradores WEG normais são fabricados segundo as
conectada ao regulador de tensão diretamente (linha G) normas ABNT (Associação Brasileira de Normas
ou através de bornes na caixa de ligação da excitatriz Técnicas), IEC (International Eletrotechnical Commission),
(linha S). VDE (Verband Der Elektrotechnik), Nema (National
Electrical Manufacturers Association) e mediante consulta
4.1.4 Rotor da excitatriz principal e diodos prévia podem ser fabricados conforme outras normas.
retificadores girantes
O rotor da excitariz principal é montado sobre o eixo da
máquina principal. O rotor é laminado e suas ranhuras
abrigam um enrolamento trifásico ligado em estrela.
O ponto comum desta ligação estrela é inacessível. De
cada ponto da ligação estrela saem dois fios para os
retificadores girantes, assentados os suportes
dissipadores. Dos dois fios, um é ligado ao retificador
sobre o suporte positivo e o segundo, ao mesmo
retificador sobre o suporte negativo.
4.5 MANCAIS
Dispositivo mecânico sobre o qual se apoia um eixo
Figura 4.1: Exemplo de etiqueta de identificação para gerador girante (no caso do gerador elétrico), deslizante ou
oscilante, e que lhe permite o movimento com um
Dentre as informações padronizadas por norma que não
mínimo de atrito.
precisam ser declaradas por extenso na placa de
Devido à grande importância dos mancais para o
identificação, estão as condições sob as quais o gerador
gerador como um todo, seguem abaixo alguns fatores
foi feito para funcionar, ou seja, as "condições usuais de
determinantes para sua durabilidade:
serviço".
Velocidade de operação;
Se o gerador for adquirido para trabalhar em condições
Esforços axiais e radiais aplicados aos mesmos;
especiais, o fato deve ser claramente indicado na
Correta manutenção e lubrificação;
especificação e pedido de compra do mesmo.
Condições ambientais às quais são submetidos.
As condições usuais de serviço são:
Os tipos de mancal a serem selecionados estão ligados
Meio refrigerante (na maioria dos casos o meio
também ao tipo de aplicação, sendo divididos
ambiente) de temperatura não superior a 40ºC e isento
principalmente em:
de elementos prejudiciais ao gerador;
Localização à sombra; a) Mancais de Rolamento
Altitude não superior a 1000 m sobre o nível do mar. Rolamentos de esferas lubrificados a graxa são padrões
nas máquinas WEG da linha G e carcaças menores da
4.3 PINTURA - GERADORES PARA linha S.
APLICAÇÃO INDUSTRIAL GERAL Dependendo da aplicação, e principalmente dos
esforços aplicados à ponta de eixo da máquina, podem
A WEG possui planos de pintura que atendem as mais ser especificados rolamentos de rolos ou rolamentos
variadas aplicações. lubrificados a óleo.
As linhas G e S possuem planos de pintura padrões
conforme seguem abaixo. Esses planos atendem quase
que a totalidade das aplicações industriais. Para
aplicações especiais ou conforme necessidade do
cliente, há a possibilidade de se especificar planos de
pintura especiais, mediante análise prévia.
15
14
13
16
17
06 12
05
11
04
03 10
02
01 07 09
08
09
07 12
10
06
05
11
04
03
02
08
01
Figura 4.11: Partes integrantes do gerador WEG Linha AG10 (modelo AG10 280)
Figura 4.14: Forma construtiva B3D (Linha S, fechado com trocador de calor ar-ar)
Figura 4.16: Forma construtiva D5 (linha S, fechado com trocador de calor ar-água)
5 GERADORES WEG
Atualmente a WEG ENERGIA produz duas linhas de 5.1.2 Linha AG10
máquinas síncronas: Linha G plus e Linha S.
A linha G plus é composta basicamente de máquinas Exemplo: A G 10 – 315 M I 30 A I
padrões (seriadas) e a linha S de máquinas especiais Produto (Caractere 1 - Nomenclatura Principal)
(engenheiradas, sob pedido). A Alternador
Exemplo: G T A . 2 0 2 A I 3 6
Código Complementar
Código referente à potência do gerador
devido a possibilidade de gerar rádio interferência em retifica, regula e aplica-a no estator da excitatriz
função do contato das escovas e anéis (possível principal do gerador (campo da excitatriz principal).
faiscamento). Por isso também não pode ser utilizado em Nas máquinas síncronas WEG essa configuração de
atmosferas explosivas. excitação é disponível mediante pedido para a Linha G
(modelos GP, vide Figura 5.4), e é praticamente
5.4 GERADORES COM EXCITAÇÃO padrão para as máquinas da Linha S (modelos SP e
SEM ESCOVAS (BRUSHLESS) SF).
Alimentação sem excitatriz auxiliar pelo próprio
Nesses geradores a corrente contínua para alimentação enrolamento de armadura da máquina, através de
do campo é obtida sem a utilização de escovas e anéis tap’s (para baixa tensão) ou via TP’s (para alta tensão),
coletores, utilizando somente indução magnética. Para ou ainda, alimentação externa em locais onde há
isso o gerador possui um componente chamado presença de rede. O regulador de tensão recebe
excitatriz principal, com armadura girante e campo fixo. A tensão alternada de uma dessas fontes, retifica, regula
armadura dessa excitatriz é montada no próprio eixo do e aplica-a no estator da excitatriz principal do gerador
gerador. Possui também um conjunto de diodos girantes (campo da excitatriz principal). Nos geradores WEG
(circuito retificador), também montado no eixo do essa configuração de excitação é disponível para os
gerador, para alimentação do campo principal em geradores da Linha S (modelos SS e SE).
corrente contínua. Este conjunto de diodos recebe
tensão alternada do rotor da excitatriz principal
(armadura da excitatriz), tensão esta induzida pelo
estator da excitatriz principal (campo da excitatriz), que é
alimentado em corrente contínua proveniente do
regulador de tensão.
Um esquema dos componentes montados no rotor de
uma máquina com excitação brushless encontra-se na
Figura 5.2.
O regulador de tensão monitora constantemente a
tensão de saída do gerador e atua no estator da
excitatriz. Com isso mantém a tensão de saída do
gerador constante.
A tensão alternada de saída do gerador, para
alimentação das cargas, é retirada do seu estator
principal (armadura) (Figura 5.3 e Figura 5.4).
Nos geradores brushless, a potência para a excitação
(alimentação do regulador de tensão) pode ser obtida de
diferentes maneiras, as quais definem o tipo de excitação Figura 5.1: Gerador com excitação por escovas
da máquina. Esses tipos de excitação são:
Alimentação através de bobina auxiliar, um conjunto
auxiliar de bobinas, independente, alojado em algumas
ranhuras do estator principal da máquina (armadura
principal). Funciona como uma fonte de potência
independente para o regulador de tensão, não sujeita
aos efeitos que acontecem no estator principal da
máquina. O regulador recebe tensão alternada dessa
fonte e alimenta o campo da excitatriz principal com
tensão retificada e regulada. Em condições normais de
operação, na bobina auxiliar é produzida uma tensão
monofásica de frequência nominal do gerador,
sofrendo pequenas distorções na forma de onda
dependendo do tipo de carga (resistiva, indutiva ou
capacitiva). Em situações de curto-circuito, é
produzida uma tensão monofásica de terceira
harmônica que continua alimentando o regulador de
tensão independentemente e mantém o curto-circuito.
Nas máquinas síncronas WEG essa configuração de
excitação é padrão para a Linha G em baixa tensão
(modelos GT, vide Figura 5.3.2.a);
Alimentação através de excitatriz auxiliar a imãs
permanentes (ou PMG - “Permanent Magnets
Generator”), que possui campo no rotor, a ímãs,
montado no próprio eixo do gerador, e estator
(armadura) fixado na tampa traseira do gerador (Linhas
G ou S) ou na base, em compartimento separado do
estator principal da máquina (Linha S). A excitatriz
auxiliar também funciona como uma fonte de potência
independente para o regulador de tensão. O regulador
recebe a tensão trifásica alternada gerada no estator
da excitatriz auxiliar (armadura da excitatriz auxiliar),
5.5 GERADORES COM EXCITAÇÃO A alimentação do campo principal com corrente contínua
pode ser feita diretamente através de escovas e anéis
SEM ESCOVAS PARA coletores (excitação com escovas) ou sem escovas
APLICAÇÕES ESPECIAIS (excitação brushless).
O método para se obter torque de partida consiste na
5.5.1 Telecomunicações utilização de barras de cobre, latão ou alumínio nas sapatas
Os geradores para Telecomunicações devem ser polares, que são curto-circuitadas nas extremidades por
especificados conforme a norma ABNT NBR 14664. meio de anéis, formando uma gaiola como se fosse a de
As aplicações mais comuns são grupos diesel de um motor de indução assíncrono.
emergência para centrais telefônicas, estações base de A Figura 5.5 mostra o perfil de chapa rotórica para um
telefonia celular, repetidoras, radares, sistema de rádio, motor síncrono quatro polos, onde localizam-se as barras e
aeroportos, etc. a região onde são curto-circuitadas nas sapatas polares.
A gaiola de partida também é chamada de enrolamento
VANTAGENS amortecedor, pois além de fornecer o conjugado de partida,
Não utiliza escovas e porta-escovas conseguindo-se amortece oscilações causadas pelas variações de carga,
com isso, manutenção reduzida; estabilizando a rotação do motor.
Não introduz rádio-interferências ocasionado pelo mau A partida do motor síncrono sem escovas (brushless) é feita
contato de escovas; com enrolamento de campo (excitação) curto-circuitado e
Deformações na forma de onda gerada, provocada pelas com o induzido (armadura) conectado à rede. Curto-
cargas, não interferem na regulação, pois o regulador é circuita-se o enrolamento de campo com o objetivo de
alimentado por bobina auxiliar, independente da tensão evitar a indução de tensões muito altas em suas espiras, o
de saída do gerador. que provocaria a perfuração do isolamento.
Principais características técnicas especificadas pela Conecta-se a armadura a uma rede de tensão alternada,
ABNT NBR 14664 (Grupos geradores – Requisitos quando manifesta-se então o conjugado de motor
gerais para telecomunicações): assíncrono. O rotor acelera até próximo à velocidade
Reatância subtransitória de eixo direto (Xd") menor ou síncrona, sem, contudo, atingi-la. Quando a velocidade do
igual a 12%; rotor é cerca de 95% da velocidade síncrona, o
Distorção harmônica total fase-neutro em vazio menor ou
enrolamento de campo é alimentado com corrente
igual a 3%; contínua. O campo magnético criado pelo enrolamento de
Precisão da regulação de tensão + 2% para qualquer campo entrelaça-se com o campo magnético girante da
valor estável de carga não deformante com fator de armadura, manifestando o conjugado de sincronismo e
potência entre 0,8 e 1,0; fazendo com que o rotor acompanhe o campo girante de
Transitório de tensão para degrau de 100% da carga: armadura (estator), movimentando-se à velocidade
+10% da tensão nominal; síncrona.
Variações de + 1% na rotação do motor diesel, não
Este fenômeno transitório é chamado "sincronização".
devem prejudicar a regulação da tensão; Uma das aplicações para os motores síncronos é a
Faixa de ajuste da tensão nominal através de utilização como compensadores síncronos para correção
potenciômetro: +/- 15%; do fator de potência nas instalações onde estão
Deve possuir resistor de desumidificação. conectados. A vantagem é a facilidade no ajuste e a
possibilidade da manutenção contínua do valor do fator de
5.5.2 Naval potência pré-ajustado. O motor síncrono, ao mesmo tempo
em que aciona uma carga no eixo (mecânica), pode
Os geradores para uso naval são projetados e fabricados funcionar como compensador síncrono.
para atender parâmetros e características técnicas de A partir de um certo tamanho e potência, e em aplicações
acordo com as entidades classificadoras e normas afins específicas, o motor síncrono operando com fator de
(ABS, DNV, Lloyds, Bureau Veritas, Rina, GL, PRS, CGSS, potência unitário pode ser uma vantagem em relação ao
USSR). Devem possuir certificação individual emitida por assíncrono devido apresentar maior rendimento. Com fator
uma dessas entidades. de potência unitário a parcela de potência reativa é
5.5.3 Marinizado inexistente e com isso a corrente é menor. Sendo a corrente
menor e circulando nos enrolamentos, as perdas são
Os geradores marinizados são projetados e fabricados para menores.
atender parâmetros e características técnicas para
aplicações em ambientes marítimos ou agressivos,
entretanto, não obedecem a entidades classificadoras
navais. Os geradores possuem proteções internas e
externas adicionais e não possuem certificação.
fixos (montados na carcaça) e os girantes (montados no A tensão induzida no rotor da excitatriz principal é
rotor). Na sequência apresentamos um item referente ao retificada e alimenta o enrolamento de campo.
sistema de excitação brushless com descrição do seu Na partida é induzida uma tensão muito alta no rotor da
funcionamento. máquina principal e isto faz com que o circuito de
chaveamento de campo atue, chaveando os tiristores
montados no rotor, fazendo com que o enrolamento de
campo seja curto-circuitado. Quando a rotação chega
em aproximadamente 95% da nominal a tensão induzida
no rotor principal da máquina (enrolamento de campo) é
bastante baixa. Então o circuito de chaveamento de
campo faz com que os tiristores deixem de conduzir e o
enrolamento de campo passa a receber a tensão
retificada proveniente do rotor da excitatriz.
Vantagens deste sistema:
Não utiliza escovas e porta-escovas;
Não introduz rádio-interferência pelo mau contato das
escovas;
Manutenção reduzida, solicitando cuidados apenas na
lubrificação dos mancais.
6 CARACTERÍSTICAS DO AMBIENTE
Entre outros, dois fatores principais influenciam
diretamente na determinação da potência admissível:
Temperatura do meio refrigerante onde o gerador é
instalado.
Altitude onde o gerador é instalado.
Na maioria dos casos, o ar ambiente possui temperatura
não superior a 40ºC, é isento de elementos prejudiciais e
a altitude é de até 1000m acima do nível do mar.
Até estes valores de altitude e temperatura ambiente
considera-se condições normais de operação, sem
sobreaquecimento da máquina.
6.1 ALTITUDE
Um gerador operando em altitude acima de 1000 m sem
ter sido especificado para tal apresentará aquecimento, Figura 6.1: Diagrama de Potência em Função da Altitude e da
causado pela rarefação do ar e, consequentemente, Temperatura Ambiente
diminuição do seu poder de arrefecimento.
A insuficiente troca de calor entre o gerador e o ar 6.4 ATMOSFERA AMBIENTE
circundante leva à exigência de redução de perdas, o
que significa também redução de potência. 6.4.1 Ambientes agressivos
O aquecimento das máquinas é diretamente proporcional
às perdas e estas variam aproximadamente numa razão Ambientes agressivos tais como, estaleiros, instalações
quadrática com a potência. portuárias, indústria de pescado e múltiplas aplicações
navais, indústrias químicas e petroquímicas, exigem que
6.2 TEMPERATURA AMBIENTE os equipamentos que neles trabalham sejam adequados
para suportar a agressividade desse ambiente com
Em geradores que trabalham constantemente em elevada confiabilidade.
temperaturas ambientes superiores a 40ºC sem terem Para aplicação de geradores nesses tipos de ambientes
sido projetados para essa condição, o enrolamento pode a WEG deverá ser consultada.
atingir temperaturas prejudiciais à isolação, reduzindo Nos casos de geradores para uso naval, as máquinas
sua vida útil. devem apresentar características especiais de acordo
Este fato deve ser compensado por um projeto especial com as exigências de construção, inspeção e ensaios
do gerador, usando materiais isolantes especiais ou pela estabelecidos nas normas das sociedades
redução da potência nominal do mesmo. classificadoras navais, entre as quais:
Geradores que operam em temperaturas inferiores a - American Bureau os Shipping (ABS);
20ºC e não especificados para esta condição podem Bureaus Veritas (BV);
apresentar os seguintes problemas: Lloyds Register of Shipping;
Excessiva condensação, exigindo drenagem adicional ou Germanischer Lloyd;
instalação de resistência de aquecimento, caso o E outras conforme Tabela 6.1, que determinam, entre
gerador fique longos períodos parado; outras características, temperaturas ambientes
Formação de gelo nos mancais, provocando mínimas e sobrecargas.
endurecimento das graxas ou lubrificantes dos mancais,
Tabela 6.1: Temperaturas ambientes e sobrecargas de acordo
exigindo o emprego de lubrificantes especiais ou graxas com normas navais
anti-congelantes. SOBRECARGA ADMISSÍVEL
TEMPERATURA SEM AQUECIMENTO
6.3 DETERMINAÇÃO DA POTÊNCIA NORMA
AMBIENTE ºC PREJUDICIAL
ÚTIL DO GERADOR NAS DIVERSAS % TEMPO
VDE 0530 40 50 15seg
CONDIÇÕES DE TEMPERATURA E Germanischer
45 50 2min
ALTITUDE Lloyd
50
IEC 50 15seg
Associando os efeitos da variação da temperatura e da 40
altitude à capacidade de dissipação, a potência do 50
Lloyds
gerador pode ser obtida multiplicando-se a potência útil 45 (com cos 15seg
Register
pelo fator de multiplicação encontrado nas curvas da =0,8)
Figura 6.1. ABS 50 50 2min
15%
DNV 45 com cos 2min
=0,6)
BV 50 50 15seg
RINA 50 50 15seg
Seeregister
45 50 2min
de UdSSR
Tabela 6.3: Nível de potência sonora em dB(A) conforme IEC 60034-9 e NBR 7565
IP22 IP44 IP22 IP44 IP22 IP44 IP22 IP44 IP22 IP44 IP22 IP44
Graus de Proteção
IP23 IP55 IP23 IP55 IP23 IP55 IP23 IP55 IP23 IP55 IP23 IP55
Velocidade
960 < n 1320 < n 1900 < n 2360 < n 3150 < n
Nominal n 960
1320 1900 2360 3150 3750
(rpm)
Potência Nominal
da Máquina Nível de Potência Sonora dB(A)
kW ou kVA
1 < P 1,1 73 73 76 76 77 78 79 81 81 84 82 88
55 < P 110 93 96 97 98 100 103 101 104 103 106 105 106
110 < P 220 97 99 100 102 103 106 103 107 105 109 107 110
102 105 108 109 111 113
220 < P 550 99 103 106 106 107 107
98* 100* 102* 102* 102* 105*
105 108 111 111 112 116
550 < P 1100 101 106 108 108 109 111
100* 103* 104* 104* 104* 106*
107 110 113 113 113 118
1100 < P 2200 103 108 109 109 110 112
102* 105* 105* 105* 105* 107*
109 112 115 115 115 120
2200 < P 5500 105 110 110 111 112 114
104* 106* 106* 107* 107* 109*
* Máquinas com refrigeração a água.
6.7 VIBRAÇÃO
As normas definem limites de vibração máximos para as
máquinas.
A Tabela 6.4 indica valores admissíveis para a amplitude
de vibração conforme Normas IEC 60034-14 e ABNT-
NBR 7094, para as diversas carcaças em dois graus:
Normal e Especial
Tabela 6.4: Limites de vibração conforme IEC 60034-14
Valores Limites da Amplitude de Vibração em Deslocamento, Velocidade e Aceleração (rms):
Grau
Carcaças 56 a 132 Carcaças 132 a 280 Carcaças 280 e acima
de Montagem
Vibração Desloc. Veloc. Acel. Desloc. Veloc. Acel. Desloc. Veloc. Acel.
(m) (mm/s) (mm/s2) (m) (mm/s) (mm/s2) (m) (mm/s) (mm/s 2)
Suspensão
A 25 1.6 2.5 35 2.2 3.5 45 2.8 4.4
livre
Normal
Rígida 21 1.3 2.0 29 1.8 2.8 37 2.3 3.6
Suspensão
B 11 0.7 1.1 18 1.1 1.7 29 1.8 2.8
livre
Especial
Rígida - - - 14 0.9 1.4 24 1.5 2.4
6.9 ACESSÓRIOS E ESPECIALIDADES Para os geradores WEG da linha S são padrões esses
detectores nas fases e mancais (02 por fase e 01 por
6.9.1 Resistor de aquecimento mancal).
Tabela 6.5: Potência dos resistores de aquecimento por carcaça 6.9.2.2 Termistores (PTC e NTC)
CARCAÇA POTÊNCIA (W)
São detectores térmicos compostos de semicondutores
160 e 200 108 que variam sua resistência bruscamente ao atingirem
225 e 250 215 uma determinada temperatura.
Podem ser de dois tipos:
280, 315, 355, 400 e 450 430 PTC: Coeficiente de Temperatura Positivo
500 e 560 630 NTC: Coeficiente de Temperatura Negativo
7 CARACTERÍSTICAS DE DESEMPENHO
7.1 POTÊNCIA NOMINAL P
Cos =
É a potência que o gerador pode fornecer, dentro de suas
S
características nominais, em regime contínuo. O conceito de
potência nominal, ou seja, a potência que o gerador pode
fornecer, está intimamente ligado à elevação de temperatura
do enrolamento (Tabela 7.1).
Sabemos que o gerador pode acionar cargas de potência
bem acima de sua potência nominal até quase atingir o
limite de estabilidade. O que acontece, porém, é que se
esta sobrecarga for excessiva, isto é, for exigida do gerador
uma potência muito acima daquela para a qual foi
projetado, o aquecimento normal será ultrapassado e a vida
do gerador será diminuída, podendo ele, até mesmo,
queimar-se rapidamente.
Tabela 7.1: Composição da temperatura em função da classe
de isolamento Figura 7.1: Potência em função do Cos
Classe de Isolamento A E B F H Fixação da potência de acordo com a potência do motor de
Temperatura ambiente ºC 40 40 40 40 40
acionamento.
Muitas vezes não é possível conhecer a potência exata das
t= elevação de fontes consumidoras. Neste caso a potência do gerador é
temperatura ºC 60 75 80 100 125 determinada a partir da potência de acionamento e, como
(método de resistência)
fator de potência, podemos adotar 0.8, caso os fatores
Diferença entre o ponto
individuais encontrem-se nessa faixa.
mais quente e a ºC 5 5 10 15 15
temperatura média Da potência útil do motor de acionamento, diminuímos as
Total: temperatura do perdas do gerador, para obter a potência ativa que fica à
ºC 105 120 130 155 180 disposição nos terminais do gerador.
ponto mais quente
Pn ( g)
kW
A potência do gerador é fixada em relação a potência das
fontes consumidoras ou de acordo com a potência do Pg =
motor do acionamento: 100
Fixação de potência de acordo com a potência das fontes Onde:
consumidoras. Pg - potência do gerador (kW)
Para a determinação do tamanho da máquina devemos Pn - potência do motor acionante (kW)
conhecer a potência aparente S. η(g) - rendimento do gerador (%)
Para determinação da potência foi considerado serviço Considerando que o Grupo a ser desenvolvido venha a
contínuo. Será analisado posteriormente a influência da ter fator de potência 0,8 (Ind):
partida dos motores. Sabendo que a somatória total da potência ativas de todas
Para o cálculo da potência ativa e aparente nos motores as cargas é 345,33kW, encontramos no catálogo de
geralmente indica-se a potência útil no eixo. A potência ativa geradores WEG Linha AG10, o gerador AG10 250MI20,
consumida obtém-se dividindo a potência útil pelo para tensão de 440V, com potência de 440 kVA/352kW.
rendimento; O rendimento do gerador com carga nominal está indicado
Dos valores da potência ativa e cos do motor, obtém-se a no catálogo como 93.82%.
potência aparente total consumida por ele; Portanto, a potência mínima de acionamento do gerador
Com os valores de potência ativa e potência aparente, considerando carga nominal será:
determina-se a potência reativa consumida pelo motor.
Portanto, para o motor de 40 cv teremos:
Pg (kVA)x cos 440 x 0,927
Pu (kW)x 100 29,84 PN = =
P (kW)= = = 31,61kW 0,9382
0,944
P (kW) 31.61 P N = 434 , 75 (kW)
S (kVA)= = = 37.631,15 kVA
cos 0,84 Neste exemplo foram analisadas as condições estacionárias
do gerador (operação em regime), entretanto antes que o
Q = S(kVA )2 - P(kW )2 tamanho da máquina possa ser determinado em definitivo,
ainda resta examinar as condições para a partida dos
Q = ( 37.631,15 )2 - ( 31,61 )2 = 20418 ,4 kVAr motores.
[ X * d . (Ip/In)]
U% = . 100
1 + [ X * d . (Ip/In)]
44 DT-5 - Características e Especificações de Geradores
www.weg.net
Onde:
X*d - Xd' (em pu) em máquinas com excitatriz e regulador
eletrônico de tensão (geradores brushless).
X*d - Xd" (em pu) em máquinas com excitatriz estática
(geradores com escovas).
Ip - corrente de partida do motor (em ampères).
In - corrente nominal do gerador (em ampères).
Impedância constante;
kVA constante;
Corrente constante.
Figura 7.5: Curvas para obtenção do Fator de Correção de ΔU em função do Cosφ e Reatância do gerador
Figura 7.6: Variação de corrente (Δi) para motores de indução em regime (operação), em função da variação de tensão nos seus terminais
X*d Ip/In
[pu]
0.200 0.400 0.600 0.800 1.000 1.200 1.400 1.600 1.800 2.000 2.200 2.400 2.600 2.800 3.000
0.050 0.010 0.020 0.029 0.038 0.048 0.057 0.065 0.074 0.083 0.091 0.099 0.107 0.115 0.123 0.130
0.060 0.012 0.023 0.035 0.046 0.057 0.067 0.077 0.088 0.097 0.107 0.117 0.126 0.135 0.144 0.153
0.070 0.014 0.027 0.040 0.053 0.065 0.077 0.089 0.101 0.112 0.123 0.133 0.144 0.154 0.164 0.174
0.080 0.016 0.031 0.046 0.060 0.074 0.088 0.101 0.113 0.126 0.138 0.150 0.161 0.172 0.183 0.194
0.090 0.018 0.035 0.051 0.067 0.083 0.097 0.112 0.126 0.139 0.153 0.165 0.178 0.190 0.201 0.213
0.100 0.020 0.038 0.057 0.074 0.091 0.107 0.123 0.138 0.153 0.167 0.180 0.194 0.206 0.219 0.231
0.110 0.022 0.042 0.062 0.081 0.099 0.117 0.133 0.150 0.165 0.180 0.195 0.209 0.222 0.235 0.248
0.120 0.023 0.046 0.067 0.088 0.107 0.126 0.144 0.161 0.178 0.194 0.209 0.224 0.238 0.251 0.265
0.130 0.025 0.049 0.072 0.094 0.115 0.135 0.154 0.172 0.190 0.206 0.222 0.238 0.253 0.267 0.281
0.140 0.027 0.053 0.077 0.101 0.123 0.144 0.164 0.183 0.201 0.219 0.235 0.251 0.267 0.282 0.296
0.150 0.029 0.057 0.083 0.107 0.130 0.153 0.174 0.194 0.213 0.231 0.248 0.265 0.281 0.296 0.310
0.160 0.031 0.060 0.088 0.113 0.138 0.161 0.183 0.204 0.224 0.242 0.260 0.277 0.294 0.309 0.324
0.170 0.033 0.064 0.093 0.120 0.145 0.169 0.192 0.214 0.234 0.254 0.272 0.290 0.307 0.322 0.338
0.180 0.035 0.067 0.097 0.126 0.153 0.178 0.201 0.224 0.245 0.265 0.284 0.302 0.319 0.335 0.351
0.190 0.037 0.071 0.102 0.132 0.160 0.186 0.210 0.233 0.255 0.275 0.295 0.313 0.331 0.347 0.363
0.200 0.038 0.074 0.107 0.138 0.167 0.194 0.219 0.242 0.265 0.286 0.306 0.324 0.342 0.359 0.375
0.210 0.040 0.077 0.112 0.144 0.174 0.201 0.227 0.251 0.274 0.296 0.316 0.335 0.353 0.370 0.387
0.220 0.042 0.081 0.117 0.150 0.180 0.209 0.235 0.260 0.284 0.306 0.326 0.346 0.364 0.381 0.398
0.230 0.044 0.084 0.121 0.155 0.187 0.216 0.244 0.269 0.293 0.315 0.336 0.356 0.374 0.392 0.408
0.240 0.046 0.088 0.126 0.161 0.194 0.224 0.251 0.277 0.302 0.324 0.346 0.365 0.384 0.402 0.419
0.250 0.048 0.091 0.130 0.167 0.200 0.231 0.259 0.286 0.310 0.333 0.355 0.375 0.394 0.412 0.429
0.260 0.049 0.094 0.135 0.172 0.206 0.238 0.267 0.294 0.319 0.342 0.364 0.384 0.403 0.421 0.438
0.270 0.051 0.097 0.139 0.178 0.213 0.245 0.274 0.302 0.327 0.351 0.373 0.393 0.412 0.431 0.448
0.280 0.053 0.101 0.144 0.183 0.219 0.251 0.282 0.309 0.335 0.359 0.381 0.402 0.421 0.439 0.457
0.290 0.055 0.104 0.148 0.188 0.225 0.258 0.289 0.317 0.343 0.367 0.389 0.410 0.430 0.448 0.465
0.300 0.057 0.107 0.153 0.194 0.231 0.265 0.296 0.324 0.351 0.375 0.398 0.419 0.438 0.457 0.474
0.310 0.058 0.110 0.157 0.199 0.237 0.271 0.303 0.332 0.358 0.383 0.405 0.427 0.446 0.465 0.482
0.320 0.060 0.113 0.161 0.204 0.242 0.277 0.309 0.339 0.365 0.390 0.413 0.434 0.454 0.473 0.490
0.330 0.062 0.117 0.165 0.209 0.248 0.284 0.316 0.346 0.373 0.398 0.421 0.442 0.462 0.480 0.497
0.340 0,064 0.120 0.169 0.214 0.254 0.290 0.322 0.352 0.380 0.405 0.428 0.449 0.469 0.488 0.505
0.350 0.065 0.123 0.174 0.219 0.259 0.296 0.329 0.359 0.387 0.412 0.435 0.457 0.476 0.495 0.512
0.360 0.067 0.126 0.178 0.224 0.265 0.302 0.335 0.365 0.393 0.419 0.442 0.464 0.483 0.502 0.519
0.370 0.069 0.129 0.182 0.228 0.270 0.307 0.341 0.372 0.400 0.425 0.449 0.470 0.490 0.509 0.526
0.380 0.071 0.132 0.186 0.233 0.275 0.313 0.347 0.378 0.406 0.432 0.455 0.477 0.497 0.516 0.533
0.390 0.072 0.135 0.190 0.238 0.281 0.319 0.353 0.384 0.412 0.438 0.462 0.483 0.503 0.522 0.539
0.400 0.074 0.138 0.194 0.242 0.286 0.324 0.359 0.390 0.419 0.444 0.468 0.490 0.510 0.528 0.545
Onde:
Ip = Corrente de Partida do Motor (em ampères)
In = Corrente Nominal do Gerador (em ampères)
X*d = Xd' para máquinas com excitatriz e regulador eletrônico de tensão (geradores brushless) ou Xd" para máquinas com
excitatriz estática (geradores com escovas).
K1 = 0,45
Assim, a corrente de partida do motor em seus terminais
fica:
Então, nos bornes do gerador, fazendo a relação da Corrente de partida do motor referida ao primário da chave
corrente de partida do motor referida, pela corrente nominal compensadora (terminais do gerador):
do gerador (IP/IN):
IP motor 65%ref. = 647,5 . 0,45 . 0,65
IP motor ref 309
= = 0 ,8068
Ig 383 IP motor 65%ref. = 189A
Teremos uma queda de tensão de: Relação IP/IN nos terminais do gerador:
IPmotor 65% ref. 189
[X d . IP/IN] = = 0,493
V = . 100 Ig 383
1+ [X d . IP/IN]
[ 0,1839. 0,8068] A queda de tensão que ocorrerá, considerando somente a
V = .100=12,92% partida do motor de 75cv será:
1+ [ 0,1839. 0,8068]
0,1839.0,493
Refazendo o cálculo (1º iteração) para queda de tensão no V = . 100
gerador de 12,92%, temos: 1+ [ 0,1839.0,493]
V = 8 , 31 %
Redução total de tensão:
II.2 - Contribuição dos motores de 100 e 25cv quando
0,65 x (1- 0,1291) = 0,56 da partida do motor de 75cv:
Constante de redução total de corrente (K1) devido à NOTA: O processo de cálculo é iterativo e segue o roteiro
redução da tensão (0,61): mostrado abaixo:
K1 = 0,46 II.2.1 -Valor suposto de queda = 15%.
IPmotor 65% = IPmotor 100% x K1 Do gráfico da Figura 7.7, obtemos o incremento
IPmotor 65% = 1056 x 0,46 = 485,76A de corrente dos motores em carga para uma
redução de tensão em seus terminais de 15%.
Corrente de partida referida ao primário da chave Para o caso em questão temos i = 26% (=
compensadora (bornes do gerador) e relação IP/IN: 0,26).
IP motor ref. = IP motor 65% . 0,65 Logo, os acréscimos de corrente dos motores serão:
IP motor ref. = 485 ,76 . 0,65 = 315 ,74 A Motor de 100cv (IN=120A para 440V):
Acréscimo = i . 120 = 0,26 . 120
IPmotor ref. 315,74
= = 0,8244 Acréscimo = 31,2A
Ig 383 i do motor de 100cv:
Assim, com o valor de queda da 1° iteração, teremos uma Acréscimo 31,2
queda de tensão de: i (M100)= =
Ig 383
X d . IP/IN i(M100) = 0,0815
V = . 100
1+ [X d . IP/IN] Motor de 25cv (IN=31,5A para 440V):
V
0,1839 0,8244 100 13,16% Acréscimo = i . 31,5 = 0,26 . 31,5
1 0,1839 0,8244
Acréscimo = 8,2 A
i do motor de 25cv:
II - Cálculo da queda de tensão provocada pela
8,2
partida do motor de 75cv (através de chave i (M25)= = 0,0214
compensadora no Tap 65%), considerando que
os motores de 100 e 25cv já estejam em
383
funcionamento.
II.1 - Contribuição individual do motor de 75cv Cálculo do IP/IN total:
(IN=87,5A - IP=647,5A). IP IP
= (M75)+ i(M100)+ i(M25)
Supondo uma queda de tensão inicial de 15% e utilizando IN Ig
chave compensadora no TAP 65%: IP
= 0, 493 + 0,0815 + 0,0214
IN
(1-0,15) x 0,65 = 0,85 x 0,65 = 0,55 IP
IP/IN total: = 0,5959
IN
Então, da Figura 7.7: K1=0,45
2,55 x If
Icc Max = x 100 (A)
Xd "
Onde:
Xd'' em %
If – corrente de fase
Xd'(60Hz) =22%
7.10 DIAGRAMA DE CARGA O limite de estabilidade é determinado pela curva B-C, onde
é definida a máxima potência (ângulo de carga máxima δ da
Para se operar seguramente um gerador devemos Figura 7.13).
conhecer os seus limites de operação. Estes limites podem Com a redução da excitação (carga capacitiva descrito no
ser determinados pela potência da máquina acionante, item 2.3.c).
estabilidade de funcionamento, excitação do campo e limite
térmico do gerador. Estas condições são todas analisadas
através do diagrama de carga (Figura 7.14). Neste diagrama
podemos analisar a área dentro do qual o gerador pode
funcionar e então avaliar as condições de operação da
máquina.
A construção do diagrama não será abordada neste curso
e, apenas com base nos diagramas obtidos, são tecidos
comentários dos limites do gráfico.
O limite da máquina acionante é definido pela potência útil
entregue pelo gerador, e determinada pelo limite da
máquina primária (linha F-D do gráfico).
Figura 7.13: Ângulo de carga máximo δ
Ao atingir a excitação zero teremos somente a potência que específicas como telecomunicações, onde teremos cargas
depende do conjugado de relutância, e a variação se faz normalmente de caráter indutivo e não lineares.
com dobro do ângulo de carga δ (conforme descrito no Nestas condições o gerador estará sob forte excitação. O
item. 2.6.). Para excitação zero, o ângulo de carga seria 45º limite de carga capacitiva se faz necessário para grandes
para a máxima potência. Este limite pode ser visto na curva geradores ligados a longas linhas de transmissão abertas,
A-B. O limite térmico da armadura é determinado pelas por estas se tornarem cargas capacitivas em alguns
perdas no estator e a capacidade de ventilação da períodos de operação.
máquina. As perdas preponderantes são as joules,
ocasionadas pela corrente de armadura (curva C-D). O 7.11 OPERAÇÃO EM PARALELO DE
limite térmico do rotor é determinado pela corrente de GERADORES
excitação, e ocorre na região de carga indutiva, onde serão
necessárias fortes excitações (curva D-E). Durante a operação de um gerador, ele pode ser exigido,
O gerador deverá ser capaz de operar com uma variação ora em sua potência nominal e ora em valores menores que
de + ou - 10% de tensão. o nominal.
A redução de tensão reduzirá a capacidade de fornecer Quando o gerador está sendo pouco exigido, o seu
potência reativa capacitiva, aquecerá o estator e aumentará rendimento e da máquina acionante caem. Por este e
o ângulo de carga. Por outro lado, o aumento da tensão outros motivos, e pelo fato de termos uma maior
provocará maior estabilidade (carga capacitiva), menor confiabilidade no fornecimento de energia, pode-se optar
ângulo de potência, e maior aquecimento do enrolamento pela operação em paralelo de geradores.
de excitação. Para uma utilização segura do gerador, todos Quando da ligação de geradores em paralelo devemos
os pontos de operação deverão estar na região interna do observar:
diagrama de carga, observando-se a máxima potência ativa 1. As tensões dos geradores a serem conectados devem
e reativa. Podemos observar no gráfico que a maior ser iguais;
limitação se encontra na região de cargas capacitivas. 2. Os ângulos de fase das tensões dos geradores devem
Estas, porém não correspondem a condição de ser iguais;
funcionamento. 3. As frequências das tensões dos geradores devem ser
Os geradores de baixa tensão têm sua principal aplicação a iguais;
alimentação de equipamentos industriais ou aplicações
DT-5 - Características e Especificações de Geradores 53
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Un
Xdr = . 0,3
3 In
Onde:
Un = tensão nominal do gerador
In = corrente nominal de fase do gerador
Figura 7.18: Característica de velocidade
DT-6 - Motores elétricos assíncronos e síncronos de média tensão – especificação, características e manutenção 55
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8 SELEÇÃO DE GERADORES
8.1 CARACTERÍSTICAS NECESSÁRIAS 8.2.1 Conversão de frequência ou isolamento
PARA A CORRETA SELEÇÃO da rede
POSSIBILIDADES:
Para a correta especificação do gerador, são necessárias as
Acoplamento através de redutor (relação de
seguintes informações na fase da consulta:
engrenagens) entre motor (síncrono ou assíncrono) e
1. Potência nominal (kVA);
gerador síncrono;
2. Tipo de refrigeração (Aberto, Trocador de calor ar-ar ou
Acoplamento por polias e correias de motor assíncrono
Trocador de calor ar-água, etc.);
de indução com gerador síncrono para conversão de
3. Rotação (nº de polos);
frequência ou isolamento da rede (Figura 8.1);
4. Fator de Potência;
Acoplamento direto (no mesmo eixo) entre motor
5. Tensão nominal;
síncrono de 12 polos e gerador síncrono de 10 polos (ou
6. Número de fases (Trifásico ou Monofásico);
múltiplos destes) para conversão de 60 para 50Hz (Figura
7. Frequência de operação (Hz);
8.2);
8. Tipo de excitação: sem escovas (brushless) com
Acoplamento direto entre motor síncrono e gerador
regulador de tensão ou com escovas e excitatriz
síncrono, ambos de mesma polaridade, para isolamento
estática;
da rede;
9. Grau de proteção;
Acoplamento direto entre motor síncrono e gerador
10. Forma construtiva;
síncrono utilizando também um volante de inércia, para
11. Temperatura ambiente;
isolamento da rede, não transferência de transientes da
12. Altitude;
rede para as cargas e continuidade de alimentação da
13. Tipo de aplicação: Industrial, Naval, Marinizado,
carga frente a pequenas descontinuidades da rede (até
especial;
120ms) – Figura 8.3.
14. Características da carga. Ex: partida de motores de
indução, etc;
15. Faixa de ajuste da tensão;
16. Precisão da regulação;
17. Acessórios (sensores de temperatura, resistência de
aquecimento, detectores de vibração, etc);
18. Sobrecargas ocasionais;
19. Tensão monofásica de alimentação da resistência de
aquecimento (caso haja);
20. Tipo de regulação (U/f constante ou U constante);
21. Tipo de acoplamento (direto, polias e correias, flange,
discos de acoplamento, etc);
22. Máquina acionante.
Figura 8.1: Acoplamento entre motor assíncrono e gerador
(isolamento da rede)
8.2 PRINCIPAIS APLICAÇÕES DE
GERADORES
Devido a sua simplicidade na instalação e manutenção, os
geradores são muito utilizados como pequenos centros de
geração de energia, principalmente no interior, onde as
redes de distribuição de energia elétrica ainda não estão
presentes ou tem pouca confiabilidade, por exemplo, em
fazendas, vilarejos, unidades repetidoras de
telecomunicações, etc.
São utilizados também como No-Break (fornecimento sem
interrupção ou de emergência) em hospitais, centrais de Figura 8.2: Acoplamento direto entre motor síncrono e gerador
computação, centros de comandos de sistemas, (conversão de frequência 60/50 Hz)
telecomunicações, aeroportos, etc.
Muito utilizados em aplicações industriais para geração de
emergência, cogeração, horário de ponta e também em
embarcações, para suprimento de toda a energia elétrica
necessária aos equipamentos.
Outra aplicação típica é o uso de geradores agrupados a
motores elétricos para a transformação de frequência ou
tensão em conversores rotativos.
Como se pode ver, o campo para aplicação dos geradores
é bastante amplo.
Na sequência apresentamos algumas aplicações típicas de
geradores.
APLICAÇÕES:
Equipamentos militares;
Equipamentos portuários em geral;
Laboratório de ensaio de máquinas; Figura 8.5: Sistema de alimentação ininterrupta (No-Break com
Acionamento de equipamentos importados (com bateria, motor CC e grupo diesel)
frequência diferente da rede comercial); No-Break com Diesel: como no caso anterior, funciona
como sistema de fornecimento ininterrupto de energia,
8.2.2 Conversão de Corrente
composto basicamente de gerador síncrono, motor elétrico
POSSIBILIDADES: (síncrono ou assíncrono), volante de inércia, acoplamento
Acoplamento direto de motor cc com gerador síncrono eletromagnético e motor diesel (Figura 8.6).
(Figura 8.4);
Acoplamento direto de motor cc com gerador síncrono
mais um volante de inércia opcional.
Figura 8.4: Conversor de corrente CC/CA No-Break com grupo gerador diesel: Trata-se do no-break
mais utilizado e, como nos casos anteriores, também
Características: funciona como sistema de fornecimento ininterrupto de
A frequência do gerador varia em função da carga, energia. É composto basicamente de grupo gerador,
pois o motor CC apresenta variações na rotação. Para bateria, carregador e inversor (Figura 8.7).
uma rotação constante, o sistema de regulagem deve
corrigir a rotação do motor cc;
Mantém a tensão gerada durante breve interrupção da
rede CC (Ex: nas comutações) quando usado um
volante de inércia no eixo;
Com um bom controle da velocidade pode-se obter
tensão gerada com baixíssima distorção harmônica;
É ideal para uso em No-Break, pois o motor pode ser
alimentado pela rede CA por intermédio de um
conversor estático e na falta da rede, a alimentação
pode ser fornecida por um banco de baterias.
APLICAÇÕES:
Navios com rede de alimentação em CC; Figura 8.7: Sistema de alimentação ininterrupta (No-Break com
Laboratórios; grupo gerador diesel)
Clínicas/hospitais;
Subestações de grande porte; As principais aplicações são:
Centrais de energia elétrica; Estações de rádio e televisão;
Refinarias; Centro de processamento de dados;
Sistemas No-Break, etc. Aplicações onde não pode haver interrupção no
fornecimento de energia.
8.2.3 No-Break
No-Break com Bateria: funciona como sistema de
fornecimento ininterrupto de energia, composto
basicamente por conversor CA-CC, motor CC, gerador
síncrono, volante de inércia e banco de baterias.
DT-6 - Motores elétricos assíncronos e síncronos de média tensão – especificação, características e manutenção 57
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Figura 8.9: Curva de Derating no gerador em função da Distorção Harmônica Total em Corrente (THD%) da Carga que ele irá alimentar
9 ENSAIOS
A seguir listamos os ensaios normais que podem ser
realizados com ou sem presença de inspetores do cliente,
mediante solicitação.
Os ensaios são agrupados em Ensaios de Rotina, Ensaios
de Tipo e Ensaios Especiais, realizados conforme normas
VDE 530 e NBR 5052.
Outros ensaios não citados poderão ser realizados
mediante consulta previa e acordo entre as partes
interessadas.
ENSAIOS DE ROTINA
Resistência ôhmica dos enrolamentos, a frio;
Resistência do Isolamento;
Tensão Elétrica Aplicada ao Dielétrico;
Sequência e Equilíbrio de Fases;
Saturação em Vazio;
Em vazio com excitação própria (regulador de tensão);
Curto-Circuito Trifásico Permanente.
ENSAIOS DE TIPO
Todos os Ensaios de Rotina;
Elevação de temperatura (em curto e vazio);
Sobrevelocidade;
Reatância subtransitória de eixo direto (Xd”).
ENSAIOS ESPECIAIS
Relação de Curto Circuito Trifásico Permanente;
Manutenção da Corrente em Curto-Circuito;
Desempenho do Regulador de Tensão;
Distorção Harmônica;
Rendimento;
Vibração;
Nível de Ruído;
Determinação do fator de Interferência Telefônica;
Determinação das características em "V" de máquinas
síncronas.
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10 COLETÂNEA DE FÓRMULAS
Fem Induzida para 1 espira
e B . l . v . sen B ^ v
[V]
Rotação Síncrona
120 f
n [rpm]
p
Ligação triângulo ()
Il I f 3 [A]
V f Vl
[V]
Ligação estrela (Y)
Il I f
[A]
Vl V f 3
[V]
S Ul Il 3 [VA]
Potência Eletromagnética
m E0 U f m U f
2
1 1
P sen sen 2 [W]
Xd 2 Xq Xd
Potência de Acionamento
Pg kW 100
Pn [kW]
g
Queda de Tensão
X d I p / I n
*
U %
1 X d I p / I n
*
100 [%]
Conversão de Reatâncias
Corrente de Curto-Circuito
If
Icceff x 100 Xd” em pu [A]
Xd"
2,55 x I f
Icc MÁX x 100 Xd” em pu
Xd" [A]
a) Responder sempre assinalando com "x" dentro dos parênteses da alternativa (letra) correta.
Exemplo:
a. ( )
b. ( )
c. ( X )
d. ( )
e. ( )
c) Se alguma alternativa for marcada errada, preencher todo o parêntese e assinalar a nova opção, como no exemplo.
Exemplo:
a. ( )
b. ( X )
c. ( )
d. ( X )
e. ( )
DT-6 - Motores elétricos assíncronos e síncronos de média tensão – especificação, características e manutenção 61
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1. NOÇÕES FUNDAMENTAIS
1) Segundo a lei da indução de Faraday, podemos afirmar:
a) ( ) Fem induzida baseia-se no fato de termos movimento relativo entre uma espira e um campo magnético.
b) ( ) A equação: e = B.l.v é válida para uma espira.
c) ( ) A Fem pode ser induzida mesmo sem movimento relativo entre espira e campo.
d) ( ) Se tivermos "N" espiras a Fem induzida será: e = N.B.l.v
e) ( ) A lei citada no ítem d é válida apenas para uma espira.
2) Se tivermos um gerador com 4 (quatro polos), e sua máquina primária o aciona a 30 Rps, podemos dizer que a
frequência será:
a) ( ) 59,8 Hz.
b) ( ) 60 Hz.
c) ( ) 120 Hz.
d) ( ) 50 Hz.
e) ( ) 30 Hz.
3) Na ligação estrela-série, quando fornecemos um gerador para operar em 3 tensões (220/380/440), para se obter
380V é correto afirmar:
a) ( ) A ligação é a mesma de 220V e aumentamos a excitação da máquina.
b) ( ) A ligação é a mesma de 440V e diminuímos a excitação da máquina.
c) ( ) A corrente nominal do gerador é a mesma que em 440V.
d) ( ) A reatância permanecerá inalterada para as diferentes tensões.
e) ( ) Todos os geradores admitem estas ligações.
2. GERADORES WEG
10) Nos geradores de armadura fixa e excitação por escovas, podemos afirmar:
a) ( ) O escorvamento se inicia por uma fonte externa CA.
b) ( ) A tensão de campo é controlada pelos diodos girantes.
c) ( ) A excitatriz estática mantêm constante a tensão terminal, para qualquer carga e fator de potência dentro das
condições nominais da máquina.
d) ( ) O escorvamento se inicia através da excitatriz auxiliar.
e) ( ) É largamente empregado em telecomunicações.
15) Dentre as vantagens do sistema Brushless sobre o sistema com escovas assinalar a alternativa correta:
a) ( ) Introduz rádio interferência devido ao mau contato das escovas.
b) ( ) Menor manutenção.
c) ( ) Possui menos quantidade de diodos girantes.
d) ( ) Menor tempo de resposta em comparação ao sistema com escovas.
e) ( ) Não introduz interferência devido ao chaveamento do regulador de tensão.
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3. CARACTERÍSTICAS DE AMBIENTE
18) Assinale a alternativa que estiver INCORRETA:
a) ( ) Acima de 1000m de altitude os geradores podem apresentar aquecimento se não forem previstos para a
utilização nesta condição.
b) ( ) O aquecimento do gerador varia com o quadrado da potência.
c) ( ) Acima de 1000m o ar é mais rarefeito, diminuindo o poder de arrefecimento do gerador.
d) ( ) Acima de 1000m o gerador apresenta uma menor troca de calor com o meio refrigerante.
e) ( ) Nas condições de 1000m de altitude e 40ºC de temperatura ambiente, o gerador está apto a fornecer a potência
nominal de placa.
19) Se um gerador trabalhar a 2000m de altitude e 55ºC de temperatura ambiente, sua potência útil será (para
Isolamento classe H):
a) ( ) 70%.
b) ( ) 92,5%.
c) ( ) 80%.
d) ( ) 90%.
e) ( ) 50%.
23) Sistema de ventilação é um "sistema de troca de calor entre partes aquecidas do gerador e o ar ambiente". Com
base nesta afirmação, associe a coluna da esquerda com a da direita:
(1) Gerador totalmente fechado sem ventilação. ( )IP 55.
(2) Gerador aberto. ( )IP 23.
(3) Gerador totalmente fechado com ventilação externa. ( )É raramente usado (aplicação restrita)
(4) Gerador totalmente fechado. ( )Um ventilador se encontra fora da carcaça.
4. CARACTERÍSTICAS DE DESEMPENHO
25) Quando se fala em potência nominal do gerador, é correto afirmar:
a) a. ( ) É a potência necessária para acioná-lo.
b) b. ( ) É a potência que o gerador fornece em regime contínuo e com suas características nominais.
c) c. ( ) É a potência de "stand-by".
d) d. ( ) É maior do que a potência de acionamento do gerador, dada em KW.
e) e. ( ) É a potência desenvolvida pela máquina primária.
27) Para um gerador que será conectado à cargas com diferentes fatores de potência é correto afirmar:
a) ( ) É necessário conhecer somente o fator de potência da maior carga.
b) ( ) Devemos obter a média de todos os fatores de potência envolvidos.
c) ( ) Devemos conhecer os componentes de potência ativa e reativa das cargas, calcular a potência aparente geral e
em seguida o fator de potência geral.
d) ( ) Poderemos adotar "na pior das hipóteses" fator de potência 1,0.
e) ( ) Poderemos desconsiderar as cargas indutivas.
31) Em geradores que utilizam isolamento de classe F. Para uma temperatura ambiente de 40ºC, a elevação de
temperatura admitida nos enrolamentos e a temperatura do seu ponto mais quente são respectivamente:
a) ( ) 80ºC e 130ºC.
b) ( ) 100ºC e 130ºC.
c) ( ) 125ºC e 180ºC.
d) ( ) 100ºC e 155ºC.
e) ( ) 80ºC e 155ºC.
32) O enrolamento de armadura (fio de cobre) de um gerador após o ensaio de elevação de temperatura apresentou
uma resistência de 0,18Ω. Qual foi a elevação de temperatura deste enrolamento se a resistência fria medida a
22ºC foi de 0,14 Ω, considerando que a temperatura ambiente não se alterou durante o ensaio?
a) ( ) 72,9ºC.
b) ( ) 57,1ºC.
c) ( ) 71,4ºC.
d) ( ) 73,4ºC.
e) ( ) 83,5ºC.
33) Com relação à queda de tensão em geradores, podemos dizer que APENAS um destes itens não influem no
resultado final:
a) ( ) Tipo de carga que está conectado ao gerador.
b) ( ) Depende do cos da carga.
c) ( ) Depende da reatância do gerador.
d) ( ) Depende do tipo de regulação de tensão.
e) ( ) Depende da tensão nominal da carga.
35) Considerando a influência do fator de potência no cálculo da queda de tensão, no instante da partida da carga
alimentada por gerador, podemos afirmar:
a) ( ) A queda de tensão será a mesma para qualquer fator de potência.
b) ( ) Quando da partida de motores de indução, o fator de potência será baixo e sua influência na queda de tensão
será muito pequena.
c) ( ) Quanto menor o fator de potência maior a queda de tensão.
d) ( ) Quando do cálculo da queda de tensão, deveremos conhecer o fator de potência da maior carga.
e) ( ) O fator de potência não tem influência na queda de tensão.
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36) Supondo que tenhamos um gerador e quando da partida de um motor assíncrono de indução calculou-se a
queda de tensão, considerando-se FP = 0, e resultou U = 20%. Logo após constatou-se que o FP na partida
era 0,4. Qual será a queda de tensão real? (considere Xd' = 20% do gerador):
a) ( ) 15%.
b) ( ) 10%.
c) ( ) 19%.
d) ( ) 22%.
e) ( ) 27%.
41) Quando da operação em paralelo de geradores devemos fornecer ao regulador uma referência de corrente e
tensão, que é feito:
a) ( ) Diretamente.
b) ( ) Utilizando TC (com relação In:5) e referência direto nos terminais do gerador ou através de TP.
c) ( ) Por meio de resistores.
d) ( ) Por meio de capacitores.
e) ( ) Somente com TC.
5. CARACTERÍSTICAS CONSTRUTIVAS
42) Assinale o que estiver correto a respeito dos geradores WEG linha G:
a) ( ) A carcaça da máquina principal é de chapa de aço calandrado.
b) ( ) O rotor da máquina principal aloja o enrolamento de campo.
c) ( ) A excitatriz auxiliar é montada internamente à máquina principal.
d) ( ) O enrolamento auxiliar é monofásico e alimenta o regulador de tensão.
e) ( ) As letras “a”, “b” e “d” estão corretas.
6. SELEÇÃO DE GERADORES
44) Os geradores WEG só não atendem à uma aplicação que é:
a) ( ) Aplicação industrial.
b) ( ) Aplicação naval.
c) ( ) Aplicação em área à prova de explosão.
d) ( ) Aplicação em telecomunicações.
e) ( ) Aplicação em ambientes agressivos.
47) Trata-se de um ponto importante ao especificar gerador para alimentar cargas deformantes:
a) ( ) Utilizar bobina de alisamento no gerador.
b) ( ) Analisar a distorção harmônica em tensão do gerador.
c) ( ) Utilizar gerador com passo de bobinagem 2/3.
d) ( ) Utilizar gerador de potência menor.
e) ( ) Utilizar gerador de reatância o maior possível.
7. ENSAIOS
48) Com relação aos Ensaios de Tipo podemos citar:
a) ( ) Manutenção da corrente de curto-circuito.
b) ( ) Distorção harmônica.
c) ( ) Nível de ruído.
d) ( ) Reatância subtransitória de eixo direto (Xd”).
e) ( ) Nenhuma das alternativas acima está correta.
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ANOTAÇÕES