Aula 5 - Ligações Químicas Parte II

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CURSO: LICENCIATURA EM QUÍMICA

DISCIPLINA: QUÍMICA GERAL I

Geometria molecular
e teorias de ligação

DOCENTE: Adenilde Souza dos Passos.


 As estruturas de Lewis fornecem a conectividade
atômica: elas nos mostram o número e os tipos de
ligações entre os átomos.

 A forma espacial de uma molécula é determinada por


seus ângulos de ligação.

 A forma e o tamanho de uma molécula de determinada


substância, com a força e a polaridade de suas ligações,
determinam enormemente as propriedades daquela
substância.
 Todos os ângulos de
ligação Cl-C-Cl são de
109,5°.
 Conseqüentemente, a
molécula não pode ser
plana.
 Todos os átomos de Cl
estão localizados nos
vértices de tetraedro com o
C no seu centro.

Tetraedro
Existem cinco geometrias fundamentais para a forma
molecular:
Formas espaciais adicionais removendo-se átomos dos
vértices das geometrias básicas:
Para prevermos a forma molecular, supomos que os
elétrons de valência se repelem e, conseqüentemente, a
molécula assume qualquer geometria 3D que minimize
essa repulsão.

Denominamos este processo de teoria de Repulsão do


Par de Elétrons no Nível de Valência (RPENV).
A distribuição dos domínios de elétrons ao redor do
átomo central é chamada arranjo.
 Desenhe a estrutura de Lewis.
Conte o número total de domínios de elétrons ao redor do
átomo central.
 Ordene os pares de elétrons em uma das geometrias
fundamentais de forma que as repulsões entre eles sejam
minimizadas.
 Use a distribuição dos átomos ligados para determinar a
geometria molecular.
O3

SnCl3-

SeCl2
CO32-
 Como os elétrons em uma ligação são atraídos por
dois núcleos, eles não se repelem tanto quanto os pares
solitários.

 Conseqüentemente, os ângulos de ligação diminuem


quando o número de pares de elétrons não-ligantes
aumenta.
Ligações múltiplas contêm maior densidade de
carga eletrônica que ligações simples.

Os domínios de
elétrons para ligações
múltiplas exercem força
repulsiva maior nos
domínios de elétrons
que as ligações simples
 Os átomos que têm expansão de octeto têm
arranjos AB5 (bipirâmide trigonal) ou AB6
(octaédricos).
 Para as estruturas de bipirâmides trigonais existe
um plano contendo três pares de elétrons. O quarto
e o quinto pares de elétrons estão localizados acima
e abaixo desse plano.
Para as estruturas octaédricas existe um plano
contendo quatro pares de elétrons. Da mesma
forma, o quinto e o sexto pares de elétrons estão
localizados acima e abaixo desse plano.
Para minimizar a
repulsão elétron-elétron ,
os pares solitários são
sempre colocados em
posições equatoriais
nas estruturas de
bipirâmides trigonais.
SF4

IF5

ClF5

ICl4-
 No ácido acético, CH3COOH, existem três átomos
centrais.
 Atribuímos a geometria ao redor de cada átomo
central separadamente.
 A polaridade como um todo de uma molécula
depende de sua geometria molecular.
 Os dipolos de ligação e os momentos de dipolo são
grandezas vetoriais.
 O dipolo total de uma molécula é a soma dos dipolos
de ligação.
 BrCl

SO2

SF6
NF3
As estruturas de Lewis e o
modelo RPENV não explicam
porque uma ligação se forma.

Como devemos considerar a


forma em termos da
mecânica quântica?

Usamos a teoria de ligação de valência (TLV):


 As ligações formam quando os orbitais nos átomos se
superpõem.
 Existem dois elétrons de spins contrários na
superposição de orbitais.
Variação de energia
potencial durante a
formação da molécula
de hidrogênio.
Orbitais Híbridos
Cada orbital corresponde a uma solução, à função da equação
de onda de Schrödinger. Como a equação de onda é
diferencial, qualquer solução pode ser combinada
matematicamente para formar um novo conjunto de funções de
onda que são também soluções.

Essas novas funções de onda são ditas HÍBRIDAS das


originais e correspondem a um conjunto de ORBITAIS
HÍBRIDOS.
Ex: Orbital s-p
BeH2

 O Be tem uma configuração eletrônica 1s22s2.

 Não existem elétrons desemparelhados disponíveis


para ligações.

 Concluímos que os orbitais atômicos não são


adequados para descreverem os orbitais nas moléculas.

 Sabemos que o ângulo de ligação H-Be-H é de 180°


(teoria de RPENV).

Sabemos também que um elétron de Be é


compartilhado com cada um dos elétrons do H.
Be Estado Fundamental (Estado de mais baixa energia)

1s2 2s2

Híbrido s-p

1s2 sp
Orbital p energeticamente
favorável e disponível

Átomo Ligado

1s2 sp 2p

Dos Átomo de Hidrogênio


Ex: Orbital s-p²

BF3

1s2 sp² 2p

Ex: Orbital s-p³

CH4

1s2 sp³
H2C=CH2  C  Z = 6  1s2, 2s2, 2p2

2pz
2px 2py 2pz 2px 2py 2pz
E

sp2 sp2 sp2

2s 2s

Estado
Estado excitado Hibridizado
fundamental
HCCH  C  Z = 6  1s2, 2s2, 2p2

2py 2pz
2px 2py 2pz 2px 2py 2pz
E

sp sp

2s 2s

Estado Hibridizado
Estado excitado
fundamental
 Acontecem em moléculas que têm duas ou mais
estruturas de ressonâncias envolvendo ligações π.

Benzeno
 A TLV não é bem sucedida em descrever os estados
excitados das moléculas – O que explica como as moléculas
absorvem luz, fornecendo-lhes calor.
 A TOM descreve os elétrons nas moléculas usando
funções de ondas específicas chamadas orbitais
moleculares.
 Os OMs estão associados com a molécula como um todo,
e não como um único átomo.

O número total de orbitais moleculares é sempre


igual ao número total de orbitais atômicos
fornecidos pelos átomos que se combinaram.
 o OA de um átomo se combina com o OA de um segundo
átomo para formar dois OMs. Para isso:
1) os OAs devem ter energias comparáveis;
2) eles devem se sobrepor de maneira significativa.

 Os cálculos da mecânica quântica para a combinação dos


OAs originais consistem em:
1) uma adição das funções de onda do AO (as regiões de
densidade eletrônica somam-se – OM ligante);
2) uma subtração das funções de onda do AO (as regiões
de densidade eletrônica cancelam-se – OM antiligante); .
O orbital ligante tende a estabilizar a ligação, enquanto
o orbital antiligante tende a desestabilizá-la. Ambos são
chamados orbitais σ porque estão centrados e são
simétricos ao redor do eixo de ligação.
Pode produzir resultados diferentes dependendo de quais
orbitais p são usados.
Esses orbitais não são simétricos em relação ao eixo de
ligação; em vez disso, existem duas regiões, em lados
opostos ao eixo da ligação, nas quais a densidade da
nuvem de carga é alta.
Cada orbital antiligante tem um plano nodal entre os dois
núcleos - diminuição da densidade de carga nessa região.
E
Na TOM, a estabilidade de uma ligação covalente está
relacionada com a sua ordem de ligação.

Na molécula de hidrogênio:

Uma ordem de ligação


igual a 0 (zero) significa
ligação inexistente.
 O efeito desestabilizador do orbital antiligante cancela o
efeito estabilizador do orbital ligante.
 Não há uma força de atração entre os átomos de hélio
devido ao número igual de elétrons ligantes e antiligantes
e, assim, He2 não existe.
 Com uma ordem de ligação igual a 1 é possível prever a
existência da molécula Li2.
 Moléculas de lítio não existem no estado líquido ou sólido,
mas sem dúvida as moléculas diatômicas são encontradas no
lítio gasoso.
As interações 2s-2p são fortes o suficiente para que a
ordem energética dos OMs possa ser alterada!
1) Desenhe a estrutura de Lewis para o clorofórmio, CHCl3.
Qual a geometria molecular? Quais orbitais de C, H e Cl
se sobrepõem para formar ligações envolvendo esses
elementos?
2) O íon molecular hidrogênio, H2+, pode ser detectado
espectroscopicamente. Escreva a configuração eletrônica
do íon em termos de orbitais moleculares. Qual é a ordem
de ligação do íon? A ligação hidrogênio-hidrogênio é mais
forte ou mais fraca no H2+ em relação ao H2?

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