A Floresta Encantada

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Texto original: “Sistema Maxi de Ensino”.


Adaptado por:
Iêda Cotrim Ribeiro Alves – Professora/Pedagoga
e Samantha Cotrim Alves Cavalcanti – Psicóloga
2011
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Apresentação
Você vai conhecer uma história que fala sobre uma floresta mágica. É uma história
que ensinará a ler, a escrever e a sonhar... E no sonho tudo pode acontecer. Você conhecerá
também os personagens que, por meio de brincadeiras, mostrarão de várias maneiras, como
se descobre o mundo das letras e dos sons.

Descrição do Lugar
A Floresta Encantada é um lugar cheio de árvores, passarinhos voando, borboletas
coloridas sobre as flores pousando, um céu bem azul e rios com água fresquinha e gostosa.
Ouça o canto dos passarinhos... Veja as borboletas voando... “ Explorar a linguagem oral e
os sentidos das crianças”.

(Mostrar a figura da floresta)


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OS MORADORES DA FLORESTA
As vogais
Assim é a Floresta Encantada, um lugar onde mora um anão que se chama Atchim.
Ele é muito simpático e adora cuidar das flores. Toda manhã sai para cumprimentá-las. Mas
seu perfume causa alergia nesse nosso amiguinho, e por isso ele vive fazendo Aaaaatchim!

Você descobriu por que esse é o nome dele?

Meu nariz começou a coçar,

Enchi o pulmão de ar.

Abra a boca bem aberta

Para o meu nome falar:

Aaaaaatchim!!! ( O som do a deve ser contínuo. Fonema /a/)

(Mostrar a figura do anão espirrando)

Atchim tem uma amiga que vive cheia de cuidados com seus espirros. Ela se chama
Efigênia, e é uma ema muito charmosa.

Todas as vezes que escuta Atchim espirrando, Efigênia estica o pescoço, vira para
cá, dá meia volta, procura o lugar de onde vem o som e, com o olhar preocupado, logo diz:
“Êêêêêê, já saiu cheirando flores novamente?” (Fonema /e/)

(Mostrar a figura da ema)

Penas brancas bem tratadas,

Branquinhas como algodão,

são macias e gostosas

basta passar a mão.

Veja se é ou não é... É é é é... (Explorar o e aberto e fechado, som contínuo.)

Também na Floresta Encantada mora uma índia muito sapeca, alegre e faceira. Ela
adora preparar surpresas para todos os moradores da tribo. Seu nome é Iracema.

Certo dia, ela resolveu colher uma porção de flores e montar um enorme ramalhete
para dar de presente a Ipojuca, sua mãe. Ela estava completando “35 luas”. Só que, de tão
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entusiasmada que estava, Iracema nem percebeu que tinha começado a colher as flores de
estimação do anão Atchim.

E, no momento em que se abaixou para colher mais uma florzinha, ouviu:


“Atchim”! Somente depois do susto é que Iracema percebeu que seu amiguinho a olhava
com uma carinha muito triste.

Iracema então se levantou, colocou as mãozinhas nas faces e com o olhar de sapeca
disse: “Iiiiii... Atchim desculpe-me... Nem percebi que eram suas flores!”

E Atchim, muito bondoso, perdoou a distração de Iracema.

(Mostrar a figura da índia)

Tenho um jeitinho sapeca,

gosto de me divertir.

Para dizer o meu nome

você precisa sorrir: Iiiiii... (Fonema /i/- som contínuo)

Bem pertinho dali estava a ovelha Olívia. Ela é bastante calminha e fofinha. Até
parece um pedacinho de nuvem branca.

Olívia deliciava-se com a grama verdinha, perto do jardim de Atchim, quando viu
Iracema passando, toda feliz, com o enorme ramalhete de flores. Os braços da índia eram
até pequenos para tantas flores.

Nesse instante, sem olhar para onde ia, apareceu a ema Efigênia, correndo
velozmente, bem na direção de Iracema.

Olívia nem teve tempo de avisar.

De repente “bum”... Flores voando para tudo quanto é lugar, Efigênia caída para cá
e Iracema caída para lá. Olívia, com peninha das duas, olhava e dizia:

Ó ó ó ó... (Fonema /o/- som contínuo)

Olívia ajudou-as a se levantar certificando-se de que ninguém havia se machucado.


Suas amigas disseram: “Não se preocupe Olívia... estamos bem!”.

(Mostrar a figura da ovelha)

Sou calminha e fofinha


gosto da grama do jardim,
para dizer o meu nome
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faça a boca igual a minha


e diga de uma vez só: Ó ó ó... (Explorar o “o” aberto e fechado, som contínuo.)

Numa tarde ensolarada, Atchim convidou Efigênia, Iracema e Olívia para um


piquenique. Disse que tinha preparado um doce com mel de flor de laranjeira... Uma
Delícia!!! Só que eles se esqueceram de convidar Ulisses, um urso amigo, que adora doce
de mel de flor de laranjeira.

Escolheram um lugar perto do riacho para fazer o piquenique e quando estavam


bem animados e distraídos, saboreando as delícias que haviam levado, nem perceberam que
Ulisses se aproximava, de mansinho, pronto para dar um belo susto em todos... Ele estava
zangado porque seus amiguinhos não o haviam convidado.

Repentinamente, Ulisses deu um pulo sobre a toalha cheia de guloseimas e gritou:

U u u u u... (Fonema /u/ - som contínuo)

Atchim, Efigênia, Iracema e Olívia ficaram assustados e sem nada poder falar.

(Mostrar a figura do urso)

- Sou forte e comilão,


gosto muito de assustar...
Faça um biquinho charmoso
Para o meu nome falar: U u u u u ... (Fonema /u/ - som contínuo)

Após o susto, e depois que todos se desculparam com Ulisses por aquele
esquecimento, puderam brincar, cantar e dançar, comemorando o encontro.

O sol porém, já ia embora,


era hora de descansar.
E, antes de ir para casa
todos quiseram se abraçar.

Atenção!
 No dia seguinte após a apresentação dos cinco moradores da Floresta Encantada, recordar com as
crianças tudo o que aconteceu.
 Destacar então o fonema de cada figura-fonema. Em seguida, trabalhar com cada figura-fonema em
atividades variadas.
 É importante sentir que a maioria dos alunos está dominando corretamente todos os sons das vogais.
 Somente depois de fixarem as vogais é que deverão ser introduzidos os encontros de vogais,
recordando a história desde o início e acrescentando:
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Encontro de vogais
(Melodia = Pirulito que bate-bate)

“Eles são cinco amiguinhos

e se querem muito bem!

Eles fazem o sonzinho

sem ajuda de ninguém!”

Não se esqueça dos


abraços carinhosos...
Repita os mesmos passos
da vovó Violeta com os moradores.
(Veja página 11)

Lembre- se!
 Trabalhar os encontros de vogais primeiro somente com as figuras-fonemas e, depois, com os fonemas
propriamente ditos.
 Em seguida, fixar os encontros de vogais através de atividades diversificadas.
 Não se esqueça de que, nos primeiros passos da alfabetização, referimo-nos ao fonema com a palavra
“som”.
 À medida que as crianças evoluem, utilizam-se as palavras “fonema e letra”.
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O TREM DA ALEGRIA

(Mostrar a figura do trem)

Consoantes v, d, l, m

À Floresta Encantada chegam muitos visitantes, todos os dias, no Trem da Alegria.

E hoje é dia de festa, porque o trem está chegando à Floresta com uma turma muito
animada.

Atchim, Efigênia, Iracema, Olívia e Ulisses estão na estação com bandeirinhas,


bexigas, apitos e flores, muitas flores, para receber os visitantes.

Em meio a toda a folia, o trem vai chegando, soltando estrelinhas pela chaminé e
fazendo piuí, piuí... Quando ele parou, na porta do primeiro vagão apareceu uma velhinha
muito simpática, mas com um arzinho meio cansado.

É a vovó Violeta que dirige-se ao maquinista e reclama:

- Por causa do ventinho da janela,

que eu não consigo fechar,

meu ouvido ficou esquisito

e não para de incomodar.

Há um barulhinho dentro dele

que me deixou irritada,

e enquanto ele não cessar,

não vou ficar sossegada.

Ouço esse v... o tempo todo!

Será que ele vai parar ou vai continuar?

(Mostrar a figura da vovó Violeta)


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Ela é a vovozinha

com um barulhinho no ouvidinho

pra saber como ele é

sinta o vento no dedinho: */v/ (*som continuado - Fonema /v/)

Outro personagem que chegou com o Trem da Alegria foi o anãozinho Dunga. Ele
é o primo do Atchim. Dunga é muito alegre e tem um jeitinho todo especial para se
comunicar com as pessoas. Ele não fala, e por isso sua linguagem é igual a das pessoas
surdas. Dunga se comunica através da linguagem de sinais.

Atchim correu ao encontro do primo para abraçá-lo e dar-lhe as boas vindas. Dunga
estava tão feliz por poder passar uns tempos na Floresta Encantada que nem cabia em si de
tanta felicidade. Ele estava com muita saudade de seu primo e, quando os dois se
abraçaram, Atchim sentiu as batidas do coração de Dunga, por isso teve certeza de que o
primo estava muito contente.

Como é bom abraçar as pessoas que a gente gosta...

Dunga se esforçava para falar a Atchim que gosta muito dele, mas só conseguia
fazer um barulhinho: */d/ *(Fonema /d/ - som repetido)

Atchim entendeu e disse: “Eu também gosto muito de você Dunga!”

(Mostrar a figura do Dunga)

Palavras não consegue pronunciar

mas disso não sente medo,

pois mesmo sem poder falar

usa a linguagem dos dedos: */d/ (*som repetido)

Mas... oh! O que é isso? Uma figura importante está saindo do trem! É ele, o rei dos
animais. Ele é legal, sensacional, fenomenal. É Leôncio, um leão muito festeiro e animado.

Saiu todo contente com seu andar imponente de rei da floresta. Querendo aproveitar
a festa para conhecer a todos.

Muito gentilmente, Olívia foi com ele se encontrar dizendo: “Seja bem-vindo
majestade, à nossa Floresta Encantada. Como é mesmo seu nome?”

Leôncio olhou para Olívia e respondeu:

(Mostrar a figura do Leão)


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Se meu nome quer saber

ouça o que vou explicar:

encoste a língua no céu da boca

para então poder falar:Leôncio (Fonema /l/)

De repente... Nossa que correria! Alguém estava aprontando no vagão do Trem da


Alegria. Olhe! Vovó Violeta está desesperada, Leôncio de cara amarrada e Dunga,
coitadinho, que pena! Mostra o dedinho machucado e inchado. Que grande confusão!

(Mostrar a figura da macaca)

(Melodia: Peixe vivo)

Veja agora minha gente


a bagunça da macaca!
Ela pula, ela mexe,
ela faz mil macacadas.

Ela é a macaca Mila


ela é a macaca Mila,

Pega a mala da vovó,


e o boné do rei leão,
mordeu o dedo do Dunga
e levou um safanão!

Ela é a macaca Mila


ela é a macaca Mila,

Bis – que matreira


que sapeca,
que moleca bagunceira.

E depois de tudo isso, ainda ficou chateada: Fechou a boquinha com zíper e não
falou mais nada! /m/ Magoei (Fonema /m)

Lembre-se!
 No dia seguinte, após a chegada e apresentação dos primeiros visitantes, recordar com as crianças
tudo que aconteceu. Destacar então o fonema de cada figura-fonema.
 Em seguida, trabalhar com cada figura-fonema separadamente e fazer atividades relacionadas a cada
uma delas.

Existe uma tradição que os moradores da Floresta fazem questão de realizar. Ela é
assim: Cada visitante que chega tem que dar um abraço em Atchim, Efigênia, Iracema,
Olívia e Ulisses, e quando eles dão os abraços carinhosos nos visitantes, sai um som
mágico muito divertido.
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Antes de dar o abraço, eles cantam essa musiquinha:

(Melodia: Pirulito que bate-bate)

Já chegou um visitante

que precisava abraçar

todos nós, os moradores,

para então poder falar!

Vovó Violeta abraça o Atchim e fala o som mágico va; quando abraça Efigênia o
som mágico produzido é ve; ao abraçar Iracema, o som mágico que surge é o vi; No abraço
com Olívia o som mágico é vo e, finalmente quando abraça Ulisses, o som mágico é vu.

(mostrar as figuras dos personagens que formam va-ve-vi-vo-vu)

Esta é a tradição da Floresta Encantada: Os abraços carinhosos!!!

Lembre-se!

Em seguida, usar o caderno ou atividades para fixar ainda mais a família silábica estudada. Depois de bem fixar
o va, ve, vi, vo, vu, começar a trabalhar a formação de palavras com as vogais e sílabas já conhecidas.

Atenção!

Quando for trabalhar com o fonema do Dunga, do leão Leôncio, e da macaca Mila, separadamente, seguir os
mesmos passos.

Chegou a hora de Dunga abraçar os moradores da Floresta Encantada.

Vamos cantar a música dos abraços carinhosos?

Agora ouça os sons mágicos que surgem do abraço do Dunga com cada morador...

Chegou a hora do Leôncio abraçar os moradores da Floresta Encantada.

Vamos cantar a música dos abraços carinhosos?

Agora ouça os sons mágicos que surgem do abraço do Leôncio com cada morador...

Agora chegou o momento de Mila abraçar os moradores da Floresta Encantada.

Vamos cantar a música dos abraços carinhosos?

Ouça os sons mágicos que surgem do abraço do Mila com cada morador.
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O TAPETE MÁGICO

Consoantes p, g, r, t, b, s

Céu azul... Um sol bem gostoso aquece o clima na Floresta. Os passarinhos brincam
de pega-pega no ar. Todos os personagens que estão na Floresta Encantada passeiam e se
aquecem no gostoso sol de verão. De repente...

“Mas, o que é aquilo no céu? É um pássaro? É um avião? Não... parece um...


Tapete voador!!! Um tapete mágico!!!”

“Viva! Mais visitantes chegando para brincar com a gente”, gritam todos que
olhavam para o céu.

(Mostrar a figura do Tapete)

O tapete vem descendo de mansinho, suavemente, devagarinho... Mas, “oh cuidado,


Efigênia, olhe para trás!!!”

Que pena... Não deu tempo! Efigênia ficou no caminho e... zás! O tapete caiu em
cima dela enrolando todos os que estavam sobre ele! Quem será que chegou no tapete?

Espere... há algo se mexendo, uma mãozinha diferente! Não parece mão de gente! É
uma mãozinha de... madeira! Agora saiu a cabeça. Nossa, que narigão! Ele é pontudo e
fininho. Vocês descobriram o mistério?!

Ah! É o Pinóquio! Veja só! O danadinho saiu ainda meio atordoado, carregando um
aquário com um peixinho dentro (ou será uma peixinha?).

(Mostrar a figura do Pinóquio com a peixinha Cléo)

Olívia vai ao encontro de Pinóquio e diz:

“Oh, desculpe a Efigênia. Ela é assim mesmo, meio desastrada... e ainda estava de
costas! Não viu vocês a coitada!”

“Não há problema, Olívia! Só estou preocupado com Cléo. Na queda, a água do


aquário vazou e ela está meio sufocada. Veja você mesma como ficou assustada!”

Olívia olha para dentro do aquário e vê Cléo, de olhinho arregalado, fazendo /p/
(Fonema /p/)
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Sua voz foi logo embora

porque ficou muito assustada,

o barulhinho que faz agora

é de boca bloqueada. /p/ (Fonema /p/)

Veja!

Alguém mais está saindo do meio do tapete mágico enrolado. Parece um rabo de
raposa... Ah, é um rabo de gato! Uma pata, outra pata, ele sai assim de costas e dá logo para
se ver que é um gato que usa botas. É o gato Godofredo!

Atchim vai ajudá-lo, pois ele está ainda meio tonto. E ao dar-lhe um abraço
apertado... pronto! Godofredo engasgou-se com uma espinha de peixe que estava
comendo!

Atchim fica assustado! “O que foi isso, Godô?” Mas Godofredo não consegue
falar, e de sua garganta só sai um /g/.

(Mostrar a figura do Godofredo)

O seu nome é Godofredo,

seu apelido é Godô,

mas agora engasgado

ele só consegue fazer: /g/ (Fonema /g/)

Mas... Espere um pouco! Vejo que mais alguém está saindo do meio do tapete! E
parece alguém que está irritado. É uma mulher... Pela mão já deu pra ver. Nossa, uma coroa
de ouro com pedras preciosas! Deve ser uma princesa... Vamos ver quem é?

Ah! É a rainha Rosebela! E ela está tão irritada com Efigênia que suas pernas estão
tremendo e de sua boca sai um som: /r//(Fonema /r/)... (Encoste a língua nos dentes
superiores e dê uma tremidinha nela que você fará o som igual a ela).  

Mas apesar da irritação ela não é malvada, tem coração de ouro... Depois que Olívia
explicou à rainha que Efigênia não foi culpada, Rosebela relaxa e acaba até dando risada.
Aliás, uma risada real, digna de uma rainha. Veja que risada engraçada: /R/.
 
 
 (Mostrar a figura de Rosebela)
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Meu nome é Rosebela,


 
e quando fico  irritada,
 
minha língua dá uma sacudidela /r/...
 
Mas sou muito boazinha
 
sou uma rainha legal,

e tenho uma risada real: /R/ (Fonema /R/)

Mais um visitante está saindo do tapete mágico enrolado... É alguém bem cabeludo,
pois só tem pelo por todo lado. Você consegue ouvir esse tum-tum de música barulhenta?
Veja, está com fone nos ouvidos, óculos escuros, malinha de viagem e cabelo radical!

Só podia ser ela, a maluquinha da Totonha, uma taturana bem moderninha que
gosta de ouvir músicas e vem toda risonha.

(Mostrar a figura de Totonha).

Ela gosta de dançar, cantar e ouvir um rock da pesada. Não fala outra coisa, não
pensa em mais nada.

Ela vem chegando perto dos outros visitantes e todos se contagiam com sua melodia
chocante. Eu não falei que nessa floresta existe festa todo dia?

Cante você também a música da Totonha: */t/ (*som repetido).

Ela gosta de música barulhenta,

Para cantar e dançar.

Quando Totonha se apresenta,

faz um som de arrebentar: /t/(Fonema /t/)

Todos ainda estão a dançar e a cantar a música de Totonha, quando a Efigênia


grita: “Êêêêê, já estão brigando!”

Eles param e olham para onde está o tapete e veem a macaca Mila e a índia
Iracema brigando por causa da boneca Beloca que fala, anda, abraça e beija.

Mila segura a boneca e grita: “É minha!” Iracema puxa a boneca pelos braços e
grita: “Iiiiii, eu vi primeiro!”

A pobrezinha da Beloca, nesse puxa-pra-cá, puxa-pra-lá, acabou toda estragada...


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(Mostrar a figura da boneca Beloca)

Quando a vovó Violeta chegou perto para acabar com a briga e pegou a boneca no
colo... Ela estava com os olhos arregalados, os cabelos despenteados, a bochecha inchada e
vermelha... Só conseguia falar: */b/ (*som repetido (Fonema /b/)).

Nunca mais conseguiram a boneca Beloca consertar!

A Beloca, coitadinha,

Está toda estragada,

Por causa daquela briguinha

Sua bochecha ficou inchada: /b/

Ainda existe alguém dentro do tapete, pois ele está ondulado, mexendo-se,
desenrolando-se... Todos param para ver quem vai agora aparecer...

Silêncio na Floresta Encantada...

Lentamente... Suavemente... Serenamente... O tapete se desenrola e aparece a figura


simpática da sereia Serena.

(Mostrar a figura da sereia Serena)

Que olhos lindos e azuis, que cabelos dourados, que voz suave e delicada... E que
sorriso sincero!

Serena acena para todos que, maravilhados com sua beleza, sorriem para ela com
aquele mesmo olhar de ternura que ela dirige a eles. Ela é como todas as sereias das
histórias encantadas: possui o poder de hipnotizar as pessoas, acalmá-las e fazê-las se sentir
tranquilas, assim como estão os visitantes e moradores da Floresta nesse momento.

Sabe qual é a magia que Serena faz para que as pessoas fiquem assim? Ela sorri
mostrando os dentes brancos e lindos, a língua bem encostadinha nos dentes de baixo e faz
esse barulhinho: */s/ (*som continuado. (Fonema /s/)).

Pronto! Todos ficam calminhos!

É a sereia Serena

simpática , suave e bela,

se quer fazer a magia

faça assim, igual a ela: /s/ (Fonema /s/).


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Lembre-se!

- No dia seguinte, após a chegada do Tapete Mágico, recordar com as crianças tudo o que aconteceu.
- Em seguida, trabalhar com cada figura-fonema separadamente e realizar atividades relacionadas a cada uma
delas.
- Seguir os mesmos passos que foram trabalhados com o fonema da vovó Violeta para introduzir os abraços
carinhosos e, depois, a formação de palavras.

Na hora dos abraços carinhosos, Efigênia e Iracema estavam com uma carinha
muito triste e o urso Ulisses perguntou o que estava acontecendo e elas disseram: “Sabe o
que é Ulisses, nós não podemos abraçar o Godofredo... Temos alergia a pelo de gato...”
Ulisses ficou com muita pena de suas amigas... Pensou... pensou... e teve uma grande ideia:
“Já sei!!! Se eu ficar entre vocês, paradinho e de boquinha fechada,os pelos de Godô não
chegarão até vocês, pois servirei como escudo... e aí não terão alergia!!! Podemos tentar?
Todos adoraram a ideia de Ulisses. E não é que deu certo???

Chegou a hora de Pinóquio e a Peixinha Cléo abraçarem os moradores da Floresta


Encantada... Vamos cantar a música dos abraços carinhosos?

Lembre-se!

 Abraços Carinhosos com a rainha Rosebela.


 Abraços Carinhosos com a boneca Beloca.
 Abraços Carinhosos com a sereia Serena.
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A NAVE ENCANTADA
(Mostrar a figura da nave)

Consoantes n, j, f, c, k, z, x

É noite na Floresta Encantada. As estrelas brilham intensamente no céu. Os


moradores e visitantes desse maravilhoso lugar resolveram fazer uma festa e comemorar
esse gostoso encontro entre eles. Combinaram que a festa seria no jardim do castelo que a
rainha Rosebela usa para passar as férias na floresta.

Totonha ficou responsável pela organização de uma banda de música para animar a
festa. Vovó Violeta arrumou lindas toalhas brancas bordadas para as mesas e Atchim
encarregou-se dos arranjos de flores para colocar sobre elas. Os outros personagens da
história providenciaram a comida e a bebida.

Foi nesse clima de amizade e união que uma surpresa agradável aconteceu...

Vinda do céu, do meio das estrelas, surge uma nave espacial dourada, cheia de luzes
coloridas, uma nave também encantada.

Sabe de quem é essa nave? É a nave de Nicanor. Um rapaz muito educado, que
sempre traz visitantes para a Floresta Encantada.

A nave foi descendo de mansinho bem no meio do imenso jardim do castelo e


fazendo um barulhinho assim: /n/

Depois que ela pousou, uma porta, bem no meio da nave, foi se abaixando
devagarinho e deixando aparecer a figura simpática do Nicanor.

(Mostrar a figura de Nicanor)

Nicanor sorri para os participantes da festa e diz: “Boa noite, meus amigos... Estou
de volta! Nnnnnicanor a seu dispor!” (acho que por causa do barulho que a nave faz,
Nicanor gosta de “esticar” seu nome). Ele recebe o “boa noite” de todos e uma salva de
palmas. Vamos aplaudir o Nicanor?

Chegou a nave encantada,

pilotada por Nicanor,

quando pousa no jardim

faz um barulhinho assim: /n/ (Fonema /n/)


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Nicanor traz, um por um, os visitantes que estão lá dentro da nave e os apresenta
aos amigos da Floresta Encantada.

Olhe só quem está vindo com ele! Parece que é... um jacaré!!! Ele usa tênis e boné...
tem um sorriso grande e encantador e é... cheio de dentes!!! É todo verdinho... Sabe que é
até bonitinho?

Leôncio vai, em nome do grupo, dar as boas vindas ao jacaré e diz: “Seja bem-
vindo à nossa festa! Meu nome é Leôncio, sou o rei da floresta. E o seu nome, qual é?”

(Mostrar a figura de Janjão)

O visitante responde: “Sou Janjão, o jacaré!”

Os outros personagens gritam: “ Viva Janjão, o jacaré!”

Se quer o meu nome dizer,

Faça um sorriso que encanta,

Mostre bem os seus dentes

E sinta vibrar a garganta: Janjão. (Fonema /j/)

Olha só quem está saindo da nave encantada! Parece até que flutua, de tão suave
que é! Nicanor a conduz pela mão... Ela tem o brilho das estrelas no olhar, seu rosto é
iluminado por um sorriso de alegria, seus cabelos parecem fios de ouro. Ela é a imagem da
bondade. Ela é mesmo encantadora!

Nicanor para nos degraus da nave e diz: “Meus amigos, um presente do país da
fantasia para vocês. É com orgulho imenso que apresento a todos a fada Felicidade!”

(Mostrar a figura da fada)

“Oh, uma fada! Que emoção!” diz Olívia.

“Ih, se eu contar ninguém vai acreditar!” diz Iracema.

Foi um agito geral. Todos gritavam que queriam ver a Fada Felicidade fazendo um
encanto.

A sereia Serena teve que fazer sua magia /s/ e assim acabou a gritaria.

Foi então que Felicidade ergueu sua varinha mágica e falou:


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Sou a fada Felicidade

ouça o que vou falar:

quero ver só alegria

em todos que eu vou soprar: /f/ ( som contínuo - Fonema /f/)

A fada agitou sua varinha mágica e envolveu a todos num encanto de alegria...

Quem sairá da nave agora, conduzido por Nicanor?

Olhe lá que bonitinho! De mochilinha nas costas, um sapatinho bacana, dois


dentinhos para fora, um relógio no pulso esquerdo e orelhas de... coelho!

Nicanor o apresenta:

(Mostrar a figura do coelho)

“Este aqui, meus amigos,

é o coelho Canhoto;

ele escreve com a mão esquerda

e é um excelente garoto!”

Canhoto acena para todos os participantes da festa... Com a mão esquerda, lógico!
Dunga foi em direção ao coelho para abraçá-lo e tentando falar seu nome! De sua garganta
saiu um ruído assim: k - k – k (Fonema /k/) Pronto! Todo mundo gostou do apelido que Dunga
deu ao coelho Canhoto, então em coro gritaram: “Seja bem-vindo, Cacá!”

Sou o coelho Canhoto

que chegou para ficar.

Ganhei um apelido do Dunga:

podem me chamar de Cacá.

O coelho Canhoto abraçou Atchim, Olívia e Ulisses, moradores da Floresta


Encantada, agradecendo-os pela hospitalidade. Efigênia e Iracema não puderam abraçá-lo,
pois bem nessa hora tinham saído para buscar remédio para Janjão, o jacaré, que estava
com uma dorzinha de dente. Vamos cantar a música dos abraços carinhosos?

Ouça os sons mágicos que surgem do abraço do coelho com os moradores que
estavam presentes. (Ca, co, cu).
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Não se esqueça
dos abraços carinhosos...
Repita os mesmos passos da
vovó Violeta com os moradores.

Todos estavam cantando, dançando, sorrindo e comemorando a presença dos


visitantes da Floresta Encantada. Com isso nem perceberam a cara preocupada do Nicanor
na porta da nave... Dela veio um barulho tão assustador que fez com que todos parassem,
ficassem em silêncio e dirigissem o olhar lá para dentro dela. Era um barulho assim: zzzzz
(fonema /z/- som continuado).

A sereia Serena falou: “Nossa, que som esquisito, que horror! Que barulho é esse
Nicanor?”

Nicanor respondeu: “Não se assustem, meus amigos. É um barulho forte, mas não
traz perigo. É apenas o bater das asas de um zangão, que é muito meu amigo. Ele está meio
nervoso porque tem asas grandes e, como a nave é pequena, um pouquinho apertada, o
zangão ficou com as asas um tantinho amassadas”.

Serena sorriu e disse: “Então diga a ele para sair e assim poder suas asas abrir!”

Nicanor falou meio sem graça: “Aí é que está o problema. O meu amigo zangão,
cujo nome é Zangado, não quer sair com asas amassadas e por isso está chateado!”

A fada Felicidade ergueu sua varinha mágica e disse: “Pode deixar comigo, darei
um jeito na situação. Farei um encanto para arrumar as asas do nosso amigo zangão”. A
fada fez /f/ e o som foi parar lá dentro da nave. Então Nicanor entrou e logo saiu trazendo o
zangão Zangado para apresentar aos demais.

Os personagens da festa gritaram: “Viva o zangão. Viva o Zangado!”

(Mostrar a figura do zangão)

Zangado e meio encabulado, sorri e dizendo:

Fiquei meio chateado

com as asas amassadas,

e quando fico nervoso

faço um barulho horroroso: /z/(Fonema / z/)

Agora, saindo da nave, trazido por Nicanor, vem um senhor já bem velhinho, de
cabelos brancos, um pouquinho careca, de óculos redondinhos e um andar bem miudinho,
acompanhado por sua fiel enfermeira Karen. Nicanor os apresenta aos amigos falando
estes versinhos:
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(Mostrar a figura do velhinho )

Eis aqui, meus companheiros,

os últimos dos tripulantes.

São pessoas muito queridas

e também muito importantes.

Xerxes é meu amigo

e pilota a nave comigo.

Karen é a moça faceira,

Que é sua enfermeira!

“Muito prazer” gritaram todos.

Vovó Violeta, muito emocionada, correu e abraçou o amigo Xerxes. Ela já o


conhecia há bastante tempo. Foi uma grata surpresa encontrá-lo na festa.

“Xerxes, há quanto tempo!” disse a vovó.

“Bastante tempo, heim, Violeta? Mas quando eu soube que você estava passando as
férias na Floresta Encantada, tratei de vir correndo para dar um abraço. Trouxe até este
presentinho, que é simples, mas é dado com muito carinho”.

Vovó Violeta abriu o pacote com o presente e viu que era um... xale! Que lindo xale
o amigo Xerxes deu para a vovó Violeta!

Mas, que peninha do Xerxes! Por causa da idade avançada, perdeu todos os dentes e
agora tem que usar dentadura, que em sua boca fica meio folgada. E cada vez que tem que
pronunciar seu próprio nome, aperta a dentadura, deixa o ar passar por entre os dentes e
fala: “Xerxes”. É por isso que ele fala pouco!

Quando vai dizer seu nome,

o amigo é uma figura.

Aperta bem os dentinhos,

para não perder a dentadura: Xerxes. /(Fonema / x/)

Dunga olhou para a enfermeira Karen e a achou maravilhosa!!! Seus lindos olhos
castanhos e seus cabelos negros o deixaram encantado. Tentou pronunciar seu nome, mas só
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conseguiu dizer: /k/ /k/ /k/ /(Fonema / k/) (Você se lembra de quando ele conheceu o coelho
Canhoto??? Foi o mesmo som que ele conseguiu pronunciar.)

(Mostrar a figura de Karen )

Nicanor explicou a ela que Dunga não consegue falar e que usa a linguagem de
sinais para se comunicar.

Karen comentou: “Nossa! Que coincidência! Além de enfermeira, sou intérprete da


linguagem de sinais...”

Neste momento nasceu uma grande e linda amizade entre Dunga e Karen.

E durante aquela noite, o encanto e a alegria rodearam os personagens desta história


repleta de fantasia.

E quando o dia amanheceu, e o sol surgia no céu, antes de irem descansar, um por
um, os visitantes começaram a se abraçar.

Lembre-se!

-Ao trabalhar cada figura-fonema separadamente, seguir os mesmos passos que foram usados com o fonema da
vovó Violeta.

-Fazer os abraços carinhosos com as figuras-fonemas que chegaram com a Nave Encantada.
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ATCHIM FAZ ANIVERSÁRIO.

Consoantes h, w, y e apresentação do qu

Nos bosques e castelos da Floresta Encantada, onde estão hospedados os visitantes e


onde já viviam alguns moradores, corre a notícia de que haverá uma grande festa na casa de
Dona Quinzinha, que é vizinha do anão Atchim.

Todos foram convidados. A Quinzinha estava há mais de uma semana preparando


os doces e salgados da festa. Fez quindim, queijadinha, pão de queijo, requeijão e os
famosos queijos fresquinhos que são sua especialidade.

(Mostrar a figura de Quinzinha)

“Sou vizinha de Atchim,

faço queijo, quindim e queijadinha,

que Ulisses adora comer.

Sou artista na cozinha!

O meu nome é

Quinzinha”. (Fonema /k/)

Atchim é o único que não sabe da festa, porque será uma festa surpresa.

A macaca Mila, sapeca como ela só, na véspera da festa não deu sossego para a
vovó. De meia em meia hora perguntava: “Que horas são?” E a vovó, já irritada, respondia:
“Pergunte ao coelho Canhoto!”

A macaca estava assim, ansiosa para ir à festa, porque não via a hora de comer
bastante queijo e quindim, os seus prediletos!

Amanheceu... O dia estava maravilhoso, o céu azul, um calorzinho gostoso, pelo ar


o canto de passarinhos e o perfume de flores completava o cenário para festa de aniversário.

Às três horas da tarde, já na casa de Quinzinha, todos os personagens, em silêncio,


aguardavam a chegada de Atchim, que recebera um bilhete misterioso dizendo que estava
convocado para uma reunião urgente.

Atchim, meio nervoso, bateu à porta da casa e Quinzinha foi abri-la. Quando ele
viu toda aquela gente, com chapéu de aniversário, apito, língua-de-sogra, cantando
“Parabéns a você!”, ficou muito emocionado.
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Vamos cantar “parabéns” para o Atchim?


Com o coração a palpitar e os olhos marejados de emoção, o anão Atchim nem
conseguia falar. Com muito custo saiu um “muito obrigado, meus amigos!”

A Quinzinha ficou realizada! Que bom poder fazer um amigo feliz!

Em nome de Atchim e de todos os personagens, Ulisses foi cumprimentar


Quinzinha por esse belo gesto. Aliás, Ulisses vive “grudado” em Quinzinha porque é fã
das coisas que ela faz.

No momento em que Ulisses foi abraçar Quinzinha, ele estava justamente


comendo um pedaço de queijo e como é feio falar de boca cheia, nada falou, só abraçou.

Quinzinha foi abraçar os moradores, com Ulisses “sempre grudado nela” e sempre
comendo um pedaço de queijo. Começou, então, (ir fazendo o som), Iracema (qui), Efigênia
(que) e... Veja só o que aconteceu: quando Quinzinha e Ulisses abraçaram o Atchim,
Ulisses já estava de boca vazia, já havia engolido o pedaço de queijo e o som mágico que se
ouviu foi: qua.

Todos os convidados adoraram esse som e começaram a repetir qua, qua, qua...
Daí para frente caíram na risada: qua, qua, qua, qua, qua...

Foi uma risada geral!

E quando Quinzinha abraçou Olívia, então? O som mágico foi ainda mais
engraçado: quo.

Vamos rir um pouquinho também?

Qua, qua, qua, qua, qua...


Quo, quo, quo, quo quo...

E riram que riram, e riram tanto e tão alto, que nem perceberam o tempo passando...
Aos poucos eles foram se cansando de rir, se acalmando, se acalmando... e a festa
continuou. Um grupinho conversando aqui, outro comendo ali, e Totonha, mais uma vez
providenciando o som da festa.

Num palco improvisado, Totonha, anuncia no microfone: “Atenção, meus


companheiros, tenho uma surpresa para vocês! Mandei buscar, no estrangeiro, uma cantora
sem igual. Ela está para chegar, trazida pelo primeiro raio de luar. E assim que o sol for
embora e a lua aparecer, vocês poderão conhecer Horácia, a hiena cantora!”

Nossa que alegria! Uma cantora na festa de aniversário de Atchim! Eles estavam
tão ansiosos que mal conseguiram esperar.

Logo o sol foi embora descansar, a lua começou a surgir tímida no céu. No entanto,
uma garoa fininha chegou com a lua e, no primeiro raio de luar, a hiena Horácia desceu na
Floresta Encantada, acompanhada por dois cavalheiros, também estrangeiros.
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Atchim e seus amigos estavam no jardim a esperar por ela. Só não contavam com a
garoa que caía e que molhou Horácia inteirinha. Ela estava com tanto frio e tão molhada
que nem conseguia falar.
(Mostrar a figura de Horácia)

Você sabia que os cantores têm que cuidar bastante das cordas vocais e evitar
temperaturas muito quentes ou muito frias para não prejudicar a voz?

Pois então, Horácia ficou afônica por causa da friagem, isto é, ficou sem voz e não
conseguiu cantar. Ficou muda!!!

Que tristeza! Que chateação!

Mas isso na Floresta Encantada dura pouco.

Convidaram Horácia e seus companheiros para entrar, comer, beber e dançar!

Nossa amiga Horácia,

veio num raio de luar,

mas por causa da garoa

perdeu a voz e não consegue falar.

Você se lembra dos dois estrangeiros que vieram acompanhando Horácia? Pois é,
gostaram tanto da festa e se sentiram tão acolhidos que, depois de algum tempo, chamaram
a Totonha e disseram: “De tanto acompanhar Horácia, a cantora, meu amigo e eu
aprendemos a cantar. Será que seus convidados se importariam se nós cantássemos um
pouco? Somos Yago e Wiliam. Acho que nossa voz não foi prejudicada pela garoa...”

Totonha ficou tão contente que foi correndo até o microfone e anunciou: “Atenção
pessoal!!! Horácia ficou afônica mas, seus companheiros também são cantores e
resolveram animar, ainda mais a nossa festa... Com vocês, a dupla “Yago e Wiliam” !!!

(Mostrar a figura de Yago e Wiliam)

Os convidados aplaudiram com muita alegria, gritando: “Viva, viva!”

Yago pegou o microfone e foi logo dizendo: “Boa noite!! Estamos felizes por cantar
para vocês... Pedimos um pouco de paciência, pois precisamos aquecer a voz.”

O som que se ouviu do “aquecimento de voz” de Yago foi; /i/, /i/, /i/...(Fonema /i/)

E o de Wiliam foi: /u/- /v/, /u/- /v/... (Fonemas /u/ /v/)

Quando olharam para os convidados, todos estavam rindo...


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Yago perguntou a Totonha: “Porque eles riem?” E ela foi logo explicando: “É que
acharam engraçado o som que sai do “aquecimento de voz” de vocês... É igual ao som de
dois moradores da Floresta: Iracema e Ulisses... E por falar em Ulisses, onde será que foi
parar? Faz tempo que não o vejo!!”

Wiliam respondeu: “Eu o vi “grudado” na Quinzinha comendo um pedaço enorme


de queijo”.

A dupla cantou e encantou os convidados até o final da festa...

Não se esqueça
dos abraços carinhosos...
Repita os mesmos passos da
vovó Violeta com os moradores.

* Explicar que quando Horácia abraça os moradores,


o som mágico produzido é somente o deles, pois ela está sem voz...
* Explicar também que Wiliam não pode abraçar Ulisses por que
ele continuava “grudado” na Quinzinha e sempre de boca cheia.
Yago não conseguiu abraçar Iracema porque ela já tinha ido embora.
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A EXCURSÃO DA VOVÓ

Alfabeto e ordem alfabética

A vovó Violeta e seu amigo Xerxes resolveram organizar uma excursão aos lugares
mágicos da Floresta Encantada.

Moradores e visitantes apresentaram-se na hora e no dia marcados para o passeio,


que foi feito a pé! Que legal: eles vão até acampar!

Acontece que, no meio da caminhada, alguns pararam para descansar e não viram o
grupo continuar.

Xerxes deu pela falta de alguém, só não sabia “quem” estava faltando.

Vovó Violeta sabia que, contando com ela e o Xerxes, eram 26 personagens.

Mas ali só estavam 24!

Depois de muito conta e reconta, chama e confere é que descobriram quem faltava.
Tinha que ser as duas sapequinhas: a macaca Mila e a índia Iracema.

O leão Leôncio, com seu faro apurado, saiu à procura das duas, e logo voltou com
elas.

Para que ninguém mais se perdesse, vovó Violeta e Xerxes organizaram uma lista
onde cada um teria seu lugar certo, e uma fila de onde ninguém poderia sair durante a
caminhada.

Cada vez que eles paravam um pouquinho para descansar, vovó Violeta pedia para
que entrassem em seu lugar na fila e falassem somente a 1ª letra de seu nome. Ao mesmo
tempo, vovó conferia sua lista. Depois disso, retornavam à caminhada.

A fila começou assim: (Colocar as figuras dos personagens no quadro em ordem alfabética, um a um, e
ir mostrando às crianças o que cada personagem gritava).

A vovó chamou a essa lista com a 1ª letra do nome de cada um, de alfabeto. Xerxes
disse que então o lugar que cada um ocupa na fila deveria se chamar ordem alfabética.

Todo mundo aprovou a ideia.

O passeio prosseguiu tranquilo e foi muito gostoso. Os personagens descobriram


lugares lindos na Floresta Encantada, aprenderam muitas coisas importantes uns com os
outros e foram descobrindo que havia uma variedade de sons mágicos que poderiam surgir
dos abraços carinhosos. Esses sons diferentes daqui para frente você também irá descobrir
quais são.
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E assim aconteceu esta história cheia de encanto, sonho e fantasia.

Uma história que trouxe a todos nós a alegria de sonhar, ler e escrever.
Guarde-a com carinho na cabecinha e no coração, e quando crescer relembre a
emoção que foi viver, descobrir e conhecer o mundo mágico da Floresta Encantada!

Atenção!
 É bom lembrar que as “dificuldades ortográficas” como s, r, l, n, m (final de sílaba); z (final de
palavras); h, nh, ch, lh, rr, r (brando); ss, s (som de z); qu; ce, ci; ge, gi; ç; gu, ão, ã e os encontros consonantais
serão apresentados mais em caráter ortográfico do que fonético de acordo com o Planejamento de cada ano.

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