K. Webster - Love and Law (Rev)
K. Webster - Love and Law (Rev)
K. Webster - Love and Law (Rev)
K WEBSTER
Disponibilização: Eva
Tradução: Renata
Revisão Inicial: Livinha
Revisão Final: Daniele
Leitura Final: Lu Marriot
Formatação: Keira
Fevereiro/2021
K WEBSTER
Difícil. Pesado.
Um passado triste que alimenta sua
necessidade de justiça.
Ela pode ser uma das poucas policiais
do sexo feminino em sua delegacia, mas
é a melhor.
Até ser colocada para trabalhar
infiltrada.
Intimidador. Poderoso.
Um lado sombrio e ilegal que dita sua vida.
Ele pode ser um criminoso, mas é bom nisso.
Ninguém fica no seu caminho sem pagar um preço.
Tupac Shakur.
K WEBSTER
PRÓLOGO
MAYA
A voz do papai fica mais alta dessa vez, para que eu possa
escutá-lo agora. “Por favor. Tivemos um mês difícil. Prometo que vou
te dar o dinheiro. Minha esposa receberá na próxima semana. Vou
lhe pagar isso, além dos juros.” Ele implora.
Um.
Dois.
Três.
K WEBSTER
CAPÍTULO UM
MAYA
somos nós que chutamos bundas por aqui. Ele nunca vai admitir,
mas somos os seus favoritos.
“Ele sempre estará por perto. Pode ser seu ‘namorado’ ou algo
assim. Inferno, não me importo, mas ele estará perto. Você não
precisa se preocupar. Mas precisamos chegar ao centro dessa célula
de drogas. Detroit está em seu pior momento e estou pronto para
aniquilar esses filhos da puta.” Ele resmunga.
Ele sorri e levanta sua cerveja para mim. Bato a minha contra
a dele e dou um longo gole. Verdade seja dita, estou com medo. Eu
nunca admitirei isso para ninguém além de mim mesma.
Quando sinto seu pau bem grande endurecer entre nós, sinto
dor ao pensar em fazer sexo. Faz tanto tempo e preciso estar
satisfeita. Mas Miguel é a pessoa certa para isso? As coisas ficarão
estranhas depois? A última pessoa com quem fiz sexo foi Jake, e
três minutos de tatear desajeitado, seguidos por um gemido quando
ele desmaiou em cima de mim, dificilmente conta como algo
memorável.
“Mmmm.”
CAPÍTULO DOIS
BEN
Tento não me encolher com o apelido que tenho desde que era
bebê. Vovó não tem medo de me envergonhar e me chamar assim na
frente de outras pessoas.
“Pac, você ouviu falar sobre essa nova garota, Val? A polícia
está toda nessa merda.” CJ me diz nervosamente quando entro no
prédio de escritórios onde cuidamos dos negócios.
Olho para Oculus, que está com uma expressão divertida pela
maneira como o novato está me tratando arrogantemente.
Neste ponto, porém, seu ego está machucado e ele não vai
recuar sem lutar. Quando pressiona seu peito contra o meu e me
empurra um pouco, eu perco o controle. Em cerca de três segundos,
meu punho se conecta com força em sua mandíbula e ele tropeça
para longe de mim. Sem deixá-lo ter outra chance, me aproximo e
dou outro soco, desta vez no nariz. O novato cai duro no chão
quando o sangue jorra de seu rosto. Dou a CJ um olhar que
interpreta facilmente. Ele puxa o garoto e o tira do escritório.
1
K WEBSTER
Vovó me diz para não falar com estranhos, mas a voz exige
respeito, assim como papai e sinto que preciso responder a ele.
“Eu disse, para a casa do meu amigo Jamal!” Eu grito com ele
com um pouco de atitude para alguém que eu mal conheço.
Ele puxa o carro para o lado e o estaciona. Acho que posso ter
chateado Nick Fury! Rapidamente, começo a descer a calçada em
ruínas em direção à casa de Jamal, mas depois que escuto a porta do
carro fechar, sua voz mais uma vez me interrompe.
“Seus pais sabem que você está andando pelo meu lado da
cidade no escuro? Você sabe que as crianças não deveriam estar por
aqui a essa hora da noite. Coisas ruins acontecem por aqui depois do
anoitecer.” Ele diz humildemente, me fazendo tremer.
Inclinando meu queixo para cima, olho-o nos olhos. O seu único
olho. “Meus pais estão mortos.”
“Minha avó cuida de mim. Ela teve que pegar outro turno no
restaurante hoje à noite. As coisas estão tensas desde que mamãe e
papai morreram. Vou para Jamal, já que ela não estará em casa até
tarde.” Não sei por que me sinto obrigado a contar tudo a ele, mas
falo de qualquer maneira.
Ele sorri para mim mais uma vez, desta vez me lembrando
quando meu pai achava que eu fazia algo bonito ou engraçado.
“Filho, me chame de Oculus. E vendemos o que as pessoas querem. O
que as pessoas precisam. Bem-vindo à equipe.”
K WEBSTER
A menção do meu pai suga meu fôlego, mas inflo meu peito só
de pensar nisso. E o engraçado é que estou feliz por saber que
Oculus também tem orgulho de mim.
CAPÍTULO TRÊS
MAYA
bunda lamentável faça tudo o que puder para mantê-la segura.” Ele
ameaça.
Ela está atrás de mim e puxa meu cabelo para trás enquanto
me olha no espelho. Paula é de verdade muito bonita. Seu rosto é
fino, com traços muito femininos. Embora seus pais sejam afro-
americanos, ela tem uma aparência mais exótica, quase latina.
Estou meio convencida de que o seu pai não é quem a sua mãe diz.
“Oh, querida, não diga isso a ela. Você sai parecendo uma
dragqueen no dia do casamento.” Diz a senhora debaixo do secador,
olhando por cima da revista.
Certamente não estou ficando mole hoje em dia. Que se foda ficar
mole.
“Eu vou tomar cuidado. Sabe que vou desempenhar bem meu
papel. Ser uma vadia dura é uma espécie de minha marca
registrada. Vou relatar quando puder.” Asseguro. Entreguei meu
distintivo, arma e identificação na delegacia. Somos só eu e as
roupas nas minhas costas.
CAPÍTULO QUATRO
BEN
Existem pelo menos cinco deles, mas não estou com medo.
Eles deveriam estar. Quando descobrirem quem eu sou, eles ficarão.
Tirando os óculos de sol, olho para cada um deles, demorando um
pouco antes de passar para o próximo.
“Merda! Ah, cara, não percebemos que era você, Pac. Você
nunca está deste lado da vizinhança. Não quis dizer nada, senhor.”
Finalmente, um pouco de respeito.
“Que tipo de trabalho? Não sou uma prostituta.” Ela diz com
naturalidade.
“Você é policial?”
Sua mão fica suada na minha e posso dizer que não quer me
responder enquanto andamos pela calçada, CJ sabiamente
seguindo silenciosamente atrás. É por isso que CJ é um bom
companheiro. Ele geralmente sabe quando se comportar.
“Sei que você está mentindo para mim, mas vou deixar
escapar desta vez. Não minta, garotinha.” Falo.
“OK.”
“Pac?”
K WEBSTER
“Sim?”
CAPÍTULO CINCO
MAYA
“Qual o seu nome?” Ele pergunta com a voz baixa que faz
minha pélvis doer. Merda.
2 Tranças em inglês
K WEBSTER
Pac avança sobre mim, fazendo-me tropeçar para trás até que
bato na parede com a bunda. “Você não é gay. É uma mentirosa.”
“Se você tem uma namorada, por que está excitada? Seu
pulso está batendo na minha mão. Sei que não tem medo de mim, o
que significa que está gostando do meu toque.”
Ele cheira tão bem que não consigo deixar de fechar os olhos
e cheirá-lo, sentindo seu perfume com sabão. Meu corpo inteiro está
tão hiper consciente dele que, quando se aproxima e pressiona seu
peito contra o meu, meus joelhos quase dobram debaixo de mim.
“Não.”
Ele sorri para mim e roça meus lábios de novo. Seus olhos
escurecem e Pac fica sério.
“Parece que dou a mínima? Não sei que tipo de operação você
está executando ao seu redor, mas é uma operação complicada.
Sério, estou fora.” Falo e corro em direção à porta.
“Onde você está indo, garotinha?” Ele exige com uma voz
suave e autoritária.
Pac caminha até nós e tento olhar para o seu rosto, não para
a regata branca apertada e o jeans baixo que o fazem parecer um
gângster sensual. Até seus estúpidos grandes tênis brancos K-Swiss
parecem sensuais nele. Meu olhar para mais uma vez em seu peito
musculoso antes de voltar para seus olhos quando para na nossa
frente. É claro que ele me observa descaradamente e pisca para
mim com um sorriso convencido idiota.
Pac estreita os olhos para mim. Percebo que sabe que não
estou feliz com ele ou com esses planos de vida, mas não questiona
minha atitude quente e fria.
CAPÍTULO SEIS
BEN
“Pai, o que você fará com este pedaço feio de madeira? Quer
que eu jogue na pilha de sucata?” Eu perguntei, virando a peça
desgastada repetidamente em minhas mãos. Era feio.
“Vou fazer para sua mãe algo especial com esta peça. É do
tamanho perfeito para fazer uma caixa de joias. Acha que sua mãe
gostaria disso?” Ele perguntou.
“Pai, ela vai adorar!” Disse. Meu pai era tão criativo. Queria ser
como ele quando crescer.
“Vai, filho. Agora você sabe por que procuro essas peças
especiais. Espero que agora veja a beleza em algo que os outros
normalmente não enxergam.”
K WEBSTER
Vovó, não quando ela acaba de fazer sua refeição favorita. Sei que
há um grande pedaço de bolo de chocolate esperando por mim e, se
eu irritá-la, vou vê-la comer sozinha.
“Bem, meu neto não irá passar fome. Você leva esse prato
para não morrer de fome, filho.” Ela diz, colocando o prato em um
saco. Ela anda até a geladeira e pega seu famoso bolo de chocolate.
Depois que corta um pedaço de tamanho generoso e o embrulha, ela
o adiciona ao saco.
Tudo o que faço é por ela, mas vovó nunca entenderá meu
‘trabalho secundário’, o que me faz sentir sempre culpado por
K WEBSTER
Depois que ela engole, elogia minha avó, fazendo meu coração
bater de orgulho. “Esse deve ser o melhor purê de batatas que eu já
provei! Dê-me mais um pouco, Pac.” Ela pede.
Ela fica em silêncio, mas não nega meu pedido, o que parece
um progresso para mim. Portanto, em vez de pressioná-la mais,
continuo nos alimentando até que toda a comida acaba. Tudo nesse
momento é íntimo. Coloco o prato na mesa e viro para ela,
esperando sua resposta. Quando vejo que ela tem um pouco de
molho no canto da boca, faço exatamente o que quero e seguro sua
cabeça com as mãos, trazendo seus lábios perfeitos aos meus.
Saindo da cadeira, eu ando até ela e pego seu braço antes que
abra a porta. “Maya.”
namoraria, uma mulher com quem não apenas faria amor, mas
também iria foder como uma estrela pornô. Um tipo de mulher
assim, eu faria minha rainha em um mundo perfeito. Infelizmente,
este não é um mundo perfeito. Fiz um compromisso ao longo da
vida com algumas coisas e não posso voltar atrás agora. Nem
mesmo por ela. Ela será só uma distração, uma que não posso me
dar ao luxo de ter. Porra.
CAPÍTULO SETE
MAYA
Tameka do caralho.
“Saia de cima de mim, vadia! Pac!” Ela grita de novo antes que
eu consiga cobrir sua boca. Tameka ainda está lutando embaixo de
mim quando dois braços fortes me puxam para longe pela segunda
vez esta noite.
Ele geme quando seu pau pressiona contra mim. Eu sei que
ele me quer exatamente como eu o quero. Sua ereção dura como
pedra é toda a evidência que preciso para chegar a essa conclusão.
Estou tão molhada por ele. Só a voz dele faz coisas comigo.
Eu choramingo quando Ben empurra um segundo dedo em mim.
Eu posso mentir para ele e dizer que era minha mãe, mas
Bem veria através disso. Então, o quê? Ele provavelmente desistiria
e nós dois estaríamos irritados como o inferno.
Seu pau flácido volta à vida entre nós enquanto ele beija o
inferno fora de mim. Por fim, ele se afasta e esfrega o nariz no meu.
“Sim.”
Ben quebra nosso beijo e olha nos meus olhos. “Eu beijo
melhor.” E sim, ele beija. Miguel não é um mau beijador, é só que
eu gosto mais do beijo de Ben.
“Sim.”
“Sim.”
Desta vez, quando ele me fode, vai devagar, sem tirar seus
olhos castanhos escuros dos meus. Toda a minha área pélvica dói
como se meu corpo precisasse dele.
“Sinto muito, Maya. Tenho que ir. Tente não ter problemas
com Tameka novamente. Estou quase arrastando sua bunda
sensual para minha casa por segurança.” Ele avisa. A ameaça dele
parece muito boa para mim. Na verdade, posso dar um tapa na cara
de Tameka só para poder aceitar com prazer minha punição.
Assim que ele me disse para não entrar lá, eu sei que vou.
Sou assim. O que há na sala à esquerda? Em vez de responder a ele
que não vou, apenas sorrio para ele. Ele sorri de volta e sai correndo
pela porta antes que possa mudar de ideia.
“Eu sabia que você era uma vadia suspeita.” Ela fala baixinho
e se vira para ir embora.
CAPÍTULO OITO
BEN
“Ele tem alguém aqui dentro. Não existe outra maneira que
ele soubesse sobre Val e os homens perto da Avenida Mack.” Ele
estreita os olhos enquanto elabora seus pensamentos.
Paro e levanto as mãos ao meu lado. Não sou idiota. Sei que
obedecer é minha melhor aposta. Saber quando ficar quieto sempre
foi uma qualidade minha que muitos homens nesta indústria não
têm.
Vou pegar minha carteira, sabendo que ele quer ver alguma
identificação, mas quando pega sua arma, paro o movimento.
“Você está livre para ir.” Ele resmunga e sai correndo para
ajudar o outro policial a levar o drogado para dentro do carro.
Com raiva, ele chuta a cadeira ao lado. “Eu não sei quem
diabos está fazendo isso, mas Oculus vai ficar louco. É melhor
descobrirmos essa merda, cara.”
Ele sorri para mim. “Sua garota do lar está vendendo a merda
desse produto. Ela sai durante o dia e volta com dinheiro. Não tenho
certeza para quem está vendendo tudo. As outras garotas nunca
vendem completamente. Acho que ela é uma porra de prodígio.”
Ela faz uma careta para mim e cruza os braços sobre o peito.
“Uma ligação seria legal.” Ela grita calorosamente, ignorando minha
pergunta.
“Sou seu chefe, o que significa que posso fazer o que quiser.
Acha que pode ser uma vadia comigo depois de duas trepadas?” Eu
K WEBSTER
exijo, agora com raiva de seu tom. Se ela é do bando de Blaze, vou
descobrir.
Seus olhos voam para os meus com surpresa. Porra, ela está
escondendo alguma coisa. Está escrito em todo o seu rosto.
“Não, claro que não.” Ela mente. “Estou aqui porque fugi e
precisava de um lugar para ficar e um emprego.”
Agarro seu braço direito antes de Maya sair pela porta. “Eu
não disse que você poderia sair.” Resmungo para ela. Ela grita de
surpresa, mas não luta contra mim quando eu a puxo de volta para
o escritório.
“Não. Sim. Porra. Maya, não sei o que é, mas você está me
distraindo como o inferno. Tudo o que consigo pensar agora é tirar
você desse short sensual e mergulhar profundamente dentro de
você.”
“Droga!”
K WEBSTER
Eu viro o rosto dele, com raiva e bato a porta. Maya está tão
linda com o cabelo selvagem e os olhos meio vidrados de desejo.
Quando dou a ela um olhar de derrota, ela sorri para mim.
Deste ângulo, quase gozo quando ela desliza sua boca quente
sobre o meu pau. Seu cabelo escuro cai para frente, atingindo meu
pau de ambos os lados. Sua bunda redonda balança e seus peitos
saltam cada vez que balança a cabeça para baixo. Maya é uma
porra de uma visão gloriosa.
“Porra!” Eu gemo.
CAPÍTULO NOVE
MAYA
“Eu quero que você fique comigo.” Ele diz suavemente entre
beijos.
“Vinte e seis.”
Desta vez, lágrimas enchem seus olhos e me sinto mal por ele.
“Eles foram mortos por um motorista bêbado quando eu tinha doze
anos.”
“Uh, sim.”
“Ben, por favor. Apenas deixe essa parte do meu passado para
lá. Não vale a pena saber.” Tento e agarro seu ombro.
meu trabalho mais uma vez. Mas eu parei. Ele não voltou para mim
e ainda não o vi hoje.
Desta vez, a cadela tem cérebro para calar a boca. Ela parece
aterrorizada.
K WEBSTER
Ele balança a cabeça para mim. “Vou precisar que vocês duas
tirem suas mochilas e coloque-as na frente. Junte os dedos e
coloque-os no topo da cabeça.” Miguel instrui.
“Não fale comigo, vadia. Você roubou de Be... Pac! Eu sei que
você está trabalhando para o Blaze!” Acuso. Minhas lágrimas estão
secando rapidamente quando a raiva surge.
Meu estômago revira. Ben. Por que ele teve que me socorrer?
Droga!
K WEBSTER
Jim pisca para mim. Ele não tem a menor pista. “Um
Benjamin Cartwright a socorreu.”
Meu coração aperta, mas sabia que era ele antes que me
dissesse seu nome.
CAPÍTULO DEZ
BEN
Assim que entramos, ela engasga. “Oh meu Deus, Ben! Esta
casa é linda!”
“Eu não como uma refeição caseira há tanto tempo.” Ela fala
com um sorriso enorme. “Além disso, a pequena amostra da
culinária dela que você compartilhou comigo outro dia só garantiu o
fato de que eu também amarei a refeição desta noite.”
“De que ‘habilidade’ ela está falando? Ela sabe?” Maya fala
baixo o suficiente para vovó não ouvir.
Maya estreita os olhos para mim. “Então você faz tudo isso
com madeira e vende? Você tem uma loja?”
Nego com a cabeça para ela. “Não, tudo é feito online. Tive
trabalhos onde levo para a casa das pessoas e instalo balanços na
varanda que fiz ou lareira, coisas assim. Eu praticamente posso
fazer qualquer coisa com madeira.”
“Sim. Eu me dou muito bem com isso.” Não sei para onde ela
está indo com esse assunto.
“Vovó não sabe sobre esse trabalho, nem saberá. Faço aquele
trabalho porque sinto que devo a Oculus por ser o pai na minha
vida que perdi. Ele cumpriu esse papel por mim e estou muito
agradecido. Além disso, uma vez que você decide ser o braço direito
K WEBSTER
Maya se vira para mim com lágrimas nos olhos. “Sinto muito,
Ben.”
Beijo seu cabelo, puxo-a para perto de mim e seguro seu seio.
“Hum?” Murmuro.
Deslizo a mão até o seu cabelo e afago alguns fios que caíram
em seu rosto. Usando o polegar, limpo a sua bochecha molhada.
“Estamos sendo nós. Ben e Maya.”
filhos. Eu quero que você seja minha. Desde que te conheci, você é
tudo em que penso.”
“Maya, você não vai mais traficar. Hoje foi por pouco e não
posso ficar me preocupando com eles tirando você de mim. Eu
cuidarei de você, lhe darei dinheiro e um lugar para ficar. Eu me
sentiria melhor se você estiver aqui comigo e não lá fora.”
Tiro o seu cabelo que caiu novamente em seu rosto. “Você vai
sair. Fim da história. Vou falar com o Oculus sobre mim. Estou
além de pronto para desistir.” Acaricio meu nariz contra o seu e
mudo de assunto. “Garotinha, eu quero levá-la para passear.
Amanhã, vamos jantar e assistir a um filme ou algo assim. Você
merece ser levada para um encontro de verdade.”
Sorrio com o olhar sério em seu rosto. Minha garota quer meu
pau. Terei prazer em dar a ela.
“Tenho uma gaveta cheia. Você está pronta para ser fodida?”
Sorrio e brinco com ela, fazendo-a gritar. Não sei muito sobre
essa garota, mas estou gostando de juntar as peças do quebra-
cabeça aos poucos. Maya é um sonho realizado e pretendo conhecer
cada parte sua. E agora, quero saber se ela é sensível.
Eu sei que prometi a ela uma boa foda, mas agora, só quero
transar lentamente e adorar cada centímetro de sua pele macia.
Provocando seu mamilo, giro a língua antes de chupá-la de novo.
Seus dedos estão cavando na minha cabeça e pescoço, mas isso só
K WEBSTER
me excita mais. Meu pau grosso pressiona contra seu osso púbico e
quero empurrá-lo para dentro dela em breve.
“Sim?”
“Ben.”
“Ben, por favor, ouça. Ainda não estou pronta para lhe
contar. Mas eu vou. E assim por diante. Por favor, não me afaste.
Estou tentando aqui. Apenas saiba que meus sentimentos por você
sempre foram cem por cento reais. Não importa o que aconteça
entre nós, sempre fui sincera sobre isso.”
Uma de suas mãos desliza da minha bunda para o meu pau. Ela me
acaricia suavemente e eu gemo em sua boca. Posso ficar chateado
com essa garota, mas tudo o que precisamos é do seu toque e perco
a cabeça.
“Aposto que você deve ser deliciosa bem aqui.” Eu gemo. Meu
pau está completamente duro de vê-la dessa maneira.
“Machuca?”
“Oh.” Ela geme de novo, desta vez pela perda. Eu não posso
ajudar, mas sorrio para sua bunda bonitinha.
CAPÍTULO ONZE
MAYA
“Ok, vocês dois pombinhos. Por mais que eu queira que vocês
façam alguns netos para mim, isso não vai acontecer na minha
mesa de jantar. Maya, pegue o suco de laranja para todos. Ben,
pegue a calda na despensa.” Vovó manda.
Estou mordendo meu lábio com tanta força para não sorrir,
que tenho certeza de que vou tirar sangue em breve. Suas orações
são quase demais para suportar sem rir.
“Oh, e, Senhor, por favor, não deixe meu lindo Urso Pooh ser
um homem burro. Dê a ele forças para se casar e engravidar Maya
em breve. Eu sou velha. Meu tempo é curto. Sabe disso, Senhor.
Sou uma boa mulher e certamente pode me fazer esse favor. Você
meio que me deve já que Lynetta me ligou esta manhã,
milagrosamente curada de sua laringite. De qualquer forma,
agradeço por essa comida que meu doce neto fornece com seu
trabalho duro com o comércio de seu pai. Nós somos além de
abençoados. Em nome de Jesus, oramos. Amém.”
Olho para Ben e ele está com um olhar frustrado antes de dar
à avó um sorriso falso. Incomoda-o pelo fato de ser traficante de
drogas e mentir para ela sobre o assunto. Posso ver que isso o
consome. Eu sei que podemos descobrir uma maneira de tirá-lo
desse mundo antes que seja jogado na cadeia com aqueles
criminosos horríveis. Ben não é um criminoso horrível, mas a lei
não vê dessa maneira. Não há detalhes técnicos ou áreas cinzentas.
É tudo em preto e branco, as cores na lateral dos carros de patrulha
provam isso claramente.
Ben for levado para a cadeia por estar associado a Oculus e seus
negócios. Meu estômago dá uma estremecida porque me preocupo
com quem cuidará dela.
Ben tem uma mão segurando meu quadril com força e a outra
está segurando o balcão ao meu lado. Mesmo que ainda esteja
dolorida, não quero que ele pare. Jamais quero que ele pare. A água
espirra ao meu redor enquanto ele me fode loucamente por trás.
“Ben, oh Deus!”
Viro a cabeça e sorrio para ele. “Eu não quero ninguém além
de você me tocando, Ben. Não precisa ficar com ciúmes.”
Inclinando-me, dou um beijo na sua bochecha. E assim, estamos
felizes novamente. Bem, exceto por cada vez que olho no espelho e
vejo aquele maldito carro.
“Oh, precisamos comer pipoca.” Digo a ele. “Por que você não
fica na fila para pegar nossos lanches enquanto eu vou ao
banheiro?”
“Quero que você convença seu lado de que Blaze quer fazer
um acordo. Ele vai recuar em troca de uma porrada de coca que
pode comprar a um preço com desconto. Se a gangue de Oculus
aceitar, ele os deixará em paz.”
Eu concordo. Isso tem que ser feito. Mas o que direi a Ben?
Como vou encontrar uma maneira de deixá-lo fora desta reunião?
“E Maya?”
“O que quer que você esteja fazendo com esse homem, precisa
parar. Vi como você o beijou na delegacia quando te salvou. Não foi
um beijo de ‘eu estou fazendo um papel’. Foi um beijo de verdade.
Um beijo cheio de paixão e desejo. Você não pode estar com ele
desse jeito, Maya. Ele é um criminoso.”
“Ok, Miguel.”
pensar era ter certeza de que você estava bem. Eu não seria capaz
de lidar se algo acontecesse com você, Maya.”
CAPÍTULO DOZE
BEN
Eu estou tão chateado que mal consigo ver direito. Ela mentiu
na minha cara hoje à noite e terminei com as suas mentiras.
Quando meu telefone toca, eu o pego do bolso, feliz por ter algo
quebrando o estranho e silencioso caminho de volta para casa.
Sua atenção muda com o fato de que não estamos mais indo
em direção a minha casa, mas ela não diz nada até que paramos
atrás do carro de CJ no beco do escritório do meu chefe. Maya
nunca esteve aqui antes e detesto o fato de ter que trazê-la aqui em
primeiro lugar. Estaciono o carro, mas o deixo ligado.
“Pac, estou feliz que você pode nos agraciar com sua
presença. O que diabos tem feito ultimamente? Você é meu homem
de confiança e eu mal te vejo.”
Oculus olha para cima e para baixo com interesse, talvez até
diversão. Tenho um forte desejo de me colocar entre seus olhares
curiosos e minha garota. Ela pode ser um quebra-cabeça, mas é
minha e eu morrerei para protegê-la de pessoas como ele.
Ele sorri e retorna sua atenção para mim. “Aposto que ela é
‘legal’.” Ele ri conscientemente.
Merda. Ele sabe que estamos juntos. É por isso que esse
homem é bom no que faz. Oculus pode ver a floresta através das
malditas árvores.
“Como acha que uma garotinha como você pode ajudar?” Ele
provoca.
Seu bíceps se contrai e juro por Deus, se ele bater nela como
quer, eu o mato aqui neste escritório. A tensão nesta sala é tão
espessa que você pode cortá-la. Quero que Maya saia deste
escritório o mais rápido possível.
Desta vez, ela nem se encolhe e parece pronta para dar seus
próprios socos. Não sei por que Maya é tão hostil com ele, mas me
deixa nervoso pra caralho.
CAPÍTULO TREZE
MAYA
“Por que você não sobe e toma banho? Vou falar com a vovó.”
Ele sugere enquanto subimos os degraus da varanda.
ainda quero matá-lo, mas não sei se terei coragem. Apenas a visão
de seu tapa-olho me fez engasgar com minhas palavras. Como
diabos eu vou ser corajosa o suficiente para matar aquele filho da
puta?
“Onde?”
“Maya, eu te protejo.”
Ele estreita o olhar para mim antes que seus olhos examinem
meu corpo na toalha. “Você estava no telefone?”
Ele sorri para mim com tanto orgulho que de repente me sinto
péssima. Sinto-me doente por ter que enganá-lo. Ele apoia a arma
na mesa de cabeceira ao lado do telefone. Seus olhos estão tentando
arrancar camadas da minha alma enquanto tenta procurar o
verdadeiro eu. Detesto ter que esconder isso dele. Ben pega a arma
da minha mão e a coloca na mesa.
Sei o que Ben está perguntando e eu quis dizer a eles. Não era
um truque para enganar Oculus. Eu amo esse homem. É por isso
que meu coração se partirá quando tiver que deixá-lo.
Estou prestes a dizer para ele parar, mas forço a relaxar meus
músculos, o que o ajuda a deslizar até o fundo. Ben não se move, só
fica parado, permitindo que eu me acostume com a sensação. Sua
mão circunda meu corpo e provoca meu clitóris. A queimação
dolorosa começa a se dissipar quando a maneira sensual com que
ele toca o meu clitóris sensível assume o controle. Estou me
acostumando como jeito que ele me toca quando começa a entrar e
sair lentamente de mim.
K WEBSTER
“Sim, Ben. Isso foi... foi incrível. Quero dizer, doeu, mas
também foi gostoso. Estou confusa. Estou dolorida. Sinto-me
violada, mas quero outra vez. Não faz nenhum sentido.” Admito,
chorosa. E é verdade. Foi uma experiência incrível e louca que eu
vou tentar de novo.
Ele tira meu cabelo do ombro e beija a pele ali. “Eu te amo.
Isso, nós, eu quero todos os dias. Estou pronto para ter o belo
relacionamento que meus pais desfrutaram. Com você, é possível.”
Ele me beija mais uma vez antes de sair da cama para tomar
banho. Eu também o amo e é por isso que amanhã vai doer tanto.
Quando a prisão cair, Ben vai me odiar. Nosso sonho de fugir juntos
será apenas isso, um sonho. E meu coração, junto com o dele, será
quebrado. Espero que um dia ele me perdoe.
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CAPÍTULO QUATORZE
BEN
você nunca vai me desrespeitar nesta casa. O que quer que ela
tenha feito não lhe dá o direito de agir assim, Benjamin. Seus pais
ficariam horrorizados. Sugiro que você esfrie sua cabeça antes de
falar com ela. Maya é uma boa garota e você a perderá dessa
maneira.” Ela avisa antes de me soltar.
Ela estreita os olhos para mim quando admito que Maya seja
policial. Vovó é inteligente demais e junta as peças. “Você é um
gângster. Ursinho Pooh, estou decepcionada com você.”
São nove horas agora, portanto ainda tenho uma hora para
talvez mudar de ideia. Ela parecia sincera sobre querer fugir comigo.
Se eu conseguir encontrá-la e tirá-la daqui, talvez tenhamos uma
chance de um final feliz.
K WEBSTER
Mas, para azar de nós dois, não posso permitir que entre lá
sozinha. Oculus exigirá saber onde eu estou e provavelmente matá-
la só por diversão. Enfio a arma na cintura e corro para fora da sala
em um esforço para parar as coisas antes que elas explodam com
Maya no meio.
“Muito feliz que você pode se juntar a nós, Pac.” Oculus diz.
Ele está chateado por eu ter chegado atrasado.
A sala está tensa e dou outro olhar para Maya. Ela não olha
para mim e, mesmo que doa, ainda quero jogá-la por cima do ombro
e arrastá-la para fora dessa bagunça.
Fala sério.
mata leão e anulo seu suprimento de ar até que ele desmaia e cai no
chão. Quando olho para cima, Oculus e Maya têm suas armas
apontadas um contra o outro.
“Você matou meu pai. Leroy Lopez. Dezessete anos atrás.” Ela
soluça. Seus braços estão tremendo quando confronta o homem que
arruinou sua vida aos nove anos de idade.
“Nããããããããããão!”
Oculus cai no chão e meus olhos o seguem até onde ele está.
K WEBSTER
Eu o matei.
E ele mereceu.
Ele corre até ela e segura a sua mão. “Maya, não morra
comigo!”
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Seus olhos mais uma vez se abrem. “Eu... amo você.” Ela
engasga. A voz dela, parece ruim. Porra, tão ruim.
Não.
Quando olho pela janela e vejo o filho da puta que estava com
as mãos em cima dela no dia em que foi “presa” segurando um
lenço ensanguentado no nariz, fico feliz por um pouco de justiça,
sabendo que ele foi o único que bati com meu cotovelo. Maya ficaria
orgulhosa. O pensamento sobre ela aperta meu coração e fecho
meus olhos. Minha doce e sensual garota se foi.
porém ele olha para mim com um olhar simpático. Mais uma vez, as
lágrimas caem por vontade própria.
“Benjamin?”
Ele sorri tristemente para mim. Posso dizer que ele a ama
também, mas respeita que o que ela e eu temos é algo especial.
“Quando ela acordar, diga que a amo. Diga a Maya que sinto
muito por isso, mas não sinto o fato que o destino tenha nos unido.”
“Eu direi a ela, mas não ficará satisfeita até você contar a ela.
Eu a conheço. Maya é teimosa pra caralho.”
Nós dois rimos porque ela é uma das pessoas mais teimosas e
obstinadas que conheço.
K WEBSTER
Ele sorri para mim. “Sim, ela é uma boa menina. E Ben, você
é um cara legal. Seu registro está limpo. Sei sobre o seu negócio de
carpintaria na Internet.”
Ele sorri. “Sim. Esta manhã ela me fez bacon e ovos quando
fui falar com ela sobre você. Disse a ela que não era necessário, mas
ela insistiu. E depois oramos.” Os olhos dele se arregalam.
“Ei, Lopez?”
“Sim?”
“Aquele idiota. Ainda devo a ele minha própria surra por isso.”
Ele resmunga.
Fico feliz em ver que ele está tão chateado quanto eu. Talvez
haja esperança de ser seu amigo também um dia.
Sem drogas.
Sem mentiras.
Sem besteira.
Só nós.
K WEBSTER
CAPÍTULO QUINZE
MAYA
Ela foi me visitar todos os dias desde que fui baleada. Ficava
ansiosa pela sua presença. Minha própria família não se importava
menos comigo, mas esta mulher? Ela me tratava como se eu
pertencesse a ela.
“Não acredito que estou dizendo isso, Maya, mas Ben é bom
para você. A maneira como você fica toda mulherzinha quando fala
sobre ele? É uma coisa normal de mulher de se fazer. Você sempre
esteve ausente nesse departamento.” Ele brincou.
“Eu sei. Sinto falta dele. Vê-lo uma vez por semana e sob
supervisão era péssimo.”
para casa. Oro para que, agora que engordou a senhorita Maya, ela
esteja pronta para engravidar com o bebê do meu ursinho Pooh.
Estou ficando velha, Senhor. Não posso esperar muito mais. Em
nome de Jesus, eu peço. Amém.”
“São dez horas. Onde ele está?” Paula geme ao meu lado.
“Ele sairá a qualquer momento. Por que você não volta para o
carro e liga o ar condicionado? Não faz sentido ficar com calor. Isso
não será bom para minha sobrinha.”
“Esse calor também não pode ser bom para o seu novo corte
de cabelo?” Eu tento de novo. Desta vez, chamo a sua atenção.
aquela atrevida.” Com isso, ela caminha até o carro e entra. Depois
que liga, eu pulo e vou até o portão.
Ela pega e treme. “Eu sou Paula Lopez. Finja que não estou
aqui.” Ela sorri com uma piscadela antes de voltar a colocar o carro
na estrada.
Depois que ela sai para a estrada principal, ele se vira para
mim no banco de trás. Seus olhos escuros devoram todos os traços
no meu rosto, passando mais tempo nos meus lábios. Eu já estou
ofegando, só precisando do seu corpo quase tanto quanto eu preciso
de ar. Seus olhos caem no meu peito e Ben geme.
Não perco tempo e vou até Ben. Desta vez, eu o beijo mais
devagar, me esfregando contra sua ereção através do jeans. Sou
grata por Paula ter fechado a janela porque Ben retira as tiras do
meu vestido dos dois ombros e a empurra para baixo, para que
meus seios nus escapem.
EPÍLOGO
BEN
Nove meses depois...
Minha.
Meu coração batia apenas por Maya, mas agora essa coisinha
doce, perfeita e gritando constroi seu caminho para dentro de mim.
Uma família.
Nosso lado.
Lado do amor.
FIM