K. Webster - Love and Law (Rev)

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K WEBSTER

K WEBSTER

Disponibilização: Eva
Tradução: Renata
Revisão Inicial: Livinha
Revisão Final: Daniele
Leitura Final: Lu Marriot
Formatação: Keira

Fevereiro/2021
K WEBSTER

Difícil. Pesado.
Um passado triste que alimenta sua
necessidade de justiça.
Ela pode ser uma das poucas policiais
do sexo feminino em sua delegacia, mas
é a melhor.
Até ser colocada para trabalhar
infiltrada.

Intimidador. Poderoso.
Um lado sombrio e ilegal que dita sua vida.
Ele pode ser um criminoso, mas é bom nisso.
Ninguém fica no seu caminho sem pagar um preço.

Quando o bem encontra o mal, as linhas ficam borradas.


Duas pessoas em lados opostos da lei batem de frente.
Atração ardente.
Química explosiva.
Uma conexão instantânea.
Não há leis para o amor.
K WEBSTER

Tia Nae, você sempre entendeu a minha obsessão com a


leitura e apoiou a minha escrita, um vínculo pelo qual estou
verdadeiramente grata.

Eu posso ser a sua autora favorita, mas você sempre será


minha tia favorita.
K WEBSTER

“Eu não escolhi a vida de bandido, a vida de bandido me


escolheu.”

Tupac Shakur.
K WEBSTER

PRÓLOGO
MAYA

A batida na porta faz papai acordar da soneca no sofá. Mamãe


sempre trabalha no Dollar General aos sábados, portanto meu pai
cuida de mim. Isso geralmente significa dormir enquanto brinco
com Barbies. Ele tem estado diferente ultimamente, mais distante.
Mamãe parece irritada com ele, e eles brigam mais do que antes, o
que me deixa triste. Depois de levantar do sofá, papai anda até a
janela e abre as persianas para ver quem está na porta.

“Filho da puta.” Ele amaldiçoa baixinho. Eu o escuto e


instantaneamente sei que algo está errado.

“O que foi, papai?” Eu pergunto, enquanto coloco a Barbie no


chão para poder enrolar o cabelo na minha trança.

Quando as coisas me deixam desconfortável, sempre torço


meu cabelo. Comecei depois que fiquei grande demais para chupar
o polegar. Mamãe comprou um creme para colocar no meu dedo que
era nojento. Nem preciso dizer que larguei o polegar bem rápido e
segui para outra maneira de me confortar.

“Vá para o seu quarto, Maya.” Papai resmunga baixinho


enquanto olha nervosamente para a porta da frente. Outro estrondo
faz com que nós dois pulemos. “Droga, Maya. Eu disse agora!” Ele
fala e me puxa do chão.
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Papai nunca me machucou, então não entendo por que está


agindo assim. Lágrimas enchem meus olhos enquanto corro para o
meu quarto e sento na cama, sem saber o que fazer comigo mesma.

Ele corre para o quarto atrás de mim e aponta para debaixo


da cama. “Ouça-me, querida.” Ele diz mais gentilmente. “Eu preciso
que você se esconda debaixo da cama. Papai fez algo ruim e alguns
homens vieram me visitar. Não estão muito felizes comigo. Você
estará segura debaixo da cama até que eles saiam. Você pode ficar
quieta por papai e se esconder?” Ele beija o topo da minha cabeça.

Eu aceno e me levanto da cama. Jogando os braços em volta


de sua cintura, eu o aperto com força. Por alguma razão, estou
muito preocupada com meu pai.

Ele agarra meus ombros e me afasta. “Agora, princesa.”

Limpando as lágrimas, rastejo para debaixo da cama


enquanto ele volta para a sala de estar.

Ouço papai abrir a porta da frente e imediatamente gritos


enchem nossa pequena casa.

“Simpson! Onde está a porra do nosso dinheiro?” Uma voz


profunda e zangada exige.

A voz do papai é baixa e abafada quando parece explicar algo


ao homem. Esforço-me para escutar o que ele está dizendo, mas não
consigo ouvir uma palavra.

“Foi o que eu pensei. O? Podemos matar o filho da puta?”


Outra voz pergunta.

Parece haver várias pessoas em nossa casa e estou com


medo. Matar meu pai? Eu escuto papai implorando para eles. Uma
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voz mais profunda, uma muito mais assustadora que as outras


duas, interrompe-o.

“Eu te dei tantas chances, Simpson. Se você rouba de mim,


paga o preço. Você levou minhas drogas para vender, mas nunca
me trouxe o dinheiro. Realmente achou que iria se safar no meu
maldito bairro?” Ele resmunga sua pergunta.

Ouço um clique metálico e meu coração bate forte no peito.

A voz do papai fica mais alta dessa vez, para que eu possa
escutá-lo agora. “Por favor. Tivemos um mês difícil. Prometo que vou
te dar o dinheiro. Minha esposa receberá na próxima semana. Vou
lhe pagar isso, além dos juros.” Ele implora.

A sala fica em silêncio por um momento antes que o chefe fale


novamente. “Ok, Simpson. Certo. Eu sou um cara legal. Vou deixar
você me roubar. Nada demais. Vamos ser honestos, parceiro.” Ele
diz, com uma voz tão doce quanto xarope.

Os pelos do meu braço ficam arrepiados. Mesmo aos nove


anos de idade, posso ver através das mentiras desse homem.

“Obrigado, cara. Eu prometo...” Papai começa, mas o chefe


mais uma vez o interrompe.

“Não, só estou brincando com você, chapa. Você teve sua


chance.” O homem diz friamente.

Meu coração literalmente para por três segundos.

Um.

Dois.

Três.
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Bang! Bang! Bang!

Minha boca forma um ‘O’ enquanto eu silenciosamente grito


pelo meu pai. Tenho medo que esses homens me arrastem para fora
desta cama e me machuquem também. Mesmo debaixo da cama,
sinto um cheiro desconhecido, pólvora? Os homens rapidamente
deixam nossa pequena casa e batem a porta atrás deles.

Fico deitada de bruços no tapete sujo, apavorada demais. A


casa está muito quieta. Isso me enoja. Papai! Eu saio de debaixo da
cama e engatinho até a porta. Hesitante, espreito em volta da minha
porta para a sala de estar. Eu vejo o corpo do papai no chão ao lado
do sofá.

“Papai!” Choro quando me levanto e corro para ele com as


pernas bambas.

Mas quando papai realmente aparece, eu paro de andar. De


repente, sinto-me muito mal do estômago e começo a enrolar meu
cabelo escuro como uma louca. Não. Isso não pode ser.

Uma poça escura de sangue circula rapidamente em volta de


seu peito. Ele não está fazendo barulho. Não está se mexendo. Meu
pai está morto.

Lágrimas enchem meus olhos de nove anos quando


silenciosamente prometo a mim mesma que um dia pegarei os
homens maus que machucaram meu pai. Eu os matarei como eles o
mataram. É uma promessa.

Corro para a janela para espiar, para ver se consigo observar


os assassinos. O que eu acho que deva ser o chefe olha para a
janela de onde estou espiando e congelo no lugar. Seu olho direito
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está coberto com um tapa-olho simples e ele parece aterrorizante.


Felizmente, ele entra no carro e fecha a porta atrás dele.

Um dia, ele pagará pelo que fez com meu pai.


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CAPÍTULO UM
MAYA

Dezessete anos depois...

“Simpson! Lopez! Meu escritório agora!” O capitão


Sommerhaul grita de dentro de seu escritório.

Miguel, meu parceiro, sorri para mim enquanto se levanta da


mesa. Estamos sempre brigando com ele. É o típico capitão de
polícia. Baixo, careca, acima do peso e irritado.

“Diga a ele que estarei lá em um segundo.” Sorrio enquanto


continuo folheando meu arquivo. O capitão Sommerhaul pode
segurar seus malditos cavalos.

“Maya, mexa-se e pare de provocá-lo.” Miguel fala, puxando


meu cabelo ao passar por mim. Miguel é muito bonito. Alto, com
uma pele morena, olhos castanhos claros, cabelos escuros, mas é
meu melhor amigo. Você não olha para o seu melhor amigo dessa
maneira, simplesmente não é normal. Ele nunca foi mais do que um
irmão para mim.

“Tudo bem, idiota.” Resmungo e bato a pasta sobre a mesa.

De pé em frente a minha mesa, evito os olhares de todos os


detetives experientes do nosso departamento. Muitos desses idiotas
ficam com inveja de Miguel e de mim, os mais jovens detetives da
delegacia, somos os únicos a receber todos os elogios. Somos
ousados e destemidos. Alguns diriam imprudentes. Mesmo que
Sommerhaul monte em nossas bundas praticamente todos os dias,
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somos nós que chutamos bundas por aqui. Ele nunca vai admitir,
mas somos os seus favoritos.

Passo pelos detetives Jim Hominy e Jake Lester. Jake não é


muito mais velho do que eu e está sempre me paquerando.
Infelizmente, não suporto uma única coisa nele. Ele tem cabelos
oleosos e atitude arrogante e cheira a desodorante Old Spice.
Nojento. Mas, infelizmente para mim, eu já transei com ele várias
vezes depois de ficar bêbada. Jake parece mais bonito e engraçado
quando não estou sóbria. Felizmente, agora só evito o álcool.
Problema resolvido.

“Está bonita, Chocolate.” Ele murmura baixinho enquanto eu


passo.

Mostro o dedo para ele conforme passo. Seu apelido estúpido


fica sob a minha pele. Aquele garoto branco vai ser chutado por
uma garota negra muito em breve, minha paciência está se
esgotando.

“Foda-se.” Digo por cima do ombro antes de entrar no


escritório de Sommerhaul.

Sommerhaul já está olhando para mim quando entro. Que


diabos nós fizemos hoje? Miguel me dá um olhar de aviso, mas o
ignoro quando me sento na cadeira.

“O que há, chefe?” Pergunto arrogantemente. Sei que


Sommerhaul odeia quando ajo assim, mas gosto de ver o seu rosto
ficar vermelho.

“Simpson, pare com isso.” Ele reclama, jogando uma pasta


sobre a mesa na minha direção.
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Miguel já está folheando seu próprio arquivo enquanto abro o


meu. Perfis de traficantes procurados estão grampeados lá dentro.

“O que é isso?” Questiono, olhando para cima.

Os lábios de Sommerhaul se abrem em um sorriso


presunçoso e tenho vontade de jogar minha pasta no seu rosto
gordo. Merda, estou sendo uma vadia hoje. Faz muito tempo desde
que transei, isso está me deixando mal-humorada.

“Simpson, esse é o seu próximo caso.”

Olho para Miguel e ele apenas encolhe os ombros. “Então,


Miguel e eu vamos atrás de alguns traficantes conhecidos?” Eu
pergunto, olhando de volta para Sommerhaul.

Ele sorri e eu sinto um mal-estar na barriga. Não gosto para


onde isso está indo.

“Miguel não. Só você.” Ele diz com naturalidade.

Volto minha atenção para ele. Miguel é meu parceiro e melhor


amigo. Fazemos tudo junto.

“Eu não entendo.” Murmuro.

“As traficantes de drogas femininas são quentes agora. Os


grandes jogadores estão sempre evoluindo e o mais novo
desenvolvimento é que estão usando mulheres para promover suas
drogas.” Ele explica.

Miguel me dá um olhar de simpatia enquanto eu rapidamente


compreendendo tudo.

“Ahhh, então vou trabalhar disfarçada.” Digo, finalmente


entendendo o conceito.
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Sommerhaul sorri largamente, expondo os dentes, que são


amarelos, só Deus sabe de quantos anos por fumar.

“Tudo bem, claramente, será apenas eu. Como devo me


disfarçar sem meu parceiro? Parece perigoso.” Digo a ele.
Honestamente, estou nervosa como o inferno. Ainda não fiz um
trabalho disfarçada e a ideia de fazer isso faz meu estômago revirar,
especialmente sem Miguel. Somos uma equipe.

“Ele sempre estará por perto. Pode ser seu ‘namorado’ ou algo
assim. Inferno, não me importo, mas ele estará perto. Você não
precisa se preocupar. Mas precisamos chegar ao centro dessa célula
de drogas. Detroit está em seu pior momento e estou pronto para
aniquilar esses filhos da puta.” Ele resmunga.

Tento acalmar meu coração acelerado, mas é claro que não


diminui nada.

“Quando eu começo?” Pergunto com falsa bravata.

Sommerhaul parece satisfeito com a minha resposta, mas


posso dizer pelo bufo de Miguel ao meu lado que ele não está feliz.
Que porra eu devo fazer?

“Amanhã, Maya. Quero que você arrume seu ‘cabelo’ e compre


algumas roupas para se adequar ao papel. E Miguel, quero que
fique de olho nas coisas. Maya, por favor, não entre lá, armas em
punho, como sempre faz. Preciso que mantenha o nariz no chão e os
ouvidos abertos. Queremos derrubar toda a operação. Vamos
precisar de todas as evidências que pudermos conseguir. Você pode
lidar com isso?” O capitão pergunta.

Eu levanto o queixo. Claro que posso lidar com isso. Eu sou


Maya Simpson.
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“Você está com medo?” Miguel pergunta enquanto entrego


uma cerveja a ele.

Estamos no meu pequeno apartamento, bebendo uma cerveja


depois de comer. Algumas noites por semana, este é o nosso ritual
típico.

Reviro os olhos e me deito no sofá ao seu lado. “Foda-se,


Lopez.”

Ele sorri e levanta sua cerveja para mim. Bato a minha contra
a dele e dou um longo gole. Verdade seja dita, estou com medo. Eu
nunca admitirei isso para ninguém além de mim mesma.

“Paula está tão animada em arrumar meu cabelo.” Eu sorrio.

Antes, quando liguei para ela para ver se me ajudaria com um


‘serviço’ no trabalho, ela concordou. Eu a frequento desde o colegial
e é uma ótima cabeleireira. Nós nos tornamos bem próximas e a
considero minha melhor amiga. Desde que a conheci, mantive meu
cabelo do mesmo jeito. Longo, reto, mesmo comprimento.
Normalmente, vai até depois dos ombros, mas geralmente eu o
prendo em um rabo de cavalo, por isso é difícil determinar o
comprimento real. Paula sempre quer tentar coisas diferentes com o
meu cabelo, mas eu mato os seus sonhos dizendo para deixá-lo em
paz. Quando liguei para ela mais cedo, você pensaria que avisei que
ia me casar e que ela seria minha dama de honra ou algo assim.

Miguel sorri ao pensar em Paula ficando animada para


arrumar meu cabelo. “Isso vai ser uma merda engraçada. Só posso
imaginar o que essa garota vai fazer com você. Ela não muda de
cabelo toda semana?” Ele pergunta, bebendo outro gole de cerveja.
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Ele nunca a conheceu. Acabou por ouvir muitas das minhas


histórias engraçadas sobre ela. Paula é de verdade muito divertida.

Caio na gargalhada ao pensar no penteado dela na semana


passada. A pobre Paula mexeu tanto com o cabelo que só tem cerca
de cinco centímetros. Mas, segundo ela, tudo bem, porque ainda
pode entrelaçar. A garota gasta mais em extensões do que em
qualquer outra coisa. Paula pode dirigir um Honda velho e surrado,
mas está sempre arrumando os cabelos. Na semana passada,
colocou uma extensão loira. Depois de ser chamada de Nicki Minaj
por todos que a viram naquele dia, ela finalmente mudou, mas não
antes de dizer que “ficava melhor do que aquela atrevida”.

“Sim, e agora estou com medo.” Sorrio.

Miguel coloca a cerveja na mesa de café, pega o telefone e


aponta para mim. “Diga ‘xis’, Maya.”

Depois de pegar uma almofada atrás de mim, eu a uso para


cobrir o rosto. “Não! Não tire fotos minhas, idiota!”

Ele tenta puxar a almofada, mas sou muito forte e teimosa.


Odeio tirar foto.

“Droga, mulher. Preciso de um gole primeiro.” Ele resmunga


enquanto tenta afastar a almofada.

Consigo colocar minha cerveja em cima da mesa para ter as


duas mãos livres. Ele puxa a almofada do meu alcance e a joga
sobre o sofá. Quando vai tirar outra foto, eu golpeio seu telefone e
ele voa para o chão ao nosso lado.

“Maya.” Ele reclama e me segura no sofá.


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Miguel é meu melhor amigo desde que fomos designados


como parceiros. Nós protegemos um ao outro desde o início. Mas, às
vezes, sinto falta do olhar dele, o olhar que diz que deseja mais. E
hoje à noite não é diferente. Vejo o jeito que ele olha para os meus
lábios. Pela primeira vez, abaixo a guarda e fecho os olhos. Sei que
Miguel quer me beijar e, por algum motivo, quero dar-lhe esse beijo.
Sim, Miguel é provavelmente um dos homens mais bonitos que eu já
conheci, mas geralmente se acha mais como um irmão do que como
um amante em potencial.

A respiração quente contra meus lábios faz meu coração


acelerar. Talvez eu esteja lutando contra o inevitável por muito
tempo. Talvez Miguel seja o ‘escolhido’.

Para um homem grande e musculoso como ele, seus lábios


são macios enquanto roçam os meus. Ele pressiona-os um pouco
firmemente no meu e nos beijamos lentamente. É agradável,
confortável.

Quando sinto seu pau bem grande endurecer entre nós, sinto
dor ao pensar em fazer sexo. Faz tanto tempo e preciso estar
satisfeita. Mas Miguel é a pessoa certa para isso? As coisas ficarão
estranhas depois? A última pessoa com quem fiz sexo foi Jake, e
três minutos de tatear desajeitado, seguidos por um gemido quando
ele desmaiou em cima de mim, dificilmente conta como algo
memorável.

Afasto as pernas e o corpo de Miguel instantaneamente mói


contra o meu enquanto aprofunda seu beijo. O gemido que sai da
minha garganta é de pura necessidade feminina. Não estou beijando
meu melhor amigo neste momento, um homem está tocando e
beijando essa mulher. Parece primordial.
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Meu gemido o instiga e sua língua dança com a minha


enquanto empurra seu pau duro contra o meu clitóris através da
calça jeans. É muito bom, porém é Miguel. O meu melhor amigo.

Começo a me afastar, mas ele sussurra: “Ainda não”, contra


meus lábios e eu aceito. Após esse beijo, provavelmente nos
sentiremos estranhos, portanto podemos aproveitar o momento.
Quando sua mão grande desliza pela minha camisa e segura meu
seio através do tecido, eu o recompenso com outro gemido.

“Deus, Maya, você é mais doce do que eu imaginava.” Ele


admite entre beijos.

Eu murmuro em resposta e Miguel mais uma vez empurra


sua dureza contra o meu ponto sensível. “Oh!” Eu gemo quando
começo a sentir a provocação de um orgasmo chegando.

Ele afasta os lábios dos meus e começa a beijar meu pescoço


rapidamente, enquanto continua sua luta implacável contra meu
corpo. Tento não pensar que é Miguel, meu melhor amigo,
pressionado contra mim, fazendo-me chegar ao orgasmo.

Quando ele beija meu pescoço, desabotoa com eficiência


minha blusa e meu seio se agita em antecipação. Ansiedade pelo
sexo? Com Miguel? Quando abre a blusa e tira, de repente me sinto
envergonhada.

“Merda, Miguel. O que estamos fazendo?” Eu pergunto, sem


fôlego, enquanto ele continua a beijar o meu pescoço até o inchaço
dos meus peitos. É bom, mas sei que isso deixará as coisas
diferentes para nós.

“Shhh. Apenas deixe estar.” Ele geme enquanto belisca meu


seio através do sutiã.
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Minha buceta aperta com prazer. Em vez de responder, passo


os dedos pelos seus cabelos e o puxo para mais perto de mim. Se eu
não achar que meu melhor amigo está puxando meu sutiã, expondo
meu mamilo e agora chupando, ficarei bem. Merda, meu melhor
amigo e parceiro.

“Miguel.” Murmuro quando ele habilmente provoca minha


pele macia com sua língua. Eu gemo de novo e puxo seus cabelos,
então ele escolhe me ignorar. “O que estamos fazendo?” Eu ofego,
enquanto Miguel continua seu delicioso ataque com a língua.

“Estou fazendo o que quero desde o primeiro dia.” Ele


simplesmente responde e volta a me provar.

Eu quero discutir, mas quando suas mãos começam a


desabotoar facilmente meu jeans, perco qualquer fio de sanidade.
Sua mão grande desliza para dentro da calcinha e se conecta
instantaneamente com minha buceta carente.

“Merda!” Grito quando seus dedos encontram meu clitóris,


testando o território desconhecido. Vou lhe dizer mais, porém ele já
está circulando a área com o dedo mais longo, fazendo com que eu
fique embaixo dele.

“Isso é bom?” Ele pergunta, enquanto chupa a parte de baixo


do meu seio.

“Mmmm.”

Empurro os quadris mais para o dedo mágico que está


enviando deliciosas doses de eletricidade por todo o meu corpo.
Passei muito tempo com meu vibrador e não o suficiente com as
espécies masculinas. Droga, é o Miguel. Meu parceiro
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“Miguel.” Tento novamente, mas paro quando ele acelera o


ritmo contra o meu clitóris com o dedo. Ansiava pelo toque de um
homem. Faz muito tempo.

“Maya, deixe-me fazer você se sentir bem.” Ele diz


roucamente, enquanto seus lábios percorrem o caminho pela minha
barriga. Mais uma vez, minha buceta estremece em antecipação.

“Vamos nos arrepender disso amanhã.” Eu gemo, quando


Miguel desliza o polegar na parte superior da minha calça jeans e a
pressiona sobre meus quadris.

“Vamos nos preocupar com esta noite.” Ele sugere, colocando


minha calça nos joelhos em um movimento rápido. “Deus, porra,
você é tão linda.” Ele mal consegue falar antes de atacar minhas
coxas com beijos. Meus olhos ainda estão fechados e meu coração
está batendo loucamente no peito.

Quando sinto um hálito quente entre as pernas, quase perco


todo o autocontrole. Estou me perdendo nas sensações e não na
realidade de tudo. Apenas quando sinto que posso ter a coragem de
dizer a Miguel para parar, ele enfia a língua na minha buceta por
cima da calcinha molhada, fazendo-me quase virar do sofá.

Meus quadris involuntariamente encontram o impulso por


sua língua e, em segundos, tira a calcinha dos meus quadris e
desce pelas coxas. Quando sua língua ardente se conecta com meu
ponto doce, pele com pele, eu gemo alto. Ele começa seu ataque
implacável à minha área mais sensível e tudo o que posso fazer é
agarrar seus cabelos e aproveitar o passeio.

Quero dizer a ele para parar, mas meu corpo já está se


debatendo com um orgasmo intenso e muito atrasado. “Oh, Deus!”
Grito quando meu corpo estremece sob sua língua, o que não
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parece querer parar. Ainda estou tremendo com os tremores


secundários do orgasmo quando sinto um dedo grosso deslizar na
minha abertura molhada.

“Você está acabando comigo.” Ofego quando Miguel começa a


me foder com os dedos.

Finalmente arrisco abrir os olhos e meu coração se entristece


quando percebo o que estamos fazendo, o que não deveríamos estar
fazendo. Isso só o levará adiante.

“Miguel, pare.” Peço.

Ignorando-me mais uma vez, ele abaixa a cabeça e chupa


meu clitóris sensível em sua boca.

“Porra!” Grito, quando enfia outro dedo e me fode


habilidosamente.

“Você é tão apertada.” Ele elogia antes de começar a lamber


meu clitóris como se fosse um picolé derretendo, sem querer
desperdiçar uma gota.

Eu gemo de novo quando me aproximo de me perder em mais


um orgasmo. “Miguel.”

E logo, estou tremendo como uma louca. Estou prestes a


dizer a ele que cometemos um grande erro quando nossos dois
telefones tocam simultaneamente.

“Típico filho da puta.” Ele resmunga, retirando os dedos de


mim para pegar o telefone no chão.

Consigo encontrar o meu em cima da mesa e estou me


esforçando para atendê-lo enquanto coloco o jeans às pressas.
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“Alô?” Atendo, ainda respirando pesadamente pelo orgasmo


que me foi dado momentos atrás. O que Miguel e eu fizemos não
deveria ter acontecido. Eu sei que ele queria, mas não estou pronta
para nenhum tipo de relacionamento, especialmente com ele.

“Simpson, precisamos de você e Lopez na quarta com a


principal.” Jim diz por telefone. “Houve um homicídio. Até o
momento, Jane Doe não foi identificada, mas temos certeza de que
ela é traficante. É jovem também. Pena. Vejo vocês em breve.”
Depois, Jim desliga. Jake deve ter ligado para Miguel, porque está
pegando suas chaves e esperando por mim com expectativa.

“Miguel, olhe.” Começo, mas ele acena antes de virar para


abrir a porta da frente.

Sinto-me culpada por deixar o que acabou de acontecer


progredir. Miguel quer um relacionamento comigo e é muito óbvio
sobre isso, mas eu simplesmente não posso com ele. Eu o amo como
amigo, mas há algo que não consigo identificar. Só nos magoaria no
final.

“Vamos lá, parceira.” Ele murmura, enfatizando a última


palavra.

E assim como eu sabia que seria, as coisas já são estranhas.


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CAPÍTULO DOIS
BEN

“Benjamin Winston Cartwright, levante sua calça neste


instante! O que eu te disse sobre trazer o gueto para esta casa?
Enquanto você viver sob o meu teto, cumpre minhas regras, filho.”
Vovó reclama enquanto passo por ela e vou para a cozinha pegar
uma garrafa de água da geladeira. Claro, paro primeiro para puxar
as calças por cima da minha bunda, porque ela já está enrolando
sua revista para me bater se eu não me mexer rápido o suficiente.

É engraçado a vovó sugerir que eu more sob o seu teto.


Tecnicamente, quando mamãe e papai morreram, deixaram a casa
para mim e sou eu quem paga as contas por aqui, mas deixo vovó
acreditar no que quer. Ela é minha única parente, portanto desejo
cuidar dela.

Mudando de assunto, ela divertidamente golpeia meu traseiro


com a revista. “Algum emprego novo, Ursinho Pooh?”

Tento não me encolher com o apelido que tenho desde que era
bebê. Vovó não tem medo de me envergonhar e me chamar assim na
frente de outras pessoas.

“Na verdade, recebi um pedido do Canadá. Um homem é dono


de uma loja lá e quer 25 baús. Ele acha que pode vendê-los em sua
loja por mais do que estou cobrando. Se venderem bem, ele
encomendará mais.” Respondo.
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Antes de meu pai morrer quando eu tinha doze anos, ele


estava me mostrando como trabalhar com madeira. Nosso porão
estava sempre cheio de armários, portas e outras madeiras de sua
empresa. Papai tinha acabado de me mostrar como usar a serra
vertical sozinho, algumas semanas antes de mamãe e ele serem
vítimas de um motorista bêbado.

“Isso é maravilhoso, querido. Sabe, estou muito orgulhosa de


você. Seus pais ficariam orgulhosos do negócio na Internet que
construiu.” Vovó sorri para mim.

Meu coração afunda no meu estômago. Se ela soubesse do


meu emprego, ficaria arrasada.

“Vovó, tenho que sair para me encontrar com alguns amigos,


mas voltarei para o jantar. Seu neto favorito não merece frango frito
caseiro, purê de batatas e ervilhas? Ah, e alguns biscoitos
amanteigados caseiros?” Pergunto, fazendo o possível para lhe
mostrar a expressão de cachorrinho que eu sei que faz maravilhas
para conseguir o que quero, não só com ela, mas com as mulheres
em geral.

“Maldito seja, Benjamin. Agora tenho que ir ao


supermercado.” Ela suspira, mas sorrio porque sei que vai. Vovó
sempre faz.

Quando ando até ela, meu corpo de um metro e oitenta se


sobrepõe a seu corpo de um metro e meio e beijo o topo de sua
cabeça. “Obrigado, Vovó. Te vejo às seis.” Sorrio e a deixo na
cozinha balançando a cabeça.
K WEBSTER

“Pac, você ouviu falar sobre essa nova garota, Val? A polícia
está toda nessa merda.” CJ me diz nervosamente quando entro no
prédio de escritórios onde cuidamos dos negócios.

Olho rapidamente para ele e o ameaço com o olhar. Ele se


encolhe, sabendo que odeio falar sobre a polícia. O mesmo acontece
com o nosso chefe.

Percorremos o corredor escuro até vermos a luz saindo de


debaixo de uma das portas. Nosso chefe é dono do edifício, mas
tentamos mantê-lo o mais secreto e anônimo possível.

CJ bate na porta enquanto esperamos. Embora eu seja o


segundo em comando, há um protocolo que deve ser cumprido e
invadir o escritório do chefe sem aviso prévio é definitivamente
contra o protocolo.

“Quem é?” Uma voz profunda resmunga atrás da porta.

“Pac e CJ.” CJ anuncia para nós.

Há um clique e a porta se abre. Meu chefe, Oculus, tem um


novato durão e confiante demais como braço-direito. Esses filhos da
puta sempre acabam sendo mortos com seus egos.

“Você precisa de alguma coisa, irmão?” O novato pergunta,


puxando sua 45 para verificar a câmara. Ele está fazendo isso como
uma ameaça, mas não estou preocupado com a sua bunda magrela.

Olho para Oculus, que está com uma expressão divertida pela
maneira como o novato está me tratando arrogantemente.

“Preciso que você cale a boca e vá para o corredor com CJ.”


Respondo calmamente, estreitando os olhos para ele.
K WEBSTER

O idiota infla seu maldito peito para mim. “Quem diabos é


você?” Ele levanta a voz e se aproxima de mim. “Você com certeza
não é meu chefe ou meu pai.”

Mais uma vez, olho para Oculus. Suas sobrancelhas franzem,


indicando seu aborrecimento com a criança, que não pode ter muito
mais que dezoito anos.

“Na verdade, idiota, sou seu chefe. Agora, faça o que eu


mandei.” Grito com ele, minha paciência já se foi.

Neste ponto, porém, seu ego está machucado e ele não vai
recuar sem lutar. Quando pressiona seu peito contra o meu e me
empurra um pouco, eu perco o controle. Em cerca de três segundos,
meu punho se conecta com força em sua mandíbula e ele tropeça
para longe de mim. Sem deixá-lo ter outra chance, me aproximo e
dou outro soco, desta vez no nariz. O novato cai duro no chão
quando o sangue jorra de seu rosto. Dou a CJ um olhar que
interpreta facilmente. Ele puxa o garoto e o tira do escritório.

Voltando para Oculus, agora que estamos sozinhos, cruzo os


braços e olho para ele com expectativa. Temos um de nossos
momentos de silêncio. Oculus entrou como uma figura paterna
pouco tempo depois que meus pais faleceram e posso lê-lo melhor
do que ninguém.

"Rapaz, para onde você vai?" Uma voz profunda chama de


dentro de um velho Cutlass1 que está andando muito devagar ao meu
lado na estrada.

1
K WEBSTER

Vovó me diz para não falar com estranhos, mas a voz exige
respeito, assim como papai e sinto que preciso responder a ele.

“Casa do meu amigo Jamal.” Respondo em voz baixa, sem me


preocupar em olhar para ele.

“Fale alto, garoto.” Sua voz ressoa para mim.

Eu pulo e olho em sua direção. O homem não é muito mais


velho que meu pai, que morreu no ano passado.

“Eu disse, para a casa do meu amigo Jamal!” Eu grito com ele
com um pouco de atitude para alguém que eu mal conheço.

E esse alguém parece perigoso. Ele tem uma cabeça lisa e


careca, a pele mais escura do que qualquer pessoa ao redor desses
arredores e um tapa-olho. Para mim, se parece com Nick Fury de Os
Vingadores. Em vez de me sentir ameaçado por alguém que parece
um personagem de quadrinhos assustador, eu sorrio para ele.

Ele puxa o carro para o lado e o estaciona. Acho que posso ter
chateado Nick Fury! Rapidamente, começo a descer a calçada em
ruínas em direção à casa de Jamal, mas depois que escuto a porta do
carro fechar, sua voz mais uma vez me interrompe.

“Não terminei de falar com você, garoto.” Ele resmunga atrás


de mim.

Virando, vejo seu corpo enorme que se ergue sobre o meu de


treze anos de idade. Vovó disse que estou passando pela puberdade
e é por isso que estou crescendo muito, mas Nick Fury ainda é muito,
muito maior. Posso dizer que ele espera que eu me afaste dele, mas
sou muito teimoso para isso. Vovó disse que herdei isso do papai.
K WEBSTER

Cruzo os braços sobre o peito e tento parecer feroz, mesmo que


ele me deixe muito nervoso. Vovó o chamaria de gangster. Não tenho
certeza se é ou não, mas ele parece bem no papel. E considerando a
protuberância na cintura de sua calça, percebo que está carregando
uma arma. Não, vovó não gostaria nem um pouco dele.

“Seus pais sabem que você está andando pelo meu lado da
cidade no escuro? Você sabe que as crianças não deveriam estar por
aqui a essa hora da noite. Coisas ruins acontecem por aqui depois do
anoitecer.” Ele diz humildemente, me fazendo tremer.

Inclinando meu queixo para cima, olho-o nos olhos. O seu único
olho. “Meus pais estão mortos.”

Em vez de ficar com raiva, ele levanta a sobrancelha do olho


bom. “É mesmo, garotinho? Quem cuida de você? Meninos precisam
de um pai.”

“Minha avó cuida de mim. Ela teve que pegar outro turno no
restaurante hoje à noite. As coisas estão tensas desde que mamãe e
papai morreram. Vou para Jamal, já que ela não estará em casa até
tarde.” Não sei por que me sinto obrigado a contar tudo a ele, mas
falo de qualquer maneira.

Seus olhos encontram os meus novamente e tento não me


contorcer sob seu intenso olhar de um olho.

“Gosto de você, garoto. É honesto. Você gostaria de ajudar sua


pobre vovó? E se eu te desse um emprego?” Ele pergunta quando um
sorriso malicioso se forma em seus lábios.

Estou nervoso com o trabalho que ele pode estar propondo,


mas vovó realmente poderia usar dessa ajuda e tenho treze anos
agora. Muito velho o suficiente para um emprego.
K WEBSTER

“Que tipo de trabalho? Não sou um gangster!” Eu digo a ele


rapidamente. Vovó ficaria furiosa se eu conseguisse um emprego
como gangster.

Risos altos e profundos ressoam de seu peito quando ele se


estica e gentilmente me dá um tapa no ombro, como papai costumava
fazer. Dói quando penso no meu pai.

“Não, não somos bandidos. Somos empresários. Sou o CEO e


tenho vendedores. Se eu te treinar, acha que gostaria de ser um
vendedor?” Ele pergunta.

Já estou acenando com a cabeça antes mesmo de perguntar o


que estamos vendendo. Ele faz parecer um trabalho de adulto.

“Quanto dinheiro eu faria?” Questiono. Ajudei os vizinhos aqui


e ali em projetos paralelos, mas não me pagam muito mais do que
dez dólares por projeto.

“Filho, o céu é o limite. A maioria dos nossos vendedores quase


sempre tem um maço cheio de notas de cem dólares no bolso o tempo
todo. Isso ajudaria sua pobre vovó?”

Mais uma vez, estou acenando com a cabeça. Qual a sorte de


conseguir um emprego bem remunerado aos treze anos quando vovó
mal ganha um salário mínimo no restaurante?

“Senhor, o que vamos vender?” Finalmente consigo perguntar.

Ele sorri para mim mais uma vez, desta vez me lembrando
quando meu pai achava que eu fazia algo bonito ou engraçado.
“Filho, me chame de Oculus. E vendemos o que as pessoas querem. O
que as pessoas precisam. Bem-vindo à equipe.”
K WEBSTER

“Temos outra remessa chegando esta tarde, mas a porra da


polícia está farejando todos os lugares desde que a garota foi
morta.” Oculus reclama, me arrastando de minhas memórias.

Volto a atenção para ele. “Um dos nossos?” Eu pergunto.

Ele acena com a cabeça de novo. “A garota era uma de nossas


traficantes, mas não foi uma das nossas que a matou. Acho que
Blaze está invadindo nosso território novamente. Ele está sendo
muito descarado sobre isso também, o que significa que podem
estar tentando conquistar o território. As coisas podem ficar feias,
Pac, portanto cuidado onde pisa.”

Exatamente o que precisamos. A bunda estúpida de Blaze


fodendo com as coisas outra vez. Da última vez, alguns de nossos
melhores homens foram mortos em sua tentativa.

“Mesmo que a garota tenha sido morta, tivemos um sucesso


significativo com as cadelas vendendo nosso produto. Elas parecem
se misturar mais, são mais despretensiosas. Hora de você e CJ
começarem a recrutar de novo. Acho que se ficarmos ocupados e
com os negócios como sempre, Blaze pode se foder. Sua pequena
operação não é nada em comparação com a nossa.” Ele fala.

E está certo. Blaze é pequeno e insignificante. Mas é


descarado e imprudente. Não é um homem de negócios inteligente,
mas é um gângster muito bom, o que significa que fará o que for
preciso para promover seu próprio objetivo.

“Como a polícia estará ocupada com a garota morta, vamos


fazer essa troca agora. Diga a Dison para nos encontrar atrás da
escola primária em 45 minutos.” Ordeno apressadamente,
esquecendo momentaneamente que ele é meu chefe.
K WEBSTER

Oculus sorri do meu acidente. “Veja, é por isso que te


contratei todos aqueles anos atrás. Quando eu estiver pronto para
me aposentar, você continuará como eu. Seu pai ficaria orgulhoso,
garoto.” Ele diz com uma piscadela.

A menção do meu pai suga meu fôlego, mas inflo meu peito só
de pensar nisso. E o engraçado é que estou feliz por saber que
Oculus também tem orgulho de mim.

Minhas próximas palavras, que digo com um sorriso, me


rendem um de seus olhares habituais. “Vá trabalhar, velho.” Saio do
escritório, deixando-o amaldiçoar atrás de mim.
K WEBSTER

CAPÍTULO TRÊS
MAYA

“Ela com certeza é uma traficante?” Pergunto enquanto me


agacho perto do seu corpo. Ela é definitivamente jovem,
provavelmente dezessete se eu tiver que adivinhar.

“Sim.” Jim suspira. “Encontramos pouco mais de dois mil


dólares com ela e cerca de vinte gramas de cocaína preparada para
venda. Quem atirou nela não tinha intenção de roubá-la. Parece
estar relacionado a gangues ou algum tipo de vingança.”

Ele está ficando mais velho e sempre parece ter dificuldades


quando as vítimas são jovens. É o único de nós com filhos. Jake,
Miguel e eu não temos filhos e também somos solteiros. Jim está
casado com Molly há 22 anos.

“Droga, Simpson.” Jake ri de mim. “Pode ser você a próxima.


Tem certeza de que pode permanecer viva?”

Quase o soco e lhe digo para se foder, mas Miguel o empurra


com força no chão. Jake se levanta, pronto para encarar Miguel
frente a frente, mas Jim já o está puxando de volta. Consigo me
colocar na frente de Miguel, entre os dois homens.

“Qual é o seu problema, Lopez?” Jake fala.

Miguel está respirando pesadamente atrás de mim, tanto que


seu peito continua batendo nas minhas costas toda vez que exala.
“Meu problema é você, idiota. Deixe-a em paz e é melhor que sua
K WEBSTER

bunda lamentável faça tudo o que puder para mantê-la segura.” Ele
ameaça.

“Vocês dois idiotas precisam cortar essa merda e voltar ao


trabalho. Manteremos Maya segura. Sabe disso, Lopez.” Jim
assegura.

“Sim. Você voltará a transar com ela no fim de semana.” Jake


diz baixinho.

Miguel quase me bate para ir atrás dele de novo, mas viro e


coloco as mãos firmemente em seu peito duro como uma pedra.

“Pare. Calma, Miguel, para que possamos trabalhar neste


caso. Preciso da sua cabeça fria.” Digo calmamente e olho para ele.

Ele olha tristemente para os meus lábios e os observa por um


momento. Agora que cruzamos a linha entre amigos e outra coisa,
cada momento será assim. Esquisito.

Começo a me afastar para voltar à cena, mas Miguel agarra


meus dois pulsos e olha fixamente para mim.

“Vou mantê-la segura. Não importa se você me deseja ou não,


sempre farei o possível para mantê-la segura. Você é minha
parceira. Minha melhor amiga.” Ele promete. E acredito nele. Ele
protege minhas costas desde o primeiro dia.

“Bem, veja o que o gato arrastou! Se não é a senhorita Kerry


Washington.” Paula fala quando entro no salão na manhã seguinte.

Reviro os olhos para ela, odiando a comparação. Não é que eu


tenha alguma coisa contra a atriz, mas todo mundo me diz que
pareço com ela. Fica chato e odeio a atenção. Uma vez, enquanto
K WEBSTER

usava meu uniforme nos meus dias de novata, alguém me


perguntou qual filme estava filmando e se poderia conseguir meu
autógrafo. Muito irritante.

“Ei, Paula. Você está usando o visual Whoopi Goldberg esta


semana? Provoco, olhando para suas tranças recém-adicionadas.

Ela as joga por cima do ombro e coloca a mão no quadril.


“Mmmhmmm, e você sabe que eu as uso melhor do que aquela
atrevida.”

Sorrio para ela enquanto pego um avental e o visto.


Felizmente, o salão está meio cheio esta manhã. Paula tem uma
boca grande e prefiro não anunciar ao mundo por que estou
ganhando um novo visual.

Ela está atrás de mim e puxa meu cabelo para trás enquanto
me olha no espelho. Paula é de verdade muito bonita. Seu rosto é
fino, com traços muito femininos. Embora seus pais sejam afro-
americanos, ela tem uma aparência mais exótica, quase latina.
Estou meio convencida de que o seu pai não é quem a sua mãe diz.

“O que vamos fazer hoje, querida?” Ela pergunta.

Eu torço o nariz com nojo. Prefiro deixar a minha aparência


da mesma forma, mas se eu quiser parecer uma traficante de
drogas, não posso entrar lá parecendo uma policial vestida de
maneira conservadora.

“O que você quiser.” Digo a ela com tranquilidade.

Seus olhos castanhos brilham alegremente com a perspectiva


de assumir o controle sobre meu cabelo. Ainda me pergunto por que
não a juntei com Miguel. Isso resolveria um dos meus problemas no
momento.
K WEBSTER

“Oh, querida, não diga isso a ela. Você sai parecendo uma
dragqueen no dia do casamento.” Diz a senhora debaixo do secador,
olhando por cima da revista.

“Gaylene! Está errada sobre isso. Além disso, se você deixar a


senhorita Paula fazer o que quiser, sairá parecendo Ru Paul na
passarela, é mais assim.” A mulher do outro lado de mim entra em
cena. As duas gargalham com as piadas.

“Jennifer, é melhor se acalmar ou vou deixar nossa garota


recém-formada da escola de beleza, Nadine, cortar seu cabelo.”
Paula ameaça.

As mulheres riem um pouco mais, mas voltam a ler suas


revistas de fofocas.

“Ok, coisa sensual.” Ela avisa. “Estou prestes a transformar


você.”

Meu estômago está revirado de nervosismo, não só por causa


de um novo penteado, mas por causa do trabalho pela frente. Eu
nunca fiz um trabalho secreto e sinto que Sommerhaul está me
jogando para os lobos. Mas sou uma garota durona. Derrubo idiotas
o tempo todo. O que são mais alguns?

Entrar em ação me preocupa. Eu sou apenas sincera em


todos os sentidos da palavra. Ter que mentir descaradamente,
mesmo que seja para traficantes, deixa meus nervos em alerta. O
que acontece se eu errar ou eles puderem ver através de mim?

Depois de horas puxando, remexendo e lacrimejando, Paula


finalmente avisa que terminou. Ela fez as minhas sobrancelhas e
também aplicou um pouco de maquiagem. Normalmente, estou
K WEBSTER

sempre de cara limpa, mas ela disse que eu precisava de um visual


mais ousado.

Quando vira a cadeira para eu enfrentar o espelho, suspiro.


Eu pareço muito intimidante. Meu cabelo escuro está trançado
contra a minha cabeça em cinco tranças, que estão amarradas na
base do meu pescoço. Cada sobrancelha está mais fina do que estou
acostumada e meus olhos estão delineados em preto. Um batom
roxo escuro tinge meus lábios e as bochechas têm uma ligeira
sombra rosa. Quando franzo a testa, estou chocada ao ver que meu
olhar francamente é assustador.

“Merda, Paula.” Sussurro com uma voz quase chorosa.

Ela sorri enquanto puxa o avental de mim. Jennifer e Gaylene


estão me olhando com as sobrancelhas quase na altura dos cabelos.
Posso dizer que não gostam do que ela Paula comigo, mas
sabiamente não dizem uma palavra.

“Você consegue, garota.” Ela fala, me levando até a porta. “Eu


sei que você não está dizendo o que está acontecendo, porque tem
algo a ver com ‘negócios oficiais da polícia’, mas tenho fé em você,
querida.”

E em um movimento incomum para mim, eu a abraço. Ela


cheira bem e isso me lembra que eu realmente preciso juntá-la com
Miguel. Eles seriam ótimos juntos, muito mais do que ele e eu
poderíamos ser.

Depois que me afasto do abraço, pego algum dinheiro do meu


bolso e entrego a ela. Paula sorri para mim, mas noto o olhar
preocupado que tenta esconder. Não posso negar e deixar um pouco
mais de ansiedade penetrar nos meus ossos. Isso é ridículo. Nunca
tive medo do trabalho e com certeza não vou começar agora.
K WEBSTER

Certamente não estou ficando mole hoje em dia. Que se foda ficar
mole.

“Pronta?” Miguel pergunta. Ele está encostado na parede do


corredor com os braços cruzados.

Eu aceno com a cabeça e puxo a mochila cheia de roupas e


alguns produtos de higiene pessoal. Passei meia hora com Greta na
delegacia, escolhendo roupas de rua. Ela se divertiu demais me
vestindo para fazer o papel. O que há com as pessoas me tratando
como se eu fosse uma maldita boneca Barbie?

“Sim. Pronta como jamais estarei.” Digo a ele, parando na


frente de onde está.

Ele franze a testa e deixa cair os braços cruzados. “Venha


aqui.” Ele fala rispidamente.

Eu me permito ficar em seu abraço e mordo o lábio para não


chorar. Mesmo que os caras estejam observando o tempo todo,
odeio a ideia de entrar sozinha. Miguel sempre esteve ao meu lado.

Seus braços fortes me mantêm presa, mas o abraço que me


dá não é sexual e carente, é de conforto. Coloco os braços em volta
da sua cintura, saboreando o momento. Quando ele começa a
esfregar minhas costas, eu suspiro. Logo, sinto sua ereção entre nós
e estou mergulhada em um balde frio de realidade. Miguel e eu
nunca estaremos na mesma página. Rapidamente, me afasto de
suas garras e caminho em direção à garagem.
K WEBSTER

“Maya, espere!” Ele me chama. Estou quase na porta quando


ele agarra meu braço, me parando. “Desculpe. Preciso da minha
melhor amiga de volta, para manter meus sentimentos sob
controle.” Comenta tristemente.

Eu apenas aceno e me afasto dele, correndo para o carro que


pegamos emprestado do depósito da polícia. Miguel senta no banco
do motorista e eu no banco do passageiro, como sempre. Saímos da
garagem em minutos, percorrendo a rua novamente antes de
qualquer um de nós falar.

“Tenha cuidado lá fora.” Ele resmunga.

Absolutamente odeio o lugar em que estamos agora. A noite


passada foi um enorme erro de merda. Essa é a última vez que
deixo meus hormônios ditarem minhas ações.

“Eu sempre tomei.” Digo.

Chegamos a um beco não muito longe de onde Jane Doe foi


encontrada na noite passada.

“Vou deixar você aqui. Tenho certeza de que, quando você


virar a esquina, seus vigias estarão olhando. Seja legal, Maya. Não
fique fora do controle e enlouqueça como costuma fazer. Lembre-se,
estamos tentando chegar ao ponto principal, não esses pequenos
traficantes de drogas. As drogas que fluem por esta cidade sempre
foram um grande problema e é porque nunca conseguimos localizar
com sucesso a principal fonte. Estarei observando você mesmo
quando achar que não estou.” Ele diz.

Olho para ele uma última vez com a mão na maçaneta da


porta. Miguel é realmente sensual como o inferno, mas seria apenas
físico. Não sinto as borboletas no estômago como deveria.
K WEBSTER

“Eu vou tomar cuidado. Sabe que vou desempenhar bem meu
papel. Ser uma vadia dura é uma espécie de minha marca
registrada. Vou relatar quando puder.” Asseguro. Entreguei meu
distintivo, arma e identificação na delegacia. Somos só eu e as
roupas nas minhas costas.

Saio do carro e começo a andar pelo beco quando Miguel me


chama.

“Vamos pegar esses filhos da puta!”

Com uma piscadela e um sorriso convencido, eu o lembro.


“Nós sempre pegamos.”
K WEBSTER

CAPÍTULO QUATRO
BEN

“Ei, senhoras. Estão vendendo?” CJ pergunta paquerando as


duas adolescentes que estão na esquina.

Eu disse a ele antes de chegarmos perto que elas não


pareciam boas perspectivas, mas CJ não ouviu. Os olhos das
garotas se arregalam a princípio, porque CJ não é um homem feio.
Acho que estão surpresas que ele esteja de verdade conversando
com elas. Ele tem mais de um metro e oitenta e tem um rosto
bonito. As mulheres geralmente se apaixonam por ele.

“O quê? Não!” Uma delas grita.

Reviro os olhos e continuo passando por elas. CJ conversa


por mais alguns minutos, provavelmente pegando seus números,
antes de me alcançar.

“Beco sem saída.” Ele bufa após sua corrida curta.

Não brinca, Sherlock. Não o recompenso com uma resposta


enquanto continuamos andando.

Alguns homens estão saindo de uma varanda algumas casas


à frente e ficam quietos quando nos aproximamos. Eu sei que
provavelmente vão tentar nos intimidar, mas depois que eles virem
quem eu sou, voltarão.

“Seus idiotas perdidos?” Um dos perdedores nos chama.

CJ vira quando nos aproximamos.


K WEBSTER

“Filho da puta quer levar um chute no traseiro.” Outro deles


resmunga.

Mais uma vez, eu os ignoro até chegar ao caminho que leva à


varanda.

“Oh, parece que esses babacas querem jogar!” Declara uma


terceira voz.

Existem pelo menos cinco deles, mas não estou com medo.
Eles deveriam estar. Quando descobrirem quem eu sou, eles ficarão.
Tirando os óculos de sol, olho para cada um deles, demorando um
pouco antes de passar para o próximo.

“Merda! Ah, cara, não percebemos que era você, Pac. Você
nunca está deste lado da vizinhança. Não quis dizer nada, senhor.”
Finalmente, um pouco de respeito.

Decidindo ir direto aos negócios, finalmente falo com eles.


“Algum recruta em potencial por aqui? Estou procurando garotas.”

Um deles sorri. “Alguns idiotas estavam bisbilhotando por


aqui antes, procurando emprego, mas dissemos a eles que iríamos
ter uma licença econômica”. Licença não é uma palavra que esses
idiotas usam por aqui na linguagem cotidiana. Esse garoto é um
estudante universitário.

Levanto uma sobrancelha para ele. “Wayne State?”

O constrangimento inunda suas feições e seus olhos piscam


nervosamente. Tudo o que recebo é um meio aceno de cabeça.

“Não tenha vergonha, meu homem. Precisamos de bons


empresários. Esse grau fará com que você suba rapidamente em
nossos postos.” Elogio.
K WEBSTER

Seu amigo sorri e dá um soco no seu braço. Por fim, o garoto


envergonhado sorri com orgulho.

“Vimos algumas garotas na Avenida Mack trabalhando na


esquina.” Outro cara diz.

CJ fala: “Não, cara. Estamos à procura de recrutas do sexo


feminino, não prostitutas.”

Todos encolhem os ombros, depois CJ e eu continuamos


andando. Passamos mais alguns quarteirões quando uma mulher
sai de um beco. Seu comportamento é nervoso até que ela se vira e
nos vê. Quase imediatamente, passa de andar como uma dama para
andar como uma bandida. Interessante. Ela começa a se mover com
um propósito que está tentando esconder, olhando as casas
enquanto caminha.

“Esta.” Digo a CJ calmamente.

Ele concorda enquanto fazemos o nosso caminho para ela.


Posso vê-la se remexendo, mas depois se acalma visivelmente. Essa
garota é definitivamente nova no bairro. Eu me pergunto qual é a
sua história.

“Perdida, garotinha?” Eu a chamo quando não está a mais do


que uma casa longe de nós.

Sua cabeça vira para onde estamos e seus traços inocentes se


transformam em um olhar duro. “Não sou sua garotinha e não
estou perdida.” Ela retruca e continua andando sem se deixar
abater.

Quando nos aproximamos dela, fico impressionado com a sua


beleza. As meninas dessas áreas não parecem muito bonitas. Essa
mulher parece melhor do que bonita. Parece perfeita. Sua camiseta
K WEBSTER

folgada faz pouco para esconder os inchaços de seus seios grandes e


sinto meu pau endurecer com o pensamento de vê-los.

“Então para onde está indo com tanta pressa, garotinha?”


Pergunto para ela.

Em vez de me responder, ela continua passando por mim, isto


é, até que agarro seu braço e a paro. Ela não sairá tão fácil.

Ela se vira para me encarar, ainda nas garras da minha mão


e fico surpreso com o fogo em seus olhos castanhos claros. Ela
parece que está impedida de me atacar por um fio muito fino. Quase
parece que está pronta para chutar minha bunda e, caramba, se
isso não me excita também.

“Deixe-me ir, idiota.” Ela fala para mim.

Meus olhos se afastam dos seus olhos ardentes para os lábios


carnudos e cheios. Estão pintados de uma cor feia e quero chupá-
los até que esteja no tom rosa natural.

“Deixo você ir quando me disser para onde está indo.” Sorrio.


Não sei o que diabos aconteceu comigo, mas não a quero fora da
minha vista.

Ela olha para mim furiosamente. “Não é da sua conta.” Ela


diz.

Eu paro de sorrir e estreito o olhar para ela. Tudo nesta


cidade é da minha conta. Incluindo ela.

“Veja, boneca, é aí que está enganada. Este é o meu território


e você está percorrendo-o como se fosse a princesa do gueto. Agora
vou perguntar mais uma vez. Para. Onde. Porra. Você. Está. Indo?”
K WEBSTER

Estou começando a ficar irritado. Se for uma das putas de Blaze,


vou descobrir.

O pânico cruza suas feições, mas ela rapidamente engole.


“Estou à procura de trabalho. Meus pais me expulsaram. Agora,
porra, se me deixar em paz, eu posso ir embora.”

“Ah, merda.” CJ murmura ao meu lado. Não posso decidir se


está admirando sua coragem ou temendo por sua segurança neste
momento. Sorte para os dois, que eu a acho atraente pra caralho.

Apertando mais o seu braço, eu a puxo para perto de mim e


sua respiração engata. Momentaneamente, eu me pergunto se ela
me acha atraente. O pensamento é ridículo. Todas as putas acham
que sou gostoso para caralho. Tupac sempre foi um dos meus
favoritos, daí o apelido Pac. Até tenho “Vida de bandido” tatuado no
meu abdômen, assim como ele. Aproximando a cabeça do seu
ouvido, eu a escuto choramingar. Não tenho certeza se está com
medo ou outra coisa. De qualquer maneira, meu pau se contorce
deliciosamente.

“Meu nome é Pac. Vou te dar um emprego.” Respiro no seu


ouvido. Nossos peitos estão quase se tocando e toda vez que ela
respira, posso sentir seus seios roçando meu peito.

“Que tipo de trabalho? Não sou uma prostituta.” Ela diz com
naturalidade.

Relaxo meu aperto em seu braço e esfrego suavemente seu


bíceps com o polegar. “Ninguém está pedindo sexo, menina. Bem,
pelo menos ainda não.” Sussurro, soprando um hálito quente em
seu ouvido.
K WEBSTER

Minhas palavras devem estar chegando até ela neste


momento, porque balança e sua mão automaticamente agarra
minha cintura para se firmar. A ação faz com que meu pau fique
duro. Sua mão pequena é surpreendentemente forte e quero que ela
segure meu pau, não a porra do quadril. Merda, preciso dessa
garota no meu pau ontem.

Usando a linha que Oculus me ensinou há muito tempo, digo


a ela: “Estamos procurando vendedores. Ou no seu caso,
vendedoras. O pagamento é bom. A empresa é a melhor.”

A mão dela ainda está no meu quadril, o que me faz sorrir.


Ela limpa a garganta e começa a se afastar, mas aperto mais para
impedi-la de ir a qualquer lugar. Como ela não pode escapar, vira a
cabeça para que seu nariz se arraste pelo meu. Agora tenho um
tesão intenso que fica impossivelmente maior quando a língua dela
sai para lamber os lábios.

“O que você vende?” Ela pergunta inocentemente, mas a luz


em seus olhos me diz que sabe o que vou dizer antes que saia da
minha boca. Sua respiração cheira a chiclete de canela e desejo
prová-la.

“Você é policial?”

Seus olhos castanhos se arregalam em choque. “O quê? Não...


eu, hum...” Ela gagueja. Seus lábios fazem um biquinho sensual e é
preciso tudo em mim para não puxá-la mais e beijá-la.

“Estou brincando. Venha comigo. Eu pessoalmente mostrarei


as regras. Você ganhará um bom dinheiro e, se precisar de um lugar
para ficar, também podemos arrumar para você.”
K WEBSTER

Aparentemente, sem palavras, ela apenas concorda.


Relutantemente, eu me afasto dela e ela fecha brevemente os olhos
com a perda. Fico feliz em saber que está tão afetada quanto eu.

E agora que estou longe dela posso apreciar completamente


seu corpo. Ela está usando um belo jeans, provavelmente Lucky ou
Abercrombie pela aparência. Algo na roupa dela grita ‘não sou
daqui’.

Sem estar pronto para me separar dela, agarro sua mão,


fazendo-a ofegar de surpresa.

“Por aqui.” Resmungo. Vou descobrir a sua história em breve.


“Por que eles te expulsaram? Seus pais.” Esclareço.

Sua mão fica suada na minha e posso dizer que não quer me
responder enquanto andamos pela calçada, CJ sabiamente
seguindo silenciosamente atrás. É por isso que CJ é um bom
companheiro. Ele geralmente sabe quando se comportar.

“Drogas. Eu estava usando drogas e eles odiavam. Só me


expulsaram.” Ela me diz de uma maneira não muito convincente.
Claramente, existe outro motivo pelo qual não quer me contar.

“Sei que você está mentindo para mim, mas vou deixar
escapar desta vez. Não minta, garotinha.” Falo.

“OK.”

Ela tenta parecer não afetada, mas parece nervosa pra


caralho.

Caminhamos por mais alguns quarteirões em silêncio antes


que ela fale novamente.

“Pac?”
K WEBSTER

Neste momento, quero contar a ela meu nome. Meu nome


verdadeiro. O nome que nenhum desses filhos da puta sequer
conhece, nem mesmo Oculus. Ele me chamava de “filho” até que eu
cheguei ao apelido de Pac. Em vez de fazer algo estúpido com
alguém que conheci momentos atrás, eu me contenho.

“Sim?”

“Onde estamos indo?”

Sorrio e aperto sua mão. “Campo de treinamento, garotinha.


Estou prestes a te ensinar coisas. Muitas coisas. Você será toda
minha durante o treinamento. Quando eu terminar com você, será
exatamente o que eu quero, o que eu preciso.”

Ela está quieta, mas espero que tenha entendido o duplo


sentido, porque eu já reivindiquei essa mulher, goste ou não.
K WEBSTER

CAPÍTULO CINCO
MAYA

Estou perdendo a cabeça. Que porra há de errado comigo?


Estou de mãos dadas com um traficante de drogas! Tenho que
continuar me dizendo que tudo faz parte do ato. Não teve como meu
coração não bater forte quando esse homem se aproximou de mim
com seu perfume sensual. De jeito nenhum, existem borboletas
dançando alegremente na minha barriga. Não. Tudo é encenação.

“Qual o seu nome?” Ele pergunta com a voz baixa que faz
minha pélvis doer. Merda.

“Kerry.” Minto, usando o nome da atriz sósia. “Você pode me


chamar de Braids2.” Kerry? Braids? Estou fodida. Se Jake estivesse
aqui, estaria rindo muito.

Pac se vira para mim com uma sobrancelha levantada. Essa


sobrancelha não é sensual. Não é nada sensual. “O que eu te disse
sobre mentir, garotinha?”

Meu coração bate contra o meu peito por algum motivo e


tenho vontade de falar estupidamente o meu nome verdadeiro.
Felizmente, o bom senso assume o controle e tento amenizar meu
acidente.

“Não estou mentindo. Você não gosta de Tranças?” Falo na


tentativa de mudar de assunto.

2 Tranças em inglês
K WEBSTER

“Não combina com você, por exemplo. E também não parece


um nome de rua muito bom. Acho que você deveria se chamar
Mack, já que foi onde eu te encontrei.” Seus lábios roçam contra a
parte superior da minha orelha enquanto caminhamos, enviando
um arrepio na espinha. “Eu ainda vou te chamar de garotinha até
você me contar seu nome verdadeiro. E quando fizer isso, será
nosso pequeno segredo. Preciso saber como chamá-la quando
estiver dentro de sua doce buceta.”

Oficialmente não consigo respirar. Esse homem, esse traficante


de drogas, acha que pode me seduzir direto para a cama. O
departamento de polícia de Detroit não me paga o suficiente para
me infiltrar.

Ele se vira entre dois prédios e me leva por um beco. Observo


despreocupadamente meu entorno, fazendo anotações mentais da
melhor maneira possível, sem ser óbvia.

“Primeiro, Pac, acho que Mack é o nome de um garoto. E


segundo, você não vai chegar nem perto dessa buceta. Sou gay. Eu
amo mulheres.” Minto.

Desta vez, ele vira a cabeça e me olha. Paramos de andar e o


amigo dele esbarra em mim antes de se apressar ao nosso redor e
entrar em uma porta, deixando-nos em paz. Meu pulso acelera
quando percebo que ele me pegou em outra mentira e parece
chateado. Eu não me importo. Vou resolver isso. Eu vou convencê-
lo.

Pac avança sobre mim, fazendo-me tropeçar para trás até que
bato na parede com a bunda. “Você não é gay. É uma mentirosa.”

Deus, ele pode ver através de mim. Preciso acelerar o meu


jogo.
K WEBSTER

“Tenho uma namorada.” Digo a ele desafiadoramente.

Ele desliza uma mão grande pelo meu pescoço e arrasta o


polegar ao longo da minha mandíbula. Respirar tornou-se bastante
difícil.

“Se você tem uma namorada, por que está excitada? Seu
pulso está batendo na minha mão. Sei que não tem medo de mim, o
que significa que está gostando do meu toque.”

Sua maneira autoconfiante me irrita, mas ele está certo. Tudo


nele pinga sexo e há muito tempo estou privada. Eu desejo esse
homem, mas obviamente não posso tê-lo.

“Eu deveria ir. Isso não vai dar certo.” Murmuro. Se eu


pudesse me afastar, eu o faria, mas este homem atrapalha meu
cérebro.

“Você não vai a lugar nenhum.” Pac resmunga, abaixando a


cabeça perto da minha.

Ele cheira tão bem que não consigo deixar de fechar os olhos
e cheirá-lo, sentindo seu perfume com sabão. Meu corpo inteiro está
tão hiper consciente dele que, quando se aproxima e pressiona seu
peito contra o meu, meus joelhos quase dobram debaixo de mim.

Sua outra mão segura a minha bunda e ele me puxa contra


sua ereção muito grossa. “Eu peguei você, garotinha.” Ele diz em
um tom de voz baixo e tranquilo que quase nem o escuto. Meu
coração está batendo furiosamente no peito, lutando entre o certo e
o errado. No momento, o errado está vencendo a aposta arriscada.

Lábios suaves encontram os meus, a princípio incertos, mas


quando abro a boca, o beijo se torna mais exigente. Sua língua
entra na minha boca e eu avidamente o provo. A mão no meu
K WEBSTER

pescoço desliza pela garganta e ao longo do meu peito. Ele segura


meu seio e é nesse momento que eu sei que as borboletas na minha
barriga são reais e isso me assusta muito.

“Pare.” Expiro entre beijos. Meu corpo está dizendo para eu


calar a boca e seguir em frente. Felizmente, meu cérebro também é
contra a ideia.

“Não.”

Mais beijos. Mais toques. Mais empurrão. Deus, eu quero esse


homem.

“Pac, por favor.” Tento novamente.

Desta vez, ele se afasta e esfrega o nariz no meu antes de


descansar a testa na minha. “Não é gay.”

Mordo o lábio para tentar esconder meu sorriso sem sucesso.


“Não sou gay.” Admito com uma risadinha.

Ele sorri para mim e roça meus lábios de novo. Seus olhos
escurecem e Pac fica sério.

“Eu posso cheirar mentiras, garotinha. Sempre vou descobrir.


Assim como agora. Eu sou conhecido por recorrer à tortura para
extrair a verdade. Com você, passaria horas torturando sua doce
buceta com a minha língua. Aposto que depois de várias vezes
sendo levada à beira do orgasmo e depois negada, você me diria o
que eu quero saber, entregaria essa merda em uma bandeja de
prata. Agora, vamos começar com os negócios antes que eu
arranque seu jeans caro e claramente não-do-gueto para torturá-la
com essa língua aqui no beco.”
K WEBSTER

Tudo o que sai é um sussurro: “Ok.” Algo sobre a ameaça dele


não parece horrível e me sinto uma puta louca por desejar que faça
exatamente isso. Mas preciso sair dessa porra. Esse homem é
claramente um grande ator na cena das drogas e está prestes a me
levar ao seu mundo. Aqui estou apenas querendo atacá-lo como
uma leoa no cio, em vez de fazer a porra do meu trabalho.

Estou preparada e pronta para me concentrar quando a mão


dele desliza pelo resto do meu corpo e fica entre minhas pernas.
Surpreendentemente, Pac empurra um dedo entre as minhas
pernas, sabendo exatamente onde meu clitóris latejante aguarda.

“Vou ter minha língua aqui muito em breve.”

Com essa bomba, ele se afasta e entra no prédio. Fico de


joelhos fracos, tentando recuperar o fôlego antes de colocar minha
expressão facial de pôquer e segui-lo para dentro.

Estou com tantos problemas. Isso não pode terminar bem.

Para minha grande consternação, Pac me deixou sentada no


saguão de um prédio em ruínas por três horas.

Três horas de merda.

Qualquer desejo ou vontade que tinha por ele se foi


completamente agora, enquanto estou aqui fervendo de raiva. Ele se
esqueceu de mim? É algum tipo de teste? Que porra está
acontecendo?

Estou prestes a perder a cabeça completamente e sair daqui


quando o amigo de Pac sai de um escritório e me procura.
K WEBSTER

“Pac encontrou outras garotas e estamos prestes a começar


seu treinamento. Quer água ou outra coisa?” Ele pergunta.

“Não, idiota! Eu não quero porra de água! Que tal a porra de


um jantar? Por que vocês me deixaram aqui por tanto tempo? Cadê
o Pac?” Exijo, de pé para encará-lo. Ele tem mais de um metro e
oitenta, mas no meu momento de raiva, tenho certeza de que posso
acertá-lo. Já derrubei Jake várias vezes e é do mesmo tamanho.

“Esfrie essa cabeça, mulher! Em breve, serviremos comida.


Pac quer treinar todas de uma vez. É melhor você mudar de atitude
ou vai irritá-lo.” Ele diz nervosamente, olhando por cima do ombro.

“Parece que dou a mínima? Não sei que tipo de operação você
está executando ao seu redor, mas é uma operação complicada.
Sério, estou fora.” Falo e corro em direção à porta.

O amigo de Pac corre atrás de mim e estou quase na porta


quando agarra meu braço. Tento me afastar, mas ele me aperta com
força.

“CJ, tire suas mãos dela!” A voz de Pac aumenta através da


sala, fazendo com que CJ e eu pulemos.

“Merda, chefe. Estava apenas tentando impedir que a


baixinha aqui fosse embora. Sinto muito.” Ele diz rapidamente,
afastando-se de mim.

Em instantes, Pac atravessa a sala e agora está a centímetros


de mim. Ainda estou furiosa com ele por me deixar e tenho que me
esforçar fisicamente para não inalar seu perfume delicioso. Eles
poderiam engarrafar esse perfume ensaboado, almiscarado e viril, e
eu pagaria muito por isso, como uma maldita viciada em coca faria
por uma linha da merda realmente boa.
K WEBSTER

“Onde você está indo, garotinha?” Ele exige com uma voz
suave e autoritária.

“Estou fora, Pac. Isso é besteira.”

Suas mãos travam nos meus quadris e me puxam para ele,


me fazendo gritar de surpresa.

“O que você está fazendo?” Eu digo a ele.

Ignorando-me, ele aproxima e coloca os lábios perto do meu


ouvido. “Tive que reunir algumas pessoas. Desculpe-me, eu fiz você
me esperar. Vou te recompensar mais tarde.” Ele sussurra no meu
ouvido antes de chupar meu lóbulo da orelha na boca. Toda
ferocidade e raiva se foram quando derreto ao seu toque, minhas
mãos avidamente segurando suas costas.

O que há de errado comigo? Não tenho autocontrole perto


desse homem, que conheço só algumas horas. Um traficante de
droga, nada menos. Estou prestes a me afastar quando seus lábios
descem pelo meu pescoço e ele chupa suavemente.

“Ah!” Suspiro. Deslizando minhas mãos nos bolsos de trás,


aperto sua bunda dura e musculosa.

Desta vez, Pac chupa mais e eu gemo constrangedoramente


alto. Seu pau está duro e esforçando-se para escapar do jeans.
Nunca quis tanto alguém como eu o quero agora na minha vida.

CJ limpa a garganta para chamar sua atenção. “Uhum.”

Pac vai de sexual a furioso em segundos. “CJ.” Ele reclama,


virando a cabeça para ele. O intervalo me dá um momento para
limpar os pensamentos e tiro as mãos dos seus bolsos.
K WEBSTER

CJ não fala, só acena com a cabeça para o outro lado da sala,


onde estão três verdadeiras garotas do gueto.

“Merda!” Xingo e dou um passo para longe de Pac.

Duas garotas parecem inofensivas, mas aquela com cabelo


curto rente a cabeça parece que quer arranhar meus olhos. Pelo
jeito que está me encarando, posso ver que as coisas não irão bem
com essa cadela.

Pac parece entrar no modo de negócios e me afasto dele indo


para as outras garotas.

“Dormindo com o chefe? Maneira de fazer o seu lugar.” A


cadela murmura baixinho.

Eu a ignoro, felizmente sabendo que, não importa o quão


gueto ela seja, sou eu que tenho treinamento policial e poderia
facilmente derrubá-la. Um chute no traseiro parece estar na
previsão. Dela, não minha.

Pac caminha até nós e tento olhar para o seu rosto, não para
a regata branca apertada e o jeans baixo que o fazem parecer um
gângster sensual. Até seus estúpidos grandes tênis brancos K-Swiss
parecem sensuais nele. Meu olhar para mais uma vez em seu peito
musculoso antes de voltar para seus olhos quando para na nossa
frente. É claro que ele me observa descaradamente e pisca para
mim com um sorriso convencido idiota.

“Senhoras, sejam bem-vindas à cidade. Meu chefe, agora seu


chefe também, é o revendedor mais inteligente e bem-sucedido de
Detroit. Recrutamos apenas as melhores. Vou lhes mostrar tudo
como fazemos as coisas. Se vocês não puderem ficar conosco, estão
fora. Temos só algumas regras aqui: Sejam inteligentes. Façam
K WEBSTER

dinheiro. E não mintam. A maioria das pessoas tropeça na primeira


regra e é expulsa. Algumas de vocês terão problemas com a terceira
regra.” Ele diz, olhando na minha direção. “Mas, dada a nossa
fórmula para o sucesso, vocês ganharão dinheiro. Fazemos as
coisas de uma maneira diferente do resto e é por isso que nenhuma
das nossas mulas está presa. Vocês estão prontas para viver o
sonho?”

Quem diabos é ele? Pac faz o tráfico de drogas parecer que


acabamos de conseguir um emprego em uma empresa da Fortune
500. De repente, estou furiosa com o quão ridículo o seu discurso
soa. É um crime, elas não são sortudas vencedoras de férias com
todas as despesas pagas na Disneylândia.

As meninas ao meu lado conversam animadamente. Não


posso deixar de encarar Pac. Sério. Ele está atraindo essas jovens
para traficar drogas. Se, não, quando, forem apanhadas, elas
passarão um tempo na prisão. Mas ele faz parecer uma porra de
escolha de carreira logo depois da faculdade. Minha sanidade ganha
e me lembra que sou policial. Não uma fanática por traficantes.

Noto o olhar levemente confuso em seu rosto quando seu


olhar encontra o meu. Estou lívida e se os raios laser pudessem
disparar dos meus olhos, estariam fazendo exatamente isso agora.
Pac continua a falar sobre territórios, inimigos, preços de venda e
táticas, mas estou só ouvindo. Não pretendo ir muito longe nessa
operação do meu trabalho secreto. Vou direto à fonte e rápido,
derrubando toda a operação do caralho. Esse é o meu estilo. Eu vou
com armas em chamas.

“Ok senhoras. Agora que já contei como as coisas funcionam,


CJ e eu mostraremos onde vocês podem ficar. Cuidamos de nossos
K WEBSTER

funcionários até que possam se levantar. Sigam-me.” Ele pede passa


por uma porta.

Todas nós seguimos atrás dele por um corredor estreito,


passando por muitas portas antes de chegarmos a uma. Ele abre a
porta e acende a luz, revelando dois beliches em um escritório que
virou quarto. Não é exatamente o Ritz Carlton.

“Beliches!” Uma das meninas grita, correndo para um e


pulando no beliche superior. Sua excitação me deixa doente ao
pensar em como ela pode ser jovem, já sendo arrastada para um
mundo tóxico.

A outra garota corre para o beliche de baixo e se senta.


Merda, agora tenho que dividir um beliche com a Cara de Puta.

“O escritório ao lado tem uma geladeira e um micro-ondas.


Essa sala está cheia de tudo o que vocês precisam, então, por favor,
sirvam-se. Descansem um pouco, porque amanhã vamos trabalhar.”
Pac ordena, retirando-se da sala.

E, com uma confusa mudança de humor, de repente não


quero que ele me deixe. “Onde você vai?” Falo antes que eu possa
me parar.

“Buceta pegajosa.” Cara de Puta murmura antes de sentar no


beliche inferior livre.

Pac estreita os olhos para mim. Percebo que sabe que não
estou feliz com ele ou com esses planos de vida, mas não questiona
minha atitude quente e fria.

“Sair.” Ele responde friamente antes de sair da sala.

Estou magoada e me odeio por me sentir assim.


K WEBSTER

CAPÍTULO SEIS
BEN

“Cheira bem, vovó!” Eu falo, entrando pela porta da frente.

“Ursinho Pooh!” Ela grita da cozinha. “Está quase pronto.


Estou atrasada. Lynetta ligou e me prendeu um pouco mais do que
eu queria. Fofocas malditas, ela só queria falar sobre todo mundo
na igreja.”

A casa tem um cheiro incrível, como sempre, quando ela faz


minha refeição favorita.

“OK. Estarei no porão até que esteja pronto.” Grito de volta.


Jogo as chaves e telefone na mesa da entrada e desço as escadas.

Estou com tanta frustração sexual reprimida por lidar com


Kerry ou Braids ou com quem diabos ela é que preciso liberar um
pouco de energia. Vou me jogar em um projeto para tirar meus
pensamentos dela.

O material para o baú fica em uma pilha ao lado da minha


bancada, mas não estou interessado nisso agora. Quero criar uma
peça que a represente, forte, porém bonita. Tanto por trabalhar para
tirá-la da minha cabeça. Tento não pensar nela enquanto me
ajoelho e começo a procurar algumas peças de madeira únicas que
coletei recentemente.

Papai sempre era um dos que coletava pedaços de madeira


aleatórios porque “às vezes um projeto apenas fala com você” e você
tem algo bonito e único para trabalhar. Escolho um pedaço de
K WEBSTER

mogno que parece sombrio, misterioso e resistente, como ela, e


começo a lixá-lo.

“Pai, o que você fará com este pedaço feio de madeira? Quer
que eu jogue na pilha de sucata?” Eu perguntei, virando a peça
desgastada repetidamente em minhas mãos. Era feio.

Papai sorriu e caminhou até mim. Ele pegou a peça e a


observou com orgulho. “Nada filho. Escolhi esta peça por um motivo.
Existe potencial aqui.”

Eu enruguei o nariz e olhei para ele confuso. “Como? Quem iria


querer isso?”

“Vou fazer para sua mãe algo especial com esta peça. É do
tamanho perfeito para fazer uma caixa de joias. Acha que sua mãe
gostaria disso?” Ele perguntou.

Para ser legal, mesmo que eu achasse que ela odiaria,


concordei. Papai sorriu e começou a trabalhar na peça. Algumas
horas depois, construiu uma linda parte superior e inferior para uma
caixa. Eu o observei com curiosidade enquanto adicionava
dobradiças e trava. Ele andou até o armário e pegou um pedaço de
feltro rosa.

Cuidadosamente, cortou o feltro para encaixar perfeitamente


dentro da caixa. Era pequeno, mas bonito, exatamente como ele sabia
que seria.

“Pai, ela vai adorar!” Disse. Meu pai era tão criativo. Queria ser
como ele quando crescer.

“Vai, filho. Agora você sabe por que procuro essas peças
especiais. Espero que agora veja a beleza em algo que os outros
normalmente não enxergam.”
K WEBSTER

Acenei com a cabeça, sabendo que nunca mais olharia para um


pedaço de sucata novamente. Na verdade, estava empolgado em
procurar em nosso quintal qualquer coisa viável. Papai disse que eu
já cresci o suficiente para me mostrar como usar a serra. Vou
encontrar algo para fazer para mamãe e vovó.

“Agora vá e lave a louça. Vovó e mamãe estão fazendo nosso


jantar favorito!” Ele sorriu e fez cócegas na minha barriga. Eu sorria
até as escadas enquanto papai, meu herói, andava atrás de mim.

“Ursinho Pooh, o jantar está pronto!” Vovó grita do alto da


escada, me puxando de minhas memórias felizes. Consegui lixar a
peça de mogno para o meu gosto no curto período de tempo em que
fiquei aqui embaixo.

“Já vou subir!” Grito e coloco o projeto no chão.

Subindo as escadas, sinto os deliciosos aromas de comida


caseira da Vovó e meu estômago resmunga alto. Quando entro na
cozinha, quase gemo alto de prazer. Ela está bem recheada esta
noite. A mesa está cheia de frango frito, purê de batatas e molho
caseiro, ervilhas e biscoitos amanteigados. Vovó já fez o meu prato e
o colocou no meu descanso de mesa, esperando por mim. Estou
totalmente mimado por esta mulher.

“Você se superou hoje à noite!” Elogio quando me sento para


jantar. Já estou pegando um pedaço quente de frango quando ela
me para.

“Não senhor! Ainda não fizemos nossas orações.” Ela adverte,


sentando-se ao meu lado.

Congelo no meio da mordida e coloco o peito de frango no


prato. Minha boca está cheia de água, mas você não desobedece a
K WEBSTER

Vovó, não quando ela acaba de fazer sua refeição favorita. Sei que
há um grande pedaço de bolo de chocolate esperando por mim e, se
eu irritá-la, vou vê-la comer sozinha.

Ela inclina a cabeça e começa sua oração. “Querido Senhor,


agradecemos por suas muitas bênçãos. Obrigada por dar ao nosso
querido Benjamin uma carreira que nos mantém, ó Senhor. Ele tem
as habilidades de carpinteiro de seu pai e agradecemos por ele não
estar na rua, como muitos desta área. E obrigada, doce Jesus, por
me dar uma saúde muito boa na velhice. Tenho oitenta e quatro
anos e ainda estou me saindo melhor do que a velha fofoqueira,
Lynetta, maldita fofoqueira! Oh, perdoe-me, Senhor, por xingar, mas
sabe o quanto ela me deixa louca. E finalmente, rezo para que você
ache para meu doce Ursinho Pooh uma boa mulher com quadris
férteis que me dará muitos bisnetos. Em nome de Jesus, oramos.
Amém.” Ela diz.

Seguro uma risada durante cada uma de suas orações. Vovó é


uma criatura velha e corajosa. Eu serei destruído no dia em que ela
deixar está Terra. Vovó é minha única família e ficarei perdido sem
ela. No momento em que disse as palavras “quadris férteis”, pensei
instantaneamente na mulher misteriosa de hoje. Seus quadris eram
grandes e curvilíneos. Não quero nada além de segurá-los até que se
machuquem enquanto ela me monta orgasmo após orgasmo

“Garoto, você está sonhando acordado de novo?” Ela


pergunta, me tirando dos meus pensamentos.

“Oh, hum, não.” Minto, o que me ganha um olhar. Recebi


minhas habilidades de detecção de mentiras da própria mestra.
Felizmente, ela deixa passar.
K WEBSTER

Estou prestes a dar uma mordida quando o toque de CJ


começa a ecoar na mesa da entrada. Ele sabe que não deve me
incomodar depois do ‘trabalho’, por isso deve ser uma emergência, o
que é importante, por isso devo atender a ligação. Ignoro o olhar
reprovador de vovó e corro para atender.

Mantendo a voz baixa, eu resmungo. “O que é?”

“Ei, chefe. Hum, você precisa vim aqui imediatamente. Houve


uma situação com as garotas. Essas putas são loucas. Lamento
incomodá-lo, mas elas são incontroláveis!” Ele reclama,
aparentemente frustrado.

“Porra! Ok, estarei aí em dez minutos.” Resmungo e desligo.

Ainda estou murmurando baixinho quando volto para a


cozinha para dar as más notícias. Vovó está de pé junto ao meu
prato, embrulhando papel alumínio por cima, já sabendo o que vou
dizer antes de falar.

“Outro amigo precisa de ajuda?” Ela pergunta.

Eu concordo. Odeio mentir sobre isso para ela, mas não há


outro jeito. Vovó nunca aprovaria e estou longe demais para parar.

“Bem, meu neto não irá passar fome. Você leva esse prato
para não morrer de fome, filho.” Ela diz, colocando o prato em um
saco. Ela anda até a geladeira e pega seu famoso bolo de chocolate.
Depois que corta um pedaço de tamanho generoso e o embrulha, ela
o adiciona ao saco.

“Obrigado, vovó. Desculpe.” Digo genuinamente.

Tudo o que faço é por ela, mas vovó nunca entenderá meu
‘trabalho secundário’, o que me faz sentir sempre culpado por
K WEBSTER

esconder dela. Ela prefere passar fome do que o neto negociar


drogas. E vovó passando fome nunca vai acontecer. Não a minha
vovó.

“Você vai voltar tarde? Devo esperar por você de volta em


breve?” Ela pergunta enquanto beijo o topo de sua cabeça antes de
pegar a bolsa de comida.

“Eu duvido, porra.” Resmungo, sabendo que o som da voz de


CJ significa que tenho uma bagunça em minhas mãos.

Antes que eu perceba meu erro, vovó já enrolou a revista e me


golpeou na cabeça.

“Não xingue em minha casa, Benjamin Winston Cartwright!”


Ela repreende e me bate de novo antes que eu saia do caminho dela,
para não apanhar pela terceira vez.

Esta é a desvantagem de viver com sua avó. Sou o segundo no


comando dos maiores traficantes de cocaína da cidade. Assusto a
maioria dos homens com apenas um olhar. Mas quando estou em
casa, vovó é a chefe. É realmente irônico.

“Te amo, vovó!” Eu falo e corro para a porta da frente,


pegando minhas chaves pelo caminho.

Ela murmura algo sobre ter que comer sozinha e tento


desesperadamente ignorar a culpa que devora por dentro.

Abro a porta do escritório para encontrar uma das garotas


que encontrei hoje e ela. Ela é a pessoa misteriosa que se recusa a
me dar seu nome verdadeiro. As mulheres estão sentadas em
K WEBSTER

cadeiras próximas umas das outras e as duas parecem chateadas.


CJ, que está andando no escritório, vira para mim e franze a testa.

“O que diabos está acontecendo?” Eu exijo, colocando a bolsa


na mesa.

“Pergunte a elas.” Ele fala, raramente zangado pelo


comportamento normal de CJ.

Viro a cabeça de volta para as duas mulheres. Ambas têm os


braços cruzados e se recusam a se olhar. Espera? Esse sangue vem
do seu nariz?

Chegando perto dela, eu a assusto quando me ajoelho na sua


frente de onde está sentada na cadeira. “Garotinha, ela bateu no
seu nariz?” Pergunto baixinho.

Ela deixa de estar chateada e irritada, o que me confunde.


“Eu estava cuidando dos meus próprios assuntos quando a Cara de
Puta decidiu empurrar o colchão que eu estava deitada com os pés e
me derrubou da cama! No trajeto, bati meu nariz. Mas isso foi
suficiente? Não! Ela me atacou. Qual é o seu problema comigo
afinal? Você o quer?” Ela pergunta, virando a cabeça na direção do
rosto da cadela apropriadamente chamado, que está olhando de
volta para ela. Essas duas querem se matar.

“Eu não gosto de você. E meu nome é Tameka, não Cara de


Puta. Mas podemos chamá-la de Chupadora de pau, já que é assim
que você planeja ser paga por aqui.” Ela fala.

Minha garota, sim, ela já é minha aos meus olhos, levanta da


cadeira rapidamente e derruba Tameka da cadeira e no chão. Estou
chocado no começo, mas rapidamente me recupero e corro para
arrancar Kerry ou quem quer que seja de cima de Tameka. Eu a
K WEBSTER

agarro em um abraço de urso, com os braços em volta da cintura e


não posso deixar de me sentir excitado com o seu corpo pressionado
contra o meu pau. Felizmente, CJ pega o braço de Tameka,
puxando-a para seus pés.

“Vocês duas precisam se refrescar. CJ, leve Tameka de volta


para o quarto dela. Você.” Eu aproximo a boca bem perto da orelha
da lindeza. “Você vai se acalmar aqui comigo.”

Ela relaxa contra meu corpo e sinto que conquistei uma


pequena vitória. Eu a mantenho em meu poder até CJ sair com
Tameka. Relutantemente, eu a solto e aponto para a cadeira. Ela
senta, derrotada.

“Você interrompeu meu jantar, garotinha.” Reclamo enquanto


pego a bolsa da mesa e me sento ao seu lado. “É sua noite de sorte.
Tenho certeza de que os jantares congelados na cozinha são menos
que apetitosos. Deseja compartilhar comigo?”

Ela balança a cabeça, ainda fazendo beicinho por sua


pequena briga de gatos.

“Acostume-se, mas vovó faz o melhor frango frito.” Provoco.

Assim que eu digo “Vovó”, quero me chutar. Nunca a


mencionei para ninguém além de Oculus deste lado sombrio da
minha vida. Mas com essa garota, quero lhe contar tudo, o que é
um problema.

Virando-se para mim, ela sorri lindamente pelo o que eu


disse. Com um sorriso meio torto, ela pergunta: “Vovó?” Os olhos de
chocolate ao leite brilham com diversão. O canto de sua boca se
contrai enquanto tenta não rir. Quero minha boca ali, bem no canto
de seus lábios perfeitos e carnudos.
K WEBSTER

“Sim. Tem algum problema, porra?” Resmungo em falso


aborrecimento enquanto apoio a comida no meu colo. Coloco o prato
de bolo na mesa ao meu lado e puxo o papel alumínio do prato
ainda quente.

Ela morde o lábio para segurar um sorriso e enfio uma


garfada de purê de batatas na minha boca, escondendo meu próprio
sorriso. Há algo muito fofo nela.

“Não. Não há problema aqui.” Ela finalmente diz.

Percebendo que ela está olhando avidamente minha boca


enquanto eu como, dou outra mordida e a ofereço.

“Não, obrigada.” Ela responde ofegante.

Estendo a mão e seguro seu queixo, colocando meu polegar


contra seu lábio. Quando ela suspira e fecha os olhos, abrindo a
boca, deslizo um pouco de purê de batatas. Seus olhos se abrem de
surpresa com a deliciosa bondade que acabei de presentear.

Depois que ela engole, elogia minha avó, fazendo meu coração
bater de orgulho. “Esse deve ser o melhor purê de batatas que eu já
provei! Dê-me mais um pouco, Pac.” Ela pede.

Sorrio e dou outra garfada para alimentá-la. Há algo nessa


garota que me faz sentir... confortável. Tanto como estar em casa
com o purê de batatas da vovó.

“Diga-me seu nome verdadeiro. Por favor. Preciso lhe chamar


de algo.” Tento novamente.

Seus olhos brincalhões ficam escuros e ela olha para as mãos,


evitando o meu olhar penetrante. “Chame-me de Kerry, Mack ou
Braids.”
K WEBSTER

O seu comentário machuca, o que é ridículo, considerando


que eu mal a conheço. Mas quero conhecê-la. Ela está só tornando
isso muito difícil.

“Ou eu poderia lhe dizer meu nome verdadeiro em troca do


seu. Nosso segredinho.” Eu quero contar a ela o meu nome, tanto
quanto preciso conhecer o dela.

Ela fica em silêncio, mas não nega meu pedido, o que parece
um progresso para mim. Portanto, em vez de pressioná-la mais,
continuo nos alimentando até que toda a comida acaba. Tudo nesse
momento é íntimo. Coloco o prato na mesa e viro para ela,
esperando sua resposta. Quando vejo que ela tem um pouco de
molho no canto da boca, faço exatamente o que quero e seguro sua
cabeça com as mãos, trazendo seus lábios perfeitos aos meus.

Ela mais uma vez fecha os olhos, permitindo que eu faça o


que eu desejo. Querendo tanto quanto eu preciso, e quero, tê-la.
Colocando a língua para fora, lentamente lambo o molho antes de
arrastar beijos por seus lábios carnudos e grossos.

Tenho o acesso a sua boca quando ela abre e cumprimenta


minha língua com entusiasmo. Ela parece estar muito longe, por
isso agarro sua cintura curvilínea e a puxo para o meu colo, para
que fique em cima de mim. A princípio, ela parece chocada, mas
rapidamente ignora o que parece estar sempre a segurando e se
entrega profundamente ao nosso beijo.

Minhas mãos deslizam para sua bunda e a envolve através de


seu jeans apertado. A mulher tem o tipo de bunda que você quer
agarrar enquanto a fode por trás. Só o pensamento dela nua deixa
meu pau pressionando contra o meu jeans, contra o ponto ideal
entre suas coxas.
K WEBSTER

Eu gemo em sua boca enquanto puxo sua bunda em minha


direção, pedindo-lhe para moer contra meu pau. “Deus, eu quero
muito você, porra.” Sussurro entre beijos.

Ela se mói contra mim, criando um atrito que vai me fazer


gozar na calça em pouco tempo. Pego a bainha de sua camiseta
estúpida e a tiro de seu corpo, revelando seus peitos empinados,
que ameaçam provocativamente sair de seu sutiã rosa. O sutiã rosa
da Victoria’s Secret. Definitivamente não é um sutiã que você
compra no gueto.

Eu quebro nosso beijo para rastejar os lábios e língua pelo


pescoço até a clavícula, onde mordo suavemente.

“Pac.” Ela choraminga enquanto enfia os dedos nos meus


ombros, aparentemente gostando da mordida de amor. Detesto meu
apelido em seus lábios. Ela merece mais.

Deslizo a língua para o inchaço de seu peito e chupo o sabor


doce. Deus, eu quero tudo dela, cada centímetro. Enroscando meus
dedos no topo de seu sutiã, eu o puxo para baixo, revelando seus
pequenos mamilos escuros. Quando chupo um na minha boca, ela
joga a cabeça para trás e geme.

“Pac!” Ela grita desta vez.

Merda. Não posso fazer isso.

“Bom.” Falo contra seu peito e a mordo.

Ela congela e eu olho para ela, preocupado por ter quebrado o


feitiço. Em vez disso, ela olha para mim com olhos desprotegidos e
captura meus lábios em um doce beijo.
K WEBSTER

“Maya.” Ela murmura contra os meus lábios que eu quase


sinto falta.

Maya. Muito bonito. Forte. Tão sensual. Assim como essa


garota.

Estou apenas me atrapalhando com a trava do sutiã, pronto


para tirá-lo e reivindicar seu corpo nesta cadeira, quando a porta se
abre.

“Chefe, merda! Desculpe, cara. Escute, Blaze acabou de dar


uma volta de carro e matou alguns de nossos homens. Ele está nos
observando e...” CJ balbucia antes que eu o interrompa.

Minha garota, Maya, está seminua na frente desse homem.


Em vez de pensar nos negócios, tudo em que consigo pensar é
desviar os olhos em cima dela. Eu a puxo para perto para esconder
seu peito contra o meu.

“CJ, espere dois minutos no corredor.” Ordeno. Esta noite


está cada vez melhor.

Ele obedece e sai pela porta. Quando desaparece, ela se afasta


e olha para mim. Há uma determinação feroz nos seus olhos e posso
ver que ela quer me ajudar.

“Quem é Blaze e por que está atrás do seu pessoal?” Ela


pergunta com autoridade em sua voz. Essa mulher de verdade acha
que pode fazer algo a respeito, posso ver isso escrito em todo o
rosto.

“São só negócios, garotinha. Não precisa se preocupar. Volte


para as meninas e eu cuidarei disso. Tente não brigar com Tameka
e irei buscá-las pela manhã para preparar seu suprimento.”
K WEBSTER

O seu rosto se entristece e ela parece magoada porque eu a


afastei. Inferno, estou magoado por ter feito isso, mas ela não
precisa se envolver com Blaze. Não há nada que possa fazer sobre
isso.

Ela endurece o olhar e sai de cima de mim. Não quero nada


mais do que continuar nossa noite de toques, provas e
reivindicação, mas tenho trabalho a fazer. Blaze está fodendo com o
nosso território e estou ficando chateado. Se eu estou chateado,
Oculus está furioso.

Ela apressadamente pega a camisa do chão e começa a vesti-


la. Em segundos, não consigo mais ver a pele macia e cor de
chocolate com leite de sua barriga. Meu pau ainda está pressionado
contra o meu jeans, precisando do seu toque, mas isso não vai
acontecer hoje à noite.

“Boa noite, Pac.” Ela fala enquanto se aproxima da porta.

Saindo da cadeira, eu ando até ela e pego seu braço antes que
abra a porta. “Maya.”

Ela vira para me encarar, olhos em chamas.

Eu estico a mão e seguro sua bochecha. Usando o polegar,


acaricio seu rosto gentilmente. “Maya, desculpe-me.” Peço
calmamente.

Seus olhos perdem um pouco da fúria e ela implora


silenciosamente por eles para eu entender. “Eu posso ajudar, Ben.”

Abaixando a cabeça, esfrego meu nariz contra o seu e olho


para aqueles olhos castanhos claros, que estão procurando os
meus. Em uma vida perfeita, esse seria o tipo de mulher que eu
gostaria de levar para casa para conhecer minha avó. Uma que eu
K WEBSTER

namoraria, uma mulher com quem não apenas faria amor, mas
também iria foder como uma estrela pornô. Um tipo de mulher
assim, eu faria minha rainha em um mundo perfeito. Infelizmente,
este não é um mundo perfeito. Fiz um compromisso ao longo da
vida com algumas coisas e não posso voltar atrás agora. Nem
mesmo por ela. Ela será só uma distração, uma que não posso me
dar ao luxo de ter. Porra.

Deslizo a mão do rosto para o pescoço e me deleito


momentaneamente com a batida rápida de seu pulso. Sabendo que
essa será a última vez, aceito egoisticamente assim mesmo. Levando
meus lábios aos seus, suavemente pressiono os meus. Desta vez,
ela não hesita em me beijar. De fato, suas mãos deslizam para cima
do meu peito e seguram na parte de trás da minha cabeça, me
aproximando para aprofundar nosso beijo. Ela me beija com força,
precisando de mim enquanto eu a beijo gentilmente, lembrando-me
de querer.

Antes que eu faça qualquer coisa estúpida, como foder com


Maya contra a porta em vez de lidar com Blaze e sua bagunça, eu
me afasto, fazendo-a choramingar.

Odiando a mim mesmo pelo que estou prestes a dizer, me


afasto dela e coloco um olhar todo profissional no rosto. “Vá para o
seu quarto. Eu tenho merda para cuidar. Esteja pronta para
trabalhar amanhã.”

Seu rosto se entristece mais uma vez e me sinto como um


idiota total. Rapidamente, Maya fica brava e vira, abrindo a porta no
processo.

“E eu que pensei que você era diferente.” Ela murmura antes


de se afastar de mim.
K WEBSTER

CAPÍTULO SETE
MAYA

Eu realmente pensei que Ben era diferente. Estou furiosa por


me permitir ficar tão paralisada com ele que esqueci minha
verdadeira razão de estar aqui, derrubar uma das maiores
operações de drogas da cidade até hoje.

Abrindo a porta do nosso ‘dormitório’, entro, tiro meu jeans e


sapatos e subo para o beliche superior sem sequer olhar para
qualquer outra pessoa.

“O chefe não queria te foder? Pobre vadia.” Tameka provoca


abaixo de mim. Detesto essa garota e estou a dois segundos de
sufocá-la.

“Foda-se, sua puta.” Falo de volta para ela.

“Continue assim, vadia desagradável e vou te cortar enquanto


dorme.”

Reviro os olhos. “Cadela, é só tentar.”

Ela fica quieta e eu fico mais enfurecida por apenas imaginá-


la procurando a porra da faca. Juro por Deus, se ela puxar uma
faca para mim, não será bonito para ela. Derrubei homens muito
maiores que sua bunda magrela.

Após cerca de trinta minutos deitada no escuro e sem ataques


furtivos de Tameka, acho que devo tentar entrar em contato com
Miguel. Todas as três garotas parecem estar dormindo.
K WEBSTER

Disfarçadamente, pulo da cama e vou até a porta. Eu saio


facilmente e ando pelo corredor. Todas as luzes estão apagadas,
portanto abro silenciosamente a primeira porta para ver se tem um
telefone.

O cheiro de amônia me atinge e, quando acendo brevemente a


luz, percebo que estou em um armário de limpeza. Apago a luz e
saio da sala, fechando suavemente a porta. A próxima porta que eu
chego é a que estava mais cedo com Ben. Até onde teríamos ido se
CJ não tivesse nos interrompido? Eu teria transado com um
traficante de drogas. Balanço a cabeça com a estupidez de minhas
ações.

Ignorando a próxima porta, prossigo para a última à direita.


Quando abro a porta e acendo a luz, fico feliz em ver uma mesa com
um telefone em cima. Corro até lá e ligo rapidamente para Miguel.

“Alô?” Ele atende no terceiro toque.

“Sou eu.” Sussurro.

“Maya!” Ele diz, alívio evidente em sua voz. “Como estão as


coisas? Qual é o status? Você precisa de ajuda?” Ele fala apressado.

“As coisas estão bem. Estou com outras três garotas.


Amanhã, devemos ir às ruas para fazer vendas. Eu me dei bem com
o segundo no comando. O nome dele é Pac.” Por alguma razão,
escondo o nome verdadeiro dele. “Esse clã de traficantes parece ser
um dos maiores. Dê-me algum tempo para localizar o líder. E,
Miguel, é maior do que pensamos. Há outro grupo, um homem
chamado Blaze lidera esse grupo e estão no meio do que parece ser
uma guerra territorial. Os múltiplos homicídios no início desta noite
foram provavelmente cometidos por Blaze e está atrás dos homens
de Pac. Vou manter meu nariz no chão e relatar quando puder.”
K WEBSTER

Ele resmunga sua aprovação. “Fique segura, Maya. Quero


você em casa.”

Algo na maneira como ele diz a última parte me deixa triste.


Miguel faria qualquer coisa para me tornar sua namorada. E não há
dúvida de que me trataria como uma rainha. Mas eu não o quero,
não como ele me deseja. Eu quero outra coisa. Algo proibido. Estou
destinada a ficar sozinha.

“Eu vou ficar bem. Não se preocupe comigo.” Sussurro e


desligo.

Uma porta se abre e viro para encarar quem me pegou em


flagrante.

Tameka do caralho.

“Oh, bem, olhe aqui. Parece que temos um informante em


nosso grupo.” Ela diz cruelmente.

Eu a empurro e ando em direção à porta. “Cuide da sua vida,


puta.”

“Pac!” Ela grita.

Bem, merda. Eu a derrubo no chão para calá-la, para que ele


não venha correndo aqui. Ela está tentando me arranhar, mas sou
mais forte do que ela e a prendo no chão.

“Saia de cima de mim, vadia! Pac!” Ela grita de novo antes que
eu consiga cobrir sua boca. Tameka ainda está lutando embaixo de
mim quando dois braços fortes me puxam para longe pela segunda
vez esta noite.

Seu perfume me envolve e eu gemo como uma prostituta.


Odeio meu corpo traidor. Os braços musculosos de Ben me dão um
K WEBSTER

abraço de urso ao redor da minha barriga, fazendo com que minha


camisa suba e revele a calcinha.

“Tameka, vá para o seu quarto agora.” Ele manda.

“Mas, Pac! Ela estava no telefone e acho que estava


conversando com Blaze! Essa cadela é uma informante e vai matar
todos!” Ela grita enquanto se levanta.

Ben fica tenso atrás de mim e meu coração aperta


dolorosamente com a minha traição. Por que me sinto culpada por
trair esse traficante? É a porra do meu trabalho!

“Tameka, vá.” Ele ordena uma última vez.

Ela se irrita e sai correndo da sala, deixando-nos sozinhos.

Ben abaixa a cabeça onde seus lábios roçam minha orelha e


um arrepio percorre minha espinha. “Você está passando
informações para Blaze?” Ele exige silenciosamente em meu ouvido,
sua respiração quente.

Eu choramingo e balanço a cabeça mostrando que não. Uma


das suas mãos desliza na frente da minha camisa, na minha barriga
nua e na calcinha de renda, segurando minha buceta. Seu dedo me
acaricia entre minhas dobras através da calcinha e eu gemo. Meu
corpo me trai quando empurro com cada carícia.

Quando esse homem me toca, mal consigo respirar ou pensar.


Toda a sanidade voa pela janela e tudo o que desejo é que ele
continue me tocando.

Ele é maravilhoso e quando desliza a mão na minha calcinha,


quase perco o controle. Seu dedo mais comprido mergulha dentro
de mim e para.
K WEBSTER

“Com quem você estava conversando então?” Ele questiona e


começa a deslizar para dentro e fora.

Meus pensamentos são uma bagunça confusa. Não sei se


posso mentir de forma convincente com ele tirando o fôlego a cada
impulso.

“Ninguém.” Murmuro, gostando do jeito que a palma da sua


mão pressiona contra o meu clitóris enquanto me toca. Quando ele
vai retirar o dedo, agarro sua mão e o empurro de volta para dentro.

“Não pare.” Imploro como a prostituta que estou me tornando


rapidamente na presença de Ben.

“Mas você mente para mim, garotinha.”

Desta vez, minhas duas mãos seguram as dele, implorando


para que não pare.

Ele geme quando seu pau pressiona contra mim. Eu sei que
ele me quer exatamente como eu o quero. Sua ereção dura como
pedra é toda a evidência que preciso para chegar a essa conclusão.

“Sua buceta é muito apertada. Tem certeza de que pode até


aguentar meu pau? Você mal consegue aguentar meu dedo.” Ele
geme em meu ouvido.

Estou tão molhada por ele. Só a voz dele faz coisas comigo.
Eu choramingo quando Ben empurra um segundo dedo em mim.

“Eu te quero tanto, Ben.”

Ele não me responde enquanto continua me fodendo com os


dedos. A mão em volta da minha cintura que estava me segurando
agora desliza pelo meu corpo para segurar meu peito.
K WEBSTER

“Eu também te quero tanto. Diga-me com quem estava


falando. Não minta, garotinha.”

Ele aumenta a velocidade dos dedos. Meu corpo começa a se


apertar enquanto antecipo o meu orgasmo. A palma da sua mão
cava em mim várias vezes enquanto seus dedos roçam meu ponto G
e eu finalmente cedo à intensidade, estremecendo em suas garras.
Meu orgasmo consome todo o corpo e grito quando ele
preguiçosamente me toca enquanto atravesso o último choque
elétrico pulsando pelo meu corpo.

Rapidamente, quase com raiva, ele retira os dedos de mim e


da minha calcinha. “Quero foder com você do outro lado da mesa,
Maya. Mas não vou fazer isso até que me diga com quem estava
falando e, por favor, não minta para mim.”

Ele desliza as mãos para a minha cintura, agarrando a barra


da minha camisa, puxando-a sobre o meu corpo e largando-a aos
nossos pés. Seus lábios encontram o meu ombro e ele me beija
docemente enquanto abre meu sutiã, jogando-o no chão, deixando-
me de pé em nada além da calcinha de renda. Lentamente, Ben nos
leva até a mesa e gentilmente me empurra. A madeira está fria
contra minha barriga e grito de surpresa. Ele sorri, mais uma vez
fazendo aquelas malditas borboletas dançarem no meu estômago.

Nunca na minha vida eu quis tanto ser fodida. Minha buceta


está praticamente pingando por ele.

“Foda-me, Ben.” Eu imploro.

No momento, sei que deveria pensar no meu trabalho e


derrubar traficantes de drogas, mas não consigo. Tudo em que
consigo pensar é em Ben. Seu efeito hipnótico na minha mente e
corpo.
K WEBSTER

“Oh, menina, eu quero. Tanto. Meu pau está exigindo estar


dentro de você.”

Eu o ouço mexer com seus jeans e, em instantes, seu pau


grosso e comprido é pressionado entre a minha bunda. Minha
calcinha oferece uma barreira fina e pequena e anseio que ela saia.
Felizmente, Ben deve ter lido meus pensamentos, porque enfia o
polegar no topo e a puxa lentamente para baixo. Quando ele se
levanta, eu me deleito com a sensação de pele sobre pele quando
desliza seu pau contra a minha bunda.

Eu o ouço rasgar uma camisinha e espero um pouco


impaciente por ele. Afastando os pés, empino a bunda para ele, para
que tenha acesso perfeito ao meu calor úmido. Seu pau provoca a
entrada da minha buceta e eu gemo, precisando que esteja dentro
de mim.

“Por favor.” Imploro de novo.

Ele geme como se estivesse lutando internamente por isso,


mas finalmente cede e entra em mim. Lágrimas enchem meus olhos,
não de dor, mas pela sensação deliciosa de cada centímetro meu
sendo preenchido por esse homem sensual. Eu nunca me senti tão
inteira. Já estive com vários homens, incluindo o idiota do Jake,
mas nenhum deles me fez sentir como Ben.

Ele entra e sai de mim algumas vezes, ganhando gritos de


prazer antes de se acalmar completamente.

“Maya, me diga, com quem estava falando. Pelo bem de nós


dois, por favor, não minta.” Ele arfa furiosamente.

Ignorando-o, eu mexo a bunda para atraí-lo a continuar. Em


vez disso, suas mãos agarram minha cintura para me manter
K WEBSTER

imóvel. Seu pau palpita continuamente com minhas paredes


internas, nós dois precisamos continuar, mas não conseguiremos
até ultrapassarmos esse obstáculo.

Eu posso mentir para ele e dizer que era minha mãe, mas
Bem veria através disso. Então, o quê? Ele provavelmente desistiria
e nós dois estaríamos irritados como o inferno.

Tentando uma meia-verdade, murmuro: “Miguel.”

Sei que ganhei um pouco de confiança porque ele começa


uma provocação lenta enquanto entra e sai de mim.

“Quem é Miguel?” Ele resmunga. Não posso deixar de amar o


tom possessivo que sua voz carrega.

“Meu melhor amigo.” Digo honestamente.

Ele realmente começa a me foder com força.

Quando a sua mão desliza da minha cintura para o meu


clitóris, eu grito. “Ben!”

Seu dedo acaricia furiosamente meu nó inchado. Meus olhos


reviram quando outro orgasmo emocionante atinge meu corpo.
Escuto um gemido baixo e gutural atrás de mim quando ele atinge
seu próprio clímax, sem dúvida causado pela maneira como minha
buceta está segurando seu pau.

“Porra, Maya. Porra, você é perfeita.” Ele elogia quando sai de


mim.

Choro pela perda e, quando tento me levantar, quase desmaio


porque minhas pernas estão tremendo muito. Ele me agarra para
não cair e me vira nos braços para encará-lo. Segurando minha
K WEBSTER

bunda, Ben me levanta sobre a mesa e fica entre as minhas pernas


abertas.

Seu pau flácido volta à vida entre nós enquanto ele beija o
inferno fora de mim. Por fim, ele se afasta e esfrega o nariz no meu.

“Ele quer você?” Ben pergunta antes de roçar meus lábios


novamente.

“Sim.”

Ele resmunga e chupa meu lábio inferior. “Eu te quero mais.”


Ele fala.

Não há como negar que eu também o quero.

Afastando-se, ele olha para mim outra vez. “Você já o beijou


antes?”

Quando concordo, ele captura minha boca novamente e me


prova reverentemente com sua língua. Poderia morrer feliz beijando-
o assim. Ele rouba meu fôlego, mas me enche de outra coisa. Não
sei ao certo o que, mas não me canso disso.

Ben quebra nosso beijo e olha nos meus olhos. “Eu beijo
melhor.” E sim, ele beija. Miguel não é um mau beijador, é só que
eu gosto mais do beijo de Ben.

“Sim.”

Seu sorriso meio torto com a minha resposta me faz sorrir de


volta para ele. Percebo que Ben pensa em outra pergunta porque
sua expressão se torna séria novamente.

“Ele te deu um orgasmo?”


K WEBSTER

Mordo o lábio e concordo com a cabeça, envergonhada. Seus


olhos nublam-se furiosamente e ele cai de joelhos. Ben usa as mãos
grandes para agarrar meus joelhos e me abrir. Da minha posição,
posso ver seu pau gigante pulsando, ainda envolto em um
preservativo e está só implorando para ser tocado. Ele me vê
olhando para seu pau e arranca a camisinha, dá um nó e a joga na
lixeira próxima. Brilha lindamente e eu quero lambê-lo todo.

Antes que eu possa entrar na minha fantasia, ele agarra


minhas coxas e me puxa para a borda da mesa. Coloca a cabeça
entre as minhas pernas e beija meu osso pubiano.

“Tão linda.” Ele murmura antes de me abrir com os polegares


e arrastar a língua ao longo das minhas dobras.

“Porra!” Eu grito de prazer.

Ele sorri e a respiração quente me faz cócegas antes de


começar seu ataque com a língua. Minhas mãos agarram sua
cabeça, seu cabelo curto fazendo cócegas em minhas mãos. Eu
nunca estive tão envolvida com um homem antes, mas quando
estou com Ben, todo o resto parece ser esquecido. Seu toque, cheiro
e voz me intoxicam a ponto de estar completamente bêbada por ele.

Estou tendo problemas para entender o orgasmo que parece


inacessível, mas quando ele empurra um dedo na minha buceta, sei
que vou encontrar minha libertação. Seu dedo comprido sabe
exatamente para onde ir, pois habilmente me acaricia por dentro
enquanto prova minha buceta.

“Ben!” Eu gemo enquanto arrepios tomam conta do meu


corpo.
K WEBSTER

Esse terceiro orgasmo é longo e posso dizer que meus


músculos estão doloridos. Mas posso fazer isso a noite toda. Eu
quero me deitar na cama com ele e nunca sair. Ben faz eu me sentir
ótima. Quando ele está satisfeito que eu já acabei, afasta-se e se
levanta.

“Os orgasmos que eu dou a você são melhores.”

Claro que sim porra, eles são!

“Sim.”

Ele solta um gemido satisfeito, mas franze a testa para mim.


“Ele te fodeu?”

Eu já estou balançando a cabeça que não antes que possa


terminar a pergunta.

“Bom, garotinha, porque você é minha.” Ele afirma


possessivamente.

“Bem, venha aqui e prove.” Digo a ele atrevidamente,


enganchando meus tornozelos em suas costas e puxando-o para
mim.

Ben se agacha para pegar no bolso da calça jeans outra


camisinha. Depois de colocá-la, ele se alinha contra a minha buceta
agora dolorida e facilita a entrada.

Desta vez, quando ele me fode, vai devagar, sem tirar seus
olhos castanhos escuros dos meus. Toda a minha área pélvica dói
como se meu corpo precisasse dele.

“Você é muito linda, Maya.” Ele fala.


K WEBSTER

Suas palavras são como alimento para minha alma. Eu


finalmente quebro o contato visual para poder jogar a cabeça para
trás para ceder ao orgasmo que quer ser liberado. Meu corpo está
sensível e não demora muito para eu gritar mais uma vez o nome
dele. Quando Ben por fim goza, passa os braços em volta de mim e
me puxa para perto dele. Aperto as pernas ao redor de seus quadris
e o abraço de volta. Enquanto estamos com o peito nu contra peito
nu e juntos, permito-me desfrutar dessa proximidade que sinto com
ele. É como se estivéssemos em nosso próprio mundinho.

Ben beija o topo da minha cabeça e me segura até que seu


pau amoleça dentro de mim.

“Ben, eu perco todo o senso de realidade quando estou com


você. Sinto que nada mais existe. Sem emprego. Não há certo ou
errado. Ninguém mais além de nós. Por quê?”

“Eu também sinto, menina.” Ele admite. “Não consigo nem


pensar direito o tempo suficiente para fazer a porra do meu
trabalho. Tudo o que desejo é estar parado dentro de você, assim.”

Uma batida na porta nos assusta, mas, felizmente, ninguém


entra.

“Chefe, odeio incomodá-lo de novo, mas Oculus quer vê-lo.”


CJ grita do outro lado.

Oculus. Guardo mentalmente o novo nome, o nome que deve


pertencer ao líder dessa célula de drogas. Enquanto faço isso, a
realidade finalmente se instala. Porra, estou disfarçada e fodendo
com um traficante de drogas, não uma, mas duas vezes. E eu
absolutamente amei. Estou profundamente nisso que não tenho
certeza de como vai acabar. Porra.
K WEBSTER

Ben geme de aborrecimento, mas se afasta e começa a se


vestir. Não posso deixar de admirar seu físico musculoso. Eu
estupidamente me sento nua em cima da mesa enquanto ele
rapidamente veste suas roupas. Ben é alto e musculoso e me fodeu
como se eu nunca tivesse sido fodida antes. Quando ele remove o
preservativo e o descarta, penso mais uma vez no gosto que pode
ter. Nunca antes babei sobre a ideia de chupar alguém. Com Ben,
toda vez que vejo seu pau monstruoso, quero desesperadamente.

“Sinto muito, Maya. Tenho que ir. Tente não ter problemas
com Tameka novamente. Estou quase arrastando sua bunda
sensual para minha casa por segurança.” Ele avisa. A ameaça dele
parece muito boa para mim. Na verdade, posso dar um tapa na cara
de Tameka só para poder aceitar com prazer minha punição.

Eu aceno com a cabeça e sorrio para ele. Receio que, se eu


falar, vá implorar desesperadamente para que ele não vá. Seus
olhos vagueiam sobre o meu corpo nu e posso dizer que ele
fisicamente tem que controlar seu desejo de voltar para mim.

“Porra.” Ele geme e esfrega o rosto em frustração. “Vejo você


de manhã, garotinha. Tem um chuveiro no andar de cima, primeira
porta à direita. Não entre pela porta à esquerda.”

Assim que ele me disse para não entrar lá, eu sei que vou.
Sou assim. O que há na sala à esquerda? Em vez de responder a ele
que não vou, apenas sorrio para ele. Ele sorri de volta e sai correndo
pela porta antes que possa mudar de ideia.

Depois de levantar da mesa, acho minha camisa e calcinha e


me visto rapidamente. Saio da sala e, para minha decepção, Ben
parece já ter ido embora. Quando ando até o final do corredor,
passando pelo nosso dormitório, localizo as escadas e subo
K WEBSTER

silenciosamente um andar. Lá em cima, ando direto para a porta à


esquerda. Ela está trancada, então vou até o banheiro para
procurar algo que possa usar para abri-la. Uma bancada de plástico
móvel fica bem ao lado do chuveiro, portanto vou até ela. Procuro
nas duas primeiras gavetas antes de encontrar o que estou
procurando na terceira, grampos.

Andando, ignoro a dor entre minhas pernas por ter acabado


de ser fodida e faço o meu caminho de volta para a porta trancada.
Não demora muito para eu achar a fechadura e abrir a porta.
Acendendo a luz, olho em volta e observo o meu redor. As paredes
estão alinhadas com sete cofres de tamanho médio. O que há nesses
cofres? Armas? Drogas? Dinheiro?

Cada um tem um teclado numerado e sei que jamais vou


descobrir os códigos. Preciso ligar para Miguel e informá-lo das
minhas descobertas, mas ligar para ele de novo hoje à noite pode
ser perigoso. Em vez disso, apago a luz e tranco a porta. Estou
apenas fechando a porta atrás de mim quando vejo Tameka me
observando com interesse, tentando olhar além da porta que eu
rapidamente fechei. Por alguma razão, sinto a necessidade de
proteger o que é de Ben do rabo louco de Tameka.

“Eu sabia que você era uma vadia suspeita.” Ela fala baixinho
e se vira para ir embora.

Pensando em Ben, mordo o lábio para manter a enorme


quantidade de palavrões que quero lhe dizer com segurança em
minha boca. Ele não quer que eu brigue com ela e tentarei o meu
melhor para não brigar.

Momentos depois, quando deixo a água quente escorrer por


minhas costas e ombros, tento descobrir como vou me livrar dessa
K WEBSTER

situação. Eu gosto do Ben. Muito. Mas o que temos é um


relacionamento inaceitável. Por que consigo pensar claramente
quando estou longe dele? O que Miguel pensaria sobre eu foder esse
traficante? Ele odiaria a própria ideia e provavelmente eu também.
O que Sommerhaul faria se soubesse? Ele iria me demitir na hora e
eu provavelmente ganharia algumas multas ou pena de prisão.
Merda, isso é ruim. Preciso me apressar e encontrar o líder deste
grupo, reunir as evidências e sair antes que eu faça mais mal do
que bem.

Mas quando penso no corpo forte de Ben pressionado contra


o meu, empurrando seu pau grosso dentro de mim, sou dominada
pelo desejo. Eu o quero. Muito. Tão forte que deslizo a mão molhada
até minha buceta e começo a me acariciar.

Meus sentimentos por Ben estão obscurecendo meu


julgamento e minhas linhas normalmente claras de certo e errado. E
esse é o último pensamento que tenho antes de imaginar novamente
o sensual Ben e sucumbir ao meu orgasmo final da noite.
K WEBSTER

CAPÍTULO OITO
BEN

Nunca matei um homem. Não está na minha genética desejar


fazer isso. Mas não significa que eu não seja perigoso. Já derrotei
muitos idiotas até quase tirá-los de suas vidas. E cada um deles
mereceu.

Um idiota roubou dinheiro de Oculus. Ele vendeu as drogas e


depois tentou desaparecer. Oculus me disse para “cuidar disso”. No
fundo, acho que ele sabe que eu jamais mataria alguém e nunca me
colocou nessa posição. Mas eu cuidei disso. CJ e eu encontramos o
filho da puta, batemos na bunda dele e pegamos o seu tênis de
duzentos dólares para restituição. Por acaso, eram do tamanho de
CJ, então ele deu a Oculus o dinheiro que o sujeito devia e
orgulhosamente andava com aqueles malditos tênis até que as solas
se desgastaram.

“Ele está muito irritado.” CJ murmura, afirmando o óbvio.

E deveria estar. Blaze está fodendo com seu território. O seu


negócio. Não vai acabar bem, para Blaze, isso sim. Ignoro o
comentário de CJ e subo as escadas até o escritório de Oculus.
Mantemos o lado da ‘administração’ separado do lado ‘operações’
dos negócios, para que o escritório dele fique a vários quartos de
onde Maya e as outras meninas estão. Se houver um fracasso, seria
do nosso interesse não ter todas as drogas e dinheiro no mesmo
lugar.
K WEBSTER

CJ passa por mim e bate na porta. O otário de antes atende a


porta parecendo um idiota com o nariz quebrado. Ele sabiamente
não faz contato visual e se afasta para que possamos entrar.

Olho para Oculus e suas mãos estão unidas na mesa. Para


qualquer outra pessoa, ele parece calmo. Mas posso ver a raiva
fervendo abaixo da superfície. Uma razão pela qual Oculus e eu
sempre nos conectamos tão bem é que sei quando calar a boca. No
momento, sei que terá pedidos para mim. Até ele entregá-los, vou
esperar pacientemente.

Finalmente, depois de alguns momentos, ele levanta o olhar


de suas mãos para mim. “Quando eu o encontrar, vou sufocar a
vida dele.” Sua voz é baixa e ameaçadora.

Não tenho dúvida de que fará exatamente isso. Onde eu sou


inflexível em não matar ninguém, Oculus não tem nenhum
problema. Se o agressor é de alto nível aos seus olhos, ele sempre
quer que sejam salvos para ele terminar o trabalho.

Eu simplesmente aceno com a declaração, sabendo que ele


não terminou. CJ tem sido meu aliado há tempo suficiente para
entender as dicas enquanto ele fica quieto ao meu lado.

“Ele tem alguém aqui dentro. Não existe outra maneira que
ele soubesse sobre Val e os homens perto da Avenida Mack.” Ele
estreita os olhos enquanto elabora seus pensamentos.

À menção dos homens perto da Avenida Mack, me pergunto


brevemente se o garoto da faculdade também foi morto. Que merda
fodida. São momentos como esses que odeio esse trabalho. A
própria ideia de vovó ter que identificar meu corpo no necrotério e
descobrir meu “outro” trabalho me deixa mal do estômago. Aquele
K WEBSTER

garoto, se envolvendo em assassinatos, inevitavelmente terá uma


família muito triste deixada para trás.

“Garoto, você é a porra do informante deles?” Oculus bate no


babaca com o nariz quebrado.

Seus olhos se arregalam, aterrorizados com a súbita


ferocidade de Oculus. “N-n-n-não, senhor!” Ele gagueja.

“Vou descobrir quem é e foder com eles.” Prometo, finalmente


falando com ele.

Olhos zangados, ou olho, no caso de Oculus, amolecem. “Eu


sei que vai, garoto. Você sempre faz.”

Orgulho enche meu peito. Mesmo que eu não seja


particularmente apaixonado por esse trabalho e prefira estar na
merda do porão, não posso deixar de aproveitar os elogios paternais
que ele me dá. Mesmo que eu não tenha tido um pai todos esses
anos, Oculus cumpriu esse papel para mim.

Acenando para ele, eu me viro e saio do escritório, pronto


para encontrar os filhos da puta surgindo em nosso caminho.

Foi uma semana longa, porra. Deixei CJ encarregado de


treinar as meninas e colocá-las em seus distritos. Maya e eu não
nos vimos ou conversamos desde que a deixei nua na porra da
mesa. Só a memória de seu corpo curvilíneo e satisfeito endurece
meu pau. Ela provavelmente está muito chateada comigo. Estou
chateado comigo. Infelizmente, o dever chama. E por mais que eu
K WEBSTER

gostaria de estar bem fundo em sua buceta apertada, vinte e quatro


horas e sete dias, tenho um trabalho a fazer.

Desde a última briga, não houve mais drama do qual eu


tenha sido informado. CJ disse que, agora que elas têm as drogas e
negócio para cuidar, essas duas não causaram nenhum problema.
Não vou mentir quando digo que tenho orgulho de minha garota
estar vendendo mais e mais rápido. Se eu fosse um comprador,
daria a uma garota tão linda todo o meu dinheiro, se ela me desse
ou não alguma droga em troca. Negociantes do sexo feminino têm
sido extremamente boas para os negócios.

Depois do tiroteio que matou o garoto da faculdade e dois de


seus amigos, as coisas ficaram quietas. Muito quietas. Sei que o
filho da puta está tramando algo, planejando seu próximo passo.
Mas, sem o conhecimento de Blaze, estive nos bastidores coletando
informações, interrogando moradores, dirigindo em seu território e
tentando localizar onde eles se escondem.

Vovó me deu um gelo a semana toda. Ela sabe que estou


tramando algo e estou muito estressado, mas “ajudar um amigo”
não está mais funcionando para satisfazê-la. Minha avó é esperta
demais para isso. Mal toquei em nenhum dos meus projetos no
porão e o dono da loja canadense está enchendo meu e-mail,
perguntando quando chegará sua primeira remessa. Estou me
sentindo esticado em duas direções diferentes e tenso pra caralho.
Depois que lidarmos com Blaze, posso relaxar novamente. Talvez eu
possa dizer a Oculus que quero dar uma pausa. CJ está mais do
que pronto para tomar o meu lugar, aquele que estou rapidamente
me preparando para entregar.

Ignorando meus pensamentos, foco no carro estacionado no


fim da rua. Estou na cidade, na área de Blaze, hoje à noite e não
K WEBSTER

vou embora até encontrar algumas informações. Quando me


aproximo, o rapaz levanta a cabeça e me olha com interesse quando
chego à janela.

“Você quer comprar, mano?” Ele pergunta. Esse cara está


drogado pra caralho, o que pode funcionar em minha vantagem.
Recentemente, ele cheirou um e seus olhos estão vermelhos como o
inferno.

“O que você está vendendo, mano?” Questiono, descansando


os braços no topo do carro e abaixando a cabeça para que eu possa
vê-lo.

“Tenho tudo. Nomeie seu veneno. Você parece um cara de pó


de anjo.”

Então eles têm cocaína. Eu me pergunto se a merda é tão boa


quanto a nossa. Oculus só tem material da mais alta qualidade. Ele
recebeu uma conexão com um velho amigo do México. Eles
contrabandeiam as drogas para o país através de seu caminhão com
resíduos de caixa de gorduras. É uma bagunça receber, mas nunca
é detectado pela Patrulha da Fronteira. Até eles têm limites e não
desejam procurar na lama gordurosa para achar os pacotes
cuidadosamente escondidos, selados e escondidos no fundo dessa
merda. Agradeço a Deus que minha posição está ao lado de Oculus
e não do homem que precisa resolver essa porcaria.

O rapaz drogado me entrega um pequeno saquinho para


provar. Mergulho meu mindinho e sugo a poeira no final. Agora, eu
não sou viciado em drogas, mas conheço minhas coisas. Assim que
o pó atinge minha língua, percebo que Blaze está realmente
tramando algo. Estou provando NOSSA cocaína. A droga da mais
alta qualidade que você só encontra com Oculus em nosso lado da
K WEBSTER

cidade. Todos os outros idiotas por aqui têm coisas estranhas. A


nossa é de ouro.

“Quanto?” Peço e olho para todas as direções na rua.

Este idiota estúpido está sentado em linha de Porco, como


chamamos. Os policiais estão sempre vagando por aqui procurando
revendedores. Não estou prestes a ajudar esse cara.

Ele sorri para mim, seus dentes brancos brilhando no escuro.


“Um custará quarenta dólares. Nossa merda é acessível.” Ele ri.

É preciso tudo em mim para não agarrar seu pescoço e


arrastá-lo pela janela para que eu possa chutar meu pé tão fundo
em sua bunda que ele sentirá meu tamanho quarenta e cinco K-
Swiss em sua garganta. Eles não apenas têm nosso produto, mas
também estão nos enganando. Cobramos cerca de sessenta dólares
por um grama. O filho da puta Blaze não está só matando nossos
revendedores, mas também roubando nossos negócios.

Finjo que procuro minha carteira e dou a ele um olhar


irritado. “Caramba, deixei a carteira em casa. Pode me emprestar?”
Eu sei que ele não vai, o que faz parte do meu plano.

Ele levanta a mão em falsa rendição. “Foder Blaze me


mataria. Vou esperar aqui, amigo. Traga-me alguns Cheetos e vou te
dar cinco dólares.”

Eu sorrio e dou um soquinho com o punho enquanto me


afasto. Este filho da puta é cego e burro. Ele com certeza não viu o
carro da polícia estacionado a várias casas. Se tivesse visto, não
ficaria chapado no carro e tentaria fazer acordos. Ando por várias
casas antes de ouvir duas portas de carro baterem.
K WEBSTER

“Pare aí.” Uma voz autoritária ordena atrás de mim. Porcos de


merda.

Paro e levanto as mãos ao meu lado. Não sou idiota. Sei que
obedecer é minha melhor aposta. Saber quando ficar quieto sempre
foi uma qualidade minha que muitos homens nesta indústria não
têm.

“Você acabou de comprar drogas lá atrás?” Ele pergunta como


se já soubesse qual será a resposta. Idiota estúpido não tem nada
comigo.

“Não. Um cara estava ficando chapado naquele carro e


perguntou se eu compraria alguns Cheetos para ele.” Digo
calmamente.

“Vire-se e olhe para mim.” Ele instrui. Sua voz parece


estranhamente zangada para um policial que tenta fazer uma
prisão. Eu me viro e estou cara a cara com um policial mexicano.

“Qual o seu nome?” Ele pergunta.

Vou pegar minha carteira, sabendo que ele quer ver alguma
identificação, mas quando pega sua arma, paro o movimento.

“Ninguém pediu para você enfiar a mão nos bolsos.” Ele


reclama.

Impeço-me de revirar os olhos e murmurar um pedido de


desculpas.

“Vou precisar ver uma identificação.”

Agora eu realmente reviro os olhos porque esse policial está


fodendo comigo. Com movimentos lentos, pego a carteira e retiro
K WEBSTER

minha licença de motorista. Ele a tira da minha mão e rapidamente


a inspeciona com uma pequena lanterna.

“Senhor, vou pedir para esvaziar seus bolsos e colocar o


conteúdo na calçada.”

Largo minha carteira no chão e puxo o interior dos meus


bolsos para mostrar que não tem nada neles. Uma comoção do
outro lado da rua chama a atenção do policial e a minha. O rapaz
drogado está tendo uma briga com um policial branco. O policial
branco consegue prendê-lo no chão e algemá-lo. Isso só parece
alimentar a raiva do porco com o qual estou lidando.

“Junte as mãos e coloque-as em cima da cabeça. Vou te


revistar à procura de pertences. Você estava falando com alguém
que está sendo preso. Precisamos garantir que não esteja envolvido
em nenhuma transação ilegal.”

Obedeço e tento respirar fundo, calmamente, enquanto ele me


dá um tapinha. Não tenho medo dele. Ele é do mesmo tamanho que
eu. Não, não estou com medo, mas a atitude dele está me irritando
e não quero ir para a cadeia por dar um soco em um policial.

Quando ele termina, pergunto: “Oficial, estou livre para ir?”

Ele estreita os olhos para mim, mas entrega minha


identificação junto com um cartão de visita. “Sou o policial Lopez.
Seria do seu interesse denunciar pessoas que traficam drogas por
aqui. Se eu descobrir, Benjamin Winston Cartwright, que me
enganou, irei atrás de você. Estamos limpando essas ruas, um
imbecil por vez.”

Mantenho o rosto para cima e aceno para ele. “Sim, senhor.”


K WEBSTER

Mesmo se esse policial puxar meus antecedentes, estou tão


limpo quanto eles.

“Você está livre para ir.” Ele resmunga e sai correndo para
ajudar o outro policial a levar o drogado para dentro do carro.

Espero até dobrar a esquina para pegar o celular e ligar para


CJ.

“Como estão as coisas?” Pergunto quando ele atende.

Ele resmunga um pouco e juro que atendeu o telefone no


meio da transa.

“Você atendeu o telefone enquanto fode com alguém?” Eu


pergunto, surpreso.

CJ sabe que não deve mentir para mim. Cheiro mentiras em


um piscar de olhos.

“Não mais.” Ele sorri.

Aquele filho da puta estava fodendo quando atendeu o


telefone. Bastardo doente.

“Coloque uma calça e me encontre no escritório em quinze


minutos.” Mando enquanto entro no meu carro, que deixei
estacionado fora de vista.

Ele confirma que estará lá antes de desligarmos. Em vez de


pensar nas recentes informações que descobri, penso em Maya.
Será a primeira vez que estarei no escritório desde a última vez que
a vi. Ela com certeza ficará chateada comigo. Eu já tive o bastante.
Nós fodemos. Foi incrível, mas não posso lidar com essa merda
perturbadora, não quando estamos no meio de algo grande contra
Blaze.
K WEBSTER

Quase quinze minutos depois, paro no beco do prédio. A


maioria dos edifícios por aqui está vazia, não alugada. Com esta
economia, porém, ninguém está abrindo negócios ou expandindo.
Nosso escritório se esconde no meio de um cemitério de prédios.

Quando estou lá dentro, vou direto para o escritório, onde


alimentei Maya com purê de batatas. Meu pau estremece com a
memória e forço esses pensamentos para longe. CJ está sentado em
uma das cadeiras, brincando com seu telefone.

“Com quem você estava fodendo?” Questiono quando entro.


Por algum motivo, só preciso ouvir que não era Maya.

CJ é um homem bonito. Não sei se ela é o tipo de garota que


passa para o próximo cara quando alguém não dá a ela o que
precisa. O pensamento de CJ fodendo com Maya me faz ver
vermelho.

“Cara, não fique todo irritado. Alguma garota, não a sua


garota.” Ele diz defensivamente.

O aperto no meu peito se dissipa para que eu possa voltar aos


negócios. “Alguém está dando a eles nossa droga, CJ.”

Ele franze a testa em confusão. “O que você quer dizer?”

“Quero dizer, me propuseram a comprar um grama de


cocaína, nossa cocaína, por vinte dólares a menos do que cobramos.
Alguém está pegando nossa droga e vendendo por menos. É
provavelmente por isso que aquele idiota do Blaze voltou a se
esconder e não matou mais o nosso pessoal nesta semana. Acha
que um desses homens da Avenida Mack está envolvido?”
K WEBSTER

Com raiva, ele chuta a cadeira ao lado. “Eu não sei quem
diabos está fazendo isso, mas Oculus vai ficar louco. É melhor
descobrirmos essa merda, cara.”

Ele tem razão. Oculus já está indignado com toda essa


experiência. As coisas estão ficando cada vez piores, o que significa
que, em algum momento, ele descobrirá sobre nós.

Mudando de assunto, levo a conversa mais uma vez para


Maya. “Como estão as vendas das meninas?”

Ele sorri para mim. “Sua garota do lar está vendendo a merda
desse produto. Ela sai durante o dia e volta com dinheiro. Não tenho
certeza para quem está vendendo tudo. As outras garotas nunca
vendem completamente. Acho que ela é uma porra de prodígio.”

Por mais que eu queira me sentir orgulhoso, algo me


incomoda. É muito conveniente que ela desapareça e volte com o
dinheiro no final do dia. E se estiver entregando essa droga para
Blaze em um prato? Se for esse o caso, isso significa que ele está
pagando o preço total pelo produto e vendendo mais barato. Isso
nem faz sentido, mas pode ser uma estratégia de negócios, bem
como uma técnica de isca e troca. Não tem como Maya fazer isso
comigo. Eu sei que a irritei, mas ela não parece do tipo que procura
vingança.

“Ela está brava comigo?” Eu pergunto. Maya tem que estar.


Eu transei com ela naquela mesa duas vezes e depois a deixei. Ela
provavelmente me odeia agora.

“Ela estava no começo. Algumas vezes, até parecia triste.


Agora é apenas uma vendedora. A menina fica sozinha. Mas tenho
que dizer: sempre parece estar tramando algo. Como se houvesse
mais nela do que aparenta.”
K WEBSTER

CJ tem razão. Sempre há mais em Maya abaixo da superfície.


Eu queria, ainda quero, descobrir exatamente o que é isso. Se, o
tempo todo, ela esconder o fato de que trabalha secretamente para
Blaze, vou perder completamente a cabeça. Não há como saber
como eu lidaria com essa revelação.

“Quer que eu a traga para que possamos conversar com ela?”


Ele pergunta.

Concordo com a cabeça e ele sai da cadeira e desaparece do


escritório. Quando Maya chegar, vou descobrir o que diabos está
acontecendo por aqui.

Momentos depois, a porta se abre e Maya é empurrada para


dentro. CJ é um homem inteligente e fica do lado de fora. Às vezes
acho que ele me conhece melhor do que eu.

Meus olhos percorrem o corpo dela. Ela estava obviamente


dormindo porque seus cabelos, uma vez trançados, foram soltos e
agora parecem despenteados. Seus olhos sonolentos são
rapidamente substituídos por um olhar de ódio. Ignoro o olhar
perverso e noto que está usando um short boxer azul claro e uma
camiseta branca. Seus mamilos marrom-escuros são visíveis através
da parte superior e meu pau salta para a vida.

“Nós acordamos você?” Eu sorrio.

Ela faz uma careta para mim e cruza os braços sobre o peito.
“Uma ligação seria legal.” Ela grita calorosamente, ignorando minha
pergunta.

“Sou seu chefe, o que significa que posso fazer o que quiser.
Acha que pode ser uma vadia comigo depois de duas trepadas?” Eu
K WEBSTER

exijo, agora com raiva de seu tom. Se ela é do bando de Blaze, vou
descobrir.

Seu olhar irritado desaparece rapidamente. Eu posso dizer


que magoei os seus sentimentos. E caramba, se não me sinto mal
com isso.

“Esqueça.” Ela diz calmamente. “O que foi?”

Eu sei que ela está tentando reprimir seus sentimentos, já


que eu não pareço retribuir.

“Você está escondendo algo de mim? Como o verdadeiro


motivo de estar aqui?”

Seus olhos voam para os meus com surpresa. Porra, ela está
escondendo alguma coisa. Está escrito em todo o seu rosto.

“Não, claro que não.” Ela mente. “Estou aqui porque fugi e
precisava de um lugar para ficar e um emprego.”

“Não é bom o suficiente, garotinha. Posso dizer que você está


mentindo.” Minha paciência se foi. Eu disse a ela para nunca mentir
para mim e Maya está tecendo suas teias de mentiras o mais rápido
possível agora.

“Não estou mentindo. Ben, por favor. Encontrei algumas


informações que podem...” Ela começa, mas eu a interrompo
invadindo seu corpo escassamente vestido. Sua respiração para
quando invado seu espaço. Momentaneamente, esqueço o que estou
prestes a dizer, porque sou atraído por seu aroma doce e de sabão.
Tarefa de merda, Ben.
K WEBSTER

“Você está mentindo e vou chegar ao fundo disso. Se eu


descobrir que você está ajudando Blaze, então Deus me ajude,
Maya... As coisas ficarão ruins para você.”

Ela morde nervosamente o lábio inferior e só serve para fazer


meu pau se esforçar para se libertar de dentro da cueca. Afirmando
o seu entendimento, ela se vira para tentar uma fuga apressada.
Assim que meus olhos caem para ela, sua bundinha redonda
empinada nesse short, não posso deixá-la sair da minha vista.

Agarro seu braço direito antes de Maya sair pela porta. “Eu
não disse que você poderia sair.” Resmungo para ela. Ela grita de
surpresa, mas não luta contra mim quando eu a puxo de volta para
o escritório.

“Não estou com Blaze.” Ela me diz baixinho, ainda de costas


para mim.

Um peso aumenta porque eu sei que ela não está mentindo.


Tudo o que está escondendo de mim está dentro de sua vida
pessoal. Eventualmente, vou arrancar essa informação dela
também.

Virando-se para mim, com lágrimas nos olhos, ela me


pergunta o inevitável. “Por que você não veio me ver? Ou me ligou?”

Meu coração dói ao vê-la chateada. Não estou mais chateado


com nada, tudo o que sei é que senti sua falta. Eu a quero tanto
agora.

Solto o seu braço e dou um passo em sua direção para que


nossos peitos se toquem. Maya me surpreende quando envolve seus
braços em volta do meu corpo. Essa garota e seus abraços serão a
minha morte.
K WEBSTER

“Ben, pensei que tivéssemos algo. Estou louca? Porque juro


que você também sentiu a conexão?”

Meus pensamentos se voltam para a última noite em que a vi,


na noite em que eu estava dentro dela. Estou ficando mais duro a
cada segundo e sei que ela sente minha ereção entre nós.

“Não. Sim. Porra. Maya, não sei o que é, mas você está me
distraindo como o inferno. Tudo o que consigo pensar agora é tirar
você desse short sensual e mergulhar profundamente dentro de
você.”

Ela choraminga e desliza a mão entre nós para agarrar meu


pau através do jeans. “E você é confuso como o inferno. Estou muito
chateada com você, mas tudo o que espero é que me deixe nua e
transe comigo aqui contra esta porta.”

E essa é a maldita verdade. Não sei por que me preocupei que


Maya pudesse estar com Blaze. Não me contento mais em tentar
juntar essa merda do Blaze, bato meus lábios nos seus. Ela
imediatamente desliza a língua para encontrar avidamente a minha.
A última vez que fodi foi com essa linda mulher que está acariciando
meu pau enquanto eu a beijo e foi há muito tempo.

“Quero estar dentro de você, garotinha.” Digo a ela entre


beijos.

Ela engole minhas palavras quando aprofunda nosso beijo.


Uma das minhas mãos enrosca em seu cabelo sensual que cai logo
após os ombros. A outra mão desliza facilmente pela frente da
cintura elástica de seu short, para que meus dedos se conectem
com seu clitóris quente e latejante.

“Ben!” Ela geme e inclina a cabeça para trás.


K WEBSTER

Ataco seu pescoço com meus lábios e língua, saboreando a


pele macia. Sua calcinha está quase encharcada, para minha
alegria e enfio dois dedos profundamente dentro dela. Uso meu
polegar para circular seu clitóris enquanto empurro os dedos para
dentro e fora de seu centro quente e úmido. Maya faz um rápido
trabalho para abrir meu jeans e, em segundos, cai pesadamente no
chão. Alguns momentos depois, ela liberta meu pau duro da boxer.
Suas mãos macias parecem o céu quando me acaricia, mas eu
preciso de mais. Eu preciso dela.

Paro nosso beijo e retiro os dedos de dentro dela para que eu


possa puxar seu short e calcinha para o chão, onde Maya sai deles,
ansiosa por ficar nua para mim. Segundos depois, essa porra da
camiseta também sai. Ela pega a parte de baixo da minha camiseta
e tira. Meu pau desliza contra sua barriga, mas não é suficiente. Eu
preciso dela agora.

Pego um pouco de sua bunda com as duas mãos e separo


suas bochechas. Ela geme novamente e perco o controle.
Rapidamente, eu a levanto pelo traseiro e a empurro contra a
parede. Só quando estou prestes a entrar nela é que percebo que
não tenho camisinha.

“Puta que pariu!” Eu gemo quando meu pau lateja,


implorando para eu empurrar dentro dela.

“O quê?” Ela suspira, inclinando os quadris para mim, me


pedindo para continuar.

Relutantemente, solto-a de volta, enquanto mexo na minha


calça em busca da minha carteira. Quando abro e percebo que está
vazia, jogo no chão.

“Droga!”
K WEBSTER

Ela franze a testa para mim em confusão.

“Sem camisinha.” Resmungo. Usei as únicas duas que estava


na carteira na semana passada, quando estava com ela.

“Não! Pergunte a CJ.” Maya brinca esperançosa.

Eu sorrio para ela e roço seus lábios. “Gênio, garotinha.”


Abrindo a porta, enfio a cabeça para fora. “CJ! Preservativo, agora!”
Ordeno.

Ele surge na minha linha de visão e balança a cabeça.


“Desculpe cara. Usei a última.”

Eu viro o rosto dele, com raiva e bato a porta. Maya está tão
linda com o cabelo selvagem e os olhos meio vidrados de desejo.
Quando dou a ela um olhar de derrota, ela sorri para mim.

“Tenho uma alternativa, garotão.” Ela fala.

Grosseiramente, ela me empurra no peito para que eu esteja


pressionado com as costas contra a porta. Ela se ajoelha diante de
mim e eu arregalo os olhos enquanto Maya agarra meu pau com as
duas mãos.

“Vou provar você agora.” Ela me informa.

Deste ângulo, quase gozo quando ela desliza sua boca quente
sobre o meu pau. Seu cabelo escuro cai para frente, atingindo meu
pau de ambos os lados. Sua bunda redonda balança e seus peitos
saltam cada vez que balança a cabeça para baixo. Maya é uma
porra de uma visão gloriosa.

“Garotinha, você é muito boa nisso.” Eu gemo apreciando o


ato. E ela é muito boa.
K WEBSTER

Enrosco os dedos em seus cabelos macios que descobri que


amo tanto quanto sua bunda sensual. Ela me deixa guiá-la para a
velocidade que gosto e me leva profundamente em sua garganta.

Sua língua agitada desliza pela parte inferior do meu eixo e


ocasionalmente circula a ponta, criando uma fórmula perfeita para
um clímax épico iminente. Uma de suas mãos desliza para acariciar
minhas bolas e eu xingo de novo quando empurra um dedo
gentilmente, mas com firmeza, entre minhas bolas e em direção ao
meu órgão. A garota sabe o que está fazendo, porque nunca tive um
boquete que me fez sentir incrível.

“Porra!” Eu gemo.

Só é preciso que Maya me leve profundamente em sua


garganta, juntamente com o dedo entre as minhas bolas para gozar
explosivamente em sua boca. Ela engole tudo o que tenho para dar
e fico impressionado com as suas habilidades malucas.

“Merda, mulher. Tenho medo de perguntar como aprendeu a


fazer um boquete tão gostoso.” E é verdade. Se Maya disser algum
ex-namorado ou Miguel, posso fazer um buraco na parede.

“Digamos que tenho um vício doentio no aplicativo Tumblr no


meu telefone. Eles fazem coisas loucas e selvagens por lá e guardo
boas notas.” Ela pisca para mim.

Nós dois percebemos ao mesmo tempo que ela admitiu ter um


telefone que não tinha esta semana. O pânico brilha em seus olhos,
mas eu deixo para lá. Desta vez. Sua mãe provavelmente o pegou
quando a expulsou. Honestamente, não dou a mínima. Tudo o que
me importa agora é devolver o favor.

“Deite-se no chão.” Mando.


K WEBSTER

O alívio inunda suas feições quando percebe que deixei de


lado o assunto sobre o telefone. Maya faz o que mandei e sou
recompensado com uma linda deusa de pele escura esparramada e
pacientemente aguardando meu próximo passo.

“Agora abra essas pernas, garotinha. Vou te compensar por


não ter camisinha. Você não vai se levantar até que eu te faça gozar
com a língua pelo menos duas vezes. Portanto pegue suas coxas
sensuais e segure-se porque está prestes a fazer um passeio
infernal!”
K WEBSTER

CAPÍTULO NOVE
MAYA

Cada curva de seu peito musculoso brilha com uma leve


camada de suor. Suor que eu coloquei lá quando dei a ele o boquete
de uma vida. Seus olhos estão determinados quando baba ao me ver
me abrir na sua frente. Quando Ben lambe os lábios, ansioso para
provar, minha buceta aperta em antecipação.

Ele cai de joelhos, leva o rosto direto para a minha buceta e


sopra um ar gelado que não faz nada além de me deixar mais
quente. Serve de provocação do que está por vir e eu tremo. Sua
língua arrasta ao longo da parte interna da minha coxa até que
alcança meu joelho e morde de brincadeira. Solto uma risadinha e
ele sorri para mim antes de abaixar a cabeça, desta vez sua língua
se conectando com meu clitóris.

Quase preguiçosamente, Ben me lambe entre os lábios da


buceta devagar o suficiente para me deixar louca. Estou prestes a
dizer a ele para ir mais rápido quando chupa meu clitóris em sua
boca. Mordendo o lábio para não gritar, eu aperto mais a parte de
trás das minhas coxas e me espalho mais para ele. Ben me
recompensa deslizando dois dedos longos e grossos dentro de mim,
rapidamente seguido por um terceiro, me enchendo como seu pau
faria.

Minhas mãos agarram meus seios e toco meus mamilos


enquanto ele continua empurrando seus próprios dedos dentro e
fora de mim. Sua boca devora meu ponto sensível e sinto meu corpo
K WEBSTER

inteiro ficar tenso. Ele sabe exatamente como me enlouquecer e, em


instantes, estou gritando seu nome.

Quando termino de convulsionar do meu orgasmo que me


consumiu toda, Ben puxa os dedos e sobe em cima de mim. Sei que
não podemos fazer sexo, mas quero esse contato pele a pele tanto
quanto ele. Ben pressiona seu peito contra o meu e se segura sobre
os cotovelos, que estão de cada lado da minha cabeça. Seus lábios
encontram os meus e ele me beija lentamente. Estou
completamente excitada enquanto me provo nos seus lábios.

Seu pau agora está flácido e pressionado entre nós. Estamos


deitados aqui no chão de um escritório no meio do gueto,
completamente envolvidos na presença um do outro. Quando
estamos juntos, nada mais importa. Estou impressionada com o
quão fácil é esquecer Miguel, meu trabalho, a lei, e me concentro
apenas em seu cheiro, gosto, pele e voz.

“Eu quero que você fique comigo.” Ele diz suavemente entre
beijos.

Meu coração vibra para a vida. Estou empolgada porque


saber onde ele mora será uma informação crítica para o nosso caso.
Mas dormir em sua cama, abraçá-lo, parece perfeição. Quero que
faça amor comigo lentamente e sem pressa. Agora, com Ben
protetoramente em cima de mim, não quero nada além de estar com
ele. Reunir evidências para o caso me parece sem importância.
Estou perdendo rapidamente o controle sobre o meu trabalho e,
pela primeira vez, focando nas minhas necessidades, e agora,
preciso desse homem como preciso de ar.

“Esta noite? Quero fazer amor a noite toda, sem interrupções,


em uma cama confortável, em vez de em mesas e carpetes de
K WEBSTER

merda. É melhor sua cama estar confortável ou vou mudar de


ideia.” Brinco com uma risada.

Seus olhos escurecem e ele franze a testa para mim. “Hoje


não, garotinha. Tenho uma merda que preciso cuidar, mas amanhã
à noite, sua bunda estará na minha cama. Entendeu?”

Eu concordo e ele me beija outra vez. Não posso evitar a


pontada de decepção que me incomoda imediatamente. Estou
disposta a sacrificar os deveres do meu trabalho, mas Ben me
rejeita pelo dele. Mordendo o lábio, olho para longe para evitar seu
olhar. Parece estúpido que eu quero chorar por algo bobo.

Sua mão acaricia minha bochecha. “Você está chateada


comigo.”

Agora, de verdade estou ficando chateada e nego com a


cabeça, sem convencer. Mas minha voz é traidora e me denuncia,
portanto fico quieta.

“Maya, olhe para mim.” Ele pede gentilmente. O olhar


preocupado em seus olhos faz com que lágrimas enchem os meus e
eu me sinto como uma pessoa louca. “O que está errado?”

Uma lágrima escorre e tento sorrir. “Eu realmente queria


passar algum tempo com você. Mas entendo. Você tem um trabalho
importante a fazer. Não se preocupe comigo. Sou só uma garota
hormonal.” Sorrio.

Ele não sorri de volta e estreita o olhar para mim. “Maya, eu


sinto muito, porra. Você merece o melhor.”

Já estou balançando a cabeça de novo. “Não, eu desejo você.”


K WEBSTER

Aproximando, Ben beija meus lábios novamente. “Quantos


anos você tem?”

É quase risível que estamos tão fisicamente e emocionalmente


conectados, mas não sabemos nada um sobre o outro. Farei o
possível para dar a ele as informações que puder. Ben merece.

“Vinte e seis.”

Ele sorri e me recompensa com a idade dele. “Eu tenho vinte e


oito. Você tem irmãos ou irmãs?”

Balanço a cabeça para ele. “Não. Só eu. E você?”

“Só eu e vovó.” Ele responde tristemente.

“Onde estão seus pais?”

Desta vez, lágrimas enchem seus olhos e me sinto mal por ele.
“Eles foram mortos por um motorista bêbado quando eu tinha doze
anos.”

“Oh, Ben. Meus sentimentos. Meu pai foi morto quando eu


era pequena.” Seu olhar é de simpatia, mas também de
compreensão. Temos um nível mútuo de dor e isso
instantaneamente nos aproxima.

De repente, ele fica tenso em cima de mim. “Espere, você


disse que fugiu de seus pais? Mas agora está me contando que seu
pai está morto?”

Eu quase engasgo por ser pega em uma mentira, mas me


recupero rapidamente. “Padrasto.”
K WEBSTER

Ben exala bruscamente de alívio, mas meu coração ainda está


batendo cem quilômetros por hora. Felizmente, ele continua com
suas perguntas inofensivas.

“Quais são seus interesses? O que você faz para se divertir?”

Eu sorrio para ele. Os caras da delegacia, incluindo Miguel,


sempre me zoam sobre o que vou contar a ele, mas não me importo.
Eu amo.

“Sou um membro ativo da Sociedade Nacional de Genealogia.


Na faculdade, fiz alguns cursos de genealogia e fiquei viciada em
aprender sobre meus ancestrais. Meus amigos me zoam o tempo
todo. Pesquisei todas as linhas da família deles.” Sorrio.

Ben sorri amplamente para mim, mas rapidamente o deixa


desaparecer. “Você foi para a faculdade? Terminou e se formou?”

Merda. Pareço dizer a ele muita verdade e Ben é muito


perceptivo.

“Uh, sim.”

Ele olha para mim, sabendo que estou evitando o assunto.


“Qual parte?”

“Ambas.” Suspiro. Ele fará a próxima pergunta e terei que


mentir sobre essa parte. Não há nenhuma maneira de contar a ele
qual é de verdade minha graduação. Dizer ao seu amante traficante
que você é formada em segurança pública parece uma má ideia.

“Posso perguntar em quê? O que uma garota inteligente e


sensual como você está fazendo neste lado da cidade vendendo
drogas para mim? Você poderia estar fazendo algo diferente dessa
K WEBSTER

porcaria agora.” Ele parece bravo e meu coração bate ansiosamente


no peito.

“Hum, negócios. A economia está ruim.” Eu minto. Esperando


que ele exija a verdade, eu me preparo para isso. Mas o que Ben faz,
em vez disso, parte meu coração.

“Maldita mentirosa. Inacreditável.” Ele se levanta de cima de


mim. Começa a vestir rapidamente as roupas enquanto eu me
levanto.

“Ben, por favor. Apenas deixe essa parte do meu passado para
lá. Não vale a pena saber.” Tento e agarro seu ombro.

Ele se afasta de mim e balança a cabeça. “Mais mentiras. Não


é que seu passado não valha à pena conhecer. É que você quer
esconder de mim. Eu só fui sincero com você desde o primeiro dia.
Meu mantra é “NÃO MINTA”, mas você faz isso de qualquer
maneira. Estou fora.” Ele resmunga enquanto abotoa o jeans e calça
os sapatos.

Parada aqui, nua, diante dele, eu o vejo agarrando a camisa e


me deixando em paz. Por mais que eu queira contar a ele,
simplesmente não posso. O resultado da verdade seria pior. Eu
estou absolutamente destruída agora.

A noite passada foi um pesadelo. Depois que Ben saiu, tomei


banho e deitei na minha cama, passando a noite toda fazendo um
pouco de autoanálise. Nossa discussão só serviu para esclarecer
que sou uma cadela maluca. Deixei os hormônios atrapalharem
K WEBSTER

meu trabalho mais uma vez. Mas eu parei. Ele não voltou para mim
e ainda não o vi hoje.

Assim como todos os dias até agora, aceito o suprimento de


CJ e saio para andar pelas ruas. Normalmente, passo entre as casas
até encontrar Miguel ou Jake em uma rua lateral e trocar a carga de
drogas pelo dinheiro necessário. Depois daquela primeira noite,
consegui entrar furtivamente no escritório e ligar para ele no dia
seguinte. Seguimos essa rotina desde então. Cada vez, Miguel me
pede para entregar o que tenho, para Sommerhaul me deixar voltar
para o posto. Claro, eu sei que preciso encontrar a localização de
Oculus e onde guardam a maior parte de suas drogas. Se eles me
deixarem em paz, descobrirei eventualmente.

Estou saindo do beco quando uma voz familiar me para.

“Para onde você vai, Barbie do gueto?” Tameka pergunta. Ela


está com a mochila, assim como eu, cheia da carga de drogas de
hoje.

“Não é da sua conta, Cara de Puta.” Respondo para ela. Hoje


estou estressada depois de ter sofrido uma briga ontem à noite com
Ben.

“Aposto que você está correndo para o Blaze.” Ela provoca.

Ignorando-a, passo por ela e continuo descendo a calçada. Eu


só dei alguns passos quando Tameka agarra meu cabelo e me puxa
para trás. Minha primeira resposta é revidar e, como não preciso
mais impressionar Ben, coloco minha raiva nela.

“Você não desiste, sua puta do caralho.” Falo enquanto giro e


seguro seu pescoço.
K WEBSTER

Tropeçamos e caímos na calçada, machucando os cotovelos


no processo. Ela tenta me dar um soco, mas dá um soco como uma
maldita maricas. No entanto, quando fico em cima dela e dou um
soco no seu rosto, ela grita porque dou um soco forte. Suas unhas
arranham meus braços enquanto tenta me fazer parar de bater
nela, mas estou além de parar.

Apenas comecei a sufocá-la novamente quando dois braços


fortes sem esforço me afastam de Tameka. Quando reconheço o
cheiro da pessoa que me puxou, meu coração dispara em pânico.
Ele me vira para encará-lo e agora estou olhando para um dos
melhores policiais de Detroit, Miguel Lopez.

Seu olhar me diz para ficar quieta e seguir o fluxo. Eu aceno


com a cabeça levemente, indicando que entendi. Jake já colocou
Tameka em pé. Não posso deixar de sorrir quando vejo seu nariz
ensanguentado. A maldita puta mereceu.

“O que vocês duas senhoras estão fazendo no meio do dia


brigando na calçada?” Miguel pergunta.

Claro, a Cara de Puta tenta jogar a culpa em mim. “Eu estava


andando, cuidando do meu próprio negócio, quando essa vadia me
atacou.” Tameka mente.

Reviro os olhos para ela e a encaro.

Miguel observa cada uma de nós e para o olhar em sua


mochila.

“O que há nas mochilas?” Miguel pergunta, acenando com a


cabeça para cada uma de nós.

Desta vez, a cadela tem cérebro para calar a boca. Ela parece
aterrorizada.
K WEBSTER

“Nada.” Digo a ele de forma convincente.

Ele balança a cabeça para mim. “Vou precisar que vocês duas
tirem suas mochilas e coloque-as na frente. Junte os dedos e
coloque-os no topo da cabeça.” Miguel instrui.

Nós duas fazemos como nos foi dito e Tameka nervosamente


fica olhando sua mochila. Miguel mantém sua atenção focada em
nós, enquanto Jake, com um sorriso estúpido no rosto, se ajoelha
na frente delas. Ele vasculha primeiro a minha e imediatamente
acha meu suprimento diário de cocaína.

“Tsk, tsk, tsk. Alguém vai para a cadeia.” Ele provoca


enquanto segura um punhado de saquinhos cheios de cocaína.

Eu o ignoro enquanto passa para a próxima mochila.

Tameka começa a chorar quando Jake diz: “Puta merda, está


cheia! Querida, você vai ficar presa por um longo tempo.”

Estico a cabeça para olhar sua mochila cheia de cocaína e


minha boca se abre. Como diabos ela conseguiu tanto? Tameka
roubou mais? Essa cadela tem trabalhado com Blaze? De jeito
nenhum.

Desfazendo minha posição, mais uma vez parto para cima de


Tameka. Ela está chorando e sua luta contra mim é fraca, na
melhor das hipóteses. Só dou alguns socos nela quando Jake me
afasta e me coloca de bruços. Ele força o joelho contra a minha
bunda enquanto me prende na calçada e me algema. Porra, me
algema!

“Deixe-me ir!” Grito com ele, minha bochecha raspando na


calçada. Quando ele afunda o joelho com mais força na minha
bunda, eu choro e lágrimas caem dos meus olhos.
K WEBSTER

“Não seja tão duro.” Miguel adverte ameaçadoramente.

Jake o ignora e se levanta, me puxando para ficar de pé. Ele


me leva com força até o carro e tropeço algumas vezes ao longo do
caminho. Miguel é muito melhor quando algema Tameka e lê seus
direitos. O maldito Jake nem sequer finge falsas leituras para mim.
Ele está muito ansioso para me pressionar contra o carro para me
revistar.

“Uma garota muito travessa.” Ele sussurra quando suas mãos


começam seu ataque lento pelo meu corpo. Ele certifica-se de
apertar um pouco da minha bunda enquanto ‘procura’ por mais
drogas. “Sinto falta dessa bunda gostosa. Você não sente falta de
foder comigo?”

Deus, eu odeio Jake. E quando não estiver em uma posição


tão precária, vou registrar uma reclamação na Corregedoria. Tento
ignorá-lo enquanto suas mãos deslizam para frente e agarram meus
seios. Pelo canto do olho, vejo Miguel ocupado com Tameka e ela
está recebendo um tratamento profissional, diferente de mim.

Quando sua mão nojenta fica entre minhas pernas, eu me


perco. “Droga, filho da puta. Tire suas mãos de cima de mim!”

Ele me ignora e continua a enfiar os dedos entre as minhas


pernas. Caio em prantos porque estou impotente contra a situação.

Em um esforço para impedir que ele me toque, olho por cima


do carro e vejo Ben vindo em nossa direção do outro lado da rua.
Ele parece insanamente furioso enquanto observa a porra de Jake
me revistando. Ele está quase na metade da rua quando balanço a
cabeça e imploro silenciosamente por ele.
K WEBSTER

“Não. Saia!” Soletro com urgência, esperando que ele receba a


mensagem antes que qualquer um dos policiais o veja.

Ele para e enfurece o rosto, sem saber o que fazer.

Peço novamente: “Por favor, vá!” E ele amaldiçoa antes de se


afastar na direção oposta. CJ fica na calçada esperando Ben voltar,
parecendo em pânico. Ninguém sabe o que fazer. Mas eu sei que, se
Ben se intrometer no drama de Tameka e no meu, atrapalhará
qualquer esperança que eu tenha de chegar a Oculus.

De volta à calçada, Ben se vira para mim enquanto sou


enfiada no carro da polícia. Sua expressão está triste e sem
esperança. Eu sei que ele quer me ajudar, mas sabiamente fica
parado do outro lado. Lágrimas continuam a cair dos meus olhos
porque sei que Ben está preocupado comigo. E mesmo que esteja
chateado comigo por mentir, eu sei que ele está mais preocupado
que eu seja levada para a cadeia. Está escrito em todo o seu rosto.

Tameka é empurrada do outro lado por Miguel. Os dois


policiais nos deixam em paz enquanto confiscam nossas mochilas.

“Muito bem.” Tameka fala através das lágrimas. Nós duas


estamos chorando como dois bebês. Ela está chorando porque foi
pega. Estou chorando porque Jake me agrediu sexualmente e Ben
teve que assistir.

“Não fale comigo, vadia. Você roubou de Be... Pac! Eu sei que
você está trabalhando para o Blaze!” Acuso. Minhas lágrimas estão
secando rapidamente quando a raiva surge.

“Ah, nem comece.” Ela diz com desdém.

Levanto a perna e a chuto com força em sua coxa. Ela


amaldiçoa para mim e nos tornamos uma enxurrada de pernas
K WEBSTER

agitadas até que as portas do carro se abrem de cada lado. Miguel e


Jake rapidamente nos separam e amarram nossos tornozelos.

“Merda, vocês mulheres são loucas!” Jake sorri antes de


fechar a porta e entrar na frente.

Miguel me dá um olhar decepcionado antes de bater à porta e


sentar no banco do motorista. Felizmente, a curta viagem de carro
até a delegacia é tranquila. Na chegada, depois de cortar as
braçadeiras, Miguel e Jake nos separam, eu vou com Miguel e
Tameka vai com Jake. Ele me leva direto para uma sala de
interrogatório, solta as algemas e puxa uma cadeira para eu me
sentar.

“Maya, o que diabos está acontecendo?” Ele exige, batendo


com o punho na mesa. É preciso muito para Miguel ficar com raiva,
e ele está furioso.

“Estou tentando fazer o meu trabalho!” Grito. Minha voz é


estridente e estou chateada com a forma como as coisas
aconteceram.

“Chutar a bunda de uma suspeita NÃO é fazer o seu trabalho!


Depois que ela descobrir que você é policial, o departamento estará
em todo tipo de merda por brutalidade policial. Que parte de
‘manter a cabeça fria’ você não entendeu?”

Lágrimas enchem meus olhos e sinto que minha coragem


normal foi retirada de mim. E, exatamente como eu sabia, fico
impressionada com a forma como minhas escolhas erradas estão
voltando para me assombrar.

“Sinto muito, Miguel.” Peço desculpas em lágrimas.


K WEBSTER

Ele anda por trás de mim e dá um tapinha no meu ombro.


“Eu sei que você sente. Mas Sommerhaul vai ficar chateado. Só
estou te avisando. Se ele não achar que você está avançando no
caso, vai tirá-la.”

Eu já estou balançando a cabeça que não. “Porra, Miguel.


Estou perto! Não vai demorar muito para localizar Oculus. Ele é o
líder! Se ele me tirar agora, perderemos todo o trabalho que fiz esta
semana.”

“Você já está perdendo um pouco, querida.” Ele diz,


bagunçando meu cabelo antes de se sentar na cadeira ao meu lado.

“Não estou perdendo. Se vocês me deixarem em paz, posso


derrubar Oculus e Blaze!” Ainda estou chateada quando Jake entra
na sala. Sanidade dá um salto voador pela janela enquanto saio da
minha cadeira e soco com força seu nariz.

“Puta do caralho!” Ele grita. O sangue já está escorrendo de


seu nariz e ele se retira apressadamente da sala antes que eu tenha
a chance de socá-lo de novo.

“Maya! Acalme-se, porra!” Miguel ordena.

“Não, vou apresentar uma queixa na bunda dele, Miguel! Ele


me tocou quando me revistou! Caso você não saiba, é agressão
sexual!” Meu peito está arfando pelo esforço. Sou um caso perdido
agora.

“Vou matá-lo, porra.” Miguel fala e mais uma vez bate os


punhos na velha mesa de madeira.

“Obrigada.” Digo baixinho, olhando para ele.


K WEBSTER

Quando ele faz contato visual comigo, sorri. “Quantas vezes


você já quebrou o nariz de Jake?” Ele sorri.

Sorrio e digo a verdade. "Com essa, nove vezes, e ele mereceu


cada uma delas!”

A porta se abre e um Sommerhaul de rosto vermelho entra.


“Que porra é essa, Simpson? Eu lhe dou uma tarefa, UMA! Eu ia te
promover tenente se derrubasse esses filhos da puta, mas você está
lá fora brigando?”

Eu me encolho quando ele me repreende. “Desculpe, capitão,


por hoje, mas você tem que me deixar voltar. Estou perto. O chefe é
Oculus. Pac confia em mim agora. Vou fazer com que me leve até
ele. E as coisas estão vindo à tona com Blaze. A estúpida daTameka
tinha muito mais cocaína do que a nossa parcela diária normal.
Tenho certeza de que está envolvida. Por favor, estou muito perto.”
Imploro.

Seu rosto vermelho fica rosa, o que significa que está


pensando nisso. Estou cruzando os dedos das mãos e dos pés,
rezando para que me dê outra chance. Alguém bate à porta e
Sommerhaul ordena que entre.

Jim entra, parecendo animado. “Você não vai acreditar nisso.


Simpson já foi socorrida. Ela chamou a atenção de alguém.”

Sommerhaul volta sua atenção para mim e sorri, mostrando


seus dentes amarelados. “Essas são boas notícias. Acontece que
você não estava apenas brigando com garotas na rua. Alguém quer
você de volta.”

Meu estômago revira. Ben. Por que ele teve que me socorrer?
Droga!
K WEBSTER

“Quem pagou a fiança?” Miguel pergunta a Jim.

Jim pisca para mim. Ele não tem a menor pista. “Um
Benjamin Cartwright a socorreu.”

Meu coração aperta, mas sabia que era ele antes que me
dissesse seu nome.

“O que eu faço agora?” Questiono.

“Siga o protocolo normal e você será liberada. Mantenha-nos


informados. Miguel e Jake ou Jim estarão patrulhando o prédio que
você nos falou. Descubra a localização do outro e veja o que pode
conseguir com Oculus e Blaze. Vamos acabar com esses idiotas.”
Sommerhaul ordena. Ele está muito feliz, porque se conseguirmos
algo tão grande, seremos notícias nacionais. Sua carreira está presa
nisso. O Major vai se aposentar em breve e Sommerhaul será um
eleito se for o chefe desta investigação.

Ele se levanta e segue Jim para fora da sala, deixando-me


com Miguel. Ficamos de pé e ele me puxa para um de seus abraços
reconfortantes.

“Você pode fazer isso, Maya. Mantenha sua cabeça no jogo.


Pare de se distrair e lembre-se de por que está lá. Sommerhaul disse
que pode ser tenente e ninguém merece mais do que você. Bem,
além de mim, é claro.” Ele brinca. Com um beijo no topo da minha
cabeça, ele me envia de volta ao gueto.
K WEBSTER

CAPÍTULO DEZ
BEN

Aquele maldito porco a apalpou. Ele colocou as mãos na


minha garota! Ainda estou com raiva enquanto passo pelo saguão
da delegacia. Não vou me acalmar até tê-la de volta. Maya pode
estar mentindo sobre seu passado, mas não muda meus
sentimentos por ela. Foi só quando vi Maya sendo empurrada para
o chão e depois apalpada por aquele policial idiota que reconheci da
outra noite, que não me importei com suas mentiras mesquinhas.
Ela é minha e não desejo que nada aconteça com ela.

Maya sai de um conjunto de portas duplas parecendo perdida


e quebrada. Meu coração está doendo. Essa mulher doce, inteligente
e bonita foi mandada para a prisão por minha causa. Vou dizer a
ela que não pode mais vender. Ela significa muito para mim para
ser presa por drogas. Maya é um diamante em um mar de pedras
sujas. Quero mantê-la brilhante e perfeita, imaculada.

Quando ela me vê, corre em minha direção e se joga em meus


braços, onde eu a puxo de bom grado para mim.

“Garotinha.” Murmuro em seus cabelos.

Ela começa a chorar e tem um aperto mortal no meu pescoço.


“Sinto muito, Ben! Preciso falar com você. Podemos ir a algum lugar
longe daqui, por favor?” Ela implora baixinho.

“Claro, vamos sair daqui.”


K WEBSTER

“Espera!” Os olhos dela estão selvagens. “Tameka estava com


tanta droga na bolsa. Acho que estava ajudando Blaze. Ele terá
dificuldade em salvá-la. Ela tinha muito, Ben.”

Eu a encaro e aperto a mandíbula. Não tem como Tameka


trabalhar sozinha nisso.

“Vamos lá.” Finalmente expiro com raiva. Não com raiva de


Maya, mas com raiva dos filhos da puta que estão bagunçando as
coisas.

Levantando a cabeça na minha direção, ela fica na ponta dos


pés para beijar meus lábios, mas depois rapidamente olha ao redor
da sala. Olho por cima da sua cabeça e vejo aquele policial
mexicano olhando para ela de boca aberta. Ele parece chocado no
começo, depois machucado e irritado. Não faz nenhum sentido,
exceto que talvez ele também tenha tesão por ela, assim como o
outro policial.

Protetoramente, coloco o braço em volta do seu ombro e a


guio para longe dos doentes neste lugar. Saímos rapidamente da
delegacia para o meu carro estacionado na rua, longe de seus olhos
curiosos. Quando estamos em segurança dentro do carro, ela pula
no meu colo e coloca a cabeça no meu ombro.

Eu a seguro perto de mim e acaricio seu braço. Isso parece o


certo. Maya está perfeita nos meus braços. Vou levá-la para casa
hoje à noite. Fim da porra da história.

“Se segura, menina. Vamos a um lugar especial.” Digo a ela e


bato na sua perna de brincadeira.

Ela suspira, claramente não querendo deixar meus braços,


porém mesmo assim cumpre.
K WEBSTER

Depois que ela se senta, dirijo pelas ruas, em uma missão.


Ficamos calados, pois cedemos a nos perder em nossos próprios
pensamentos. Nem vinte minutos depois, estamos entrando na
minha garagem.

Ela se anima assim que estaciono e sorri para a casa. “Onde


estamos?” Ela pergunta animadamente.

Eu sorrio para ela quando saímos e começamos a caminhar


até a porta da frente. “Estamos em casa, Maya. Quero que você
conheça alguém.” Segurando a sua mão, eu a guio pelos degraus da
frente e pela porta.

Assim que entramos, ela engasga. “Oh meu Deus, Ben! Esta
casa é linda!”

Meu peito incha de orgulho. Trabalhei muito duro ao longo


dos anos, refazendo as madeiras velhas, pintando e instalando
todos os novos acabamentos, portas e frisos de paredes. Vovó adora
e agora, minha menina também. Então sim, estou realmente
orgulhoso.

“Ursinho Pooh? Você está em casa?” Vovó fala quando


aparece na entrada. Eu me encolho com meu apelido e Maya abafa
uma risadinha. Quando vovó vê nossas mãos unidas, coloca a mão
na boca. “Oh, meu doce Benjamin. Trouxe para casa uma garota.
Uma garota bonita para conhecer sua avó. Doçura, me chamo
Velma, mas você deve me chamar de vovó.”

Maya sorri largamente para ela e estende a mão livre para


apertá-la. “Eu sou Maya Simpson.”
K WEBSTER

Vovó revira os olhos para ela. “Venha aqui, boba. A gente se


abraça nesta casa.” Vovó aperta minha garota em um abraço
afetuoso e meu coração aperta.

É isso que tenho procurado. Meu elo perdido. Maya. E agora


eu a conheço como Maya Simpson.

Vovó se afasta de Maya e a inspeciona adequadamente. “Sim,


senhora. Você tem quadris bonitos, cheios e férteis” Ela elogia com
um beliscão no quadril. “Perfeito para criar alguns bisnetos para
mim!”

“Opa, vovó. Não vamos nos antecipar. Eu apenas comecei a


ver Maya. Ela não está pronta para começar a dar à luz a bebês
para você!” Eu repreendo minha avó autoritária.

“Bobagem, Ursinho Pooh. Agora vão para a cozinha. Tenho


um pote de feijão e um presunto na panela. O pão de milho acabou
de sair do forno.” Ela entra na cozinha nos deixando na entrada. Os
olhos de Maya estão brilhando alegremente.

“Eu não como uma refeição caseira há tanto tempo.” Ela fala
com um sorriso enorme. “Além disso, a pequena amostra da
culinária dela que você compartilhou comigo outro dia só garantiu o
fato de que eu também amarei a refeição desta noite.”

Aperto a mão dela. “Garotinha, vovó nunca decepciona. Seu


feijão é o favorito para reunir igrejas.”

Depois de levá-la para nossa pequena cozinha, puxo uma


cadeira para Maya se sentar. Vovó já preparou a mesa para o
terceiro lugar e está servindo enormes pratos de feijão. Despejo um
pouco de chá que acabou de ser preparado para nós três antes de
me sentar com meu prato fumegante.
K WEBSTER

Maya educadamente espera que vovó se sente conosco antes


de colocar a colher no prato e se preparar para uma mordida.

“Não, senhora.” Vovó adverte. Maya arregala os olhos, mas


sabiamente coloca a colher de volta no prato, mesmo que eu possa
dizer que sua boca está aguando com o delicioso jantar. “Ainda não
fizemos nossas orações, querida.”

Maya murmura um “Oh” e inclina a cabeça. Ela junta as


mãos e parece muito angelical. Hoje, está vestindo uma camiseta
preta justa e um mais uma de suas sensuais calça jeans. E mesmo
que esteja um pouco cansada de por ter sido presa, ainda está
gostosa.

“Querido Senhor, agradecemos por suas muitas bênçãos.


Obrigada por trazer está linda Maya para a vida do meu Ursinho
Pooh. Só sei que ela fará filhos lindos com meu neto. Por favor,
abençoe-a com um bebê em breve, porque estou ficando velha
demais para esperar mais. Doce Jesus, perdoe-me por xingar, mas
de verdade estou ficando velha demais.” Ela faz uma pausa.

Dando uma espiada em Maya, quase caio na gargalhada


quando a vejo observando minha avó boquiaberta, completamente
chocada com suas orações ousadas.

“E, Senhor, obrigada por dar uma habilidade ao meu doce


garoto. Ele é um mestre no que faz e oferece uma vida muito boa
para nós. Ah, e obrigada, Jesus, por dar laringite a Lynetta. Aquelas
velhas conversas malditas são demais. Você fez um favor a todos
nós. Você pode dar-lhe laringite permanente? É isso, Senhor? Sou
uma boa mulher e não peço muito. Certamente, pode ajudar essa
velha. Enfim, em nome de Jesus, oramos. Amém.”
K WEBSTER

Ela começa a comer seu feijão enquanto Maya se recupera


momentaneamente de uma das preces épicas de vovó. Como
sempre, tenho que segurar minha risada para não ganhar nada com
a sua revista. Maya olha para mim e me questiona com seus olhos,
mas dou de ombros e sorrio para ela. Ela sorri de volta antes de
mergulhar a colher no prato. Quando ela, por fim, prova uma
mordida, geme com apreciação. Meu pau lateja, eu sei que ela vai
gemer hoje à noite quando estiver dentro dela.

“Vovó, esse feijão está delicioso.” Ela elogia minha avó.

Não só ganhou pontos de bronze por elogiar sua culinária,


mas o fato de que a chamou de vovó fará minha avó adorar Maya.
Inferno, eu adoro Maya.

“Doçura, você pode comer o quanto quiser. Também tenho


alguns biscoitos no forno, portanto guarde um pouco de espaço
para eles. Mulheres de verdade têm curvas e acho que você poderia
ganhar mais algumas. Coma, docinho!” Vovó pede a Maya.

Maya sorri e nós silenciosamente, bem, além dos ocasionais


“mmm”, comemos nosso feijão. Quando vovó se levanta para checar
os biscoitos, Maya se inclina para mim.

“De que ‘habilidade’ ela está falando? Ela sabe?” Maya fala
baixo o suficiente para vovó não ouvir.

“Mostrarei para você mais tarde.” Prometo baixinho, para que


ela não chame a atenção para a nossa conversa.

“Aqui estão alguns dos meus famosos biscoitos de chocolate,


doçura. Quero que coma o máximo que puder.” Vovó pede,
colocando o prato na nossa frente.
K WEBSTER

Assisto Maya enquanto ela come. Parece que pertence a esta


cozinha conosco. Seus olhos estão brilhando com o que parece ser
felicidade. Por que um simples jantar em família a deixa tão feliz?
Eu realmente gostaria que ela me contasse mais sobre seu passado.
Tem uma porra de história aí e pretendo descobrir o que é.

Depois do jantar, Maya e eu nos oferecemos para ajudar vovó


a limpar a cozinha, mas ela insiste que eu a leve para a minha
oficina.

“Vamos. Quero te mostrar uma coisa.” Digo a ela, apertando


sua mão na minha.

Maya me segue enquanto eu a conduzo pela casa até a


pesada porta de carvalho que papai projetou pouco antes de ser
morto. Eu a abro e aperto o interruptor. Juntos, descemos as
escadas para a minha bancada.

Ela levanta as sobrancelhas em questão. Até onde sabia, eu


era só mais um traficante de drogas. Mas há mais em mim do que
isso. Este porão é onde adoro perder horas criando obras de arte
feitas de madeira. Sou o tipo de homem, assim como meu pai, que
prefere a madeira ao invés de forçar um conceito. Papai sempre
dizia: “A madeira fala com você.” E ele estava certo.

Maya se aproxima e senta na cadeira de balanço recém-criada


em que trabalho para o aniversário da vovó. Ainda preciso lixar e
selar, mas está pronta, além disso.

“Você fez todas essas coisas?” Ela pergunta, gesticulando pelo


porão para todos os meus projetos, alguns terminados, outros não.

“Sim.” Digo a ela timidamente. Não sei por que estou


envergonhado. Isso foi mantido em segredo de todos os meus
K WEBSTER

amigos e de todas as garotas com quem estive no passado. E se ela


achar que sou um idiota?

“Ben, é incrível! Seu trabalho é tão detalhado e bonito. Você


trabalhou nos acabamentos no andar de cima?”

Concordo com a cabeça enquanto ando para um banco e pego


meu último produto terminado.

Ela se levanta e inspeciona alguns dos baús em que tenho


trabalhado no canto. “O que são esses?” Ela pergunta, apontando
para eles.

“Estou produzindo para um cliente no Canadá.”

Maya estreita os olhos para mim. “Então você faz tudo isso
com madeira e vende? Você tem uma loja?”

Nego com a cabeça para ela. “Não, tudo é feito online. Tive
trabalhos onde levo para a casa das pessoas e instalo balanços na
varanda que fiz ou lareira, coisas assim. Eu praticamente posso
fazer qualquer coisa com madeira.”

Ela sorri para mim com orgulho, mas depois junta as


sobrancelhas em confusão. “Este é um negócio lucrativo?”

“Sim. Eu me dou muito bem com isso.” Não sei para onde ela
está indo com esse assunto.

“Então, se é rentável e você ama, por que faz o outro


‘trabalho’? Tenho certeza que sua avó não sabe sobre ele, certo?”

“Vovó não sabe sobre esse trabalho, nem saberá. Faço aquele
trabalho porque sinto que devo a Oculus por ser o pai na minha
vida que perdi. Ele cumpriu esse papel por mim e estou muito
agradecido. Além disso, uma vez que você decide ser o braço direito
K WEBSTER

dele, simplesmente não desiste. Esperava poder conversar com ele


sobre isso, mas tenho a sensação de que não vai dar certo.”

Estou sendo completamente honesto com ela. Espero que


Maya seja honesta comigo em breve também.

“Posso conhecê-lo? O homem como um pai para você?” Ela


pergunta inocentemente. Mas vejo intenção escondida atrás dos
seus olhos.

Eu não quero, sob nenhuma circunstância, apresentá-la


como minha mulher a Oculus. Ele pode ser como uma figura
paterna para mim, mas também é implacável. Até agora, não
precisou usar nada contra mim, apesar de conhecer vovó, mas se eu
entregar Maya em uma bandeja de prata, estou preocupado com o
que ele pode fazer com essa informação. Neste momento, gostaria de
manter os negócios e o prazer, separados. E rapaz, Maya é um
prazer.

“Não vai acontecer.” Resmungo.

Ela franze a testa até eu colocar minha última peça em suas


mãos. “Ben, oh meu Deus! Esta caixa de joias é linda. Aposto que
vende muitas delas on-line.” Ela diz quando abre e fecha a caixa,
passando os dedos pelos entalhes dos designs.

“Eu fiz para você.” Digo a ela, apontando para a peça.

Seu sorriso brilhante ilumina o porão escuro. “É lindo, Ben!


Obrigada.”

Maya se joga nos meus braços e eu a aperto contra mim. “De


nada, garotinha.”
K WEBSTER

Ela afasta o rosto do meu pescoço e dá um beijo nos meus


lábios. Aqui, em segurança em minha casa, me sinto despreocupado
por ser um casal de verdade com ela. Maya merece isso. Eu mereço.
Estou tão imerso no mundo de Oculus que não tenho tempo para
mim. Quero passar todo o meu tempo com Maya e já é hora de
decidir uma posição. Vou falar com Oculus em breve e dizer a ele
que estou pronto para me aposentar.

Minhas mãos circundam seu corpo e agarro uma parte de


cada uma de suas nádegas, puxando-a para mais perto de mim.
Aproximo a cabeça e acaricio seu nariz com o meu. Ela suspira feliz
e eu me inclino para frente para pressionar meus lábios nos dela. O
momento meigo rapidamente se torna não tão meigo quando Maya
abre a boca e deslizo minha língua nela. Agarro sua bunda
novamente enquanto nos beijamos. Sua bunda redonda e curvilínea
é sensual como o inferno. Mal posso esperar para levá-la para cima
e para a cama para finalmente poder foder com ela corretamente.

Parando nosso beijo, eu me afasto para olhar em seus olhos


castanhos claros, que estão mais escuros do que o habitual nas
sombras do porão. “Venha, garotinha. Vou te foder e depois vou
fazer um amor lento e sem pressa.”

Não dou a ela a chance de responder antes de puxá-la pela


bancada e em direção às escadas. Subimos os degraus juntos com
pressa para chegar ao meu quarto. Quando atravessamos a porta
do porão, quase atropelamos vovó. Ela olha para nós e sorri,
acenando para as escadas.

Maya nem leva um tempo para ficar envergonhada. Ela


claramente me deseja tanto quanto eu a desejo. Depois que
chegamos ao segundo andar, eu a puxo pelo corredor para o que
costumava ser o quarto dos meus pais. Recentemente, assumi o
K WEBSTER

quarto depois de criar uma enorme estrutura de cama com algumas


tábuas de madeira que papai encontrou e amou, mas não tinha feito
nada. Vovó fica no andar de baixo em um dos quartos, já que seus
quadris doem quando sobe escadas, assim posso fazer Maya gritar
com a porra do meu coração e vovó nunca ouvirá. E é exatamente
isso que pretendo fazer.

Chegamos ao meu quarto e fecho a porta atrás de nós. Ela


solta minha mão e anda até a mesa de cabeceira. Colocando sua
caixa de joias na mesa de cabeceira, ela se abaixa para inspecionar
as fotos. Uma foto de família com minha avó, meus pais e eu fica
orgulhosamente na prateleira. Foi na Páscoa e nos vestimos para a
igreja. Lembro-me muito bem daquele dia. Mamãe e vovó fizeram
presunto e purê de batatas, enquanto papai e eu escondíamos os
ovos depois da igreja. Considerando que foi um dos nossos últimos
momentos em família juntos, é uma das minhas memórias favoritas.
A outra foto emoldurada na mesa é de papai e eu. Ele e eu estamos
montando o balanço da varanda para o aniversário da mamãe em
um ano. Nós dois estamos tão felizes nessa foto.

Maya se vira para mim com lágrimas nos olhos. “Sinto muito,
Ben.”

Eu aceno para ela como se não fosse grande coisa, mas a


verdade é que, toda vez que penso na injustiça de perder meus pais,
sinto vontade de chorar. Tirando os sapatos, subo em cima das
cobertas da minha cama e dou um tapinha no local ao meu lado.
Maya tira os próprios sapatos e se deita na cama ao meu lado. Eu a
puxo para perto e a levo para trás.

Ficamos quietos por um tempo, ambos perdidos em nossos


pensamentos, quando ela por fim fala apenas um pouco acima de
um sussurro. “Ben?”
K WEBSTER

Beijo seu cabelo, puxo-a para perto de mim e seguro seu seio.
“Hum?” Murmuro.

Quando Maya começa a chorar, meu coração bate forte.


Porque ela está chorando? “O que há de errado, garotinha?”

Ela funga e se vira nos meus braços para me encarar,


esticando um braço em volta do meu corpo em um abraço triste.
“Quando eu tinha nove anos, vi meu pai ser assassinado.” Lágrimas
escorrem pelo seu rosto e fico instantaneamente irritado. Não com
ela, mas com o filho da puta que matou o pai de uma menina.

“Meus sentimentos, Maya.” Digo genuinamente

“Vou encontrá-lo um dia e matá-lo.” Seu tom de voz é frio, e


sei sem sombra de dúvida que, dada a chance, ela vai morrer
tentando. Se eu encontrasse o motorista bêbado que matou meus
pais, eu felizmente quebraria minha regra de ‘não matar’.

“Ele merece isso.”

Maya finalmente sorri e beija meus lábios. “O que estamos


fazendo, Ben?”

Deslizo a mão até o seu cabelo e afago alguns fios que caíram
em seu rosto. Usando o polegar, limpo a sua bochecha molhada.
“Estamos sendo nós. Ben e Maya.”

Suas sobrancelhas franzem e posso dizer que está


preocupada. Preocupada com o que?

“Ouça Maya. Eu quero você. Não só na minha cama, mas na


minha vida. Você é gostosa pra caralho, atrevida, inteligente e tem
um grande coração. Vovó já te adora e quer que você tenha os meus
K WEBSTER

filhos. Eu quero que você seja minha. Desde que te conheci, você é
tudo em que penso.”

A preocupação em seu rosto desaparece, dando lugar a um


sorriso.

“Você é tudo em que penso também. Definitivamente, não me


preocupo com o meu trabalho.” Ela sorri, mas depois parece
horrorizada. Mal ela sabe, não vou mais deixar Maya vender,
portanto não precisa se preocupar com o seu trabalho. Ela pode
apenas se preocupar comigo.

“Maya, você não vai mais traficar. Hoje foi por pouco e não
posso ficar me preocupando com eles tirando você de mim. Eu
cuidarei de você, lhe darei dinheiro e um lugar para ficar. Eu me
sentiria melhor se você estiver aqui comigo e não lá fora.”

“Espera? O quê? Não! Eu preciso estar lá fora vendendo. Foi


para isso que você me recrutou. Oculus não ficará chateado se eu
parar de repente? Se eu posso sair, por que você não? Você tem o
negócio de madeira online. Por que tem que trabalhar para ele
também?” Ela faz uma enxurrada de perguntas.

Tiro o seu cabelo que caiu novamente em seu rosto. “Você vai
sair. Fim da história. Vou falar com o Oculus sobre mim. Estou
além de pronto para desistir.” Acaricio meu nariz contra o seu e
mudo de assunto. “Garotinha, eu quero levá-la para passear.
Amanhã, vamos jantar e assistir a um filme ou algo assim. Você
merece ser levada para um encontro de verdade.”

Agora ela não pode controlar o enorme sorriso que aparece em


seu rosto. “OK! Um encontro parece muito bom. Eu realmente quero
ver o filme Anjos da Lei 2 com Channing Tatum.” Ela balança as
sobrancelhas para mim sugestivamente, indicando que tem uma
K WEBSTER

queda por ele e fico instantaneamente com ciúmes. Ciúmes da porra


de uma celebridade.

Virando-nos, eu a coloco debaixo de mim na cama. Ela grita


surpresa. Eu esfrego meu pau contra seu corpo e Maya choraminga.

“É melhor você ter camisinha, Ben.”

Sorrio com o olhar sério em seu rosto. Minha garota quer meu
pau. Terei prazer em dar a ela.

“Tenho uma gaveta cheia. Você está pronta para ser fodida?”

Ela me responde alcançando entre nós e agarrando meu pau,


agora duro como uma pedra. “Estou pronta desde a última vez em
que tive você dentro de mim.”

Sua conversa suja é excitante. Sento-me de joelhos e começo


a desabotoar o seu jeans. Ela pega a bainha da blusa e se mexe.
Seus seios são do tamanho perfeito para apertar e chupar. Mal
posso esperar para colocá-los na minha boca. Eu tiro seu jeans e
calcinha de uma só vez e rapidamente jogo-os no chão.

“Fique nu.” Ela ordena, enquanto abre o sutiã, revelando


aqueles seios macios. Ela está completamente nua para mim e meu
pau incha dentro do meu jeans querendo escapar.

Eu sorrio e sigo o exemplo. Seus olhos famintos nunca saem


do meu corpo quando eu rapidamente tiro todas as minhas roupas.
Quando seus olhos se concentram no meu pau, tenho que me
afastar dela fisicamente e pular da cama para buscar uma
camisinha. Eu quero estar dentro de seu corpo agora e quanto mais
rápido colocar uma camisinha, mais cedo posso enchê-la.
K WEBSTER

Apreciando seu olhar descarado, lentamente me enrolo na


borracha e dou a ela um sorriso presunçoso.

Maya revira os olhos para mim e joga um travesseiro em mim.


“Não seja um babaca.”

Sorrio e brinco com ela, fazendo-a gritar. Não sei muito sobre
essa garota, mas estou gostando de juntar as peças do quebra-
cabeça aos poucos. Maya é um sonho realizado e pretendo conhecer
cada parte sua. E agora, quero saber se ela é sensível.

Arrastando a mão ao longo de suas costelas, enfio os dedos e


começo um ataque de cócegas. Sou recompensado com golpes e
gritos. Minha garota é muito sensível.

“Pare – com – isso– filho – da puta!” Ela grita entre suspiros


por ar.

Não desisto e continuo até que ela me surpreende virando-me


de costas e me colocando em uma posição com os braços onde não
posso me mexer. Para uma pequena coisa, ela é extremamente forte,
tão forte que é uma luta para recuperar o controle dela. Desta vez,
quando a viro de costas, prendo cada um dos seus pulsos na cama
com as mãos. Suas pernas me envolvem e eu me aninho entre elas.

Seu peito ainda se agita com o esforço e estou distraído com


seus seios perfeitos saltando no ritmo a cada respiração. Abaixando
a cabeça, deslizo a língua por um dos mamilos e o chupo na boca.

“Ben!” Ela grita.

Eu sei que prometi a ela uma boa foda, mas agora, só quero
transar lentamente e adorar cada centímetro de sua pele macia.
Provocando seu mamilo, giro a língua antes de chupá-la de novo.
Seus dedos estão cavando na minha cabeça e pescoço, mas isso só
K WEBSTER

me excita mais. Meu pau grosso pressiona contra seu osso púbico e
quero empurrá-lo para dentro dela em breve.

Como se estivesse lendo meus pensamentos, Maya abre as


pernas ainda mais para mim. Levanto a cabeça e levo a minha boca
na sua. Nós nos beijamos lentamente por alguns momentos antes
de eu me afastar para olhar para seus olhos cor de uísque.

“Eu nunca fui viciado em drogas, Maya, mas você é meu


maldito vício. Quero você o tempo todo. Penso em você sem parar.”

Seguro meu pau e localizo sua abertura molhada. Enquanto


me empurro profundamente dentro dela, Maya geme meu nome em
uma corrida sem fôlego. Meus lábios atacam os dela outra vez
enquanto eu lentamente deslizo dentro e fora de seu pequeno corpo
quente. Sua buceta aperta meu pau avidamente.

“Isso... é... tão... porra... bom.” Resmungo enquanto bombeio


dentro e fora dela.

O corpo dessa garota combina perfeitamente com o meu,


como se fôssemos um maldito quebra-cabeça de duas peças. Suas
unhas arranham gentilmente minha parte superior das costas
quando começa a ficar tensa.

Sua cabeça se inclina quando começa a tremer embaixo de


mim com seu orgasmo. Chupo seu pescoço enquanto entro várias
vezes nela. Quando Maya solta um gemido rouco, gozo dentro dela.

“Pooooooooorra.” Gemo até expulsar toda última gota.

Relaxo meu corpo contra o dela e continuo beijando


suavemente seu pescoço até que Maya fala.

“Ben?” Ela sussurra.


K WEBSTER

“Sim?”

“Desculpe. Não contei tudo sobre a minha vida. Há momentos


como agora que de verdade eu quero, mas não posso. Sou uma
pessoa horrível. É melhor você se afastar de mim. Mas,
egoisticamente, não quero que se afaste. Quero você exatamente
onde está. Dentro de mim. Em cima de mim. Beijando-me.” O
suspiro que se segue é triste.

Levanto a cabeça para olhar para ela. “É sobre sua mãe? De


onde você veio?”

Ela morde o lábio e pisca para afastar as lágrimas. “Minha


mãe perdeu a cabeça quando papai foi morto. Um dia, ela apenas
arrumou uma mala, beijou o topo da minha cabeça e desapareceu
da porra do planeta. Não tenho ideia de onde está. Minha tia
malvada cuidou de mim depois disso. Não era divertido ter que
dividir um quarto com outras cinco crianças, mas não tinha outra
escolha. Também era péssimo ser tratada por alguém que não se
importava com a sua felicidade, só o cheque do governo que eles
recebiam pela sua adoção. Depois de completar dezoito anos, fugi e
não olhei para trás.”

Maya faz uma pausa para observar minha reação. Estou


ficando com muita raiva. Se ela não foi expulsa da casa de sua mãe,
então de onde veio? Ela está mentindo desde o primeiro dia que
falou que fugiu de seus pais porque estava envolvida com drogas e
eles não aprovaram. Agora sei que tudo é mentira. Então, qual é a
verdade?

“Maya, não sei o que dizer.” Digo friamente e me afasto dela.

Ela agarra meu bíceps para me segurar, mas me afasto e saio


da cama para pegar minhas roupas.
K WEBSTER

“Ben.”

“Não. Dê-me algum tempo para processar isso. Se você


mentiu sobre de onde veio, por que no mundo decidiu traficar
drogas, Maya? Você tem um diploma universitário, pelo amor de
Deus. Qual é sua jogada? Merda, não sei por que estou
perguntando. Você não vai me contar de qualquer maneira. Vou
dormir no outro quarto.” Reclamo.

Na verdade, estou magoado que ela tenha mentido para mim


repetidamente. Tenho sentimentos por essa garota que nunca tive
com mais ninguém antes, mas parecem ser falsos. Que tipo de
relacionamento teremos se ela nunca me der a verdade da primeira
vez, mas esperar que eu implore por isso?

Retiro a camisinha usada, dou um nó e a coloco no canto


para jogar fora depois de me vestir. Estou apenas me curvando para
pegar a cueca e jeans quando escuto as molas do colchão chiarem
quando Maya levanta da cama.

“Ben, por favor, ouça. Ainda não estou pronta para lhe
contar. Mas eu vou. E assim por diante. Por favor, não me afaste.
Estou tentando aqui. Apenas saiba que meus sentimentos por você
sempre foram cem por cento reais. Não importa o que aconteça
entre nós, sempre fui sincera sobre isso.”

Quando seus braços esbeltos abraçam minha cintura por


trás, perco um pouco da tensão do meu corpo. Eu a deixo me
abraçar, seus seios nus pressionando minhas costas. Talvez ela
esteja tentando. Nenhum relacionamento é perfeito. As pessoas têm
seus defeitos, eu inclusive. Parece que, com o tempo, Maya se
revelará toda para mim.
K WEBSTER

“Quem é você, Maya? Conte-me algo. Qualquer coisa. Eu te


conto tudo.”

Ela passa ao meu redor e me abraça novamente, desta vez


pela frente. Não posso deixar de abraçá-la e beijá-la, não importa o
quanto esteja chateado. Suas mãos descansam na minha bunda
nua e meu pau se contrai para a vida.

“Eu sou Maya Simpson. Sou uma vadia. Eu não suporto


ninguém. Tenho um melhor amigo chamado Miguel. Estou obcecada
em pesquisar a história da minha família para tentar me conectar
com outros parentes, já que perdi meus pais, não tenho irmãos e
tenho uma tia cadela. Sou uma louca por comédias românticas,
embora nunca tenha tido sorte no amor. Já dormi com três homens
na minha vida, dois deles foram horríveis e um deles é incrível.
Minha mente está atormentada por você desde o momento em que
nossos olhos se encontraram. Eu realmente odeio esse trabalho de
tráfico de drogas, mas me levou a você, portanto estou agradecida.
Encontrarei o homem que matou meu pai e arruinou minha vida,
você pode apostar dinheiro nisso. E isso, Ben, é tudo o que posso
lhe oferecer agora. Desculpe, eu menti.”

Levo as mãos para o seu pescoço e as deslizo em seus


cabelos, inclinando o seu rosto para cima para olhar para mim. “Vai
ter que servir por enquanto, Maya. Sou egoísta e quero você,
independentemente do fato de estar se segurando. Mas não posso
prometer que não vou me ressentir disso. Por favor, não minta mais
para mim, garotinha. Pelo bem maior, nós simplesmente não
mentimos.”

Ela morde o lábio inferior e concorda com a cabeça.


Abaixando minha cabeça perto da sua, eu a beijo suavemente em
seu nariz. Quando seus lábios se separam, eu os beijo em seguida.
K WEBSTER

Uma de suas mãos desliza da minha bunda para o meu pau. Ela me
acaricia suavemente e eu gemo em sua boca. Posso ficar chateado
com essa garota, mas tudo o que precisamos é do seu toque e perco
a cabeça.

“Hora da foda adequada que prometi.” Falo contra seus


lábios.

Eu a giro em direção à cama, para que seus joelhos toquem a


borda e a inclino para frente. Sua bunda redonda e curvilínea
balança e mal posso esperar para foder com ela por trás.
Rapidamente, rasgo outro preservativo da minha mesa de cabeceira
e o coloco. Eu fico entre as suas pernas e as abro para mim. Minhas
mãos agarram cada uma das suas nádegas e as afasto. Ela geme de
antecipação, mas ainda sinto sua inquietação. Deslizo um dos meus
polegares ao longo da linha de sua bunda, só arrastando por cima
de seu ânus.

“Aposto que você deve ser deliciosa bem aqui.” Eu gemo. Meu
pau está completamente duro de vê-la dessa maneira.

Maya não me responde, portanto enfio o polegar dentro de


sua buceta molhada. Quando ela mia como um gatinho, meu pau
palpita dolorosamente para ela. Agora que meu polegar está
realmente lubrificado, encontro o seu traseiro novamente e provoco
a entrada.

“Vou colocar meu polegar aqui, garotinha.” Murmuro.


“Relaxa.”

Eu a ouço exalar uma respiração irregular. Maya está


nervosa, mas está tentando relaxar para mim.

“Sim.” Ela sussurra.


K WEBSTER

Lentamente, pressiono-o contra seu aperto e ela choraminga


no edredom.

“Dói?” Pergunto, meu polegar mal violando sua área proibida.

“Não, parece estranho.” Pelo menos ela está finalmente me


dizendo alguma verdade.

Continuo até meu polegar estar profundamente dentro dela e


minha palma e dedos agarrarem sua bunda. Com a outra mão, eu
lentamente guio meu pau em sua buceta encharcada.

“Porra!” Ela grita enquanto eu me acomodo dentro dela.

“Machuca?”

“De jeito nenhum. Eu estou ótima. Tão cheia de você.” Ela


suspira.

Quando começo a foder com ela, Maya parece gostar quando


eu também fodo sua bunda com o polegar.

“Toque seu clitóris, garotinha.”

Ela geme, temporariamente congelada pelo êxtase, mas


obedece e começa a se tocar.

“Ben... oh... meu... Deus!”

Este é o orgasmo mais rápido que ela já teve. Seu corpo


estremece loucamente debaixo de mim. Com a maneira como sua
buceta quente aperta meu pau, sei que vou gozar logo depois.

“Eu quero te encher aqui também um dia.” Murmuro e


balanço o polegar.
K WEBSTER

Ela está ofegando e segurando o edredom, mas noto o aceno


enfático. Parece que Maya tem um lado safado. Ainda acariciando
seu clitóris, ela goza pela segunda vez, porém é mais longo e menos
intenso. É o suficiente para me mandar para o outro lado e solto
meu gozo dentro de seu corpo.

Várias outras bombeadas nela e pronto. Deslizo meu pau


para fora dela e alivio o polegar de dentro do seu ânus.

“Oh.” Ela geme de novo, desta vez pela perda. Eu não posso
ajudar, mas sorrio para sua bunda bonitinha.

“Vamos tomar um banho,” Sorrio e dou um tapa em seu


traseiro. A porra da coisa balança e já posso sentir meu pau
crescendo outra vez. Esta noite será uma longa noite de foda com
essa mulher. Estou pronto para o desafio.

“Você é muito mau, Ben.” Seu tom de voz é brincalhão e


aprecio sua risada quando dou um tapa na sua bunda mais uma
vez com um pouco mais de força.

“Você também, garotinha. Você também.”


K WEBSTER

CAPÍTULO ONZE
MAYA

A luz brilha pela janela e, momentaneamente, tenho que


lembrar onde diabos estou. Mas quando sinto a dor entre as pernas,
penso em Ben e sorrio. Viro em direção a ele, mas, infelizmente, ele
não está mais na cama comigo. Passamos a noite inteira alternando
entre foder e fazer amor. Com ele, sou fã de ambos.

Suspiro quando me lembro de nossa discussão acalorada


sobre minha mentira. Meu coração dói por saber que estou
mantendo um segredo gigantesco dele. Mas se eu jogar minhas
cartas direito, talvez possa derrubar Oculus, Blaze e seus lacaios,
mas de alguma forma deixar Ben de fora. Tem que haver uma
maneira de não o implicar com tudo isso. Ele vai me odiar quando
descobrir, mas pelo menos não vai para a prisão. A ideia de perdê-lo
me deixa mal do estômago. No que eu me meti?

Saindo da cama, encontro minhas roupas e me visto. Quando


saio para encontrar Ben, sou envolvida pelo cheiro de bacon. Vovó
deve estar preparando o café da manhã. Desço correndo as escadas
e sorrio quando o vejo sentado à mesa, mandando uma mensagem
para alguém enquanto sua avó cozinha para ele. Suas sobrancelhas
estão franzidas e seu bíceps se flexiona enquanto digita sua
resposta com uma mão. Meu corpo dolorido ganha vida ao vê-lo e eu
me vejo ansiosamente querendo o café da manhã, para que ele
possa me levar de novo para o andar de cima.
K WEBSTER

“Já era hora de você se juntar a nós, dorminhoca.” Vovó


cumprimenta do fogão.

Ben vira a cabeça na minha direção e imediatamente, seu


cenho é substituído por um sorriso.

“Bom dia!” Falo e me aproximo dele. Inclino-me para frente e


beijo-o nos lábios.

Ben me surpreende quando me puxa para seu colo. “Bom dia,


linda.” Ele fala em meu ouvido, beliscando meu lóbulo.

Eu grito e o bato de brincadeira. “Você é muito mau!”

“Ok, vocês dois pombinhos. Por mais que eu queira que vocês
façam alguns netos para mim, isso não vai acontecer na minha
mesa de jantar. Maya, pegue o suco de laranja para todos. Ben,
pegue a calda na despensa.” Vovó manda.

Separamo-nos e ambos fazemos o que nos foi pedido.


Momentos depois, estamos todos sentados à mesa, prontos para
comer. Hoje eu já conheço a dinâmica e mantenho as mãos no colo,
esperando que vovó faça sua oração.

Ela abaixa a cabeça. “Querido Senhor, obrigada por trazer a


doce Maya para nossa casa. Espero que você esteja aí em cima,
enquanto falamos, abençoando-a com óvulos férteis. E, Senhor, por
favor, faça a mídia passar de Kimye. Estou tão cansada de ouvir
sobre essa Kardashians e seu marido estúpido. Perdoe-me por
xingar, mas sabe como eu fico quando as vejo na televisão. Quero
dizer, quem nomeia o filho de North West? Isso não é um nome. É
uma direção. A única direção que esses dois precisam é conseguir
uma vida. E aquele casamento! A maldita mulher já teve um
casamento ridiculamente caro com aquela babaca que durou três
K WEBSTER

segundos. Agora quer outro casamento de vários milhões de dólares


com o novo palhaço? Oh infernos, não. Sua mãe precisa bater um
pouco de sentido nela. De qualquer forma, Senhor, desculpe-me por
discordar, mas como pode ver, Kimye me deixa toda perturbada.”

Estou mordendo meu lábio com tanta força para não sorrir,
que tenho certeza de que vou tirar sangue em breve. Suas orações
são quase demais para suportar sem rir.

“Oh, e, Senhor, por favor, não deixe meu lindo Urso Pooh ser
um homem burro. Dê a ele forças para se casar e engravidar Maya
em breve. Eu sou velha. Meu tempo é curto. Sabe disso, Senhor.
Sou uma boa mulher e certamente pode me fazer esse favor. Você
meio que me deve já que Lynetta me ligou esta manhã,
milagrosamente curada de sua laringite. De qualquer forma,
agradeço por essa comida que meu doce neto fornece com seu
trabalho duro com o comércio de seu pai. Nós somos além de
abençoados. Em nome de Jesus, oramos. Amém.”

Olho para Ben e ele está com um olhar frustrado antes de dar
à avó um sorriso falso. Incomoda-o pelo fato de ser traficante de
drogas e mentir para ela sobre o assunto. Posso ver que isso o
consome. Eu sei que podemos descobrir uma maneira de tirá-lo
desse mundo antes que seja jogado na cadeia com aqueles
criminosos horríveis. Ben não é um criminoso horrível, mas a lei
não vê dessa maneira. Não há detalhes técnicos ou áreas cinzentas.
É tudo em preto e branco, as cores na lateral dos carros de patrulha
provam isso claramente.

Rimos e saboreamos nosso delicioso café da manhã. Vovó fica


emocionada quando descobre que Ben vai me levar para um
encontro hoje à noite. A pobre mulher nos quer juntos quase tanto
quanto nós. Preocupa-me imaginar no que acontecerá com ela se
K WEBSTER

Ben for levado para a cadeia por estar associado a Oculus e seus
negócios. Meu estômago dá uma estremecida porque me preocupo
com quem cuidará dela.

“Bem, crianças, estou indo jogar bridge com meu grupo.


Vocês podem limpar essa bagunça para mim?” Ela pergunta depois
que se levanta e coloca o prato na pia.

Nós dissemos que sim e não posso deixar de me sentir amada


por essa mulher quando me beija no topo da minha cabeça antes de
sair pela porta da frente.

“Ela dirige?” Eu pergunto, incrédula. Vovó é velha e manca.


Ela também não pode subir as escadas.

“Sim e eu detesto isso. Tentei convencê-la a não dirigir, mas


ela me bateu com sua revista.” Ben sorri. “Ela apenas atropelou
uma caixa de correio e dois gatos, esbarrou de lado em todos os
cones de construção da cidade e bateu em, pelo menos, cinco carros
em estacionamentos. De alguma forma, é sempre culpa deles. Não é
o fato de que ela não pode ver ou que não presta atenção. A mulher
tem um telefone celular e tende a usar seus passeios como um
tempo para conversar com as amigas da igreja. Isso me aterroriza
toda vez que ela pega suas chaves para ir a algum lugar.” Com os
olhos arregalados, olho para ele. Porra. Agora tenho mais uma coisa
com que me preocupar.

Suspirando, vou até a pia e a encho com sabão e água morna.


Apenas comecei a lavar a louça quando Ben pressiona seu corpo
contra as minhas costas. Seu pau está duro e me cutucando por
trás. Eu gemo quando suas mãos se aproximam do meu corpo pela
frente e me provocam através do jeans.
K WEBSTER

Sem nenhuma palavra, sinto que ele desabotoa meu jeans e


depois os desliza pelas minhas coxas até os joelhos. Ele empurra
meu corpo para frente e meus braços se molham na água quente
até meus cotovelos. Eu o escuto rasgar o plástico de um
preservativo e, segundos depois, está empurrando-se na minha
buceta dolorida.

“Ben!” Eu suspiro quando vou mais fundo na água até meus


cotovelos descansarem no fundo. As mangas da minha camiseta
estão encharcadas.

Ben tem uma mão segurando meu quadril com força e a outra
está segurando o balcão ao meu lado. Mesmo que ainda esteja
dolorida, não quero que ele pare. Jamais quero que ele pare. A água
espirra ao meu redor enquanto ele me fode loucamente por trás.

“Maya, estou prestes a gozar. Porra, muito em breve.” Ele


reclama e tenta diminuir o ritmo.

“Toque-me primeiro.” Suspiro entre as investidas.

Sua mão desliza do meu quadril para entre as minhas dobras,


imediatamente encontrando o meu botão de prazer. Com seu dedo
especialista, massageando círculos no meu clitóris sensível
enquanto me fode por trás, eu gozo forte.

“Ben, oh Deus!”

Desta vez, quando ele geme, libera seu clímax enquanto


minha buceta continua a contrair e agarrar seu pau, aparentemente
implorando por todo último pedaço que ele tem que dar.

Quando passamos o tempo fazendo amor na cozinha, Ben


fala.
K WEBSTER

“Vou preparar um banho quente para nós. Vou te deixar


terminar aqui na cozinha, que é lugar de mulher.” Ele brinca com
uma risada irritante e dá um tapa na minha bunda.

Girando, eu espirro nele a água da pia, molhando-o e o chão.


Ele puxa seu jeans rapidamente e sai correndo da cozinha e da
minha linha de fogo. Eu o escuto rindo por todo o caminho até o
andar de cima. Idiota.

“Para onde estamos indo?” Pergunto a Ben enquanto dirige


seu carro sem esforço pelas ruas de Detroit.

Ele não percebe, mas estou de olho no sedan não marcado


que está nos seguindo vários carros atrás. Porra do Lopez. Hoje não
levei minhas drogas no ponto de encontro. Vou ter que ligar para ele
e avisar que estou trabalhando em uma coisa diferente.

“Eu prometi a você aquele filme policial.” Ele diz e puxa


minha mão do colo.

Entrelaçamos os dedos e meu coração palpita com a


facilidade das coisas para gente. Mas meu coração para cada vez
que vejo aquele carro no espelho lateral seguindo nossas curvas,
tentando permanecer invisível.

Distraída, dou-lhe um meio sorriso. Ben franze a testa para


mim, imediatamente sentindo meu desconforto. Merda.

“O que está acontecendo nessa sua cabeça, garotinha?”

Em vez de mentir, digo a verdade. “Só pensando no meu


melhor amigo.”
K WEBSTER

Bem, essa foi a resposta errada também, porque agora ele


está chateado e afasta a mão da minha para segurar o volante com
as duas mãos.

“O melhor amigo que lhe deu orgasmos?” Ele me fala. Ai.

“Não estava pensando nisso, imbecil.” Respondo para ele.


Cruzando os braços, resmungo e olho pela janela, em um esforço
para evitá-lo.

Ben suspira pesadamente e agarra minha coxa. “Desculpe.


Ele é seu melhor amigo. Entendi. Mas não posso deixar de ficar com
ciúmes pelo fato de ter tocado em você de uma maneira que eu
toquei em você. Quero você toda para mim. Se ele te abraçar,
provavelmente vou perder a cabeça porque não quero que ninguém
abrace minha garota, somente eu.”

Viro a cabeça e sorrio para ele. “Eu não quero ninguém além
de você me tocando, Ben. Não precisa ficar com ciúmes.”
Inclinando-me, dou um beijo na sua bochecha. E assim, estamos
felizes novamente. Bem, exceto por cada vez que olho no espelho e
vejo aquele maldito carro.

Quando entramos no estacionamento do cinema, olho a área,


procurando por Miguel. Felizmente, ele deve ter continuado.

“Vovó disse que você mostrou a ela como usar o computador


hoje.” Ele sorri enquanto estaciona. Hoje cedo, Ben teve que sair
para cuidar de alguns “negócios”. Fiquei irritada, mas esperava que
ele tivesse a oportunidade de dizer a Oculus que está fora do jogo.
Vovó e eu passamos o dia pesquisando sua árvore genealógica. Ela
ficou absolutamente emocionada quando eu sugeri. Finalmente,
alguém entende meu pequeno hobby.
K WEBSTER

“Uh, sim. Ela não é muito boa, mas se divertiu ajudando-me a


pesquisar sua história familiar.”

“Minha avó às vezes é demais pra caralho.” Ele ri quando


saímos do carro e começamos a andar de mãos dadas em direção à
entrada. “Ainda não consigo acreditar que você quer ver um filme
policial.”

Engulo meu desconforto e tento não pensar em como Ben


ficará chateado se, não quando, ele descobrir que sou policial. Eu
sorrio, embora desconfortavelmente, enquanto andamos para o
guichê. Ele compra nossos dois ingressos e entramos no prédio,
imediatamente surpreendidos pelo cheiro de pipoca amanteigada.

“Oh, precisamos comer pipoca.” Digo a ele. “Por que você não
fica na fila para pegar nossos lanches enquanto eu vou ao
banheiro?”

Ele concorda, então vou direto para os telefones públicos


perto dos banheiros. Preciso ligar para Miguel e pedir que recue
antes que Ben perceba. É uma merda não ter um telefone celular.
Eu passo pelo lado das mulheres e quase alcanço os telefones
quando alguém me agarra por trás e me arrasta para o banheiro das
mulheres.

“Solte-me.” Peço, me contorcendo para me libertar enquanto o


homem grande me puxa para a cabine de deficientes e tranca a
porta atrás dele.

Quando respiro fundo para gritar, ele morre na minha


garganta. Conheço esse cheiro.
K WEBSTER

Ele me liberta e meus pensamentos são confirmados quando


me viro, ficando cara a cara com Miguel, que está usando um boné
de beisebol para obviamente se camuflar.

“Que porra você está fazendo?” Eu exijo.

“Onde você estava hoje com as drogas?”

“Estou trabalhando em um novo método! Se me deixar


respirar por cinco minutos, posso cuidar dos negócios!” Grito.

“Maya, relaxe. Preciso falar com você.”

“Eu tenho isso sob controle, você sabe. Não há necessidade de


comprometer a investigação, seguindo-nos escancarado e depois me
abordando no banheiro!”

Ele tira o boné e passa as mãos pelos cabelos antes de colocá-


lo em cima da cabeça. Sei que Miguel está frustrado, mas eu
também.

“Ouça. Peguei suas informações do Blaze e fiz alguns


reconhecimentos. Não foi difícil se infiltrar em seu pequeno grupo.
Eles não são cuidadosos ou secretos como o de Oculus. Consegui
marcar uma reunião com Blaze e lhe disse que costumava ser firme
com Oculus e seus revendedores. Ele estava mais do que feliz em
tentar conseguir qualquer informação que pudesse de mim. Depois
de uma longa discussão, eu disse a ele que poderia ajudá-lo a
chegar a um acordo territorial com Oculus. Ele parecia interessado
no que isso poderia implicar. Agora é aqui que precisarei da sua
ajuda. Juntos, precisamos descobrir uma maneira de colocá-los no
mesmo lugar.”
K WEBSTER

“Mais fácil falar do que fazer, Miguel. Não tenho muito


tempo.” Suspiro, ficando cada vez mais nervosa porque Ben está me
esperando.

“Quero que você convença seu lado de que Blaze quer fazer
um acordo. Ele vai recuar em troca de uma porrada de coca que
pode comprar a um preço com desconto. Se a gangue de Oculus
aceitar, ele os deixará em paz.”

“Como eu devo fazer isso, Miguel?” Falo. Não é como se Ben


me deixasse entrar e ter uma reunião com seu chefe.

“Descubra em breve. Ligue para mim quando estiver pronta e


definiremos os detalhes. Enquanto isso, convencerei Blaze de que
realmente vamos prendê-los e pensar que recuaremos. Sei que
aquele bastardo assustador tentará matá-los. Sem dúvida. Durante
o encontro, no qual esperamos que nós dois participemos com
reforços por perto, pregaremos suas bundas na parede.”

Eu concordo. Isso tem que ser feito. Mas o que direi a Ben?
Como vou encontrar uma maneira de deixá-lo fora desta reunião?

“E Maya?”

Olho para o meu melhor amigo em questão.

“O que quer que você esteja fazendo com esse homem, precisa
parar. Vi como você o beijou na delegacia quando te salvou. Não foi
um beijo de ‘eu estou fazendo um papel’. Foi um beijo de verdade.
Um beijo cheio de paixão e desejo. Você não pode estar com ele
desse jeito, Maya. Ele é um criminoso.”

Lágrimas enchem meus olhos e mordo o lábio. “Ele é


diferente.” Falo.
K WEBSTER

Miguel só balança a cabeça em desaprovação. “Ele não é


diferente, querida. Você está de olhos vendados. Quero dizer, está
num maldito encontro agora. Não é a realidade. Se ele souber que
você é policial, ele vai te odiar. Bote sua cabeça no lugar e entre no
jogo aqui. Se Sommerhaul souber disso, você terá uma merda de
problemas em suas mãos. Por favor, pare com isso, Maya.”

Miguel está certo e estou cansada disso. Eu deveria estar


disfarçada derrubando não uma, mas duas das maiores operações
de drogas da cidade e estou no cinema em um encontro com o
segundo em comando. Estou de olhos vendados no grande
momento.

“Ok, Miguel.”

Ele suspira aliviado e me puxa para um de seus abraços


reconfortantes. Sem outra palavra, me beija em cima da minha
cabeça e sai correndo do banheiro. Saio da cabine e respiro fundo,
tentando recuperar a compostura, quando Ben entra no banheiro,
derramando pipoca em todos os lugares.

“Você está bem?” Ele exige com raiva.

Meus olhos se arregalam quando estou temporariamente sem


palavras.

“Eu... uh... Era apenas um cara tentando ganhar meu


número, mas disse para ele se foder.” Digo nervosamente. Estou
ansiosa porque não quero que ele saiba que era meu parceiro. E se
Ben souber que era Miguel, meu melhor amigo, perderia a cabeça.

“Idiota.” Ele murmura. “Vi um homem sair do banheiro


feminino usando boné e óculos escuros parecendo totalmente
suspeito. E, em vez de correr atrás dele, tudo que eu conseguia
K WEBSTER

pensar era ter certeza de que você estava bem. Eu não seria capaz
de lidar se algo acontecesse com você, Maya.”

Ben envolve um braço em volta do meu corpo e me puxa para


um abraço lateral. Meu coração se agarra quando percebo que vou
ter que começar a me afastar desse homem. Isso não pode acontecer
conosco. Quando sinto o cheiro de seu perfume masculino, pisco as
lágrimas que ameaçam transbordar. A vida simplesmente não é
justa. Mas Miguel está certo. No momento em que Ben descobrir
que sou policial, ele vai me odiar. Quase não consigo respirar com
esse pensamento.

“Vamos perder o filme.” Falo. Afastando-me de seu abraço,


deixo o banheiro com ele andando silenciosamente atrás de mim.

O filme já começou no momento em que desajeitadamente


encontramos nossos lugares no escuro e nos sentamos. Eu nem
quero pipoca neste momento porque estou enjoada com a coisa
toda. Meu parceiro está certo e preciso me concentrar.

Durante o filme, nenhum de nós sorri. Eu amei o primeiro


filme e, em circunstâncias normais, adoraria esse também, mas não
hoje à noite. Confusão e raiva se revezam em Ben ao meu lado. Ele
sabe que algo está acontecendo. Quando os créditos sobem,
silenciosamente deixamos o cinema sem nos olharmos. Acabamos
de chegar ao carro quando Ben agarra meu braço, me parando.

“O que houve, Maya? Você não está me contando algo.”

Eu me viro para encará-lo e ele solta meu braço. Meu coração


afunda no meu estômago enquanto o vejo procurar no meu rosto
por respostas. Está me matando não deslizar meus braços ao redor
de seu corpo e nunca deixá-lo ir.
K WEBSTER

“Ben, não é nada. Estou cansada. Podemos ir, por favor?”

Ele olha para mim e se afasta para o outro lado do carro. É


evidente que está chateado comigo por mentir para ele, mas não há
nada que eu possa fazer sobre isso. A porta do carro batendo com
força me faz pular e pisco as lágrimas antes de subir do meu lado.

“Sinto muito.” Sussurro.

Ignorando-me, Ben liga o motor e volta para casa.


K WEBSTER

CAPÍTULO DOZE
BEN

Eu estou tão chateado que mal consigo ver direito. Ela mentiu
na minha cara hoje à noite e terminei com as suas mentiras.
Quando meu telefone toca, eu o pego do bolso, feliz por ter algo
quebrando o estranho e silencioso caminho de volta para casa.

“O quê?” Atendo o telefone, sabendo que é CJ pelo toque.

“Patrão? Oculus está zangado. Blaze está fodendo com ele um


pouco mais. Quando ele liga para o fornecedor, o telefone é
direcionado para uma gravação que diz: ‘Blaze é o rei desta cidade’
ou algo assim. Dizer que o homem está louco é um eufemismo.
Oculus está furioso e mudando de ideia. Eu o vi quase sufocar a
vida daquele filho da puta em que você bateu na semana passada
porque achou que era um dos companheiros de Blaze. Ele está
convencido de que alguém de dentro está vazando informações e
cocaína para Blaze. É a única coisa que faz sentido, considerando
que Blaze é capaz de fazer toda a merda que foi capaz. Só desça
aqui agora e acalme sua bunda antes que ele venha atrás de mim
também.”

Bato com o punho no volante, surpreendendo Maya no


processo. Conversar com Oculus sobre eu deixar esse negócio
maldito só parecerá suspeito agora. Ele não é o único filho da puta
com raiva agora. Estou farto dessa porcaria.

“Estarei aí em cinco minutos.” Resmungo enquanto desligo e


dirijo em direção à casa de Oculus.
K WEBSTER

Eu realmente deveria deixar Maya em minha casa primeiro,


mas, por mais estranha que ela esteja, pode tentar fugir enquanto
eu estiver fora. Precisamos ter um diálogo sério e não a deixarei sair
do meu alcance até que tenhamos essa conversa.

Sua atenção muda com o fato de que não estamos mais indo
em direção a minha casa, mas ela não diz nada até que paramos
atrás do carro de CJ no beco do escritório do meu chefe. Maya
nunca esteve aqui antes e detesto o fato de ter que trazê-la aqui em
primeiro lugar. Estaciono o carro, mas o deixo ligado.

“Fique aqui.” Eu ordeno.

Ela já está se esforçando para abrir a porta do carro, mas


agarro seu braço.

“Maya, fique aqui. Oculus está de mau humor e é perigoso.


Por favor, apenas fique aqui. Volto daqui a pouco.”

Quando Maya estreita os olhos para mim, posso ver que é


necessário toda a sua força de vontade para manter sua bunda
sentada neste carro. Em um movimento que surpreende a nós dois,
eu me inclino e beijo suavemente seus lábios. Rapidamente me
afasto antes de perder o controle e esquecer a tarefa em mãos.

“Eu já volto.” Falo e saio do carro.

Depois de uma corrida rápida para a porta, entro e ando pelo


corredor para ver o lacaio idiota de Oculus parado ali com os braços
cruzados.

“Entre. Divirta-se.” Ele diz amargamente. Acho que também


estaria amargo se meu chefe tentasse me sufocar a vida e me
acusasse de ser um traidor.
K WEBSTER

Sem uma palavra em resposta à sua estupidez, abro a porta e


entro. CJ está sentado em uma cadeira em frente à sua mesa,
parecendo bastante estranho. O olhar de Oculus suaviza quando me
vê.

“Pac, estou feliz que você pode nos agraciar com sua
presença. O que diabos tem feito ultimamente? Você é meu homem
de confiança e eu mal te vejo.”

Eu sei que ele não está querendo uma desculpa fraca ou


qualquer mentira, portanto apenas digo a ele: “Estou aqui agora.”

“Eu vou matar aquele idiota.” Ele me assegura friamente


enquanto aperta as mãos. Posso dizer que Oculus está tentando
desesperadamente manter a calma e se aguentando por um fio
muito pequeno.

“Nós vamos pegá-lo. Já estou vasculhando. Blaze vai se ferrar


quando achar que ninguém está procurando. Mas eu vou procurar.
Isso vai acabar em breve.”

Ele concorda e seus ombros relaxam um pouco. Se alguém


pode acalmá-lo, sou eu. Ele está prestes a dizer outra coisa para
mim quando ouvimos uma briga do lado de fora da porta. CJ se
levanta da cadeira e puxa a arma da calça. Quando uma Maya de
olhos selvagens surge na sala, meu coração deixa de bater.

“A maldita encrenqueira.” CJ murmura aborrecido.

Eu estou irritado, mas a necessidade de protegê-la de Oculus


ofusca isso.

“Eu disse para você esperar no carro.” Brigo com ela.


K WEBSTER

“Posso ajudar.” Ela diz rapidamente, seus olhos nunca


deixando os meus. Maya está silenciosamente me pedindo para
deixá-la falar. Porra incrível.

“Pac, quem é essa?” Oculus exige de trás de sua mesa.

Maya e eu olhamos para ele. Ela engasga ao meu lado.


Quando olho de relance para ela, parece ter visto um fantasma. Foi-
se a mulher determinada. Essa mulher foi substituída por uma com
medo e nervosa. Oculus é intimidador, mas Maya não tem medo de
ninguém, portanto sua mudança repentina de comportamento me
enerva.

“Essa é Braids.” Falo, deliberadamente, sem dizer o nome


dela. “Ela é traficante. A que eu falei que estava vendendo mais
drogas que todas as outras. Ela é legal.”

Oculus olha para cima e para baixo com interesse, talvez até
diversão. Tenho um forte desejo de me colocar entre seus olhares
curiosos e minha garota. Ela pode ser um quebra-cabeça, mas é
minha e eu morrerei para protegê-la de pessoas como ele.

Ele sorri e retorna sua atenção para mim. “Aposto que ela é
‘legal’.” Ele ri conscientemente.

Merda. Ele sabe que estamos juntos. É por isso que esse
homem é bom no que faz. Oculus pode ver a floresta através das
malditas árvores.

“Braids?” Ele pergunta sarcasticamente. “Você nem tem


tranças no cabelo. Esse é um apelido bobo.”

Ela sai de seu transe estranho e engole antes de olhar para


ele. “Sim.” Ela sussurra. Que porra está acontecendo com ela? Onde
está minha Maya confiante e lutadora?
K WEBSTER

“Como acha que uma garotinha como você pode ajudar?” Ele
provoca.

CJ sorri até eu encará-lo com um olhar de ódio. Sua risada


morre na garganta e ele tem a decência de desviar o olhar. Volto a
atenção para Maya.

Maya levanta o queixo em um esforço para parecer destemida.


Quero arrastá-la para fora daqui, longe dessas cobras. Neste
momento, eu sei que, dada a oportunidade, estou saindo desse
negócio. Eu preciso sair por ela.

“Essa garotinha chutou a bunda daquele garotão do lado de


fora daquela porta.” Lá está ela, minha pequena foguete.

Oculus fica momentaneamente chocado com sua atitude, mas


rapidamente a esconde. É difícil sacudi-lo, mas Maya já conseguiu.
Ele não está impressionado.

“Vá direto ao assunto ou saia do meu escritório.” Ele fala.

Minha pele vibra com eletricidade. Estou pronto para sufocar


CJ ou Oculus se eles sequer pensarem em tocá-la.

“Um de seus homens veio até mim hoje. Eles querem se


encontrar, chegar a um acordo. Blaze acha que vocês dois podem
chegar a um entendimento.” Ela fala rápido.

Estou momentaneamente chocado com as suas palavras.


Aquele maldito homem no banheiro. Isso não pode estar
acontecendo.

“Braids, por que estou descobrindo isso agora?” Digo a ela.

Ela olha na minha direção, me dando um olhar de desculpas.


Isso está cada vez melhor.
K WEBSTER

“Você está brincando comigo” Oculus grita com ela. Ele se


levanta da cadeira e começa a dar a volta na mesa. Meus músculos
ficam tensos quando se aproxima de Maya.

Todos os traços de medo se dissipam quando ela ergue os


ombros e o desafia olhando nos olhos. “Não. É sério como um
maldito ataque cardíaco. Blaze disse que vai recuar e deixar você em
paz se cumprir. Você não está pronto para assumir o controle do
seu território mais uma vez?” Ela provoca.

Oculus chega perto e a encara. “Você é uma puta linguaruda,


não é?”

“Eu disse que poderia ajudar. Se não quiser minha ajuda,


descubra sozinho. Não dou a mínima.”

Seu bíceps se contrai e juro por Deus, se ele bater nela como
quer, eu o mato aqui neste escritório. A tensão nesta sala é tão
espessa que você pode cortá-la. Quero que Maya saia deste
escritório o mais rápido possível.

“E como eu sei que você não é a porra da informante nos


preparando?” Ele resmunga.

Desta vez, ela nem se encolhe e parece pronta para dar seus
próprios socos. Não sei por que Maya é tão hostil com ele, mas me
deixa nervoso pra caralho.

“Porque... eu o amo.” Ela diz, apontando para mim.

Meu coração aperta. Menina, a única coisa que eu não queria


que ele soubesse, você entregou na porta dele.

Oculus inclina a cabeça para mim e sua carranca


rapidamente se transforma em um sorriso. “Ahhh, faz sentido agora.
K WEBSTER

O jeito que você parece pronto para quebrar meu pescoço se eu a


tocar. E o jeito que ela olha para você como se quisesse chupar seu
pau. Amor verdadeiro.” Ele sorri sem humor.

Meus olhos encontram os dela e apenas balanço a cabeça.


Lágrimas escorrem pelo seu rosto e Maya parece culpada longe de
mim.

“Ok, menina. Você chamou minha atenção. Diga a eles que


nos encontraremos em nosso outro escritório. Só Blaze, mais
ninguém. Não vou lidar com o exército de merda dele. Quero notas
pequenas. Tudo isso.” Ele instrui. “Mas eu quero você lá. No caso de
este ser um plano fodido para me arruinar.”

“É necessário?” Eu grito, jogando as mãos no ar.

Ele me irritou agora. Não tem como eu desejar que minha


garota fique bem no meio da porra do esquadrão de tiro. Não tenho
dúvida de que essa “reunião” terminará mal e não a quero nem
perto disso.

Oculus se aproxima de mim e fica bem no meu rosto. Nossos


narizes quase se tocam quando olhamos um para o outro, nenhum
dos dois se afastando.

“Sim, filho, é necessário. Não confio nessa cadela o quanto


posso mandá-la. E agora, com sua repentina insubordinação,
questiono ainda mais. Então, sim, é necessário. Se você quiser
continuar sendo uma parte leal desta empresa, sugiro que tire o
rosto da buceta dela e volte para onde pertence, aqui ao meu lado.”

Minha mandíbula estala enquanto cerro os dentes. É preciso


tudo em mim para não dar um soco nesse filho da puta no queixo, o
homem que, uma vez, eu admirei. Agora, ele pode ir para o inferno.
K WEBSTER

“Se ela for, eu vou. E vou armado.” Falo.

Um sorriso de gato de Cheshire se espalha pelo rosto,


revelando vários dentes de ouro. “Então o bom garoto que não mata
de repente quer uma arma? Bem, foda-se, isso é amor verdadeiro.”

Silenciosamente, paramos por alguns segundos antes que


Oculus se afaste e volte para sua mesa.

“Nós terminamos aqui. Quero um horário que seja amanhã


até o final da noite. Mande-me uma mensagem, Pac.”

Maya olha na minha direção e eu aceno levemente minha


cabeça para a porta. Compreendendo, ela rapidamente faz esse
caminho.

“Não me foda, menina. Você vai se arrepender. Não me faça


pintar as malditas paredes atrás de você com seu sangue.” Ele
ameaça.

Estou prestes a pular sobre a mesa e sufocar a vida dele


quando recebo uma cutucada de CJ, me tirando de minhas
intenções cheias de ódio. Não dou outra palavra a Oculus enquanto
saio do escritório atrás de Maya. Ela já está correndo pelo corredor
em direção às portas da saída. O idiota que ela ‘espancou’ está
sentado no chão, gemendo. Minha garota fez um número nele.

“Garotinha, espera!” Eu chamo logo antes que ela saia pela


porta.

Ignorando-me, ela sai em disparada pelo corredor. Quando


chego lá fora, vejo-a no final do prédio e virando a esquina. Porra!

Entro no meu carro e dirijo pelo beco o mais rápido que


consigo, sem perder o controle e batendo na parede. Quando chego
K WEBSTER

à rua, vejo-a correndo lá. Virando o carro nessa direção, eu o


acelero até alcançar sua bundinha rápida.

Quando a alcanço, abro a janela e grito para ela. “Entre no


carro.”

Maya continua correndo enquanto eu dirijo na mesma


velocidade.

“Droga, mulher! Entre na porra do carro ou eu a arrastarei


para dentro. Nós precisamos conversar.”

Sua corrida diminui até que ela para completamente. Vejo


seus ombros caírem para frente e ela enterra o rosto nas mãos.
Rapidamente, viro o carro para estacionar e saio. Depois de correr
até ela, eu me aproximo lentamente quando percebo que está
chorando tanto que praticamente está hiper ventilando.

“Maya.” Digo baixinho, envolvendo os braços em volta de seu


corpo em convulsão.

“Ben, desculpe. Eu errei.” Ela tenta, chorosa, se explicar.

Esfregando as costas, tento descobrir uma maneira de nos


tirar dessa bagunça. “Vamos nos esconder. Tenho o meu negócio de
carpintaria. Isso nos manterá à tona. Você não vai entrar na cova
dos leões, garotinha.”

Ela continua a chorar, mas tira as mãos do rosto e as desliza


pelo meu corpo. “Ben, sou mentirosa. Você deveria me odiar, mas
não quero que você me odeie. Estou confusa.” Ela diz
enigmaticamente.

“Eu não te odeio. Nunca poderia te odiar. Vamos. Vou te levar


para casa.”
K WEBSTER

Quando Maya não discute, eu a guio até o carro e a ajudo.


Quando está escondida em segurança, eu corro de volta para o meu
lado e entro. Depois de ligar o carro e sair, eu seguro sua mão e
aperto.

Tenho tantas perguntas para ela, mas agora só quero que


fique ao meu lado enquanto acaricio seu cabelo. O que ela disse
naquele escritório sobre me amar é verdade? Por que ela não me
contou sobre conversar com o ajudante de Blaze? Por que diabos
não ficou no maldito carro? Há tantas perguntas, mas primeiro,
Maya precisa de conforto e pretendo fornecer isso para ela.

“Nós vamos descobrir isso.” Prometo, apertando ainda mais a


sua mão.

Meu coração se parte quando ela vira os olhos manchados de


lágrimas em minha direção. “Acho que não podemos.”
K WEBSTER

CAPÍTULO TREZE
MAYA

Eu de verdade estraguei tudo. Não com o meu trabalho, meu


dever para com a nossa comunidade. Não, eu estraguei tudo com
Ben, o homem que bombeia sangue para o meu coração. Estou
enjoada disso e ele não faz a menor ideia de que sou um mestre da
decepção.

“Por que você não sobe e toma banho? Vou falar com a vovó.”
Ele sugere enquanto subimos os degraus da varanda.

Concordo quando entramos e subo as escadas.

Depois de me despir rapidamente no banheiro, entro no


chuveiro fumegante e tento lavar o dia.

Oculus. Lembro-me do tapa-olho. O assassino do meu pai


usava um tapa-olho. Foi só quando vi aquele homem hoje à noite
que percebi que Oculus é o assassino do meu pai. Por dezessete
anos, imaginei muitas maneiras diferentes de tirar a vida daquele
homem. Cada cenário envolvia que eu usasse armas de fogo no
verdadeiro estilo Maya. A cada instante, o sangue daquele homem
estava em minhas mãos e eu me vingava. A realidade disso tudo foi
que, quando finalmente vi o homem mau que arruinou minha vida,
eu congelei, fiquei em pânico.

A decepção em mim mesma percorre minhas veias e estou


quase perturbada com toda a provação. Ele me intimidou e me
cortou profundamente. Resumindo, Oculus me assusta. Claro,
K WEBSTER

ainda quero matá-lo, mas não sei se terei coragem. Apenas a visão
de seu tapa-olho me fez engasgar com minhas palavras. Como
diabos eu vou ser corajosa o suficiente para matar aquele filho da
puta?

E matá-lo é a única opção, não importa a consequência. A


prisão é como um clube de campo para aquele idiota do mal. A
morte é definitivamente a resposta. Só preciso descobrir uma
maneira de aumentar minha força interna para terminar o maldito
trabalho.

Quando saio do chuveiro com só uma toalha, escuto risadas


lá embaixo. Depois que ando para a cabeceira, pego o telefone e ligo
para Miguel.

“Está feito.” Digo a ele quando atende.

“Onde?”

Dou-lhe o endereço e digo a ele nove horas da manhã. “As


coisas podem ficar feias.” Aviso.

Quero dizer ao meu melhor amigo que encontrei o assassino


de meu pai, mas sei o que vai acontecer. Miguel se tornará um herói
e me tirará do caso. Miguel sabe tão bem quanto eu que isso se
torna um conflito de interesses. Não vou deixá-los estragar isso para
mim.

“Maya, eu te protejo.”

Agradeço a ele e desligo quando ouço Ben subindo as


escadas. Virando-me para a porta, tento não parecer culpada e
depois levanto para cumprimentá-lo. “Oh, oi.” Falo.
K WEBSTER

Ele estreita o olhar para mim antes que seus olhos examinem
meu corpo na toalha. “Você estava no telefone?”

Eu aceno que sim porque nada passa por esse homem.


“Conversei com o contato de Blaze. A reunião é às dez da manhã de
amanhã.”

Depois de tirar o telefone do bolso, Ben manda uma


mensagem para Oculus. Depois coloca na mesa de cabeceira e se
ajoelha na minha frente. Quando ele coloca uma mão grande na
minha coxa nua e ainda molhada, ofego. Só é preciso um toque dele
e meus pensamentos já estão ficando confusos. Ele me surpreende e
se inclina para baixo para olhar embaixo da cama. Sua mão pode
estar pegando fogo porque seu toque está me queimando, enviando
correntes elétricas de necessidade diretamente para a minha
buceta.

Ele arrasta um pequeno cofre debaixo da cama, despertando


minha curiosidade. Retirando a mão da minha coxa após um leve
aperto, abre o cofre, revelando duas armas. Fico chocada quando
me entrega uma.

“Você vai levar isso amanhã. Vou pegar esta. Se as coisas


saírem do controle, você precisa de uma maneira para se proteger.
Sabe usar uma arma?” Ele pergunta gentilmente.

Mais uma vez, a vergonha percorre minhas veias. Claro que


sei usar uma arma. Sou uma detetive do Departamento de Polícia
de Detroit, mas Ben não sabe disso.

“Sim. Consigo usar e tenho uma boa mira.” Digo


sinceramente.
K WEBSTER

Ele sorri para mim com tanto orgulho que de repente me sinto
péssima. Sinto-me doente por ter que enganá-lo. Ele apoia a arma
na mesa de cabeceira ao lado do telefone. Seus olhos estão tentando
arrancar camadas da minha alma enquanto tenta procurar o
verdadeiro eu. Detesto ter que esconder isso dele. Ben pega a arma
da minha mão e a coloca na mesa.

Ainda ajoelhado, ele abaixa a cabeça e beija minha coxa.


Arrepios se espalham pela minha pele. Prometi a mim e a Miguel
que terminaria isso. Mas com suas mãos agora me massageando
acima dos joelhos, enquanto ele prova minha pele exatamente onde
a toalha termina, eu me perco no momento. Suas mãos afastam
meus joelhos e eu gemo. A toalha desliza e revela minha nudez por
baixo.

Eu choramingo quando suas mãos sobem a toalha e acaricia


meus quadris enquanto sua língua me provoca, avançando pouco a
pouco. O hálito quente faz cócegas entre minhas pernas e caio na
cama, antecipando o que está por vir. Ele geme de desejo logo antes
que a língua especialista arraste pelos lábios da minha buceta.

“Ben.” Eu gemo. Minha toalha cai e toco meus mamilos,


apertando-os um pouco.

Sua língua me acaricia novamente e quase pulo da cama. A


maneira lenta e preguiçosa com que ele faz isso me deixa um pouco
louca, mas amo.

“Você cheira a sabonete, mas tem gosto de mel, garotinha.”


Ele elogia, enviando ondas de felicidade ao meu coração.

Quando empurra sua língua dentro de mim, eu grito.


Escorregadio, porém com força, me provoca. Ele se afasta de novo e
me lambe com força todo o caminho de volta ao meu clitóris, onde
K WEBSTER

rapidamente circula. Estou começando a empurrar


involuntariamente minha buceta contra sua língua, o desejo carnal
assumindo o controle sobre meu corpo. Ele me recompensa por não
interromper o ataque, indo mais rápido e mais firme. Estou
esfregando o rosto dele sem vergonha quando desliza dois dedos na
minha entrada molhada.

“Oh, Deus, mais!”

Ben me fode com o dedo e me possui com a língua até que eu


gozo por muito tempo. Quando termino e ofego rapidamente na
cama, ele se afasta e começa a se despir. Erguendo os cotovelos,
admiro seu físico. Amo seu corpo perfeitamente esculpido, a
maneira como suas tatuagens pintam sua pele lindamente. Seus
músculos inferiores da barriga são moldados em um ‘V’ que aponta
diretamente para seu enorme pau, que ainda está escondido em sua
cueca. Tatuagens sensuais pintam sua pele escura, fazendo-o
parecer durão. Quando ele desliza sua boxer para baixo, seu pau
salta e balança pesadamente enquanto chuta o resto de suas
roupas. Enquanto procura um preservativo na mesa de cabeceira,
enfia três dedos na minha buceta e me massageia em círculos
grandes e lentos.

Ben coloca a camisinha e volta sua atenção para mim, me


olhando com avidez. “Maya, você é linda. Eu te quero tanto.”

Gemendo, eu aceno e abro mais as pernas para ele, mas


continuo agradando meu clitóris. Ele coloca um joelho na cama e
desliza a mão debaixo da minha bunda, empurrando-nos para mais
longe na cama. Deito quando ele se alinha contra a entrada do meu
corpo que está encharcada de excitação. Empurrando lento, porém
firmemente, ele preenche cada centímetro quadrado do meu sexo
com seu pau grosso e latejante.
K WEBSTER

“Deus, porra, você sempre está gostosa” Ele geme quando


começa a empurrar para dentro de mim. Seu ritmo é rápido o
suficiente para que suas bolas deem um tapa na minha bunda e
porra, se eu não tenho vontade de ter ele lá outra vez.

Ben me cobre com seu corpo, de modo que nossos peitos se


encontram, forçando-me a tirar minha mão e abandonar meu
próprio prazer. Nós dois já estamos suando, portanto estamos
criando um atrito escorregadio que aumenta os sentimentos
insanamente deliciosos que percorrem nossos corpos. Sua boca
desce sobre a minha e ele me beija suavemente. Parece que está
tentando me dizer palavras com a boca e o corpo.

“É verdade?” Ele fala contra os meus lábios enquanto


empurra poderosamente em mim.

Estou começando a sentir outro orgasmo provocando meus


nervos, então estou temporariamente sem palavras. “Mmmm.”
Murmuro, ficando ainda mais perto da borda.

“Garotinha, você quis dizer aquelas palavras?”

Sei o que Ben está perguntando e eu quis dizer a eles. Não era
um truque para enganar Oculus. Eu amo esse homem. É por isso
que meu coração se partirá quando tiver que deixá-lo.

“Sim eu te amo. Sei que é loucura, mas você é o meu mundo.”


Admito.

Ele levanta o rosto para olhar o meu enquanto continua me


fodendo. Seus olhos buscam a verdade e, com minhas palavras, ele
as encontra.

“Deus, eu também te amo, Maya.” Ele geme.


K WEBSTER

Meu orgasmo me atinge e inclino a cabeça para trás e gemo


enquanto, por todo o meu corpo, arrepios vagueiam. Eu o sinto
bombear mais três vezes antes que seu corpo libere seu clímax.

“Porra.” Ele engasga enquanto me preenche e, por fim, para.

Ben me beija de novo, docemente dessa vez e lágrimas


imediatamente enchem meus olhos. “Ben, isso não vai funcionar.
Você não entende.” As grandes e grossas lágrimas descem dos meus
olhos e pelas minhas bochechas, molhando meu cabelo ao longo do
caminho até a cama.

“Não, garotinha. Irá. Amanhã, vamos a essa reunião para


terminar esse assunto, mas acabou. Vamos nos mudar junto com a
vovó para o outro lado do país, se for preciso. Eu só desejo você,
sempre.”

Ele esfrega o nariz no meu, o que só me faz chorar mais. O


que aconteceria se eu fugisse com ele? Eu quero tanto, mas posso
deixar minha vida, minha carreira, por Ben? Quando seus lábios
pressionam reverentemente os meus de novo, eu sei, sem sombra de
dúvida, que posso.

Vou deixá-lo me levar embora. Nada importa, exceto ele e eu.


Ele é absolutamente o único para mim.

“Eu te amo, Ben. Quero fugir da realidade, ficar presa em um


mundo perfeito com você.” Admito quando ele se afasta para olhar
para mim.

Ele me recompensa com um sorriso sensual que faz minha


buceta apertar em volta de seu pau agora mole, que ainda está
dentro de mim. “Vamos comemorar.” Ele fala enquanto tira o pau
para descartar a camisinha.
K WEBSTER

Eu sei que, comemorar, ele quer dizer foder, e meu coração


bate em antecipação. Esse homem me faz estar bem em muitos
níveis. Suave e lento ou rápido e áspero, amo tudo isso com ele.

Grito de surpresa quando ele volta para mim, agarra minha


bunda e me vira de barriga para baixo. Escuto Ben abrir a mesa de
cabeceira novamente quando fico apoiada com as mãos e joelhos.
Ele coloca outra camisinha e sobe na cama atrás de mim. Seu pau
gigante entra na minha buceta latejante por trás com tanta força
que eu quase voo para frente da cama, mas ele me segura, com as
duas mãos nos meus quadris.

Assim como da última vez, seu polegar começa a provocar


minha bunda enquanto me fode. Quero que Ben seja o dono de
todas as partes do meu corpo e estou tão emocionada com a ideia
dele lá também, não só com o polegar que ameaça me quebrar.

“Eu quero tentar.” Suspiro.

Ben para e pressiona o polegar contra mim na bunda. “Aqui?”


Sua voz é baixa.Porra, tão sensual.

“Sim, por favor.” Imploro.

“Porra, garotinha. Você pode ficar mais perfeita?”

Eu gemo quando ele se retira e sai da cama. A gaveta da mesa


de cabeceira está mais uma vez sendo aberta e eu me pergunto o
que está procurando. Eu o escuto tirar a tampa de algo e tremo
nervosamente. E se doer? Porra. Meu coração bate em partes iguais
de antecipação e medo. Mas quando ele volta para a cama e agarra
minha bunda, o medo se derrete.

“A qualquer momento que você quiser paramos, Maya.”


K WEBSTER

Concordo e me apoio pelos cotovelos para poder empurrar a


bunda mais alto. Sinto decepção quando Ben desliza seu pau de
volta para minha buceta. Mas antes que eu possa dizer qualquer
coisa, seu polegar agora escorregadio empurra profundamente
dentro do meu ânus.

“Ah!” Gemo de surpresa.

“Relaxa.” Ele ordena em um gemido alto.

Eu me forço a me acalmar e logo estou gostando da sensação


estranha. Ele desliza para dentro e fora algumas vezes antes de tirá-
lo novamente. Quando o pau dele desliza para fora da minha
buceta, não consigo deixar de ficar tensa.

“Relaxa.” Ele me lembra enquanto massageia uma nádega


com a mão.

A ponta do seu pau circunda minha bunda e sinto que quero


isso, mesmo estando nervosa. Quando ele lentamente começa a
passar pela abertura apertada, seguro o edredom e grito quando me
queima lá. Deus, ele é muito grande. Sinto que estou sendo dividida
em dois.

Estou prestes a dizer para ele parar, mas forço a relaxar meus
músculos, o que o ajuda a deslizar até o fundo. Ben não se move, só
fica parado, permitindo que eu me acostume com a sensação. Sua
mão circunda meu corpo e provoca meu clitóris. A queimação
dolorosa começa a se dissipar quando a maneira sensual com que
ele toca o meu clitóris sensível assume o controle. Estou me
acostumando como jeito que ele me toca quando começa a entrar e
sair lentamente de mim.
K WEBSTER

Ainda queima, mas também é muito bom. Ben me estica o


máximo que dá e nunca me senti tão cheia.

“Está gostando?” Ele pergunta, ainda lentamente me fodendo.

“Sim.” Digo a ele, minha voz principalmente apenas um


sussurro.

Ele puxa a mão para longe do meu clitóris e agarra minha


bunda enquanto acelera. Minha mão substitui a sua e começo a me
tocar. Deslizo dois dedos na minha buceta, chocada com a rapidez
com que chego ao orgasmo, sendo preenchida completamente.
Minha palma esfrega contra o meu clitóris enquanto me fodo com o
dedo molhado. Seu pau é tão grande que sinto a pressão dele
pressionando contra meus dedos enquanto fode minha bunda.

“Oh meu Deus, Ben! Isso é, porra!” Grito quando meu


orgasmo me atinge e aperta os dedos de dentro de mim. O meu
toque diminui, mas ele não para. Lágrimas descem pelo meu rosto
enquanto o orgasmo mais intenso que já tive continua a atravessar
meu corpo. Ele geme atrás de mim e sei que gozou também.

Estou chorando e rindo ao mesmo tempo. Ben fica tenso atrás


de mim e lentamente se afasta do meu corpo. Caio na cama e
continuo agindo como uma pessoa louca, enquanto minhas
emoções e sensações me confundem.

Ele se deita ao meu lado e gentilmente me acaricia nas costas.


“Você está bem?”

A preocupação em sua voz corta meu coração aberto. Esse


homem é meu tudo. Ele não sabe, mas é dono da minha mente,
corpo e alma.
K WEBSTER

“Sim, Ben. Isso foi... foi incrível. Quero dizer, doeu, mas
também foi gostoso. Estou confusa. Estou dolorida. Sinto-me
violada, mas quero outra vez. Não faz nenhum sentido.” Admito,
chorosa. E é verdade. Foi uma experiência incrível e louca que eu
vou tentar de novo.

“Desculpe, garotinha. Queria que gostasse. Não precisamos


mais fazer de novo.”

“Não! Eu não estou fazendo sentido. Eu amei. Estou ardendo


e latejando com a invasão de um lugar que não foi violado antes de
você, mas eu, porra, amei que você foi a pessoa que me fodeu lá. E
honestamente, depois que eu me recuperar, sei que vou querer isso
novamente um dia em breve. Foi uma das coisas mais incomuns e
sexualmente intensas que já experimentei.”

Ele tira meu cabelo do ombro e beija a pele ali. “Eu te amo.
Isso, nós, eu quero todos os dias. Estou pronto para ter o belo
relacionamento que meus pais desfrutaram. Com você, é possível.”

Ele me beija mais uma vez antes de sair da cama para tomar
banho. Eu também o amo e é por isso que amanhã vai doer tanto.
Quando a prisão cair, Ben vai me odiar. Nosso sonho de fugir juntos
será apenas isso, um sonho. E meu coração, junto com o dele, será
quebrado. Espero que um dia ele me perdoe.
K WEBSTER

CAPÍTULO QUATORZE
BEN

O cheiro de bacon me desperta do sono pesado em que eu


estava. Estico o braço para Maya só para perceber que ela já deve
estar lá embaixo com vovó porque a cama está vazia. Deus, aquela
mulher. Bonita, sensual e aventureira. Mas também ainda é um
maldito mistério frustrante. Sempre posso ver seus segredos logo
abaixo da superfície e quero alcançá-los e agarrá-los para que
possamos passar a ser um casal normal, sem uma barreira entre
nós.

Viro e olho para o relógio na mesa de cabeceira com um olho


sonolento meio aberto. Faltam quinze minutos para as nove. Ainda
temos um pouco mais de uma hora antes da reunião às dez. Saio da
cama e vou até minha cômoda em busca de algumas roupas. O
cheiro do café da manhã faz minha barriga roncar. Gostaria de
saber se teremos tempo para uma rapidinha antes de sairmos. A
lembrança da noite passada, quando estava com as bolas no fundo
da bunda de Maya, meu pau engrossa quando pego uma boxer. O
fato de ela querer que eu a possuísse lá também me faz amá-la
ainda mais.

Visto o resto da roupa e calço os sapatos. Estou escovando os


dentes quando um pensamento me atinge. Google. Por que diabos
eu não pensei em descobrir mais sobre Maya através de uma
simples pesquisa na Internet? Você pode aprender muito sobre
alguém através de sua página no Facebook. Eu rapidamente ando
para o laptop que está na minha mesa e o ligo. Se ela não me conta
K WEBSTER

as coisas que está escondendo, talvez eu possa descobrir sozinho. O


que quer que seja, não pode ser tão ruim assim.

Alguns momentos depois, estou digitando Maya Simpson no


mecanismo de pesquisa. Uma das primeiras coisas que aparece é
um artigo de jornal de dezessete anos atrás.

Traficante de drogas assassinado na frente da filha de


nove anos, 9 de maio de 1997

O traficante de drogas Leroy Simpson foi morto a tiros em sua


casa no dia 8 de maio. Sua filha de nove anos foi testemunha do
assassinato, mas permanece de boca fechada sobre os agressores. A
polícia está trabalhando incansavelmente para eliminar a recente
explosão de drogas em Detroit. As drogas nunca foram comuns em
nossa cidade e a polícia promete trazer justiça aos envolvidos. Se
você tiver alguma informação sobre o assassinato ou alguém
envolvido, entre em contato com o Departamento de Polícia de Detroit.

Meu coração se quebra por ela. Maya deve ter ficado


arrasada. Pelo menos essa é uma história verdadeira, ela me
contou. Porra, que tipo de idiota eu sou por pesquisá-la?

Estou prestes a fechar o laptop quando outro artigo chama


minha atenção.

A policial Simpson é a mais jovem a se tornar detetive no


Departamento de Polícia de Detroit.

A policial Maya Simpson foi promovida a detetive. Atualmente,


ela detém o título de mulher mais jovem nessa posição no
Departamento de Polícia de Detroit. Em um departamento que é
predominantemente masculino, Simpson subiu na hierarquia através
de suas destemidas e inteligentes prisões de criminosos. Simpson
K WEBSTER

não é só uma mulher a quebrar barreiras em uma idade tão precoce,


também é a única detetive afro-americana na delegacia. Simpson
está mostrando uma nova maneira de dizer que as mulheres são tão
duronas quanto os homens. O capitão Sommerhaul diz que se orgulha
de tê-la na equipe. Quando questionada sobre como planeja tornar
nossa cidade um lugar melhor, Simpson disse: “Derrubarei todos os
traficantes de drogas, mesmo que eu tenha que fazer isso sozinha.”

QUE. PORRA. É. ESSA.

Meu sangue está fervendo. Uma maldita detetive?! Estou a


alguns segundos de fechar o laptop e sair correndo para enfrentá-la
quando vejo outro artigo.

Simpson e Lopez: Duo Superstar da DPD

Mais uma vez, a dupla dinâmica de detetives derruba outro


círculo de prostitutas. Não só os detetives Maya Simpson e Miguel
Lopez foram essenciais, mas também estavam na liderança ao
derrubar um dos mais antigos grupos de prostitutas e seus cafetões
que andam nesta cidade. Esses dois detetives estão limpando nossas
ruas quase sozinhos e estão recebendo inúmeros elogios, até do
prefeito McCrae. Quando perguntado como eles funcionam muito bem
juntos, o detetive Lopez disse: “Ela não é só minha parceira, é minha
melhor amiga. Nós cuidamos um do outro. Ela conhece meus
pensamentos e meu próximo passo sem que eu precise dizer nada.
Há quase um sexto sentido que existe entre nós.”

Eu não consigo mais ler. Porra, estou enfurecido agora. O


filho da puta do Miguel, seu melhor amigo, também é seu parceiro?
Fico tão irritado de repente que minha cadeira vira para trás e cai
no chão. Meu corpo está tremendo tanto com raiva e sentimentos de
traição.
K WEBSTER

Porra, Maya está disfarçada. Essa é a única coisa que faz


sentido, como ela literalmente surgiu do nada e me seguiu até o
maldito meio de tudo isso. Desde o primeiro dia, tudo foi planejado.
Ela não me ama. Era mentira, ela quer me colocar junto com
Oculus e todos os outros, na prisão. Eu a deixei entrar em minha
casa, a trouxe para conhecer minha avó!

Esmago o punho através do drywall com fúria. E agora, a


reunião com Blaze e Oculus foi marcada para que ela possa
derrubar todo mundo de uma só vez. Puta do caralho.

Saindo do meu quarto, não tenho certeza do que farei, mas


preciso entender por que ela foi tão longe quanto dormir comigo e
dizer que me amava. Não parecia falso. Eu posso dizer quando ela
mente e essa parte sempre pareceu real. Estou enjoado.

Depois de descer as escadas, apareço na cozinha para ver


vovó no fogão.

“Onde diabos ela está, vovó?” Resmungo.

Vovó se vira e me olha em choque. “Você precisa acalmar seus


ânimos, senhor. Não vou permitir que fale assim comigo em minha
casa.”

“Vovó!” Falo. “Onde diabos está Maya?”

Ela joga sua espátula em mim, me queimando com óleo


quente no meu braço.

“Que porra é essa!” Grito, perdendo a paciência a cada


segundo.

Depois de me atacar, ela pega um punhado da minha camisa


e me puxa para perto. “Não sei o que essa garota fez com você, mas
K WEBSTER

você nunca vai me desrespeitar nesta casa. O que quer que ela
tenha feito não lhe dá o direito de agir assim, Benjamin. Seus pais
ficariam horrorizados. Sugiro que você esfrie sua cabeça antes de
falar com ela. Maya é uma boa garota e você a perderá dessa
maneira.” Ela avisa antes de me soltar.

“Vovó, ela está prestes a arruinar a porra da minha vida, a


nossa vida! Ela é uma detetive.” Tento explicar, muito mais calmo
do que antes. Meu corpo treme de raiva e agora temo o que
acontecerá com vovó quando a merda atingir o ventilador.

Ela estreita os olhos para mim quando admito que Maya seja
policial. Vovó é inteligente demais e junta as peças. “Você é um
gângster. Ursinho Pooh, estou decepcionada com você.”

Meu coração está oficialmente quebrado. “Sinto muito, vovó.”

Seus lábios enrugados formam uma linha quando ela me olha


e balança a cabeça. “Onde ela está?”

“No caminho para prender a mim e um monte de outras


pessoas. Vovó, vou para a prisão.”

Seus olhos se entristecem, mas ela os endurece. “Essas


pessoas são ruins?”

Eu concordo. “Pior. Eles são perigosos, maus, matam


traficantes de drogas. Mas prometo a você que nunca matei
ninguém.”

Ela balança a cabeça novamente em desaprovação. “E se der


errado? Você ficaria bem com ela se machucando? Muito pior,
morta?”
K WEBSTER

O pensamento de ver Maya deitada em uma poça de sangue


envia punhais diretamente para o meu coração. Porra, mesmo
chateado quanto estou com ela, jamais iria querer que algo
acontecesse com ela. Independentemente de como ela se sinta em
relação a mim, eu de verdade a amo. Eu ainda a amo e estou
chateado com isso.

“Você deve protegê-la e também confessar seus erros. Eu vou


ficar bem, filho. Só não vá se matar. E proteja essa garota. Mesmo
que isso signifique prisão. Porque, Ursinho Pooh, você é um
Cartwright. Somos honestos, boas pessoas. Nunca é tarde para
fazer a coisa certa, mudar as coisas. Agora me dê um abraço e saia
da minha casa antes que se transforme em preto e azul com a
minha revista.” Ela ameaça.

Eu a puxo em meus braços e a abraço apertado. Seu cheiro


familiar e reconfortante enche meus pulmões pela última vez.

“Vovó, sinto muito. Eu te amo.”

Ela concorda e levanta a cabeça para beijar minha bochecha


com os lábios enrugados. “Eu sei. Também te amo, filho. Agora vá!”

Aperto-a uma última vez antes de sair correndo da cozinha lá


para cima. Meu coração aperta quando encontro uma arma. Pelo
menos Maya me deixou com a outra. Pego o telefone e luto com o
aviso de Oculus. Mas quando penso em como ele pode machucá-la,
afasto o pensamento de ajudá-lo. Ele pode sempre ter sido como um
pai para mim, mas não é meu pai.

São nove horas agora, portanto ainda tenho uma hora para
talvez mudar de ideia. Ela parecia sincera sobre querer fugir comigo.
Se eu conseguir encontrá-la e tirá-la daqui, talvez tenhamos uma
chance de um final feliz.
K WEBSTER

Vejo uma mensagem de Oculus e a leio. Meu coração aperta.

Oculus: Nove funciona ainda melhor que dez. É melhor


sua puta não estar brincando.

Sua mensagem é uma resposta a uma “minha” enviada


anteriormente, mudando o horário. Agora percebo que ela mudou o
horário da reunião e me deixou na cama para que eu não fosse
preso também. Então, talvez Maya me ame se esteja disposta a
colocar seu trabalho em risco para me manter fora disso. Deus, ela
me ama, ela tem que amar.

Mas, para azar de nós dois, não posso permitir que entre lá
sozinha. Oculus exigirá saber onde eu estou e provavelmente matá-
la só por diversão. Enfio a arma na cintura e corro para fora da sala
em um esforço para parar as coisas antes que elas explodam com
Maya no meio.

O trajeto para o escritório normalmente é curto, mas hoje


parece uma eternidade. Quando viro no beco, meu coração bate
forte com medo do que está prestes a acontecer. Como vou tirá-la
daqui? É tarde demais?

Saio do carro e corro para dentro, indo direto para o


escritório. Quando entro eufórico, assusto todos. Meus olhos
procuram na sala para ver com o que estou lutando. Oculus está
sentado à mesa com Blaze do outro lado. CJ, Maya, o mordomo
idiota de Oculus e um mexicano alto estão de pé na parede. Ele
parece familiar. Mesmo usando uma bandana, eu o reconheço como
o policial que tentou me prender naquele dia. É o detetive Lopez. E
agora sei que ele é o melhor amigo dela. Nem tenho tempo de ficar
com ciúmes quando a voz de Oculus chama minha atenção.
K WEBSTER

“Muito feliz que você pode se juntar a nós, Pac.” Oculus diz.
Ele está chateado por eu ter chegado atrasado.

“Tenho seu dinheiro. Quero minhas drogas.” Blaze fala,


interrompendo nossa troca.

A sala está tensa e dou outro olhar para Maya. Ela não olha
para mim e, mesmo que doa, ainda quero jogá-la por cima do ombro
e arrastá-la para fora dessa bagunça.

“Fica frio, imbecil. Quero garantir que isso termine hoje.”


Oculus retruca. “Depois que eu der a você os dois quilos por roubar
sessenta G's, preciso da sua palavra de que não começará essa
porcaria de novo. Embora não tenha certeza se posso confiar em
você. Pedi para vir sozinho e trouxe esse idiota com você.” Ele
aponta para Lopez, o homem que não tem ideia de que é um policial
disfarçado.

“Seguro. Eu tinha que ter certeza de que você não me mataria


exatamente aqui. Agora, aqui está o seu dinheiro. Dê-me minhas
drogas e terminaremos.” Blaze manda, colocando uma mochila
sobre a mesa.

Grande erro. Oculus odeia ser mandado.

Sinto que estou perdendo alguma coisa e assim que Oculus


olha rapidamente na direção de CJ, percebo que a merda está
prestes a atingir o ventilador. Rápido como um raio, CJ bate em
Lopez por cima da cabeça com sua arma e ele cai como um saco de
batatas. Maya balança a cabeça para mim com os olhos
arregalados. A mão dela se move levemente até a cintura, onde sei
que provavelmente está com a arma enfiada. Tento transmitir a ela
com meus olhos para não fazer isso.
K WEBSTER

CJ anda até a mesa e sei que está prestes a matar Blaze.


Surpreende-me, porém, quando aponta sua arma para Oculus.
Maya e eu estamos congelados em choque.

“Que porra você está fazendo?” Oculus diz para CJ.

“Velho estúpido. As coisas estão mudando. Quando a outra


equipe chega até você com uma oferta melhor que a do terceiro em
comando, você aceita. Quem você acha que está canalizando drogas
para o meu homem Blaze aqui?” CJ sorri sem humor. “Minha
garota, Tameka e eu, estávamos bem até que aquela cadela ali
estragou tudo também.”

Fala sério.

“Seu bastardo traidor!” Oculus grita e se levanta da mesa.

Maya e eu não saímos dos nossos lugares. O lacaio de Oculus


fica ao lado dela. Ele me deixa nervoso pra caralho, já que agora não
sei o que diabos está acontecendo.

“O tempo de conversa acabou.” CJ murmura e levanta a arma


para o rosto de Oculus.

O ajudante de Oculus puxa sua arma e atira em CJ,


atingindo-o na garganta. O sangue espirra na parede atrás dele e ele
cai rápido. Eu já estou enfrentando Blaze na cadeira quando outro
tiro soa.

Minha cabeça vira na direção do som e vejo aquele idiota


lutando contra Maya por sua arma. Outro tiro escapa de sua arma e
atinge o teto. Largo Blaze para afastar aquele idiota dela.

Outro tiro nos ensurdece e vejo que Oculus deu um tiro na


cabeça de Blaze. Consigo colocar a porra do estúpido servo em um
K WEBSTER

mata leão e anulo seu suprimento de ar até que ele desmaia e cai no
chão. Quando olho para cima, Oculus e Maya têm suas armas
apontadas um contra o outro.

“Qual é o seu lado, menina?” Oculus exige.

Não consigo respirar e meu coração para. Tenho medo de me


mexer e ele a mate imediatamente.

“Você matou meu pai. Leroy Lopez. Dezessete anos atrás.” Ela
soluça. Seus braços estão tremendo quando confronta o homem que
arruinou sua vida aos nove anos de idade.

Meu coração está quebrado por ela. Eu também estou com


medo de que Oculus esteja prestes a matá-la. Maya não está
pensando claramente e pela maneira como seus braços tremem, não
há como ela dar um bom tiro nele. Isso é ruim.

“Não consigo me lembrar de todos que mato, mas agora que


pensei nisso, lembro daquele idiota. O babaca achou que poderia
me roubar e fugir. Eu gostei de tirar a vida dele. Agora, tenho o
prazer de levar a sua.”

Estou congelado, pois tudo acontece em um borrão diante dos


meus olhos. Um tiro. Um único tiro e minha garota cai no chão.
Estou arrebentado e gritando.

“Nããããããããããão!”

“Pac, ela era uma traidora.” Ele começa, mas já estou


arrancando a arma da minha calça.

“Você era como um pai para mim.” Digo-lhe amargamente


antes de apertar todas as balas na minha arma.

Oculus cai no chão e meus olhos o seguem até onde ele está.
K WEBSTER

Eu o matei.

Eu matei um homem porra, um homem que eu via como figura


paterna.

E ele mereceu.

Caio de joelhos ao lado da minha garota enquanto as lágrimas


embaçam minha visão. O sangue escorre rapidamente ao seu redor
e não sei como parar.

“Não, Maya! Por favor, isso não pode estar acontecendo!”

Ela levou um tiro na barriga e o sangue está saindo do


buraco. Tiro a camisa e a pressiono contra o ferimento. Seu sangue
rapidamente encharca minha camisa. Filho da puta! Isso não pode
ser bom.

“Garotinha, ele está morto. Fique comigo, caramba!”

Os olhos dela se abrem. “Ben.” Ela murmura.

“Não fale. Apenas fique comigo. Eu te amo, Maya. Não


importa que você seja uma policial. Eu não ligo. Só não morra
comigo!”

Uma única lágrima cai do seu olho. “Eu sinto muito.”

Fico surpreso quando escuto um gemido atrás de mim. “Que


porra é essa! Maya!” A voz grita. Lopez.

“Ela está sangrando. Peça ajuda, Miguel!” Eu mando.

Ele corre até ela e segura a sua mão. “Maya, não morra
comigo!”
K WEBSTER

Em qualquer outra circunstância, eu odiaria que esse filho da


puta estivesse tocando ela, mas não agora. Agora, tudo em que
consigo pensar é mantê-la viva.

Ele pega o telefone e liga para alguém. “Entrem aqui agora,


meninos. Policial ferida. Simpson foi baleada. Mandem uma
ambulância!”

Ainda pressionando a camisa na barriga dela, eu me inclino e


acaricio meus lábios nos seus. “Eu te amo. Por favor, fique comigo.”
Imploro em um sussurro contra sua boca.

Seus olhos mais uma vez se abrem. “Eu... amo você.” Ela
engasga. A voz dela, parece ruim. Porra, tão ruim.

“Não fale, garotinha. Só fique aqui e fique forte. A ajuda está a


caminho.”

Outra lágrima cai quando ela fecha os olhos.

“Você fez isso com ela!” Miguel fala para mim.

Levanto a cabeça e olho para ele. “Eu? Você a mandou aqui


sozinha, direto para a cova de um dos filhos da puta mais perigosos
da cidade! Você fez isso com ela! Eu não! Eu a amo e morreria para
protegê-la. Você é a porra do seu parceiro e melhor amigo. Deveria
protegê-la também!”

Ele tem o bom senso de desviar o olhar vergonhosamente. A


mão dele desliza para o pescoço de Maya e quero afastá-lo.

“O pulso dela está aí, mas muito fraco.”

Eu quero vomitar. Aproximando de seu rosto, acaricio seu


nariz. “Por favor, não morra comigo. Eu vou para a prisão para
sempre, se significar que você viverá.”
K WEBSTER

Maya não responde e não acho que ela está respirando.

Não.

Por favor, Deus, não.

“Maya! Acorde!” Grito em um esforço para assustá-la.

Ela permanece imóvel e começo a soluçar incontrolavelmente.

O ajudante estúpido acorda atrás de mim e, enquanto ele


procura sua arma, Miguel abandona seu posto ao lado de Maya e
luta com ele. Eles se arrastam atrás de mim, mas tudo o que me
interessa é ajudá-la. Ela definitivamente não está respirando agora.

Mantendo a mão pressionada contra seu ferimento, inclino a


cabeça para trás e tento uma reanimação cardiorrespiratória o
melhor que posso com uma mão. Felizmente, segundos depois,
Miguel está de volta e assume, segurando sua ferida enquanto tento
dar vida novamente a minha Maya.

Isso continua por segundos ou minutos, não tenho certeza.


Tudo o que sei é que continuo repetindo os movimentos. Respirando
para ela. Depois bombeando seu peito. Respirando para ela. Depois
bombeando seu peito de novo.

Estou tentando fazê-la respirar quando a porta se abre e o


pessoal enche a sala. Alguém me afasta dela e eu enlouqueço.

Sacudindo-me em uma tentativa de fugir do puto que tenta


me impedir de manter minha garota viva, eu conecto meu cotovelo
no rosto de alguém. Momentaneamente me liberto e caio de volta
perto de Maya apenas para ser arrancado de novo.

“Deixe-me ir!” Eu grito enquanto luto para me libertar.


K WEBSTER

Algemas estão em meus pulsos em um instante e estou


impotente para ajudá-la. Minha Maya vai morrer por causa dessa
pessoa.

Felizmente, vejo dois paramédicos correndo até ela. Estão


lendo meus direitos, mas os ignoro. Não consigo desviar a atenção
de Maya. Os homens estão lutando para salvá-la e eu pisco com
força, tentando desesperadamente parar as lágrimas para que eu
possa olhá-la uma última vez.

“Sem pulso.” Diz um deles com urgência.

Abro os olhos rapidamente. Isso não pode acontecer. Não


posso perdê-la!

Só depois de eu ser arrastado e enfiado em uma viatura do


lado de fora é que percebo que minha vida acabou. Maya está morta
e vou para a prisão. Eles deveriam só me matar, porra. Olho para
baixo e em choque vejo o sangue dela por todo o meu peito nu. O
sangue dela está sobre mim, em minhas mãos, como deveria ser.
Sou responsável pela morte de Maya.

Quando olho pela janela e vejo o filho da puta que estava com
as mãos em cima dela no dia em que foi “presa” segurando um
lenço ensanguentado no nariz, fico feliz por um pouco de justiça,
sabendo que ele foi o único que bati com meu cotovelo. Maya ficaria
orgulhosa. O pensamento sobre ela aperta meu coração e fecho
meus olhos. Minha doce e sensual garota se foi.

Depois do que pode ter levado minutos ou horas desde que


assisti os paramédicos saírem carregando o corpo de Maya, um
policial mais velho sobe no banco do motorista. Quando olha para
mim, espero que fique com raiva por um dos seus ter morrido,
K WEBSTER

porém ele olha para mim com um olhar simpático. Mais uma vez, as
lágrimas caem por vontade própria.

“Você a ama.” Ele diz tristemente, ainda me observando. Seus


olhos percorrem meu peito sangrento e a visão do sangue dela faz
com que ele chore.

“Mais do que a própria vida.”

Ele concorda e se vira, deixando-me pensar na garota que


roubou meu coração e agora minha vida.

“Você tem uma visita.” Resmunga o policial enquanto conduz


o detetive Lopez para a cela em que estou preso.

Quando o policial se afasta, deixando-nos sozinhos, Lopez


pega as barras e coloca o rosto entre elas. Faço contato visual com
ele rapidamente e depois olho de novo para minhas mãos
manchadas de sangue. Eles me deixaram lavar o sangue ontem,
mas ainda posso vê-lo debaixo das unhas.

“Benjamin?”

Eu não olho. “Sim?”

“Benjamin, ela está estável.”

Minha cabeça se vira em sua direção para vê-lo sorrindo.

“O quê?” Gaguejo em descrença.

“Eles fizeram uma cirurgia para reparar um dos seus


intestinos. E mesmo que ela quase tenha morrido pela perda de
K WEBSTER

sangue, não havia danos críticos em nenhum dos seus principais


órgãos. Maya conseguiu passar a noite toda e, nesta manhã, abriu
os olhos um pouco.”

Sinto que meu coração pode explodir de choque.

“Eu não acredito.” Digo a ele, ainda atordoado. Minha garota


conseguiu? Ela estava certamente morta quando me levaram para
longe dela, mas Maya é muito forte para ir embora.

“Bem, acredite. E quando ela acordar, estará procurando por


você. Quando ela não te vir, você sabe quem ela vai morder? Eu.”

Levanto e ando até ele. “Eu sinto muito. Tentei protegê-la


dele, o homem que matou o pai dela. Diga a Maya que a amo.”

Ele sorri tristemente para mim. Posso dizer que ele a ama
também, mas respeita que o que ela e eu temos é algo especial.

“Ahh, então era ele afinal? Tive um palpite, porém, é claro,


nunca contei a ela.” Lopez suspira antes de continuar. “Ouça. Havia
sessenta mil dólares em cocaína na cena do crime. Tinha também
três corpos. A evidência mostra que as únicas balas que você atirou
estavam em Charles, também conhecido como Oculus, Nash. Dois
quilos de cocaína podem levar até vinte anos de prisão. No entanto,
a coca não era sua e não podemos provar que você a tinha ou fez
parte da transação. Infelizmente, a arma com a qual você matou
Oculus era uma arma roubada. Só isso pode lhe render até quatro
anos. Mas assassinato? Isso vai demorar muito mais.” Ele diz
calmamente e faz uma pausa.

Oculus me deu aquelas malditas armas há vários anos.


Armas roubadas, é claro. Balanço a cabeça com o quão cegamente
eu sempre segui aquele idiota.
K WEBSTER

Assassinato? Meu crime. Vale à pena enquanto Maya estiver


viva. Quando ela acordar e descobrir que o assassino de seu pai
está morto, finalmente estará em paz. Eu dei isso a ela.

“Eu, no entanto, sou uma testemunha ocular. E, como contei


para a Corregedoria, você protegeu não um, mas dois policiais. Isso
aí, você receberá uma sentença reduzida com o juiz. Eu vi a coisa
toda. Oculus apontou a arma para Maya. Você atirou em Oculus.
Fim da história.”

Estreito os olhos para ele. “Você estava desmaiado, cara.”

“Não, tenho certeza de que estava acordado e vi a coisa toda.”


Lopez pisca para mim.

Filho da puta. Esse cara está me cobrindo. “Por quê?”

“Maya. Agora, o que ela fez, se apaixonar por você e perseguir


o assassino de seu pai, era majoritariamente contra as regras do
caralho. Mas o ponto principal é que ela é minha melhor amiga. Eu
também a amo. Também é minha parceira. E os parceiros se
protegem. Continue com a história e você sairá dessa bagunça
muito mais rápido do que pensa.”

Eu aceno para ele. A perspectiva de não passar mais de vinte


anos na cadeia é fenomenal.

“Quando ela acordar, diga que a amo. Diga a Maya que sinto
muito por isso, mas não sinto o fato que o destino tenha nos unido.”

“Eu direi a ela, mas não ficará satisfeita até você contar a ela.
Eu a conheço. Maya é teimosa pra caralho.”

Nós dois rimos porque ela é uma das pessoas mais teimosas e
obstinadas que conheço.
K WEBSTER

“Eu nunca quis fazer parte das drogas, sabe. Na verdade, a


porra da minha avó acabou de descobrir ontem e tenho certeza de
que está só esperando a oportunidade de me ver novamente para
poder me bater com sua revista. Oculus acabou me recrutando
muito novo, em um momento em que eu precisava de um pai. Ele se
tornou essa figura para mim. Mas meu coração nunca esteve lá.
Depois de conhecer Maya, sabia que queria sair. Ela valia à pena
fazer o que fosse preciso para sair.”

Ele sorri para mim. “Sim, ela é uma boa menina. E Ben, você
é um cara legal. Seu registro está limpo. Sei sobre o seu negócio de
carpintaria na Internet.”

“Você falou com minha avó?”

Ele sorri. “Sim. Esta manhã ela me fez bacon e ovos quando
fui falar com ela sobre você. Disse a ela que não era necessário, mas
ela insistiu. E depois oramos.” Os olhos dele se arregalam.

Eu sorrio, sabendo como vovó pode ser persistente e quão


ultrajantes são suas orações. Considerando que estou na prisão e
Maya no hospital, tenho certeza de que foi uma sessão de oração
selvagem.

“Vamos apenas dizer que, se as orações dela se realizarem,


você ficará na prisão até aprender sua lição, Maya terá uma
recuperação milagrosa e estará grávida de seu filho e eu vou me
casar com uma coisa jovem que produzirá muitos lindos bebês
mexicanos.”

Começo a rir porque isso soa como a vovó, sempre tentando


convencer Deus a fazer as coisas do seu jeito. Ela nunca rechaçou
um estranho. Deus, vou sentir sua falta.
K WEBSTER

“Ei, Lopez?”

“Sim?”

“Quem foi o policial que eu bati no nariz?”

Os olhos dele escurecem. “Jake Lester.” Ele resmunga,


irritado com a menção de seu nome.

“Naquele dia, Maya foi presa, eu o vi do outro lado da rua


acariciando-a. Se eu voltar a vê-lo, vou lhe dar uma surra.”

“Aquele idiota. Ainda devo a ele minha própria surra por isso.”
Ele resmunga.

Fico feliz em ver que ele está tão chateado quanto eu. Talvez
haja esperança de ser seu amigo também um dia.

“Eu vou cuidar de Lester. Se preocupe em manter sua história


correta. Nós vamos fazer você passar por isso. Com Maya não tem
outro jeito. Obrigado novamente por protegê-la.”

Nós dois concordamos em respeito mútuo antes de Lopez se


afastar, me deixando mais uma vez sozinho na cela. Desta vez,
estou cheio de esperança.

Maya vai ficar bem.

E um dia podemos ficar juntos.

Sem drogas.

Sem mentiras.

Sem besteira.

Só nós.
K WEBSTER

E mal posso esperar.


K WEBSTER

CAPÍTULO QUINZE
MAYA

Onze meses depois...

O despertador toca cedo na mesa de cabeceira. Depois de


virar e desligá-lo, olho para a foto que vovó me deu depois que saí
do hospital. É uma foto de Ben sentado na varanda e sorrindo.
Deus, sinto falta dele.

Sento-me na cama e estico os braços acima da cabeça. Uma


dor aguda apunhala a lateral do meu corpo e abaixo as mãos.
Ocasionalmente, sinto dores de onde a bala entrou, mas felizmente
são poucas e dispersas entre si. Levanto-me e vou até o armário,
parando na jaqueta que ainda cheira a ele. Incapaz de me controlar,
inspiro o cheiro familiar e sorrio. Hoje é um grande dia. Hoje, vou
trazer Ben para casa.

Depois de procurar no armário, escolho um vestido de alças


finas que cai na altura do joelho. Quase nunca uso vestidos, mas
quero ficar bonita para ele. Em um movimento impertinente,
escolho não usar sutiã ou calcinha. Será a primeira vez em quase
um ano que poderemos estar juntos e quero facilitar as coisas para
Ben. Facilitar muito.

Meu telefone toca, então calço o chinelo e corro para atender.


Percebo o delicioso cheiro de bacon e meu estômago ronca. A
melhor coisa de viver com vovó é o café da manhã caseiro todas as
K WEBSTER

manhãs. Também é a pior coisa. Ganhei facilmente dez quilos desde


que cheguei aqui. Lembro-me do dia em que recebi alta do hospital
como se fosse ontem.

“Você está voltando para casa comigo, querida. Eu vou cuidar


de você.” Vovó disse.

Ela foi me visitar todos os dias desde que fui baleada. Ficava
ansiosa pela sua presença. Minha própria família não se importava
menos comigo, mas esta mulher? Ela me tratava como se eu
pertencesse a ela.

Concordei com a cabeça e ela se apressou para me envolver em


um abraço. “Ele estará em casa antes que percebamos.” Vovó
prometeu.

Uma das últimas coisas que me lembro antes de ficar


desacordada foi Ben me dizendo repetidas vezes que me amava.
Mesmo depois da minha traição, depois de descobrir o que eu tinha
tramado, ele ainda me amava. E é claro que eu o amo também. Isso
nunca mudará.

Miguel veio me visitar logo depois que entrei no hospital e me


disse que Ben pegaria uma sentença menor do que pensávamos
originalmente. Foi música para os meus ouvidos.

“Não acredito que estou dizendo isso, Maya, mas Ben é bom
para você. A maneira como você fica toda mulherzinha quando fala
sobre ele? É uma coisa normal de mulher de se fazer. Você sempre
esteve ausente nesse departamento.” Ele brincou.

Joguei meu copo de gelo nele. Idiota.

O telefone toca de novo e meus pensamentos são afastados da


minha memória.
K WEBSTER

“Alô?” Falo sem fôlego sem verificar o identificador de


chamadas.

“Grande dia, Maya.” A voz de Miguel soa no telefone. Falando


do diabo.

Sorrio ao ouvir a voz do meu melhor amigo. Desde que ele


percebeu que isso nunca funcionaria entre nós, voltamos a ser
amigos. Ele tem sido extremamente solidário com tudo o que
aconteceu com Ben. Ben não sairia hoje se não fosse por Miguel.

“Sim, devo buscá-lo em duas horas. Mal posso esperar para


vê-lo.”

Ele sorri. “Sim, eu aposto. Escute, pedi a Paula para levá-la.


Tenho a sensação de que vocês nunca sairão do estacionamento.
Deixe-a levá-la para que você e Ben possam passar algum tempo
juntos.”

Eu sorrio. “Parece bom.” Miguel é de verdade um amigo


atencioso.

Alguns meses depois que Ben foi preso, convenci Miguel a


convidar Paula para sair. Ele concordou com relutância, mas após o
primeiro encontro, ele ligou e me disse que estava apaixonado por
ela. É claro que eu achei graça dele, mas estava falando sério. Que
Paula era bastante encantadora. Eles se casaram no mês passado
por um juiz de paz, porque Miguel não podia esperar mais um
minuto para “colocar um anel nela”. Paula está esperando um bebê
dele.

“Estou muito feliz por você. Tome cuidado, tenente.”

Reviro os olhos, porém sorrio. A promoção não ocorreu muito


depois do fracasso. Miguel fez um ótimo trabalho ao não revelar o
K WEBSTER

fato de eu ter me apaixonado por Ben. Eu realmente devo muito a


ele. Meu parceiro também estava ao meu lado enquanto eu
denunciei um relatório contra Jake. Sommerhaul suspendeu o filho
da puta com remuneração e felizmente o transferiu para outro
distrito um tempo depois.

“Obrigada, Miguel, por tudo.”

Ele sorri. “Não fique meiga comigo. Te vejo amanhã.”

Desligamos e vou até o banheiro. Rapidamente aplico


maquiagem, arrumo o cabelo e escovo os dentes.

“Docinho, o café da manhã está pronto!” Vovó chama do


andar de baixo.

Pego o telefone e corro para comer alguma coisa antes de ir


buscar Ben.

“Hoje, meu doce garoto chega em casa.” Ela sorri enquanto


coloca um prato de bacon no meio da mesa.

“Eu sei. Sinto falta dele. Vê-lo uma vez por semana e sob
supervisão era péssimo.”

Vovó concorda com a cabeça enquanto enche meu copo com


suco de laranja depois que eu me sento. Todo sábado, ela e eu
fomos visitar Ben. Era difícil não o agarrar, mas eu sabia as regras.
Guardávamos nossa conversa sexual pelas cartas que escrevíamos
um para o outro. Hoje vou tocá-lo. Beijá-lo. Fazer amor com ele.

Quando ela se senta, inclino a cabeça para rezar. Eu sei o que


fazer.

“Querido Senhor, obrigada por trazer meu doce neto para


casa hoje. Ele aprendeu a lição e agora estou pronta para ele voltar
K WEBSTER

para casa. Oro para que, agora que engordou a senhorita Maya, ela
esteja pronta para engravidar com o bebê do meu ursinho Pooh.
Estou ficando velha, Senhor. Não posso esperar muito mais. Em
nome de Jesus, eu peço. Amém.”

Deus, eu amo essa mulher.

“São dez horas. Onde ele está?” Paula geme ao meu lado.

Estamos sentadas no capô do carro no estacionamento da


prisão. Já está pelo menos uns quarenta graus e ela está suando
como uma louca.

“Ele sairá a qualquer momento. Por que você não volta para o
carro e liga o ar condicionado? Não faz sentido ficar com calor. Isso
não será bom para minha sobrinha.”

Ela continua se abanando, mas não se mexe.

“Esse calor também não pode ser bom para o seu novo corte
de cabelo?” Eu tento de novo. Desta vez, chamo a sua atenção.

“Oh, infernos não. Eu me esforcei demais para deixar esse


cabelo ‘Naomi Campbell reto’ para que o calor o enrole.” Ela reclama
enquanto desliza do capô.

Eu sorrio para ela. “Ainda está ótimo, Paula. Você é uma


sósia da Naomi.” Prometo com um sorriso.

Ela joga o cabelo por cima do ombro e arqueia uma das


sobrancelhas. “Oh, garota, você sabe que eu o uso melhor do que
K WEBSTER

aquela atrevida.” Com isso, ela caminha até o carro e entra. Depois
que liga, eu pulo e vou até o portão.

Cerca de dez minutos depois, vejo uma porta aberta e um


homem alto, de pele escura e bonita sai. Meu homem. Ele anda pelo
trajeto com um oficial até chegar ao portão externo. Meu coração
bate fora de controle no peito em antecipação. Deus, senti tanto a
falta dele. O policial abre o portão, entrega a ele um saco cheio de
seus pertences e dá um tapinha nas suas costas antes de voltar
para dentro.

Ben me vê e sorri, abrindo os braços, largando a bolsa no


chão. Como uma tola cheia de amor, corro até ele, ignorando a leve
dor do meu local da ferida. Quando chego perto, jogo os braços em
volta do seu pescoço e inspiro seu perfume. Ele envolve seus braços
agora muito maiores e musculosos em volta do meu corpo e me
aperta com força.

“Garotinha.” Ele respira no meu pescoço.

Tremo em seus braços e tento acalmar meu coração, que está


batendo rápido no peito. “Eu senti sua falta.” Engasgo. As lágrimas
caem por vontade própria.

Ele se afasta e me olha com olhos brilhantes. “Também senti


sua falta. Mas estamos juntos agora. Eu disse que o tempo voaria.”

Fico na ponta dos pés e pressiono os lábios nos dele. Suas


mãos deslizam pelas minhas costas para pegar um pouco da minha
bunda.

“Deus, senti falta dessa sua bunda sensual e curvilínea. Você


não está usando calcinha?” Ele pergunta.
K WEBSTER

Posso sentir seu pau engrossando entre nós e eu desejo tanto


isso. Ele voltaria para a cadeia se me fodesse contra a cerca de
arame na frente da prisão? Miguel estava certo, sem a Paula
dirigindo, nunca conseguiríamos sair do estacionamento.

“Não. Vamos.” Sussurro contra seus lábios.

É preciso toda a minha força de vontade para me afastar dele


e arrastá-lo com a mão para o carro. Só quero estar sozinha com
Ben. E assim que ficarmos sozinhos, passarei pelo menos uma
semana inteira fazendo tudo o que posso pensar e que perdemos no
ano passado.

Depois de subirmos juntos no banco de trás, Ben se inclina


para frente em direção a Paula.

“Eu sou o Ben. Prazer em conhecê-la.” Ele diz e estende a


mão.

Ela pega e treme. “Eu sou Paula Lopez. Finja que não estou
aqui.” Ela sorri com uma piscadela antes de voltar a colocar o carro
na estrada.

Depois que ela sai para a estrada principal, ele se vira para
mim no banco de trás. Seus olhos escuros devoram todos os traços
no meu rosto, passando mais tempo nos meus lábios. Eu já estou
ofegando, só precisando do seu corpo quase tanto quanto eu preciso
de ar. Seus olhos caem no meu peito e Ben geme.

“Você não tem ideia do quanto eu pensei em você. Em todo o


momento você estava em meus pensamentos, Maya.”

Eu sorrio para ele, sabendo que estava em meus pensamentos


também. Meu sorriso desaparece e meus lábios se abrem para ele
quando reverentemente aperta minha coxa. Sua mão desliza para
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baixo do meu vestido e um de seus dedos mergulha bem dentro de


mim. Solto um gemido de desejo. Deveria ser embaraçoso que Paula
esteja no carro conosco, mas não é. Tudo o que importa é que eu o
tenho de volta.

Seus lábios encontram meu ouvido e ele sussurra: “Você


gosta disso, garotinha? Você gosta quando te toco profundamente?
Eu com certeza senti saudades e espero que você também.”

Eu concordo e abro as pernas para ele um pouco mais, para


que ele possa enfiar outro dedo.

“Você está muito molhada, tão pronta para mim.”

“M-m-muito mau.” Gaguejo através do seu êxtase, me fodendo


com tortura lentamente.

Ele chupa meu lóbulo da orelha na boca. Seu hálito quente


no meu ouvido, juntamente com a maneira como está me tocando, é
quase demais. Sinto-me prestes a gozar a qualquer segundo.

“Vamos, menina.” Ele sussurra. “Goze nos meus dedos. Quero


sua excitação em cima de mim. E hoje à noite, quando estivermos
aconchegados na minha cama, vou fazer você gozar repetidamente
na minha língua até que eu devore cada última gota sua.”

Sua conversa sensual é muito melhor pessoalmente. Nas


cartas, sempre era sensual, mas pessoalmente, é abrasador. Mais
alguns golpes de seus dedos e meu corpo obedece. Chego ao clímax
com força entre seus dedos e tenho que morder o lábio com força
para não gritar alto.

Ele puxa os dedos e arrasta a umidade entre as minhas


dobras. Eu empurro contra eles quando se conectam com meu
clitóris. Esse feixe de nervos está cheio de desejo para ser tocado.
K WEBSTER

Viro minha cabeça para a dele e nossas bocas se encontram


facilmente.

Estamos nos beijando freneticamente quando sinto o carro


diminuir a velocidade e estacionar. Paula dirigiu até o restaurante
Dairy Queen e estacionou atrás dele.

“Esta menina grávida precisa de sorvete com calda de


chocolate, urgentemente. Vou deixar vocês aqui em paz.” Ela diz
conscientemente antes de sair do carro.

Não perco tempo e vou até Ben. Desta vez, eu o beijo mais
devagar, me esfregando contra sua ereção através do jeans. Sou
grata por Paula ter fechado a janela porque Ben retira as tiras do
meu vestido dos dois ombros e a empurra para baixo, para que
meus seios nus escapem.

“Menina, sem sutiã também? Você é muito travessa.” Ele


brinca antes de chupar meu mamilo em sua boca. Ele prova meu
corpo com preguiça e sem pressa, está me deixando louca.

“Ben.” Suspiro. “Puxe seu pau para fora. Preciso muito de


você.”

Quando eu me ajoelho, ele começa a abrir o jeans, mas


continua a dar atenção aos meus seios com a boca. Quando seu
pau se liberta, Ben agarra meus quadris e me leva até ele. Estou
molhada demais com os seus fabulosos dedos que deslizo facilmente
sobre seu pau. Nós dois gememos juntos. Sua espessura me estica.
Eu poderia gozar apenas sendo preenchida com seu pau dessa
maneira. Mas sei que nós dois queremos mais do que isso, portanto
começo a deslizar para cima e para baixo no seu eixo.
K WEBSTER

“Deus, eu senti falta disso, nós, demais além da conta.” Ele


geme enquanto eu pulo para cima e para baixo em seu
comprimento.

Eu senti falta de como somos bons juntos. Meu vibrador foi


muito usado no ano passado e estou muito feliz por experimentar a
coisa real novamente.

“Eu também.” Respiro enquanto o beijo com força.

Suas mãos deslizam sob minha bunda e a agarram, me


incentivando a ir mais rápido. Eu honro seus desejos resistindo
descontroladamente a ele. Se uma pessoa passar pelo carro de
Paula, terá o show completo.

“Não tenho camisinha, Maya, mas nem me importo se


fizermos um bebê. Quero tudo com você.”

Concordo com a cabeça, sem palavras quando meu orgasmo


se aproxima. Não fazer sexo por quase um ano significa gozar muito
rápido. A ideia de ter um bebê com Ben faz meu coração palpitar.

Quando sua mão desliza para a minha frente e seu polegar


massageia meu clitóris, perco o controle instantaneamente. Minha
buceta aperta em seu pau, o que por sua vez faz com que ele chegue
ao clímax longo e forte em mim. Ele tem esperma suficiente
armazenado para que facilmente fizéssemos alguns bebês agora.
Meus pensamentos me enviam em um acesso de risadas fazendo
com que Ben dê um tapa na minha bunda.

“O que é tão engraçado, garotinha?”

Dou um beijo em seus lábios e me afasto para olhar seu lindo


rosto amoroso. Os seus olhos brilham de diversão e estou muito
feliz em vê-lo tão feliz.
K WEBSTER

“Estou pensando em quanta porra você acabou de atirar em


mim e a maneira como vovó está rezando a cada refeição por um
bisneto, certamente acabamos de engravidar de vários filhos.”
Provoco.

Ele aperta minha bunda e me beija profundamente. Depois


que se afasta, sorri para mim. “Hmmmm, acho que não funcionou.
É melhor tentarmos outra vez.”

E em um instante, Ben me vira de costas no banco com ele


empurrando em mim. Seu pau nem sequer amoleceu, só ficou duro
e agora está me fodendo como se não houvesse amanhã. Seus lábios
atacam os meus e nossas bocas são um frenesi de lambidas,
chupadas e mordidas.

Entre nossos beijos, ele agarra minha bunda de novo. “Seu


corpo ficou ainda mais gostoso do que há um ano. Como isso é
possível?”

Eu sorrio para ele e chupo seu lábio. Quando me afasto, digo


a verdade. “Vovó colocou um pouco de peso em mim. É toda aquela
comida caseira!”

Ele me aperta novamente, definitivamente apreciando minhas


curvas. Nossos beijos são lentos e ele aprofunda cada vez mais
dentro de mim com cada um.

Brevemente, ele se afasta. “Eu te amo garotinha.”

Aquelas malditas borboletas tremem alegremente na minha


barriga. Se tivesse sido um ano ou vinte anos, eu esperaria por ele.
Ben é o tipo de homem que atinge seu coração e o possui. Ele
conseguiu encontrar uma maneira de entrelaçar nossas duas almas
para que se tornassem uma, uma combinação grande e bonita.
K WEBSTER

Meus olhos se enchem de lágrimas quando olho


amorosamente para os olhos da minha outra metade. “Eu também
te amo, Ben.”
K WEBSTER

EPÍLOGO
BEN
Nove meses depois...

“Você pode fazer isso, garotinha.” Digo a ela, apertando a sua


mão.

Minha linda esposa grita para mim. “Pare de dizer isso!”

Paula, que segura a outra mão, arregala os olhos para mim,


mas não diz uma palavra. Fui completamente preparado por Paula e
vovó que às vezes a mulher diz besteiras que não quer dizer quando
está dando à luz seu filho.

Eu esperava que tivessem razão, porque agora Maya está me


olhando como se quisesse me matar enquanto o veneno vomita de
sua boca.

“Eu te amo e nossa filha estará aqui em breve, porque você é


malditamente forte.” Digo humildemente, encontrando seu olhar
feroz. “Ela vai ficar tão orgulhosa que sua mãe é durona.”

Lágrimas inundam seus olhos e ela soluça. “Eu não sou


durona, Ben. Isso dói. Não posso fazer isso.”

O médico a encoraja a empurrar novamente enquanto uma


contração destrói seu corpo. Ela grita e fecha os olhos com força. Eu
queria empurrar, poderia tirar a sua dor, mas isso é algo que só
Maya pode fazer.

E não estou mentindo.


K WEBSTER

Ela é a mulher mais forte que eu conheço.

Se alguém pode dar à luz um filho naturalmente sem


analgésicos, é minha esposa.

“A cabeça está fora.” O médico diz calmamente, com um


sorriso no rosto. “Mais um empurrão e ela estará aqui.”

Os próximos momentos são um borrão. Os gritos de Maya. A


agitação das enfermeiras enquanto observam o médico. A nossa
filha chora.

Estou chocado no momento em que puxam um bebê grande e


contorcido da minha esposa. Jamais vi algo tão bonito.

Minha.

Meu coração batia apenas por Maya, mas agora essa coisinha
doce, perfeita e gritando constroi seu caminho para dentro de mim.

Uma família.

Maya e eu fizemos isso.

“Sage.” Maya sussurra enquanto colocam nossa filha de


bruços. Ela puxa fracamente a criança para mais perto e beija sua
cabeça ainda ensanguentada. “Sage Justice Cartwright.”

“Um nome bonito para uma linda garotinha.” Concordo com


um sussurro enquanto passo delicadamente o polegar na testa da
minha filha.

“Nós conseguimos.” Maya diz, engasgando com as lágrimas.

“Você fez todo o trabalho duro, querida. Assim como eu sabia


que faria.”
K WEBSTER

Ela inclina a cabeça na minha direção e me oferece seus


doces lábios carnudos. É claro que eu a beijo completamente. Eu
sempre beijo.

“Eu te amo, garotinha.” Murmuro contra seus lábios. Depois


eu me afasto e beijo Sage. “Eu também te amo, garotinha.” Nossa
filha enruga o rosto e nós dois rimos de como é fofa. Antes de
conhecer minha esposa, nunca imaginei que me encontraria neste
lugar. Feliz e com uma família.

Ao mesmo tempo, Maya e eu estávamos em linhas opostas da


lei. Bom versus mau. Direitos tentando corrigir erros. Mas as linhas
continuavam borradas. Nós éramos explosivos juntos.

E agora, estamos do mesmo lado.

Nosso lado.

Lado do amor.

Não há leis para o amor.

O amor só faz o que quer.

E agradeço a Deus todos os dias que o amor quis isso para


nós.

FIM

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