Desenvolvimento Caboclos

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Caboclos

Das três principais etnias Nagô (ou Kétu), Fon (ou Jeje) e Angola (ou Bantu) que deram
forma ao Candomblé no Brasil, os Bantus foram os que mais se aproximaram aos
nativos brasileiros. Com isso no final do século XVIII surgiram no Recôncavo Baiano
os primeiros Candomblés de Caboclo.
Os Caboclos de Pena eram os índios das tribos que viviam da caça, pesca e que se
adornavam com penachos, cocares e colares artesanais. Os Caboclos de Couro eram os
espíritos dos vaqueiros ou boiadeiros tratadores de gado que usavam indumentárias e
chapéus de couro. Todos esses Caboclos tinham como finalidade o aconselhamento aos
aflitos, lhes indicando banhos, defumadores, oferendas e tudo que pudesse ajudá-los na
resolução dos problemas.
Na África, o culto a Oxossi desapareceu quando a cidade de Kétu foi dominada pelos
Fons, com a ajuda dos europeus. O culto a Oxossi foi difundido aqui, no Brasil, com a
vinda de importantes sacerdotes na época da colonização.

Oxossi na Umbanda é Chefe da Falange de Caboclos e está sincretizado a São


Sebastião. Os Caboclos na Umbanda são Guias, Chefes de Terreiros que trabalham em
prol da evolução espiritual de todos, através da prática da caridade.

Aqui estão alguns nomes de Caboclos: Caboclo Pena Branca, Pena Vermelha, Tatuité,
Junco Verde, Aimoré, Guará, Cacique das Matas, Cobra-coral, Cabocla Jarina, Cabocla
Jurema, Cabocla Jacira, Ventania, Caçador, Sete Estrelas da Jurema, Sete Flechas,
Rompe Mato, Boiadeiro Navizala e Boiadeiro da Campina.

Okê, Caboclo!

Xetruá, Marronbaxetú!

Desenvolvimento

1) Saudações aos guardiões da casa

2) troque de roupa

3) cumprimente e peça a benção de todos

4)Ao entrar no terreiro devemos estar com os pés descalços (salvo o uso de meias para
quem sentir necessidade), Isto porque, o calçado é um objeto anti-higiênico, pois se pisa
com ele em tudo, às vezes em detritos e sujeiras diversas.

Yalorixá Aline de Oxum-Ifá


O terreiro é um lugar imantado, onde foram fixadas certas forças e vibrações positivas e
é onde conservamos os pontos riscados destas mesmas forças, por isso deve permanecer
sempre limpo de fluidos negativos e por necessitarmos estar em ligação com o elemento
terra, que é escoadouro natural das vibrações e ondas eletromagnéticas.

5)Em seguida batemos a cabeça no CONGÁ (o qual não existe determinação para
assentarmos “santos” ou ºªestátuasºº), em respeito pelo santuário e pelas forças que vão
entrar em comunhão conosco, tendo no pensamento Zambi (que é DEUS) e nosso Pai
OXALÁ (que é Jesus Cristo) e ainda como deferência ao Caboclo chefe do centro.

6) A benção ao zelador – A mãe da casa

 A defumação

 As preces iniciais são feitas

 Abertura da gira
 Pemba
 Inicia-se os trabalhos

O chefe da gira com a permissão para conduzir os trabalhos, então desce ao terreiro, (na
Umbanda, todos devem cumprimenta-lo . Daí por diante como já falamos anteriormente,
toda ação espiritual será coordenada por ele, que em quase toda gira de
desenvolvimento, convida os médiuns iniciantes, em desenvolvimento, prontos e
compromissados para o centro do terreiro em frente ao Congá, para receber a imantação
do Orixá ascendente e as vibrações das entidades .

Embora a incorporação seja possível e permitida, nesse momento, só dê passagem às


entidades durante a sua hora de “girar” ou sob autorização do Caboclo chefe ou da
entidade dirigente da gira e das entidades de compromisso do terreiro,
enquanto não houver autorização e você venha a sentir tamanha vibração lhe dominar,
faça o sinal da cruz com sua mão direita no chão, este gesto fará com que as energias
vibratórias em volta de você, tome brandura até que venha a autorização. Este é um dos
exercícios de maior grau de disciplina do médium: “saber controlar as vibrações até que
a entidade dirigente lhe chamar para girar”, tenha plena consciência que ela sabe
quando este será necessário para você, não busquem induzir uma incorporação, todas as
entidades do terreiro saberão a hora em que você estará preparada, isto é disciplina pura
e sempre será cobrada de você.
Não fique preocupado se a incorporação vai ou não acontecer, já que essa preocupação
nos desconcentra e impede que a nossa conexão com o Plano Maior ocorra mais
intensamente.O que vai acontecer a partir desse ponto vai depender, na

Yalorixá Aline de Oxum-Ifá


maior parte, das nossas necessidades, responsabilidades e compromissos com a
Umbanda.
“A mediunidade, conforme sabemos, exige exercício disciplinado, sintonia com as
Esferas Superiores, meditação constante, isto é, vida íntima ativa e bem direcionada,
ao lado do conhecimento de seu mecanismo e estrutura, de modo a tornar-se
faculdade superior da e para a vida”.

Loucura e Obsessão” (pg. 290), pelo Espírito Manoel P. de Miranda (Divaldo P.


Franco).

Yalorixá Aline de Oxum-Ifá

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