Estrela F Ou F

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GUSTAVO ADOLFO BORGES

A Estrela Famígera ou Flamejante?

Trabalho de C.’.M.’.

SÃO PAULO

2021

ARLS RANGEL PESTANA | 1


1. DESENVOLVIMENTO

Antes de mais, devemos lembrar-nos que esta Estrela é um símbolo distintivo do


Companheiro, o qual está expresso na fórmula de reconhecimento do Grau, razão pela
qual entendemos que não deva ser estudada no Grau de Aprendiz.

No Emulation Ritual inglês, o símbolo é denominado por Blazing Star e o I∴ Sadler


quando traduziu o Ritual para português em 1920, para o Rito de York do G∴ O∴ B∴,
usou o adjectivo BRILHANTE. Já o tradutor para o espanhol preferiu o adjectivo
RUTILANTE. Destaque-se que neste Rito, a Estrela não tem a mesma importância e
significado dos demais Ritos, não havendo, inclusive, a mesma fórmula de
reconhecimento do Grau.

O Rito Adonhiramita também denomina a Estrela como sendo RUTILANTE.

O R∴ E∴ A∴ A∴ da Grande Loja Maçónica do Estado do Rio de Janeiro (confederada à


CMSB) utiliza o termo FLAMEJANTE.

O Rito Brasileiro e o R∴ E∴ A∴ A∴  do Grande Oriente Independente do Estado do Rio


de Janeiro (confederada à COMAB) adjectivam a Estrela ora como FLAMEJANTE ora
como FLAMÍGERA.

O Rito Moderno ou Francês e o R∴ E∴ A∴ A∴ do G∴ O∴ B∴ (neste caso desde a


introdução do Rito no Brasil no século XIX) usam o adjectivo FLAMÍGERA.

Portanto, as Potências e Ritos utilizam quatro diferentes adjectivos para a Estela:

Brilhante,

Rutilante,

Flamejante e

Flamígera.

Apesar de a Verdade ser algo tão complexo que seria temerário alguém se julgar seu
detentor, como livre-pensador, não me posso furtar a apresentar a minha opinião a
respeito do (Publicado em freemason.pt) adjectivo mais adequado, com base nos
seguintes argumentos:

BRILHANTE: Como é comum que toda e qualquer estrela brilhe, cintile, chamar
BRILHANTE à Estrela, que não é uma Estrela qualquer, é muito pouco!

RUTILANTE: Significa muito brilhante, resplandecente, esplendoroso. Embora seja um


adjectivo melhor que simplesmente Brilhante, ainda é pouco!

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FLAMEJANTE: Vem do latim Flammantis, que significa “que expele chamas”.

FLAMÍGERA: Vem do latim Flamigerus, que significa “que gera chamas”.

Pois bem, as estrelas em geral, tal como o Sol – que também é uma estrela, embora de
quarta grandeza – e ao contrário da Espada Flamejante, não se limitam a “expelir
chamas”; são fontes “geradoras de chamas”, de energia, de vida, tal como o Sol em
relação ao nosso planeta. Conclui-se portanto, que o nome mais adequado para o
símbolo é ESTRELA FLAMÍGERA.

Informações

Através dos séculos houve sempre a preferência por uma estrela de cinco pontas como
figura dos astros de aparência menor do que a do sol e da lua.

Planeta Vênus tem sido representado assim e é considerada uma estrela matinal e
vespertina, ensejou lendas sem conta. Por outro lado, A Estrela de Cinco Pontas
sempre foi, desde tempos remotos, e até hoje, o distintivo de comandantes militares,
e de generais.

Como Símbolo Maçônico, A Estrela Flamigera de origem Pitagórica, pelo menos quanto
ao seu formato e significado, este muito mais antigo do que aqueles que lhe deram
alquimia, a magia e o ocultismo, durante a idade média.

O seu sentido mágico alquímico e cabalístico e o seu aspecto Flamigero foram


imaginados ou copiados por Cornélio Agrippa de Nettesheim (1486-1533), jurista,
médico e teólogo, professor em diversas cidades europeias. A magia, dizia ele, permite
a comunicação com o superior para dominar o plano inferior. Para conquistá-la seria
necessário morrer para o mundo (iniciação). Símbolo e distintivo dos Pitagóricos.

A Estrela de Cinco Pontas ou Estrela Homonial é também denominada com


impropriedade etimológica, Pentáculo (cinco cavidades), Penta Grama (cinco letras ou
sinais gráficos, cinco princípios) ou Pentalfa. Importa saber que os pitagóricos a usam
para representar a sabedoria (sophia) e o conhecimento (gnose) e provavelmente
empregavam no interior do pentáculo a letra gama, de gnosis.

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A Estrela Flamigera era símbolo desconhecido pelos pedreiros livres medievais. Seu
aparecimento na Maçonaria, a partir de 1737, não encontrou guarida em todos os
Ritos, pois o certo é que os construtores medievais conheciam a figura estelar apenas
como desenho geométrico e não com interpretações ocultas que se introduziram na
Maçonaria especulativa.

A Estrela Flamigera corresponde ao Pentagramaton ou Tríplice Triângulo cruzado dos


pitagóricos. Distingue-se do Delta ou Triângulo do Oriente, embora, entre os antigos
egípcios representasse também Horus que em lugar do pai, Osíris passou a governar as
estações do ano e o movimento.

O verdadeiro sentido da Estrela Flamigera é Homonial, eis que o símbolo designa o


homem espiritual, o indivíduo dotado de alma, ou de fator de movimento e trabalho.
Ou seja, o indivíduo como espírito ou fagulha interna que lhe concedeu o G.·.A.·.D.·.U.·.
. A ponta superior da Estrela é a cabeça humana, a mente. As demais pontas são os
braços e as pernas.

Na Maçonaria essa idéia serve para lembrar ao Maçom que o homem deve criar e
trabalhar, isto é, inventar, planejar, executar e realizar, com sabedoria e
conhecimento. Pode ocorrer que o ser humano falhe nos seus desígnios. O Maçom
também pode falhar como ser humano, mas seu dever é imitar, dentro de seus ínfimos
poderes o G.·. A.·. D.·. U.·., o ser dos seres.

Aí está O principal segredo do Grau de C... . Outra interpretação é a que se refere a


3+2=5, soma em que três é a divindade cuja fagulha é encarnada e dois é o material, o
ser que se reproduz por dois sexos opostos e não consegue perpetuar-se de outro
modo.

As  cinco pontas da Estrela ainda lembram os cinco sentidos que estabelecem a
comunicação da alma com o mundo material. Tato, audição, visão, olfato e paladar,
dos quais para os Maçons três servem a comunicação fraternal, pois é pelo tato que se
conhecem os toques Pela audição se percebem as palavras, e pela visão se notam os

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sinais. Mas não se pode esquecer o paladar, pelo qual se conhecem as bebidas
amargas e doces, bem como o sal, o pão e o vinho.

Finalmente pelo olfato se percebem as fragrâncias das flores e os aromas do altar de


perfumes. A letra "G", interior com o significado de gnose ou conhecimento lembra a
quinta essência, quanto ao transcendental. Quanto ao Homonial, lembra ao Maçom o
dever de conhecer-se a si mesmo.

No Grau de Companheiro recomenda-se ao Maçom o dever de analisar as próprias


faculdades e bem empregar os poderes pessoais em benefício da humanidade.

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2. CONCLUSÃO

A estrela Flamigera é então a força que impulsiona o companheiro em direção das suas metas
e dar sentido as suas realizações, o numero cinco a qual a estrela faz alusão se funde na alma
do companheiro que uma vez elevado a um patamar mais alto pode vislumbrar as luzes desta
estrela e pode-se então guiar por esta luz pra que a sua caminhada que já é longe das trevas
do mundo profano possa se refinar e dar sentido a sua obra interior, absorvendo a luz desta
estrela que representa o corpo humano e utilizando a quinta essência o companheiro desperta
para as luzes do saber e da compreensão da humanidade e do sentido oculto do saber e do
realizar.

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3. BIBLIOGRAFIA

http://trabalhosdamaconaria.blogspot.com/2012/09/a-estrela-rutilante-flamejante-
ou.html

https://focoartereal.blogspot.com/2018/09/estrela-flamigera-pentagrama.html

https://focoartereal.blogspot.com/search?q=estrela+de+cinco

https://www.freemason.pt/estrela-brilhante-rutilante-flamejante-flamigera/

https://www.freemason.pt/estrela-brilhante-rutilante-flamejante-flamigera/

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