Habacuque - Questionando Deus Na Dor - HC 1.1-4
Habacuque - Questionando Deus Na Dor - HC 1.1-4
Habacuque - Questionando Deus Na Dor - HC 1.1-4
1-4
Uma das coisas que sempre me falaram que não devemos desrespeitar os
mais velhos. Bom é verdade! Também lembro de meu pai dizer: “Menino!
Esta conversa não é de criança e sim de adulto.”. Hoje não há nenhum
respeito por autoridades! Quando na semana passada insinuamos que
não há esperança na “Lava-Jato” ou qualquer forma de governo em nosso
país, e que também não é só lá, mas a sociedade está num caos moral de
todos os naipes; e ainda com a bomba desta semana que vimos um
tribunal superior eleitoral que nada fez, gastando dinheiro público para
inocentar culpados para se alto promover, e mais os defensores de
“politicamente corretos”, da demoniocracia, dizer que um “negro de
linha”, porque este foi elogiado e condecorado nos EUA por sua
graduação, e depois o mesmo tal defensor vem pedir desculpas, mas
evidenciou que ele foi infeliz, que mimimimi, como se poderia traduzir:
“Eu te perdoou, mas não faça mais isto”, ou seja, hipócrita! Deparamos,
então com uma pergunta: Podemos ou não questionar autoridades?
Bom, meu pai me ensinou a obediência, minha mãe, então, não era nem
só ensino, era chinelada, vassourada, varada, mangueirada, bilisquinhos,
puxões de orelhas, e até faca, garfo, colher de pau, panela, voavam em
nossa direção quando, digamos assim: fazíamos uma bela de uma arte, ou
respondia aos mais velhos! Ainda vai a pergunta: Podemos desrespeitar
ou questionar autoridades?
Habacuque, sempre achei este nome muito estranho, como o de Sofonias,
não é? Hoje iniciaremos exposição deste livro. Muitas pessoas já estão
acostumadas de me ouvir falar sobre este livro, profundidades que
extraímos neste livro.
Na mensagem de hoje ficaremos por conta de situar o contexto e o
personagem do livro que é o próprio autor. E começaremos a vislumbrar
uma das facetas da soberania do nosso Deus.
Seu nome significa literalmente abraço; mas tem o significado de “lutando
com Deus”. Dele, como de outros profetas menores, não sabemos muito
sobre sua vida particular. Sua profecia se dá por volta dos anos 615-598
a.C., após a destruição de Nínive. Estudiosos apontam que ele teve seu
ministério no período dos reinados dos Reis Josias, Jeoacaz, e do mal rei
Jeoaquim em Judá. Era um período da ameaça de um povo poderoso que
viria sobre o povo de Judá: os Babilônicos. Sendo assim, Habacuque é
contemporâneo e antecessor de Jeremias, visto que durante o reinado de
Jeoaquim, Judá será tomada pelos caldeus, alerta este que Habacuque faz
em sua profecia. E sua profecia faz o povo relembrar do que o Senhor
prometera que faria se seu povo se desviassem dos seus mandamentos,
os espalharia entre as nações (Lv 26.33; Dt 4.27; 28.64; 30.3, Jr 9.16).
Faço lembrança aqui, irmãos, que quando pregamos sobre o profeta
Oseias em particular, pois outros profetas também afirmam, que o juízo
de Deus começa sobre seu povo, tanto na história do Antigo Testamento,
como também na vinda do Senhor Jesus (No AT era juízo e muitas vezes
condenatórios, na volta de Cristo, tem a ver com a separação do trigo e do
joio, como das nossas obras em Cristo).
Voltando ao livro, em apresso. Habacuque está dividido em três partes
distintas:
1- Um diálogo entre Deus e o profeta (1.2-2.4)
2- Deus convida o profeta confiar inteiramente nEle (2.5-20)
3- Um salmo de adoração e louvor a Deus (3).
Pensando no diálogo do profeta com Deus, Habacuque faz diferente dos
outros profetas. Todos apresentavam a sentença de Deus ao povo, o que
o Senhor estava para fazer. Mas Habacuque questiona Deus, intercede
pelo povo, tem diálogo com Deus bem acalorado. E sendo assim
queremos afirmar que ele nos ajuda a ver o que a humanidade sempre
quer questionar: o problema do mal. Sempre fazemos perguntas
existenciais, e quando estas não nos são respondidas de formas claras,
questionamos até a Deus: “por que me fizeste assim” Rm 9.20b.
Mais um detalhe deste livro. Como Naum e Sofonias, Habacuque anuncia
o juízo de Deus, sua justiça, soberania e a graça que vem de Yahweh.
Também, ao lermos o livro, e vendo a agonia do profeta, vemos um
detalhe importante: ele ama ao Senhor, e ao interceder pelo povo, até
mesmo questionando a Deus, ele, em seu tempo, deixou um alerta para o
tardio arrependimento do povo de Judá, mesmo tendo eles visto o Juízo
de Deus sobre os seus irmãos no Reino de Israel, Reino do Norte, eles não
se arrependeram com os alertas dados por Jeremias, e pelo próprio
profeta Naum.
Pensamos sobre o texto que lemos como o QUESTIONAMENTO DA DOR!
Vejamos:
O verso primeiro é isolado, mas define o que abordamos acima, como
aviso de Deus. Porem a seguir temos uma descrição da dor do profeta:
1- Até quando? V.2 – a semelhança do Sl 13, talvez até usado pelo
profeta como clamor da dor. Ele está gritando a Deus socorro e não
há respostas. Há medo anunciado pela palavra “Violência”,
incerteza toma conta do coração do profeta
2- “Me mostras a iniquidade”...? v.3 – indignação pela ameaça do
mal; mas ao redor do profeta ele contempla a impiedade no meio
dos seus, e não somente a ameaça que virá dos caldeus (que será
mostrado dos versos 5-11). Ele contempla a avareza no meio dos
seus, algo comum para quem não tem Yahweh como Senhor e
Deus, mas no meio do seu povo isto é inadequado.
3- “a lei se afrouxa”... v.4 – aqui nos parece já um descrição do que
vem a seguir, porém, quero insistir em olhar para nós, para o povo
que foi chamado pelo nome de Yahweh, pela redenção no Ungido
do Senhor, Jesus, o Cristo. O profeta está alarmado como pode a lei
de Deus ser desprezada, visto que ela é amor de um Deus que
elegeu um povo para si (Dt 7.6-11). A tendência ímpia é legislar em
causa própria, e não no bem e respeito alheio. Isto é comum para
um povo de um deus falso, mas não para um povo que se chama
pelo nome de Yahweh (2Cr 7.14).
Dos versos 5 -11 temos uma descrição, dada pelo Senhor ao profeta,
dentro do diálogo que ele concedeu ao profeta. O Senhor rege
soberanamente até sobre o ímpio para o propósito que Ele tem e não
compreendemos.
Nos versos 12-13 – O profeta retorna a falar com Deus. E faz perguntas
novamente, descrevendo que é Yahweh, o Senhor. Atributos como Santo,
Eternidade, Rocha, Bondade, é indagada pelo profeta que sente a dor do
seu povo. Mas ele reconhece que o que estava por vir seria disciplina do
Senhor pelo desprezar de Sua Lei.
Nos versos 14-17 – Reconhecimento do governo soberano diante da
insignificância do ser do homem. E ainda mostra que a idolatria toma
conta da soberba do coração do homem, achando que são poderosos, e
que podem fazer o que quiserem sobre aqueles que dominam. O profeta
não está despercebido de quem é Deus, mas ele sabe da maldade que há
na nação babilônica. Há medo, há dor.
Agora, porém, no capitulo 2.1 – Há uma posição que o profeta toma na
sua intercessão: “pôr-me-ei na minha torre de vigia(confinamento),
colocar-me-ei sobre a fortaleza e vigiarei para ver o que Deus me dirá e
que resposta eu terei à minha queixa”. Não há para onde ir! Não tem
outro lugar a buscar ajuda! Não há quem tem autoridade para receber
nossos questionamentos e trazer a paz que não seja somente o SENHOR!
O profeta se reclusa em Deus! Esconde nEle! Ele volta para Deus! Somente
nEle há esperança!
Tem questionamentos? Tem medo? Insegurança? Cristo é a Rocha
inabalável, volte-se a Ele agora! Reconheça-o como Seu Senhor e Cristo,
seu Salvador! Clame misericórdia à Ele! Ele é que perdoa as nossas
iniquidades, quem nos cura dos nossos pecados, nos assiste em nossa
fraqueza!