Atividade 5 I Direito

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

DEPARTAMENTO DE ADMINISTRAÇÃO
DISCIPLINA: INSTITUIÇÕES DE DIREITO
PROFESSORA: CRISTIANE AQUINO DE SOUZA
ATIVIDADE 5

1. Mariana, 12 anos, possui uma enfermidade e corre risco de vida. A transfusão de


sangue pode salvar sua vida. Entretanto, seus pais, testemunhas de Jeová, não permitem
a transfusão de sangue e ingressaram com uma ação no Poder Judiciário para substituir
a transfusão de sangue por uma medicação que, embora não seja capaz de salvar-lhe a
vida, pode retardar o avanço da doença. Você é o juiz do caso concreto e terá que
proferir uma decisão sobre a questão. Exponha sua decisão, com os seguintes requisitos:
a) Estabeleça quais os direitos fundamentais em questão e quais os artigos e incisos da
Constituição correspondentes e os transcreva.
b) Decida qual direito fundamental vc considera que deve prevalecer no caso concreto,
expondo claramente sua decisão. Obs: Não existe certo ou errado, mas a resposta deve
estar fundamentada.

2. Sobre o princípio da igualdade, responda:


a) Qual a distinção entre igualdade formal e material.
b) Cite o exemplo de uma norma que representa a igualdade formal e de uma norma que
represente a igualdade material.
c) Cite o exemplo (ou crie) de uma norma que vc considera que ofende o principio da
igualdade formal ou material.

3. O princípio da legalidade é um dos principaisprincípios de um Estado Democrático


de Direito. Cite o artigo e inciso da Constituição e transcreva. Além disso, explique,
com suas palavras, a razão da importância desse princípio.

1a DIREITOS FUNDAMENTAIS
A Constituição Federal de 1988 está no topo da pirâmide normativa
brasileira. De fato, a análise jurídica da questão em tela deve perpassar pelos
preceitos fundamentais do sistema jurídico brasileiro. Deste modo,
abordaremos os direitos fundamentais à vida (art. 5º, caput), à liberdade de
religião, de consciência e de crença (art. 5º, VI) e à privacidade (art. 5º, X).
Depois discutiremos a aparente colisão desses direitos e, por fim,
apresentaremos o comportamento de parte da jurisprudência pátria sob o
assunto.

2.1 DO DIREITO À VIDA


 O direito à vida está previsto no artigo 5º, caput, da Constituição da
República Federativa do Brasil de 1988, sendo entendido, atualmente, não só
como o direito de não ser morto por alguma pessoa, seja o Estado ou um
particular, mas também de possuir uma vida digna.       Esse direito deve ser
visto sob o aspecto da dignidade da pessoa humana, o qual é um dos
fundamentos da República Federativa do Brasil, conforme o artigo 1º, inciso III
da CF/88 e representa o núcleo axiológico em torno do qual transitam todos os
direitos fundamentais.

DO DIREITO À LIBERDADE DE RELIGIÃO, DE


CONSCIÊNCIA E DE CRENÇA
O direito à liberdade representa uma conquista dos cidadãos pela
manifestação de sua autonomia individual. É garantia positivada em diversas
constituições de sistemas democráticos, sendo considerado como o
fundamento da democracia, na medida em que possibilita a liberdade de
atuação e serve como limite às opressões do Estado.

DO DIREITO À PRIVACIDADE
O direito à privacidade é um direito fundamental garantido pela CF/88,
no seu art. 5º, X, in verbis: “são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra
e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano
material ou moral decorrente de sua violação”.

b.  “O direito à vida é o principal direito individual, o bem jurídico de maior


relevância tutelado pela ordem constitucional, pois o exercício dos demais
direitos depende de sua existência”. Diante disso, este direito é visto como uma
condição para o exercício dos demais direitos constitucionais. A vida humana é
um processo que vai desde a e vai se transformando, até que muda de
qualidade, deixando de ser vida para ser morte. Se a vida é um processo, ela
integra-se de elementos materiais (físicos e psíquicos) e imateriais (espirituais).
A vida é intimidade conosco mesmo, é um assistir de si mesmo e tomar
posição de si mesmo. Por isso é que a vida constitui a fonte primária de todos
os outros bens jurídicos.
Sendo assim, o direito à vida garantido constitucionalmente engloba,
não apenas, os elementos materiais físicos e psíquicos, mas também os
elementos imateriais, ou seja, os espirituais do próprio indivíduo, considerando-
o como uma pessoa livre e consciente de seus direitos e obrigações diante da
lei.

2 a. Se fala em igualdade formal quando todos são tratados da


mesma maneira e em igualdade material quando os mais fracos recebem um
tratamento especial no intuito de se aproximar dos mais fortes.

b. Juridicamente, a igualdade é uma norma que impõe tratar todos da


mesma maneira. Mas a partir desse conceito inicial, temos muitos
desdobramentos e incertezas. A regra básica é que os iguais devem ser
tratados da mesma forma (por exemplo, o peso do voto de todos os eleitores
deve ser igual) Também é um exemplo de isonomia a lei que impõe às
empresas o dever de contratar uma certa porcentagem de pessoas com
deficiência. Em um processo seletivo regular, esses indivíduos normalmente
seriam recusados.

c. O
princípio da igualdade pressupõe que as pessoas
colocadas em situações diferentes sejam tratadas de forma
desigual: “Dar tratamento isonômico às partes significa tratar
igualmente os iguais e desigualmente os desiguais, na exata
medida de suas desigualdades”.

3. Princípio da Legalidade: onde está essa garantia legal?

O Princípio da Legalidade é uma norma constitucional, visto que está previsto no artigo 5º,

inciso II, da Constituição Federal de 1988:“II – ninguém será obrigado a fazer ou deixar de

fazer alguma coisa senão em virtude de lei”.Como uma diretriz maior, o Princípio da

Legalidade permeia toda a legislação brasileira e, por isso, é tão importante não só para os

juristas ter conhecimento desse direito, pois se trata de um dos direitos e garantias

fundamentais dos cidadãos brasileiros.

Explicando o conceito: o que diz o Princípio da Legalidade

O Princípio da Legalidade, presente no artigo 5º, inciso II, da CF, crava a liberdade do

cidadão brasileiro dizendo que ele só será obrigado a fazer ou deixar de ter uma ação, seja

ela positiva ou negativa, no caso de haver prévio regimento legal. Essa norma se fez tão

importante considerando o recente período de regime não-democrático vivido na época

anterior à criação da Assembléia Constituinte, que criou a Constituição de 1988, também

conhecida como Constituição Cidadã, pelos amplos direitos em defesa da cidadania e da

pessoa

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