Comentario Daniel
Comentario Daniel
Comentario Daniel
1. Capa
2. Prefácio
3. Introdução
4. DIA 1
5. DIA 2
6. DIA 3
7. DIA 4
8. DIA 5
9. DIA 6
10. DIA 7
11. DIA 8
12. DIA 9
13. DIA 10
14. DIA 11
15. DIA 12
16. DIA 13
17. DIA 14
18. DIA 15
19. DIA 16
20. DIA 17
21. DIA 18
22. DIA 19
23. DIA 20
24. PARTE 2
25. DIA 21
26. DIA 22
27. DIA 23
28. DIA 24
29. DIA 25
30. DIA 25
31. DIA 26
32. DIA 27
33. DIA 28
34. DIA 29
35. DIA 30
36. DIA 31
37. DIA 32
38. DIA 33
39. Epílogo
40. Créditos
Aos meus pais, Nelson Mathias e Célia Junker, que me ensinaram, desde a mais
tenra idade, a Palavra de Deus, como também a importância de temer ao
Senhor, depender d’Ele e ser fiel aos Seus ensinamentos. Isto norteou os meus
passos e me deu direção para viver o propósito de Deus para a minha
existência.
“Ele mostrou a você, ó homem, o que é bom e o que o Senhor exige: Pratique a
justiça, ame a fidelidade e ande humildemente com o seu Deus” (Miqueias 6.8)
Prefácio
Vamos orar!
Senhor Deus, diante da sua majestade, diante do seu poder, coloco-me de
joelhos para dizer: eis-me aqui, usa-me conforme a sua vontade para espalhar a
sua palavra, seu Reino e testemunhar seu amor a todos. Em nome de Jesus.
Amém!
DIA 8
O reino do anticristo
Enquanto eu considerava os chifres, vi outro chifre, pequeno, que surgiu
entre eles; e três dos primeiros chifres foram arrancados para dar lugar
a ele. Esse chifre possuía olhos como os olhos de um homem e uma boca
que falava com arrogância. Continuei a observar por causa das
palavras arrogantes que o chifre falava. Fiquei olhando até que o
animal foi morto, e o seu corpo foi destruído e atirado no fogo. E foi
tirada a autoridade dos outros animais, mas eles tiveram permissão
para viver por um período de tempo. – Daniel 7.8-11
Eu, Daniel, fiquei agitado em meu espírito, e as visões que passaram
pela minha mente me aterrorizaram. Então me aproximei de um dos que
ali estavam e lhe perguntei o significado disso tudo. E ele me
respondeu, dando-me a interpretação: “Os quatro grandes animais são
quatro reinos que se levantarão na terra. Mas os santos do Altíssimo
receberão o reino e o possuirão para sempre; sim, para todo o sempre”.
Então eu quis saber o significado do quarto animal, diferente de todos
os outros e o mais aterrorizante, com seus dentes de ferro e garras de
bronze, o animal que despedaçava e devorava suas vítimas, e pisoteava
tudo o que sobrava. E também quis saber sobre os dez chifres da sua
cabeça e sobre o outro chifre que surgiu para ocupar o lugar dos três
chifres que caíram, o chifre que era maior do que os demais e que tinha
olhos e uma boca que falava com arrogância. Enquanto eu observava,
esse chifre guerreava contra os santos e os derrotava, até que o ancião
veio e pronunciou a sentença a favor dos santos do Altíssimo, e chegou
a hora de eles tomarem posse do reino. – Daniel 7.15-22
Ele me deu a seguinte explicação: “O quarto animal é um quarto reino
que aparecerá na terra. Será diferente de todos os outros reinos e
devorará a terra inteira, despedaçando-a e pisoteando-a. Os dez chifres
são dez reis que sairão desse reino. Depois deles um outro rei se
levantará, e será diferente dos primeiros reis. Ele falará contra o
Altíssimo, oprimirá os seus santos e tentará mudar os tempos e as leis.
Os santos serão entregues nas mãos dele por um tempo, tempos e meio
tempo”. – Daniel 7.23-25
Nos versículos acima, lemos a respeito do reino do anticristo, sua
ascensão e queda. Na reflexão de hoje, vamos entender alguns princípios
que norteiam esse reino.
1. O que ou quem é o anticristo?
O prefixo “anti” significa oposto. Portanto, o anticristo é aquele que
agirá em oposição a Cristo. Ele tentará ocupar o lugar de Cristo, passando-
se por Ele, imitando-O, mas, na verdade, agirá de forma contrária. O profeta
Daniel o apresenta como uma pessoa, e não um sistema. O versículo 8 o
descreve como o “pequeno chifre”. Os “olhos” e a “boca” sugerem a figura
de uma pessoa. Esse “pequeno chifre” é o ditador, relatado em Apocalipse
capítulos 13 e 17 e em 2 Tessalonicenses capítulo 2, que eu recomendo que
você leia.
Embora saibamos que o anticristo se apresentará como uma pessoa, eu
ousaria dizer que o “espírito do anticristo” já está agindo na sociedade,
enganando até mesmo aqueles que são cristãos, com uma teologia distorcida
da Palavra de Deus; com heresias que destroem valores e princípios de vida,
como família, amor ao próximo, entre outros. O espírito do anticristo troca a
verdade por mentira e a mentira por verdade. É uma ação maligna agindo na
sociedade, preparando o caminho para a chegada da pessoa do anticristo. O
“pequeno chifre” é uma pessoa escatológica que tentará destruir a imagem
do verdadeiro Cristo.
Nos versos 21 a 25, o “pequeno chifre” faz guerra contra os santos, fala
palavras contra Deus, pretende mudar os tempos e a lei, e persegue os santos
por “um tempo, tempos e meio tempo” - literalmente três anos e meio,
considerando que cada dia representa um ano, como é descrito em Números
14.34 e Ezequiel 4.6. Aqui se refere ao período da grande tribulação, que é
todo o período da ação do “pequeno chifre” – o anticristo –, isto é, sete
anos. A primeira metade dos sete anos – três anos e meio – é chamada de
“princípio das dores”, como diz Mateus 24.8. Já a segunda metade, a Bíblia
chama de a “grande tribulação”, que está relacionada principalmente aos
judeus e à situação da Judeia: “Porque haverá então grande tribulação, como
nunca houve desde o princípio do mundo até agora, nem jamais haverá”
(Mateus 24.21). Simultaneamente, as coisas estão acontecendo também no
resto do mundo. Apocalipse 7.13-14 fala aos gentios deste período:
Então um dos anciãos me perguntou: “Quem são estes que estão vestidos
de branco e de onde vieram?” Respondi: Senhor, tu o sabes. E ele disse:
“Estes são os que vieram da grande tribulação, que lavaram as suas
vestes e as alvejaram no sangue do Cordeiro”.
Evidências dessa perseguição podem ser vistas através dos séculos,
quando centenas e milhares de pessoas na Europa perderam suas vidas por
meio das inquisições do sistema judicial Católico Romano. Eles foram
torturados e mortos por serem acusados de hereges, porque não se
submeteram a autoridades e doutrinas da Igreja Católica Romana e do papa.
Embora as inquisições tenham sido abolidas, a Bíblia afirma que as
perseguições religiosas do “pequeno chifre” voltarão e resultarão na morte
de muitos antes do retorno de Cristo.
Daniel também viu a conclusão a respeito do “pequeno chifre”, isto é,
sua queda e destruição: “Mas o tribunal o julgará, e o seu poder lhe será
tirado e totalmente destruído, para sempre” (v. 26). Também em Apocalipse
18.2, vemos a queda da grande Babilônia, que é o anticristo.
2. De onde ele vem?
Segundo o sonho de Daniel, o anticristo surgirá do quarto animal, dentre
os outros dez chifres. Ele aparenta-se pequeno, inicialmente, mas crescerá e
se tornará mais poderoso do que os outros chifres. Ele é de origem satânica
e mundana. O “pequeno chifre” não é uma nação em si, mas um
representante de três nações ou três governos.
O versículo 24 diz: “Os dez chifres são dez reis que sairão desse reino.
Depois deles um outro rei se levantará, e será diferente dos primeiros reis”.
Ou seja, depois do Império Romano, surgiram muitos reinos (dez reis), e o
anticristo surgirá depois disso, numa etapa seguinte. Ele eliminará três reis
ou nações/governos em sua ascensão ao poder. Será o último dominador do
mundo, quer dizer: o último líder mundial.
Veja o que o apóstolo Paulo falou sobre ele em 2 Tessalonicenses 2.3-4:
Será revelado o homem do pecado, o filho da perdição. Este se opõe e se
exalta acima de tudo o que se chama Deus ou é objeto de adoração,
chegando até a se assentar no santuário de Deus, proclamando que ele
mesmo é Deus.
Portanto, a origem do anticristo está no pecado, na perdição. Ele não será
um ser extraterrestre, um demônio invisível, mas, sim, um homem, um líder
carismático que enganará a muitos.
3. O que ele vai fazer?
De acordo com os versículos 8, 20 e 25, do texto de hoje, Daniel diz que
o principal objetivo do anticristo será falar contra o Altíssimo e oprimir os
santos de Deus. O termo “santos”, que encontramos no texto, é considerado
por muitos comentaristas como os cristãos que serão perseguidos e mortos
pelo anticristo no período da grande tribulação. Período este que ele
receberá a permissão de Deus para reinar na Terra. No meu ponto de vista,
os “santos” se referem especificamente aos “judeus fiéis” a Deus, bem como
àqueles que se converterão a Jesus no período da grande tribulação. Digo
isto, tendo como base as palavras de Jesus, em Mateus 24. Nesse capítulo,
Jesus explica como serão os sete anos da tribulação que precederão sua
vinda para reinar neste mundo. No capítulo 25, Jesus conta a parábola das
dez virgens, que diz que o azeite das virgens insensatas havia acabado e, por
isso, não subiram, isto é, não foram arrebatadas. O azeite simboliza o
Espírito Santo, e o anticristo só se manifestará depois que aquele que o
detém, isto é, o Espírito Santo, for retirado da Terra. No capítulo 2 de Atos
dos Apóstolos, o Espírito Santo desceu ao mundo e passou a habitar
individualmente em cada pessoa que crê em Jesus, e coletivamente na
Igreja. Quando os crentes em Jesus forem retirados da Terra, no
arrebatamento, o Espírito, que é o penhor ou garantia da sua salvação, será
retirado com eles. Quem for evangelizado depois disso e crer em Jesus terá
o Espírito sobre si, como nos tempos do Antigo Testamento, mas não
habitando em si como acontece hoje.
Podemos dizer que o anticristo será um líder, alguém de cargo político
muito importante, que chegará à liderança mundial. Ele governará o mundo
com mão de ferro, impondo sua vontade sobre tudo, obrigando todos a
adorá-lo. Passará por cima de todos que tentarem travar seu caminho,
principalmente dos santos, o povo de Deus.
Mas é interessante que ele não chegará à força ao poder. Ele vencerá
pela diplomacia, pela persuasão da palavra. Ele convencerá os líderes
mundiais com sutileza, mostrando uma falsa bondade, e até produzindo
falsos milagres. O apóstolo Paulo fala que:
A vinda desse perverso é segundo a ação de Satanás, com todo o poder,
com sinais e com maravilhas enganadoras. Ele fará uso de todas as
formas de engano da injustiça para os que estão perecendo, porquanto
rejeitaram o amor à verdade que os poderia salvar.
2 Tessalonicenses 2.9-10
O Reino de Cristo
Enquanto eu olhava, tronos foram colocados, e um ancião se assentou.
Sua veste era branca como a neve, o cabelo era branco como a lã. Seu
trono era envolto em fogo, e as rodas do trono estavam em chamas. De
diante dele, saía um rio de fogo. Milhares de milhares o
serviam; milhões e milhões estavam diante dele. O tribunal iniciou o
julgamento, e os livros foram abertos. Em minha visão à noite, vi
alguém semelhante a um filho de homem, vindo com as nuvens dos céus.
Ele se aproximou do ancião e foi conduzido à sua presença. Ele recebeu
autoridade, glória e o reino; todos os povos, nações e homens de todas
as línguas o adoraram. Seu domínio é um domínio eterno que não
acabará, e seu reino jamais será destruído. – Daniel 7.9-14
Mas o tribunal o julgará, e o seu poder lhe será tirado e totalmente
destruído, para sempre. Então a soberania, o poder e a grandeza dos
reinos que há debaixo de todo o céu serão entregues nas mãos dos
santos, o povo do Altíssimo. O reino dele será um reino eterno, e todos
os governantes o adorarão e lhe obedecerão. – Daniel 7.26-27
Falamos ontem sobre o reino do anticristo, que cresce e exerce seu maior
poder e domínio no período da grande tribulação. Hoje continuaremos
compartilhando sobre o capítulo 7, mas descrevendo o reino de Cristo.
Vejamos como Daniel se refere a ele.
1. O Reino de Cristo já existe
Como vimos, Daniel teve a visão do último animal em seu sonho, aquele
que era aterrorizante e indecifrável, que possuía 10 chifres e dele brotava
um pequeno chifre que eliminava três dos outros chifres, e depois reinaria
sobre todos. Em seguida, Daniel vê Deus em seu trono exercendo seu juízo
sobre o mundo.
Nos primeiros versículos da leitura de hoje (vs. 9 e 10), Daniel vê Deus
no trono e uma milícia de anjos o adorando e o servindo. Essa visão deixou
claro para Daniel que o reino de Cristo já existe, está atuando através do seu
tribunal, mas apenas nos Céus. Já nos versículos 13 e 14, vemos, então, a
plenitude do reino de Cristo, isto é, a segunda vinda do Messias, quando seu
domínio porá fim ao reino das trevas. Será um reino que jamais terá fim:
“Em minha visão à noite, vi alguém semelhante a um filho de homem, vindo
com as nuvens dos céus” (v. 13).
2. O Reino de Cristo alcançará a todos
Como diz o versículo 14: “Ele recebeu autoridade, glória e o reino; todos
os povos, nações e homens de todas as línguas o adoraram. Seu domínio é
um domínio eterno que não acabará, e seu reino jamais será destruído”. À
medida que a visão de Daniel vai avançando, ele observa que a glória do
Messias, o Filho do Deus Altíssimo, se manifesta. Daniel relata, por meio
dessa visão, que a autoridade que Cristo recebeu é, então, estabelecida sobre
todos os povos, línguas, nações. Seu Reino é, enfim, consumado.
O apóstolo Paulo reforça essa autoridade de Cristo em sua carta aos
Filipenses, que diz:
Por isso Deus o exaltou à mais alta posição e lhe deu o nome que está
acima de todo nome, para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho, nos
céus, na terra e debaixo da terra, e toda língua confesse que Jesus Cristo
é o Senhor, para a glória de Deus Pai.
Filipenses 2.9-11
Ou seja, o domínio de Cristo se estenderá a todos os cantos e em todos
os lugares; e Ele exercerá seu reinado eternamente, pois este é um reino que
nunca acabará. Todos os povos reconhecerão, se ajoelharão e confessarão
que Jesus Cristo é o Senhor e a glória de Deus encherá toda a Terra.
Aleluia!
3. O Reino de Cristo é poderoso
Os versículos 26 a 27 declaram o poder do reino de Cristo. “… O reino
dele será um reino eterno, e todos os governantes o adorarão e lhe
obedecerão” (v. 27). O Senhor Jesus Cristo é o grande juiz. Ele tem todo o
poder para destituir o anticristo e Satanás e restabelecer o domínio do
mundo para si. A partir desse momento, portanto a partir da sua segunda
vinda, Cristo colocará todos os seus inimigos debaixo de seus pés. Como diz
em Daniel 2.44, quando ele explica a parte final da visão de
Nabucodonosor: “… o Deus dos céus estabelecerá um reino que jamais será
destruído e que nunca será dominado por nenhum outro povo. Destruirá
todos os reinos daqueles reis e os exterminará, mas esse Reino durará para
sempre”. Este é o poder do Reino de Cristo.
4. O Reino de Cristo será partilhado com os santos
Daniel declara que, quando Cristo vier em glória, em sua segunda vinda,
não apenas julgará o mundo, destituirá o anticristo e Satanás de seu poder,
mas também partilhará do seu Reino com todos os santos. Veja o que dizem
os seguintes versos: “Mas os santos do Altíssimo receberão o Reino e o
possuirão para sempre; sim, para todo o sempre.” (v.18); “até que o ancião
veio e pronunciou a sentença a favor dos santos do Altíssimo” (v. 22);
“Então a soberania, o poder e a grandeza dos reinos que há debaixo de todo
o céu serão entregues nas mãos dos santos, o povo do Altíssimo...” (v. 27).
Ou seja, Cristo honrará e exaltará os que foram fiéis até o fim; os que se
entregaram e confiaram suas vidas a Ele.
Quando leio o que Daniel viu e escreveu no capítulo 7, penso que ele
deveria ter ficado maravilhado com a derrota do anticristo, a vitória e as
conquistas do Reino de Cristo. Contudo, esse não foi o seu sentimento.
Daniel se angustiou. Dizem os versículos 15 e 28 que ele se entristeceu. Ele
disse: “Eu, Daniel, fiquei agitado em meu espírito, e as visões que passaram
pela minha mente me aterrorizaram” (v.15) e “…. Eu, Daniel, fiquei
aterrorizado por causa dos meus pensamentos e meu rosto empalideceu, mas
guardei essas coisas comigo” (v. 28).
Por que tudo isto mexeu tanto com Daniel? Possivelmente porque ele viu
até onde o mal chegou no ser humano; ele vislumbrou a batalha espiritual
travada na história da humanidade e as inúmeras vitórias das hostes
malignas.
O sentimento que nasce em meu coração quando leio esses versículos,
talvez um misto de sentimentos, primeiramente é de felicidade, por saber
que o anticristo, o inimigo de Cristo, será condenado e destruído e o destino
dele já está determinado por Deus. Mas, por outro lado, também me
entristeço, pois percebo que estou ficando anestesiado, insensível diante das
tragédias, do mal que está ao meu redor destruindo as vidas e a sociedade: a
fome, as guerras, as pragas, as doenças, a separação de casais, a destruição
das famílias, a homossexualidade, os casamentos de pessoas do mesmo
sexo, as drogas, os vícios, a corrupção, enfim, o pecado em todas as formas
e níveis, como descritos na Bíblia. Tudo isto tem destruído a criação de
Deus. Quando vejo estas coisas pela televisão ou internet, parece que estou
apenas vendo um filme de terror, que não me impacta mais, não gera a
comoção que deveria, não produz em mim o desejo de orar mais, jejuar
mais, clamar mais, levantar-me como um profeta para falar a verdade de
Deus.
Todavia, assim como Daniel, que ficou alarmado, agitado em seu
espírito, eu e você não podemos ficar passivos diante desta triste realidade
que nos cerca. Não devemos nos conformar com as tragédias a que
assistimos pela TV e internet, nem estarmos indiferentes diante da
destruição da família como núcleo da sociedade. Temos de nos voltar
humildemente ao Espírito Santo e permitir que Ele use as nossas vidas para
socorrermos e alertarmos a sociedade, como uma voz profética. É preciso
clamar por misericórdia e declarar a Palavra de Deus como valor maior e
verdadeiro a todos ao nosso redor. Que sejamos profetas em um mundo sem
Deus!
Vamos orar!
Senhor Deus, diante das tragédias ao nosso redor, eu clamo por
misericórdia. Vejo tanta corrupção, tanto descaso para com a sociedade, tantas
drogas destruindo jovens e famílias inteiras. Tenha misericórdia, Senhor! O
mundo está se acabando e as suas profecias estão se cumprindo. Tudo está
convergindo para a chegada do anticristo. Haja com misericórdia, Senhor! Eu
clamo para que seu Espírito desperte o seu povo para clamar e agir como
profetas contra este mal que tem crescido em todo o mundo. Eu oro em nome de
Jesus. Amém!
DIA 24
Tempo do fim
Naquela ocasião Miguel, o grande príncipe que protege o seu povo se
levantará. Haverá um tempo de angústia como nunca houve desde o
início das nações até então. Mas naquela ocasião o seu povo, todo
aquele cujo nome está escrito no livro, será liberto. Multidões que
dormem no pó da terra acordarão: uns para a vida eterna, outros para
a vergonha, para o desprezo eterno. Aqueles que são sábios reluzirão
como o fulgor do céu, e aqueles que conduzem muitos à justiça serão
como as estrelas, para todo o sempre. Mas você, Daniel, feche com um
selo as palavras do livro até o tempo do fim. Muitos irão por todo lado
em busca de maior conhecimento. – Daniel 12.1-4
Então eu, Daniel, olhei, e diante de mim estavam dois outros anjos, um
na margem de cá do rio e outro na margem de lá. Um deles disse ao
homem vestido de linho, que estava acima das águas do rio: “Quanto
tempo decorrerá antes que se cumpram essas coisas extraordinárias? O
homem vestido de linho, que estava acima das águas do rio, ergueu
para o céu a mão direita e a mão esquerda, e eu o ouvi jurar por aquele
que vive para sempre, dizendo: “Haverá um tempo, tempos e meio
tempo. Quando o poder do povo santo for finalmente quebrado, todas
essas coisas se cumprirão”. – Daniel 12.5-7
Eu ouvi, mas não compreendi. Por isso perguntei: “Meu senhor, qual
será o resultado disso tudo?”. Ele respondeu: “Siga o seu caminho,
Daniel, pois as palavras estão seladas e lacradas até o tempo do fim.
Muitos serão purificados, alvejados e refinados, mas os ímpios
continuarão ímpios. Nenhum dos ímpios levará isto em consideração,
mas os sábios sim. “Depois de abolido o sacrifício diário e colocado o
sacrilégio terrível, haverá mil e duzentos e noventa dias. Feliz aquele
que esperar e alcançar o fim dos mil trezentos e trinta e cinco dias.
“Quanto a você, siga o seu caminho até o fim. Você descansará e,
então, no final dos dias, você se levantará para receber a herança que
lhe cabe”.
Daniel 12.8-13
Na reflexão de hoje, falaremos do capítulo 12 de Daniel. Nele não
encontramos nenhum aspecto profético em relação às histórias das nações
como encontramos nos capítulos anteriores, principalmente no capítulo 11.
Mas compartilharemos os seguintes temas neste último capítulo de Daniel:
O tempo da angústia, a ressurreição dos mortos, a visão de anjos e a
conversa entre eles, e o tempo do fim.
1. Um tempo de angústia
O primeiro versículo do capítulo 12 alerta sobre o tempo de angústia que
haverá sobre a humanidade, um tempo de dor e sofrimento como nunca
houve antes. No entanto, o versículo afirma também que todo aquele cujo
nome está escrito no livro da vida será poupado do sofrimento: “Mas
naquela ocasião o seu povo, todo aquele cujo nome está escrito no livro será
liberto” (v.1).
Assim, compreendemos que, segundo a visão e revelação dada a Daniel,
há três importantes sinais que marcarão os momentos finais que antecedem
a segunda vinda do Senhor Jesus Cristo, além dos citados por Jesus em
Mateus 24 e 25:
A vida de Daniel nos ensina que ser bem-sucedido não significa ter bens,
conquistar posições de poder, mas viver de forma íntegra e fiel a Deus.
O plano de Deus já está traçado e não há nada que possamos fazer para
mudar, a não ser orar para conhecer e compreender exatamente qual é este
plano. Desta forma, podemos nos ajustar a ele e sermos parceiros naquilo
que Ele deseja realizar por meio de nós. Isso nos garantirá uma vida bem-
sucedida em todas as esferas.
Devemos aprender com Daniel a usar as armas espirituais, em vez de
estratégias humanas para solucionar problemas do nosso cotidiano. A
oração sincera e fervorosa é muito mais poderosa para mudar as
circunstâncias.
Aprendemos com a vida e as revelações de Daniel que as pessoas são
muito mais importantes do que os planos e os programas. Deus não está
muito interessado em programas, mas nas vidas salvas e libertas do pecado.
Os planos vêm e vão; os reinos vêm e vão, mas a vida é eterna. Ela tem
muito mais valor para Deus do que planos, projetos e eventos.
Este livro não é apenas para ser lido, mas, principalmente, para nos
ajudar a levar uma vida de acordo com a vontade de Deus neste mundo,
onde os valores e os princípios eternos estão modificados, e sinalizar que em
breve o Reino de Deus será consumado.
Daniel passou sua vida no cativeiro. Desde o início de sua adolescência,
quando foi levado cativo, ele decidiu em seu coração não se contaminar com
as finas iguarias do rei, mantendo-se fiel ao seu Deus no meio de um povo
idólatra. Deus conta com homens e mulheres assim: íntegros, verdadeiros e
dispostos a pagar qualquer preço para viver e fazer a Sua vontade. Os que
assim procedem podem se considerar homens e mulheres bem-sucedidos
como Daniel.
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