Projeto de Agroindústria de Castanha Do Caju

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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO


CAMPUS UNIVERSITÁRIO DO ARAGUAIA
INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA
ENGENHARIA DE ALIMENTOS

PROJETOS E INSTALAÇÕES INDUSTRIAIS

BARRA DO GARÇAS - MT
Março - 2020
AURI ELY MONTEIRO GONCALVES

LAYO WHANDER DE ALMEIDA DOURADO

LUCAS SANTANA DA MATA

RODRIGO THAISON DA SILVA BENTO

VICTOR HUGO ALVES CARVALHO

PROJETO DE AGROINDÚSTRIA DE CASTANHA DO CAJU

Trabalho tecnico cientifico da disciplina de Projetos e


Instalações Industriais do curso de Engenharia de
Alimentos do Centro Universitário do Araguaia
(CUA) da Universidade Federal do Mato Grosso
(UFMT).

Docente: Profª. Me. Renata Moraes de Brito.

BARRA DO GARÇAS - MT
Março - 2020
1

1. INTRODUÇÃO

produção de castanha de caju torrada é algo que tem um rendimento inferior a 50%,
seu rendimento esta entre 20% a 25%, isso se deve pelo fato da época da colheita, pois,
para que a indústria não fique parada fora dos meses de colheita é importante armazena-
las e o processo de armazenamento requer que a castanha passe pelo processo de secagem
antes de ir para o armazenamento, todo esse processo deve ser feito a fim de evitar
estragos na matéria prima ou ate mesmo perdas. Em seguida temos um fluxograma de
como deve ocorrer o processamento da matéria.

Todo o processo utilizado anteriormente faz com que a cada 1000 kg de matéria
bruta se transforme em cerca de 250 kg de matéria processada. É um processo simples
2

depois das etapas de armazenamento, porém, deve-se ter bastante cuidado para evitar
queima-las perdendo o valor nutricional e também o seu sabor característico. Em seguida
temos o fluxograma de balanço de massa de uma produção diária que estimasse ter dentro
da indústria.

Esse acompanhamento é importante para medir a eficiência da planta, se a


eficiência do seu processo aumenta, a quantidade de produto final aumenta. Se a
quantidade de produto final cai, é sinal de que sua eficiência diminuiu levando em
consideração que todas as outras variáveis permaneçam constantes.
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1.1 DESCRIÇÃO DA INUDSTRIA

A indústria produtora de castanhas de caju torrado deve ser considerada uma mini-
indústria que trabalhará com uma quantidade intermediaria de matéria prima. É
necessário que a matéria seja adquirida semanalmente nas épocas de colheitas, porém,
elas cessam por um determinado tempo fazendo com que a mini-indústria tenha que
trabalhar com a matéria prima estocada anteriormente. A estocagem da matéria pode
variar por esse motivo a indústria possui vários galpões de estocagem em tamanhos
diferentes.

Fonte: Google Imagens

Fonte: Google Imagens

Recomenda-se que a produção diária fique em torno de 110 kg oque faz que se
utilize cerca de 440 kg de matéria bruta, o transporte será feito em caminhões saindo
diretamente da indústria de suco para a indústria de castanhas onde a mesma ficará
localizada um pouco mais afastada do centro da cidade. A saída de produtos acabados
será destinadas a grandes e pequenos comércios, espera-se que alguns vendedores
busquem diretamente na indústria para revender. Boas características da amêndoa torrada
4

vêm desde uma boa seleção da mesma fazendo que o produto acabado tenha um ótimo
sabor, com crocância e boa aparência visual, tudo isso se deve também pela aplicação de
alguns testes sensoriais que devem ser realizados antes de iniciar a produção para vendas.

A ideia de que a pequena indústria seja totalmente murada separando bem o lado
externo do lado interno, onde seu lado interior é completamente branco, além de um
grande pátio para a movimentação dos caminhões, um lugar reservado para lavagem dos
caminhões, cômodos reservados a estocagem de peças e acessórios para possível
imprevisto com maquinas, espaço para os funcionários comerem (refeitório), além de
salas individuais para cada responsável, gerente etc.

2. LAYOUT

2.1 UM ESPAÇO ADEQUADO

Para um bom aproveitamento do espaço físico de uma fábrica de castanha, é preciso


reservar locais específicos para o armazenamento das castanhas e para as amêndoas
embaladas.

As operações básicas de beneficiamento da castanha podem ser desenvolvidas em


quatro etapas distintas:

1. A limpeza, a classificação por tamanho e o cozimento da castanha realizam-se


em área externa, coberta por um toldo. As operações de limpeza e de classificação podem,
também, ser efetuadas no galpão de armazenagem. A secagem das castanhas para o corte
é feita sob o sol, em terreiro cimentado.

2. No descasque ou corte, deve-se reservar um espaço para a estocagem das


cascas, que serão utilizadas para a extração do líquido ou para alimentar o forno e a
fornalha.

3. Para a retirada da película e seleção, exige-se um local higiênico, pois a


amêndoa, semiprocessada já se encontra exposta ao ambiente. Essa área deve ser isenta
de roedores e insetos, visto que o material não embalado pode ter que ficar estocado de
um dia para o outro. As operações requerem, também, um ambiente bem iluminado, para
facilitar o trabalho.

4. Fritura e embalagem – No caso de amêndoas cruas, a embalagem poderá ser


feita na mesma área da seleção. Já no caso de amêndoas torradas, a operação de fritura
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deve ser efetuada em ambiente separado. Nessa área, as mesmas condições de


luminosidade e de higiene devem ser observadas.

2.2 LOCALIZAÇÃO CRITERIOSA

O local onde deve ser montada a agroindústria de processamento de castanha de


caju deve ser escolhido criteriosamente. Depois de dimensionar o espaço necessário, é
hora de sair a campo e procurar um lugar para a futura empresa. O imóvel pode ser
alugado ou construído, dependendo dos recursos disponíveis pelo empresário. De
qualquer maneira, na hora de avaliar o imóvel, é preciso analisar todos os fatores que
possam ser decisivos nos seus custos. Assim, é importante observar os seguintes aspectos:

1. Vias de acesso – O ideal é que exista uma boa rede viária para o escoamento da
produção. Do contrário, os custos do transporte vão pesar no preço final do produto.

2. Localização – A proximidade dos consumidores e dos fornecedores de matéria-


prima também reduz os custos de transporte.

3. Condições da região – Verificar se existe disponibilidade de mão-de-obra na


região, bem como seu nível de formação (rede escolar e principalmente, escolas técnicas)
e organização (sindicatos). É importante pesquisar o salário médio pago aos trabalhadores
e o custo de vida.

4. Imóvel – Avaliar a conveniência de comprar ou alugar o imóvel. Normalmente


o aluguel é mais vantajoso para empresas que estão começando, desde que o contrato
preveja cláusulas seguras de renovação. É importante também verificar se existe
possibilidade de expansão.

5. Energia – Este é um dos principais critérios para determinar a localização de


uma agroindústria de processamento de castanha de caju. É necessário verificar a
capacidade da rede elétrica existente e se ela suporta as instalações de transformadores e
extensões.

6. Água – Conferir a fonte de abastecimento de água (fonte natural, poço artesiano


ou rede hidráulica) e verificar se ela atende suas necessidades.

7. Integração – Qualquer empresa moderna deve considerar os aspectos sociais de


sua instalação. Ela deve estar integrada com a comunidade na qual está situada, e
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estabelecer com ela uma relação de troca, oferecendo benefícios e recebendo apoio e
colaboração.

2.3 PROJETE SUA EMPRESA

Depois de observados todos esses aspectos e escolhidos o local, é hora de projetar


sua indústria no papel. Você verá que no projeto do galpão (Figura 16), numa área de 102
m², foram reservados um espaço para armazenamento da castanha in natura, para o
escritório, para o beneficiamento e área de corte e repouso das castanhas autoclavadas. A
área administrativa - escritório - possui uma recepção, um escritório e uma sala destinada
ao atendimento da clientela. A área de produção é dividida em três setores básicos:
seleção, beneficiamento e corte/repouso. Seguindo uma seqüência de produção, na área
de seleção, fica a peneira selecionadora; na área de beneficiamento, ficam a câmara de
umidificação, suporte de bandejas, estufa a gás, despeliculador rotativo, mesa de seleção,
seladora para sacos, conjunto para fritura e secagem, e mesa de beneficiamento; e na área
de corte/repouso, as bancadas de corte e o gerador.

Os revestimentos de todo os ambientes devem ser de fácil limpeza. O piso da área


de produção deve ser de boa resistência a impactos e a cargas pesadas. A área de produção
deve ter uma única entrada e saída para possibilitar um maior controle, sendo esse setor
voltado para local de fácil acesso a carros e caminhões. O projeto arquitetônico optou
pela não divisão da área de beneficiamento em pequenos ambientes, como depósitos ou
separação das máquinas ou setores, o que facilita a organização e a disposição de toda a
produção, além de deixar a área mais flexível e de fácil localização dos equipamentos.
7

2.4 A IMPORTÂNCIA DE OUTROS MATERIAIS

Além dos equipamentos descritos neste estudo, outros materiais diversos são
necessários para o adequado processamento. A seguir, relacionamos esses materiais,
divididos em grupos: recebimento da castanha; cozimento; corte; seleção e classificação;
fritura, centrifugação e embalagem; e apoio administrativo. Como você pode verificar
neste estudo, o processo de beneficiamento da castanha é bastante simples, se comparado
com outros tipos de agroindústria. Ele também guarda uma característica bastante
interessante que é a de se adaptar aos mais diferentes volumes de produção. O
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processamento das amêndoas dispensa o trato cuidadoso de mãos humanas, guardando,


mesmo nas maiores empresas, um certo espírito artesanal. O que é sinônimo de emprego
e de importância social em regiões normalmente carente de oportunidades.

3. FLUXO DE MATERIAL E PESSOAS

O fluxo de materiais e pessoas durante a produção, apesar de parecer uma tarefa


aparentemente secundária e corriqueira, é de fundamental importância para a organização
dentro de uma fábrica.
Essa etapa influencia no tempo de produção, levando os projetistas a atentarem
para a divisão e disposição dos departamentos dentro da mesma. Por sua vez, os custos
de produção estão relacionados ao tempo gasto com movimentações desnecessárias que
também se relacionam à agregação de valor ao produto.
Estabelecer processos para que esse fluxo seja eficaz, portanto, pode fazer a
diferença no lucro de uma empresa que trabalhe com precisão. Isso sem falar que quando
ocorrem falhas, são raros os casos de perda de produtos, danos em embalagens, ou outros
contratempos.
Para Moura (2005) e Martins (2006), o fluxo de materiais pode ser definido como
o caminho que o recurso a ser transformado percorre durante todo o processo produtivo,
representando um fator de influência direta no tempo de produção.
Desta forma, é coerente ratificar que a melhoria do fluxo pode ser alcançada por
meio da identificação do melhor caminho a ser percorrido pelo material. Os custos
poderão ser reduzidos quando o fluxo produtivo for mais eficiente. Ou seja, para a
determinação ou modificação de um layout é necessário se considerar de que forma o
fluxo atual está influenciando no tempo de produção, bem como as possibilidades de
melhoria deste.

3.1 Benefícios de otimizar o fluxo de de materiais


Redução de Custos: Ao utilizar equipamentos mecânicos para a movimentação de
materiais, o custo com mão de obra é reduzido. Além disso, uma boa logística interna
também reduz a perda de materiais e o número de acidentes.
Aumento da Capacidade Produtiva: Boas práticas na movimentação de materiais
geram mais rapidez em todo o ciclo produtivo, o que permitirá o aumento da capacidade
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produtiva. Construir um bom layout industrial aproveitando todo o espaço disponível


também ajuda nesse sentido.
Melhores Condições de Trabalho: Otimizar as rotas de empilhadeiras, por
exemplo, vai garantir mais segurança e menos “esforço” para o trabalhador, criando
melhores condições de trabalho.
Melhor Distribuição: A organização do layout industrial irá melhorar a
distribuição de equipamentos, produtos e pessoas na operação. Isso vai gerar um ambiente
muito mais produtivo e agradável para trabalhar.

3.2 Descrição detalhada dos equipamentos e insumos.


Para se produzir a castanha de caju torrada e triturada, assim como para qualquer

outro alimento, é primordial fazer o levantamento de todos os equipamentos e insumos

que serão utilizados na linha de produção.

Nesse processo é necessário a utilização de dez equipamentos, sendo eles: peneira

para classificação de castanha in natura, vaso cozedor, máquina de corte manual, bancada

para despeliculagem manual, estufa, umidificador, despeliculador, conjunto de fritadeira

e centrífuga, máquina seladora de sacos plásticos e triturador. Todos esses equipamentos

e os insumos serão detalhados a seguir.

1. Peneira selecionadora rotativa - separa as castanhas por tamanho em até quatro


tipos (cajuis, pequenas, médias e grandes). É composta de quatro rotores com
chapas em aço carbono perfuradas de 18 mm, 21 mm, 24 mm e 27 mm o diâmetro
e também conta com um suporte metálico. Tem capacidade para 300kg/h.

2. Vaso cozedor para castanha in natura - Construído em aço carbono, em


formato cilíndrico, encamisado para produção de vapor saturado, com os
seguintes componentes auxiliares de operação: manômetro, visor de nível, válvula
de segurança, montado em base de ferro com queimador a gás de cozinha, com
capacidade para 50 kg de castanha por hora. Sua principal vantagem é que
favorece que o corte ocorra sem a quebra da amêndoa.
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Figura 1:. Peneira selecionadora de castanhas in natura (esquerda). Gerador a Vapor e Vaso Cozedor de
castanhas in natura (direita).

3. Máquina de corte manual de castanha - Construída em ferro fundido, composta


de mesa bancada dupla metálica e com capacidade para duas máquinas manuais
as maquinas de cortes manuais são ajustadas aos tipos de castanha classificados
anteriormente. É projetada para operação de duas pessoas: uma corta a castanha e
a outra retira, com estilete, a amêndoa que fica pregada na casca. Possui
capacidade de cortar 100 kg de castanhas por dia.

Figura 2: Máquina manual de corte de castanha.

4. Bancada para despeliculagem manual – Usada para seleção e classificação da


amêndoa de castanha de caju, confeccionada em chapa metálica, apoiada em
quatro pernas, revestida em fórmica de coloração clara-opaca.
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Figura 3: Mesa de seleção e classificação das castanhas.

5. Estufa a GLP para secagem das amêndoas - Construída em chapa metálica com porta,
prateleira de perfil metálico para 12 bandejas em telas galvanizadas malha 4 x 20 mm,
com capacidade individual para 3,35 kg de amêndoas, dotada de termômetro, válvula
termostática, queimadores a gás, com capacidade para 42 kg em 6 horas e com
temperatura média de 65ºC, com suporte para bandeja e divisórias com prateleiras, para
colocação das bandejas com amêndoas para repouso.

Figura 4: Estufa para secagem de amêndoas e suporte para bandejas.


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6. Despeliculador rotativo contínuo manual - Com capacidade operacional de 50


kg/hora.

Figura 5: Despeliculador rotativo contínuo manual.

7. Picador/triturador de castanha industrial – Capacidade operacional de 10


kg/minuto. Custo médio: R$14.999

Figura 6: Triturador industrial para castanhas.


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8. Torrador de café e grãos – Capacidade operacional de 15kg e 20L.


Custo médio: R$2.850

Figura 7: Torrador industrial para café e grãos.

9. Umidificador – Confeccionado em chapa zincada comportando quatro bandejas,


com capacidade operacional de 14 kg de amêndoas a cada 5 minutos.

10. Máquina seladora de sacos de plástico ou aluminizados - Composta por caixa


termostática, lâmpada-piloto, chave deslizante para funcionamento automático,
barramento de solda composta de resistência e barra de alumínio, protegida por
pedal, com regulagem de calor e de tempo de soldagem, sem sistema de vácuo.

Além disso há também os insumos que serão utilizados durante toda a cadeia de
produção. Na tabela abaixo segue uma estimativa de preço dos variados insumos que são
usados no processamento de castanha de caju torrada e triturada, bem como da matéria
prima.

Tabela 1. Insumos para produção de castanha de caju torrada triturada.


Discriminação Quantidade Preço (R$)

Castanha de caju Quilo 3,90


Saco plástico pequeno 1000 unidades 25,00
Gás 1 unidade 97,27
- -
Energia elétrica
- -
Água
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4. VIABILIDADE ECONOMICA

Um projeto de viabilidade consiste em um conjunto de elementos que permite


avaliar quantitativa e qualitativamente as vantagens e desvantagens da implantação
de um negócio. O projeto do negócio é um conjunto de dados e informações sobre o
futuro empreendimento, definindo suas principais características e condições, para
proporcionar uma análise de sua viabilidade e dos seus riscos, bem como para
facilitar sua implantação (BOTOMÉ, 2005).
Veras (2001) salienta que a análise de investimentos compreende não só
alternativas entre dois ou mais investimentos a escolher, mas também a análise de
único investimento com a finalidade de avaliar o interesse na implantação do mesmo.

4.1 Mercado

O mercado é o local onde os agentes econômicos realizam suas trocas ou buscam


produtos ou serviços para satisfazer suas necessidades, ou seja, a interação entre os
agentes econômicos (SILVA et al., 2012).
O mercado, no vocabulário empresarial, significa um aglomerado de
pessoas e empresas que compõe o universo de um determinado segmento da
economia, onde o mercado pode ser dividido em três grandes grupos: Mercado
consumidor, mercado fornecedor e mercado concorrente. Dos três grupos
apresentados, os três apontam de forma positiva para a implementação de uma
mini fábrica processadora de castanha de caju na região do vale do Araguaia,
tendo em vista que na região centro-oeste não possui nenhuma indústria deste
ramo, sendo o estado de Mato Grosso o único com dados de produção na região
segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Levando em consideração que a região com maior produção de castanha
se encontra no estado do Nordeste, é capaz de produzir um produto final mais
barato para o consumidor final, tendo em vista que o custo de transporte é menor.
Na tabela 1, encontra-se alguns dados referente a produção da castanha do
caju, enquanto na tabela 2 dados sobre o valor da produção nos estados do Ceará,
Mato Grosso e Rio Grande do Norte, sendo Ceará e Rio Grande do Norte os
maiores produtores do pais dos últimos 5 anos.
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Tabela 2 Produção de Castanha do Caju em toneladas.


Ano
Federação
2014 2015 2016 2017 2018
Ceará 51.211,00 t 52.118,00 t 30.968,00 t 81.098,00 t 83.036,00 t
Mato Grosso 261,00 t 256,00 t 96,00 t 93,00 t 97,00 t
Rio Grande do Norte 27.405,00 t 22.337,00 t 18.169,00 t 20.670,00 t 17.986,00 t
Fonte: IBGE – Censo Agropecuário (2020).

Tabela 3. Valor da produção de castanha do caju em (x 1000) R$.


Ano
Federação
2014 2015 2016 2017 2018
Ceará R$ 108.286,00 R$ 171.708,00 R$ 119.095,00 R$ 284.111,00 R$ 243.993,00
Mato Grosso R$ 523,00 R$ 487,00 R$ 193,00 R$ 186,00 R$ 194,00
Rio Grande do Norte R$ 36.181,00 R$ 42.385,00 R$ 50.435,00 R$ 33.377,00 R$ 43.378,00

Fonte: IBGE – Censo Agropecuário (2020).

Com os dados da tabela 2 e 3, é possível determinar o valor de produção por


tonelada que se encontram descritos na tabela 4.

Tabela 4. Valor da Produção (x 1000) R$ em razão da produção (tonelada) de castanha


do caju.
Ano
Federação
2014 2015 2016 2017 2018 Média ± Desvio Padrão
Ceará 2,11 3,29 3,85 3,50 2,94 3,14 ± 0,66
Mato Grosso 2,00 1,90 2,01 2,00 2,00 1,98 ± 0,05
Rio Grande do Norte 1,32 1,90 2,78 1,61 2,41 2,00 ± 0,59

Fonte: Autor.

É possível visualizar que o gasto em média para produção de 1 tonelada de


castanha de caju é mais barato no estado de Mato Grosso, isso pode ser justificado pelo
rendimento médio de cada estado ilustrado na figura 1, onde é feito a razão do que foi
produzido pela área coletada, sendo que em 2018 o estado de Mato Grosso obteve a
maior média (588 kg/ha) entre os três e obteve a quinta melhor média do pais ficando
atrás apenas de Pernambuco (1709 kg/ha), Tocantins (1167 kg/ha), Pará (991 kg/ha) e
Alagoas 653 (kg/ha).
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Figura 8: Rendimento médio dos três estados.


Fonte: IBGE – Censo Agropecuário (2020).

De acordo com a Embrapa (2003), o mercado interno ainda é muito pouco


explorado, ensejando um elevado potencial a ser conquistado. A ampliação desses
mercados depende fundamentalmente do padrão de qualidade do produto
associado a campanhas de marketing que divulguem as vantagens terapêuticas e
nutricionais da amêndoa da castanha de caju.

Uma projeção realizada no ano de 2018 pela Fundação das Indústrias do


Estado de São Paulo (FIESP) estimou para os próximos dez anos que o Brasil gere
uma receita de US$ 1 bilhão com a exportação de castanhas nativas (castanha do
Pará, castanha de caju e castanha de baru), e o consumo no mercado interno cresça
cerca de 6 a 8%.

Utilizando-se os dados do IBGE referente a este ano, a produção de


castanha do caju representou aproximadamente mais de 75% da produção de
castanhas nativas, tendo no ano 141.418 toneladas, enquanto a castanha do Pará
obteve 34.170 toneladas a produção da castanha de Baru foi desconhecida tenho
em vista que não foi feito o levantamento pelo IBGE. De acordo com a
Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), no ano
de 2016 brasil exportou 15.588 toneladas de castanha de caju sem casca,
17

representando cerca de 21% da produção total do pais, que no ano de 2016 foi de
74.568 toneladas.

Com base nesses dados levantados o consumo interno foi de 58.980


toneladas e a população do mesmo ano era de 206.081.432 habitantes, tendo um
consumo médio per capita ao ano de 286,2 g estando bastante longe do que
nutricionistas recomendam, que é cerca de 10 g ao dia que no ano dá um pouco
mais de 3kg, existe outros alimentos que são opções nutricionais para o aumento
do HDL, entretanto possuem um valor de aquisição maior.

4.2 Investimentos

4.2.1 Investimento Fixo

Nas tabelas 5 e 6 estão representados o investimento fixo necessário em


equipamentos e obras civis que a empresa necessitará. Os valores estipulados foram
levantados utilizando um estudo de caso realizado em 2003 pelo Sebrae em conjunto com
a Embrapa com o intuito de orientar empresários que estavam dispostos a iniciar um novo
empreendimento com a castanha de caju. Utilizando o Índice Nacional de Preços ao
Consumidor Amplo (IPCA) os valores foram corrigidos para a cotação atual.

Para o cálculo foi considerado uma capacidade operacional de 110 kg/dia, tendo
o funcionamento anual em 270 dias, obtendo um processo anual de 29.700 kg.

Tabela 5. Despesas com obras civis.


Item Descrição Un. Quant. Valor (R$)
1 Terreno m2 450 70.000,00
2 Terraplenagem m2 126,5 248,19
2
3 Sede agroindustrial m 40 23.943,87
2
4 Unidade agroindustrial m 86,5 44.066,96
2
5 Aproveitamento de resíduos m 0 0,00
6 Estudos e projetos de engenharia % 6 8.295,54

7 Supervisão de construção % 2 2765,18

Total a ser aplicado em obras civis 149.319,74

Fonte: Autor.
18

Na tabela 6 está detalhado tanto os equipamentos de processamento, quanto as


unidades de apoio complementares, de forma a possuir um estabelecimento que não irá
colocar a vida dos seus funcionários em risco.

Tabela 6. Despesas com aquisição e instalação de equipamentos.


Item Descrição Un. Quant. Valor (R$)
Equipamentos de processamento

1 Classificador manual com quatro rotores un. 1 2.714,27

Vazo cozedor de castanha, de aço


2 un. 1 7.792,04
carbono
3 Máquina de corte manual un. 2 1.138,61
4 Estufa a gás un. 1 4.887,99
5 Umidificador un. 1 1.293,88
6 Despeliculador manual un. 1 718,82
7 Mesas de despeliculagem un. 1 653,48

8 Mesas de seleção e classificação un. 1 1.286,04

9 Fritadeira a gás un. 1 1.699,04


10 Centrífuga un. 1 3.267,38
11 Suporte para bandejas un. 1 914,87
12 Recravadeira (injeção a gás) un. 1 4.835,72
13 Máquina seladora un. 1 862,59
14 Carrinho de transporte un. 1 261,39
15 Botijão de GLP (13 kg) un. 2 258,78
16 Bombona plástica (50 L) un. 3 78,42
17 Outros utensílios un. 1 914,89
Unidades de apoio complementares
18* Montagem % 10 3.357,82
19** Materiais permanentes --- --- 15.283,29
20 Linhas externas % 5 2.610,97

21 Segurança e proteção contra incêndio % 1 2.322,20

22 Eventuais % 5 2.610,97

23 Taxa de associação da EAN do Brasil un. 1 367,00

24* Frete % 3 385,38


25 Veículos un. 1 -
Total a ser aplicado em equipamentos da agroindústria 60.515,82

* - Valores Calculados sobre o custo de equipamentos.


** - Englobam moveis utensílios, materiais de escritório, telefone fixo e etc.
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4.3 Custos

4.3.1 Custos Fixos Anuais

O custo de manutenção de uma agroindústria de amêndoa de caju, ou seja, os


custos fixos, são aqueles custos que não estão associados às quantidades de produtos
fabricados, mantendo-se dentro de um mesmo patamar independentemente do aumento
ou da queda da produção ou das vendas. Esses custos ocorrem mesmo que a empresa não
venda ou produza nenhum bem, sendo necessários para a manutenção do negócio em
funcionamento, daí serem também denominados de custos de funcionamento ou de custos
de estrutura.

Geralmente, os custos fixos são compostos pelos salários e pelos encargos sociais
do pessoal administrativo (secretárias, contínuos, vigilantes, gerente-administrativo, etc);
dos gastos com locação do imóvel e respectivas taxas; tarifas de água e de telefone;
energia elétrica, quando se trata de uma pequena empresa cujo gasto com essa conta não
sofre flutuações, pois geralmente paga a tarifa mínima; retirada de pró-labore dos sócios;
materiais de limpeza e de conservação; combustíveis e lubrificantes; transporte; serviços
de terceiros; serviços profissionais; honorários contábeis; depreciação dos equipamentos;
etc. Na tabela 7 se encontram listados os custos, vale ressaltar que a depreciação é
considerado um gasto administrativo, porém encontra-se detalhado na tabela 8 mas
também está contabilizado na tabela 7.

Tabela 7. Custos fixos anuais.


Item Discriminação Valor (R$)
1 Pessoal Administrativo 23.687,16
2 Gastos Administrativos 53.975,48
3 Total 77.616,51

4.3.2 Depreciação

Sabendo quais são os equipamentos utilizados para a produção das castanhas e o


investimento fixo em obras civis e equipamentos agroindustriais, é possível calcular a
depreciação em anos. Onde Equipamentos tem 10 anos de vida útil, com uma taxa de
depreciação de 10% a.a. Prédio possuem de 25 a 50 anos com taxa de 4 a 2% a.a. Na
tabela 7 é possível analisar a depreciação dos equipamentos e obras civis.
20

Tabela 8. Depreciação de equipamentos e obras civis.


Valor da Vida útil Depreciação
Bens Depreciação
Aquisição (R$) (anos) Fiscal (R$)
Obras Civis 68.259,02 25 4% 2.730,36
Equipamentos 33.578,19 10 10% 3.357,82
Materiais de Escritório 15.283,29 10 10% 1.528,33
Total - - - 7.616,51

4.3.3 Custos de produção

É muito frequente se considerar que os custos de produção de um determinado


bem são compostos exclusivamente pela matéria-prima e outros materiais utilizados
esquecendo-se de agregar àqueles preços outros custos, como o da mão-de-obra direta e
os custos fixos. De acordo com especialistas do setor agroindustrial (empresários e
técnicos), muitos negócios como o da amêndoa de caju fecham porque os proprietários
não souberam projetar corretamente o que teriam que gastar. O Cálculo pode ser feito
através da equação 1.
𝐶𝐹 + 𝐶𝑀0 + 𝑀𝐷
𝐶𝑃 = (𝐸𝑞𝑢𝑎çã𝑜 01).
𝑉𝑃
Onde:
CF = Custo Fixo;

CMO = Custo de Mão de obra;

MD = Custo dos insumos;

VP = Volume de Produção.

Aplicando os valores na equação, temos:

𝑅$77.616,51 + 𝑅$100.886,0844 + 𝑅$259.717,10


𝐶𝑃 = = R$14,76/kg
29.700 𝑘𝑔

Tabela 9. Custo de produção.


Item Discriminação Valor (R$)
1 Materiais diretos 259.717,10
2 Mão de obra direta 100.886,08
3 Custo fixo 77.616,51
4 Total 438.219,69
21

4.4 Faturamento anual

Para ser possível calcular o faturamento anual da agroindústria, é necessário ter


conhecimento dos custos de comercialização. Custos de comercialização são aqueles
relacionados ao processo de comercialização e incidem sobre o faturamento da
empresa. Esses custos são denominados Índice de Comercialização (IC).

Tabela 10. Índice de comercialização.


Item Discriminação Índice (%)
1 ICMS 18,00
2 PIS 0,65
3 Confins 3,00
4 Comissões de vendas 5,00
5 Imposto de renda 10,00
6 Marketing 5,00
7 Total 41,65

Para facilitar novos empreendedores economistas elaboraram uma formula


matemática denominada taxa de marcação (TM) que permite identificar qual será o preço
que o produto deve chegar ao consumidor final. Essa fórmula utiliza o custo de produção
(CP), índice de comercialização (IC) e a margem de Lucro (ML). Adotando ML igual
20% é possível determinar o preço através da equação 2.

100 − (𝐼𝐶 + 𝑀𝐿)


𝑇𝑀 = (𝐸𝑞𝑢𝑎çã𝑜 02)
100

Aplicando os valores, temos:

100 − (41,65 + 20)


𝑇𝑀 = = 0,3835
100

A projeção do faturamento anual (FA) ou receita operacional de uma agroindústria


de castanha de caju permite adaptar seus preços ao mercado sem comprometer a
lucratividade do negócio. A projeção pode ser realizada pela equação 3.

𝐶𝑢𝑠𝑡𝑜 𝐹𝑖𝑥𝑜
𝑃𝑟𝑒ç𝑜 𝑈𝑛𝑖𝑡𝑎𝑟𝑖𝑜 𝑑𝑒 𝑣𝑒𝑛𝑑𝑎 = (𝐸𝑞𝑢𝑎çã𝑜 3).
𝑇𝑎𝑥𝑎 𝑑𝑒 𝑚𝑎𝑟𝑐𝑎çã𝑜
22

Substituindo os valores, temos:

𝑅$ 14,76
𝑃𝑉 = = 𝑅$38,49
0,3835

Tabela 11. Faturamento anual.


Item Discriminação Índice
1 índice de comercialização 41,65%
2 Margem de lucro 20%
3 Taxa de marcação 0,38
4 Custo unitário de produção R$ 14,76
5 Preço unitário de produção R$ 38,49
6 Produção Anual de Castanha de caju 29.700,00
7 Faturamento anual R$ 1.143.153,00

Com os dados sobre o índice de comercialização e faturamento anual é possível


determinar os custos variáveis, logo determinando os custos totais e o lucro líquido. Na
tabela 12 encontra-se os dados destrinchados onde o custo total foi de R$ 260.198,45.

Tabela 12. Resultados Anuais


Item Discriminação índice
1 Faturamento anual R$ 1.143.153,00
2 Custos Variáveis R 859.589,47
3 Custos Fixos R$ 77.616,51
4 Lucro Bruto R$ 205.947,02
5 Contribuição Social R$ 20.594,70
6 Imposto de renda R$ 6.487,33
7 Lucro liquido R$ 178.865,00
8 Margem de contribuição R$ 283.563,53
9 Ponto de equilíbrio 27,37%

4.5 Capital de giro

O capital de giro é a quantidade de recursos que devem estar permanentemente


disponíveis para cobrir os custos de operações normais durante o funcionamento de uma
empresa, independente do seu ramo de atividade, desta forma, iremos determina-lo pelo
23

valor recorrente de custos necessários para manter a empresa funcionando por até 3 meses
sem entrada de dinheiro os valores se encontram na tabela 12.

Tabela 13. Capital de giro.


Item Discriminação índice
1 Materiais diretos R$ 64.930
2 Mão de obra R$ 25.221,52
3 Custo fixo R$ 19.404,13
4 Custo de comercialização R$ 41.467,88.
5 Total R$ 109.555,00

Com todos os dados detalhados, agora é possível determinar o investimento inicial


necessário, que é possível visualizar tabela 14.

Tabela 14. Investimento inicial.


Item Discriminação indicie
1 Despesas com obras civis R$ 149.319,74
2 Despesas com equipamentos agroindustriais R 60.515,82
3 Capital de giro R$ 109.555,00
5 Total R$ 319.391,00

4.6 Linhas de financiamento

Para o financiamento foi feito uma simulação pelo Banco Nacional do


Desenvolvimento (BNDS), na qual o banco credor concedeu até 90% do valor do
investimento financiável a juros de 8,5% a.a, com carência de apenas 6 meses e os outros
10% obteve-se a partir de capital próprio.

Tabela 15. Detalhamento do capital necessário para investimento na agroindústria.


Investimento Capital próprio Capital Financiável Total
Investimento fixo R$ 21.000,00 R$ 189.000,00 R$ 210.000,00
Capital de giro R$ 10.955,50 R$ 98.599,50 R$ 109.555,00
R$ 31.955,50 R$ 287.599,50 R$ 319.555,00

Na tabela 16 e 17, se encontram os valores da simulação do financiamento da


agroindústria, detalhando o fluxo para quitar o financiamento em 5 anos.
24

Tabela 16. Simulação do financiamento para o investimento fixo anual.


Ano Juros R$ Amortização R$ Prestação R$ Saldo devedor R$
0 0,00 0,00 0,00 -189.000,00
1 15.737,40 21.000,00 36.737,40 -168.000,00
2 13.114,50 42.000,00 55.114,50 -126.000,00
3 9.617,30 42.000,00 51.617,30 -84.000,00
4 6.120,10 42.000,00 48.120,10 -42.000,00
5 2.622,90 42.000,00 44.622,90 0,00

Tabela 17. Simulação do financiamento para o capital de giro anual.


Ano Juros R$ Amortização R$ Prestação R$ Saldo devedor R$
0 0,00 0,00 0,00 -98.599,50
1 8.210,60 10.955,50 19.166,10 -87.644,00
2 13.114,50 21.911,00 35.025,50 -65.733,00
3 5.017,25 21.911,00 26.928,25 -43.822,00
4 3.192,80 21.911,00 25.103,80 -21.911,00
5 1.368,34 21.911,00 23.279,34 0,00

O financiamento foi realizado para um investimento total de R$319.391,00


considerando uma simulação com um período de amortização de 4,5 anos.

4.7 Analise financeira


Para o cálculo de viabilidade do projeto foi considerado um aumento de5% do
fluxo de caixa em relação ao ano anterior, logo através das comparações do Valor presente
líquido (VPL), Taxa interna de retorno (TIR) e Tempo de recuperação de capital (TRC),
na tabela 17 de se encontra o TRC.

Tabela 18. Tempo de recuperação de capital.


Ano Fluxo de caixa liquido Fluxo de caixa acumulado
0 -319.555,00 -319.555,00
1 186.481,51 -133.073,49
2 195.805,59 62.732,10
3 205.595,86 268.327,96
4 215.875,66 484.203,62
5 226.669,44 710.873,06
25

Usando como base de cálculo, um período de cinco anos, a empresa consegue


um TRC de um pouco mais do que 1,5 anos de vida onde o capital investido será igualado
e a partir disso o fluxo de caixa acumulado da empresa é positivo. Na equação 4, está
detalhado como é calculado o valor presente liquido

𝐹𝐶1 𝐹𝐶2 𝐹𝐶𝑛


𝑉𝑃𝐿 = −𝐼𝑛𝑣𝑒𝑠𝑡𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝐼𝑛𝑐𝑖𝑎𝑙 + + … + (𝐸𝑞𝑢𝑎çã𝑜 4).
(1 + 𝑖 )1 (1 + 𝑖 )2 (1 + 𝑖 )𝑛

Onde:

VPL = Valor presente líquido do fluxo de caixa;

FC = fluxo de caixa em cada ano do projeto;

I= taxa mínima de atratividade, correspondendo ao custo de capital.

Para o cálculo de TIR, utiliza-se a equação 4, onde é realizado por tentativa e erro
descobrir menor taxa que o empreendimento é viável. Na tabela 19 encontra-se os índices
utilizados para determinar a viabilidade econômica deste investimento.

Tabela 19. Viabilidade econômica.


Taxa Mínima de atratividade 15%
Valor presente liquido 413.139,57
Taxa interna de retorno 55%
Playback (TRC) 1,5 anos

Analisando-se os dados apresentados pelas tabelas 18 e 19, o VPL é positivo,


levando em consideração apenas este fator o projeto é viável economicamente. Porém
todos os índices sinalizam de forma positiva, sendo a taxa interna de retorno maior que a
taxa mínima de atratividade e o tempo de recuperação de capital é bastante pequeno.

4.8 Impacto Social


O impacto socioeconômico é um sinal importante do sucesso do negócio, pois é
possível a geração de empregos, treinamento de trabalhadores, construção de
infraestrutura física, incentivo a uma consumação maior de castanhas que trás diversos
benefícios para a saúde.
26

4.9 Impacto Ambiental


A indústria tem iniciativa socioambiental, consciência sustentável e entende que a
qualidade não deve estar apenas em seus produtos, mas também na relação das pessoas e
o meio ambiente. A empresa buscará sempre causar o menor impacto possível no meio
ambiente.
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5. REFERÊNCIAS

Agrianual 2002: anuário da agricultura brasileira. São Paulo: FNP, 2002.

BOTOMÉ, M.H. Projeto de viabilidade econômico-financeira para implantação de


uma loka de joias de prata no shopping santa monica em Florianopolis/SC.

Embrapa Informação Tecnológica Processamento de Castanha de Caju Brasília, DF


2006;

Embrapa Informação Tecnológica Iniciando um Pequeno Grande Negócio


Agroindustrial Castanha de caju Brasília, DF 2003.

GOUVEA, Marcelo. Movimentação de materiais dentro da fábrica: o que você


precisa saber. Disponível em: https://produza.ind.br/gestao/movimentacao-de-
materiais/.
MARTINS, P. G. Administração da Produção. 2 ed. São Paulo: Saraiva, 2006.
MOURA, R. A. Sistemas e Técnicas de Movimentação e Armazenagem de Materiais.
5 ed. rev. São Paulo: IMAM, 2005 (Série Manual de Logística, v. 1).
NOVIDÁ. Movimentação de Materiais: guia completo sobre logística interna.
Disponpivel em: https://www.novida.com.br/movimentacao-de-materiais/.
PAIVA, F. F do A.; SILVA NETO, R. M. da, PAULA PESSOA, P. F. A. de. Minifábrica
de processamento de castanha de caju. Fortaleza: Embrapa Agroindústria Tropical,
2000. 22p. (Embrapa Agroindústria Tropical. Circular Técnica, 7).

PAIVA, F. F. DO A; GARRUTI, D. dos S; SILVA NETO, R. M. da. Aproveitamento


industrial do caju. Fortaleza: Embrapa – CNPAT/EMPAT/SEBRAE, 2000. 88p.
(Embrapa – CNPAT. Documentos, 38).

SILVA, F.G.; MARTINELLLI, L.A.S. Economia e mercado. Instituto Federal de


Educação, CIencia e Tecnologia – Paraná – Educação a Distância. Curitiba – PR, 2012.

VERAS, L.L. Matematica financeira: uso de calculadoras financeiras, aplicações ao


mercado financeiro., introdução à engenharia economica, 300 exericios resolvidos e
propostos com respostas. 4. Ed. São Paulo: Atlas,2001.

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